Slides Powerpoint

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Instrumentação Optoelectrónica
Fotodetectores
Tipos de fotodetectores
Detectores térmicos:
absorvem radiação luminosa e convertem a energia electromagnética em
energia térmica.
O resultado desta conversão é um aumento de temperatura que está
correlacionado com a potência radiante que incide no detector.
–
–
–
Termopilhas
Bolómetros
Detectores Piroeléctricos
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Instrumentação Optoelectrónica
Fotodetectores
Tipos de fotodetectores
Detectores quânticos:
conversão directa de fotões para um sinal eléctrico
Detectores fotocondutores: a absorção de fotões resulta num
aumento da condutividade do material
- fotodíodos de junção p-n
- fotodíodos de junção p-i-n
- fotodíodos de avalanche
- CCDs
Detectores fotoemissores: emissão de electrões por efeito
fotoeléctrico
- Fotodíodos de vácuo
- Fotomultiplicadores
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Instrumentação Optoelectrónica
Detectores - Propriedades
Resposta (Responsivity)
Resposta (R): é o quociente entre a saída e a entrada do detector
Resposta espectral (Rl): é o quociente entre a saída e a entrada do detector
em função do comprimento de onda da radiação
incidente
57
Instrumentação Optoelectrónica
58
Detectores - Propriedades
Resposta
Como são possíveis vários tipos de entrada (p.ex. irradiância ou fluxo) e a
saída pode aparecer sob várias formas (p.ex. tensão ou corrente) é
necessário clarificar o conceito, nomeadamente especificando as unidades.
Resposta espectral: R  l  
Iph  l 
l
AW 

l
R l 
1
Iph  l 
El
AW

l
Iph(l) – fotocorrente de saída (A)
l(l) – fluxo radiante incidente monocromático (W)
El(l) – Irradiância espectral monocromática (W·m-2)

Iph  l    e,l  l   R  l   dl
A
0
Resposta total do detector:
  l   R  l   dl

R

AW 


   l   dl
Iph
e,l
1
e,l
1
 m2

Instrumentação Optoelectrónica
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Detectores - Propriedades
Eficiência quântica h(l)
número de acontecimentos de detecção que
ocorre por fotão absorvido pelo detector Responsivity (A/W)
Para detectores com saída em corrente:
corrente
fluxo radiante
c arga
el
 hl 
 hl  
energia radiante
hc
R l  hl 
R(l) – resposta espectral
h – constante de Planck
c – velocidade da luz no vazio
e – carga elementar
Se a eficiência quântica for constante a
resposta é uma função linear de l
1
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
Ideal Photodiode
QE = 100% ( h = 1)
lg
Si Photodiode
0
200 400 600 800 1000 1200
Wavelength (nm)
Responsivity (R) vs. wavelength (l) for an ideal
photodiode with QE = 100% (h = 1) and for a typical
commercial Si photodiode.
© 1999 S.O. Kasap, Optoelectronics (Prentice Hall)
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores - Propriedades
Ruído e Detectividade
Detectividade: termo que quantifica a quantidade mínima de
radiação que um detector pode medir com certeza.
A detectividade de um sistema depende fortemente do ruído
Ruído: flutuações aleatórias que interferem com um sinal eléctrico
60
Instrumentação Optoelectrónica
61
Detectores - Propriedades
Ruído
Potência equivalente de ruído (NEP - Noise Equivalent Power): Potência
radiante que resulta num sinal igual ao ruído observado (ou seja resulta
numa relação sinal – ruído igual a 1).
NEP 
In
R
W
com In o valor rms da corrente de ruído
rms – root mean square: valor eficaz
x rms 
1

t
t t

x 2  t   dt
t
A NEP é frequentemente normalizada para uma largura de banda unitária de
forma a permitir a comparação de desempenho entre sistemas de detecção
com larguras de banda distintas.
NEP* 
NEP
f
 W  Hz 
1
2
Instrumentação Optoelectrónica
62
Detectores - Propriedades
Detectividade
A detectividade corresponde ao inverso da NEP
D
1
NEP
W 
1
Como se verificou que em muitos casos a detectividade é directamente
proporcional a (A·f)1/2, com A a área activa do detector, definiu-se a
detectividade normalizada ou detectividade específica por:
A  f
D* 
NEP

1
2
cm  Hz  W 1

D* pode ser interpretada como uma
medida da relação sinal-ruído de um
detector normalizado com uma área
activa de 1 cm2 e uma largura de banda
de ruído de 1 Hz
O parâmetro D* permite comparar o desempenho em termos de ruído de
detectores com larguras de banda e áreas activas diferentes.
Instrumentação Optoelectrónica
63
Detectores - Propriedades
Tipo de Ruído
Detector
Mecanismo Físico
ruído Shot
Térmicos
Fotocondutores
Flutuações na emissão ou
geração aleatória de electrões
ruído Johnson
(Johnson –Nyquist)
Todos
Flutuações térmicas em
impedâncias devido à agitação
térmica dos portadores de
carga num condutor em
equilíbrio
ruído Flicker
Térmicos
Causas várias. Espectro 1/f
ruído de Radiação
(ruído quântico)
Todos
Flutuação estatística dos fotões
Corrente
Is  2  e  Idark  f
It 
4  k  T  f
R
Instrumentação Optoelectrónica
64
Detectores
Ruído Quântico
Quando partículas discretas chegam em instantes aleatórios ocorrem
flutuações na taxa de chegada. Estes processos são caracterizados por
uma distribuição de Poisson . Estas flutuações traduzem-se em incertezas,
logo em ruído.
Se considerarmos fotões de energia h e uma potência radiante  recebida no
receptor, a taxa de chegada de fotões é dada por:

r 
h
(fotões por segundo)
Instrumentação Optoelectrónica
65
Detectores
Ruído Quântico
Como os fotões são gerados aleatoriamente em resultado de processos de
desexcitação ou de recombinação na sua fonte, existem flutuações na taxa a que
chegam ao receptor. Para radiação óptica e baixas potências radiantes o carácter
discreto da potência radiante é bastante evidente.
Exemplo: fonte de 100 pW; l = 500 nm
 
