Opressão e Trevas espirituais

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Uma abordagem sobre guerra espiritual, opressão maligna, ministério de libertação e postura
da igreja diante das trevas.
Dando início ao estudo, primeiro um alerta sobre fontes de informações sobre guerra espiritual:
EM PRIMEIRO LUGAR – Não dar valor a revelações dadas por espíritos imundos.
Apocalipse 2
24 Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta
doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos
não porei.
25 Mas o que tendes, retende-o até que eu venha.
Algumas coisas que os movimentos sobre guerra têm dito podem ser encontradas em livros de
ocultismo. Nomeação de demônios, por exemplo, é prática comum da necromancia antiga, dos
cultos pagãos, de certos cultos africanos. Uma única vez Jesus dialoga com um demônio, no
caso de Legião, e em nenhum momento desenvolve qualquer tipo de doutrina baseada
em informações sobre o reino espiritual que não concedido por duas únicas fontes: As
Escrituras e o Espírito de Deus. A prática de qualquer atividade relacionada a confronto com
poderes espirituais deve seguir esse conceito. Todas as religiões falsificadas, conceitos
deturpados sobre Deus, doutrinas malignas e filosóficas que afastam o homem de Deus são
fruto da REVELAÇÃO demoníaca. Apocalipse aponta para tal fato, quando a igreja de Tiatira
é exortada a deixar de lado qualquer aprofundamento em desvendar o reino das trevas.
Atualmente estamos imersos em imensa quantidade de informações, e mesmo propaganda
dos poderes infernais. Filmes, musicas, movimentos espirituais, renascimento do ocultismo,
feitiçaria, práticas mágicas diversas, no preparo final da terra para completa aceitação do
Anticristo.
NÃO IGNORAR DESÌGNIOS de Satanás não é em nenhuma instancia CONHECER SUAS
PROFUNDEZAS. Não necessitamos ser especialistas nas coias do inferno, antes nas coisas
de Deus. Falando nisso, doutrinas malignas fruto da mente de espíritos malignos FAZEM
PARTE DO ESCOPO DOUTRINÁRIO DE ALGUMAS DENOMINAÇÕES DA ATUALIDADE.
Exemplo CLARO disso é a rejeição dos dons espirituais, rejeição das manifestações do
Espírito de Deus, deturpação cética sobre o poder da intercessão, deturpação da
responsabilidade e da autoridade espiritual da igreja sobre os poderes das trevas, fruto
de:
a) heresias dissimuladas em nome de conceitos deturpados sobre SOBERANIA
DIVINA
b) ignorar o ensino sobre a volta de Jesus,
c) não incentivo a disciplinas espirituais,
d) descaracterização das operações de espíritos malignos,
e) negação dos poderes da maldade nas regiões celestiais, tendo como conseqüência
missionários completamente despreparados recebendo aporte de um evangelho não
sobrenatural, psicológico, humanista, filosófico e social, deixando-os a mercê dos
poderes demoníacos por não compreensão da Autoridade e do Poder delegada a
igreja de Cristo na terra.
f) Além da não compreensão e mesmo negação sobre a questão de curas divinas,
g) rejeição contumaz dos milagres de Deus;
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h)
e sutil perversão do Evangelho, transformando um evangelho da glória em um
evangelho NULO.
Vivemos num tempo que mistura misticismo maligno e ceticismo bíblico, de crescente
envolvimento das nações em atos de magia e ao mesmo tempo doutrinados por teologias
malditas, estamos perdendo nossa IDENTIDADE com o Cristo ressurreto, congregados em
uma igreja que VIVE como se não estivesse assentada nas regiões celestiais com Cristo
e que ignora os principados, as potestades, as soberanias e os poderes deste mundo,
caminhando assim para sua própria destruição por REJEIÇÃO VOLUNTÁRIA E CONSCIENTE
dos armamentos espirituais, da fé milagrosa, do PODER de Deus.
E isso tudo ao mesmo tempo em que estamos envolvidos numa realidade espiritual de
opressão e de trevas que cobrem a terra, onde a escuridão cobre os povos,
“Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti.
Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece
resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti" (Is 60.1-2).
Temos diante das fileiras da igreja, uma multidão de homens que não crêem. E infelizmente,
essa multidão de homens, são os que geram o ENSINO das referidas denominações.
Então, após tratar dos aspectos acima, sistematizando os cuidados:
1) Guerra espiritual não é baseada em nenhum tipo de ensino dado por espíritos malignos.
Qualquer assunto dessa área SÒ pode ser desenvolvido a partir dos dons espirituais e a luz
das Escrituras. Para tanto Deus legou a Igreja os dons espirituais Palavra de Conhecimento,
Discernimento de Espíritos e palavra de Sabedoria. Orientação de rejeitar de todos os
materiais que tratam sobre o assunto quaisquer tipos de revelações cuja fonte seja algum
tipo de demônio. O RESTANTE ANALISAR COM cuidado.
2) Tudo que a igreja necessita saber deve vir através das Escrituras e da revelação do Espírito
de Deus concedida mediante os dons. Mesmo falar ou questionar demônios no momento da
expulsão, se houver no momento de tal ato CLARA REVELAÇÃO DE DEUS PARA FAZÊ-LO,
COM APOIO DE OUTRAS PESSOAS QUE POSSUEM DONS ESPIRITUAIS QUE TAMBÉM
RECEBAM TAL ORIENTAÇÃO EM SEUS CORAÇÕES.
3) Uma teologia sem fé, que rejeita os dons e a MESMO TEMPO A Opressão, que nega o
Poder do Espírito Santo enquanto remete operações malignas a título de enfermidades
psicossomáticas, esquizofrenia, doenças mentais diversas, NEGANDO assim ao MINISTÉRIO
DE LIBERTAÇÃO QUE DEVERIA POSSUIR, É FATOR PROIBITIVO PARA a manifestação do
poder para expulsão de demônios. Uma igreja assim não pode e nem deve DE MODO
ALGUM, encaminhar seus membros para atividades que envolvam o enfrentamento direto com
poderes espirituais manifestos, sobre o risco da vergonha, da desmoralização do evangelho e
do fracassso de planos evangelísticos e missionários.
EM SEGUNDO LUGAR –Libertação do jugo maligno é parte de um processo
absolutamente maior – O crescimento em Cristo
A libertação de seres humanos do jugo demoníaco é uma das comissões da igreja, uma das
razões do trabalho do Corpo, mas não compreende toda a necessidade para um efetivo viver
cristão. Tirar da prisão uma alma é grande coisa. Ela estava sobre o domínio das trevas,
incomodada e constrangida a cada dia por poderes malignos que assolavam seus
pensamentos, deturpavam seus valores, adoeciam seus corpos, transtornavam sua alma,
destruíam seus sonhos, impediam sua comunhão com o Pai. Mas, tirar das trevas é só parte
da história. Esta vida tem que apreender a andar na luz, a gozar sua liberdade em deus,
reapreender a viver com as mãos nas mãos do Pai. Reconquistar sua dignidade, a fé, mudar
seus hábitos adquiridos na época da escuridão e a conviver numa comunidade onde Deus
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habita. Aprender agora a ouvir a voz do Espírito de Deus e modificar sua mente através do
ensino das Escrituras. A libertação tem quer ser seguida da Comunhão. Do amor de Cristo
derramado na igreja através dos irmãos e irmãs. Essa comunidade tem que espelhar o coração
de Deus, para que a pessoa que foi destratada pelo mundo, esmagada pelos poderes das
trevas, enganada pelo ensino humano e filosofias vãs, possa desenvolver sua libertação, sua
salvação num lugar onde o amor de Deus é derramado. O segundo ponto então é:
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de
entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão,
longanimidade;
Colossenses 3:12
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é
vão no Senhor.
1 Coríntios 15:58
Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que
acompanham a salvação, ainda que assim falamos.
Hebreus 6:9
Não erreis, meus amados irmãos.
Tiago 1:16
Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir,
tardio para falar, tardio para se irar.
Tiago 1:19
Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e
qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 1 João 4:7
Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais
achados imaculados e irrepreensíveis em paz. II Pedro 3:14
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado,
lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?
I João 3:17
Sim, irmão, eu me regozijarei de ti no Senhor; recreia as minhas
entranhas no Senhor.
Filemom 1:20
Na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito
Santo, no amor não fingido,
II Coríntios 6:6
Tudo o que diz respeito à Igreja deve ser feito dentro de um padrão elevado de vida.
Um padrão divino de coisas. Deus nos ensina a viver através das Escrituras, e nos ensina que
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a vida não vale a pena sem que seja vivida debaixo do amor. O amor é a fonte de inspiração, o
lugar onde deve habvitar o coração humano, aperfeiçoado nos corações dos filhos de Deus,
pelo poder do Espírito Santo. O padrão de amor que Deus deseja que manifestemos é
segundo o seu coração. Não existe ou subsiste sem a presença do Espírito Santo, não
permanece sem que Cristo esteja envolvido na interação humana. E Deus quer que exerçamos
o amor de modo profundo, repleto de significados, que seja abundante de bondade em todas
as suas manifestações, que seja contagiante, que seja aplicável as normas de relacionamento
dos irmãos e irmãs em Cristo, onde as atitudes, gestos, atos, intenções esboçem integridade
com os padrões de vida estabelecidos pela comunhão com o Espírito de Deus.
É sobre isso que versa essa apostila.
Toda relação entre nossos irmãos devem ser pautadas em valores que agradem ao
Espírito de Deus. Então este estudo visa que nossas atitudes e atos possam ser disciplinados
pela vontade de vivermos nossas vidas, de trabalharmos em conjunto, de caminharmos na
direção de uma cidade que não necessita de sol, lutando para que aquilo que fizermos,
aquilo que dissermos, aquilo que encher os nossos corações até transbordar, reflitam as
virtudes descritas abaixo. Então, julgue você a si mesmo, todos os dias, esse é o sentido do
texto:
Referência Bíblica: Mt 7:1-5
"1 Não julgueis, para que não sejais julgados.
2 Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que
tiverdes medido, vos medirão também.
3 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no
teu próprio?
4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave
no teu?
5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o
argueiro do olho de teu irmão."
Julgar-se a si mesmo, a cada instante, conhecer a si mesmo, antes de procurar falhas nas
vidas dos outros. No hebraico o verbo julgar abrange vários sentidos, não só o jurídico,
condenar ou absolver. Um destes sentidos é ‘estabelecer com critério’. Critério é um padrão
com o qual se compara algo. O texto mostra gente que estabelece critérios de vida para outros,
mas que não faz a mínima questão de abraçá-los. Desejar que outros se tornem naquilo no
qual você não se esforça para alcançar. Daí a exclamação do Senhor: Hipócritas! Que eram as
máscaras com os quais os atores gregos se fantasiavam para expressar emoções.
Gente fantasiada de emoções que não estava sentindo. O princípio bíblico estabelecido é
verificar, comparar cada dia, cada gesto, cada atitude de nossa vida com os padrões de vida
segundo o Espírito de Deus, para sermos chamados “homens e mulheres segundo o coração
de Deus”, gente que expresse com propriedade a pessoa de Cristo e que haja de tal modo que
Deus sinta alegria em nós e o Espírito de Deus se alegre conosco, por agirmos como filhos
amados de Deus.
Dignidade.
As nossas relações devem ser dignas. Devemos preservar a dignidade das pessoas com as
quais nos relacionamos. Isso significa não expor ao ridículo pessoas, não espalhar boatos ou
mentiras, não difamar. Significa que a intenção de namoro na igreja não tem simples motivação
sexual, mas o de formar uma família, significa que ninguém vai se aproveitar da fragilidade
alheia para conseguir favores para si. Que SE acontecerem desvios dos padrões de namoro,
noivado ou casamento, o namorado não vai deixar sua namorada criar seu filho sozinho, mas
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vai assumir a responsabilidade com ela; que o noivo não vai usar de sua condição para
conseguir favores sexuais e que o esposo vai lutar veementemente para que seu casamento
seja permanente, desprezando as paixões humanas, amando sua esposa considerando seu
compromisso e seu sustento, investindo em sua relação, continuamente. Significa que deve
haver o compromisso de preservar o nome, a honra, a amizade, e zelar para que não haja
tratamento desigual, deixando de lado ou desprezando pessoas. A indignidade é pautada em
todo ato leviano. É o fruto do abandono. Ser digno é ser verdadeiro. Tornar digno é honrar. A
dignidade do adolescente está em não humilhar o amigo ou amiga, não tratar de maneira
inadequada os irmãos e irmãs em Cristo. É INDIGNO que hajam intenções dissimuladas entre
adultos e jovens. Entre jovens e adolescentes. Todo beijo, abraço, afeto, atenção tem que ter
por pano de fundo amor verdadeiro, afeto real. Não deixar que a natureza humana interfira no
processo de se aproximar de pessoas de faixas etárias diferentes. Não importa o que você
venha a sentir, mas o que você quer sentir. As intenções que norteiam o coração daquele que
está em Cristo devem ser revestidas de dignidade. Até o modo de vestir. É indigno que alguém
se vista com intenção de gerar DESEJO dentro da igreja. É digno o desejo da mulher se
apresentar bem vestida, e manifestar sua beleza. Mas não é digno ela usar seu corpo
escultural para fazer com que os adolescentes sonhem em estar na cama com ela. Todo ato
maligno é indigno. E toda boa ação é algo que confere dignidade aos nossos atos.
Companherismo
Irmãos em Cristo devem ser companheiros. Devem caminhar juntos. Participar da vida das
pessoas que com elas caminham, ajudando-as, confortando-as, rindo e chorando com elas. E
devem lutar para manter esse vínculo de amizade. Para que onde estiverem possasm se
reconhecer, cumprimentando-se. Deve ser difícil afastar uma das outras, pelo prazer e alegria
de estarem juntas. Se preocupam umas com as outras. São agradáveis, amistosos, pois
militam pela mesma causa. Não deixam que seus irmãos passem por dificuldades, estando em
seu poder a capacidade de auxilio. Não deixam de interceder uns pelos outros.
Afeição
O crente em Cristo é afetuoso. Ele não age com grosseria, não admoesta como se
escurraçasse, não fere com indiferença, não repreende sem motivo. Ele toca as pessoas,
abraça-as, não se isola na multidão, não corre pra casa no final do culto, não é indiferente a
dor, á tristeza ou a dificuldade alheia. A afeição se demonstra com o toque, com o olhar, com a
brincadeira sadia, com a oração, em convidar para estar próximo, para conversar. A afeição é
uma atitude de abraçar com carinho, de segurar a mão com alegria, de haver preocupação
verdadeira com cada membro da família de Deus. O afeto é derramado nas visitas, nas
intercessões que se revestem de profundidade. A afeição não permite falar com imprudencia,
com aspereza, com indiscrição.
Cortesia
A igreja de Deus é cortes. Ela é gentil por natureza, cede os lugares para os visitantes,
não luta por espaços, por programações, para aparecer ou impor de algum modo a vontade de
alguém. Ser cortes é ceder o lugar, é dar a vez, é cumprimentar com cortesia, é realizar uma
gentileza oferecendo desde hospitalidade, hospedando gente de outros estados, jovens de
outros países, como também agindo cordialmente. Os jovens dever ser corteses, gentlemans
com as jovens. Os adolescentes devem ser exemplos no trato uns cons outros. Existem
normas de bons modos, boas maneiras e atitudes que vão desde ajudar com o auxílio de um
guarda-chuva ao amigo/a que vai atravessar, até esperar com alguém o ônibus para não deixálo/a sozinho num ponto de onibus. Essa cortesia deve se estender para almoços, jantares, nas
festas e atividades da igreja, nos bazares.
Elegancia
A igreja de Cristo se porta com elegancia. Não agride quando agredida. Não se exaspera
quando provocada. Ela vai contra sua natureza para evitar que o evangelho seja escandalizado
dentro e fora dos muros da casa de Deus. Seja no transito quando leva uma fechada, seja no
estacionamento do shopping quando outro toma a vaga na sua frente, seja quando agem de
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modo deselegante com você. CONTUDO, existem momentos em que o amor é deselegante.
Ele arma o maior barraco diante da injustiça, para proteger o inocente, para lutar por um
atendimento digno no hospital, para fazer com que alguém que está agindo indignamente com
terceiros, aja de modo respeitoso. Mas para todos os outros momentos, aja com elegancia, se
a pancada é absorvível, se a grosseria é menor, se a resposta que você daria não faz
diferença, não é remédio, se a atitude vai causar conflito ou uma situação que seu silencio
pode trazer um bem maior, seja elegante.
Educação
Educação e respeito dizem respeito ao modo como você trata outras pessoas. Ser educado é
uma postura de amor ao próximo, de cuidado com os irmãos. Diz respeito à dignidade com que
você quer tratar e como gostaria de ser tratado. Diz respeito a consideração devida a cada
irmão em Cristo. Cada cultura e cada país, assim como dentro de um mesmo país existem
mudanças culturais regionais, possuem aspectos de comportamento que são ofensivos, que
geram constrangimento por parte das pessoas com as quais interagimos. Ser educado é não
agredir com palavras, gestos, atitudes e atos as pessoas com quem tratamos. Ser educado é
tratar RESPEITOSAMENTE com as devidos rituais de tratamento, a cada um. Mesmo as
crianças são afetadas pela mudança de nosso tom de voz. Pequenas nuances até mesmo no
referencial de olharmos diretamente nos olhos ou não com quem falamos, pode ser
considerado sinal de desrespeito. O modo como você se comporta, se pretando atenção ou
não no que uma amigo, uma irmã em Cristo está falando demonstram uma atitude que pode
ser educada ou completamente deselegante. O modo como você fala sobre as outras pessoas,
o modo como você se dirige a um grupo de pessoas num pulpito, ou numa roda de pessoas.
Um pregador sem educação é meio- pregador. Um ministério sem educação é um ministério
falido. Um evangelismo sem um comportamento adequado a cada situação fecha portas,
destrói pontes de amizade ou de acesso, e pregações inteiras são destruídas pela falta de
decoro numa ilustração inadequada. A educação de uma igreja, das pessoas entre si, agem
como um medidor da qualidade ministerial daquela denominação. Mostram até se as
mnaifestações espirituais são verdadeiras ou não. A educação reflete o grau de cuidado que
possuímos entre nossos irmãos.
Nobreza
A igreja deve se portar com nobreza. A nobreza no mundo se distingue dos demais por
costumes especiais, vestimentas, riqueza, nascimento em berço nobre, direitos e condições
legadas pela família, pela herança. Normalmente são separados dos demais que consideram
plebeus, sem estirpe, sem posses. A nobreza mundana, apesar de possuir recursos e poderes,
fama, honra, posição social privilegiada, não é imune de escandalos, atos abomináveis, usura,
parcialidade, festas e comportamento obsceno, muitas vezes. Mas a nobreza “externa” é só
uma imagem desgastada de valores maiores. Existe a nobreza de caráter, de intenções,
porque esperamos que principes e princesas tenham uma conduta diferenciada. Sempre que
lemos um conto de fadas, vemos príncipes lutando por ideais de liberdade, justiça. Os sábios
da corte são quase magos, as serviçais do castelo são fiéis, os guerreiros ou soldados dariam
sua vida pelo seu senhor. Mesmo na guerra, uma coisa tão desprovida de senso, vemos
atitudes de nobreza de generais, de soldados e mesmo de civis. Falta de temor diante da
morte, disposição para o sacrifício, coragem a toda prova. Gente que está disposta a morrer
para não entregar ao inimigo uma localização importante, uma rota de mantimentos, uma
mensagem secreta. A palavra nobreza para nós deve ter um significado maior do que para
militares, para reis e rainhas, para pessoas de famílias centenárias, para herdeiros de grandes
negócios, ou mesmo para líderes de nações. Somos nobres de nascimento em Cristo, temos
uma nobre vocação sacerdotal, temos por nome o próprio nome de Deus, somos uma família
que tem parentela cestial, possui dupla nacionalidade, sendo a segunda, a celestial, de
nobreza inigualável. Fomos chamados para uma santa vocação, para a mais nobre das tarefas,
que é a de sermos ganhadores de almas. Por essas e outras não descritas aqui, temos a
necessidade de termos atitudes nobres, vivermos e refletirmos posturas de perdão, de
comunhão, de disposição para realizar a obra de Deus, disposição para a reconciliação,
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vocação para sermos pacificadores, intercessores, amigos, verdadeiros nas relações. A nossa
palavra empenhada deve ser cumprida, nossas promessas devem ter valor. Não podemos usar
de nehum tipo de autoridade da igreja para satisfação de nossas vontades. Não trabalhamos
para sermos vistos, se tivermos que ser vistos, por posições proeminentes, devemos faze-lo
com atitude e intenções corretas. Os holofotes sobre nós não devem ter mais valor do que a
sombra de trabalhar atrás da cortina. Não plantamos para nós mesmos. É ilícito todo
enriquecimento ou cobrança de dinheiro de membros, o abuso de autoridade, a palavra
impensada. O contrário de ser nobre é ser vil. Namoro sem compromisso, amizade sem sigilo,
alegria ou sentimentos falsificados, autoridade sem sabedoria, essas coisas são vis. Os dons
espirituais são para benefício e apoio dos ministérios, não para engrandecimento pessoal.
Fidelidade
Definindo fidelidade em termos de atitudes, significa não abandonar quando os dias maus
vierem. É não desistir da família quando a tentação chegar. Fidelidade significa continuidade
de amizade, continuidade de propósito, permanecer com as mesmas intenções, com os
mesmos princípios. Ou seja, define-se a fidelidade por manter, permanecer em um objetivo. É
não seguir com a multidão, indo de messias em messias. Na igreja reflete não abandonar a
vocação, o ministério, a vontade de realizar coisas, de ser parte do plano, de desenvolver sua
salvação, de não desistir de se esforçar para alcançar um sonho dado por Deus. Crentes fiéis
não os que mantém uma atitude de bondade, um compromisso de fazer o bem, de continuar
amando, de continuar adorando. A fidelidade se reflete em não usar o louvor para ganhar
dinheiro, não usar o ministério para fins políticos, não expressar durante louvores expressões
emocionais que não sejam reais. A igreja não é massa de manobra, a manipulação (usar
metodos para atingir dominar ou subjulgar o pensamento alheio) de situações em quaisquer
instancias, é infidelidade ao princípio do Senhorio do Espírito de Deus. Pregadores podem ser
mensageiros infiéis quando falam o que querem ou com intenções diversas de saciar corações
da Palavra de Deus. Infidelidade de propósito quando o instrumentista exercita seu domínio de
técnicas ou sua virtuose em detrimento da espontaneidade e de uma adoração profunda.
Existe a administração de recursos com infidelidade, em que uma igreja mãe fica com os
melhores equipamentos em comparação a todas as outras que contribuem numa única conta
administrada. Uma igreja pode ser infiél na sua interpretação das Escrituras. Ora negando os
dons espirituais, ora negando os milagres, ora negando a essencia da intercessão, ora
negando revelações ou simplesmente deixando de proclamar diversas realidades bíblicas
essenciais para o crescimento da igreja.
Simplicidade
Simplicidade se exemplifica em não ostentar riqueza. Não aparentar grandeza. Entender que a
congregação é mista, de diversas camadas sociais, e que as conversas, atitudes, brincadeiras,
eventos da comunidade devem ser CONFORTÁVEIS para as pessoas que dela participarem,
para não se sentirem destratadas, incomodadas. A simplicidade da igreja significa não pregar
um evangelho inalcançável, não se propor a ter a primazia dentre as congregações. É fazer o
melhor com economia de recursos finaceiros e humanos. Simplicidade se reflete a objetivos
que não possuem dupla personalidade, intenções dissimuladas, condutas que sejam
ambíguas. Ser simples, é ser você mesmo, com uma certa dose de cuidado. É não usar
máscaras, é viver com uma única índole. Toda mentira é complicada. Todo adultério é
complicado. Todo propósito mesquinho e egoísta no seio da igreja exige falta de simplicidade.
Orações simples são diretas, são emotivas, são profundas, são originais. O simples abraça,
não fica fazendo questionamentos sobre a sexualidade humana ou sobre as questões
antropológicas do comportamento psico-social carregado de simbolismos no gesto de tocar o
outro. O simples quando ora pela cura, quer exatamente isso, a cura. Quando ora pelo milagre,
aguarda exatamente isso, o milagre. Quando canta ou flui ou exalta a Deus em adoração, faz
exatamente isso, não possui intenção do tipo: “Vejam! Está aqui um ungido de Deus em
adoração, olhem pra mim e aprendam! Nossa, um dia as pessoas ficarão assim, repletas do
poder e da unção, tal qual eu e Davi...”
O simples não simula ou representa poder. Ele as sente, se as sente, e manifesta o que sente.
O simples não inventa visões. Ele as têm. E se não vê nada, não diz nada. O simples não fica
ruminando teologia para explicar porque não aconteceu o milagre. Ele crê e continua crendo
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que “tudo o que pedirdes em meu nome eu vo-lo darei” e ponto final. Não tem virgula, ponto de
exclamação, não tem complemento “SE FOR DA VONTADE DE DEUS” não tem adendo de
“vocês pedem para satisfazer seus desejos”. O simples não fica ajuntando textos pra justificar o
que não acontece. Ele lê assim “TUDO o que pedirdes” e ora segundo esta promessa, que
nem uma mula empacada. O simples é assim, toma conta de uma promessa, abraça as
Escrituras e que a teologia se exploda. Que morra Calvino, Scotfield, Lutero, Moody, Finley,
Hagin, Daniel Bonfim, ou madre Tereza de Calcutá. Não olha pra confissão Luterana,
Evangélica Episcopal de Nurenberg, Credo Nicenico, Confissão da Batista do sul, ou Credo da
Convenção dos líderes mundiais em conceitos teológicos. Não está nem aí para corolários
sobre Soberania, sobre Predestinação, sobre Pré-Milenismo ou Pós-Milenismo. O Simples abre
as Escrituras e finca as estacas de sua vida sobre as promessas, chova canivete ou faça sol.
Sejamos símplices nas análises teológicas, nas respostas, no agir.
Constancia
A bondade de Deus é eterna. A Graça é a porta para a vida eterna. Deus possui propósitos de
longa duração, de resultados que permanecem para sempre. Para tanto ele deseja que nós
tenhamos essa visão de continuidade, de metas que se firmem não só por alguns dias mas
objetivos que aspirem a eternidade. Por isso quem decide namorar, não é pra “ficar”, quem se
lança a um ministério, não deve voltar atrás, por isso as vocações espirituais não são retiradas
daqueles à quem são entregues. Uma mãe não pode ser mãe por alguns dias, e quem assume
a paternidade o faz enquanto viver, ou enquanto seus filhos viverem. O amor dos irmãos deve
ser constante; contínuo, assim como os seus propósitos e seus objetivos. Constancia exige
esforço, planejamento, disposição. Seja para ensaios de louvor, de dança, dos corais, no
evangelismo, nas visitações, na hospitalidade, na oferta, na oração e intercessão, no perdão,
na adoração, em atos de ajuda, de auxílio, em atidudes de cooperação. Muitos propósitos da
igreja necessitam tempo para amadurecer. Necessitam empenho até por semanas. Deus não
chama homens e mulheres para passearem pelos seus átrios, mas para morarem neles. Deus
não convidou você para participar das atividades da igreja, mas para se tornar igreja. Tornar-se
família, para que até a velhice você participe da vidas das pessoas da congregação ao qual
você foi chamado. Quem ensina deve crescer e desenvolver o ensino e continuar ensinado,
quem desenvolve atividades de aconselhamento deve continuar militando nesse ofício até o
mundo acabar. O amor não deve cessar, diminuir, regredir. O afeto deve ser permanente,
trocando cartas, emails, acompanhando a saúde, a alegria, o choro, as canções, os
nascimentos, os fracassos, as vitórias, as curas, os milagres na vida dos irmãos e irmãs em
Cristo. Co-participante é por tabela co-responsável. Constancia neste contexto é seguir em
frente num objetivo bíblico, não desistindo.
Cuidado
A igreja em Cristo deve ser habilidosa em tratar questões delicadas, deve ter paciencia para
ensinar e evitar que relacionamentos, palavras, gestos, atitudes, ensino ou outra questão
qualquer venha trazer escândalo ou desconforto, causar constragimento aos amados em
Cristo. Uma igreja cuidadosa possui o talento de uma mãe sábia para apaziguar o animo entre
irmãos briguentos. Sobretudo é uma congregação que tem uma índole de preservação, de
resgatar relacionamentos, de produzir amizade e de manter uma postura bíblica em todos os
seus ministérios. Uma igreja cuidadosa significa que há amor bastante para sentir a ausencia
de alguém. Do púlpito aos bancos, existe uma preocupação constante em atrair, em consolar,
em alegrar. Em visitar. Uma das piores coisas é pessoas enfermarem sem a visita pastoral.
Sem a visita e o apoio da comunidade cristã. Uma igreja desestruturada não conhece e nem
procura conhecer o estado de suas ovelhas. Milhares de ministérios pastorais e mesmo de
igrejas são sombra do que deveriam ser por falta do cuidado. Uma igreja que não ama, é por
definição uma igreja morta. Onde não há amor, não existe por condição, a presença do Espírito
de Deus. Existem milhares de igrejas moribundas por não cuidarem de seus membros.
Milhares de ministérios falidos por dedicação à pregação e desprezo ao pastorado. Se uma
igreja possui um número de membros maior que 200 pessoas, ela não estará resguardada da
frieza e desestrutura familiar se não existirem recursos e ministérios que trabahem
exclusivamente para o fortalecimento, conforto, edificação familiar, comunhão e cuidado.
1) Todas as pessoas que frequentam uma comunidade devem ser conhecidas.
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2)Todas devem ser tratadas, todas devem ter contato e tempo para conversar, trocar
experiencias, serem abraçadas, serem lembradas, serem oradas.
3) Ninguém pode entrar dentro de uma comunidade cristã e passar dessapercebido. Ninguém
pode entar e sair de dentro de uma igreja de Cristo sem ser abraçada. Sem ser
cumprimentada.
4) É sinal de frieza espiritual uma igreja em que não há sorrisos pela escadaria, ruidosa
confraternização, em que as crianças não são abraçadas, em que os membros não perguntam
aos adolescentes sobre suas dificuldades, onde os idosos não são reverenciados.
O cuidado não é opção, é meta, é disciplina indispensável para preservação do corpo de
Cristo.
A questão do cuidado se estende aos ministérios, aos serviços, aos familiares dos obreiros, às
famílias da igreja.
1)Todos os lares da igreja devem ser visitados.
2) O culto deve ter espaço para oração em grupo.
3) Grupos devem receber responsabilidade para cuidar de grupos, com a visão de família,
devendo abranger todos os segmentos de uma grande comunidade.
Os cultos devem ser pensados e trabalhados com a visão do Cuidado. Desde a sonorização
até ao modo como se conduz os louvores. Do modo como são lidas as Escrituras ao
tratamento com questões financeiras. Existem inúmeras situações humilhantes a que membros
são expostos em determinadas congregações pela questão de dízimo, pela questão de
frequentar ou não escolas bíblicas dominicais, por participarem ou não de determinados
eventos.
A questão do cuidado abrange questões de arquitetura, de iluminação, do espaço e conforto
necessário para um grupo. As igrejas atualmente são edifícios de concreto pensados em
agrupar o maior número de pessoas sem nenhum compromisso com áreas livres para
convivencia, sem padrões de jardinagem, sem espaços para festas ou cultos ao ar-livre.
Gastos excessivos por falta de simplicidade, execessos de escadarias, baheiros que não
comportam o número de membros, cozinhas e cantinas que não são idealizadas para alimentar
tamanha multidão. Espaços fechados, mal-iluminados, salas de aula expostas a ruídos
excessivos, slas de crianças sem a higiene e equipamentos necessários. O cuidado abrange
crescimento com estrutura, pastorado abrangente, aconselhamento permanente, discipulado
coerente, oração contínua, grupos de intercessores com planejamento de oração. Cuidado
significa, escrever, email, convites, visitas, observação das necessidades, procurar abençoar o
que for viável para reestruturar questões finaceiras, apoio durante a recuperação de alguém,
auxílio á igreja com atividades não renumeradas, dentro do tempo disponível, compartilhando
vida, comnpartilhando talentos, compartilhando tempo, compartilhando dons.
