Linha do Tempo: Química A Partir da Revolução Industrial João Paulo, Carhla, Gustavo U., Lucas A., Mariane A Revolução Industrial ocasionou várias transformações na sociedade. Mudaram-se as formas de produção, e, conseqüentemente ouveram descobertas em outros setores, como o químico. Na indústria química, com a descoberta de novos elementos e materiais, ampliaram-se as possibilidades para novos vários setores, como o petroquímico. A indústria química também tornou-se um importante setor de ponta no campo fabril. A obtenção de matérias primas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão - nitrogênio e fosfatos. Corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos, etc. Introdução à Química Moderna Robert Boyle é considerado por muitos o iniciador da Química Moderna, em meados do século XVII. Suas pesquisas e publicações foram fundamentais para inovações químicas que ocorreriam no século seguinte. No século XVIII, firmou-se realmente o caráter científico da Química. Vários gases foram descobertos e estudados. Lavoisier, com a introdução da balança em seus experimentos, conseguiu pesar os materiais envolvidos antes e depois de uma transformação química, notando então que a massa permanecia constante. Podemos dizer que, nos séculos XVIII e XIX, com os trabalhos de muitos cientistas, surgiu a QUÍMICA MODERNA, que já proporcionava uma explicação lógica para a existência de muitos materiais diferentes e suas possíveis transformações químicas. É importante notar também que a partir dessa época se juntou o trabalho experimental feito em laboratório (trabalho prático) com a correspondente busca das explicações da natureza da matéria e as razões de suas transformações químicas (trabalho teórico). No século XIX ocorreu um desenvolvimento extraordinário na Química, tanto em sua parte prática como na parte teórica. Na prática, foram descobertos vários novos elementos químicos e produzidas muitas novas substâncias químicas. Na teoria, consolidaram-se as idéias de ÁTOMO, principalmente devido aos trabalhos de John Dalton (1766-1844) e de MOLÉCULA, principalmente por Amedeo Avogadro (1776-1856); Dimitri Ivanovitch Mendeleyev (1834-1907) conseguiu ordenar os elementos químicos, de forma racional, em sua TABELA PERIÓDICA. É muito importante notar também que, em decorrência desse "casamento" da prática com a teoria, houve um grande desenvolvimento das técnicas de análise e síntese químicas. A análise química procura responder à pergunta "quais, quantos e como os elementos (átomos) estão reunidos nas substâncias (moléculas)?"; a síntese química procura explicar "como podemos transformar as substâncias de maneira a produzir novas substâncias?". Essa complementação da prática com a teoria e vice-versa continuou e continua se aprofundando até hoje. Por isso tivemos, no século XX, um progresso fabuloso da Química. Com o uso de equipamentos modernos (eletrônicos, computadores, raio laser, etc.), a Química teórica conseguiu determinar as estruturas dos átomos e das moléculas, com precisão cada vez maior. Também a Química experimental evoluiu extraordinariamente; por exemplo, somente entre 1960 e 1969 conseguiu-se sintetizar cerca de 1,2 milhão de novos compostos conhecidos ultrapassa a casa dos 10 milhões. Tudo isso acabou sendo aplicado nas indústrias, resultando numa vasta tecnologia química, com a fabricação de milhares e milhares de novos produtos: plásticos, tecidos, borrachas sintéticas, medicamentos, tintas, corantes, etc. Tabela Periódica A Tabela Periódica passou por várias transformações até chegar ao modelo utilizado atualmente. O precursor na organização dos elementos foi John Dalton, no início do século XIX. Dimitri Ivanovich Mendeleyev foi quem organizou o primeiro modelo de tabela periódica. O uso da tabela periódica facilitou o estudo da química, sendo fundamental tanto para os métodos de ensino atuais, quanto para a área de pesquisas/desenvolvimento de substâncias. Principais elementos descobertos a partir do século XVIII Oxigênio - Carl Wilhelm Scheele em 1771 Cloro - Carl Wilhelm Scheele em 1774 Hidrogênio – Henry Cavendish em 1766 Potássio - Humphry Davy em 1807 Magnésio - Joseph Black em 1755 Alumínio - Friedrich Wöhler em 1827 Nitrogênio - Daniel Rutherford em 1772 Sódio - Sir Humphry Davy em 1807 Exemplos de Inovações na Indústia Química a Partir da Revloução Industrial DDT (Pesticida) O DDT (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano) é o primeiro pesticida moderno tendo sido largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para o combate dos mosquitos causadores da malária e do tifo. O DDT foi sintetizado em 1874, mas apenas em 1939 é que um químico suiço, Paul Muller, descobriu suas propriedades inseticidas. Por esta descoberto, o suiço recebeu o prêmio Nobel de medicina, em 1948. Penicilina (Antibiótico) A Penicilina G é um antibiótico natural derivado de um fungo, o bolor do pão Penicillium chrysogenum (ou P. notatum). Ela foi descoberta em 1928, pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming e está disponivel como fármaco desde 1941, sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso. O nome penicilina é usado também para outros antibióticos relacionados. É usada para tratar infecções bacterianas e infecções. Uréia (Usada na Fabricação de Herbicidas) A uréia foi descoberta por Hilaire Rouelle em 1773. Foi o primeiro composto orgânico sintetizado artificialmente em 1828 por Friedrich Woehler, obtido a partir do aquecimento do cianato de amônio (sal inorgânico). As principais aplicações da uréia são: * Na manufatura de plásticos, especificamente da resina uréia-formaldeído. * Devido ao seu alto teor de nitrogênio, a uréia preparada comercialmente é utilizada na fabricação de fertilizantes agrícolas. * Como estabilizador em explosivos de nitrocelulose. * Na alimentação de ruminantes. * Pode ser encontrada em alguns condicionadores de cabelo e loções. Aspirina (Medicamento) Aspirina ou ácido acetilsalicílico é um fármaco do grupo dos antiinflamatórios não-esteróides (AINE) e também um antiplaquetar, utilizado como antiinflamatório, antipirético, analgésico e inibidor da agregação das plaquetas sangüíneas. É o medicamento mais conhecido e consumido em todo o mundo. A casca do salgueiro foi utilizada durante séculos na medicina popular, mas somente em 1763 o reverendo Edmund Stone, redescobriu propriedades antipiréticas da casca do Salgueiro e as descreveu de forma científica. O princípio activo da casca, a salicina ou ácido salicílico foi isolado na sua forma cristalina em 1828 pelo farmacêutico francês Henri Leroux, e Raffaele Piria, químico italiano. Em 1897 a firma farmacêutica alemã Bayer conjugou quimicamente o ácido salicílico com acetato, criando o ácido acetilsalicílico (aspirina), que descobriram ser menos tóxico. A aspirina foi o primeiro fármaco a ser sintetizado na história da farmácia e não recolhido na sua forma final da natureza. Foi a primeira criação da indústria farmacêutica. Foi também o primeiro fármaco vendido em tabletes.