100 x1012
r 

l 
 500 x109  2.5 x108 fotoes  s1
34
8
h hc
6.63 x10  3 x10
Para escalas temporais tais que t  r 1
(neste exemplo da ordem do nanossegundo) o carácter discreto da taxa de
chegada de electrões e as suas flutuações seriam bem evidentes.
Instrumentação Optoelectrónica
66
Detectores
Ruído Quântico
Se assumirmos estatística estacionária (i.e. probabilidades constantes no
tempo) a probabilidade de receber um ou mais fotões no intervalo t da ordem
de grandeza de r 1 é r  t
A probabilidade de não receber qualquer fotão será 1 r  t
Consideremos um intervalo de tempo t > t. A probabilidade de não ser
detectado qualquer fotão no intervalo de tempo t pode ser calculada
considerando que o intervalo de tempo t é constituído por t/t intervalos de
tempo t independente e calculando o produto entre as probabilidades de
nenhum fotão ser detectado em cada intervalo t:
t
t
P0  t   lim 1  r  t   e r t
t 0
Instrumentação Optoelectrónica
67
Detectores
Ruído Quântico
A probabilidade de ocorrer apenas uma chegada no tempo t obtém-se a partir
da probabilidade de ter uma chegada entre  e  + d e nenhuma chegada quer
antes quer depois. Para este cálculo é necessário considerar todos os valores
possíveis de  no intervalo de tempo t.
t
P1  t    p0      r  d   p0  t   
0
t
  e r    r  d   e
0
t
 r  e  r t   d
0
 r t  e  r t
 r  t  
Instrumentação Optoelectrónica
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Detectores
Ruído Quântico
A probabilidade de ocorrer a chegada de dois fotões no tempo t obtém-se a partir
da probabilidade de ter um fotão a chegar até ao instante , outro a chegar entre 
e  + d e nenhuma chegada depois, sendo igualmente necessário considerar
todos os valores  à medida que  varia ao longo do tempo t.
t
t
0
0
P2  t    P1      r  d   P0  t      r   e  r    r  d   e
 r t

2
 r  t  
2
 e  r t
Se continuarmos este processo obtemos a probabilidade de chegarem
exactamente n fotões no intervalo de tempo t
Pn  t 
 r t

n
n!
 e  r t
Trata-se de uma distribuição de Poisson
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Ruído Quântico
Uma distribuição Poisson caracteriza-se por ter uma variância igual ao valor
esperado (ou seja igual à média)
2  n
Logo, associada à detecção de n fotões num intervalo de tempo t existe uma
incerteza :
 n
Esta incerteza corresponde a ruído: o ruído quântico ou ruído da radiação.
69
Instrumentação Optoelectrónica
70
Detectores
Ruído
Ruído total devido a fontes de ruído não correlacionadas: soma quadrática
das fontes de ruído.
ex : In  Is2  I2t 
2  e I
ph
 f 
2
 4  k  T  f 