Carinho
A igreja de Cristo possui desenvoltura nas atitudes que demonstrem afeto. Seja em gestos,
seja na cordialidade, seja em abraçar, seja em beijar afetuosamente. Existia uma ordem dada
por um apóstolo que dizia “beijai uns aos outros com ósculo santo” ou seja, que haja
manifestações de afeto sem o vínculo da sensualidade, e que seja absolutamente normal entre
todas as esferas da igreja a manifestação de carinho mútuo. Existe um contrasenso sendo
pregado em diversos púlpitos assim como estabelecimento de regras e cerimoniais no ensejo
de preservar a igreja de um padrão mundano de moralidade, em que constantemente a igreja é
lembrada de como ela é carnal, de como é fácil ter envolvimentos amorosos, de que todo
contato físico deve ser evitado para não haver geração de concupicencia carnal, luxúria ou
coisas semelhantes. A ausencia de demonstrações de afeto não são sinal da santidade de uma
igreja. Demostra que ela está doente com relação a sua própria sexualidade. Pode haver
carinho sem cunho sensual, mais que isso, tem que haver carinho porque o TOCAR é
essencial para o relacionamento humano. Jesus tocava as pessoas, abraçava e pegava no
colo as crianças, não se importava se uma mulher beijava seus pés. Não é bíblico a completa
separação entre homens e mulheres dentro de uma comunidade, assim como não existe
orientação para que homens não orem por mulheres e vice-versa num culto. As Escrituras
ensinam que exercitemos uma relação sadia uns com os outros, não o medo de cairmos por
sermos fracos. Púlpitos tem pregado a separação e gerado por suas pregações carregadas de
conotações sexuais a destruição do carinho dentro da comuinidade cristã, e do exercício do
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afeto. A ordem divina é exercitamos o amor fraternal, a pureza de pensamentos, a benignidade
e desejo sincero de amarmos e abençoarmos as pessoas de todas as maneiras. Existem filhos
que não recem carinhos de seus pais. Idosos e idosas cujos parentes morreram, cujos netos
moram em cidades distantes. Existem situações em que um abraço pode fazer a diferença. O
culto é uma escola de santidade. É um lugar para se aprender a amar com pureza. E este
direito da igreja deve ser exercido continuamente. O carinho vai além do tocar. Ele se
estabelece por palavras que edifiquem, encorajamento, manifestações verbais de apreço, de
confiança. A tonalidade de nossa voz pode denunciar uma atitude destituída de amor. O
tratamento carinhoso é essencial para todas as atividades, até para a direção da adoração.
Uma pregação que deita sal nas costas já esfoladas de uma congregação são o sinal de
deterioração espiritual iminente. O carinho se expressa em gritar ou não, em mansidão para
falar, em mansidão para pregar. Em mansidão para dirigir ou conduzir. Em cuidado para
repreender. Ser carinhoso em Cristo é sorrir, é brincar, é auxiliar, é ser cuidadoso com as
pessoas. É não ter receio de dar as mãos para orar, é não sair de um culto, sem abraçar
alguém.
Alegria
Um dos aspectos principais da vida cristã e da comunidade deve ser uma sólida alegria.
Alegria gerada pelo Espírito de Deus, alegria de compartilharem vida e as grandes
experiencias de serem povo de Deus; alegria dos canticos, nas reuniões, nas festas, nos
acampamentos, nas escadarias, nos jardins, nos pátios, após cada encontro, DURANTE cada
encontro. Na vida secular, no trabalho, nas casas, restaurantes, shoppings, pistas de gelo, ou
mesmo em prisões, em ruas de barro, em algamentos, seja onde for que dois ou mais
estiverem reunidos em nome de Jesus, deve haver alegria. O Evangelho significa “boa Nova”
ou “nova de grande alegria”. Isso significa que o louvor genuíno causa contentamento. Que a
pregação verdadeiramente espiritual não é a que conduz a tristeza e sim ao gozo. Milhares de
pregações tem causado estágios depressivos em congregações. Em nome de causar
comoção, exemplos tirados de páginas de jornal, desgraças sem fim, sistuações de desespero
inauditas tem sido proclamadas, inutilmente, tais como pontes quebradas, no intuito
degenerado de alcançar os corações. Em nome da santidade igrejas tem sido massacradas de
seus púlpitos pela exortação desenfreada, por exemplos destítuidos de doçura, por posturas
ásperas, por pregações desprovidas de cuidados, por testemunhos que produzem agonia em
vez de alegria. A dor tem sido exaltada dos pulpitos, que ostentam o martírio de Cristo com
esmiuçamento em microscópio eletronico, angústia, desespero e dor nas pregações
apocalípticas destituídas da contemplação da vitória, pregações que dão enfase a
pecaminosidade humana, a condição desgraçada da carne. Hinos que enfatizam a dor, o
sofrimento, lágrimas, lágrimas e lágrimas. A tonalidade do louvor elaborada por vozes chorosas
como se a igreja vivesse uma lamentação ou um estado terminal constante, intercessões que
relembram a fraqueza humana, gritos angustiados e suspiros que não atestam em nenhum
lugar que esteja acontecendo algum tipo de vitória (qualquer que seja ele) em algum lugar.
Uma reverencia morta, fruto de uma religiosidade enferma, onde o cerimonialismo está
doentiamente voltado para coisas mórbidas, onde pastores desfilam seus rosários de
escandalos, críticas, apelações e como atores falidos desenvolvem uma seriedade
incompativel para o Evangelho para o qual foram convidados a participar. A alegria é essencial
para cada reunião, para cada estudo bíblico, para cada percepção de cada ato e sentido das
escrituras. A Alegria nós é lembrada na esperança das coisas futuras, nas promessas
inalteráveis e imprescritiveis do tempo presente, nas tremendas e constantes manifestações
divinas no nosso meio, na certeza das ministrações angelicais no seio da igreja, na comunhão
de mente e corações que conhecem a beleza dos céus, os tesouros da glória, a revelação do
mistério que é CRISTO, o Senhor da glória. Essa alegria deve ser transbordante no ensino, nas
orações, nas intercessões, nas brincadeiras, nas reuniões, nas festas. Os crentes devem se
ajoelhar sorrindo, devem orar como crianças, devem pular diante de Deus. O ser humano foi
chamado a viver a grande experiencia de ter a Deus como Pai e a Jesus como Senhor, e isso é
o bastante para que a igreja conheça e alcançe constantemente o júbilo. Jubilar é vibra de
emoção, é pular como cabritos diante de Deus ao sentir VERDADEIRAMENTE a presença de
Deus.(da onde vem o original hebraico do termo, é tremer e exultar a face de Deus. Milhares
de crentes NUNCA JUBILARAM. Ou seja, jamais sentiram em seus corações alegria suficiente
para fazer com que pulassem e celebrassem diante de Deus. Não é pular ou fingir estados
emocionais inexistentes, mas permitirem ser visitados a tal ponto que seus corações jubilem
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diante do Senhor. A alegria espiritual é dom de Deus, é fruto do Espírito Santo, é presente de
Cristo para sua amada. Todos os obreiros, ministérios, administradores devem diligentemente
buscar que tudo que façam possa produzir grande alegria no meio da igreja. Cada visitante
deve ser contagiado pela alegria das pessoas em cada canto da congregação. Brincar, cultivar
amizades, espairecer, sorrir, cantar, inventar canticos, dançar, assim como todo ato
ESPONTANEO (gracioso) deve ser INCENTIVADO. Por isso, também o CUIDADO com
qualquer jugo humano, com exortações indignas, com falsidade no uso dos dons espirituais,
com palavras inadequadas, com inimizades, com todo e qualquer tipo de amargura,
ressentimento, falta de perdão, inimizade, ostentação, orgulho, maldade, desonestidade,
indiferença. O dever de cada pastor e de cada lider é cuidar para que nada venha a entristecer
o coração de uma congregação, ou o relacionamento entre irmãos.
Incentivo
Vivemos dentro de um universo que conspira para que paremos de trabalhar. Vencer na vida
cristã significa lutar contra o pecado, contra a natureza maligna que herdamos de Adão,
sempre em conflito com a vontade de agradarmos ao Pai, contra os poderes demoníacos
diversificados, dentro de uma sociedade corrompida, imersos numa cultura com filosofias
contaminadas, e ainda com a questão da fragilidade humana, nossos limites físicos e nossas
limitações intelectuais. Não temos recursos em abundancia na maioria de nossos projetos,
sejam fora ou dentro da igreja. Vivemos muitas vezes no limiar dos nossos recursos finaceiros,
com limitaçõa da nossos horários, stressados por uma série de situações inerentes a chamada
vida moderna. Devemos, a luz desse quadro de oposição crescente, disciplinarmo-nos ao
mútuo incentivo. Devemos fortalecer uns aos outros, incentivar os projetos com nossas
palavras, com nossa aprovação, com nossa amizade, com nosso conforto nas horas difíceis,
com nossas intercessões, apoiando com nossos recursos, com o desejo sincero que as
propostas de vida e propostas espirituais a que nossos irmãos se lançaram, sejam vitóriosas.
Devemos dar valor aos serviços, aos ministérios, a todo esforço em favor do Reino, em toda
disposição voluntária que traga benefícios para o corpo de Cristo.
Consolação
Haverá horas em nossa vida que o que mais necessitaremos é o conforto do amor dos irmãos
em Cristo. No namoro desfeito, na agressão sofrida no trabalho, na situação complicada na
família, na perda, no insucesso, no tratamento profissional descortês, na impossibilidade da
continuação de um projeto, na necessidade de suportar uma aflição qualquer que seja. O
consolo do amor da igreja é a diferença entre fortalecimento espiritual de corações, ou
enfraquecimento de pessoas, que podem vir a se tornar enfermas espiritualmente por não
contarem com o INDISPENSÁVEL apoio da igreja no momento difícil. Vivemos na época da
depressão. espíritos de angústia caminham pelas ruas de cada cidade do mundo, a tristeza se
abate sobre a humanidade na medida que ela caminha na direção oposta àquela que conduz
ao trono de Deus. Ela atinge a sociedade, as produções literárias, a produção musical e
cinematográfica. E o poder das trevas atua hoje com tamanha força que tem atingido de modo
poderosos a milhares de crentes em todas as igrejas. Em cada denominação, em cada
congregação, agora enquanto escrevo, pessoas estão sofrendo de angústias e medos
causados PARCIALMENTE pelo tremendo peso de opressão que atua sobre o mundo.
Menbros da igreja de Cristo, apesar da filação, das promessas, da presença do Espírito de
Deus, da regeneração, de sermos participantes da natureza divina, participantes da herança
celestial, termos manifestos em nosso meio poderes celestiais, não estão imunes as trevas que
atualmente cobrem o mundo. Mesmo porque para tal fomos erguidos ao ministério. Somos
participantes dos sofrimentos do mundo, para podermos interceder com eficácia,
compartilhando deste peso para que o mundo não seja estraçalhado pelo poder da opressão.
Mas, diferente do mundo, nós temos o escape, temos o ministério da CONSOLAÇÃO operando
HOJE no meio da igreja. O crente em Cristo pode se alegrar profundamente mesmo em meio a
diversas dificuldades, pode sentir alívio de suas tristezas de uma maneira muito intensa, no
COMPARTILHAR DA ALEGRIA, DA ESPERANÇA, DA FÉ, DO ENCORAJAMENTO, DO
AFETO, DO CARINHO, DA AMIZADE VERDADEIRA, DA UNÇÃO QUE CADA CRENTE
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POSSUI SOBRE SI. Certa feita eu estava angustiado. Uma irmã orou por mim. Chovia
torrencialmente. Quando eu me levantei, já não havia angustia. Caminhei por ruas alagadas,
cruzei avenidas cheias de lama, enfrentei horas de engarrafamentos, andei a pé por horas, e
cheguei de madrugada em casa. Absolutamente feliz. Veja, uma ÚNICA oração acarretou uma
mudança interior, gerando fortalecimento do coração. Não mudaram os meus problemas
instantaneamente, eles ainda levariam algum tempo para se resolverem, mas um novo animo
foi injetado em minhas veias, do tipo sobrenatural. O Espírito de Deus realizou algo dentro de
mim, naqueles dias, fruto de uma intercessão. Esse ministério foi dado a todo o Corpo de
Cristo. Todos somos chamados ao sacerdócio, ao ministério de intercessão, possuindo
prerrogativas ministerias diante de Deus que nos capacitam a mudarmos diversas situações,
até mesmo influindo de modo eficaz no animo, na condição espiritual, na fé, nas disposições
interiores, nas estruturas por nós desconhecidas que existem na alma humana. O ministério de
consolação da igreja não é como o das carpideiras, profissionais que choravam em antigos
enterros judaicos para expressar a comoção dos parentes dos mortos. Somos chamados para
intervir de modo beigno nas esferas dos sentimentos, produzindo alegria, bem-estar, alegrado,
recreando, compartilhando emoções. Nem sempre transformaremos a dor em regozijo.
Contudo consolando uns aos outros, intercedendo, abraçando, chorando junto, compartilhando
vida, esperança, amizade, afeto, textos das escrituras, promessas, canticos, dons espirituais,
talentos, presentes, dádivas, CERTAMENTE produziremos alívio nas cargas uns dos outros,
refrigério, descanso. A igreja deve participar deste ministério EFETIVAMENTE, corpo a corpo,
visitando os lares, nas reuniões, nos cultos, nas conversas, tendo sensibilidade de perceber
qualquer comportamento de outro irmão que sinalize tristeza. Conforme uma visão que
compartilharam sobre texto das escrituras: “Se dois ou mais concordarem diante do Pai em
justiça a respeito de alguma coisa, ali eu estarei presente”, ou seja
Benignidade
Benignidade significa intenções profundas de realizar coisas que abençoem corações. Quando
todas as atitudes de todos os membros se caracterizam pela intenção real e verdadeira de
manifestar vida, alegria, trazer a paz, manifestar consolo, conduzir a um estado melhor,
cinsolar, fortalecer, edificar. Toda intenção por detrás de cada cantico, pregação, ato
administrativo, reunião ministerial, uso dos dons sobrenaturais dados pelo Espírito de Deus,
uso dos dons naturais, uso dos talentos e capacitações diversas devem ser absurdamente
inundados de benignidade. Quando um profeta entrega uma profecia, qunado alguém
interpretas línguas, quando um sonho é narrado, quando uma visão é entregue, quando um
plano é estabelecido, quando uma oferta é retirada, quando uma canção é entoada, qunado
uma exortação é dada, a partir de cada mensagem ou pregação, ensino ou estudo, tudo deve
ter como finalidade o bem estar das pessoas relacionadas com o que estiver sendo ministrado.
Os atos da igreja não podem ter nenhum caráter de inveja, soberba, parcialidade, presunção
humana, malignidade. A vida em comum, os encontros, reuniões, festas, relacionamntos
devem produzir o bem. Devem almejar o bem do outro. Não se exercita egoísmo, vontade
própria, desejo de domínio, arrogancia, interesse pessoal, na casa do Senhor. Não se namora
alguém para satisfação de desejos sexuais. Não nos aproximamos dos outros para alcançar
vantagens pessoais. Não podem existir propósitos dissimulados ocultos nos atos, atitudes e
comportamentos da igreja de Cristo. A falta da benignidade inviabiliza a manifestação do
poder de Deus. A falta de amor uns pelos outros incapacita a expulsão de demonios, impede a
manifestação dos dons e mesmo a cura sobrenatural no seio da igreja.
Criatividade na realização do bem
Para exercício do bem no seio da igreja deve existir muita criatividade. Não fomos chamados á
vida para sermos “inventores de males”, sim inventores de bens. Devemos buscar sabedoria
para utilização dos recursos que dispusermos para abençoarmos o maior número de pessoas
que nos for possibilitado. Uma igreja que ama trabalha intensamente para melhoria de seus
ministérios, dos auxílios prestados, procura conhecer e estudar maneiras de proclamar as boas
novas, de trabalhar com artes, cultura, serviços diversificados, e atividades GRATUITAS que
possam impactar a comunidade aonde estiver inserida. Não fomos estabelecidos para
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abençoar somente os de dentro, mas a toda terra. Pelo menos o bairro no qual a comunidade
estiver inserida. O evangelho se prega por obras, conforme pode ser lido na epístola de
Tiago, assim como também pela fé, conforme pode ser visto pelas epístolas de Paulo. De que
servem os dons espirituais e capacitações sobrenaturais se não formos capazes de mudar o
curso da história das vidas que nos cercam? Necessitamos que muitos se aproximem da igreja,
que ouçam os canticos, que vejam o nosso comportamento, e para isso temos as artes, a
ciencia, ensino de línguas estrangeiras, artesanato, atividade forenses, medicina, assistencia
social, atividades de recreação para jovens, atividades infantis diversas, auxílio a terceira
idade, alfabetização, ensino de musica, canto, poesia, língua portuguesa,
apoio a
organizações com cuidados de excepcionais, apoio a tratamento anti-drogas, aconselhamento
matrimonial, aconselhamento de jovens. Além disso, temos o exercício da hospitalidade, onde
famílias podem por períodos determinados abrigarem incluisive jovens de outras
nacionalidades, assim como convidar a juventude, ou parte dos adolescentes para um dia de
encontro, regado a laranjada, farofa, arroz e galinha. Sítios podem ser alugados para
atividades que envolvam a comunidades. No Rio de janeiro são comum casas de festa, que a
qualquer momentos podem ser alugadas para realização de eventos de adoração e louvor com
convite de jovens. Palestras podem ser dadas em colégios, o grupo de louvor/danças da igreja
deve se movimentar para trabalhar além “dos muros” de sua denominação.
Outros:
- Histórias em quadrinhos bíblicos – Uso de mangás, tiras tipo jornal, criação de personagens
jovens;
- Teatro bíblico, de situação, comico, musicais;
- Videos de testemunho, produção de videos para internet, musicais, comicos, estudos,
representações, videoclips;
- Produção artística independente, exposições;
- Aulas de informática gratuitas – uso de Coredraw, adobe photoshop; Excel; Word; Poser;
editores musicais diversos;, trabalhos multimidia; - Convites em animação tipo flash;
desenvolvimento de gifs animados, de tipos e fontes com temática cristã, Apresentações em
Powerpoint dinamicas;
- Criação de vinhetas, comerciais criativos e interessantes apresentando Cristo;
Desenvolvimento e qualificação em trabalhos gráficos para apresntações, aulas, seminários,
conclaves, encontros;
- Trabalho criativo com musica, desenvolvimento de grupos corais com texturas musicais
diferentes (blues, negro spiritual, soul, MPB, musica regional mineira, sulista)
- Diversificação no uso de instrumentos, novas formações orquestrais – bandoleon e violão,
acordeon e flauta, saxofone e violino, violoncello e violão, piano e flautin, incentivo e uso de
cordas (Violino, violoncello, baixo, viola), flautas, flautins, etc. Uso intensificado de violões
acústicos (com variação de timbragens –espanhol, clássico, aço som tipo americano, variação
de dedilhados, t´pecnicas, duo, trio,...,octeto de violões; diversificação de instrumentos de
cordas dedilhadas, bandolins, banjos, etc. Novas visões rítmicas, inclemento de novas
categorias de instrumentos de percurssão;
- Convites pessoais, cartas escritas a mão, pequenos testemunhos escritos em quadros nas
paredes dos corredores da igreja, montagens fotográficas diversificadas e renovadas
continuamente, painel de oração fotográfico, infomapas de evangelização, estudos de
oportunidades e possibilidades evangelísticas por bairros, etc.
- Viabilização de trabalhos evangelísticos/adoração/comunitários intermunicipais;
- Viabilização de trabalhos evangelísticos/adoração/comunitários;
interestaduais, Acre, Amazonas, Piaui, Sergipe;Mato grosso do Sul, Oiapoque, Chuí;
- Perspectivas evangelísticas que possam efetivar auxílio à garotas de programa, apoio a
combate a drogas, prostituição infantil; Criar a possibilidade de abrigar e tratar adolescentes –
Apoiar ministérios, criar projetos que envolvam instalações e infraestrutura para hospedagem,
aconselhamento, apoio médico,psicológico, familiar de alguma área (infantil, de excepcionais,
de traumas psicológicos, apoio a famílias em necessidade, recuperação de dependencia
química, reciclagem profissional, apoio legal; Auxílio a pobreza extrema;
Fora uma inumerável lista de coisas que podem ser realizadas por um grupo multifuncional,
dotado de dons tão diversificados, como é a realidade na maioria das congregações em Cristo.
Então, sejamos criativos na realização do bem.
Equidade
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Equidade significa ser imparcial, medir com a mesma medida. Equidade é bem exemplificado
nas Escrituras com pesos usados para medir quantidades de cereais, que algumas vezes eram
adulterados para que mercadores conseguissem vender uma quantidade bem menor, pelo
mesmo valor. Pesos falsos, réguas de medir falsas levam a resultados mentirosos. As leis de
transito devem ser seguidas tanto pelos cidadãos comuns, como pelos magistrados. Deus
estabelece sua equidade na Igreja tratando a cada um conforme seu coração. Cargos,
posições, fama, posição social, nada disso anulam as responsabilidades e o modo justo com
que Deus tratará, tanto o crente quanto o descrente. O pecado causará desgraças para o não
crente e também para a comunidade cristã. O adultero no Corpo, estará sujeito a perda da
proteção divina, tanto quanto o ímpio que não conhece a Cristo. A escolha, a filiação, a eleição
na eternidade passada, a salvação, a regeneração, nenhuma esfera de realização divina,
eterna ou presente impedirá o sofrimento causado pelo pecado, ou suas consequencias, por
causa do princípio da Equidade de Deus. Não temos mais direito de errar ou ferir ao próximo
do que aqueles que não nasceram de novo. E também fomos chamados a pregar, cantar,
amar, e viver com equidade. A profecia tem que ser exercida com equidade. Não importa se
um profeta ama intensamente alguém, íntima ou se é uma pessoa absolutamente
desconhecida, deve expressar com exatidão o que Deus lhe tiver comunicado. Um pregador
não pode usar o púlpito para agredir pessoas, por que se sentiu ofendido. Um mestre não pode
usar estudos para doutrinar uma igreja conforme aquilo que imagina, sem a certeza
necessária, sem um tratamento profundo e cheio de temor das verdades que julga ser mestre e
ter pleno domínio. A formação espiritual de uma congregação é limitada pela capacidade de
entender as revelações da Escritura que seus líderes possuem. E muitos tem agido com
INIQUIDADE na questão do ensino bíblico, ensinado o que não possuem certeza, combatendo
o que não conhecem com profundidade, desprezando qualquer coisa que lhes seja
desconhecida ou que não possuam pleno domínio em nome de sua vaidade pessoal. Muitos
querem manter sua posição a qualquer custo, mesmo interiormente sendo vitimados por
duvidas, mesmo ENXERGANDO e PERCEBENDO que não estão havendo mudanças
profundas no viver da igreja, pondo a culpa da falta de crescimento da igreja em TUDO, menos
na falta de qualidade de seu ensino. Equidade significa MEDIR a SI MESMO com o PADRÂO
apropriado. Ser capaz de mudar seus pensamentos, ser capaz de desenvolver novas
perspectivas de entendimento, ser capaz de deixar de lado conceitos mortos após
CONSCIENTIZAR-SE que necessita crer de modo RENOVADO. Ter equidade significa
entender suas limitações éticas, suas limitações morais, ter plena noção do que sabe e do que
não sabe, ter plena noção da necessidade de outros ministérios, constatar a superioridade de
outros em determinadas áreas e apontar para eles e DELEGAR à estes a função que
INTIMAMENTE voc~e sabe que seria melhor exercida por outro, pelo menos durante certo
tempo. O auto exame, ter equidade para julgar a si mesmo é essencial a cada instante da vida
da igreja. Assim como a equidade para tratar a cada um como convém.
Justiça
Todo relacionamento dentro da igreja deve ser pautado na justiça. Não dever a ninguém
absolutamente nada que não seja a responsabilidade de continuar amando essa pessoa. Isso
significa não espalhar boatos, não trair a confança depositada, jamais assumir compromissos
sérios que possam trazer qualquer tipo de prejuízo sem ter absoluta vontade de cumprir o que
foi combinado. Nenhuma pessoa pode ser prejudicada pelas nossas ações e o crente em
Cristo tem o DEVER de reparar o dano causado, de jamais dar início a algum tipo de negócio
ou serviço em que de antemão sabe que não terá condições de realizar. O namoro cristão deve
ser digno, em que o relacionamento é firmado em sinceridade. Não é justo que uma jovem
solteira se aproxime de um outro compromissado e tente seduzi-lo para que termine seu
relacionamento e dê início a um novo com ela. Não é justo que um casal esteja com problemas
de relacionamento e que alguém os aconselhe CONTRA a visão bíblica de reconciliação. Não
é justo ficar de posse de objetos esquecidos no culto que não pertecem a você. Não é justo
usar sua influencia junto aos líderes da igreja para alcançar um espaço no cronograma que
outro grupo também está pleiteando onde não se chegou a algum acordo. A justiça se
estabelece em todas as áreas e funções da igreja, incluindo o ensino. No nivel espiritual,
lembro que mestres tem destruído os direitos em Cristo relativos à dons espirituais, negando
sua eficácia e realidade, impedindo a manifestação de línguas na igreja, desprezando o
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conteúdo de visões e revelações; outros ainda negam a cura milagrosa, outros negam a
autoridade do
Nome de Jesus, ou a realidade da unção. Existem direitos (justiça) inalienáveis á salvação, que
conduzem a igreja a participação em tesouros celestiais, que veementemente são criticados,
negados e até blasfemados dentro da igreja. Negar o poder de Deus é negar o Evangelho.
Numa visão distorcida e corrompida, INJUSTA, muitos são acusados de pregar HERESIAS
quando proclamam o evangelho da fé, quando proclamam a questão dos direitos e da herança
de Cristo concedidas a igreja mediante a morte e ressurreição do Senhor.
A justiça deve basear cada citação ou defesa doutrinária, cada análise de pensamentos ou
considerações ao evangelho, onde o dever dos mestres é condenar O ERRO e não todo um
sistema doutrinário, em nome de suas próprias convicções. Na defesa de SEU PRÓPRIO
EVANGELHO denominações e teólogos usam dos mais hediondos métodos de difamação de
outros líderes, como modo de glorificar seu próprio escopo doutrinário. Fulano é apóstolo do
inferno, Beltrana é uma seguidora da Ciencia Cristã, Sicranos do Evangelho Pleno uma
organização da Nova Era, e por aí vai. Em contrapartida, qualquer sistema doutrinário que
prega contra os dons espirituais, é no mínimo, INJUSTO. Gerado pela parcialidade, balizado
por interpretações expafúrdias das Escrituras, em que até mesmo as regras de hermeneutica
utilizadas foram IGNORADAS para que certos grupos pudessem hoje dizer que os dons
espirituais são somente para a “era apostólica”, etc e tal. Na questão interna, o ensino justo é
baseado em DESENVOLVIMENTO DOUTRINÁRIO ORIGINAL. Gente que prega o que CRÊ,
que ensina o que PROVOU, que reconhece o que não DOMINA, que APRESENTA um
evangelho PROVADO. Não há justiça no ensino de uma evangelho que não propaga uma fé
viva e vitoriosa, que não CORROBORA SUAS POSIÇÕES em PROFUNDIDADE. Evangelho
que não aceita réplica, que não pode ser ESMIUÇADO, evangelho sem respostas é evangelho
torto.
Sabedoria nos relacionamentos
Sábia questão é que todo relacionamento dentro do Corpo deve ser paltado em
1)respeito,
2)educação,
3)consideração
4)esmero em tratar a todos com dignidade,
5)afeto
6)e redobrados cuidados.
Necessitamos tratar com inteligencia as dificuldades que surgirem, buscando as melhores
soluções que mantenham a paz e a integridade dos relacionamentos no Corpo.
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Paciencia
Nós os seres humanos somos absolutamente apressados. Queremos sempre tudo para o
momento seguinte. Porém planos, proósitos, metas, objetivos podem e vão levar, na maioria
das vezes TEMPO para serem alcançados. Ser paciente na igreja é entender que o ritmo de
crescimento, de aprendizado, de desenvolvimento espiritual de cada um é diferente. Que cada
faixa etária possui um modo de tratamento diferenciado, sendo que as pessoas possuem
comportamentos e expectativas de tratamento individuais. Ter paciencia significa que suportar
as falhas, a diferença de ritmo, as criancices espirituais, e mesmo a falta de educação ou o
tratamento inadequado em determinados momentos. Ser paciente é não se aborrecer, não se
indignar e não perder a serenidade diante de um comportamento hostil, diante de uma falha
técnica, diante de um acontecimento inesperado. Não importa quantas vezes a equipe vier a
ensaira, nem todas as vezes irão alcançar a perfeição. Instrumentos ficarão desafinados,
equipamentos irão queimar. Via faltar luz. Irá chover no dia da festa ao ar livre. O pregador
convidado não irá comparecer. Os adolescentes não irão ficar quietos o culto inteiro. As
pessoas não irão chegar na hora na escola dominical. Nem todos que se compromissaram irão
pagar pelo onibus que irá conduzir ao passeio. Situações imprevistas vão gerar momentos de
constrangimento, em muitas ocasiões. Respostas erradas, comportamentos inadequados. E
QUAL sua resposta diante de todas essas coisas? Paciencia. Não transmitir para a igreja
insatisfação, não dar uma bronca exagerada na congregação anunciando a quatro ventos sua
indignação. Não fazer de sua decpção uma opção pública de repúdio a conduta ou às pessoas
que cometeram o agravo. Ser paciente é ser amoroso, é conduzir com sorrisos, é mudar o
curso dos acontecimentos com SERENIDADE.
Fervor
O fervor é uma atitude de quem ama aquilo que faz, como o violonista que não se cansa de
tocar, do cantor que canta no chuveiro, na rua, no ônibus ou do baterista que necessita segurar
as mãos para não fazer uma trila rítmica com os dedos batucando em algum lugar. Ser
fervoroso é ter uma atitude contagiante diante de uma atividade do Corpo que lhe é afim.
Quem ora, deve faze-lo com intensidade, quem intercede, com emoção, com convicção, quem
canta, deve derramar a alma enquanto o faz, quem prega, como se a vida da congregação
dependesse do que irá ouvir. Ser fervoroso é ser intenso e contínuo naquilo que realiza.
Jogadores de basquete são fervoroso quando jogam. Líderes de torcida incentivam
fervorosamente a seu time. Intercessores que buscam um milagre da parte de Deus devem
faze-lo com fervor.
Solicitude
Solicitude é fazer algo com desejo e preocupação. Devemos ter solicitude, não pelo que comer
ou vestir. Mas, solicitude pelo bem. Cristo aguarda que sua igreja possua solicitude em relação
a sua vontade, aos seus desígnios, a uma espécie de vida que agrade a Deus. Ter solicitude
em conhece-lo, ser preocupado em agir de acordo com seu mover, crescendo em direção às
suas profecias, às revelações do Espírito Santo, aos projetos que ele implantou nos corações
de seus filhos e filhas. Devemos estar preocupados com o estado espiritual da igreja, zelando
para que nossos irmãos e irmãs cresçam, se fortaleçam, vençam as batalhas contra os
poderes das trevas manifestos no mundo.
17
Intenção pura
Aquilo que valora nossos projetos de vida é não misturarmos outros afetos, ou confundirmos
nossos sentimentos com relação ao serviço que realizamos na casa de Deus. Intenção pura, é
antes de tudo uma intenção que não foi contaminada pelo egoísmo, que não foi maculada por
um desejo que não seja bom. Muitos ministérios de adoração caíram porque misturarm a
intenção de adorar com a intenção de vender midias. Muitos cultos foram desprovidos do poder
e da unção de Deus porque as intenções pastorais por detrás da pregação eram diversas da
vontade de Deus para aquele momento. Quem entra para o coral para querer se aproximar da
menina graciosa, ou do jovem bonito; quem toca para mostrar o quanto é virtuoso; quem canta
para demonstrar o domínio da voz; quem dirige adoração chamando atenção sobre si mesmo.
Se sua intenção ao adorar, ao cantar, ao pregar, ao se aproximar de alguém, não tiver o
vinculo do amor, ela está contaminada e nessa atividade em especial, nessa atitude ou
momento, Deus não estará sendo glorificado e não haverá edificação para a igreja. Podemos
querer nos aproximar de alguém, e mesmo entrar num grupo para termos maiores chances de
namorar, ou por amizades, porém está escrito: “Buscai a Deus em primeiro lugar e todas as
demais coisas vos serão acrescentadas”, monstrando-nos que a acima de tudo A INTENÇÃO
QUE SERÁ LEVADA EM CONTA É A PRINCIPAL NOS NOSSOS CORAÇÕES. E essa não
pode ter contaminação, não pode ser misturada. Temos que ter PLENA CERTEZA de que
aquilo que nos move à realização de uma atividade ou tarefa é o amor de Deus, é a obediencia
ao Espírito Santo, ou fruto do desenvolvimento de uma vocação. Isso vale para cada escolha
de nossas vidas. Quem ama alguém, deve desejar unir-se a essa pessoa não pelo dinheiro que
possui, mas pelo que ela é. Quem repreende alguém, deve faze-lo não para aparentar
santidade, mas porque queimava em seu coração a responsabilidade de exortar seu irmaõs
para que ele se desembaraçasse de algo que poderia causar-lhe dano. Intenções verdadeiras
geram alegria. Geram frutos, geram paz.
Inocencia
Na igreja necessitamos ter propósitos inocentes. Um propósito inocente é unido ao amor ao
próximo. Não esconde dentro dele mesquinharias, segundas intenções, falsas colocações.
