FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ANDRADINA FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DE ANDRADINA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA SEMIOLOGIA DO ESTÔMAGO E INTESTINOS DELGADO E GROSSO Professora: Ms. Agueda Andradina, junho de 2008 SEMIOLOGIA DO ESTÔMAGO ESTÔMAGO É o seguimento mais dilatado do tubo digestório, sendo a continuação direta do esôfago. Esta situado no abdômen cranial, à esquerda da sua linha média, caudal ao fígado e, quando vazio, mantém-se no interior da arcada costal. As funções do estomago são: o o armazenamento da ingesta; o o inicio da digestão por meio da maceração do alimento e da hidrólise química pelo ácido clorídrica e enzimas digestivas; o a mistura da ingesta com as secreções digestivas. A capacidade do estômago é bastante variável, sendo de 0,5 a 8 litros de acordo com o tamanho do cão ou do gato; O suprimento vascular do estômago é mantida pelo tronco celíaco; e a inervação e suprida pelo nervo vago. O estômago é formado por quatro camadas de tecidos: Serosa; Muscular; Submucosa; Mucosa. A cavidade gástrica tem formato de meia-lua, e é dividida em cinco regiões funcionais: Cárdia: a região do cárdia é pequena e contínua ao esôfago; Fundo: se localiza a esquerda, dorsalmente ao cárdia; é a primeira porção do estômago a ser preenchida por ingesta; Corpo: secreta enzimas digestivas e ácido clorídrico; Antro: possui a camada muscular mais espessa, com pequena capacidade de distensão, sendo a sua principal função o fracionamento da ingesta (Digestão Mecânica). Na mucosa antral estão presentes as células G que secretam a gastrina, que uma vez tem a função de regular a secreção de ácido hidroclorídrico; Piloro: esfíncter que se localiza na porção final do antro e antes do duodeno, tem função de limitar partículas de tamanhos maiores passarem para o duodeno, regular o tempo de esvaziamento gástrico e evitar o refluxo de conteúdo duodenal para o estômago. ESTOMAGO DE GATO ESTOMAGO DE UM CÃO ANAMNESE E EXAME FISÍCO • Histórico e sintomas • Causas + freqüente de cães e gatos ao consultório é com vômito → hematêmese. • Características do animal: Raça; Idade; Temperamento; Manejo nutricional e sanitário; Condições ambientais. • Estômago vazio normalmente não pode ser palpado. • O procedimento pode ser facilitado quando se introduz os dedos por baixo do gradil costal ou pela elevação dos membros dianteiros do animal, promovendo deslocamento do órgão em direção caudal. • Podemos identificar: conteúdo alimentar; corpos estrinhos; dilatação e distensão gástrica; síndrome dilatação/torção; liquido característico c/ aumento abdominal. • Sob condições normais o epigástrio e regiões vizinhas são palpáveis sem resultar em dor ou desconforto. • A ausculta do abdome pode revelar a presença de borborigmos. • Geralmente a cavidade gástrica vazia, é silenciosa, mas se torna vocal com presença de fluido ou gás, ou durante os períodos de jejum (fase interdigestiva). EXAMES COMPLEMENTARES • Em virtude de vários fatores desencadeantes, em muitos casos de gastropatias é necessário realizar: Hemograma completo; Exame coprológico; Urinálise; ATL; FA; uréia e creatinina; Estudos radiográficos e sonográficos; Inspeção endoscópica; Avaliação histopatológica. Úlcera Gástrica (duplo contraste) - RX ENDOSCÓPIA Úlcera Gástrica Hipertrofia de Piloro - RX INTESTINO DELGADO Considerações Anatômicas e Fisiológicas • Intestino Delgado: inicia-se na face caudal do piloro e termina na junção ileocecocólica. • Duodeno (mais cranial): inicia-se no lado direito do abdome, próximo à nona costela. • Termina curvando-se ventralmente para entrar no mesentério, dando início ao jejuno. • O jejuno e o ílio formam a maior parte do intestino delgado, suspensos em um longo mesentério . • Não há demarcação anatômica definida separando o jejuno do ílio. • O intestino é composto por quatro camadas de tecidos: serosa, muscular, submucosa e mucosa. • Sua superfície luminal (mucosa), tem aspecto aveludado devido à presença das vilosidades intestinais • Vilosidades intestinais: absorção de fluidos, íons, vitaminas e nutrientes. FUNÇÕES FISIOLÓGICAS (NORMAIS) • Incluem a motilidade responsável pelo trânsito e mistura da ingesta. • Secreção de enzimas e fluidos digestivos • Absorção de nutrientes ANAMNESE E EXAME FÍSICO • Histórico clínico é importante para classificar como agudo ou crônico; • Causas: mudança brusca da dieta, sobrecarga pela ingestão de grande volume de alimento, parasitismo intestinal ou linfoma alimentar; • Quanto a idade e raça. SINAIS DE DOENÇA DO I. DELGADO • • • • • • • • ↓ peso e desidratação; Vômito; Melena; Flatulência e eliminação de fezes (variando o aspecto e odor); Polifagia ou inapetência; Desconforto abdominal; Ascite; Hematoquezia. EXAME FÍSICO ● Pode observar um paciente desnutrido, emaciado ou caquético, pelame de má qualidade, seborréico, apático, com anorexia, febre. PALPAÇÃO ABDOMINAL ● Pode identificar: presença de massas intraabdominais, conteúdo intestinal anormal, espessamento da parede intestinal e alterações anatômicas, desconforto ou pontos dolorosos, linfonodos mesentéricos aumentados. EXAMES AUXILIARES • Exames laboratoriais; • Coprológico; • Técnicas de imagem como: exames radiográfico e sonográfico; • Exame endoscópico; • Outros. INTESTINO GROSSO Considerações anatômicas e fisiológicas Ceco; Cólon Ascendente; Cólon Transverso; Cólon Descendente; Reto. ANAMNESE E EXAME FÍSICO • A maioria das doenças do intestino grosso se manifesta por diarréia ou constipação • Os sintomas de diarréia com origem no intestino grosso podem em alguns pacientes, estar associados, ser desencadeados ou agravados por situações de estresse. CARACTERÍSTICAS FECAIS • • • • • Fezes em pequena quantidade; Melena; Tenesmo; Intervalos entre as defecações e dor; Fezes endurecidas. ALIMENTAÇÃO • Deve-se obter informações detalhadas e possíveis causas infecciosas ou parasitárias • Parasita comum em cães Nematóides são causas mais comuns de colite. PALPAÇÃO • A palpação abdominal e o toque retal são métodos importantes de avaliação clinica e devem ser realizados rotineiramente em animais com sinais de doença colônica. • A palpação pode indicar a presença de corpos estranhos. • A palpação deve ser realizada com o animal em posição quadrupedal ou em decúbito lateral direto ou esquerdo, introduzindo o dedo indicador protegido por uma luva e um lubrificante de forma delicada. OBRIGADO!!