R


2
Relação Sinal – Ruído (SNR): quociente entre a fotocorrente e a corrente de
ruído
A SNR determina a máxima precisão na medição de radiação luminosa. Se por
exemplo tivermos uma SNR de 1000 então a precisão limite da medida é 0.1%
Instrumentação Optoelectrónica
71
Detectores
Fotodíodos
Os fotodíodos são dispositivos semicondutores que respondem a partículas de
alta energia e a fotões.
Funcionam por absorção de fotões ou de partículas carregadas e produzem
uma corrente proporcional à potência radiante incidente
Semicondutores
Outros semicondutores:
GaAs, InP, InGaAs, InGaAsP, ZnSe, CdTe
(em média 4 electrões de valência por átomo)
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
72
Fotodíodos
Semicondutores – silício
À temperatura de 0 K todos os electrões de valência estão envolvidos em ligações
covalentes
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
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Fotodíodos
Semicondutores – silício
Para temperaturas
superiores a 0 K a energia
térmica não é nula.
Algumas ligações são
quebradas:
electrões livres
lacunas livres
A probabilidade de um electrão ocupar um estado electrónico com energia E é
dada pela distribuição de Fermi-Dirac (para estados de energia não degenerados):
F E 
1
1e
EEF
kT
EF corresponde à energia de Fermi.
A energia de Fermi corresponde ao nível electrónico de
maior energia ocupado a 0 K
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
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Fotodíodos
Semicondutores – silício
F E 
6 eV
A temperaturas
superiores a 0 K, a
energia de Fermi
corresponde à energia
para a qual a
probabilidade de um
estado electrónico estar
ocupado é 0.5
1
1e
EEF
kT
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
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Fotodíodos
Semicondutores – silício
Geração – quebra de ligações covalente
com produção de pares electrão-lacuna
Recombinação – formação de ligações
covalentes pela junção de um electrão e
uma lacuna.
n – concentração de electrões livres (cm-3)
p – concentração de lacunas (cm-3)
G – taxa de geração: não é função de n ou p (pois existe um fornecimento
ilimitado de ligações covalentes) mas apenas da temperatura T
R – taxa de recombinação: R é proporcional n·p já que um acontecimento
de recombinação exige sempre um electrão livre e uma lacuna
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
Fotodíodos
Semicondutores – silício
Condições: Equilíbrio térmico; Ausência de fontes externas de energia
Taxa de geração em equilíbrio térmico: Go = f(T)
Taxa de recombinação em equilíbrio térmico: Ro proporcional a no·po
Equilíbrio térmico significa Go = Ro. Isto implica no·po = f(T)
Semicondutor intrínseco: no = po
1 electrão e 1 lacuna estão envolvidos sempre que ocorre um acontecimento de
geração ou de recombinação
no = po = ni
no·po = ni2
ni – concentração intrínseca de portadores de carga (Silício a 300 K: 1 x 1010 cm-3)
criação de apenas um par electrãoEsta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
lacuna por cada 1012 átomos
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
76
Instrumentação Optoelectrónica
77
Fotodíodos
Semicondutores – Dopagem
Dopagem – introdução de átomos exógenos para manipular as
propriedades eléctricas do semicondutor
Dadores
átomos do grupo V
5 electrões de valência:
4 participam em ligações covalentes
1 electrão disponível para condução
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
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Fotodíodos
Semicondutores – Dopagem
Nd – concentração de dadores (cm-3)
se Nd << ni a dopagem é irrelevante – semicondutor intrínseco
se Nd >> ni é a dopagem que controla as concentrações de portadores de carga
no  ni  Nd  Nd
2
n
no  po  ni2  po  i
Nd
(ni depende da temperatura; não depende da
quantidade de impurezas adicionadas)
no >> po – semicondutor tipo n
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
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Fotodíodos
Semicondutores – Dopagem
Aceitadores
átomos do grupo III
3 electrões de valência: participam em ligações
covalentes
1 posição de ligação não preenchida: facilmente aceita
um electrão livre para completar a ligação.
À temperatura ambiente cada aceitador disponibiliza uma
lacuna para condução
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
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Fotodíodos
Semicondutores – Dopagem
Na – concentração de aceitadores (cm-3)
se Na << ni a dopagem é irrelevante – semicondutor intrínseco
se Na >> ni a dopagem controla as concentrações de portadores de carga
po  ni  Na  Na
2
n
no  po  ni2  no  i
Na
po >> no – semicondutor tipo p
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
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Fotodíodos
Semicondutores – Junção pn
Junção pn – contacto entre semicondutores p e n
Esta secção segue e utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del
Alamo para o curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
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Fotodíodos
Semicondutores – Junção pn
Difusão de portadores maioritários para a região onde são minoritários
As lacunas que difundem da região p para a região n deixam de cancelar a
carga dos aceitadores ionizados - zona de carga negativa na região p
Os electrões que difundem da região n para a região p deixam de cancelar a
carga dos dadores ionizados - zona de carga positiva na região p
O campo eléctrico
resultante desta
distribuição espacial de
carga provoca um
movimento de deriva de
portadores de carga
oposto ao originado pela
difusão.
Equilíbrio:
difusão = deriva
região p
região n
região p
região n
Esta secção utiliza elementos das “Lecture Notes” do Prof. Jesús del Alamo para o
curso de Microelectronic Devices and Circuits, Spring 2003 do MIT
Instrumentação Optoelectrónica
83
Fotodíodos
Semicondutores – Junção pn
http://www.acsu.buffalo.edu/~wie/applet/pnformation/pnformation.html
Instrumentação Optoelectrónica
84
Detectores
Fotodíodos
Incident light
Front
Contact
Insulation
p+ Active Area
Depletion region
n- region
n+ Back Diffusion
Back Metalization
Rear
Contact
A absorção de um fotão pelo fotodíodo resulta na
produção de um par electrão – lacuna. Se a absorção
ocorre fora da região de depleção a probabilidade de
recombinação do par é elevada. Logo a probabilidade
da absorção do fotão contribuir para a alteração da
condutividade da junção, ou seja para o sinal eléctrico
é muito baixa.
Se o fotão for absorvido na região de
depleção o campo eléctrico aí existente
separa o par de portadores de carga. A
probabilidade de recombinação do par
é muito baixa. O fotão vai contribuir
para a alteração da condutividade da
junção, ou seja para o sinal eléctrico.
Instrumentação Optoelectrónica
85
Detectores
Fotodíodos
Consideremos que um semicondutor é iluminado com fotões de energia h
superior à energia do bandgap, Eg. O fluxo de fotões é 0 (fotões por segundo
por centímetro quadrado).
A fracção de fotões que é absorvida à medida que os fotões viajam no interior
do semicondutor é proporcional ao fluxo de fotões. Logo o número de fotões
absorvidos numa distância incremental x é:
  x  x     x  
d  x 
dx
 x      x   x
com  o coeficiente de absorção. A solução da equação diferencial resulta na
lei de absorção exponencial característica:
  x   0  ex
Instrumentação Optoelectrónica
Fotodíodos
Material
Si
InGaAs
Ge
Detectores
Band
gap (eV)
Sensibilidade
Espectral
1.12
250 a 1100 nm
~ 0.35
800 a 1800 nm
0.67
600 a 1600 nm
86
Instrumentação Optoelectrónica
87
Detectores
Fotodíodos
Exemplo:
Um cristal monolítico de silício com 0,25 mm de espessura é iluminado com luz
monocromática. A energia dos fotões é 3 eV. A potência radiante incidente é de
10 mW.
Qual o comprimento de onda da radiação incidente?
Determine a energia total absorvida por segundo pelo semicondutor.
Calcule a taxa de energia térmica dissipada pela rede cristalina.
3 eV = 3∙(1.6 x 10-19) J
E  h
c
c
 l  h
l
E
h = 6.62 x 10-34 J∙s-1
8
3
x10
7
l  6.62 x10 34 