Adorar com inocencia é concentrar-se em Cristo enquanto o louva, concentrando-se num único
propósito, o de derramar seu coração diante do Pai. Ser inocente é ter uma atitude sem culpa,
é agir com uma única orientação. É fazer o que se propos a realizar, sem querer causar dano a
alguém pelo que está realizando. Nâo é inocente a menina que dança com sensualidade
durante um período de adoração que deveria pertencer a Deus. Não há inocencia naquele que
se veste para provocar o outro. Não há inocencia em pegar dinheiro emprestado sem intenção
de devolver. Não há inocencia quando um pregador abre as Escrituras para desacreditar
alguém, injustamente. Não há inocencia quando se busca a fama televisiva evangélica para
que haja retorno finaceiro nas palestras futuras. Não é inocente o testemunho em que é
cobrado uma quantia para ser realizado. O amor inocente da esposa pelo marido é aquele em
que ela ama ao esposo, desejando de coração seu bem estar. Amor inocente de um filho pelos
pais não se preocupa com a herança, mas com sua obediencia a eles, em como honrá-los, ao
mesmo tempo em que se preocupa consigo mesmo. O namoro inocente é aquele que almeja
alcançar o noivado, que intenciona a união permanente. Não existe inocencia naqueles que
desejam “ficar”. Amizades inocentes não buscam seus próprios interesses, se não o de
compartilhar suas vidas, suas experiencias. O afeto inocente não busca prazer sexual, mas o
tipo de carinho entre irmãos e irmãs, entre pais e filhos, e aquele que existe entre amigos que
se amam. Sejamos inocentes.
Sinceridade
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A mentira é um monstro de muitas cabeças. Não se simula sentimentos inexistentes na igreja.
Não se simula dons espirituais. É pecado grave enganar as pessoas na casa de Deus. É
loucura absoluta contar sonhos que não aconteceram, narrar visões que Deus não concedeu.
Não se muda a voz, como tecnica minimalista de oradores, para aferir emoção a um
enunciado. Pregadores simulam a voz embargada para que pessoas sejam sensibilizadas por
sua pregação. Outros gritam expressões pentecostais sem que tal fogo esteja aceso em seu
coração. TODO ATO FALSO PRODUZIRÀ NULIDADES. Toda palavra, todo abraço, toda
promessa, todo compromisso, tudo que for movido pela mentira, em qualquer estado
(doutrinária, semantica, cultural, comportamental, sentimental, metafísica, religiosa,etc ) se
traduzirá em tristeza do Espírito de Deus, que resultará em declínio espiritual de uma
congregação. Até mesmo a apostasia. Sejamos sinceros, com intenções verdadeiras, com
relacionamentos firmados na verdade.
Sigilo
Segredos são para serem guardados. Não se divulga em hipótese nenhuma, o que não é para
ser de domínio público. Nosso dever é preservar ao máximo a vida espiritual, a honra, a
dignidade, o valor de cada irmão e irmã, lutando para JAMAIS expo-los a uma situação
degradante, a uma condição de humilhação. Deus nos confiou a vida de nossos irmãos,
devemos lutar para que cada vida da igreja seja preservada do escandalo. Isso se propaga
para outros níveis de informação. Temos hoje sequestros simulados, roubos eletronicos,
ameaças telefonicas, captura de dados de computador, flasificação de cartões e de
documentação, diversas situações em que a exposição de dados confidenciais de nossos
familiares terrenos e da família de Deus devem ser preservados.
Mansidão – Jamais devemos agredir um membro da família verbalmente, e muito menos de
modo físico. Isso é deve ser uma das dez maiores causas de vergonha máxima da igreja de
Cristo.
Compaixão – Devemos amar os cirmãos em Cristo a ponto de doer em nós sua ausencia, de
sofrermos seus sofrimentos. Ter compaixão é lutar intensamente para que a cura seja
alcançada no irmão enfermo, para que a tribulação cesse.
É isso, resumidamente, que a igreja deve se esforçar para viver.
Um organismo no qual possuem o compromisso de não ferir, onde seus membros desejam
participar juntos, desejam crescer juntos, são perdoadores, solícitos em ajudar, sequiosos do
sobrenatural, corajosos em crer, ousados em orar, fortes em interceder. e filhos da amizade.
Irmãos em Cristo
e nas
tribulações
19
EM TERCEIRO LUGAR – Nunca perder de vista da revelação geral de Cristo e da
eternidade colocada no coração humano
Antes de compreender a questão das trevas no mundo, devemos entender a questão de que
existe um patamar de revelação divina pré-existente dentro de cada ser humano. É mister que
antes de buscarmos enxergar as marcas malignas, os ensinos satânicos, as conseqüências do
pecado, que contemplemos a obra que Cristo tem constituída na terra, uma parte dos
desígnios manifestos na eternidade que foi dada a conhecer ao coração humano:
Fator Melquisedeque
Sua compreensão capacita de modo extraordinário o ministério de ensino da igreja. Ela é
baseada na no DESENVOLVIMENTO da visão que Don Richardson teve da obra missionária a
partir destes textos:
Eclesiastes
3:11
Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs na mente do homem a idéia da
eternidade, se bem que este não possa descobrir a obra que Deus fez desde o
princípio até o fim.
E Romanos
2:15
pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua
consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os),
Numa cena simples, Abraão depois da vitória contra a coalização de cinco reis caldeus, é
recebido no caminho por um sacerdote de nome Melquisedeque, rei de Salém, que oferta
diante de Deus que chahma de Altíssimo, pão e vinho. Abraão reconhece que Melquisede
serve ao Deus que ele também adora, e confirma que aquele sacerdócio, anterior ao
sacerdócio levítico, anterior a Lei, como verdadeiro, oferecendo dízimo de tudo que conquistou.
Mil anos depois é dito que o sacerdócio de Cristo, em salmo profético dado pelo Espírito a
Davi, seria segundo a linhagem deste sacerdote desconhecido. E novamente em Hebreus no
Novo testamento é confirmado que o sacerdócio de Cristo será segundo a ordem sacerdotal de
Melquisedeque. Podemos ver que existe uma alto grau de revelação divina acontecendo fora
da história judaica. Toda a terra é alcançada de algum modo pela revelação das leis e dos
palnos divinos, assim como o conhecimento de Deus não é creditado somente aos que tiveram
contato formal com as Escrituras, com o anúncio do Evangelho ou com qualquer tipo anterior
de conhecimento da Lei concedida mediante Moisés. Faz parte da revelação universal de Deus
ao ser humano. E a partir deste princípio soberano, podemos ver nas criações culturais de
diversos povos, nas realizações artísticas, na criação literária das nações, nas diversas
expressões linguísticas, e mesmo influenciando o comportamento humano, essa narrativa de
coisas espirituais, essa identidades com fatos, atitudes e coisas relacionados aquilo que Deus
nos tem PLENAMENTE revelado a igreja através da REVELAÇÃO ESPECÍFICA que é a
Palavra de Deus. Toda a plenitude divina foi dada a conhecer ao homem através de CRISTO,
porém o homem sem Cristo não foi deixado sem testemhuno. E o homem, por mais ateu que
se demonstre, por mais distante da influencia cristã que se apresente, não pode fugir dessa
identidade primeira, desse testemunho que abraça mesmo todas as coisas criadas. Cristo está
20
gravado na essencia do universo, e em todas as coisas criadas, podemos ver as marcas que
nos conduzem a conhece-lo melhor. A partir daí, não há como a imaginação humana produzir
produtos intectuais que de algum modo não possam ser utilizados para apoio da pregação do
evangelho. Onde existirem filmes, musica, histórias, contos, narrativas, poesia, desenho
animado, e mesmo nas atividades médicas, de engenharia e correlatas, sempre existirão
parábolas bíblicas, enunciados evangélicos, citações indiretas a textos do Velho Testamento
ou do Novo, situações que nos forçam a visualizar realidades do Evangelho, comparações com
realidades bíblicas diversas. Resta ao professor procurar essas parábolas, ensinamentos
bíblicos e tudo o que servir para esclarecimento das Escrituras, incorporado, na maioria das
vezes de modo inconsciente, aos desenhos animados, aos comerciais, aos cartazes de
propaganda. Em parte, os pregadores já fazem mão deste recurso utilizando-o largamente em
suas ilustrações. Mas de modo específico para a área do ensino, isso é patente em milhares de
filmes expostos nas centenas de locadoras espalhadas pelo país a fora. Disney, MetrogoldenMeier, Holiwood, Universal, Warner, etc. possuem centenas de filmes que mostram cenas (são
pouquissímos filmes que sejam 100% utilizáveis) que possuem belíssimas cenas que nos
permitem VER fatos das Escrituras.
Seja na poesia de Cordel:
Patativa do Assaré
Tu és nesta vida o fiel penitente
Um pobre inocente no banco do réu.
Caboclo não guarda contigo esta crença
A tua sentença não parte do céu.
Jo 3.17
17. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para
que este fosse salvo por meio dele.
O mestre divino que é sábio profundo
Não faz neste mundo teu fardo infeliz
As tuas desgraças com tua desordem
Não nascem das ordens do eterno juiz
Ezequiel
18Quando
o justo se afasta da justiça, para praticar o mal, ele morre por causa disso.
se o pecador se converte dos seus pecados e pratica o direito e a justiça, ele
viverá por esse motivo.
19Mas
A lua se apaga sem ter empecilho,
O sol do seu brilho jamais te negou
Porém os ingratos, com ódio e com guerra,
Tomaram-te a terra que Deus te entregou
Ro 1.24,25
24 Portanto Deus, em harmonia com os desejos dos seus corações, entregou-os à
impureza, para que os seus corpos fossem desonrados entre si, 25 estes, os que
trocaram a verdade de Deus pela mentira, e veneraram e prestaram serviço sagrado
antes à criação do que Àquele que criou, que é bendito para sempre. Amém.
De noite tu vives na tua palhoça
De dia na roça , de enxada na mão
Caboclo roceiro, sem lar , sem abrigo,
Tu és meu amigo, tu és meu irmão.
21
Quando você vê um desportista ou a luta para conquista de uma medalha, vê a representação
de perseverança, disciplina, coragem, esforço, disciplinas para uma vida vitoriosa em Deus;
Pesquisadores que se empenharam anos para descobertas que revolucionaram a ciencia é
exmplo dos que se dedicam ao estudo e exame das Escrituras, em busca de novas
descobertas sobre os mistérios de Deus na sua Palavra escrita;
Os processos siderúrgicos são símbolo do preparo do coração do obreiro, analogias para
processos de aprimoramento espiritual;
As novas descobertas na fisiologia humana nos remetem diretamente a inteligencia divina,
cada nova descoberta científica deixa mais patente a sabedoria de Deus – Muitas aulas que
tentam mostrar que a Criação é obra de Deus poderiam ser eficazmente exemplificadas pela
descrição das maravilhas de engenharia divina e nas suas tremendas soluções para
manutenção da vida.
O Ecosistema da parte alta das florestas, dissertado é um excelente exemplo sobre o equilíbrio
perfeito existente entre as doutrinas das Escrituras, misericórdia e juízo, fé e justiça, livre
arbítrio e soberania, natureza divina e divindade, assim por diante.
A dança em equipe é a visualização do corpo de Cristo trabalhando em harmonia, os
ministérios ajustados.
A ginástica olímpica feminina exemplifica a ternura no significado da palavra Graça.
A orquestração é uma demonstração sinfônica do significado de ministérios bem ajustados, de
uma igreja onde todos cumprem os papéis designados pelo espírito de Deus. O
desenvolvimento de uma sinfonia mostra a igreja desenvolvendo os planos, andando segundo
os projetos de Deus, vivendo em conformidade (leitura da partitura cujos arranjos são
compostos pelo Espírito santo) com a vontade de Deus.
Uma cena cinematográfica onde a musica torna a cena majestosa ou emocionante, onde
sonoridade e fotografia casam para expressão exata da intenção do cineasta, age para
exemplificar uma pregação eficaz, demonstra como deve ser feito a leitura das Escrituras,
como deve chegar ao coração dos ouvinetes uma mensagem dada num púlpito (excelente para
ensino da pregação).
Os aviões tipo caça de alta tecnologia servem como exemplos para ilustrar a eficácia dos dons
espirituais quando usados com sabedoria.
As cenas em tribunais onde a justiça é impetrada, nos ensinam sobre Jesus como nosso
advogado.
Filmes sobre professores que lutam para que um grupo de alunos possa alcançar a vitória nas
provas ou atingir com maestria um processo de aprendizado ilustram de modo magnífico o
papel tanto do professor da Escola bíblica quanto do próprio Espírito Santo na vida de cada
crente, usando todos os meios para nos conduzir ao aperfeiçoamento.
Quando vemos filmes onde um amigo fortalece o outro, quando uma amiga compartilha da dor
e abraça a outra, vemos o papel de CONSOLADOR ao vivo e a cores.
Exemplificando: Em “O décimo terceiro guerreiro” com Antonio Banderas, a batalha final é uma
descrição vívida do sentimento religioso e da emoção que imediata antes do início de uma
batalha, podemos ter uma notável semelhança do as batalhas vetero testamentárias.
22
Entender que CRISTO está “derramado” na consciência humana, dentro dos limites que a
natureza caída lhe permite perceber, é essencial para não DETURPAR CONCEITOS
IMPORTANTES DA LIBERDADE CRISTÃ, evitando a “satanização” daquilo que é de Deus.
Devemos entender que não somos do mundo, mas que estamos nele e que Deus tem nos
chamado não para aproveitarmos os recursos para salvação de toda a humanidade. A partir
daí, devemos ter em mente:
EM QUARTO LUGAR – Uma visão de cura radical, sem pressupostos teológicos que
destruam a eficácia de orações – é essencial
Não se pode enfrentar poderes do inferno cuja finalidade é destruir o ser humano, sem que
haja compreensão profunda sobre o assunto da cura divina. A convicção que é desejo
PLENO, revelado de Deus nas suas Escrituras, que seus filhos desfrutem saúde, que a
enfermidade é SEMPRE UMA INIMIGA que deve ser tratada como maligna em quaisquer
circunstancia. Existem muitos encaminhamentos teológicos sobre o assunto, mas não existem
argumentos suficientes para rejeitar uma posição firme como toda enfermidade como entidade
maligna, de tamanha malignidade quanto o próprio pecado. Aceitar qualquer suposição sobre a
mesma como sem tratá-la como coisa que deve ser destruída, anulada, rejeitada
veementemente, é mais adequado às doutrinas espíritas do que ao evangelho. Existe uma
grande questão quanto á enfermidade resumida numa grande pergunta:
É da vontade de Deus, é seu desejo contínuo curar a todas as enfermidades que possam
vir a acometer os crentes em Cristo?
Essa é o cerne da questão, a questão mais importante. A posição a ser tomada diante desta
questão define o caráter do ministério de cura de uma igreja. Ela define no coração dos crentes
sua posição de fé diante do problema da enfermidade.
Declaro que o efeito de responder de modo errado a esta pergunta produzirá um efeito
devastador para qualquer ministério que confronte poderes malignos, que trabalhe para
libertação demoníaca, libertação de opressos, e de intercessão.
E declaro firmemente, que é ESSENCIAL PARA O CORPO DE CRISTO, PARA
PRESERVAÇÃO DOS CRENTES EM CRISTO DIANTE DOS PODERES MALIGNOS
MANIFESTOS, TAMBÉM DIANTE DA OPRESSÃO HUMANA CRESCENTE GERANDO
PERDA DA QUALIDADE DE VIDA, ACENTUADO AUMENTO DO STRESS, DIANTE DA
CONTÍNUA QUEDA DOS PADRÕES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, DA PERDA DA
PROTEÇÃO NATURAL DA CAMADA DE OZONIO, DIANTE DOS INÚMEROS MALES
INTRODUZIDOS PELO INDUSTRIALISMO, PELA DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE, EM
VIRTUDE DAS ENFERMIDADES GERADAS POR LABORATÓRIOS, POR CAUSA DE
MODIFICAÇÕES GENÉTICAS INTRODUZIDAS EM DIVERSAS ESPÉCIES VEGETAIS
CONSUMIDAS, IMERSÃO CONTÍNUA EM CAMPOS MAGNÉTICOS, DA ONDA CRESCENTE
DE MUTAÇÕES VIRAIS QUE SERÃO INTRODUZIDAS NAS PRÓXIMAS DÉCADAS, SEJA
EM VIRTUDE DO CRESCIMENTO DA PROMISCUIDADE, SEJA EM VIRTUDE DA QUEBRA
DE ECOSISTEMAS, SEJA PELA OPRESSÃO ESPIRITUAL CRESCENTE, PELOS
ACIDENTES ECOLÓGICOS INDUSTRIAIS, POLUINDO NASCENTES, RIOS, LAGOAS, QUE
AINDA ACONTECERÃO EM VIRTUDE DO ENVELHECIMENTO DO PARQUE INDUSTRIAL
MUNDIAL, PELO ACÚMULO DE LIXO QUÍMICO, BIOLÓGICO OU INDUSTRIAL, PELO
CRESCENTE ENVELHECIMENTO DAS CONTENÇÕES DE DEPÓSITOS NUCLEARES,
SOMANDO ISSO AO PELO DESPREZO E DESCASO COM QUE MILHARES DE TEÓLOGOS
TRATARAM POR SÉCULOS O ASSUNTO:
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Entendo que a única e essencial resposta que a igreja de Cristo necessita dar a este
assunto é SIM.
Nenhum ministério que interceda em torno de qualquer outro posicionamento, diante de
qualquer outra declaração ou postura de fé, estará adequadamente preparado espiritualmente
para enfrentar o maligno se der qualquer outra resposta a esta questão essencial. É vital, é
essencial, que essa visão sobre cura se estabeleça para que haja preservação do corpo de
Cristo nesses momentos que antecedem a volta de Jesus.
Este trecho deste estudo é baseado na apostila: A Batalha pelo Corpo do INSTITUTO
INTERNACIONAL TEMPO DE COLHEITA.
Antes que você comece seu estudo de a cura e libertação é útil entender algumas das atitudes
atuais que você enfrentará enquanto você começa a ministrar nesta área. Com respeito a cura
e libertação, muitos crentes têm...
IGNORADO:
Um teólogo repassou cerca de 87.125 páginas dos escritos teológicos nas bibliotecas de
seminários evangélicos. Do total destas páginas haviam só 71 páginas consagradas a cura;
131 páginas aos milagres; e 85 páginas mencionando sinais e maravilhas. Quando
comparamos o número elevado de versículos consagrados a estes assuntos em o Novo
Testamento com o número sob de as páginas escritas sobre os mesmos temas na teologia
moderna, nós vemos uma tendência para ignorar o assunto em muitos círculos evangélicos
modernos. Alguns ignoram devido a as advertências bíblicas contra os milagres falsos (Marcos
13:22-23). Eles consideram isto como uma advertência sobre todos os milagres. Alguns crêem
em cura na teoria, porém a ignoram na prática. Outros a ignoram porque eles não podem
contestar todas as perguntas associadas com a enfermidade e o sofrimento. Alguns ignoram a
cura devido ao medo de fracasso. Nós parecemos ter um duplo padrão. Nós oramos
confiadamente por finanças, sabedoria, etc., porém nós somos temerosos para orar por cura.
Outros não percebem como o racionalismo e o materialismo os tem afetado. Muitos necessitam
“ver para crer” e são consumidos com o mundo natural, materialista em lugar do sobrenatural.
NEGADO:
Algumas pessoas negam que a cura e libertação sejam para hoje porque elas não possuem
nenhuma teologia, modelo, prática, ou experiência com ela. Os Evangelhos contêm 26 relatos
de cura física. O livro de Atos contém cinco. A cura física se menciona também I Corintios 12:811 e 28-30. Tiago 5:13-16 concede instruções específicas sobre como orar por um enfermo. No
há nada nas Epístolas que modifiquem o que o Evangelho ensina sobre a cura. Orar por um
enfermo se tomava por certo no momento em que as Epístolas foram escritas, e não há
nenhum indicio que a cura divina era polêmica em a igreja primitiva.
COMPLICADO:
Muitas pessoas complicam a cura e libertação com as tradições dos homens contrárias à
Palavra de Deus. Você aprenderá sobre algumas de estas tradições numa próxima lição.
Outros complicam com a experiência porque no o passado eles oraram por cura e não a
receberam. Porém nós devemos basear nossas crenças na Palavra de Deus, não em a
experiência (exceto onde a experiência apóia a Palavra). Modelos equivocados de cura
complicam essa realidade para algumas pessoas que tem observado cultos à personalidade,
pessoas que saram por dinheiro, decepções, e enfoque indevido sobre a cura física em lugar
de um estudo completo, ou abrangente
Cura e libertação também são complicadas pelo desequilíbrio que exista NA ANÁLISE DE
qualquer verdade, em qualquer visão teológica, não importando quão válida seja. Uma vez
enfatizada pela exclusão de outras verdades fundamentais, a operação de cura é invalidada.
24
RETARDADO:
Algumas pessoas se retardam em ministrar cura e libertação porque elas no têm as respostas
para tudo. Elas não entendem porque alguns saram e outros não. Não é necessário entender
tudo sobre cura para ministrá-la. Você não entendia completamente sobre a salvação quando
você foi salvo e começou a dar testemunho dela para outros. Algumas respostas virão quando
você ministrar e experimentar o poder curador de Deus. Outras perguntas nunca serão
respondidas. Se você conhecesse então todos os “por quê” e os “como” sobre tudo, você não
necessitaria de Deus. A Bíblia diz, “nós conhecemos em parte”. A cura diz respeito a
enfermidades e sofrimento e haverá sempre mistérios porque o mistério de iniqüidade está em
funcionamento (II Tessalonicenses 2:7).
A NECESSIDADE DE ENSINO APROPRIADO
Uma revisão das atitudes atuais para a cura e libertação ilustra por que nós necessitamos do
ensino apropriado neste assunto. Muitos estão destruindo-se fisicamente e espiritualmente
porque não possuem o conhecimento do que a Palavra de Deus ensina com respeito a cura:
“Meu povo é destruído por falta de conhecimento...” (Oséias 4:6).
Cura (sua totalidade) é parte do Evangelho do Reino que nós somos comissionados a pregar
(Lucas 16:15-18). Jesus nos chamou a pregar, ensinar, curar, e libertar. Cura e libertação não
devem omitir-se, porém não se deve dar ênfase a exclusão de os outros dons. A Bíblia revela
que nossas igrejas devem ser centros de cura (Lucas 14:16-24). Nós devemos ver as pessoas
saradas em lugar de enfermas:
“E endireitais para vossos pés os caminhos torcidos, para que o coxo no seja desviado,
antes que seja curado” (Hebreus 12:13).
Como crentes, é considerado pecado se nós não compartimos as boas noticias de cura e
libertação com um mundo perdido e agonizante. A Bíblia diz:
“Por tanto, ao que sabe fazer o bem e no o faz, isso lhe é pecado” (Tiago 4:17).
Deus da algumas advertências duras a os líderes que ignoram a cura. A cura ou restauração
numa visão bíblica é abrangente a totalidade do ser humano. O espírito necessita da
regeneração, a alma da renovação e o corpo da cura. O texto abaixo abraça os vários níveis,
desde o desprezo á condição espiritual de seu rebanho, até a condição física.
“Não fortaleceis as ovelhas fracas e nem curais as enfermas. Não haveis socorrido a aleijada,
não haveis feito voltar a desgarrada, nem haveis buscado a perdida. Contudo, as tendes
dominado com dureza e com violência. Buscarei a a perdida e farei voltar a desgarrada. A
aleijada carregarei, e fortalecerei a enferma. E a gordas e a fortes guardarei. As apascentarei
com justiça” (Ezequiel 34:4,16).
MINISTÉRIO DE CURA
Antes de você iniciar o ministério de cura e libertação, você deve saber se está
verdadeiramente seguindo o exemplo do ministério curador de Jesus:
25
Você será um servo em lugar de um “senhor”: Marcos 10:44.
Você ficará cansado, não rico: Marcos 6:31; João 4:6; Hechos 3:6.
Você encontrará incredulidade nos outros: Marcos 13:58.
Você experimentará perseguição dos líderes religiosos: (Alguns deles são como os Fariseus...
mais preocupados com a lei e tradição que com a vida): Lucas 6:6-9.
Você experimentará a perseguição de os mais íntimos a você: Marcos 6:4 e Mateus 13:58.
Você deverá evitar a publicidade em lugar de buscar-la: Marcos 8:26; 17:36; Mateus 8:4.
Você rechaçará o lucro pessoal o benefícios material em razão do poder de Deus: Atos 8:18Você rechaçará a glória pessoal: Atos 14:8-18.
A FONTE DE ENFERMIDADE
PROMESSA DE CURA PARA REIVINDICAR:
“Cristo nos redimiu da maldição da lei ao fazer-se maldição por nós (porque
está escrito: Maldito todo o que é colocado num madeiro)” (Gálatas 3:13).
INTRODUÇÃO
Sempre haverá uma fonte da enfermidade, ainda que hajam razões variadas para que uma
pessoa fique doente.
Paulo verificou isto quando ele disse, “Por isso há entre vos muitos enfermos e
debilitados, e muitos dormem” (1 Coríntios 11:30).
COMO A ENFERMIDADE E A MORTE ENTRARAM NO MUNDO
Os capítulos de Gênesis 1 e 2 em a Bíblia registram a história de a criação do homem. Deus
criou o homem conforme sua própria imagem, colocando nele o sopro de vida, e o homem se
tornou uma alma vivente.
O homem foi criado com uma natureza triuna de corpo, alma, e espírito. O corpo é a parte
física do homem. A alma e o espírito são as partes espirituais que lhe permitem atuar, pensar,
sentir, raciocinar emocionalmente, e espiritualmente responder a Deus. Originalmente, cada
parte desta natureza triuna estava em harmonia com os outros dois, e a natureza triuna inteira
do homem estava em harmonia com Deus.
O homem era puro e saudável no corpo, alma, e espírito.
O capítulo Gênesis 3 registra como o primeiro homem e mulher, Adão e
Eva, pecaram contra Deus desobedecendo a sua Palavra. Seu pecado trouxe a maldição do
pecado e de a morte sobre todos os homens:
26
“Por esta razão, assim como o pecado entrou no mundo por meio de um só
homem e a morte por meio do pecado, assim também a morte pasou a todos
os homens, por quanto todos pecaram” (Romanos 5:12).
Esta maldição da morte foi uma separação espiritual entre o homem e Deus assim como a
morte física que acabaria com a vida dum homem. Nós podemos ver os efeitos da maldição
imediatamente no registro de Gênesis. Adão e Eva se esconderam de Deus devido a
enfermidade espiritual do pecado. Adão culpou Eva, o que foi inicio da enfermidade emocional
que é o resultado da desintegração de relacionamentos
Caím matou Abel que é um exemplo de a enfermidade social. A enfermidade física é
primeiramente registrada através da esterilidade de Sara e a praga em Abimelec.
SATANÁS: A FONTE
Quando a maldição d a morte veio sobre o homem, Satanás atacou até mesmo o sistema
genético do corpo, para empenhar sua missão destrutiva. A Bíblia confirma que Satanás é a
fonte do mal no mundo. Jesus disse que ele é um ladrão e...
“O ladrão no vem somente para roubar, matar e destruir.” (João 10:10).
A enfermidade destrói o corpo como o pecado destrói o espírito. A enfermidade rouba a saúde,
felicidade, dinheiro, tempo, esforço, pensamento, e força. Mata e destrói. Inclusive os
“acidentes” que danificam o corpo ATUAM como se fossem agentes destruidores de Satanás.
Porque a fonte de enfermidade é Satanás, você deve resistir a mesma, assim como você faz
com a tentação e com o pecado.
Quando você resiste a tentação e ao pecado você está fazendo a guerra espiritual contra os
ataques de Satanás em sua alma e espírito. Quando você resiste a a enfermidade você está
empreendendo a guerra espiritual contra seus ataques em seu corpo físico.
Resistir à enfermidade é não aceitá-la em nenhuma hipótese como meio divino para
aperfeiçoamento, disciplina, ou ensino, não se conformar enquanto não atingir uma
condição de vida plena, não deixar de interceder para que ela seja destruída, não abraçar
em nenhuma hipótese um tipo de comportamento de autodestruição, deixando de cuidar
do corpo por motivos religiosos ou filosóficos, não almejar intensamente a libertação
deste estado de enfermidade, ser passivo diante de seus efeitos, incorporar atitudes de
conformismo, orar como se não houvesse solução, não interceder pela cura, não buscar
continuamente recursos para restauração sejam estes naturais, medicinais ou
miraculosos para mudança de tal estado, na vida pessoal ou na vida de um irmão em
Cristo.
OS ELEMENTOS DESTRUTIVOS DA ENFERMIDADE
(Nota do autor: Essa é uma visão sobre o assunto, como alguns movimentos de cura
classificam ou entendem a interface entre demônios e vírus/semelhantes. Tenho absoluta
certeza sobre o caráter maligno da enfermidade, não no modelo de entendimento adotado.
Devemos entender que mesmo fundamentos e subsidiados pela interpretação das Escrituras, a
partir de determinado momento só conseguimos avançar ao sermos guiados pelo Espírito de
Deus para um entendimento ou uma visão mais aperfeiçoada sobre coisas espirituais. Estou
consciente que o Espírito de Deus pode revelar coisas a toda igreja que almejar
aperfeiçoamento para tal ministério. Para tal são os dons espirituais. Porém entendo como
interessante, creio ser pertinente para esse estudo).
Cada enfermidade procede de um gérmen maligno de vida. Assim como seu espírito dá a vida
ao corpo, Satanás proporciona seu poder aos elementos destrutivos da enfermidade. No
27
mundo natural, Deus toma uma célula vivente e a multiplica para trazer mais vida e um novo
menino nasce. Satanás falsifica este processo positivo com um ciclo negativo de si próprio. Ele
toma uma célula vivente (o virus, o cáncer, etc.) e o multiplica para trazer a morte. Este é o
“espírito de enfermidade” que trabalha em seu corpo quando você está enfermo. Espíritos que
atuam sobre tais germens de vida, sobre os processos biológicos destruidores que geram a
enfermidade. Quando o espírito de enfermidade é expulso, a enfermidade em seu corpo morre.
Uma vez destruído o poder maligno por detrás da manifestação maligna viral, bacteriana, etc.
que esse germen exista no corpo, a enfermidade vive e continua seu trabalho destrutivo.
Ainda que cada enfermidade não seja um ataque direto de espíritos demoníacos, os elementos
da enfermidade existem no mundo devido a Satanás. Por exemplo, você poderia pegar um
resfriado porque caminhou descalço em tempo frio. Este não é um ataque direto de espíritos
demoníacos, porém os elementos da enfermidade que resultarão em seu resfriado existem no
mundo devido a Satanás.
COMO DEUS ENXERGA A ENFERMIDADE
Se você entender como Deus enxerga a enfermidade você nunca mudará de novo de sua
fonte. Deus chama a enfermidade de cativeiro.
“Jeová restaurou a Jó do cativeiro, quando ele orava por seus amigos...” (Jó
42:10 – Traducão do Original).
Jesus veio pregar a libertação a dos cativos:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque tem me ungido para anunciar
boas novas aos pobres; tem me enviado para proclamar liberdade aos
cativos e vista aos cegos, para por em liberdade aos oprimidos” (Lucas
4.18).
Jesus Chamou de escravidão à enfermidade:
“E a esta, sendo filha de Abraão, a quem Satanás tem tido atada por dezoito
anos, no devia ser libertada de sua escravidão no dia de sábado?” (Lucas
13:16).
Jesus veio para tornar as pessoas livres com a verdade:
“E conhecereis a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32).
A verdade é que Jesus viu a enfermidade como opressão e curou aqueles que estavam
oprimidos:
“Me refiro a Jesus de Nazaret, e a como Deus lhe ungiu com o Espírito Santo
e com poder. Como andou fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos
pelo diabo, porque Deus estava com ele” (ATOS 10:38).
A Bíblia identifica a morte como um inimigo:
“O último inimigo que será destruído é a morte” (I Coríntios 15:26).
Chama-se a enfermidade de algo que inflama:
“Porque minhas espaldas estão inflamadas, e não há parte sã em meu
corpo” (Salmos 38:7).
Também se vê como algo abominável:
“Algo abominável se tem derramado sobre ele. O que caiu de cama não
tornará a levantar-se.” (Salmos 41:8).
28
Há versículos na Bíblia que indicam que Deus enviou uma praga de enfermidade. Enquanto
Deus não é o criador de tais males, Ele as vezes os usa para alcançar Seus propósitos
executando o juízo sobre o inimigo.
A REDENÇÃO DA MALDIÇÃO
Você aprendeu nesta lição que a enfermidade e morte são parte da maldição do pecado,
porém Gálatas 3:13 declara, “Cristo nos tem redimido da maldição da lei". Quando Jesus
morreu em a cruz, Ele tomou a maldição do pecado e de a morte sobre Ele e...
“Assim que, como a ofensa de um alcançou a todos os homens para a
condenação, assim também a justiça realizada por um alcançou a todos os
homens para a justificação da vida. Porque como pela desobediência de um
só homem, muitos foram constituídos pecadores, assim também, pela
obediência de um, muitos serão constituídos justos” (Romanos 5:18-19).
Salvação e cura são ambos benefícios da expiação consumada por Jesus na cruz do Calvário.
Através de sua morte e ressurreição, Jesus tomou a maldição do pecado, da enfermidade e da
morte em seu lugar. Porque Ele levou a punição por seu pecado, você no necessita mais levála. Porque Ele levou sua enfermidade, você não necessita mais levá-la. Porque Ele ressurgiu
em vida de ressurreição, você também ressurgirá!
Satanás vem matar, roubar e destruir, porém Jesus disse...
“O ladrão no vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que
tenham vida, e para que a tenham em abundancia” (João 10:10).
