ORIENTE MÉDIO A POSIÇÃO GEOGRÁFICA; A CARÊNCIA DE ÁGUA; A ECONOMIA; A SOCIEDADE; OS CONFLITOS; POSIÇÃO GEOGRÁFICA Afeganistão Arábia Saudita Bahrain Catar Chipre Egito Emirados Árabes Unidos Iêmen Iraque Irã Israel Jordânia Kuwait Líbano Omã Síria Turquia Posição estratégica O Oriente Médio é uma região estratégica. Situado entre a Europa, a África e o restante do continente asiático. O termo oriente médio surgiu entre os comerciantes europeus que iam para Índia e a China nos séculos XV e XVI. Quando os comerciantes europeus se deram conta de que as rotas comerciais entre o Ocidente e o Oriente passavam necessariamente pelo Oriente Médio, a região passou a ser extremamente cobiçada. POSIÇÃO GEOGRÁFICA O Oriente Médio é cercado por diversos mares e existem dois golfos de intensa navegação comercial: o golfo Pérsico e o golfo de Omã. Através de suas águas, a produção de petróleo dessa região é escoada para o resto do mundo. A região do golfo Pérsico é alvo de constantes conflitos e constitui uma área estratégica mundial. Oriente Médio Fonte: Leda Ísola e Vera Caldini. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 77 (adaptado) . Fonte: Atlas 2000. La France et le monde. Paris: Nathan, 1999. p. 132./Leda Ísola e Vera Caldini. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 111. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Carlos Tadeu de Carvalho Gamba Mário Yoshida Os Golfos de Petróleo A questão da água no Oriente Médio •Nessa região de clima árido, o controle de um país sobre as nascentes e cursos de rios possui enorme importância, pois garante o abastecimento de água. •Dessa forma, disputas por áreas de bacias hidrográficas e pela utilização de lençóis subterrâneos têm sido, também, causa de conflitos armados. Tensão em torno das bacias dos rios Tigre e Eufrates. Nas margens desses rios a Turquia desenvolve, desde os anos 80, o projeto Grande Anatólia, com construção de hidroelétricas, barragens e irrigação de terras, com grande retenção de água desses rios. Esses rios correm do território turco para a Síria e para o Iraque, países que dependem totalmente de suas águas para movimentar a economia. COM EXCEÇÃO DE ISRAEL, A ATIVIDADE INDUSTRIAL É POUCO EXPRESSIVA. Destacam-se na Turquia: • A indústria siderúrgica. E nos países produtores de petróleo: • Refinarias e algumas indústrias petroquímicas. Além dos setores tradicionais, como o têxtil e o alimentício. Que estão instalados próximo às grandes cidades. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva O espaço econômico A região possui um rico e milenar patrimônio histórico, mas este não é o único atrativo encontrado no Oriente Médio. • o litoral do Golfo Pérsico; • os corais; • a vida submarina do Mar Vermelho; • toda a costa Mediterrânea Ainda preservam suas riquezas naturais com raro potencial turístico. Apesar das condições favoráveis ao turismo, os conflitos e a imagem difundida pela mídia sobre o fanatismo religioso e os valores culturais opostos aos do mundo ocidental constituem barreiras a esta atividade econômica. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva O turismo é outra atividade com grande potencial. É a principal fonte de energia e matéria-prima do mundo atual. As maiores reservas e produção estão no Oriente Médio. O interesse pelo controle de áreas produtoras de petróleo é uma das causas de guerras e revoluções no Oriente Médio. Isto porque: Ele é o principal combustível da sociedade industrial e fonte de matéria-prima para mais de 6 mil produtos. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Petróleo Fonte: Statistical Review of World Energy, 2007. Entre os países que detêm as maiores reservas de petróleo, quais estão situados no Oriente Médio? Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Apesar da enorme riqueza gerada pela exportação de petróleo e gás natural, parcela considerável da população não desfruta de boas condições de vida. A riqueza flui para as mãos de uma minoria, que detém o poder político e econômico. É baixo o padrão de vida no Oriente Médio. Apesar das riquezas conseguidas com a exploração e venda do petróleo, a renda é mal distribuída, ficando concentrada nas mãos de poucos. Somente Israel pode ser considerado um país de Primeiro Mundo no Oriente Médio. Campo de petróleo na Arábia Saudita (2004). O petróleo e as desigualdades sociais A economia baseada na exploração do petróleo trouxe muita riqueza para os países produtores do OM. No entanto, podemos afirmar que essa riqueza está desigualmente distribuída. Na realidade, as riquezas geradas pela exploração do petróleo acabam por beneficiar apenas uma pequena elite dominante: a nobreza; os altos funcionários do Estado; os proprietários de terras onde estão os campos petrolíferos; e as multinacionais que dominam o mercado mundial do produto. A agricultura, predominantemente de subsistência, está restrita a algumas áreas, uma vez que existem extensos desertos no Oriente Médio. Ela se desenvolve principalmente nas planícies fluviais, nas áreas irrigadas e nas margens dos mares Mediterrâneo, Negro e Cáspio. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva A AGRICULTURA Fonte: World atlas. Londres: Dorling Kindersley, 1999. p.185 (adaptado). Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Mário Yoshida Oriente Médio - Agropecuária Procura ter um bom relacionamento com o mundo árabe, uma vez que os mais radicais acusam-na de ter uma linha política pró-Ocidente. Os Estados Unidos importam mais de 1 milhão de barris de petróleo saudita por dia, e a Arábia Saudita é o principal mercado dos produtos estadunidenses no Oriente Médio. A fortuna obtida com o petróleo é utilizada, entre outras coisas, para “comprar” a tranquilidade do país. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Arábia Saudita Israel é o único país do Oriente Médio considerado como país desenvolvido Pelas suas características socioeconômicas. Além das boas condições de vida da população, a economia é amplamente diversificada, com os setores secundário e terciário bastante desenvolvidos. Além de contar com: • as doações da comunidade judaica mundial e • ajuda financeira dos Estados Unidos. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Israel – Desenvolvimento e Conflitos Permanentes O kibutz é uma fazenda agrícola comunitária, cujos integrantes compartilham de toda propriedade e, de comum acordo, distribuem suas tarefas. Nessa região, deu-se uma grande transformação do espaço. Com a construção de um eficaz sistema de irrigação, o deserto transformou-se em área fértil ao cultivo agrícola. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Hosatte Jean-Marie/Gamma/Other Images No atual território de Israel, uma faixa litorânea, de clima mediterrâneo, é densamente povoada No Oriente Médio, a população é predominantemente árabe. A maior parte dos habitantes dessa região professa a religião islâmica ou muçulmana. Os judeus formam o segundo maior grupo religioso. O islamismo é a religião de quase 90% da população do Oriente Médio Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva O islamismo e o fundamentalismo islâmico Ressalva-se que em vários países de maioria muçulmana tem havido maior participação da mulher na sociedade. O fato é que não há no Corão restrições à atuação da mulher na vida social. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Os movimentos fundamentalistas defendem um conjunto rígido de regras e condutas em que a mulher não tem os mesmos direitos que os homens. Com a criação do movimento sionista no século XIX milhares de judeus, de todas as partes do mundo, começaram a migrar para a Palestina. Transformando a região em palco de permanentes conflitos com os árabes. Em 1917, a Palestina foi ocupada pelos ingleses. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva A questão palestina e o Estado de Israel Fonte: Le Monde Diplomatique, 2005. 1948 – Estado de Israel Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Carlos Tadeu de Carvalho Gamba 1947 – A partilha da Palestina Dando início a uma violenta guerra. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Logo após a criação do Estado de Israel, os exércitos dos países árabes vizinhos atacaram o país. 1967 – Guerra dos seis dias Carlos Tadeu de Carvalho Gamba A partilha da Palestina entre árabes e judeus, causou grande insatisfação aos povos árabes. Atualmente – Israel e territórios da ANP Parte da Cisjordânia e Gaza foram devolvidas aos palestinos. Tornaram-se regiões autônomas e de administração palestina. Foi criada a Autoridade Nacional Palestina – representante legal dos palestinos, responsável pela administração dos seus territórios. Fonte: Le Monde Diplomatique, 2005. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva ATUALMENTE: Detém o controle Gaza Cisjordânia São várias as questões pendentes para um acordo de paz mais duradouro entre os dois povos. Além disso, há sempre a questão de como grupos extremistas judeus e palestinos irão encarar um processo de negociação que de fato encaminhe a região para a paz. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva As terras palestinas encontram-se divididas. Hamas OLP Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Jacob Halaska/Keystone Jerusalém é uma cidade sagrada para as três grandes religiões monoteístas: cristianismo, judaísmo e islamismo. Na foto, o Muro das Lamentações, local sagrado para a religião judaica, e a mesquita do Domo Dourado, templo islâmico. 1948 - Os ingleses retiraram-se da Palestina, e Israel constituiu-se Estado. Janeiro de 1949 – Terminaram os combates, que conferiram a Israel novas áreas. Foram assinados acordos de armistício. 1964 – Criada a Organização para Libertação da Palestina. 1967 – Eclodiu outro conflito armado, a Guerra dos Seis Dias. 1969 – Yasser Arafat assumiu a presidência da OLP. 1973 – Egito, Síria e Jordânia envolveram-se em nova guerra com Israel. 1979 – Por meio do Acordo de Camp David, Israel concordou em devolver ao Egito a península do Sinai. 1988 – O líder da OLP reconheceu o Estado de Israel. Setembro de 1993 – Arafat (OLP) e o primeiro-ministro israelense assinaram na Casa Branca um acordo de paz. Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva Acompanhe a linha do tempo: CONFLITOS PALESTINA X ISRAEL O primeiro ministro de Israel manda construir um muro separando o Estado de Israel da Cisjordânia para evitar os atentados às cidades judaicas. Jerusalém é considerada sagrada tanto para os judeus quanto para os palestinos.