4.14
x10
m
19
3  1.6 x10

l  414 nm

Instrumentação Optoelectrónica
88
Detectores
Fotodíodos
Consultando o gráfico do slide 86 vemos que  = 4 x 104 cm-1.
Logo, a energia absorvida por segundo é:



 0  1  eL  1x10 2  1  e 4 x10
4
0.25 x10 4

 0.0063 J  s1  6.3 mW
A fracção da energia de cada fotão que é convertida em calor é
h  Eg
h

3  1.12
 62%
3
Assim, a potência dissipada para a rede é 62% * 6.3 = 3.9 mW
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotodíodos
Consideremos um semicondutor iluminado. Num instante inicial, o número de
portadores de carga gerado num volume unitário por um dado fluxo de fotões é
n0. Num instante t posterior, o número de portadores n(t) no mesmo volume é
inferior devido aos processos de recombinação
n  n0  e

t

com  o tempo de vida do portador de carga. A taxa de recombinação vai ser
t

dn 1
n
  n0  e  
dt


89
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotodíodos
Se considerarmos um fluxo constante de fotões a incidir na superfície do
semicondutor (com área A = WL), o número total de fotões que atinge a
superfície por unidade de tempo é
n' 

h
com  a potência radiante incidente.
Em regime estacionário a taxa de geração de portadores de carga, G, tem que
ser igual à taxa de recombinação. Se a espessura do fotodetector, D, for muito
superior à profundidade de penetração 1/, tem-se:
G
n

 h
com h a eficiência quântica

h    W L D
90
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotodíodos
A fotocorrente que atravessa o fotodetector é
Ip   q  n  n  E   W  D


     E 
Ip  q   h 
 vD    n

h


L

 

com E o campo eléctrico no interior do fotodetector e n a mobilidade dos
electrões (cm2/V∙s)
91
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotodíodos
Características eléctricas: Curva I - V
92
Instrumentação Optoelectrónica
93
Detectores
Fotodíodos – características eléctricas
Resistência de Shunt (Rsh):
Corresponde ao declive na origem da curva
corrente - tensão.
Valor ideal = ∞
Valores reais = dezenas a milhares de MW
Resistência em Série (Rs):
Resulta da resistência dos contactos e do
silício fora da região de depleção.
Valor ideal = 0
Valores reais = 10 a 1000 W
Capacidade da Junção (Cj):
As fronteiras da zona de depleção actuam
como os pratos de um condensador. Varia
inversamente com a tensão de polarização
inversa.
Valores típicos 10 – 300 pF
Instrumentação Optoelectrónica
94
Detectores
Fotodíodos – Resposta e Ruído
Duas fontes principais de ruído:
Ruído Shot – flutuações estatísticas na
fotocorrente e na corrente no escuro


Is  2  e  Iph  I D  f
Ruído Johnson – Ruído térmico
associado à resistência de shunt
It 
In  I2s  I2t
NEP 
In
R
W
4  k  T  f
Rsh
Valores típicos (NEP*): 10-11 W/Hz1/2 a 10-15 W/Hz1/2
Instrumentação Optoelectrónica
95
Detectores
Fotodíodos – Polarização
Polarização inversa – modo fotocondutivo
Aumenta a linearidade
Predomina o ruído Shot
Melhora a velocidade (porque diminui
a capacidade)
Aumentam as correntes no escuro e
de ruído
No modo fotocondutivo a corrente no escuro
duplica por cada aumento de 10ºC na temperatura
http://jas.eng.buffalo.edu/education/pn/BiasedPN/
Instrumentação Optoelectrónica
96
Detectores
Fotodíodos – Polarização
Polarização directa – modo fotovoltaico
Preferido para aplicações de baixo
nível de sinal e baixa frequência (<
350 kHz)
Configuração mais simples
Menor sensibilidade da fotocorrente
a variações térmicas
No modo fotovoltaico a resistência de shunt duplica
por cada aumento de 6ºC na temperatura
http://jas.eng.buffalo.edu/education/pn/BiasedPN/
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotodíodos – Data Sheet
97
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotodíodos – Data Sheet
98
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotodíodos – Data Sheet
99
Instrumentação Optoelectrónica
100
Detectores
Fotodíodos de Avalanche (APDs)
Os fotodíodos de avalanche são dispositivos semicondutores que podem
detectar níveis extremamente baixos de radiação. Tal é devido a um mecanismo
de ganho interno, algo que não existe nos fotodíodos convencionais
Funcionam em regime de
polarização inversa com tensões
aplicadas ao cátodo que podem
ir dos 1500 V aos 2400 V,
consoante o ganho pretendido
(10 a 500 tip.)
Instrumentação Optoelectrónica
101
Detectores
Fotodíodos de avalanche– características eléctricas
Equivalente eléctrico igual ao do
fotodíodo convencional
I  M  I0  Id
I – corrente de saída do APD
M - ganho do APD
I0 – fotocorrente primária (antes do ganho)
Id – corrente no escuro
Instrumentação Optoelectrónica
102
Detectores
Fotodíodos de avalanche – Resposta e Ruído
Duas fontes de ruído:
Ruído Shot – flutuações estatísticas na
fotocorrente e na corrente no escuro