Quando você recebe a Jesus como seu Salvador, a maldição do pecado está morta. Ainda que
você viva num corpo mortal que está sujeito aos ataques tanto do pecado quanto da
enfermidade, você já não é condenado por uma maldição. Jesus o tem redimido da maldição
da lei!
Quando você questiona a fonte da enfermidade (ou algo mais) que entra em sua vida,
pergunte: Isso mata, rouba ou destrói? Neste caso, sua fonte é Satanás. Permite que você
viva a vida mais abundantemente? Neste caso, sua fonte é Deus. Também recorde...
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito provém do alto e tem origem do Pai
das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17).
Pregunte: Este sofrimento é um dom bom e perfeito? Se você não pode considerar
honestamente, então você deve aceitar o que a Palavra diz... A enfermidade não é de Deus!
Uma das piores aplicações erradas da Bíblia é que a enfermidade existe devido ao pecado
individual de uma pessoa ou falta de fé. O justo, assim como o injusto, sofrem devido a
presença de pecado no mundo.
A Cura pode perder-se voltando a pecar:
“Depois Jesus lhe falou no templo e lhe disse: --Eis aqui, Tens sido curado;
não peques mais, para que no te ocorra algo pior” (João 5:14).
A VIOLACIÃO DE LEIS NATURAIS
A enfermidade nos pode vir porque nós violamos as leis naturais de Deus. Por exemplo:

Dieta imprópria (sobrepeso, peso insuficiente).
29





Atividade física demasiada, febril.
Repouso insuficiente.
Falta de autodomínio que resulta nas emoções danosas como o inveja, amargura,
etc.
Falta de relações positivas com outros (amargor, falta de perdão, etc.)
Abuso de drogas e álcool: sustâncias químicas tóxicas utilizadas no corpo.
OS ATAQUES SATÂNICOS
Por vezes a enfermidade chega por meio de um ataque direto de poderes malignos. Jó é um
dos melhores exemplos disto (veja Jó 1 e 2). Jó experimentou a enfermidade física, mental, e
emocional devido a um ataque Satânico. Ele não sofreu devido a seu próprio pecado pessoal.
O próprio testemunho de Deus mostra que Jó era um homem justo.
O pecado é o ataque de Satanás ao homem espiritual. A enfermidade é seu ataque ao homem
natural. No Novo Testamento, assim como nos tempos modernos, o justo sofre a maioria dos
ataques Satânicos porque nós temos entrado numa guerra contra o inferno, e em qualquer
guerra existem ferimentos..
Satanás & Cia ataca seu corpo assim como ele o faz com sua mente. Sua mente, corpo, e o
velho homem da carne (os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida), são
as maneiras com que ele ataca. Ainda que ele o ataque fisicamente, assim como ele o faz
espiritualmente, ele não tem nenhum direito para habitar em seu corpo físico assim como não o
possui em sua alma ou espírito.
O funcionamento das forças das trevas no corpo do crente pode comparar-se a guerra de
guerrilha. Os guerrilheiros realmente não possuem em absoluto nenhum direito jurídico naquele
território, porém buscam operar alí, sem embargo.
Neste mundo, sempre haverá enfermidade assim como sempre haverá pecado. Porém nós
podemos lutar contra a enfermidade assim como nós lutamos contra o pecado a través da
guerra espiritual na qual nos envolvemos desde o novo nascimento.
NÃO DISCERNIR PROPRIAMENTE O CORPO DE CRISTO
Paulo disse que muitos eram débeis e enfermos porque eles não discerniam o Corpo de Cristo
de modo apropriado e tomaram a Comunhão indignamente. A comunhão é compartilhar o pão
e vinho simbolizando o corpo e o sangue do Senhor Jesus Cristo. Paulo advertiu:
“De modo que aquele que coma deste pão e beba deste vinho do Senhor de
maneira indigna, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Por tanto,
examine-se cada um a si mesmo, e coma assim do pão e beba da copo.
Porque o que come e bebe, não discernindo o corpo, juízo come e bebe para
si. Por isso há entre vós muitos enfermos e debilitados, e muitos dormem” (1
Coríntios 11:27-30).
“Porém ele foi ferido por nossas transgressões, moído por nossos pecados.
O castigo que nos trajo paz foi sobre ele, e por suas feridas fomos nós
sarados” (Isaías 53:5).
O EXEMPLO DE JESUS:
Em o Novo Testamento, Jesus é o modelo do crente de fé e prática. Seu ministério de cura e
libertação é o modelo que você deve seguir em seu próprio ministério. De 3,774 versículos em
30
os quatro Evangelhos, 484 se relacionam especificamente a cura de enfermidades físicas e
mentais e a ressurreição de os mortos. Em Marcos, 209 versículos de 666 se relacionam aos
milagres de Jesus. De 1,257 versículos narrativos nos Evangelhos, 484 (38.5 por cento) se
consagra a descrever os milagres de cura.
Jesus falou as palavras de Deus em Seu ministério:
JOÃO
8 - 28 Prosseguiu, pois, Jesus: Quando tiverdes levantado o Filho do
homem, então conhecereis que eu sou, e que nada faço de mim mesmo; mas
como o Pai me ensinou, assim falo.
Jesus fez o trabalho e a vontade de Deus:
JOÃO
6 - 38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a
vontade daquele que me enviou.
9 - 4 Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia;
vem
a
noite,
quando
ninguém
pode
trabalhar.
4 - 34 Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me
enviou, e completar a sua obra.
O propósito de Jesus era destruir as obras do inimigo inclusive o pecado, enfermidade, e
escravidão:
“O que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio.
Para isto foi manifestado o Filho de Deus: para desfazer as obras do diabo”
(1 João 3:8).
As obras Jesus deixam ao Pai contente:
“Porque o que me enviou, comigo está. O Pai não me tem deixado
abandonado, porque eu faço sempre o que lhe agrada.” (João 8:29)
.
Isto significa que quando você ministra cura e libertação como Jesus o fez você está
agradando o Pai, falando Sua Palavra, fazendo Sua vontade, e destruindo as obras do inimigo.
A compaixão foi a emoção motivadora no ministério de cura de Jesus (para exemplos veja
Mateus 9:36; 12:9-13; 14:14; 18:27; 20:29-34; 29:34; Marcos 1:41; 3:1-5; 5:19; Lucas 6:6-10;
7:12-15; 10:33; 14:1-6; e João 11:38-44). Outras emoções que Jesus expressou no ministério
de cura foram aflição, raiva, e lamento.
Jesus usou vários métodos de cura. Às vezes Jesus chamou o enfermo a Ele (Marcos 3:1-6).
Outras vezes foi chamado para visitar o enfermo (veja a história do servo do Centurião em
Mateus 8:5-13; Lucas 7:1-10 e a cura de a filha de Jairo em Mateus 9:18-19; 23-26).
Jesus tratou com o homem inteiro, não só com a condição física. Ele ensinou o perdão de
pecado e cura juntos. Às vezes Ele curou primeiro, então perdoou o pecado (veja a Lucas 17:9
e João 5:14). Outros vezes Ele perdoou os pecados primeiro, então curou (veja a Marcos 2:112).
31
As vezes as curas ocorriam sem a fé por parte de a pessoa enferma (pelo menos não foi
mencionado):
Lázaro: João 11:1-44
A orelha de Malco: Lucas 22:50-51
O maníaco Gadareno: Marcos 5:1-20
O homem surdo e mudo: Marcos 7:32-35
A sogra de Pedro: Lucas 4:38-39
O filho da viúva: Lucas 7:12-15
O homem com a mão ressecada: Marcos 3:1-5
O homem nascido cego: João 9:1-7
A filha de Abraão: Lucas 13:10-13
O filho do nobre: João 4:46-50
O servo do centurião: Mateus 8:5-13
A filha da mulher sirofenicia: Mateus 15:21-28
A filha de Jairo: Marcos 5:35-43
As vezes as curas ocorreram devido a a fé por parte de um individuo:
Dois homens cegos: Mateus 9:27-31
Um leproso: Mateus 8:2-4; 20:29-34; Marcos 1:40-44
Dez leprosos: Lucas 17:11-19
Dois homens cegos: Mateus 20:29-34
O cego Bartimeu: Marcos 10:46-52; Lucas 18:35-43
A mulher com o problema do fluxo de sangue: Mateus 9:20-22; Marcos 5:25-34; Lucas 8:43-48
As vezes as curas ocorreram devido a a fé de outros:
O servo do Centurião: Mateus 8:5-13
O filho do nobre: João 4:46-53
Quatro homens que trouxeram ao homem paralisado: Mateus 9:1-8; Marcos 2:1-12; Lucas
5:17-26
A filha da mulher sirofenicia: Mateus 15:21-28
O mudo posuído por demônios: Mateus 9:32-33
O possesso surdo e mudo: Mateus 12:22-23
A filha de Jairo: Marcos 5:35-43
O homem surdo e mudo: Marcos 7:32
O homem cego: Marcos 8:22-26
Jesus usou diferentes métodos verbais sarando. A vezes Ele só falou uma palavra de
declaração:
A filha de Abraão: Lucas 13:10-13
O filho do nobre: João 4:46-50
O cego Bartimeu: Marcos 10:46-52
Os dois homens cegos: Mateus 9:27-31
O servo do centurião: Mateus 8:5-13
As vezes Ele falou uma Palavra de ordem:
O homem com paralisia: Lucas 5:17-26
A filha de Jairo: Marcos 5:22-24, 35-43,
As vezes Jesus combinou uma palavra de ordem e o toque:
O leproso: Mateus 8:2-4
Os dois homens cegos: Mateus 9:27-31
A sogra de Pedro: Lucas 1:38-39
O homem surdo e mudo: Lucas 7:32-35
O filho da viuda: Lucas 7:12-15
32
A filha de Abraão: Lucas 13:10-13
As vezes Jesus orou:
A sogra de Pedro: Lucas 4:38-39
O homem surdo e mudo: Marcos 7:32-35
O filho de a viúva: Lucas 7:12-15
Lázaro: João 11:38-44
O homem com a mão ressequida: Marcos 3:1-5
Não era necessário para Jesus estar fisicamente presente com o enfermo para curar. Ele curou
a distância:
O servo do Centurião: Mateus 8:5-13
O filho do nobre: João 4:46-50
A filha da mulher de sirofenicia: Mateus 15:21-28
Jesus ordenou ao enfermo para fazer algo como parte do processo de cura:
Ao homem com a mão ressequida foi dito “Levanta-te e põe-te no meio”: Lucas 6:6-11.
Ao homem paralisado em Betesda foi dito “Levanta-te, toma tua cama e anda”: João 5:1-9.
Ao nobre com um filho enfermo foi dito, “Vê”: João 4:46-54.
Os dez leprosos foram mostrar-se ao sacerdote: Lucas 17:11-19
A um homem cego foi dito para lavar-se no tanque de Siloé: João 9:7
Jesus ministrou cura tanto em público (grupos e na sinagoga) como de modo privado (casas e
contatos individuais).
Jesus usou “material” incomum como:
Cuspe
Barro
Dedos nas orelhas
Dobras de suas vestes
Lavar em água
As vezes o enfermo o tocou
As multidões: Lucas 6:17-19
As multidões: Marcos 3:10
A mulher com fluxo: Marcos 6:56
As vezes Ele tocou o enfermo:
Dois homens cegos: Mateus 9:27-31
As pessoas com várias enfermidades: Lucas 4:40
O leproso: Lucas 5:13
A mulher com o espírito de enfermidade: Lucas 13:10-13
A filha de Jairo: Marcos 5:23-24
As instruções que Jesus deu depois das curas foram variadas. Por exemplo, a sogra de Pedro
saiu de sua cama e serviu aqueles que estavam em casa. Jesus requereu comida a ser dada a
filha de Jairo.
As curas de Jesus ocorreram em várias situações:
Ao redor de casas
Em reuniões abertas: nas ruas, por piscinas, nas ladeiras, nos barcos
Em enterros
Em cemitérios
33
No Templo
Na hora de comer
De caminho a outros destinos
Nos jardins
Haviam respostas variadas aos milagres e as curas:
Assombro
Medo de Deus
Controvérsia
Não aceitação por parte de sua família e dos líderes religiosos
Demônios que clamam
Ira
Popularidade
Deus glorificado
Questionamento: “Que é isto?"
Discussão (informe e rumor)
Salvação da casa
Em resumo, quando nós consideramos o ministério de cura de Jesus como exemplo para
nossos próprios ministérios, nós encontramos que Jesus falou as palavras de Deus e fez as
obras de Deus durante Seu ministério terreno. Cura e libertação devem ser parte de nossas
palavras e trabalho.
As vezes Jesus curou a todos os presentes. Em outros momentos, Ele curou a indivíduos
específicos.
Ele curou muitos tipos diferentes de enfermidades e usou vários métodos de ministério. A
vezes as curas ocorreram sem a fé por parte do enfermo. Em outros momentos ocorreram
devido a fé do enfermo o seus amigos o parentes. Jesus ministrou a cura aonde quer que Ele
fosse e Seu ministério era marcado pela compaixão Seu ministério recebeu uma variedade de
reações das pessoas e dos líderes religiosos e políticos do tempo.
Este mesmo Jesus se move entre nós para salvar e curar hoje. Recorde que “todos os que lhe
receberam... concedeu-lhes o direito de serem feitos filhos de Deus” (João 1:12-13) e “todos os
que lhe tocavam caíam curados” (Marcos 6:56).
CURA E A EXPIAÇÃO
Nós queremos considerar uma das referencias bíblicas mais importantes sobre cura em
detalhe:
“Certamente ele levou nossas enfermidades e sofreu nossas dores. Nós lhe
tivemos como desprezado, como ferido por Deus, e afligido. Porém ele foi
ferido por nossas transgressões, moído pelos nossos pecados. O castigo
que nos traz a paz foi sobre ele lançado, e por suas feridas fomos nós
sarados” (Isaías 53:4-5).
Isaías 53 é um capítulo profético que se refere a Jesus Cristo. Os versículos quatro e cinco
definitivamente unem a cura a expiação de Jesus por Sua morte na cruz. O único uso da
palavra “certamente” neste capítulo, que é uma palavra de ênfase, precede esta provisão para
nossa salvação e cura.
O pecado e enfermidade são os males gêmeos de Satanás. Salvação e cura são provisões
gêmeas de Deus para a libertação. Antes do Calvario as pessoas foram salvas e saradas
esperando o momento da cruz, em fé. Toda cura de Adão até nossos dias é fruto do mesmo
ato profético, a cruz do calvário, o sangue derramado, a carne lacerada de Jesus.
Eles olharam para o FUTURO sacrifício, Olhando somente A SOMBRA do calvário, e foram
sarados.
Depois, a salvação e a cura vem de olhar para o passado, para Ele em fé.
34
Nós olhamos pra o PASSADO, tendo já o SACRIFÌCIO REAL sido realizado, olhando não mais
uma sombra, mas a própria realidade histórica da morte e ressurreição do Cordeiro, que tira o
pecado do mundo.
A enfermidade e morte entraram pelo pecado e são penalidades para a iniquidade, assim, que
seu remédio deve encontrar-sena expiação de Cristo. Jesus salvou, levou consigo a doença e
as enfermidades ao mesmo tempo e do mesmo modo que Ele salvou seus pecados.
“De modo que se cumprisse o dito por meio do profeta Isaías, que disse: O
mesmo tomou nossas debilidades e carregou com as nossas enfermidades”
(Mateus 8:17).
Pedro fala de salvação e cura como sendo um feito cumprido:
“Ele mesmo levou nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro a fim de
que nós, estando mortos para os pecados, vivamos para a justicia. Por suas
feridas havemos sido sarados” (1 Pedro 2:24).
Concordando com o salmo que diz:
“Bendize, oh minha alma, a Jeová, e não duvides de nenhum de seus
benefícios. Ele é quem perdoa todas tuas iniquidades, Ele é quem cura todas
tuas doenças” (Salmos 103:2-3).
O nome redentor “Jehová-tsidkenu” revela a provisão redentora de Deus para sua alma.
O nome redentor “Jehová-rapha” revela Sua provisão redentora para seu corpo.
A palavra “salvo” em Romanos 10:9 é a mesma palavra usada por Marcos quando ele disse,
“todos que a ele tocaram foram sarados”. A palavra grega “sozo” usada nestas passagens
significam salvação do pecado e de seu castigo. A enfermidade é parte do castigo, assim que a
salvação é parte de a expiação para o pecado.
Enquanto a expiação de Cristo tem garantido a perfeição final do crente, as imperfeições
humanas físicas e espirituais continuam. O crente continua sofrendo ataques do pecado e da
enfermidade. Os últimos benefícios da expiação de Cristo ainda serão revelados:
“Que sois guardados pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação
preparada para ser revelada em o tempo final” (1 Pedro 1:5).
Os benefícios de a salvação a serem revelados na eternidade são aqueles de perfeição física e
espiritual.
Quando Jesus morreu na cruz Ele levou seus pecados? Como um crente, você ainda luta
contra o pecado? O mesmo é verdade sobre a enfermidade. Jesus morreu por sua
enfermidade, contudo você está num mundo imperfeito e Satanás não está amarrado. Todavia,
você também deve guerrear contra a enfermidade.
Há um momento passado, presente, e o futuro da nossa salvação:
Passado: Você é salvo do castigo dos pecados cometidos no passado.
Presente: Você é salvo do poder do pecado no presente.
Futuro: Você se salvará da presença do pecado no futuro (na eternidade).
O mesmo é verdade para a sua cura. Você está salvo do castigo da enfermidade por seus
pecados. Você pode vencer o poder da enfermidade no tempo presente e pode ser salvo da
presença real da enfermidade na eternidade.
EM QUINTO LUGAR – Entender e usar de modo pleno o Nome de Jesus
É condição essencial para a igreja de Cristo entender sobre a questão da Autoridade do Nome
de Jesus.
35
O NOME DE JESUS
VERSÍCULOS-CHAVE:
“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de
todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na
terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor,
para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.9-11).
INTRODUÇÃO
Você tem aprendido sobre o poder e a autoridade dados por Deus a Jesus Cristo e como Jesus
delegou este mesmo poder e autoridade aos crentes. Um destes princípios espirituais
poderosos é o uso de seu próprio nome. Este capítulo enfoca no poder em o nome de Jesus.
A IMPORTÂNCIA DOS NOMES
Nos tempos bíblicos, os nomes tinham uma importância que eles não possuem mais hoje em
dia. Em muitas culturas modernas, um nome é usado, freqüentemente, como uma etiqueta
pessoal. Nos tempos bíblicos, uma grande importância está ligada ao nome de uma pessoa. O
nome dado a alguém, freqüentemente, era determinado por alguma circunstância no momento
do nascimento (Gênesis 19.22). Às vezes, o nome expressava uma esperança ou uma profecia
(Isaías 8.1-4; Oséias 1.4).
Devido a importância dos nomes nos tempos bíblicos, Deus mudou o nome de várias pessoas.
Ele mudou o nome de Abrão para Abraão em vista de seu destino:
“Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações
te constituí” (Gênesis 17.5).
O nome Abrão significa “pai de uma grande multidão”. Deus também mudou o nome de Sarai
para Sara e Jacó a Israel por razões similares. No Novo Testamento este mesmo modelo
continua. Simão foi chamado “Pedro”, e Saulo se tornou “Paulo”. Seus nomes refletiam seus
destinos no plano de Deus.
Devido à importância do significado dos nomes, Deus selecionou um nome muito especial para
Seu único Filho.
O NOME DE JESUS
O nome de Jesus se deu ao Filho de Deus, Ele entrou a terra em forma humana. Ele foi dado
em obediência à ordem de um anjo a José, o marido de Maria, a mãe de Jesus:
“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo
dos pecados deles” (Mateus 1.21).
O nome “Jesus” significa “Salvador”. Jesus tinha outros nomes também. Ele normalmente é
chamado de Jesus Cristo, Cristo Jesus, Senhor Jesus, e Senhor. Estes também se combinam
com o título “o Senhor Jesus Cristo”. “Cristo” significa “ungido”.
Jesus foi chamado uma vez de “Emanuel:”, que significa “Deus conosco”. Jesus se chamou de
“o Filho do homem” e Ele é chamado freqüentemente de “Filho de Deus” nas Escrituras do
Novo Testamento. João o chama de “a Palavra” (ou Verbo) e de “O Cordeiro de Deus”.
36
Há muitos outros títulos dados a Jesus, como “o pão da vida”, “a luz do mundo”, etc. Uma lista
completa destes nomes e títulos é dada no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita,
“Estratégias Espirituais: Um Manual da Guerra Espiritual”. Cada um dos nomes dados a Jesus
é importante para entender Sua posição e ministério.
Porém, o nosso Senhor normalmente é chamado, a maioria da vezes, pelo nome de “Jesus”
por todo o Novo Testamento. É este nome ao qual nos referimos neste capítulo sobre o poder
do nome. É o nome de Jesus, combinado às vezes com Seus outros nomes, que se usa na
demonstração do poder de Deus através dos crentes no livro de Atos.
COMO SE OBTÊM OS NOMES
Há três maneiras pelas quais os grandes homens obtêm seus nomes:
PELO NASCIMENTO:
Algumas pessoas nascem com um grande nome. Eles nascem como príncipes, princesas, ou
filhos de um grande líder tribal. Eles podem nascer em uma família com um nome conhecido
por sua grande riqueza ou poder político. Eles herdam seu grande nome através de seus pais.
PELO SUCESSO:
Algumas pessoas fazem um grande nome por seus êxitos pessoais. Eles se tornam grandes
escritores, inventores, políticos e líderes.
POR OUTORGAMENTO:
Outras pessoas recebem um grande nome porque ele foi outorgado a elas. Elas recebem um
grande nome através de outra pessoa. Por exemplo, uma mulher pobre pode receber um nome
de um político rico quando ela se casa com ele. Um rei ou um líder tribal pode dar um título de
importância a uma das pessoas em seu reino ou tribo.
COMO JESUS CONSEGUIU SEU NOME
Jesus recebeu Seu nome das três maneiras pelas quais os grandes homens recebem seus
nomes na terra:
PELO NASCIMENTO:
Jesus recebeu Seu nome pelo nascimento, através da herança de Seu Pai:
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro
de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor
da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela
palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentouse à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos
quanto herdou mais excelente nome do que eles” (Hebreus 1.1-4).
Jesus herdou um nome maior que qualquer outro ser no universo. Seu nome é maior que
qualquer rei, presidente, ou líder tribal. É maior do que o nome de qualquer anjo no céu.
PELO SUCESSO:
Jesus também recebeu Seu nome pelo êxito porque ele conquistou todo o poder do inimigo:
“E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo,
triunfando deles na cruz” (Colossenses 2.15).
POR OUTORGAMENTO:
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Jesus também recebeu Seu nome por outorgamento:
“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de
todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na
terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor,
para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.9-11).
O GRANDIOSO NOME
O nome de Jesus é o nome mais poderoso no universo. Ele está sobre todo o nome:
“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de
todo nome” (Filipenses 2.9).
“Acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se
possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro” (Efésios
1.21).
PODER NO NOME
Jesus deixou a Seus seguidores com a grande missão de alcançar o mundo com a mensagem
do evangelho. Ele também os deixou com um poder especial para permitir-lhes cumprir a
missão. Ele lhes deu autoridade para usar Seu próprio nome:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu
e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à
consumação do século” (Mateus 28.18-20).
Quando uma pessoa dá seu próprio nome a outra, significa que elas se uniram em uma
unidade íntima. Um exemplo é quando Deus deu Seu nome a Israel:
“O SENHOR te constituirá para si em povo santo, como te tem jurado, quando
guardares os mandamentos do SENHOR, teu Deus, e andares nos seus
caminhos. E todos os povos da terra verão que és chamado pelo nome do
SENHOR e terão medo de ti” (Deuteronômio 28.9-10).
Para ser enviado ou falar em nome de alguém é necessário ter sua autoridade:
“Portanto, assim diz o SENHOR acerca dos homens de anatote que procuram a tua
morte e dizem: Não profetizes em o nome do SENHOR, para que não morras
às nossas mãos. Sim, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que eu os
punirei; os jovens morrerão à espada, os seus filhos e as suas filhas morrerão
de fome” (Jeremias 11.21-22).
Homens malignos buscaram matar Jeremias porque ele profetizou no nome do Senhor e eles
sabiam que sua profecia tinha a autoridade de Deus por trás dela.
Uma das maiores chaves ao poder espiritual é o nome de Jesus. Nós falhamos freqüentemente
no ministério porque nós dependemos de nossa própria habilidade de libertar a alguém. Não é
nosso nome, posição ou autoridade que trazem poder. Nosso poder está no nome de Jesus.
A mera menção do nome de Jesus vez após vez pode ser pouco mais que um ritual. Isto se
torna em vã repetição semelhante ao que era praticado pelos fariseus e escribas nos tempos
da Bíblia. O nome de Jesus não é alguma frase mágica.
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Você deve ter fé no nome. Os discípulos enfatizaram isto depois que uma cura poderosa foi
registrada em Atos 3. Pedro disse:
“Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que
agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este
saúde perfeita na presença de todos vós” (Atos 3.16).
Nós temos mencionado o nome de Jesus como um ritual, porém nossa fé no nome tem sido
débil. Como isto pode ser corrigido? Como nós podemos nos mover mais além da mera
repetição do nome de Jesus à fé no nome que produz o poder? A Bíblia diz:
“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos
10.17).
Sua fé no nome de Jesus pode ser aumentada ouvindo o que a Palavra de Deus diz sobre
esse nome. Através da Palavra você pode entender a autoridade do nome e as diretrizes
bíblicas para o uso apropriado de Seu nome.
O NOME DE JESUS
O nome de Jesus é usado...
PARA A SALVAÇÃO:
O maior poder no nome de Jesus é o poder da salvação do pecado. É somente através de Seu
nome que a salvação vem:
“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos
pecados deles” (Mateus 1.21).
“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum
outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”
(Atos 4.12).
“Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no
nome do unigênito Filho de Deus” (João 3.18).
Você não pode receber o perdão de seus pecados de qualquer outra maneira – somente
através do nome de Jesus. Você não pode ganhar o acesso a Deus exceto através de Jesus:
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim” (João 14.6).
Quando apresentando o evangelho, é importante enfatizar que a salvação somente se realiza
pelo nome de Jesus. A confissão do nome de Jesus é importante à salvação:
“Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Romanos 10.9-10).
O poder para tornar-se um filho de Deus é somente através do nome de Jesus:
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, a saber, aos que crêem no seu nome” (João 1.12).
PARA A SANTIFICAÇÃO:
Não somente você se limpa do pecado e é justificado através do nome de Jesus, porém você
se santifica também. A santificação é realizada pelo poder de Deus que continua trabalhando
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em você depois da salvação para permitir-lhe viver uma vida santa. Em 1 Coríntios 6 Paulo fala
de dois males do pecado. Ele diz...
“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas
fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso
Deus” (1 Coríntios 6.11).
Antigamente estes coríntios viveram nestas práticas pecadoras. Agora eles poderiam viver uma
vida santa através da santificação que veio pelo nome de Jesus.
NA ORAÇÃO:
“Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa
alegria seja completa” (João 16.24).
“Até agora” significa “até aqui”. Até o tempo em que Jesus falou estas palavras, Seus
seguidores não haviam pedido nada em Seu nome. A estas alturas Ele estabeleceu uma nova
relação com eles. Ele lhes disse que eles pediriam as coisas a Deus em Seu nome:
“Naquele dia, nada me perguntareis. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes
alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome”(João 16.23).
Que promessa poderosa! Qualquer coisa que nós pedimos em Seu nome, nós receberemos.
Porém, esta promessa tem que ser considerada juntamente com os outros princípios de oração
ensinados na Bíblia. Nós nunca podemos isolar um versículo sobre um assunto sem considerar
tudo o que se ensina sobre esse assunto na Palavra de Deus. A Bíblia ensina que você não
pode pedir egoisticamente:
“Peeis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”
(Tiago 4.3).
Você também deve estar vivendo honradamente perante Deus. Se você peca, você deve
confessar e orar pelo perdão:
“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para
serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5.16).
Você não pode continuar vivendo no pecado e simplesmente pensar que somente porque você
pede no nome de Jesus você terá suas petições respondidas. São as orações dos homens e
mulheres justos que se beneficiarão das bênçãos de Deus:
“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis
o que quiserdes, e vos será feito” (João 15.7).
Isto significa que SE você permanece em Cristo, você pode pedir e assim se fará. SE você está
caminhando em obediência à Palavra de Cristo, então você pode pedir no nome de Jesus.
Orar no nome de Jesus também está sujeito à vontade de Deus. Jesus orou:
“Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e
sim a tua” (Lucas 22.42).
Na debilidade da carne humana, Jesus não quis sofrer. Ele quis que o cálice de sofrimento
passasse longe Dele, porém Ele submeteu Seu querer à vontade de Deus.
Em algumas ocasiões claramente definidas nas Escrituras, nós sabemos qual é a vontade de
Deus e exatamente como orar. Em outros assuntos nós podemos expressar nossa vontade,
como fez Jesus, depois submeter nossa vontade à Sua vontade – tudo no nome de Jesus.
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Petições feitos em o nome de Jesus estão sujeitas à vontade soberana de Deus. Nós pedimos
segundo o raciocínio humano e nem sempre podemos discernir os propósitos mais elevados
de Deus:
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos
caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus
são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que
os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos” (Isaías 55.8-9).
Você nem sempre saberá a vontade de Deus e como orar exatamente. Quando você não está
seguro da vontade de Deus, é uma boa ocasião para orar no idioma do Espírito Santo. O
Espírito Santo intercede em nosso nome segundo a vontade de Deus:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não
sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós
sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações
sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele
intercede pelos santos” (Romanos 8.26-27).
Alguns divergirão deste ensinamento bíblico. Eles dirão que você pode pedir TUDO em nome
de Jesus e isso se fará. Quando você ora arrogantemente sem submeter suas petições à
vontade de Deus, Ele pode responder suas petições, porém pode não estar em seus melhores
interesses. Ele fez isto com a nação de Israel:
“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmos 106.15).
Você também deve compreender que quando você pede algo em nome de outra pessoa, a
vontade dela também entra na situação. Ninguém, através da oração em o nome de Jesus,
pode empurrar algo a alguém se tal pessoa não o quer. Deus não age de acordo com a livre
vontade1 do homem. A vontade e a incredulidade de outra pessoa podem afetar sua oração
por ela.
Em João 17, Jesus faz uma grande oração acerca dos homens que Deus lhe deu como
discípulos. Todos estes homens receberam o mesmo treinamento. Eles viram os mesmos
milagres. Eles receberam a mesma Palavra de Deus. Porém, ainda assim, um deles se perdeu.
Judas tinha uma vontade própria, e apesar de tudo o que ele havia ouvido e visto, ele rejeitou a
Palavra de Deus em incredulidade.
Jesus falou do poder de estar de acordo com outros na oração em Seu nome:
“Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a
respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por
meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em
meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18.19-20).
Como parte da oração, você deve dar graças no nome de Jesus:
“Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor
Jesus Cristo” (Efésios 5.2).
Você também deve dar graças em nome de Jesus:
“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o
fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13.15).
NT: Nós cremos que a “livre vontade” do homem não é tão livre assim e que, em dadas situações, Deus pode ade agir
contra a vontade do homem, se este é o Seu propósito e vontade.
1
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Você aprenderá mais sobre o poder da oração no capítulo seguinte.
EM TODAS AS ÁREAS DO MINISTÉRIO:
O nome de Jesus deve ser usado em todas as áreas de ministério:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu
e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à
consumação do século” (Mateus 28.18-20).
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa
mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos,
eles ficarão curados” (Marcos 16.17-18).
Segundo estes versículos, os ministérios seguintes serão feitos em o nome de Jesus:
Sinais e Maravilhas:
Todos os poderosos sinais e maravilhas devem ser feitos no nome de Jesus. Os discípulos
oraram:
“Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que
anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para
fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo
Jesus” (Atos 4.29-30).
Pregação e Ensino:
Jesus disse que todo o poder e autoridade foram dados a Ele e através deste poder Ele
comissionou a Seus discípulos a pregar e ensinar o evangelho em Seu nome:
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos
tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do
século” (Mateus 28.19-20).
“E lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre
os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento
para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém”
(Lucas 24.46-47).
Porque eles reconheceram o poder no nome de Jesus, os inimigos da mensagem do
Evangelho advertiram aos discípulos que...
“Mas, para que não haja maior divulgação entre o povo, ameacemo-los para não
mais falarem neste nome a quem quer que seja. Chamando-os, ordenaramlhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus”
(Atos 4.17-18).
Porém, Pedro respondeu:
“Pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos
4.20).
Os discípulos deram testemunho do poder de Deus. As coisas que eles haviam visto e haviam
ouvido no nome de Jesus foram uma poderosa força levando-os a cumprir seus ministérios.
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Você não somente deve ensinar EM o nome de Jesus, você deve ensinar SOBRE esse nome:
“Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de
Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como
mulheres” (Atos 8.12).
Batismo:
Os novos convertidos devem ser batizados em água em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo:
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).
“Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus” (Atos 19.5).
Sobre a base desse nome, os crentes recebem o dom do Espírito Santo:
“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome
de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do
Espírito Santo” (Atos 2.38).
PARA EXPULSAR DEMÔNIOS:
Demônios ou diabos são os anjos de Satanás. Anteriormente eles eram os anjos de Deus, mas
se uniram a Satanás na rebelião contra Deus. Eles são agora parte das forças de Satanás
ativas na terra de muitas maneiras malignas.
Os demônios podem entrar nos incrédulos e realmente podem possuí-os. Os poderes
demoníacos podem oprimir aos crentes, porém não os possui. Seus poderes Satânicos devem
ser quebrados em o nome de Jesus:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas” (Marcos 16.17).
Quando Paulo se confrontou com um demônio que possuía uma mulher, Ele disse ao espírito:
“Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao
espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na
mesma hora, saiu” (Atos 16.18).
PARA MINISTRAR NO ESPÍRITO SANTO:
O Espírito Santo foi dado em o nome de Jesus:
“Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”
(João 14.26).
Falar com novas línguas através do Espírito Santo se usa como um exemplo de Seus vários
ministérios neste versículo:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas” (Marcos 16.17).
Todos os poderosos dons do Espírito Santo devem operar em o nome de Jesus. O dom de
línguas é somente um dos muitos dons espirituais. Ele é usado aqui como representante de
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todos os ministérios do Espírito Santo visto que ele foi o primeiro experimentado quando o
Espírito Santo foi dado.
PARA CURAR:
O nome de Jesus deve ser usado para ministrar a cura àqueles que estão enfermos:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa
mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos,
eles ficarão curados” (Marcos 16.17-18).
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam
oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor” (Tiago 5.14).
Quando Jesus morreu na cruz, Ele não somente sofreu por seu pecado, porém através de Seu
sofrimento e morte, Ele obteve sua cura:
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.5).
“Para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo
tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mateus
8.17).
“Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para
que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas,
fostes sarados” (1 Pedro 2.24).
Por que é tão fácil aceitar a salvação do pecado através de Seu nome, porém difícil para nós
crermos na cura através do Seu nome?
Quando os discípulos encontraram a um homem coxo à porta do templo, Pedro disse:
“Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te
dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3.6).
Pedro conhecia o poder no nome de Jesus. Ele sabia que estava ali curando nesse nome. Ele
sabia que ele tinha a autoridade para usa esse nome – e como tinha! O poder por trás desse
nome havia sido delegado a ele por Jesus
Os fundos são importantes no trabalho do ministério, porém a falta de fundos não pode deter o
verdadeiro ministério do poder de Deus. Pedro e João não tinham nenhuma prata ou ouro,
porém eles continuaram ministrando através do poder do nome de Jesus.
Estes homens não tinham nenhum orçamento para anunciar seu ministério na cidade de
Jerusalém. Porém, a cidade inteira se deu conta dele através da demonstração do poder de
Deus. Você pode ler sobre isso em Atos 3 e 4.
Em muitos ministérios modernos, mais ênfase se coloca no levantamento de fundos do que no
poder do nome de Jesus. A importância das finanças no ministério é reconhecida, porém a
ênfase maior deve estar na demonstração do poder de Deus. O poder através do nome de
Jesus não é afetado pela presença ou ausência das finanças.
PARA PROTEÇÃO:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa
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mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos,
eles ficarão curados” (Marcos 16.17-18).
O apóstolo Paulo foi mordido por uma serpente venenosa e não se feriu. Você pode ler sobre
isso em Atos 28.
EM TUDO:
A Bíblia diz que tudo o que você fizer deve ser feito em o nome de Jesus:
“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor
Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.17).
Quando você faz tudo em o nome de Jesus, inclusive uma tarefa simples de servir, ela se torna
uma experiência espiritual poderosa. Você pode varrer o piso da igreja em o nome de Jesus.
Você pode preparar a comida para sua família no nome de Jesus. Não é verdade que O QUE
você faz é tão importante quanto o COMO você faz? É feito em o nome de Jesus?
SOFRENDO PELO NOME
“Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor.
Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a
minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por
causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou” (João
15.20-21).
Quando os discípulos sofreram devido ao evangelho:
“E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de
sofrer afrontas por esse Nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não
cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo” (Atos 5.41-42).
Os discípulos eram homens que arriscaram suas vidas pelo nome do Senhor:
“Pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, eleger alguns homens e enviá-os a
vós outros com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que têm exposto
a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Atos 15.25-26).
Ainda que Jesus prometeu proteção enquanto comprometidos no ministério, isto não
significava que os discípulos não sofreriam. Pedro, Paulo e Silas foram todos aprisionados.
Estes discípulos foram apedrejados e golpeados, e Paulo uma vez foi deixado para morrer
pelos inimigos do evangelho. Quando seus ministérios estavam terminados, a maioria dos
discípulos morreu como mártires por causa do Evangelho. O próprio Pedro, que foi
sobrenaturalmente libertado da prisão depois morreu por causa do evangelho.
Hebreus 11 conta as histórias de grandes homens e mulheres que foram libertados através da
fé. Porém, também registra as histórias daqueles que morreram na fé pelo evangelho quando
seus ministérios foram completados. Pedro nos diz:
“Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós
repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pedro 4.14).
REINANDO PELO NOME
Através do nome de Jesus, você se torna parte do Reino de Deus:
“Dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos
santos na luz. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o
reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1.12-13).
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Como parte do reino de Jesus, você recebe uma herança de poder para reinar em vida:
“Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que
recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio
de um só, a saber, Jesus Cristo” (Romanos 5.17).
Você deve reinar em vida através do nome de Jesus. Você deve reinar sobre as circunstâncias
negativas da vida através do nome de Jesus. Você deve reinar sobre todas as forças
poderosas do inimigo através do nome de Jesus!
A ÚLTIMA REFERÊNCIA
A referência bíblia final sobre o nome de Jesus se encontra no livro de Apocalipse. Fala do dia
quando os crentes estarão na presença de Seu Salvador no novo céu e na nova terra:
“Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro.
Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o
nome dele” (Apocalipse 22.3-4).
Esse nome que nós temos amado...
Esse nome que nós temos usado em autoridade para ministrar e em quem nós temos orado...
Esse nome pelo qual nós temos reinado em vida...
O NOME DE JESUS... Se tornará parte de nossa identidade por toda a eternidade.
A Autoridade do Nome de Jesus
Feitos herdeiros de Deus, recebemos por filiação seu Nome. Nome representado no homem
que conquistou a terra, venceu o império das trevas e despojou os principados. Nome exaltado
acima dos anjos. Que representa a história, a pessoa, a essência e o poder de Deus. Jesus
veio em Nome do Pai, venceu a morte e nos doou o seu Nome, nome de um herói, nome que
representa Domínio, Senhorio, Governo. Nome que nos torna embaixadores de Deus,
Manifestadores Autorizados do Poder de Deus, reconhecidos no céu e nas trevas. Nome
poderoso para dar a Vida Eterna. Através dos quais os milagres acontecem. Nome que nos
torna participantes da família de Deus.
Aprofundando a visão sobre o significado do Nome
Quando os povos da antigüidade entravam em guerra, procuravam de antemão conhecer o
nome próprio do adversário. Entendia-se que a força de um guerreiro estava ligada ao seu
nome. Por isso não era permitido pronunciar o nome de alguém numa batalha, e o nome
verdadeiro era a última coisa que alguém declarava para terceiros.
Os deuses possuíam nomes mágicos, ocultos aos seguidores, somente os sacerdotes
principais podiam conhecer alguns nomes. A pronúncia de um nome oculto era cercada de
cerimoniais. Citar o nome de um deus significava invocá-lo. Não há nenhum poder no nome de
nenhum tipo de divindade, entidade ou demônio. Mas essa visão mística ficou profundamente
gravada na consciência dos povos. Os espíritos malignos quiseram arrojar para si importância
irreal para suas personalidades. Invocavam para si a dignidade que um dia Deus concederia
SOMENTE a um único e excelso Nome, o Nome de Jesus. João arrebatado chora porque não
há na terra, embaixo dela ou nos céus quem seja Digno de abrir o livro dos julgamentos
divinos, o livro que também simboliza a posse da TERRA, a Escritura de todo o universo. Então
lhe é dito para não chorar porque existe alguém que possui a dignidade necessária para abrir o
livro.
Nos nomes das coisas se misturava sua essência, os nomes, na visão semita, eram parte de
alguém.
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As palavras em si continham poder. Todas elas. Daí as bênçãos e as maldições, as
imprecações. Amaldiçoar alguém era algo impressionante, causava terror, expectativa de
acontecimentos malignos.
Com a iluminação do Evangelho, contempla-se a estrutura espiritual escondida, verificando-se
que na prática há sempre um terceiro poder que coopera com o que se diz, seja ele terreno,
seja por parte do inferno ou por parte de Deus.
As palavras se revestem da autoridade de quem as profere, do conhecimento de quem as dita,
ou do poder a elas referenciado. A Palavra de um Governador, conforme a força de um
parlamento e de uma constituição, de um General, segundo as forças de seu exército, de um
Juiz, de acordo com as leis e a jurisprudência que lhe confirma o cargo, de um Médico,
conforme seu conhecimento e a luz dos diagnósticos dos equipamentos médicos, de um
Engenheiro, conforme seus cálculos matemáticos e sua experiência.
Um nome pode ter significado especial para alguém como de um grande amor, uma tremenda
paixão. A simples lembrança do nome do amado ou da amada faz acelerar o coração, queimar
o rosto.
Pode ter um significado histórico profundo: Holocausto, Hiroshima, Ditadura, Collor.
Pode evocar sentimentos: alegria, tristeza, dor, beleza. Airton Senna, Ana Paula Arósio.
Pode esconder segredos, mistérios, códigos: O dia D, desembarque na Normandia.
O nome pode designar o título, a graduação, a coroação, a postura, o cargo.
O nome de Jesus é daquele homem que foi coroado pelo sofrimento,
Feito maior e adorado pelos anjos
Reconhecido pelo inferno.
Coroado pela coragem
Condecorado com Autoridade infinita
Recompensado com todas as coisas pela obediência até a morte de cruz.
SE a questão se resumisse a deidade de Cristo, não teria ele mesmo, um nome separado. O
tempo todo ele diz que veio em nome do Pai. Na encarnação começa um grande mistério,
Deus conosco, Deus se somatiza com o homem. Uma das pessoas da trindade se faz carne, e
desta união, resulta a pessoa de Cristo. Há um homem em Deus. Deus se revestiu de carne,
habitou num corpo. A criança que nasce do ventre de Maria não é mais "somente" Deus, é
homem também. Jesus é o filho do homem, humano, finito, mortal. Sujeito a dor, ao medo, as
fraquezas inerentes a nossa condição. É nessa condição que Jesus alcança um glorioso nome,
conquista louvor, recebe uma alcunha. Um nome. A glória que alcança com a ajuda de seu
próprio esforço para salvação do homem. Satanás não foi vencido pela deidade de Cristo. O
foi pela sua humanidade perfeita. Deus não precisa vencer o mal. Basta uma ordem sua e este
deixaria de existir. Mas, foi a humanidade do messias, revestida da vontade divina, que lhe
trouxe eterna derrota.
Como prêmio Jesus recebeu (representando a humanidade):
As nações. Os homens, Os povos.
Apc 7:9
Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as
nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do
Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos;
A terra, os céus é tudo que neles há,
O governo sobre os anjos
O domínio sobre as Potestades
Os salvos, os santos
O governo sobre a terra
Col 1:16
Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis,
sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele
e para ele.
Apesar de tudo ser criado em Jesus Cristo, na eternidade, agora no homem Jesus, no Messias,
como Ungido, tudo lhe é CONFIRMADO.
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A ressurreição é esta declaração. Era para ele o mundo, e não para o inferno. Ele é o príncipe
que retoma o reino, o valente que expulsa os invasores do universo de Deus. O dono, o Senhor
da vinha. O título FILHO DO DEUS VIVO lhe é confirmado na ressurreição. Como se Deus
ordenasse para os céus e para a terra: Olhem! É VERDADEIRAMENTE MEU FILHO. É
VERDADEIRAMENTE SENHOR DO UNIVERSO. Isso é que significa "declarado filho de Deus
segundo o poder na ressurreição". É com base neste DECRETO DA RESSURREIÇÃO que se
estabelece a AUTORIDADE do Nome de Jesus.
Porque o Nome possui Autoridade
A Autoridade do Nome de Jesus se manifestava já no seu Ministério. Veja que não falei da
Autoridade de Jesus, que era notória, mas da Autoridade de seu nome. Somente com a
invocação do Nome, demônios fugiam. Os Apóstolos expulsavam demônios pelo nome de
Jesus, e os demônios lhes obedeciam. Semelhantemente, o Espírito de Deus outorga-nos a
condição de PORTADORES. Embaixadores, pessoas com DIREITO ao uso da Autoridade
encoberta pelo Nome.
Como ilustração menor, posso considerar que (*) Por detrás da invocação do
Nome de Jesus, existe a possibilidade da operação conjunta de até um trilhão de anjos,
(prontos para agir ao sussurro da voz de Deus. Não que ele não possa por si mesmo realizar
além do impossível.) Ou mais. Se o poderio de um homem pode ser medido pela força de
seu exército, então que este seja um exercício de sua capacidade de imaginar o poder
por trás do Nome de Jesus.
Calcule:
E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos;
e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares,
Quanto é a quantidade "milhão de milhão"? 1000.000 X 1000.000 = 1000.000.000.000.
Um trilhão.
E a quantidade milhões de milhões? Certamente maior.
Certas passagens bíblicas estão além da capacidade de raciocínio da época em que
foram escritas. Se a cifra significa somente um número incontável, mesmo assim, poderia
reescrever o que já foi dito (*) e declarar:
Por detrás da invocação do Nome de Jesus, existe uma incontável multidão de
anjos.
Ou mais.
A leitura bíblica do perfil de poder dos anjos é que os tais são "magníficos em poder".
Poderosíssimos. Uma multidão de seres poderosíssimos nos leva a uma bela visão de Poder
inimáginável. E diretamente ao versículo:
Sl:62:11:
Falou Deus uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus.
O nome de Jesus possui Autoridade porque Deus é capaz de responder à altura de nossa fé
neste Nome até os limites de seu poder.
O pano de fundo da Autoridade do Nome encobre na verdade:
A exposição da derrota das Potestades (Como o mal se estrutura de modo invisível aos
homens mas descoberto por Deus)
O nome de Jesus é o do único homem que venceu o pecado,
Do único homem que cumpriu a lei.
Do único que realizou toda a vontade de Deus.
Daquele que triunfou e expôs as potestades publicamente em vergonha.
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O significado de expor as potestades:
A morte de Cristo concorre com o maior desejo do diabo, matar a Deus. E configura sua maior
derrota. Na cruz são jogados no chão todos argumentos da sabedoria do maligno. Já não faz
sentido o reino das trevas. O mal é ridículo. A existência do mal é vã. SE Cristo continuasse
morto, pelo menos uma vitória parcial seria assegurada pelas trevas. Mas, nem isso aconteceu.
A Ressurreição é a declaração final de Deus:
Sl:62:11:
Falou Deus uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus.
Na ressurreição Deus declara que sua é a vida. Que a vida e a morte estão em suas mãos, que
se o sofrimento é permitido, que se existe reino de trevas, que se a morte é permitida e
operacionalizada pelas trevas, se o império da morte ainda subsiste, é por uma questão de
tempo. Na ressurreição é prenunciado o fim da morte. O fim da dor. O fim da enfermidade. Que
aquilo que o gafanhoto comeu, terá que ser restituído.
Joel:2:25:
E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu
grande exército que enviei contra vós.
Satanás perde o direito de perturbar, de governar, de dominar sobre os povos. As almas dos
homens são minhas, a vida é minha, este é o significado dos DESPOJOS de guerra.
Is:53:12:
Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto
derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o
pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
Derrotados os exércitos do inferno, pela FILIAÇÂO fomos EXALTADOS ao TRONO, a posição
de Autoridade em Cristo, o que nos tornou PODEROSOS. É de nós que fala este texto,
conosco que é repartido o despojo.
Col:2:14:
Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira
nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
Col:2:15:
E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si
mesmo.
Ester
No livro de Ester podemos ver de modo representado a derrota do inferno e sua humilhação.
O Resumo da história: Na época da dominação Persa sobre as terras bíblicas, os judeus já não
tinham um governo, mesmo um estado. Foram feitos vassalos de diversos povos. Uma jovem
israelita foi levada para o palácio de Assuero, na mesma época que um conselheiro do rei
consegue uma lei genocida que marcava uma data para extermínio de todos os remanescentes
judeus espalhados pelas províncias, por causa de uma "ofensa" a sua autoridade, na verdade,
a falta do reconhecimento de um judeu chamado Mardoqueu a sua alta posição. Pelo fato de
Mardoqueu não se ajoelhar diante dele, propôs por vingança simplesmente exterminar a todos
os judeus. Uma sucessão de acontecimentos frustra o plano do vilão que culmina na sua morte
trágica, pela coragem de uma princesa chamada Ester, a qual não sabia ser judia e na época a
mais querida do soberano.
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Seu ato de coragem foi que não sendo convidada, contra leis que concediam ao rei direito de
matá-la pela ousadia, se apresentou no pátio do jardim pertencente ao rei. O rei aceitou-a e
concedeu-lhe um desejo, um presente. Ela solicitou sua presença em dois banquetes e no
segundo lhe revelou o plano sórdido de Hamã o agagita que queria matar aos judeus sem
desconfiar que a predileta do rei também era judia, e que o homem que não se curvara diante
dele, Mardoqueu, era tio desta menina, tutor e conselheiro. Este trecho abaixo é o do final do
livro de Ester, quando o feitiço se volta contra o feiticeiro.
10 “Então disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma os trajes e o cavalo, como disseste, e faze
assim para com o judeu Mardoqueu, que está sentado à porta do rei; e não deixes falhar coisa
alguma de tudo quanto disseste.”
11 “Hamã, pois, tomou os trajes e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o fez andar montado pela
praça da cidade, e proclamou diante dele: Assim se faz ao homem a quem o rei se agrada
honrar!”
12 “Depois disto Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se recolheu a toda a
pressa para sua casa, lamentando-se e de cabeça coberta.”
Ester 7
1 “Entraram, pois, o rei e Hamã para se banquetearem com a rainha Ester.”
2 “Ainda outra vez disse o rei a Ester, no segundo dia, durante o banquete do vinho: Qual é a
tua petição, rainha Ester? e ser-te-á concedida; e qual é o teu rogo? Até metade do reino se te
dará.”
3 “Então respondeu a rainha Ester, e disse: Ó rei! se eu tenho alcançado o teu lavor, e se
parecer bem ao rei, seja-me concedida a minha vida, eis a minha petição, e o meu povo, eis o
meu rogo;”
4 “porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para sermos destruídos, mortos e exterminados;
se ainda por servos e por servas nos tivessem vendido, eu me teria calado, ainda que o
adversário não poderia ter compensado a perda do rei.”
5 “Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester: Quem é e onde está esse, cujo coração o
instigou a fazer assim?”
6 “Respondeu Ester: Um adversário e inimigo, este perverso Hamã! Então Hamã ficou
aterrorizado perante o rei e a rainha.”
7 “E o rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho e entrou no jardim do palácio; Hamã,
porém, ficou para rogar à rainha Ester pela sua vida, porque viu que já o mal lhe estava
determinado pelo rei.”
8 “Ora, o rei voltou do jardim do palácio à sala do banquete do vinho; e Hamã havia caído
prostrado sobre o leito em que estava Ester. Então disse o rei: Porventura quereria ele também
violar a rainha perante mim na minha própria casa? Ao sair essa palavra da boca do rei,
cobriram a Hamã o rosto.”
9 “Então disse Harbona, um dos eunucos que serviam diante do rei: Eis que a forca de
cinqüenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei,
está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o nela.”
10 “Enforcaram-no, pois, na forca que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei
se aplacou.”
Ester 8
4 “Então o rei estendeu para Ester o cetro de ouro. Ester, pois, levantou-se e, pondo-se em pé
diante do rei,”
11 “Nestas cartas o rei concedia aos judeus que havia em cada cidade que se reunissem e se
dispusessem para defenderem as suas vidas, e para destruírem, matarem e exterminarem
todas as forças do povo e da província que os quisessem assaltar, juntamente com os seus
pequeninos e suas mulheres, e que saqueassem os seus bens,”
13 “E uma cópia da carta, que seria divulgada como decreto em todas as províncias, foi
publicada entre todos os povos, para que os judeus estivessem preparados para aquele dia, a
fim de se vingarem dos seus inimigos.”
14 “Partiram, pois, os correios montados em ginetes que se usavam no serviço real,
apressados e impelidos pela ordem do rei; e foi proclamado o decreto em Susã, a capital.”
15 “Então Mardoqueu saiu da presença do rei, vestido de um traje real azul celeste e branco,
trazendo uma grande coroa de ouro, e um manto de linho fino e de púrpura; e a cidade de
Susã exultou e se alegrou.”
16 “E para os judeus houve luz e alegria, gozo e honra.”
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17 “Também em toda província, e em toda cidade, aonde chegava a ordem do rei e o seu
decreto, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e festas; e muitos, dentre os povos da
terra, se fizeram judeus, pois o medo dos judeus tinha caído sobre eles.”
Ester 9
1 “Ora, no duodécimo mês, que é o mês de adar, no dia treze do mês, em que a ordem do rei e
o seu decreto estavam para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam
assenhorar-se deles, sucedeu o contrário, de modo que os judeus foram os que se
assenhorearam dos que os odiavam.”
2 “Ajuntaram-se, pois os judeus nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, para
pôr as mãos naqueles que procuravam o seu mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o
medo deles caíra sobre todos aqueles povos.”
3 “E todos os príncipes das províncias, os sátrapas, os governadores e os que executavam os
negócios do rei auxiliavam aos judeus, porque tinha caído sobre eles o medo de Mardoqueu.”
4 “Pois Mardoqueu era grande na casa do rei, e a sua fama se espalhava por todas as
províncias, porque o homem se ia tornando cada vez mais poderoso.”
5 “Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos a golpes de espada, matando-os e
destruindo-os; e aos que os odiavam trataram como quiseram.”
13 “Respondeu Ester: Se parecer bem ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã
que façam ainda amanhã conforme o decreto de hoje; e que os dez filhos de Hamã sejam
pendurados na forca.”
14 “Então o rei mandou que assim se fizesse; e foi publicado um edito em Susã, e os dez filhos
de Hamã foram dependurados.”
16 “Da mesma sorte os demais judeus que se achavam nas províncias do rei se reuniram e se
dispuseram em defesa das suas vidas, e tiveram repouso dos seus inimigos, matando dos que
os odiavam setenta e cinco mil; porém ao despojo não estenderam a mão.”
29 “Então a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mardoqueu escreveram cartas com toda a
autoridade para confirmar esta segunda carta a respeito de Purim,”
14 Então o rei mandou que assim se fizesse; e foi publicado um edito em Susã, e os dez filhos
de Hamã foram dependurados.
Cristo venceu o mundo, venceu a cruz, a mentira, a dor, a opressão, o pecado e por fim de
modo triunfal, a "dona" morte. Este triunfo repercutiu em todas as esferas da existência. Em
todas as dimensões, em toda a eternidade. O filho de carpinteiro, nascido de mulher,
descendente de Adão, judeu, morador de uma cidadezinha, um vilarejo do interior, triunfou
sobre TUDO QUE AS TREVAS PUDERAM REALIZAR PARA IMPEDI-LO DE TRIUNFAR.
TUDO O QUE SATANÁS POSSUÍA, TODA SUA SABEDORIA MALIGNA, SEU PODER
POLÍTICO, O APOIO DAS MASSAS (CRUCIFICA-O!), A CRUELDADE HUMANA, SUA
INGRATIDÃO, ASSIM COMO TENTANDO-O ATRAVÉS DO SEU CORPO HUMANO,
ENFERMO COM OS DESEJOS E PAIXÕES HUMANOS, PELA CONFUSÃO DA SUA MENTE
E OS ATAQUES FINAIS NO GETSAMANI E NA CRUZ; TUDO EM VÃO.
A humilhação das potestades e o triunfo de Cristo significa que ele:
Expôs o plano de Satanás.
Expôs o sistema mundano, corrupto, vão, o declarando falido.
Expôs a mentira, a vã filosofia, a falsa religião, a falsa sabedoria, a falsa base de valores
segundo o inferno.
Expôs o pecado, Recusou-o, preteriu-lhe, declarou com a vida que a santidade é possível, que
não é necessário pecar para viver.
Expôs o mistério da obediência, a grandeza divina oculta por detrás de seus atos, acima de
seu Divindade, acima de sua Soberania. Deus maior que seu poder, disposto a fazer o que
ordena, e até morrer por aquilo em que considera o correto.
Sl:119:88:
Vivifica-me segundo a tua benignidade; assim guardarei o testemunho da tua boca.
Pv:7:24:
51
Agora pois, filhos, dai-me ouvidos, e estai atentos às palavras da minha boca.
Este Nome é reconhecido em todo o universo. Todos os demônios tremem quando ele é
invocado. Invocar o Nome de Jesus significa reconhecer sua Obra, significa ser participante da
família de Deus, que na terra toma sua alcunha. O nome representa a pessoa. Jesus, nosso
senhor está assentado a direita de Deus nas regiões celestiais. Fisicamente, é ali que ele se
encontra. Quando você invoca o nome de Jesus, é como se fisicamente, Jesus estivesse
presente. Você é seu representante legal para destruição das obras de Satanás. Você é o
canal, pelo qual haverá de fluir o poder para libertação de vidas. O nome de Jesus não pode
ser invocado por magos, por satanistas, pelo homem do mundo, por crentes incrédulos, por
falsa teologia, pela religião, pelo homem sem fé, por aquele que não é convertido, por aquele
que não nasceu de novo. Pertence a igreja de Deus, aos santos, aos regenerados.
EM SEXTO LUGAR – Conhecer e usar a realidade dos dons espirituais
Sem a manifestação dos dons de modo pleno, incentivado, buscado de modo ardente pelo
Corpo, não existem instrumentos que possibilitem alicerçar qualquer confronto com os poderes
do inferno.
Os nove dons Espirituais
"acontecerá que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne;
os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão;
os vossos velhos serão instruídos por sonhos,
e os vossos jovens terão visões.
Derramarei também naqueles dias o meu Espírito
sobre os meus servos e as minhas servas.
Joel era um profeta, e sabia que o que estava sendo prometido é que incontável número de
pessoas se tornaria como ele era. Sentiria o que ele sentia. Perceberia a eternidade com os
olhos de um profeta. Esse sonho era aos seus olhos quase uma fantasia. Essa profecia sobre
sonhos era na verdade, talvez, o maior sonho que um profeta, gostaria de viver.
Uma nação de profetas. Nada era mais solitário que a vida de um profeta. Apanhar pela
manhã, ser escurraçado de tarde, tido como louco ao anoitecer. Ora se escondendo em
cavernas, ora jogado no calabouço. Uma profissão ingrata. Jesus fala dos túmulos
ornamentados da maioria de seus profetas. E fala com muita indignação. Nenhum profeta
deixou descendência. Não ouvimos falar dos filhos de Samuel, ou de Ezequiel ou de Daniel. Não
havia na época de Jesus ninguém que descendesse de Joel, ou de Zacarias, ou de Habacuque.
Jamais ouviremos falar da descendência de Isaías. O último profeta do Velho Testamento era
primo de Jesus. João Batista morre ainda nos seis primeiros meses do ministério de Jesus.
Então, veja o tamanho do sonho. Perceba a grandeza da afirmação. E compreenda o preço que
foi pago, para que hoje a igreja pudesse viver esse sonho. A profecia é um decreto, uma lei, é
imprescritível, inalienável, e dona até do próprio tempo. Vivemos hoje sobre a sombra, sobre o
direito, sobre o cuidado, sobre a força, e sobre o decreto que Joel anunciou. A profecia se
cumpre, cada manhã, cada dia, cada momento, desde a manhã em que Jesus entrou no
tabernáculo celestial, apresentando-se como nosso sacerdote e intercessor. Desde que o
Espírito Santo desceu e soprou sobre a igreja primitiva, transformando-a no Corpo de Cristo.
Debaixo dessa profecia vivemos e sob seu domínio talvez venhamos a morrer, se
Jesus não retornar enquanto vivermos. Resta então vivermos o sonho, abrindo o coração e
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recebendo, gratuitamente, o fruto do esforço de uma nobre geração de profetas, incluindo
entre eles, o maior de todos, nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, que ressuscitou dos mortos
para honrar as promessas feitas a todos os seus servos, os profetas. Incluindo Joel.
As nove áreas principais
Os dons se delineiam em 9 áreas principais, em nove dimensões da operação divina por
intermédio do Espírito Santo, nove aspectos de sua operação na humanidade. Elas não
abrangem a totalidade do que é o Espírito Santo, nem da totalidade do que ele é Capaz de
realizar. Mas, é o SUPRIMENTO SOBRENATURAL que Deus vê como suficiente para o
crescimento de sua Igreja. I Co 12 nos apresenta essas nove dimensões reveladas do poder do
espírito de Deus compartilhadas com a igreja de Cristo:
Palavra de Sabedoria:
Sabedoria sobrenatural que é o como fazer de Deus em situações além de sua
capacidade pensante. São procedimentos de vida revelados pelo Espírito de Deus. Esse dom
ensina a viver segundo o Espírito de Deus. Ele capacita você a entender revelações, discernir
sonhos, interpretar parábolas, entender profundamente fatos das Escrituras, interpretar de
forma correta visões. Esse dom diz qual é o momento para se realizar uma determinada coisa
espiritual, e qual a melhor maneira. Ele te dá compreensão de coisas espirituais, de acordo com
a vontade de Deus e a necessidade de certos momentos. É o dom que capacita você a ensinar.
A exortar. O dom que capacita você a aprender coisas profundas e espirituais. Que trás
MATURIDADE ESPIRITUAL AO CRENTE EM CRISTO. É o dom que guarda o coração do engano,
do engodo. Ele destrói SOFISMAS. Ele estabelece e uniformiza o caráter das revelações do
Espírito dado a Igreja.
Exemplos: A interpretação do Sonho de Nabucodonozor, O enigma de Sansão, todos os
provérbios (que são Palavras de Sabedoria), Atitudes proféticas orientadas por Deus com intuito
de ensinar a Palavra (Jeremias comprando um campo na época do sítio de Jerusalém). QUASE
TUDO QUE JESUS FALOU SÃO PALAVRAS DE SABEDORIA (Tem coisa dita por Jesus que é
Palavra de Conhecimento e tem coisa que é Profecia). Aquela cena de Jesus e a adultera,
quando está escrevendo no chão; A cena de Jesus e a questão do imposto com Pedro (o peixe
e a moeda); a cena de Jesus e a moeda de César, a cena de Jesus na casa do fariseu e da
pecadora que lava seus pés com lágrimas, sua parábola para resgatar o coração do fariseu, etc.
Como não falar da mais conhecida e espetacular Palavra de Sabedoria de todos os tempos:
15 E acordou Salomão, e eis que era sonho. E indo a Jerusalém, pôs-se perante a arca
da aliança do SENHOR, e sacrificou holocausto, e preparou sacrifícios pacíficos, e fez um
banquete a todos os seus servos.
16 Então vieram duas mulheres prostitutas ao rei, e se puseram perante ele.
17 E disse-lhe uma das mulheres: Ah! senhor meu, eu e esta mulher moramos numa
casa; e tive um filho, estando com ela naquela casa.
18 E sucedeu que, ao terceiro dia, depois do meu parto, teve um filho também esta
mulher; estávamos juntas; nenhum estranho estava conosco na casa; somente nós duas
naquela casa.
19 E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele.
20 E levantou-se à meia noite, e tirou o meu filho do meu lado, enquanto dormia a tua
serva, e o deitou no seu seio; e a seu filho morto deitou no meu seio.
21 E, levantando-me eu pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis que estava
morto; mas, atentando pela manhã para ele, eis que não era meu filho, que eu havia tido.
22 Então disse à outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto. Porém
esta disse: Não, por certo, o morto é teu filho, e meu filho o vivo. Assim falaram perante o rei.
23 Então disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho o morto; e esta
outra diz: Não, por certo, o morto é teu filho e meu filho o vivo.
24 Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante do rei.
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25 E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo; e dai metade a uma, e metade a
outra.
26 Mas a mulher, cujo filho era o vivo, falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe
enterneceram por seu filho), e disse: Ah! senhor meu, dai-lhe o menino vivo, e de modo
nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem teu nem meu seja; dividi-o.
27 Então respondeu o rei, e disse: Dai a esta o menino vivo, e de maneira nenhuma o
mateis, porque esta é sua mãe.
E todo o Israel ouviu o juízo que havia dado o rei, e temeu ao rei; porque viram que
havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça.
Resumo :
Palavra de Sabedoria é o dom que auxilia no entendimento de visões, revelações,
enigmas e mistérios divinos, assim como concede a igreja o “como” aplicar as Escrituras,
“como” aplicar revelações, discernir profecias, e aplicar no MOMENTO DEVIDO as atitudes e
ações corretas que contribuem para a edificação geral, ou para salvação de alguém num
momento de angústia, de perigo, de necessidade.
Ele é concedido para ensinar de modo profundo realidades espirituais, e em situações
de necessidade, para preservar a vida, relacionamentos e bens. Ela é semelhante, numa
comparação, a inspiração do cientista, do artista, do músico, que também é um presente de
Deus, para criação, composição, descoberta, num parecer jurídico, numa decisão judicial.