Is  2  e  I0  M2  F  Ids  IdbM2  F  f
F – factor que mede variações no ganho
Ruído Johnson – Ruído térmico
associado à resistência de shunt
It 
In  I2s  I2t
NEP 
In
MR
W
4  k  T  f
Rsh
Valores típicos (NEP*): 10-12 W/Hz1/2 a 10-15 W/Hz1/2
Instrumentação Optoelectrónica
103
Detectores
Fotodíodos de avalanche – Resposta e Ruído
Relação sinal – ruído óptima:
tipicamente cerca de 50 V
abaixo da tensão de ruptura
(breakdown)
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotodíodos de avalanche – Resposta temporal
Os APDs são suficientemente rápidos para poderem
ser empregues em aplicações de temporização
Nas experiências de temporização não
importa o atraso típico entre a detecção de
um acontecimento e a produção do sinal
indicativo desse evento mas sim as
flutuações nesse atraso
Neste exemplo a FWHM da resposta
temporal é 400 ps. Este é o limite de
resolução temporal imposto pelo detector
104
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotomultiplicadores (PMTs)
São detectores com um cátodo fotoemissivo, um sistema de dínodos que
proporciona um mecanismo de ganho por multiplicação de carga e um ânodo
que recolhe a carga e proporciona um sinal de saída sob a forma de corrente.
105
Instrumentação Optoelectrónica
106
Detectores
Fotomultiplicadores - Resposta Espectral
A resposta espectral de um PMT depende
do tipo de fotocátodo presente.
hl 
R  l  h  c R  l   1240