Poderia ousadamente, dizer que a civilização é fruto de palavras de Sabedoria dadas ao
homem, em que Deus por sua graça, encaminhou a humanidade para um final feliz,
infelizmente... As trevas também colocaram seus falsos mestres com sua falsa sabedoria...
Palavra de Conhecimento
A Palavra de Conhecimento é o dom através do qual Deus revela o que é segredo. O
que está oculto, escondido dos olhos humanos. Seja porque é um pensamento de outra pessoa,
um sonho, uma visão, um sentimento, uma percepção, um plano, uma situação familiar,
pessoal. Algo que alguém não quer contar por causa das implicações que irá gerar tal
revelação. O dom encobre um princípio geral do Reino de Deus:
A Verdade.
Acostumamos-nos com a arte de dissimular, de encobrir, de guardar nossas dores,
camuflar sentimentos e, sobretudo, de não compartilhar com ninguém nossos mais profundos
desejos, ou anseios. Desde o jardim do Éden tem sido assim. Vivemos nos escondendo com
medo, com vergonha, preocupados. A regeneração causada pelo Espírito Santo nos leva a uma
situação semelhante a que deseja de seus anjos. Representado até no ocorre com o corpo dos
anjos em determinadas situações:
A DE SERMOS TRANSPARENTES.
Reais. Sinceros. Corretos. De haver um compromisso entre o que somos e o que
dizemos. Entre o que sentimos e o que expressamos.
Que A verdade é vital para o Reino, o Espírito Santo já deixou expresso lá em Atos:
CAPÍTULO 5
1 MAS um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma
propriedade,
2 E reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a
depositou aos pés dos apóstolos.
3 Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que
mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?
4 Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que
formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
5 E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre
todos os que isto ouviram.
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6 E, levantando-se os moços, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o
sepultaram.
A mentira é proibida aos filhos do Reino, pois fomos chamados para sermos filhos da
verdade. Esse trecho acima é o exemplo claro de uma Palavra de Conhecimento dado a Igreja,
seguido de uma operação de prodígios (a morte de modo sobrenatural de Ananias).
O dom de Palavra de Conhecimento é a ferramenta para alertar a Igreja de
uma situação de perigo iminente, ou para auxiliar os Pastores a solução de
situações ocultas que TEM QUE SER TRATADAS para que a UNÇÃO não seja interrompida
nos cultos e na vida de comunhão da Igreja. Pela Palavra de Conhecimento, desastres serão
impedidos, desafetos serão reconciliados, lares serão restaurados, e danos materiais podem ser
evitados.
Outra questão da Palavra de Conhecimento é trazer a luz realidades espirituais
desconhecidas, abrir novas frentes de conhecimento das Escrituras, das coisas do Espírito
Santo, Fatos profundos e tremendos sobre os dons, sobre a Unção, sobre a Autoridade em
Cristo, sobre a Fé, sobre Oração, etc.
A igreja não tem como crescer no Conhecimento em diversas áreas de sua vida sem a
Palavra de Conhecimento. O Ensino na Igreja sem o auxílio deste dom é infrutífero. Existe uma
lenda evangélica que diz que o básico é o suficiente e que o novo é perigoso. Na maior parte
das igrejas o que domina é um evangelho sem profundidade, cansativo, repetido por diversos
anos em função do DESPREZO que as denominações possuem pelo dom de Palavra de
Conhecimento. Eu tenho aprendido que SE O ENSINO DE UMA IGREJA NÃO ESTIVER
RESPALDADO POR REVELAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO E POR UMA RENOVAÇÃO E
APROFUNDAMENTO CONSTANTE NO ENSINO DAS ESCRITURAS, ASSIM COMO NO ENSINO DE
COISAS ESPIRITUAIS, A IGREJA morre DE INANIÇÃO.
Exortação espetacular. Preste atenção no que eu vou dizer.
Ignora-se nas igrejas o ensino sobre a vida no Espírito Santo. Pouco se sabe e
menos se ensina sobre a unção, sobre os dons, sobre a vida debaixo dos dons. A igreja não
desenvolve encontros para crescimento dos dons espirituais, para desenvolvimento das
capacitações proféticas da igreja, para encorajamento dos adolescentes na instrumentalidade
dos dons, para fortalecimento dos jovens da manifestação da profecia, para consolidação nos
adultos das interpretações, discernimentos, entendimentos.
Modos de administração da Palavra de Conhecimento
A palavra de Conhecimento pode ser ministrada através de:
a) Interpretação em línguas;
Durante uma interpretação Deus revela uma situação oculta, algo que está dentro do
coração de determinada pessoa, para que se firme uma atitude ou afaste-a de uma situação.
b) Visões;
As Escrituras são marcadas, salpicadas de exemplos de Palavras de Conhecimento
dadas em visões. Toda vez que Deus mostra QUALQUER OBJETO, é uma Palavra de
Conhecimento. Toda vez que após mostrar algo é dada em seguida ou deve ser buscada uma
explicação.
c) Revelações;
Normalmente faladas, interiores, assemelhando-se com o nosso pensamento
55
d) Sonhos; São visões e revelações trazidas em sonhos.
e) Pregações ungidas, ou profetizar;
Deus revelando através da pregação, muitas vezes sem que o pregador se aperceba, de
uma situação a qual ele não teve acesso anteriormente.
f)
Leitura e Estudo das Escrituras;
Na medida da meditação nas Escrituras, coisas assombrosas são reveladas a nós pelo
Espírito Santo, abrindo-nos o entendimento de fatos que nos eram desconhecidos.
g) Por sinais, prodígios e maravilhas;
Deus opera sinais para nos revelar aspectos de sua graça, poder, vontade, autoridade.
h) Por situações humanas ou naturais reinterpretadas pelo Espírito Santo;
O Espírito Santo nos constrange a pensarmos em determinada situação, filme,
acontecimento histórico, situação familiar, leitura de livro, acontecimento no trabalho, trabalho
escolar, e neles encontramos paralelos profundos com verdades da Escritura, de profundo valor
para nosso crescimento.
i) Por intermédio de discernimento de espíritos
São revelações trazidas por meio de anjos, em visões com os olhos abertos, em
arrebatamentos, em situações proféticas em que espíritos de Profetas (pessoas que possuem o
ministério de PROFETA) são conduzidos espiritualmente até lugares e pessoas em outros locais,
no instante em que ocorre o fato, no instante em que OCORREU, ou para o futuro (já como
Profecia).
Observação:
A questão de Deus mostrar o passado a um Profeta é para que ele possa compreender o
presente de determinada situação com CONVICÇÃO. Em determinadas situações um profeta só
terá coragem de dizer algo se tiver VISTO o que aconteceu. Questões inerentes a nossa
humanidade.
Sobre a falta de clareza de uma Palavra de Conhecimento
Nem sempre uma Palavra de Conhecimento é clara. Visões por Palavras de
Conhecimento não vem acompanhadas necessariamente de seu ENTENDIMENTO. Vê-se uma
mulher com asas de águia, um anjo derramando um cântaro, um anjo colocando flores sobre o
púlpito, um pardal pousando a cabeça de alguém, uma pomba voando sobre determinado
lugar, anjos que trazem vestimentas, pessoas vestidas com vestes de guerra, vê-se um exército
com armaduras flamejantes, seres com pernas semelhantes ao fogo, com quatro rostos. Sonhase com duas vacas magras comendo sete vacas gordas. Um anjo te entrega um livro e te
manda comer. Você vê doze estrelas, o sol e a lua vindo em sua direção, um dragão que parece
uma serpente com asas voando sobre um ovo, uma prostituta com um cálice com coisas
imundas, um lençol cheio de animais que você não come, um anjo tão alto que suas asas
cobrem os céus, sonha-se com um pão feito de cevada, quente e torrado caindo sobre
uma multidão de soldados. Uma espada cravada na terra, a mão de um homem
56
transformada em martelo enquanto ora. Faz-se necessário SEMPRE o DISCERNIMENTO
DAS VISÕES E DAS REVELAÇÕES com o auxílio do dom Palavra de Sabedoria.
Não se despreza uma visão por não poder ser entendida num primeiro momento.
Determinadas visões, assim como certas revelações, só podem ser plenamente conhecidas em
seu CUMPRIMENTO. O trecho de Isaías, capítulo 53, Salmo 22, Salmo 110, etc. possuem
Palavras de Conhecimento sobre a pessoa de Cristo que somente seu ministério pôde decifrar.
Como entender de antemão que o ungido de Deus seria torturado? Muita das coisas que os
profetas viram não era para eles inteligível.
A Palavra de Conhecimento trás para a Igreja, enigmas, parábolas, provérbios,
comparações espirituais, para o crescimento da Sabedoria da Igreja. Para que ela se torne
apta a discernir coisas Espirituais. Por isso é importante guardá-las, anotá-las, buscar em Deus
a interpretação do fato trazido pela Palavra de Conhecimento. Em alguns momentos o simples
fato de Deus trazer a luz alguma situação já será o bastante para entendermos o que está
acontecendo. Outras vezes DEUS REVELARÁ COISAS OCULTAS para sua Igreja para que
APENAS as pessoas envolvidas ENTENDAM e façam o que deve ser feito. Não é de domínio
público. Não se expõe pessoas a situações de frustração e vergonha, não se trata de problemas
de foro íntimo em nenhuma circunstancia além do círculo das pessoas envolvidas e poucas
pessoas de confiança ministerial.
A outra questão da Palavra de Conhecimento é auxiliar aos obreiros a tomarem atitudes
corretas sobre situações erradas que lhe são ocultas. Praticam coisas inadequadas ao culto e à
comunhão e não se dão conta disso.
O caminho normal da Palavra de Conhecimento, no entanto é a REVELAÇÃO interior,
onde o Espírito Santo fala ao coração humano de modo verbal, usando a voz interior humana,
como seus próprios pensamentos, para revelar algo que está oculto.
Quando acontece de um homem OUVIR, externamente a ele, a voz de um anjo, tal fato
acontece com apoio de outro dom, o de discernimento de espíritos.
Advertência.
Lembre-se deste capítulo antes de jogar na lama seu ministério por não dar ouvidos
a uma Palavra de Conhecimento pelo simples fato de que você entende que: Basta
não entender alguma coisa para não considerá-la como genuína manifestação do Espírito de
Deus.
Agora, se este conselho não servir, rasgue uns sete capítulos de Apocalipse, quatro de
Ezequiel e pelo menos uns vinte dos Profetas Menores e jogue fora de sua Bíblia. Não irão fazer
diferença para seu ministério.
Profecia
A Palavra Profética ou Profecia é o dom através do qual Deus gera, realiza, consolida e
nos revela o futuro, as coisas que haverão de acontecer, ou que poderão acontecer. A profecia
tem o poder de moldar o futuro. Ela cria o futuro. Ela estabelece o futuro. Nenhum
homem cria ou gera a profecia. Só podemos profetizar coisas que sejam oriundas do
coração de Deus, as quais ele já tenha estabelecido como seu desejo, expressão de
sua vontade. A profecia é entregue por homens ou anjos, que na verdade são
PORTADORES, não seus autores. Nenhuma Profecia jamais teve autoria humana.
A profecia é um mistério, ela é uma capacitação ou atributo divino, muito mais que um
dom, ela é mais que um poder, ela é tão importante nessa época na qual vivemos, que
antecede a nova criação, como a própria fé.
Para entender o conceito de profecia, devemos entender que ela possui várias nuances,
ela incorpora muitos significados.
57
1) Ela age como uma lei, ou como um decreto. Algo irá acontecer a partir de sua
promulgação, que é o seu anúncio feito por profetas, pelo próprio Senhor, pelo Pai
ou por anjos. Para exemplifica, imagine a criação de um grande empreendimento
imobiliário. Ele inicia com um projeto, onde serão definidos a arquitetura, o valor do
edifício, a tecnologia de construção. Mas a construção propriamente dita necessita
de um CONTRATO ou CARTA DE AUTORIZAÇÂO, que é um documento legal que
formaliza os RECURSOS FINACEIROS para início do empreendimento. Antes deste
documento, ou dessa autorização, o projeto é só um sonho, uma imagem na mente
dos seus idealizadores. Pontes, prédios, urbanismo, campanhas publicitárias,
guerras, etc., só tem início a partir de um documento que agirá como AVAL sem o
qual não há como a situação acontecer. Quando uma profecia é dada por Deus a
um mensageiro, a partir dela será construído o futuro, e recursos celestiais estarão
cooperando (o Poder de Deus e a operação angélica) para que o que foi dito se
torne realidade. E o futuro e o tempo se SUBMETEM por assim dizer, à autoridade
da profecia. Se a palavra profética vier com uma condição instituída por DEUS,
[Mat 18:3 - E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e
não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos
céus. Jo 8:51 - Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar
a minha palavra, nunca verá a morte.] é esta CONDIÇÃO que DEFINIRÁ o que
acontecerá no futuro, porque a própria eternidade se submete a PROFECIA. Ou
seja, para determinados eventos proféticos, os céus aguardarão a resposta
humana, o posicionamento humano, para darem curso à ação divina,
desde que de ANTEMÃO Deus tenha declarado que fará deste modo.
2) A Profecia é também uma PROMESSA, feita por Deus. Deus cumpre o que promete,
mesmo que haja OPOSIÇÃO ao cumprimento da promessa. Deus possui um
compromisso com sua Palavra. A Profecia das Escrituras, tanto quanto a palavra
profética dada pelo Espírito Santo, em qualquer época da história da igreja, terão o
mesmo respaldo diante de Deus. O que o Espírito fala será cumprido, tanto quanto
se cumpriu tudo o que foi profetizado nas Escrituras.
Rom 4:16 - Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a
promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas
também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós,
Rom 9:9 - Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e
Sara terá um filho.
Gal 3:17 - Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por
Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida,
de forma a abolir a promessa.
Houve inclusive época em que toda a palavra escrita era somente a palavra do
Espírito de Deus na boca de seus profetas, no coração de seus ungidos. Esse
conceito é profundo, mostrando a importância do que Paulo denomina MINISTÉRIO
DO ESPÍRITO SANTO.
Para que não houvesse a falsificação da revelação divina, para que a igreja fosse
preservada do erro, Deus selou a principal parte de sua revelação nos
Escritos do Velho e Novo testamento, no cânone bíblico, ordenando que toda
revelação, inspiração, conhecimento, discernimento espiritual que venha de modo
REVELACIONAL seja passada pela PENEIRA da palavra escrita, de modo que
JAMAIS HAVERÃO NOVAS REVELAÇÕES QUE CONTRADIGAM AS
ESCRITURAS. Se isso acontecesse, o Espírito santo estaria CONTRADIZENDO A SI
MESMO. Nenhuma profecia agora ou nunca, será contrária aquilo que Deus já
revelou a seu próprio respeito. Toda profecia, revelação, doutrina que entre em
contradição com as Escrituras, é por definição divina, FALSA. Tudo que diz respeito
a Deus, inclusive seus mistérios, podem nos ser dados a conhecer, se assim Deus o
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permitir. Deus continua revelando seus mistérios, continua renovando nosso
entendimento sobre sua Palavra, podendo efetivamente até mostrar coisas que
ainda NÃO FORAM MOSTRADAS PELAS ESCRITURAS, desde que haja SUBMISSÂO
entre o novo que está sendo revelado e aquilo que já foi revelado. Quando mais
Deus revelar de si mesmo, de sua obra, de seus valores, de seus planos futuros,
sob seu poder, maior convicção nas ESCRITURAS será concedido à igreja, Assim
também, crescimento no conhecimento de Cristo e de sua obra redentora, de sua
deidade, sobre sua autoridade, sobre sua eternidade, sobre seu reino. O ENSINO
TEOLÓGICO SOBRE fechamento do cânon, É CONTRÁRIO AO QUE AS
ESCRITURAS AFIRMAM SOBRE A MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO. A teoria do
fechamento ou finalização’ serviu para que gerações de teólogos preservassem o
caráter de QUERIGMA das Escrituras, sua posição de textos sagrados, assim como
a unidade de textos inspirados e tidos como revelação plena, completa, suficiente e
soberana de Deus. Dezenas de vezes homens tentaram usurpar a AUTORIDADE
das Escrituras substituindo-a por decretos, declarações, doutrinas ou tradição
religiosa. No momento que tais homens insinuaram que seus posicionamentos eram
equivalentes aos textos sagrados, poderiam exercer domínio ilimitado sobre a
congregação a eles submissa. Houve também um segundo nível de heresia em que
uma vez com essa prerrogativa, pessoas tornaram-se os intérpretes autorizados,
com exclusividade para interpretar ao seu bel prazer os textos das Escrituras. Num
terceiro patamar, na época de trevas religiosas, até mesmo o contato com trechos
das Escrituras nas línguas natais foi proibida aos crentes de grande parte da terra.
Mas o posicionamento de que Deus não concede revelações, ou de que anjos não
possam comunicar realidades espirituais, ou que TODA REVELAÇÃO DIVINA JÁ FOI
PROFERIDA é FANTASIOSA. O caráter sacrossanto das Escrituras não pode ser
mantido por ESTA mentira. A MESMA PREMISSA tem sido utilizada para negação
dos dons espirituais através da INFELIZ interpretação do texto de I CO 13:
9: Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10: Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte
será aniquilado.
Foi só declarar que a entrega do Canon, e o fechamento das Escrituras com o livro
de Apocalipse, representa o significado de “vier aquilo que é perfeito” e pronto,
aniquilaram os dons espirituais da igreja de Cristo. Ou seja, teologia a
serviço do inferno. Os teólogos incrédulos são a maior praga a videira de Deus. São
raposas entre as vinhas, agem como Escribas e Fariseus modernos, aspirantes a
profetas plenos da Sinagoga de Satanás porque ousam INVALIDAR as Escrituras,
batalhando contra a profecia que o próprio Espírito Santo concedeu: Anular o poder
de Deus na igreja de Cristo por interpretação maligna das Escrituras é o ato de
maior DESERVIÇO que um indivíduo pode prestar ao reino de Deus.
"acontecerá que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne;
os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão;
os vossos velhos serão instruídos por sonhos,
e os vossos jovens terão visões.
Derramarei também naqueles dias o meu Espírito
sobre os meus servos e as minhas servas.
Voltando ao assunto, a verdade PLENA sobre a não aceitação de revelações divinas
HOJE, sobre NÃO CONSIDERAR O QUE O ESPÍRITO SANTO TEM REVELADO
ATUALMENTE, TEM DINAMITADO A POSSIBILIDADE de crescimento no
conhecimento das Escrituras.
Uma nova ditadura foi criada, a ditadura teológica, e mais uma vez a interpretação
das escrituras foi delegada a outros intérpretes que agem em relação às
59
revelações, as visões, as manifestações espirituais, ao conhecimento revelado dado
pelo Espírito, do mesmo modo que o papado agia em relação a interpretação
correta das Escrituras.
O significado de EMANUEL é que DEUS HABITARIA COM SEU POVO, que CRISTO
ATRAVÉS DO SEU ESPÍRITO STARIA PRESENTE, ENSINADO, REVELANDO,
EXORTANDO, EDIFICANDO E CONSOLANDO. Essas funções são SOBRENATURAIS,
ESSENCIALMENTE RELACIONADAS AO MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO.
Há, portanto, para a igreja o ensino revelado, a orientação espiritual, as instruções
e mandamentos dados DIRETAMENTE à igreja pelo Espírito de Deus. Negar isso é
negar FRONTALMENTE ao Espírito de Deus.
A profecia trabalha contra continuamente contra forte vento contrário. Quanto
maior a profecia, maior será o confronto quanto ao poder dos principados malignos.
Para que a profecia se cumpra Deus manifesta FORÇA, se opõe contra toda
oposição, destrói as forças contrárias, estabelece mediante sua força o que seu
coração determinou.
Sal 62:11 - Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a
Deus.
3) A Profecia age como um oráculo é assim denominada nas Escrituras.
Rom 3:2 - Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiados os
oráculos de Deus.
2Cr 24:27 - Ora, quanto a seus filhos, e ao grande número de oráculos
pronunciados contra ele, e à restauração da casa de Deus, eis que estão escritos no
comentário do livro dos reis. E Amazias, seu filho, reinou em seu lugar.
Os oráculos eram locais sagrados da antiguidade onde pessoas consultavam
sacerdotes, profetas ou magos em busca de conhecimento do futuro. Um oráculo é
sinônimo uma profecia. Significa Deus mostrando aquilo que irá acontecer. Deus
enxerga e compreende o futuro e o tempo de um modo por nós desconhecido.
Uma das funções da profecia é ser um oráculo, ou nos narrar fatos que irão
acontecer, trazendo para nós um quadro nítido de acontecimentos futuros, segundo
coisas que Deus quer que conheçamos, na história futura de nossas vidas, na
história futura da igreja, ou mesmo da humanidade. Veja que VER o que virá é só
uma das funções do dom, uma das características de sua operação. Equivale a
entrega de uma palavra de Conhecimento sobre fatos que ainda não aconteceram.
Cabe comentar que não existe um DESTINO. Não há, como falsamente pronuncia
certas teologias, uma PRÉ-ORDENAÇÃO de todas as coisas. O tempo não é um livro
pré-escrito assim como as coisas não acontecem para cumprir uma espécie de
roteiro celestial.
Não é pela ONISCIENCIA divina, ou melhor, através do CONHECIMENTO divino,
que Deus SABE de antemão o que irá acontecer. É pela PROFECIA. É mediante esse
mistério, que o futuro é contemplado por Deus. A profecia é tão ligada a pessoa de
Deus que é dito em Apocalipse que o testemunho de Jesus é o espírito da
profecia.
Apo 19:10 - Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não
faças tal: sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus;
adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.
Quando é dito por Paulo que um dia as profecias cessariam, não significa que a
PROFECIA deixaria de existir. Sim que não seriam mais necessárias porque tudo
60
para o qual as profecias apontam, já teria se feito PRESENTE na nova criação. A
profecia é parte de Deus, é seu testemunho, é sua palavra.
4) A Profecia gera o futuro, tem o poder de estabelecer épocas para cumprimento de
determinados eventos segundo objetivos de Deus. Exemplos disso, a plenitude dos
tempos, tempo dos gentios, a grande tribulação, milênio, o novo céu e a nova
terra, Observa-se que nenhuma profecia invalida outra. Assim como a Lei de Deus
é perfeita, não possuindo contradição interna, também não invalida a palavra
profética. A profecia não agride a lei de Deus. A palavra profética é como um
relojoeiro trabalhando num gigantesco relógio, cujas peças vão se encaixando de
modo magistral. Os planos divinos são únicos, apesar de Deus poder falar sobre ele
de vários modos diferentes. Uma profecia individual não pode ir contra uma
profecia geral. Uma palavra dada na china, será repetida no Brasil, uma revelação
profética dada numa comunidade cristã em Queimados será confirmada por outras
numa comunidade no Flamengo. O que for dito ESPECIFICAMENTE para uma igreja
local não age sobre o corpo de Cristo na terra. Deus falava individualmente para
pessoas, para famílias, para reinos e até para nações. Jesus profetizou contra
Betfagé e contra Cafarnaum, assim como Jonas para Nínive. As palavras proféticas
acima foram dirigidas para povos diferentes, gerações específicas em situações
distintas.
5) A Profecia pode ser também um juízo, uma sentença, uma declaração divina com
força jurídica, numa comparação humana, que define uma ação de Deus com base
num julgamento de Deus sobre uma situação. A profecia age como uma sentença
num tribunal cujo juiz é DEUS. A cruz, por exemplo, é um juízo contra o pecado.
Quando os sete selos de apocalipse são abertos, profecias que são juízos são
emitidas. Quando Jesus fala de Cafarnaum, emite um julgamento (ai de ti Corazim!
Ai de ti Cafarnaum!). O que acontece quando um magistrado emite uma sentença
sobre alguém? Imediatamente, ou dentro do prazo prescrito pela sentença, o réu
será PENALIZADO, ou receberá aquilo que o juiz afirmou a seu respeito. Seja a
liberdade, seja o trabalho comunitário, seja a cadeia.
Então vamos reunir as visões sobre o dom de profecia:
1) Decreto ou Lei;
2) Promessa;
3) Oráculo;
4) Geradora do futuro, chamando aquilo que não existe a existência;
5) Juízo, uma sentença a ser executada por Deus numa época determinada.
Existe uma diferença entre profetizar e proferir uma profecia.
Isso é importante frisar para entendermos o que é profetizar. Quando cantamos:
“Não vou calar meus lábios, vou profetizar, manifestar a graça e abençoar a quem Deus
quer libertar”
Não estamos proferindo uma profecia. Estamos abençoando. Estamos repetindo uma
profecia já emanada da boca de Deus nas Escrituras. Estamos relembrando as promessas
divinas. Estamos pregando para gerar fé.
Não fique triste, (Principalmente se você tiver aprendido numa comunidade evangélica
de forte visão sobre a questão que DECLARAR com FÉ e PROFETIZAR são a mesma coisa).
Quando um pastor prega a Palavra de Deus pode não estar profetizando. Está Relendo
profecias, ou ensinado profecias, ou exortando segundo a Palavra, ou ensinando as Escrituras,
ANUNCIANDO O EVANGELHO, TESTEMUNHANDO A CRISTO, ANUNCIANDO A SALVAÇÃO, está
gerando fé, está edificando a Igreja, o que é poderoso para transformar, edificar, consolar,
exortar, fortalecer, avivar, alegrar, MAS, TECNICAMENTE, pode não estar PROFETIZANDO.
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No Absoluto da Palavra de Deus, Profetizar com base na PROFECIA é chamar as coisas
que não são a existência, debaixo do mandato de Deus. E ponto final. Nada mais.
SE A PALAVRA QUE VOCÊ, OUSA DIZER QUE É PROFECIA, ENTENDE COMO
PROFETIZAR, NÃO SAIU COMO BRASA VIVA DE DENTRO DO CORAÇÃO DE DEUS, TAL
PALAVRA É SOMENTE UM DESEJO HUMANO, UMA ESPERANÇA AMOROSA E NADA MAIS.
Acalme-se adorador. O fato é que você pode continuar desejando, orando, abençoando
fazendo declarações de fé para seus amados irmãos e irmãs. Mas, lembre-se, vai depender da
fé de quem abençoa e da fé de quem a recebe. A Profecia não depende de nada e de ninguém.
A Profecia é trazer a existência uma Palavra Divina com capacidade de mudar o universo. E ela
não pode ser produzida pela vontade ou pelo desejo humano, acontecendo somente pelo
processo de inspiração divina.
O QUE É PROFETIZAR:
1Co 14:1 - Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar.
Num 11:26 - Mas no arraial ficaram dois homens; chamava-se um Eldade, e o outro
Medade; e repousou sobre eles: o espírito, porquanto estavam entre os inscritos,
ainda que não saíram para irem à tenda; e profetizavam no arraial.
1Sa 10:11 - Todos os que o tinham conhecido antes, ao verem que ele
profetizava com os profetas, diziam uns aos outros: Que é que sucedeu ao filho de
Quis? Está também Saul entre os profetas?
Lucas 1
67 Zacarias, seu pai, ficou cheio do Espírito Santo e profetizou,
dizendo:68 Bendito, seja o Senhor Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo,69 e
para nós fez surgir uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo;70 assim como desde os
tempos antigos tem anunciado pela boca dos seus santos profetas;71 para nos livrar dos
nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam;72 para usar de misericórdia com
nossos pais, e lembrar-se do seu santo pacto73 e do juramento que fez a Abrão, nosso
pai,74 de conceder-nos que, libertados da mão de nossos inimigos, o servíssemos sem
temor,75 em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.76 E tu, menino,
serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás ante a face do Senhor, a preparar os seus
caminhos;77 para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus
pecados,78 graças à entranhável misericórdia do nosso Deus, pela qual nos há de visitar a
aurora lá do alto,79 para alumiar aos que jazem nas trevas e na sombra da morte, a fim de
dirigir os nossos pés no caminho da paz.80 Ora, o menino crescia, e se robustecia em espírito;
e habitava nos desertos até o dia da sua manifestação a Israel.
1Co 14:31 - Porque todos podereis profetizar, cada um por sua vez; para que
todos aprendam e todos sejam consolados;
Profetizar
diz
respeito
a
falar
sobre
inspiração
ou
domínio
sobrenatural/espiritual, seja a fonte deste domínio DEUS ou uma influencia de
poder maligno qualquer.
1Sa 18:10 - No dia seguinte o espírito maligno da parte de Deus se apoderou de
Saul, que começou a profetizar no meio da casa; e Davi tocava a harpa, como nos outros
dias. Saul tinha na mão uma lança.
Os profetas segundo Deus entregavam: oráculos (Isaías falando sobre Jesus),
revelações sobre coisas ocultas (Elizeu descobrindo os planos dos sírios); Entoavam
cânticos espirituais, sobre inspiração do Espírito de Deus (Zacarias, Débora, Moisés, Maria,
Isabel); Dançavam sobre domínio do Espírito (Saul entre os profetas). Salmodiavam com
instrumentos musicais e hinos de adoração; Aconselhavam e instruíam com palavras de
sabedoria (Salomão e provérbios, Jesus e seu ministério de ensino).
62
Profetizar, então é qualquer atividade em que palavras ou gestos feitos com a
cooperação ou domínio total do Espírito Santo, manifestem uma
Palavra de Conhecimento
(Revelação, sonho, visão)
Palavra de Sabedoria
(Discernimento, interpretação ou doutrina)
Profecia,
Oráculo, por meio de sonho, visão ou revelação, decreto, promessa.
Discernimento de Espíritos
Salmos, testemunhos.
Cânticos de adoração ungidos.
Interpretação de línguas para entrega de palavra de conhecimento, palavra de
sabedoria ou profecia.
Profetizar é declarar algo segundo o Espírito de Deus. Então, não é
necessariamente emitir uma PROFECIA.
Se não for segundo o Espírito de Deus, a igreja não está profetizando. Não está
fazendo nada, neste sentido, na verdade.
Então na verdade, quem foi usado numa interpretação de línguas, profetizou, assim
como a pessoa que pregou as Escrituras DEBAIXO DA UNÇÂO ou o cantor que cantou cheio do
Espírito Santo. Quem falar por si mesmo, declara palavras, pregar, ou mesmo cantar, sem a
manifestação do espírito, sem a cooperação de Deus, a única coisa que fez foi falar por si
mesmo, declarar palavras, pregar e cantar. Nada mais.
Continuando sobre Profecia:
II Pe 1.21
20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação.
Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo
20 Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação.
21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os
homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
A profecia é iniciada no coração do Senhor. E só produz efeito na nossa esfera física se
na TERRA FOR MANIFESTADO O DOM DE PROFECIA por quem o possui. A profecia
manifestada de um modo mais “poderoso” numa comparação humana, pode vir através do
ministério que as Escrituras chamam de PROFETA. ou DOM MINISTERIAL denominado
PROFETA. No profeta a palavra profética possui uma dimensão mais profunda, ela possui um
nível mais elevado. Assim como o ensino feito por quem possui o MINISTÉRIO DE ENSINO é
mais profundo no que diz respeito a muitos níveis na Escritura, por exemplo.
14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
16 Porque, quem conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós
temos a mente de Cristo
Nossos pensamentos são somente os nossos pensamentos (homem natural) até que
sejamos ungidos, cheios do Espírito Santo, e nesse transbordar sejamos constrangidos a falar
as Palavras do Espírito Santo. (Que é dentro de nós, diga-se de passagem, o cara mais
sensato). Nós PODEMOS eventualmente pensar como Jesus na medida da submissão ao
63
Espírito de Deus, na medida de darmos lugar ao (homem espiritual), no nosso coração. O
coração é de onde FLUEM a presença do Espírito Santo e os dons espirituais. Onde reside nossa
consciência. Esse patamar de unidade com Deus, só se atinge debaixo da unção..
Durante uma pregação um Obreiro poderá até Profetizar. Assim como é comum que ele
inspirado pelo Espírito Santo entregue uma Palavra de Conhecimento.
A Profecia é um milagre pronunciado. É uma manifestação do cuidado de Deus para
com seu povo e demonstração PODEROSSÍSIMA da Soberania de DEUS. Deus é o dono do
amanhã. Dividirei a Profecia em duas formas para melhor a entendermos (divisão didática):
1) Criadora ou Geradora;
2) Anunciadora, de Aviso ou Condicional;
Criadora
Existem duas características da Profecia Criadora que são estonteantes:
Gerar a partir dela o que um dia acontecerá. A profecia é que transformará os eventos,
o tempo, mudará o curso da história, reestruturará a cadeia universal de situações e
acontecimentos, transformará o universo se necessário for para ser cumprida.
Sendo expressão da vontade de Deus, tem seu aval, sua autoridade, e conta com a
devida porção do Poder necessário para sua realização.
Condicional
A Profecia Condicional é aquela por qual Deus anuncia ou revela coisas que irão
acontecer, dependendo, entretanto, do comportamento daqueles que nela estão inseridos.
Exemplo
Mt 18.3
E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como
meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.
É Deus visualizando o que poderá acontecer, se algo não for feito para reverter o
processo, ou que certamente se realizará se houver continuidade e perseverança daquilo que já
está sendo realizado pela Igreja, por alguém ou pela comunidade.