 100%
l
e
l
com l em nanómetros
Instrumentação Optoelectrónica
107
Detectores
Fotomultiplicadores - Resposta Espectral
Fotocátodos semi-transparentes.
Modo Transmissão
Instrumentação Optoelectrónica
108
Detectores
Fotomultiplicadores - Resposta Espectral
Fotocátodos opacos
Modo Reflexão
Instrumentação Optoelectrónica
109
Detectores
Fotomultiplicadores - Ganho
Varia com a tensão aplicada à cadeia de
dínodos
Depende também da configuração e do
número de dínodos multiplicadores de
carga
Instrumentação Optoelectrónica
110
Detectores
Fotomultiplicadores - corrente no escuro
Contribuições para a corrente
no escuro:
Emissão termiónica de electrões
Ionização de gases residuais
Cintilações do vidro
Corrente de fuga ohmicas
Emissão de campo
NEP 
2  e  Id    f
R l
Com  o ganho de corrente e Id a corrente no escuro
Valores típicos 10-15 a 10-16 W
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Fotomultiplicadores - Resposta Temporal
111
Instrumentação Optoelectrónica
112
Detectores
Pratos de Microcanais (MCPs)
Disco fino com milhões de micro tubos de vidro
(canais) colocados num arranjo paralelo. Cada
canal actua como um multiplicador de electrões.
Os MCPs oferecem melhor resposta temporal
que qualquer outro fotodetector, têm boa
imunidade a campos magnéticos e preservam a
informação espacial contida numa imagem
Instrumentação Optoelectrónica
113
Detectores
MCPs - Ganho
Varia com a tensão aplicada ao prato de
microcanais e com o número de andares
no dispositivo
Instrumentação Optoelectrónica
114
Detectores
MCPs - Ruído
Corrente no escuro é baixa e varia com a
tensão aplicada ao prato de microcanais
Instrumentação Optoelectrónica
115
Detectores
MCPs - Resposta Temporal
Resolução limite: 25 ps
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Intensificador de imagem
Sistema constituído pelos seguintes
componentes:
Janela de entrada
Fotocátodo
MCP
Ecrã de fósforo
Janela de saída
116
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Intensificador de imagem
Resposta espectral e eficiência quântica
117
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Intensificador de imagem
Emissão espectral e tempo de decaimento do ecrã de fósforo
118
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores - CCDs
O princípio de funcionamento do CCD – Charge Coupled Device
119
Instrumentação Optoelectrónica
120
Detectores - CCDs
Pixel
Registo
de saída
(a)
Eléctrodos
Electrões
(b)
para a amplificação de saída
CCD simplificado de 9 pixéis, um registo de saída e um amplificador.
Cada pixel está dividido em 3 regiões (eléctrodos que servem para criar um poço de potencial).
(a) quando é feita uma exposição o eléctrodo central é mantido a um potencial superior ao dos
outros eléctrodos. A carga resultante do processo de exposição é recolhida no eléctrodo central
onde fica armazenada.
(b) No fim da exposição os potenciais dos eléctrodos são modificados e a carga é transferida de
um eléctrodo para o outro.
Instrumentação Optoelectrónica
121
Detectores - CCDs
(c)
(d)
(a) Os electrões são transferidos de pixel para pixel através da alteração sincronizada do
potencial dos eléctrodos. As cargas à direita são conduzidas para o registo de deslocamento
(b) A transferência horizontal das cargas é interrompida e carga no registo de saída é transferida
verticalmente, uma a uma para um amplificador de saída. À saída do amplificador o valor
analógico é digitalizado
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores - CCDs
122
Instrumentação Optoelectrónica
123
Detectores - CCDs
Binning
Maior sensibilidade
Menor ruído
Menor resolução espacial
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
CCDs – Pontos fortes
1.
2.
3.
4.
Boa resolução espacial
Eficiência quântica muito elevada: ~ 80 % (400 nm - 1 m)
Ruído muito baixo
Gama dinâmica elevada: profundidade de pixel ~ 106 e–, valor rms
do ruído de leitura ~ 4 a 10 e–
5. Alta precisão fotométrica
6. Muito boa linearidade: << 0.1 %
7. Rigidez fiável: grelha de píxeis de formato fixo
CCDs – Pontos fracos
1.
2.
3.
4.
Ruído de leitura: 4 a 10 e- rms
Leitura lenta: 10 a 100 s
Saturação: poços de potencial cheios e alcance limitado do ADC
Defeitos: “charge traps”, “hot pixels”, “black pixels”
124
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
CCDs – Eficiência quântica e Resposta Espectral
Eficiência quântica
elevada:
maior nos dispositivos
back-iluminated do que nos
front-illuminated
Resposta espectral
extensa
15m
625m
125
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
CCDs – Eficiência quântica e Resposta Espectral
Os CCDs muito finos exibem
uma resposta espectral muito
larga
126
Instrumentação Optoelectrónica
127
Detectores
CCDs – Linearidade e Gama Dinâmica
Os CCDs são extremamente lineares
Permitem a detecção simultânea de
objectos muito brilhantes e objectos
muito ténues: gama dinâmica elevada
– superior a 5 décadas
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
CCDs – Ruído
Ruído quântico
A detecção de fotões pelo CCD é um processo estatístico
O ruído estatístico segue uma distribuição de Poisson
Ruído Térmico
Electrões adicionais gerados no
CCD sem absorção de fotões.
A taxa de geração de electrões
depende da temperatura de
funcionamento do detector
128
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
CCDs – Ruído
Ruído de Leitura
Trata-se do ruído do amplificador de
carga (conversão carga – tensão)
incluído no circuito integrado
O ruído do amplificador tem uma
característica 1/f para frequências de
amostragem baixas e é ruído branco
para frequências de amostragem
elevadas .
129
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Especificações
de uma
câmara CCD
130
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Câmaras digitais científicas
Câmaras CCD
Câmaras EMCCD (Electron Multiplying CCD)
Câmaras CMOS
Câmara CCD Intensificadas
131
Instrumentação Optoelectrónica
132
Detectores
Câmaras digitais científicas
Estrutura típica de um CCD
Estrutura típica de um sensor
de imagem CMOS
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
133
Detectores
CCD
Apenas um amplificador para todo o
array de píxeis
A carga armazenada é transferida
sequencialmente através de registos
paralelos para um registo série linear e
daí para um nodo de saída adjacente
ao amplificador.
É um dispositivo de leitura em série. O
baixo ruído é conseguido à custa de
uma velocidade de leitura baixa
Estrutura típica de um CCD
A tecnologia CCD está amadurecida.
Está-se perto dos limites em termos de
eficiência de detecção e redução de
ruído de leitura e térmico
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
134
Detectores
CCD
São os CCDs mais sensíveis
A carga acumulada é deslocada
verticalmente linha a linha até ao registo de
leitura série. Cada linha deste registo tem
que ser deslocada horizontalmente para
permitir a leitura píxel a píxel:
full frame CCD
Progressive scan readout
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
135
Detectores
CCD
Nesta arquitectura metade do array de
píxeis é usada como região de
armazenamento e está protegida da luz
incidente por uma máscara estanque. A luz
incide na região exposta.
A carga acumulada é transferida
rapidamente para a região de
armazenamento (em milissegundos). A
leitura da carga acumulada é feita em
simultâneo com uma nova exposição.
frame transfer CCD
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
136
Detectores
CCD
Este tipo de CCDs incluí canais de
transferência de carga denominados
Interline Masks que estão adjacentes a
cada píxel de forma a assegurar a
transferência rápida da carga após a
exposição
Interline CCD
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
137
Detectores
CMOS
Cada píxel ou, mais tipicamente, cada
coluna de píxeis está associado a um
amplificador. É possível ler em paralelo
uma linha de píxeis.
O sensor CMOS é um dispositivo de
leitura em paralelo e pode atingir taxas
de leitura elevadas (centenas de
frames por segundo)
Estrutura típica de um sensor
de imagem CMOS
A tecnologia CMOS necessita ainda de
desenvolvimentos consideráveis para
poder competir com a tecnologia CCD
em termos de desempenho em
aplicações científicas. Os sensores
CMOS usam vários amplificadores
cada um com a sua linearidade, ganho
e ruído.
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
138
Detectores
EMCCD
A estrutura é similar à do CCD frame
transfer convencional.
Antes de a carga ser lida no nodo de
saída passa por um registo adicional
onde é amplificada através de
processos de ionização por impacto.
Estrutura típica de um sensor
de imagem EMCCD
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
139
Detectores
CCD + Intensificador (ICCD)
As câmaras ICCD permitem tempos de
exposição muito curto través da
aplicação de um impulso de gate entre
o fotocátodo e o MCP.
Aplicando uma tensão positiva é
possível suprimir os electrões gerados
no fotocátodo. Se comutarmos para
uma tensão negativa os fotoelectrões
são acelerados para o MCP para
posterior amplificação e detecção.
A incerteza no ganho do intensificador de imagem constitui uma fonte de
ruído. A contribuição desta fonte de ruído é muitas vezes traduzida num factor
de escala aplicado ao ruído quântico: cerca de 1.6 a 2.2 para intensificadores
de 2ª geração e 3.5 a 4.2 para intensificadores de 3ª geração (fotocátodos
semicondutores)
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
140
Detectores
CCD + Intensificador (ICCD)
a)
b)
Imagem de um alvo de teste USAF 1951: a) CCD; b) ICCD
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
Detectores
Defeitos em Câmaras
Black pixels (ou Cool Pixels)
regiões do sensor (tipicamente píxeis ou agrupamentos de píxeis) com uma
resposta significativamente mais baixa do que a resposta dos píxeis vizinhos
(inferior a 75% da resposta dos píxeis vizinhos)
Hot pixels
regiões do sensor com uma corrente no escuro muito superior ao valor
especificado (mais de 50 vezes superior ao especificado)
141
Instrumentação Optoelectrónica
142
Detectores
Resolução espacial
A resolução espacial de um CCD é função do número de píxeis e do seu
tamanho relativamente às dimensões da imagem
Consideremos uma imagem de um
objecto circular com um diâmetro
inferior a um píxel.
Se a imagem estiver localizada
directamente sobre o centro de um
píxel a câmara reproduz o objecto
como um quadrado de um píxel
Quando a imagem se forma no
vértice de 4 píxeis a câmara
reproduz ainda o objecto como um
quadrado. Neste caso de maiores
dimensões e mais atenuado.
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
143
Detectores
Resolução espacial
Se o diâmetro da imagem do objecto for
equivalente a uma ou a duas diagonais de
um píxel a reprodução do objecto continua
a não ser boa e varia de forma acentuada
conforme a imagem se localizar no centro
ou no vértice de um píxel.
A reprodução do objecto só começa a ter
alguma fidelidade quando a imagem cobre
3 píxeis sendo agora independente da
localização da imagem.
Há ainda outros factores, como a qualidade
do sistema de imagem e o ruído da câmara
que condicionam a reprodução precisa de
um objecto.
Imagens retiradas do catálogo Scientific Digital Camera Solutions da
ANDORTM (Andor Technology, Belfast, UK )
Instrumentação Optoelectrónica
144
Caracterização de câmaras CCD
Relação sinal/ruído
 I2 
SNR  10  log 