Deus avisa de antemão seu povo para que ele não pereça, sofra dano, receba o
livramento de uma situação em andamento. A profecia fortalece os corações, firma propósitos,
estabelece metas e prioridades para a Igreja.
Os meios de comunicação de uma Profecia são:
Interpretação de línguas;
Palavra profética plena, sem acompanhamento de línguas, profecia falada pura e
simplesmente;
Revelação profética dada ao espírito de um dos membros, por intermédio de revelação
interior;
Sonho profético;
Visão profética. Em vez de simplesmente OUVIR, o Profeta também VÊ o que irá
acontecer. De olhos fechados, tudo é visto no espírito do profeta, um cinema interior. Quando
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ele é arrebatado ou lhe é mostrado em visões de olhos abertos o que irá ocorrer. Esse tipo de
visão é operado por ou com o apoio do dom de DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS.
Observação: Na visão de olhos abertos, em que as duas realidades se sobrepõem, a
espiritual e a natural, é porque a operação do Espírito atua ao mesmo tempo sobre a mente e
sobre o coração. (um pouco óbvio).
Uma das grandiosas funções da Profecia é alegrar-nos. Outra, edificar. Também
fortalecer. E sobretudo, consolar. Em alguns casos, exortar. A Profecia manifesta os planos de
Deus para sua Igreja, para seus membros. A profecia, como já é capaz de moldar a eternidade,
manifestar o invisível, criar realidades, edificar reinos, fazer ruir civilizações. Por uma profecia
os mortos serão trazidos de volta a vida, no momento em que a mesma for pronunciada pela
boca de um arcanjo.
I Ts: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e
com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”
Por outra Profecia, TUDO QUE EXISTE DEIXARÁ DE EXISTIR.
Hb 12:6 fala assim:
“A voz do qual moveu então a terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma
vez comoverei, não só a terra, senão também o céu.”
Percebe-se a profundidade do que é Profecia.
Gravíssima advertência:
O que nos leva a figura da RESPONSABILIDADE. Profetizar falsamente é crime
HEDIONDO para Deus. Isso destrói vidas, ministérios, Igrejas. Destrói a credibilidade do
evangelho. A Igreja precisa desesperadamente da Profecia; não foi permitido a nenhum
ministério terreno, em tempo algum abrir mão dela. Sem ela a igreja morre. Por isso deve
haver uma escola de desenvolvimento profético, um crescimento em amor e comunhão e
confiança uns nos outros, e a imediata mudança da postura profética nas igrejas pentecostais
modernas, que utiliza um modelo falido para comunicação da palavra profética, imitando
inadequadamente o modelo vetero-testamentário por falta de modelo a que se firmar. Não é
necessária mudança de voz, postura dos profetas de Israel ou afastamento asceta; não é
necessário que sejam senhoras a profetizarem, o podem fazer adolescentes com bonés virados
e camisetas com estampas em japonês. Não é necessário que haja sempre línguas estranhas.
Não é necessário que haja interpretação de línguas. E quem disse que há modelo que não seja
o do respeito, consideração, humildade e amizade? Não é necessário que a profecia seja
ministrada por uma pregação profética ou anuncio profético. Pode ser um sonho narrado. Uma
visão acontecendo naquele culto. Nomes de pessoas envolvidas devem ser mencionados. Pode
ser um cântico espiritual. Um salmo, um improviso cantado durante um período de adoração
pode iniciar uma profecia. Uma oração pode manifestar uma profecia. Jô concede uma das
maiores profecias da história em meio a uma LAMENTAÇÃO. “Eu sei que meu Redentor vive e
que por fim se levantará sobre a terra”. Mães podem fazê-lo ao orar e interceder pelos seus
filhos. A Palavra profética pode acontecer num encontro casual de dois irmãos, num almoço,
num jantar, num shopping, por uma frase. Num cumprimento. Num abraço. A profecia não tem
origem no homem, procede do coração de Deus.
Observações:
- Profecias locais não possuem caráter mundial. Revelações espirituais não necessitam
abarcar a humanidade, as nações, ou o Brasil. O valor de uma ministração profética não é
medida por sua abrangência mundial. Contaminamos o caráter da profecia por querer impor a
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toda uma geração aquilo que às vezes foi concedido a um grupo determinado, para um período
determinado. Não somos maiores que nosso próprio chamado e não necessitamos englobar as
regiões celestiais, quando o Espírito revela algo. Pode ser uma coisa pequenina, algo que seja
falado a uma criança, a uma única pessoa. Pode ser uma única palavra. Profetas não foram
levantados por Deus para um show bussines cósmico, ou para uma empreitada que atinja
milhões. Pode até ser que uma profecia entregue num culto, num sonho ou por outro meio,
tenha amplitude global, tenha o caráter de ser anunciado a milhares. Mas não é esse o padrão.
A profecia dada por Deus na comunidade local visa a comunidade local, visa as pessoas
próximas. Muitas vezes Deus falará numa revelação profética para membros de sua família.
Algumas vezes ele revelará o nascimento de uma criança para uma parenta próxima. Outras
vezes Deus revelará não coisas para um futuro distante, mas para minutos após. Outras vezes
a profecia anunciará fatos celestiais, coisas que aconteceram na eternidade passada ou mesmo
fatos da eternidade futura. Não importa. Seja consciente de que Deus quer simplicidade dos
seus profetas. Sem voz afetada, sem teatralização. Profetas não são magos. Profetas não são
nada mais que pessoas com uma responsabilidade para uma igreja com necessidades.
Discernimento de espíritos
Premissa Inicial
A essência do Dom de Discernimentos de espíritos é SEPARAR. DIVIDIR. DISTINGUIR.
DISCRIMINAR. DESTACAR.
Deus colocou no homem valores estéticos, morais, sensitivos que o aproximam da vida,
do agradável, do belo, do perfeito, e lhe deu repulsa de praticamente tudo que se relaciona a
morte. O homem enoja-se com o mal-cheiro, podridão, visão de coisas que pareçam imundícia.
Para não ter nojo dessas coisas a mente humana necessita ser cauterizada por processos
psíquicos de tortura ou malignos.
Muito a dizer e pouco tempo pra escrever. Resumindo: Vivemos num mundo sujeito á
várias influencias espirituais:
Espíritos malignos
Espírito humano
Alma humana
Espírito de Deus
Poderes de trevas
Operações espirituais mistas Maligno-humanas
Operações angélicas
Existe uma intensa batalha entre poderes espirituais, forças sobrenaturais operando
nesse campo de batalha chamado terra. Para proteger a Igreja desse vendaval de emoções,
dos perigos impressionantes deste mundo tenebroso, nós contamos com a operação do dom de
discernimento de espíritos para entendermos sobre as origens das circunstancias espirituais que
nos envolvem a cada instante. A cada momento de nossa caminhada muda a composição de
forças atuando sobre nossas vidas, ora estamos lidando com o mundo natural, com o mundo
humano, ora com pessoas influenciadas por poderes de trevas, ora por pessoas constrangidas e
perturbadas por espíritos enganadores, ora por pessoas debaixo de opressão maligna contra
sua vontade, outras vezes por pessoas conscientemente usadas pelos espíritos malignos.
Alguns se aproximam segundo a influencia divina inconscientemente, outros enviados pelo
Espírito Santo. Nessa confusão espiritual a Igreja necessita de conhecer com o que está
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lidando, para fazer o que deve ser feito. Algumas enfermidades são operadas por poderes
malignos, sem a atuação DIRETA de demônios. Essas operações indiretas são pelos espíritos de
enfermidade. Outras são frutos da presença DIRETA dos espíritos malignos. Expulsando-os,
finda-se a enfermidade. Pessoas entram e (infelizmente) saem opressas de dentro de um
templo pela falta da instrumentalidade no uso deste dom.
Esse dom dará a percepção da operação maligna na vida de outra pessoa e mesmo em
nós mesmos.
Existem vários modos de operação do dom de discernimentos de espíritos. Vamos a
alguns:
Nível de sentidos:
Determinadas manifestações malignas são precedidas de “visões olfativas, auditivas”
em que o pútrido, o podre, o fétido é percebido, ainda que num ambiente higienizado, quando
se antecede à manifestação maligna de qualquer espécie. Essa percepção não é referente à
feijoada comida por alguém no dia anterior, não. Diz respeito a um aspecto humano usado por
Deus para facilitar ao homem conhecer a fonte de uma manifestação. Por isso muitos (muitos,
não todos) casos de visões angelicais são precedidos de perfume no ambiente, algo agradável.
Murmúrios e lamentações estranhas: pessoas opressas fazem sons esquisitos. Ouve-se, mesmo
sem nenhuma cascavel, o som característico de seu guizo, dentro da igreja, como um exemplo
factível. A tipologia sobre cobras nas Escrituras, já ajudaria a um crente perceber a fonte de
determinada manifestação.
Nível sobrenatural I:
Visões e revelações interiores sobre determinada fonte de manifestação espiritual. É
comum a visualização de demônios com características animalescas, cobras, sapos, rãs, cabras,
gorilas, animais estranhos, lagartos, aranhas, etc., normalmente aqueles que já possuem um
SÍMBOLO claro nas Escrituras para que o crente faça uma associação rápida entre a
manifestação e sua fonte. São ALEGORIAS espirituais, não as verdadeiras formas de um espírito
maligno, para que imediatamente se reconheça a malignidade ou, mormente um aspecto
asqueroso de fácil reconhecimento. Tais representações são dadas pelo Espírito Santo para
revelar: a presença; operação direta ou indireta; associação; aproximação; situação de
envolvimento espiritual maligno; opressão maligna; ataque maligno; ou domínio espiritual.
POR ISSO, sob o domínio do dom é comum ver coisas com a premissa inicial, aquilo
que enoja, que é sem simetria, disforme, nojento. As representações do pecado na bíblia são a
lepra, a imundícia, o vomito, a cinza, a sujeira, o veneno, sepulcros com exposição de corpos
mortos em decomposição, a putrefação. A operação de discernimento de espíritos vai mostrar
gente que parece morta, chagas, feridas, e coisas que sejam representações de desordem,
prisão, sensualidade ou que representem a lista de manifestações do pecado, narrada lá em
Gálatas. Onde há pecado, há também algum tipo de operação maligna. É incrível a capacidade
de obreiros que não possuem dons desse porte de rejeitarem manifestações espirituais por que
entendem que deve haver um certo nível, uma classe, elegância ou certo sentimento estético
no que tange a visões. Nem toda borboleta azul vista quando se fecham os olhos é fruto de um
dom. Lembre-se de que é essencial conhecer a origem das manifestações. Para isso também a
grandiosa necessidade do dom:
Verificar imediatamente após a manifestação espiritual a sua origem. Ele é o
cão de guarda da igreja. Farejando e diferenciando o verdadeiro de falsificações
baratas, simulacros de profecias, cópias piratas de palavras de conhecimento,
revelações de origem humana, sonhos que são fruto do inferno, línguas estranhas
com cidadania que não o reino celestial.
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Há uma poética e belíssima tipologia sobre manifestação de discernimento de espíritos
na Palavra. Isaque velho e quase cego toca a Jacó, pensando ele ser Esaú, porque este veste
as roupas de Esaú e exala seu cheiro. Isaque não pode enxergar, mas ao tocar uma pele de
carneiro sobre o braço de Jacó (Esaú, o primogênito era peludo) e ao sorver o aroma das
vestes de Esaú, instantaneamente profetiza:
Gn 27:27
27 E chegou-se, e beijou-o; então sentindo o cheiro das suas vestes, abençoou-o, e
disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o SENHOR abençoou;
28 Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância
de trigo e de mosto.
29 Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da
tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te
abençoarem.
Mas, você dirá: - Meu Deus! Num tem nada a vê! O texto mostra um filho enganando
um pai velho e cego, e que depois de uma trapaça emite uma Profecia! O que isso tem a ver
com discernimento de espíritos... Além do mais, o pai errou!
Sim. O Pai errou. Profetizou sobre o filho errado. Mas o Espírito Santo não. O Homem
natural não discerniu sobre a escolha divina, sobre QUEM ou O QUE movia o coração de seu
filho mais velho. Deus DISCERNIA corretamente quem era apto ou não para alcançar a benção.
Numa operação de DISCERNIMENTO ESPIRITUAL, Deus SEPARA joio do trigo, ESCOLHENDO
quem deseja abençoar. Discernimento de espíritos é assim. Você pode até errar, mas o dom
não permitirá que pessoas erradas sejam separadas para aquilo que não estão preparadas. O
dom de Discernimento pode enxergar o coração, pode ver o caráter de uma operação ou
manifestação espiritual, ou mesmo mensurar o grau de contaminação de pecado no espírito
humano.
Nível sobrenatural II:
Nem só de visualizar porcaria vive o dom de Discernimento de espíritos. Ele também
permite ver a dimensão espiritual, ver os anjos, querubins, arcanjos, seres celestiais subindo e
descendo sobre a Igreja de Cristo. Ele é um dom crucial para o Profeta, pois a partir dele se
distingue com precisão a origem das coisas que lhe são comuns, quase todo o tempo.
Quando acontece de um homem OUVIR, externamente a ele, a voz de um anjo, tal fato
acontece com apoio do dom de discernimento de espíritos.
Através deste dom é que acontecem as visões em que a realidade física se mistura a
espiritual, e de olhos abertos anjos são vistos, espíritos são contemplados no lugar que se
encontram. Abrindo um parêntese, quando eu era jovem pensava que espíritos malignos só
podiam habitar almas humanas e não imaginava que pudessem fisicamente estar em corpos
humanos vivos, ou mortos, pontes, catedrais, hospitais, terrenos, animais, lugares, espaços,
casas ou objetos. O dom opera na sua plenitude algo que é semelhante a divisão da alma e
espírito, como se pudesse separá-los. Esse como se pudesse é só uma atenuação, um
eufemismo, para que você que nunca ouviu tal proposição sobre o dom não tenha um infante
do miocárdio ao ler essas rudes linhas. Não gosto de fazer isso, mas, vou pedir socorro ao
grego para não ser jogado as feras quando descrevo tal operação. Discernimento vem do
grego, Diakresis, algo cuja raiz é separação. O dom separa o maligno do benigno, o falso do
verdadeiro, a alma do espírito e a mente do coração. Ele age para fora, discernindo
manifestações e para dentro, separando partes aparentemente indissociáveis de nossa natureza
espiritual. Por esse dom operando é que ocorrem os ARREBATAMENTOS. Foi o que ocorreu na
ilha de Patmos com João. Uma operação de discernimento de espíritos separou seu espírito e
ele pelo poder de Deus sobe até os céus, adentrando espiritualmente nas regiões celestes. Lá
ele recebe Profecias, Palavras de Sabedoria e Palavras de Conhecimento, de tal monta que nos
concede um LIVRO inteiro de revelações.
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Entenda que através do dom se DISTINGUE o invisível, se DESTACA aspectos malignos,
se SEPARA a alma do espírito, para melhor AVALIAR as duas realidades nas quais nascemos,
vivemos e morremos, que são a realidade espiritual e a realidade física. Através do dom,
SEPARAMOS o joio do trigo, os anjos dos demônios, e as Palavras do Espírito Santo das
palavras de nossa ALMA e das intenções do nosso CORAÇÃO. O dom que separa os espíritos,
que CLASSIFICA o que não temos humanamente condição de classificar, também pode ajuntar
realidades espirituais fazendo com que o homem veja simultaneamente as regiões espirituais, a
dimensão de Deus e a dimensão humana.
Já parou para perceber que você possui um livro nas Escrituras APOCALIPSE, (na
verdade dois, o livro de Cantares de Salomão é quase completamente um cântico espiritual)
que é INTEIRAMNTE de REVELAÇÕES DADAS PELO ESPÍRITO DE DEUS?
E compare agora com o patamar de uso dos dons espirituais na nossa igreja moderna.
Fomos chamados a viver numa profundidade que para muitos é quase uma lenda.
Gerações de pastores nasceram e morreram sem entender que as Escrituras não limitam a
MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO DE DEUS NA OBRA DO ENSINO, DA REVELAÇÃO E DA CIENCIA
no seio da igreja.
As Escrituras não tem ciúme do Espírito Santo. O Espírito Santo é que tem
ciúmes de nós.
O cânon não está fechado. Epístolas completamente reveladas pelo Espírito Santo
podem ser dadas a igreja hoje, com o mesmo valor de utilidade das Escrituras, DESDE QUE
JAMAIS, DE MODO ALGUM, DE FORMA NENHUMA, EM MOMENTO ALGUM, A CONTRADIGAM.
Essa dolorosa verdade faz parte do projeto divino para sua igreja. O conservadorismo e a
tradição resolveram dizer que o Espírito Santo ficou mudo desde a época dos apóstolos. Nunca
houve tempo no qual Deus não concedesse revelações ao homem, e que não tivessem, tais
revelações, o mesmo valor daquelas encontradas nas Escrituras. Faz parte de sua natureza.
Porém, nunca houve revelações verdadeiras dadas ao homem que não tivessem o
respaldo da Palavra de Deus, de Gênesis a Apocalipse.
Não importam quantos loucos e sonhadores e amaldiçoados inventem revelações em
nome de Deus, ou tentem escravizar multidões com suas palavras proféticas falsificadas ou com
sua presunção apostólica, se tais homens com insígnias colocadas por eles mesmos tentem
substituir a Cristo na terra; se religiões se levantem para afirmar que são substituição ao
Espírito Santo ou se dois terços do cristianismo se curve diante de cartas de homens que
afirmam que a sua palavra tem igual ou maior valor que o das Escrituras (estou falando do
papado). Nada mudará a essência de um Deus que se revela e que profetiza, o Evangelho
de Cristo é o evangelho da revelação, da glória, dos dons espirituais.
Tem que ser assim.
Jesus em João 14.26 profetizou o seguinte:
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”
Jesus jamais abrirá mão dos padrões estabelecidos na Sua Palavra sobre o modo de
condução e Ensino a ser administrado ao seu povo. Você não pode negar por seu zelo pastoral
a revelação do espírito Santo a Igreja. Negar os dons, as visões, as revelações, as
profecias e as manifestações espirituais são ALTA TRAIÇÃO aos ideais do calvário.
Não importa quantos defraudem, mintam, enganem, distorçam, corrompam, maculem,
escravizem ou mesmo matem em nome de Deus, em nome do Espírito de Deus. Não importa
quantos escandalizem com suas profecias falsas. Deus CONTINUARÁ EDIFICANDO SEU
POVO ATRAVÉS DA MANIFESTAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS.
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Operação de milagres
Não vou definir milagres. Sequer falar sobre eles. Vou esclarecer outra coisa.
Determinada nível de operação milagrosa não ocorre sem a modificação da consciência
humana. Não se opera milagres pelo dom de operação de milagres, como se dirige um
Pegeout 106 num fim-de-semana. A operação de milagres chega na vida de um homem como
uma torrente de sentimentos e sensações desconhecidas ao homem natural. O poder de Deus
abre portas, janelas, e tudo mais dentro do espírito humano de tal modo que quando este
opera um milagre sente jorrar o poder, sente calor, sente a manifestação como se fosse física.
Beijos ardentes não incomodam tanto ao corpo quanto a manifestação do poder. Esse dom
altera em quem o opera a percepção do universo, a própria maneira de respirar e de sentir a
vida. Drogas não alteram a consciência mais do que o dom pode alterar. Não é sem razão que
a bíblia compara com bêbados aos que são inundados pelo poder de Deus. Desmaios,
tremores, calor, forças e sensações não esboçadas por autores seculares são comuns na
operação de milagres. Coragem descomunal e atitudes espetaculares, provocadas pelo
incremento instantâneo e momentâneo da fé, sendo elevada a patamares maravilhosos, para
que o homem faça fluir de dentro de si a torrente de poder divino ou coopere com anjos na
entrega de uma operação milagrosa. Por isso é normal pessoas oriundas do espiritismo ou de
religiões nas quais foram submetidos a fortes comoções espirituais terem a facilidade do
desenvolvimento do dom. VOCÊ TERÁ QUE TER CORAGEM PARA A MANIFESTAÇÃO DO DOM. O
dom é arrebatador, constrangedor. O poder de Deus fluindo, pode fazer sua mão parecer uma
fornalha; profetas em visões poderão ver suas roupas incendiando ou você brilhando, pois o
dom é provocado pelo fluir do poder divino a partir do espírito humano. Operadores de milagres
não agem movidos pela rigidez da lógica ou pelo bom-senso. Não se simula operação de
milagres. O dom empurra o homem e a mulher de Deus, constrangendo-os poderosamente
para realização de um ato profético, seja para correr e segurar as mãos de um aleijado, seja
para apertar os olhos de um cego, seja para passar as mãos sobre a face deformada por
câncer, seja para segurar fortemente a cabeça de uma criança ou a levantar rispidamente um
doente de uma cama. O dom da operação de milagres se mistura a de uma fé sobrenatural
para realizar o impensado. Não adianta entrar num enterro e “cheio” de “fé” e autoridade
tentar levantar o morto, ou dar uma de Cristo e impedir o morto de chegar ao sepulcro porque
recebeu uma “revelação” de Deus para operação de uma ressurreição. O poder para ressuscitar
um morto chega como uma torrente, como uma tempestade, o coração grita como se fosse
explodir, a alma é aquecida, os olhos lacrimejam, as mãos tremem. O local é cheio de uma
presença extraordinária. Assim para curar cegos, ou para purificar leprosos. Curas acontecem
sem que um operador de milagres esteja presente, através da fé simples nas Escrituras, de
gente que confia que Jesus é fiel aquilo que prometeu e que ele é o Amém, o assim seja de
Deus para solução de toda desgraceira humana. Este tipo de operação, cura, não é seguido
sempre de uma manifestação de poder como a descrita pelo dom de operação de milagres.
Pode ser uma operação pela fé ou pelo dom da fé que não incorpora “aparente” mudança nas
condições normais de um ambiente de culto, a não ser por uma grande emoção e certeza,
seguida de alegria ou de consolo por parte daquele que ora. Por outro lado, a operação de
milagres é impetuosa, é dinâmica, é irreverente, é ousada. É fruto de intercessão, da oração,
da profunda comunhão de um corpo local com Deus. O milagre não é gratuito, nasce com a
intercessão, apropria-se de promessas proféticas, aproxima-se mediante palavras de
Conhecimento. Deus dá sinais que antecedem o milagre, porque A MAIORIA DOS MILAGRES É
PRENUNCIADA POR SINAIS, ou de sonhos, ou de visões. Deus primeiro fortalece os espíritos
dos seus adoradores, fortifica e alimenta espiritualmente o coração de sua igreja local para num
momento determinado de antemão por profecias indicadoras, fazer nascer a tremenda
manifestação de seu poder. A mente do operador de milagres sofre profundas mudanças na
relação de seu entendimento das Escrituras. Suas orações modificam, assim como o modo que
ele se sente enquanto ora, enquanto intercede. A operação de milagres só se alcança por
sucessivas manifestações da unção, de unção em unção, de operação espiritual profunda em
comunhão extraordinária profunda. Pela santificação e purificação, pelo perdão e amor não
fingido, pela paixão monstruosa pelos enfermos, doentes e oprimidos pelo diabo. No coração do
operador de milagres, curar é tão necessário quanto a SALVAÇÃO. Um operador de milagres
sente angústia íntima e tremenda com um homem deformado, com uma situação que limite a
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vida de seu próximo. Não existe conformidade, aceitação ou qualquer explicação que acalente
ou conforte um homem que deseja operar milagres, com relação a dor de seu próximo. Dói
demais. Demais. Suas orações são desesperadas, corajosas, contundentes. São tiros na
escuridão, são gritos de fé e manifestos de tremenda convicção no caráter milagroso das
Escrituras. O Evangelho do Operador de milagres é: Hoje, Agora, Amém, Sim, Seja feito, Seja
realizado, Sejam destruídas as obras de Satanás, Responde Senhor, Opera Deus, Manifesta tua
glória, Age segundo Tua força, Dar-se-vos-á, Recebei, Achado está! O operador de milagres
ODEIA o mal, ODEIA a enfermidade, ODEIA o sofrimento, AMALDIÇOA a dor, remete ao
ANÁTEMA aquilo que destrói o homem. Esse é a tal criatura, é desse tipo de gente que
estamos falando. Um dragão de Deus, um Samurai celestial treinado pelo sofrimento para
destruição das fortalezas e poderes espirituais malignos.
Fé
Chamar a existência as coisas que não existem. Confiar nas Escrituras de modo
definitivo, grandioso, impressionante. Crer nas palavras de Deus. Entender que Jesus é o amém
das nossas orações. Meditar sobre a autoridade do Nome de Jesus. Invocar com plena
convicção este nome. Isso é fé. O dom da fé é a sublimação dos aspectos acima relacionados,
elevando o sua fé a níveis assustadores no momento em que ele acontece. O dom da fé
modifica momentaneamente a sua visão das Escrituras, a sua percepção da situação
complicada em que se encontra, administrando a sua vida uma porção abundante de fé para
operação de sinais, prodígios, manifestação de dons e diversas operações espirituais.
Dons de Curar
Um pouquinho: A manifestação se dá por vários meios: Falando da imposição de
mãos. É necessário tocar no enfermo. Segurá-lo. Seja sobre o local da enfermidade, ou seja,
sobre sua cabeça. Às vezes abraçá-lo. Às vezes sacudi-lo. A exceção virou regra em nossas
igrejas. O fenômeno da multidão, a questão da ordem dos bancos, questões doutrinárias
diversas, a facilidade, tudo contribui para uma “imposição de mãos à distancia”, o enfermo lá
no meio da multidão e você sobre o púlpito. Misture-se! Vá até o enfermo, criatura imberbe!
Podem-se impor as mãos sobre a multidão, mas isso é um problema gerado pelas
aglomerações, essa megalomania típica da massificação. Deus opera nessa situação, mas
CONTINUA SENDO NECESSÁRIO TOCAR O ENFERMO, CASO VOCÊ NÃO SAIBA. A imposição de
mãos sobre uma multidão começou no início do século com um evangelista chamado Smith
Wigglesworth, por causa de uma dificuldade imensa de ter que impor as mãos sobre quatro ou
cinco mil pessoas, uma a uma. Deus lhe deu então uma revelação, que poderia fazê-lo do lugar
onde estivesse, sem ter que necessariamente segurar ao enfermo. Você, que eu mal lhe
pergunte, se chama Smith Wigglesworth? Não? Você impõe as mãos de que jeito e por quê? Às
vezes eu fico me perguntando se é realmente necessário que o Espírito Santo fale a algo a sua
igreja, já que ninguém parece querer aprender coisa alguma mediante revelações. Porque Deus
fala para uma igreja surda? Isso é a análise de um caso particular, o da imposição de mãos.
Deus pode curar até com a sombra de um homem ungido, se for o caso.
Importantíssimo também é Deus curar no meio de uma ministração de louvor, num ambiente
de culto onde Deus se faz presente poderosamente, curando pela Unção, pelo destilar de
Poder, fruto de corações apaixonados por Deus. A cura vem durante a intercessão de uma
mulher de Deus, onde quer que esteja, pelos irmãos que tenham enfermidades, e até mesmo
sem que a pessoa enferma vá até a igreja ou sequer ouça falar de Jesus. Você poderá orar por
um enfermo só por saber que adoeceu, movido pela compaixão e cumprirá seu ministério de
abençoar ao mundo, distribuindo graça até ao ímpio. Existem operações de cura por
Palavra de Conhecimento, onde por revelação divina é indicado um determinado tipo de
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remédio ou tratamento, ou por uma operação de misericórdia divina quando Deus coloca um
especialista competente concedendo-lhe sabedoria e precisão para tratar de uma
determinada enfermidade. Deus cura através de sonhos proféticos. Você dorme enfermo,
sonha com a cura e se levanta curado. Bom demais. Também por arrebatamentos, por meio
de uma mistura entre discernimento de espíritos e operação de maravilhas.
Determinadas operações de curas são sanguinolentas, tumores explodindo, gente vomitando
tumores, expelindo cânceres. Algumas operações de cura dependem do dom da fé, de
discernimento de espíritos, de Palavra de Conhecimento, de operação de milagres e de ousadia
sobrenatural. Leia sobre Smith Wigglesworth. Certa feita eu vi um filme sobre uma operadora
de milagres oriental (China/Vietnam ou Koreia) que colocou a criança com cerca de seis anos,
aleijada, deitada no chão, retirou o aparelho que travava suas pernas, apertou contra o piso
suas pernas e esfregou suas pernas fortemente com as mãos. A criança chorava de dor. Depois
ela o colocou de pé, pediu que uma assistente levasse para longe o aparelho e puxou a criança,
que começou a andar, com muita dificuldade. Depois, soltou-lhe as mãos, e a criança ficou de
pé. Sozinha. A cena final é da mãe abraçada, em prantos, quase deitada, sobre a área do
púlpito, abraçada o seu filho. Ele saiu daquela reunião sem os aparelhos e andando.
Determinadas curas virão por discernimento de espíritos, onde a causa é somente maligna,
uma vez quebrado o poder maligno oculto por detrás da situação, a cura será manifesta. A cura
virá pela fé, no anúncio ou ensino das Escrituras, e pessoas poderão ser curadas ao ouvirem a
pregação, ou mesmo logo após, ao meditarem nela, se o evangelho da glória for anunciado
como deve ser anunciado.
O único dom que está no plural é cura, ‘dons de curar’ significa que:
1) Existirá uma grande variedade no modo como tal dom será manifesto;
2) Existirão capacitações sobrenaturais específicas, atuando sobre o ministério de
alguém. Os dons de curar capacitam o crente sobrenaturalmente, são operações de
poder que realizam a restauração do corpo, a destruição da enfermidade, a
reconstituição de estruturas biológicas, etc. Em alguns tal fato se dará quando
ungirem com óleo o enfermo, noutros, através da imposição de mãos, outros
através da intercessão, outros através de ordens específicas dadas a espíritos de
enfermidade, outros através de operação de expulsão de demônios, noutros
através de anunciarem o evangelho, outros através de cânticos espirituais, outros
através de tocar instrumentos. Deus poderá usar crentes dormindo. Enquanto
sonham o Espírito Santo concede que intercedam por alguém e esta
pessoa é curada sobrenaturalmente.
"acontecerá que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne;
os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão;
os vossos velhos sonharão,
e os vossos jovens terão visões.
Derramarei também naqueles dias o meu Espírito
sobre os meus servos e as minhas servas.
No trecho “os vossos velhos sonharão”, sonharão em hebraico é
“chalam” uma raiz hebraica que significa, sonhar, ter sonhado, ficar forte, ter a
saúde restaurada.
NAS (29) - become strong, 1; dream, 3; dreamed, 2; dreamer, 3; dreams, 2; had,
13; had a dream, 4; restore me to health, 1
Veja o quão pouco nós compreendemos das Escrituras. O significado de sonhar no
contexto da profecia, que está ACONTECENDO AGORA, vai além de receber uma
revelação. Uma das funções do sono é a restauração do corpo. Um profeta não ministra
para si. O sonho de um profeta não pertence a ele. E Deus pode usá-lo para a cura,
72
para restaurar a saúde de outro. Está encoberto no texto, está oculto no significado da
raiz. Uma revelação que me deixa boquiaberto. Eu só consigo entender o significado do
texto, porque conheço a operação do Espírito de Deus referente a ele. Eu fico me
perguntando quanto não haverão de tais realidades espalhadas por dentro das
Escrituras, que não conhecemos por não conhecer ao Espírito de Deus?
Em resumo, dons, plural, variedade de modos de operação divina e sobrenatural para a
cura.
Se você entender como Deus enxerga a enfermidade entenderá a necessidade dos dons
de curar.
Deus chama a enfermidade de cativeiro.
“Jeová restaurou a Jó do cativeiro, quando ele orava por seus amigos...” (Jó 42:10
– Traducão do Original).
Jesus veio pregar a libertação a dos cativos:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque tem me ungido para anunciar boas novas
aos pobres; tem me enviado para proclamar liberdade aos cativos e vista aos cegos,
para por em liberdade aos oprimidos” (Lucas 4.18).
Jesus Chamou de escravidão à enfermidade:
“E a esta, sendo filha de Abraão, a quem Satanás tem tido atada por dezoito
anos, no devia ser libertada de sua escravidão no dia de sábado?” (Lucas 13:16).
Jesus veio para tornar as pessoas livres com a verdade:
“E conhecereis a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32).
A verdade é que Jesus viu a enfermidade como opressão e curou aqueles que estavam
oprimidos:
“Me refiro a Jesus de Nazaret, e a como Deus lhe ungiu com o Espírito Santo e
com poder. Como andou fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos pelo diabo,
porque Deus estava com ele” (ATOS 10:38).
A Bíblia identifica a morte como um inimigo:
“O último inimigo que será destruído é a morte” (I Coríntios 15:26).
Chama-se a enfermidade de algo que inflama:
“Porque minhas espaldas estão inflamadas, e não há parte sã em meu corpo”
(Salmos 38:7).
Também se vê como algo abominável:
“Algo abominável se tem derramado sobre ele. O que caiu de cama não tornará a
levantar-se.” (Salmos 41:8).
A compaixão foi a emoção motivadora no ministério de cura de Jesus (para exemplos
veja Mateus 9:36; 12:9-13; 14:14; 18:27; 20:29-34; 29:34; Marcos 1:41; 3:1-5; 5:19; Lucas
6:6-10; 7:12-15; 10:33; 14:1-6; e João 11:38-44). Outras emoções que Jesus expressou no
ministério de cura foram aflição, raiva, e lamento.