 var I 
 dB 
2
1
1  1
var I   var I1  I2    
Id  Id 

2
2  N1



Id é a diferença entre duas imagens adquiridas com o mesmo tempo de
exposição
A média da imagem diferença ( Id ) e a sua variância são calculadas para um
sub-conjunto de todos os píxeis da imagem e normalizadas ao número N de
píxies na sub-imagem.
Methods for CCD Camera Characterization
J.C. Mullikin, L.J. van Vliet, H. Netten, F.R. Boddeke, G. van der Feltz and I.T. Young
Instrumentação Optoelectrónica
145
Caracterização de câmaras CCD
Relação sinal/ruído
A partir da relação
#ADU  Ne  G
com G o ganho electrónico (nº de bits ou ADUs por electrão)
podemos calcular a relação sinal/ruído ideal (máxima)
 2#bits  1 
SNR  10  log 

G


 dB 
Methods for CCD Camera Characterization
J.C. Mullikin, L.J. van Vliet, H. Netten, F.R. Boddeke, G. van der Feltz and I.T. Young
Instrumentação Optoelectrónica
146
Caracterização de câmaras CCD
Sensibilidade
Esta medida relaciona o número de unidades digitais do conversor ADC (ADUs)
com o número de fotões incidentes capturados por pixel.
II 

S
 h G  F  
dark
  Ap texp
w
O numerador relaciona os valores médios de duas imagens adquiridas como
mesmo tempo de exposição: uma imagem sem iluminação e uma imagem com
iluminação.
 é o fluxo de fotões incidente no CCD (nº de fotões por segundo)
Ap é a área do pixel
h a eficiência quântica
w a transmitância da janela da câmara
F o filling factor (fracção do pixel que é fotosensível) da câmara
Methods for CCD Camera Characterization
J.C. Mullikin, L.J. van Vliet, H. Netten, F.R. Boddeke, G. van der Feltz and I.T. Young
Instrumentação Optoelectrónica
Métodos de Detecção
Detecção DC
O sinal de saída do detector é transmitido integralmente e
sem processamento para a electrónica
Tipicamente a electrónica executa a conversão corrente-tensão
Tanto a componente de sinal como a componente de ruído são
convertidas. Qualquer componente de luz constante (luz ambiente)
é igualmente convertida
147
Instrumentação Optoelectrónica
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in” ou sensível à fase
A técnica de detecção lock-in ou detecção sensível à fase é utilizada para
detectar e medir sinais AC muito pequenos mesmo na presença de fontes
de ruído de maior amplitude
Os amplificadores lock-in usam uma técnica denominada detecção
sensível à fase para isolar uma componente do sinal de entrada com
uma dada frequência e fase. Componentes de ruído com frequências
distintas da frequência de referência são rejeitadas.
148
Instrumentação Optoelectrónica
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in” ou sensível à fase
Exemplo: Sinal: onda sinusoidal de 1 μV a 10 MHz - É necessário amplificar o
sinal.
Seleccionamos um amplificador de baixo ruído:
ruído equivalente à entrada 3 nV/√Hz;
largura de banda 200 MHz;
ganho 1000
A saída será:
1 mV de sinal;
43 mV de ruído de banda larga ( 3 nV/√Hz × √200 MHz × 1000 )
149
Instrumentação Optoelectrónica
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in” ou sensível à fase
Solução: Isolar a frequência de interesse: usar um amplificador com detector
sensível à fase (PSD)
PSD pode detectar o sinal com frequência de 10 MHz utilizando uma largura
de banda de apenas 0.01 Hz (ou ainda menos)
Detecção com uma largura de banda de 1 Hz:
o ruído será 3 μV ( 3 nV/√Hz × √1 Hz × 1000 )
A relação sinal-ruído é 300.
150
Instrumentação Optoelectrónica
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in”
A detecção lock-in exige uma frequência de referência. Tipicamente uma
experiência produz um sinal modulado a uma frequência fixa (obtida quer
modulando directamente a fonte de luz, quer modulando o ganho do
detector).
O amplificador lock-in detecta a resposta da experiência apenas para a
frequência de referência
151
Instrumentação Optoelectrónica
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in”
Consideremos que a frequência de referência é uma onda sinusoidal com
frequência ωR. Se esta frequência foi usada para modular a experiência
então a resposta da experiência será um sinal sinusoidal:
VI  sin  R  t  I 
O amplificador lock-in multiplica a saída da experiência pelo sinal de
referência:
VR  sin  R  t  R 
Da multiplicação resulta:
VM1  VI  VR  sin  R  t  I   sin  R  t  R 

1
1
 VI  VR  cos  R  t  R  R  t  I    VI  VR  sin  2  R  t  R  I 
2
2
152
Instrumentação Optoelectrónica
153
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in”
Como os dois sinais têm a mesma frequência a primeira parcela corresponde a um
sinal dc. A segunda parcela é um sinal de frequência 2ωR, que corresponde a uma
frequência mais alta e pode ser retirado por filtragem.
Após o filtro passa-baixo temos
VM1  FILT 
1
 VI  VR  cos  R  I 
2
Este sinal é proporcional à diferença de fase entre o sinal de referência e o
sinal da experiência: detecção sensível à fase
Instrumentação Optoelectrónica
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in”
Para medir VI é necessário que a diferença de fase R-I seja conhecida e
estável. Isso obriga a utilizar um outro circuito misturador de sinais (mixer)
Um esquema empregue é usar um 2º mixer com entrada de referência
desfasada de 90º relativamente ao 1º mixer:


VR  sin  R  t  R  
2

154
Instrumentação Optoelectrónica
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in”
A saída do 2º mixer será:
VM2 
1
 1



 VI  VR  cos  R  I     VI  VR  sin  2  R  t  R  I  
2
2 2
2


Após filtragem
VM2  FILT 
1
 1

 VI  VR  cos  R  I     VI  VR  sin  R  I 
2
2 2

155
Instrumentação Optoelectrónica
156
Métodos de Detecção
Detecção “lock-in”
Com a saída de ambos os mixers é possível determinar as seguintes
quantidades:
Amplitude  R 
2

VR
 VM1FILT 
2
  VM2FILT 
2
 VM2FILT 
Fase  R  I  arc tg 

 VM1FILT 
Componente em Fase  X  R  cos  R  I 
Componente em Quadratura  Y  R  sin  R  I 
Instrumentação Optoelectrónica
157
Métodos de Detecção
Contagem de fotões
A contagem de fotões pode ser empregue usando detectores com mecanismos
de ganho por multiplicação de carga (PMTs e APDs) para detectar sinais de baixa
intensidade.
No modo de funcionamento normal a saída
do PMT é uma corrente dc com flutuações
Para níveis de iluminação baixos temos
separação dos fotões incidentes que podem
ser detectados como impulsos individuais –
regime de monofotão
Não basta contar os impulsos. Há
que os descriminar em amplitude de
forma a rejeitar, por ex. eventos de
ruído
Instrumentação Optoelectrónica
158
Exemplo: Contagem e temporização de fotões
Tempo de vida de fluorescência: cronometragem de monofotão
Fonte de luz
pulsada
Filtro Espectral
Linha de atraso variável
Câmara de
amostras
Filtro espectral
STOP
PMT (ou APD ou
MCP)
START
Computador PC com
Conversor Tempo-Digital
Instrumentação Optoelectrónica
159
Exemplo: Contagem e temporização de fotões
Tempos de vida de fluorescência: cronometragem de monofotão
Determina-se experimentalmente o histograma da distribuição dos instantes de
chegada do primeiro fotão de fluorescência.
Consideremos que, num dado ciclo de excitação, um número médio de
fotões
zi
atinge o fotocátodo do detector, durante o intervalo de tempo ti - 1/2, ti + 1/2,
correspondente ao canal i do histograma. Se h for a eficiência quântica do
fotocátodo, o número médio de fotoelectrões ejectados é
w i  h  zi
Instrumentação Optoelectrónica
160
Exemplo: Contagem e temporização de fotões
Tempos de vida de fluorescência: cronometragem de monofotão
A probabilidade de serem emitidos n fotoelectrões no intervalo de tempo i
obedece a uma distribuição de Poisson:
pn
w 

i 
i
n!
n
 e wi
Desta distribuição obtém-se:
p0  i   e wi
p1  i   1  p0  i   1  e wi
Instrumentação Optoelectrónica
161
Exemplo: Contagem e temporização de fotões
Tempos de vida de fluorescência: cronometragem de monofotão
Decorrido um número elevado de ciclos de excitação, C, o número NFi de
impulsos produzidos pelo fotodetector no intervalo de tempo correspondente
ao canal i ser

N Fi  C  1  e wi

Se considerarmos w i « 1 podemos escrever
2
 

wi
N Fi  C  1  1  w i 
     C  w i

 
2



O número de impulsos produzido pelo fotodetector, no instante ti correspondente
ao canal i, é proporcional ao fluxo de fotões de fluorescência nesse mesmo
instante.
Instrumentação Optoelectrónica
162
Exemplo: Contagem e temporização de fotões
Tempos de vida de fluorescência: cronometragem de monofotão
Histograma da distribuição dos instantes de chegada do
primeiro fotão de fluorescência.
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