Ainda sobre a questão da pluralidade dos dons de curar:
Jesus usou vários métodos de cura. Às vezes Jesus chamou o enfermo a Ele (Marcos
3:1-6). Outras vezes foi chamado para visitar o enfermo (veja a história do servo do Centurião
em Mateus 8:5-13; Lucas 7:1-10 e a cura de a filha de Jairo em Mateus 9:18-19; 23-26).
Jesus tratou com o homem inteiro, não só com a condição física. Ele ensinou o perdão
de pecado e cura juntos. Às vezes Ele curou primeiro, então perdoou o pecado (veja a Lucas
17:9 e João 5:14). Outros vezes Ele perdoou os pecados primeiro, então curou (veja a Marcos
2:1-12).
As vezes as curas ocorriam sem a fé por parte de a pessoa enferma (pelo menos não
foi mencionado):
Lázaro: João 11:1-44
A orelha de Malco: Lucas 22:50-51
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O maníaco Gadareno: Marcos 5:1-20
O homem surdo e mudo: Marcos 7:32-35
A sogra de Pedro: Lucas 4:38-39
O filho da viúva: Lucas 7:12-15
O homem com a mão ressecada: Marcos 3:1-5
O homem nascido cego: João 9:1-7
A filha de Abraão: Lucas 13:10-13
O filho do nobre: João 4:46-50
O servo do centurião: Mateus 8:5-13
A filha da mulher sirofenicia: Mateus 15:21-28
A filha de Jairo: Marcos 5:35-43
As vezes as curas ocorreram devido a a fé por parte de um individuo:
8:43-48
Dois homens cegos: Mateus 9:27-31
Um leproso: Mateus 8:2-4; 20:29-34; Marcos 1:40-44
Dez leprosos: Lucas 17:11-19
Dois homens cegos: Mateus 20:29-34
O cego Bartimeu: Marcos 10:46-52; Lucas 18:35-43
A mulher com o problema do fluxo de sangue: Mateus 9:20-22; Marcos 5:25-34; Lucas
As vezes as curas ocorreram devido a a fé de outros:
O servo do Centurião: Mateus 8:5-13
O filho do nobre: João 4:46-53
Quatro homens que trouxeram ao homem paralisado: Mateus 9:1-8; Marcos 2:1-12;
Lucas 5:17-26
A filha da mulher sirofenicia: Mateus 15:21-28
O mudo posuído por demônios: Mateus 9:32-33
O possesso surdo e mudo: Mateus 12:22-23
A filha de Jairo: Marcos 5:35-43
O homem surdo e mudo: Marcos 7:32
O homem cego: Marcos 8:22-26
Jesus usou diferentes métodos verbais sarando. A vezes Ele só falou uma palavra de
declaração:
A filha de Abraão: Lucas 13:10-13
O filho do nobre: João 4:46-50
O cego Bartimeu: Marcos 10:46-52
Os dois homens cegos: Mateus 9:27-31
O servo do centurião: Mateus 8:5-13
As vezes Ele falou uma Palavra de ordem:
O homem com paralisia: Lucas 5:17-26
A filha de Jairo: Marcos 5:22-24, 35-43,
As vezes Jesus combinou uma palavra de ordem e o toque:
O leproso: Mateus 8:2-4
Os dois homens cegos: Mateus 9:27-31
A sogra de Pedro: Lucas 1:38-39
O homem surdo e mudo: Lucas 7:32-35
O filho da viuda: Lucas 7:12-15
A filha de Abraão: Lucas 13:10-13
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As vezes Jesus orou:
A sogra de Pedro: Lucas 4:38-39
O homem surdo e mudo: Marcos 7:32-35
O filho de a viúva: Lucas 7:12-15
Lázaro: João 11:38-44
O homem com a mão ressequida: Marcos 3:1-5
Não era necessário para Jesus estar fisicamente presente com o enfermo para curar.
Ele curou a distância:
O servo do Centurião: Mateus 8:5-13
O filho do nobre: João 4:46-50
A filha da mulher de sirofenicia: Mateus 15:21-28
Jesus ordenou ao enfermo para fazer algo como parte do processo de cura:
Ao homem com a mão ressequida foi dito “Levanta-te e põe-te no meio”: Lucas 6:611.
5:1-9.
Ao homem paralisado em Betesda foi dito “Levanta-te, toma tua cama e anda”: João
Ao nobre com um filho enfermo foi dito, “Vê”: João 4:46-54.
Os dez leprosos foram mostrar-se ao sacerdote: Lucas 17:11-19
A um homem cego foi dito para lavar-se no tanque de Siloé: João 9:7
Jesus ministrou cura tanto em público (grupos e na sinagoga) como de modo privado
(casas e contatos individuais).
Jesus usou “material” incomum como:
Cuspe
Barro
Dedos nas orelhas
Dobras de suas vestes
Lavar em água
As vezes o enfermo o tocou
As multidões: Lucas 6:17-19
As multidões: Marcos 3:10
A mulher com fluxo: Marcos 6:56
As vezes Ele tocou o enfermo:
Dois homens cegos: Mateus 9:27-31
As pessoas com várias enfermidades: Lucas 4:40
O leproso: Lucas 5:13
A mulher com o espírito de enfermidade: Lucas 13:10-13
A filha de Jairo: Marcos 5:23-24
As instruções que Jesus deu depois das curas foram variadas. Por exemplo, a sogra de
Pedro saiu de sua cama e serviu aqueles que estavam em casa. Jesus requereu comida a ser
dada a filha de Jairo.
As curas de Jesus ocorreram em várias situações:
Ao redor de casas
Em reuniões abertas: nas ruas, por piscinas, nas ladeiras, nos barcos
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Em enterros
Em cemitérios
No Templo
Na hora de comer
De caminho a outros destinos
Nos jardins
Haviam respostas variadas aos milagres e as curas:
Assombro
Medo de Deus
Controvérsia
Não aceitação por parte de sua família e dos líderes religiosos
Demônios que clamam
Ira
Popularidade
Deus glorificado
Questionamento: “Que é isto?"
Discussão (informe e rumor)
Salvação da casa
Em resumo, quando nós consideramos o ministério de cura de Jesus como exemplo
para nossos próprios ministérios, entendemos que Cura e libertação devem ser parte de nossas
palavras e trabalho.
Ele curou muitos tipos diferentes de enfermidades e usou vários métodos de ministério.
A vezes as curas ocorreram sem a fé por parte do enfermo. Em outros momentos ocorreram
devido a fé do enfermo o seus amigos o parentes. Jesus ministrou a cura aonde quer que Ele
fosse e Seu ministério era marcado pela compaixão
Esses sinais seguirão aqueles que crerem.
T. L Osborn – Curai os enfermos e expulsai os demônios. Leia até seus olhos saltarem
das órbitas.
Variedade de Línguas
Fatos diversos sobre variedade de línguas
O dom de Variedade de línguas é manifestado TAMBÉM em momentos de
intercessão, grande alegria ou gozo espiritual e em resposta a presença da unção.
O meu começo no dom chamado línguas estranhas foi dentro de um ônibus
meio lotado, da linha 260 que faz o percurso Vila Valqueire - Praça 15 - da cidade do Rio de
Janeiro, quando ainda era adolescente. Eu ainda não tinha coragem de falar. Eu pensava em
línguas. Eu estudava na escola técnica. Já estava próximo da UERJ, indo para a Escola Técnica
Federal quando as palavras semelhantes àquelas que eu já ouvira nos cultos de igrejas
pentecostais brotavam em meus pensamentos. Eu achava engraçado. Pensei que estava
lembrando de tê-las ouvido em algum lugar. Porém, elas não pareciam uma lembrança. Elas
brotavam insistentemente. Não eram grandes frases. Algumas palavras. Algumas poucas
palavras. Daí a ter coragem de prenunciá-las, algum dia, foi um longo, mui longo caminho...
Línguas não são concedidas durante o chamado batismo com Espírito Santo.
São concedidas no decorrer de sua vida espiritual, dentro de um das muitas renovações ou
unções que Deus derramará sobre sua vida. Não acontece um único batismo. Ocorrem vários.
O primeiro deles pode vir ou não acompanhado da manifestação de línguas. O sinal para a
plenitude do Espírito ou do batismo no Espírito é o início da manifestação dos dons espirituais,
76
quaisquer que sejam eles. Você falará em línguas se for necessário para seu crescimento, se
não receberá OUTROS dons. Não somos nós que administramos o que haveremos de ter.
Milhões de anjos falam milhões de dialetos celestiais. A língua individual de
cada anjo é um adorno divino, dando características personalizadas a cada ser celestial. Todos
se entendem porque o padrão de comunicação celestial é diferente, como se os corações se
comunicassem, não com um processo cognitivo e mental como o homem. As palavras são
somente roupas da linguagem, os fonemas, os sons da fala e suas notas musicais apenas o
modo como nós representamos de modo que outros entendam, os nossos pensamentos,
atitudes, ações, nossa relação com o outro e nossa interação com as coisas ao nosso redor. As
palavras expressam nosso interior, o mover de nossa alma, as intenções de nosso espírito. É
por elas que manifestamos ao mundo o que habita nosso interior. Através do dom de línguas o
Espírito Santo:
Nos aproxima da comunidade angelical e dos poderes celestiais. Anjos estarão ao lado
dos falantes ministrando a eles sua língua particular. Não há operação deste dom sem a
presença angelical.
Na terra é manifesto parte do que se fala nos céus. As muitas línguas da pátria que um
dia haveremos de ver. Quando a igreja fala em línguas, na verdade, está sendo preparada para
habitar sua pátria final.
Comunica mistérios celestiais, ou seja, manifesta a igreja cenas, paisagens, atos
proféticos, eventos celestiais, segredos do coração de Deus, revelações sobre a eternidade,
sobre os anjos, sobre a unção, sobre Deus, sobre sua obra e sobre nós mesmos.
Não PODEMOS saber do que trata a maioria das coisas que falamos porque não são
assuntos que venhamos a entender, não é de interesse nosso, não estamos falando para nós
mesmos, porque não sabemos a quem tais palavras estão sendo dirigidas, e porque não é da
vontade de Deus que conheçamos as razões, quando não acontecer o exercício da
interpretação de línguas. A edificação no uso do dom de línguas, neste exercício do
desconhecido, se dá em virtude da unção manifesta em conjunto com elas e porque o nosso
espírito possui caminhos de crescimento espiritual que não passam pela mente humana. Falar
em línguas exercita o coração, exercita a fé, opera uma purificação (não uma visão budista ou
espiritualista, mas uma lavagem, uma limpeza dos pecados, uma necessária intervenção para
quebrar processos) do espírito humano. O crente que não receber o dom alcançará a
santificação por outros caminhos. É um recurso de graça para o que o possui, um modo
profundo e íntimo de orar que DEVE SER USADO. Deus conhece características espirituais do
homem desconhecidas por ele mesmo. Nosso espírito é edificado num nível profundo no
exercício do dom pela comunhão íntima com o Espírito Santo.
Necessita de fé e comunhão com Deus para seu exercício.
Quando alguém deve irromper em línguas na congregação?
Obs.: Nós falamos em línguas de modo audível, quando o Espírito Santo se mover dentro de
nós, irrompendo como se fosse uma garrafa de champagne estourando. Quando o incomodo de
não falar for tão forte que dificilmente possa ser contido. Esse é o sinal do Espírito para que
você abra a sua boca com ousadia e fale em línguas. Se este fluxo de línguas continuar por um
tempo maior, sendo ainda difícil interrompe-lo, é também o sinal de que você pode ser a
pessoa escolhida para falar o que será interpretado por alguém ou que Ele quer dar a
interpretação do que você está manifestando.
Quando falar em línguas no meio da igreja? Quando seu espírito for constrangido pelo
Espírito Santo a fazê-lo. Não se força línguas. Uma alegria profunda invade o crente e ele fala
sentindo profundamente, fortemente a vontade de manifestar línguas. O momento para que
você fale em línguas é debaixo da unção, da comoção divina, da manifestação da alegria de
Deus, debaixo de forte presença do Espírito Santo. Você deve orar sempre que necessário
independente de alegria, cheio de tristeza, aflito, desesperado, angustiado ou com paz. Sempre
que tiver a oportunidade, silenciosamente em grupo, ou sozinho, ou quando houver a
possibilidade, orar sozinho de modo audível, falando, em que você ouça o que está dizendo.
77
Existe uma diferença em orar em línguas de modo silencioso e de maneira audível, sentimentos
sobre a unção. O crente que fala em línguas PENSA em línguas também, o que lhe capacita a
orar só em pensamento.
O momento para interpretar é semelhante. O coração do crente que será usado
aquece, ele é constrangido, parece uma garrafa de champanhe prestes a explodir, um
sentimento de coragem o invade, palavras do espírito Santo começam a ser repetidas na sua
mente e ele tem que tomar uma atitude, que é pronunciá-las na medida que sua fé lhe permite.
O Evento de Babel (é para mim), uma repatriação de línguas celestiais. As línguas
estranhas são línguas celestiais, faladas por anjos na dimensão de Deus. Paulo cita este
entendimento que possui sobre o fato, no início do capítulo 13 de I Co. Em Gênesis, durante o
Evento de Babel, creio que houve uma dispersão de parte dessas línguas sobre a terra. Por
intermédio de uma operação de Variedade de línguas, Discernimento de espíritos e de outros
dons. Como falei, essa é uma visão pessoal do assunto, fruto das características que conheço
dos dois dons citados e de uma experiência que tive com o dom de línguas. Uma das facetas
de Variedade de línguas é poder falar em outras línguas da terra, inclusive dialetos indígenas,
africanos ou de aborígines australianos. Em essência por essa visão do fato, todas as línguas
terrestres já foram, um dia faladas no céu, antes de se tornarem patrimônio da humanidade.
Isso unifica a questão de que língua estranha é sinônimo de língua dos anjos, mesmo que o
falante nos entregue palavras em Chinês, Alemão ou francês ou hebraico.
Lembrando que pessoas podem falar em línguas quando estiverem dormindo. Durante
o dia quem normalmente está no domínio dos sentidos é nossa alma. Nossa mente. Durante a
noite, a mente adormece e o espírito humano, no entanto, continua ativo, em pleno
funcionamento. Dentro dele é que ocorre a maior parte dos nossos sonhos. Essa é a razão do
texto de Jô 4.13:
“Entre pensamentos vindos de visões da noite, quando cai sobre os homens o sono
profundo”.
Notas indignadas - Não presuma!
Observe o trecho abaixo de I Co 14:
15 Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
16 De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar
de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?
17 Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.
18 Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos.
Mesmo que não apareça explicitamente a palavra línguas, o restante do texto faz
referencia implícita ao dom. Note que Paulo não mudou de assunto. Ele continua a falar sobre o
dom línguas, do verso tal a verso tal. Contém aí um PRECIOSÍSSIMO conhecimento sobre os
dons espirituais.
Paulo compreende que quem ora em línguas, ora em espírito. Embora tal afirmativa
não se refere somente a línguas estranhas. OS DONS ESPIRITUAIS SÓ OCORREM NESSA
SITUAÇÃO. O HOMEM NÃO DOMINA O USO DOS DONS ESPIRITUAIS. OS DONS SE
MANIFESTAM COMO FRUTO DA COMUNHÃO DO HOMEM COM DEUS, DO ESPÍRITO HUMANO
COM O ESPÍRITO SANTO. A EXPRESSÃO “EM ESPÍRITO” SIGNIFICA O HOMEM EM PROFUNDA
COMUNHÃO, TENDO SEU CORAÇÃO COMPLETAMENTE VOLTADO PARA AS MANIFESTAÇÕES
DO ESPÍRITO SANTO. Observe que o também texto amplia as atividades realizadas em uso do
dom de Variedade de línguas: Intercessão em línguas (verso 15) Cânticos espirituais em línguas
78
(verso 15) Adoração em línguas (verso 16). Observe que Paulo diz que a adoração em línguas é
boa para a edificação pessoal (verso 17) e que entendia como motivo de adoração a Deus o
fato de ter recebido uma capacidade de falar em línguas maior que a de todos que conhecera
até então. Não sei exatamente sobre o que Paulo estava falando, qual o motivo de sua gratidão
(verso 18). Não sei se ele refere-se a quantidade de línguas que pode falar, a quantidade de
palavras diferentes que pronúncia quando no uso do dom, ou se refere ao período de tempo
que pode ficar falando, continuamente, em línguas.
Outro fato a respeito de línguas estranhas é que é ferramenta para a oração. A
intercessão em línguas é ferramenta poderosa para realização de coisas fantásticas.
1) É o espírito que colocará as expressões; as palavras adequadas; os motivos; as
razões; necessárias na intercessão em línguas. Como as palavras em línguas têm
início dentro de Deus, fruto de sua mente, de sua vontade, geradas pelo Espírito
Santo e não pelo Espírito humano, trazem consigo um perfume de eternidade; é na
verdade, a visão que Deus possui sobre a vida.
2)
É a terceira pessoa da trindade (O Espírito) em nossos corações conversando
com a primeira pessoa (O Pai) que permanece dentro da dimensão onde habita
corporalmente, morada dos anjos e lugar da Jerusalém celestial. OBSERVAÇÃO: SE
VOCÊ NÃO COMPREENDE A TRINDADE, PELO MENOS NO MÍNIMO NECESSÁRIO,
ESQUEÇA ESTA PARTE DA APOSTILA. Não há intervenção humana na criação das
palavras em línguas, não são frutos do pensamento humano.
3)
Por isso o apóstolo diz que quem fala em línguas, fala de mistérios, que posso
organizar em três aspectos:
a) Coisas desconhecidas pelo homem,
b) Coisas que Deus não quer que saibamos, pelo menos num primeiro momento e
c) Coisas que não nos dizem respeito.
O crente que fala em línguas não é edificado por ENTENDER o que diz, Mas por estar
em contato profundo com o Espírito Santo, podendo ser usado de formas variadas e
sobrenaturais para edificação da igreja. O dom se manifesta em nossos pensamentos, e
mesmo não falando de modo audível, sem emitir sons, o crente poderá estar sendo usado no
dom. Desde que deixe o Espírito Santo motivá-lo, encher seus pensamentos com palavras em
línguas.
4) Orar em línguas cooperará para a manifestação da unção num culto.
5) Muitos iniciaram a interceder em línguas em momentos de dificuldade sem palavras
humanas que expressassem seus sentimentos. Semelhante aos que choram e gemem diante de
Deus, num momento de extrema aflição. A expressão EM ESPÍRITO não é exclusividade dos
que estão sob o uso dos dons. É dita sobre aqueles que não desejam andar segundo a carne,
também dita sobre aqueles que estão debaixo de uma operação do Espírito além das trazidas
pelos dons e ditas sobre aqueles que estiverem em comunhão com Deus.
Interpretação de línguas
Interpretação de línguas é o dom através do qual os mistérios que estão contidos nas
palavras em línguas são tornados manifestos no meio da Igreja. A interpretação de línguas
pode declarar a igreja uma Palavra de Sabedoria – O Espírito Ensina a igreja sobre um aspecto
profundo das Escrituras, ou revela uma atitude correta, um modo de agir sobre determinada
situação, ensinando como viver; uma palavra de Conhecimento – O Espírito abre corações e
revela o que neles está oculto para consolar, para edificar, para salvar, para fortalecer, para
alertar, para repreender; uma Profecia – Uma palavra sobre coisas que certamente acontecerão
79
e por isso medidas deverão ser tomadas ou que poderão acontecer e por isso medidas deverão
ser tomadas;
Naturalmente o dom necessita do intelecto humano e atua em cooperação com a mente
humana. Por isso as limitações de fé, de conhecimento, e os acréscimos ou decréscimos
devidos a falta de coragem do que exerce o dom ou de seu próprio limites pessoais para
manifestação do dom. Certo tipo de interpretação de línguas é cercado de uma
operação do dom de discernimento de espíritos, o que pode separar a mente do
coração. E aí a coisa pega. Nesse caso, o que será dito não passará por filtro da
mente e nesse caso o interlocutor falará palavras muito acima de sua retórica
habitual ou capacidade verbal corrente. Uma interpretação nesse nível é grandemente
ungida e coisas assombrosas são trazidas ao conhecimento da igreja. Existe uma situação
semelhante que ocorre em quem opera línguas estranhas, quando da manifestação do dom
de línguas de modo profundo, quando quem fala emite palavras em hebraico, francês,
grego, alemão, catalão, fluentemente sem nunca ter aprendido, pelo fato das palavras
estarem saindo diretamente de seu espírito, sendo estas ministradas sem a anuência de seu
intelecto, ou pelo menos sem os limites NORMAIS impostos pela mente humana às
manifestações do Espírito de Deus. A concentração e a comunhão são extremamente
necessárias no exercício deste dom.
Quem possui o ministério de Profeta ou grande instrumentalidade em dons revelacionais
visualiza coisas tremendas mostradas pelo espírito Santo enquanto interpreta. Uma coisa
bastante MULTIMIDIA. Ele fala e vê, e em determinados casos também OUVE o que deve
dizer a igreja. Normalmente quem opera o dom interpreta palavras ou frases que lhe sobem
ao espírito (muito bruxuleante, vamos melhorar um pouco) ou fala coisas que fortemente
vem a sua mente, silenciosamente; de modo invisível, com o nosso espírito falando a nossa
alma, ou nosso coração sussurrando à nossa mente. Numa situação mais profética, o
interprete em línguas poderia ver um anjo falando consigo e falar as palavras que está
ouvindo à congregação.
Tive uma aula sobre cânticos em que um dos pastores entregava uma revelação dada
por intermédio angelical e que outro via o que o primeiro estava visualizando.
Certa interpretação de línguas que ocorria numa aula de um seminário era iniciada por
uma jovem que estava num dormitório, antes que um pastor com o dom o fizesse à cerca de
1000 pessoas em determinado acampamento. Ela não estava presente no auditório, mas o
sistema de audio levava o som da palestra até o dormitório feminino. As mulheres que estavam
lá ficavam espantadas ao ver que antes do pastor interpretar a mensagem em línguas, uma
jovem pronunciava exatamente a interpretação que estava sendo entregue.
ADENDO
O júbilo
O júbilo é uma grande manifestação de alegria. A volta dos heróis da guerra gera
júbilo. O nascimento de uma criança com perfeita saúde gera o júbilo. Uma vitória na ginástica
olímpica de uma de nossas ginastas, gera júbilo. Ganhar com a nossa seleção de basquete do
"Dream Team" americano, numa final olímpica, gera júbilo. Os atletas pulam, gritam, não
conseguem conter sua emoção. Júbilo é alegria que transborda, gozo que não pode ser contido,
gerando manifestações do nosso corpo.
Dentre as os textos que eu entendi sobre danças espirituais, reconhecendo a realidade
da dança como expressão de jubilo:
LC:24:52:
E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.
I Sm:4:5:
E sucedeu que, vindo a arca da aliança do SENHOR ao arraial, todo o Israel gritou com grande
júbilo, até que a terra estremeceu.
80
II Sm:6:15:
Assim subindo, levavam Davi e todo o Israel a arca do SENHOR, com júbilo, e ao som das
trombetas.
I Chr:15:28:
E todo o Israel fez subir a arca da aliança do SENHOR, com júbilo, e ao som de buzinas, e de
trombetas, e de címbalos, fazendo ressoar alaúdes e harpas. Sl:51:8:
Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
Ex:15:20: Então Miriã, a profetiza, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as
mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças.
O júbilo não é propriedade humana.
Em Jó vemos anjos jubilando, em Salmos 113, em Lucas, em Apocalipse vemos milhões
gritando em alta voz e Jesus afirma que há JÚBILO no céu por um pecador que se arrepende.
A partir daí compreendo que anjos dançando diante de Deus, são uma coisa comum.
O que digo agora é baseado em visões:
O júbilo dos anjos é manifesto em brincadeiras e parte da alegria angelical é manifesta
pela capacidade que eles têm de voar, com a qual podem fazer gestos que nós nem sonhamos
executar.
As cenas de alegria acima citadas foram vistas por pessoas que amam a Cristo,
possuidoras de dons espirituais, em momentos especiais de sua vida.
Mas, mesmo que não vejamos pessoalmente, creia que coisas espetaculares estão
acontecendo ao seu redor, cada instante e de modo SOBERBO quando a igreja de Cristo se
despe de incredulidade e invoca a Deus com o coração de uma criança.
Sobre cânticos Espirituais:
Desde a antiguidade, milhares de hinos pátrios, canções tradicionais, elegias, odes a
vitórias na guerra e cânticos de exaltação nacional foram compostos por poetas e trovadores
para exaltar sua terra, a sua nação, a sua cultura, constituindo a afirmação do valor de uma
determinada sociedade em algum momento único, para que as gerações sucessoras pudessem
relembrar e comemorar os feitos de um povo.
Isso é uma realidade musical cultural tão antiga quanto a própria história humana.
Entendo isso como uma sombra de uma realidade espantosamente superior. Podemos
afirmar destemidamente que na pátria celestial existem hinos nacionais, que falam da glória da
Jerusalém celestial, das maravilhas da pátria eterna e que exaltam as coisas celestiais. Que
falam do amor, do poder, da grandeza da cidade, da grandeza do Reino, da beleza do grande
Rei.
Uma das primeiras definições sobre cânticos espirituais que gostaria de tecer é esta:
Canções compostas no coração de Deus, concedidas pelo EspÍrito Santo, que
contém celebrações as coisas celestiais, exaltando a glória do Reino, e a grandeza
dos atos divinos, revelando coisas sobre a pátria celestial
Assim como muitos povos comemoram eventos, relembrando e celebrando suas
cidades, assim também Deus poderia revelar-nos hinos que celebram eventos históricos
celestiais, que celebram e trazem à lembrança fatos históricos acontecidos no céu. O céu tem
sua história
Se você meditar nesta comparação valiosa, vai poder entender outra coisa:
Que parte do Livro de Salmos são cânticos espirituais!!!!!!!!!
A diferença entre salmos (não o livro de Salmos, mas de NOSSOS salmos) e Cânticos
espirituais é que o salmo tem origem humana, é um movimento do nosso coração que dá início
ao salmo. São palavras inspiradas, ungidas fruto de nossa gratidão, que fluem
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espontaneamente de nossos lábios. O Espirito Santo contribui ajudando-nos, capacitando-nos
como um "ghost writer celestial" (ghost writer é o nome dado a pessoa que escreve nossas
memórias ou biografia, geralmente um escritor capacitado que adorna o que dizemos com sua
retórica privilegiada. Por falar nisso se você estiver precisando de um estou a sua inteira...).
Emocionando-nos, inflamando-nos. Apaixonando-nos.
O cântico espiritual, não tem origem humana, é do Espírito de Deus. Troca a posição, eu viro o
"ghost writer" de Deus (cabe a você os "adornos" da melodia composta nos céus, e a "beleza"
do cântico depende dos nossos talentos individuais). Como "beleza" não põe mesa no que diz
respeito a ordem das coisas divinas, que escolhe o fraco para confundir o forte e etc., a unção
faz coisas tremendas mesmo com cânticos, humanamente falando, estranhos.
Alguns povos quando iam às guerras, entoavam canções de batalha, canções de guerra
do mesmo modo como tinham orações que faziam antes do início de uma batalha. Esses
cânticos eram cânticos para inspirar coragem, semelhante ao dos cânticos que os exércitos
possuem para inspirar os recrutas quando fazem atividades extenuantes. Mas, havia uma
profundidade maior nos cânticos, pois o que o exército canta hoje é um resquício destes
cânticos, porque esses eram usados antes de uma batalha, antes da guerra.
Muitas vezes os músicos eram convocados com os instrumentos para o campo de
batalha. A batalha acontecia ao som do rufar dos tambores. Quem viu o filme Patriota com Mel
Gibson pode bem lembrar de como as tropas inglesas tocavam tambores e pífaros antes do
confronto com as tropas americanas.
Se você é perspicaz, notou que a alguns anos, hinos semelhantes a declarações de
guerra tem sido executados nas igrejas brasileiras. Aconteceu algo no que de respeito ao louvor
e a adoração nacional, alguma coisa fez com que diversas igrejas e em diversas denominações
cantassem cânticos que se relacionam com guerra espiritual. Essa perspectiva nova não é
gratuita, ela repete na igreja gentílica um processo semelhante ao dos Salmos para a igreja
judaica. No Velho testamento a sombra das realidades espirituais é sentida na carne dos
guerreiros mortos, no sangue derramado nas guerras de Israel. A palavra ‘inimigo’ é sinônima
de perigo iminente de vida e "livra a minha alma" é mais que um sentimento é uma
necessidade vivenciada muitas vezes debaixo de uma chuva de flechas, sob uma torrente de
lanças e coisas incendiadas. A sombra era duríssima...
Existe uma cena naquele filme que o Antônio Banderas participa (O décimo - terceiro
guerreiro. Treze homens são escolhidos por uma bruxa feia demais, para defenderem uma
aldeia Escandinávia atacada por seres que acreditavam serem sobrenaturais) em que acontece
uma cena muito emocionante, quando uma horda de guerreiros vestidos de urso, armados com
flechas e lanças invadem uma pequena aldeia viking na Escandinávia. Neste momento, os
guerreiros que já não eram mais os 13 do início, (já tinham morrido alguns guerreiros)
começam a entoar uma oração em voz alta, todos ao mesmo tempo, se preparando com as
espadas nas mãos, para batalha sangrenta que estava para acontecer. O detalhe principal desta
cena é que eles estão sorrindo, esperando ansiosos com o momento que para nós se
assemelha ao fim do mundo.
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E nós vivemos do confronto com a REALIDADE que foi a sombra do Velho Testamento.
As duas guerras são ruins. Tanto a real como a espiritual. Entendendo que Deus
chamou a igreja do século XX para uma tomada de decisão, uma postura firme contra os
poderes que governam as nações, não fica difícil entender que Cânticos espirituais gerassem
letras, hinos, Cânticos e canções que incentivassem a igreja a lutar. PORÉM, vivemos um tempo
de imitação. Quanto mais espiritual for algo, mas complicado fica pra realizar. Sem ENTENDER
o que se canta, sem que seja o MOMENTO certo, sem ORIENTAÇÃO divina, sem sensibilidade
profética, sem aporte de dons espirituais, sem unidade de pensamento da comunidade a que
você pertence... ADORE A DEUS COM SIMPLICIDADE, BELEZA, COM CANTICOS DE AMOR,
EXALTAÇÃO AO CORDEIRO. Com hinos DADOS por DEUS na sua comunidade. Fruto do louvor
dos lábios.
ORIGINALIDADE.
Aquilo que é profético irá determinar um conjunto de atitudes e atos da igreja,
definidos dentro do cronograma de Deus para sua igreja na terra, de modo a fortalecê-la, e
edificá-la.
Os Cânticos espirituais são proféticos. Uma vez interpretados pelo Espírito originarão
profecias.
Outra empolgante definição, após lidas estas rudes páginas:
O Cântico profético é uma profecia cantada.
Cânticos espirituais:
A segunda definição sobre cânticos que gostaria de tecer é:
Cântico do Espírito Santo, de amor pela Igreja de Cristo.
O Espírito Santo ama sua igreja, ama Israel, ama a humanidade, ama a criação.
Sua sensibilidade o torna grandioso compositor.
Por isso os cânticos podem conter
lamentações do Espírito, como o livro de Jeremias, onde o Senhor lamenta a perda de vidas, a
não conversão de homens.
Podem conter profecias sobre as coisas que irão acontecer com a terra, com a igreja.
Podem comemorar um milagre, uma cura, uma operação de maravilhas.
Podem expressar a alegria angelical pela grandiosidade da revelação das Escrituras entregue
num culto.
Sobre cântico espiritual, verificando o grego.
São louvores cantados de origem no Espírito de Deus, com a parceria do nosso coração,
também denominado "cantar no espírito".
Veja o texto:
I Cor:14:15:
Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com
o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
A situação que resulta neste texto é que alguns cultos eram feitos, em Corintos, inteiramente
em línguas, ou na maior parte, com até mesmo os louvores sendo entoados em línguas. O
resultado não edificava os visitantes que entravam e saiam sem entender absolutamente nada.
Cantar em espirito fala dos cânticos em línguas entoados na congregação de Corinto. Existem
duas palavras interessantes neste texto:
Espírito e entendimento.
No grego
Pneumas e Psique.
Dons espirituais em grego é "Charismatas pneumas".
Espírito de Deus seria "pneumas Theos".
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Pneumas é sopro, fôlego, respiração, logo, vida, essência do ser. Psique diz respeito a
conhecida psicologia, mente, pensamentos, capacidade cognitiva, raciocínio, razão, que as
Escrituras traduzem por ENTENDIMENTO.
Cantar em espírito é cantar em pneumas, ou "pneumatikos odes" (cânticos espirituais) e cantar
pelo entendimento seria "psique ode", cânticos usando as faculdades intelectuais.
Ode é uma palavrinha grega que ainda é usada na nossa literatura, uma poesia épica, um
elogio, uma canção, uma história que louva um ato ou acontecimento.
"Cantarei um ode a tua vitória!"
Os gregos entoavam "odes", canções. Cânticos.
De forma bem simples, corinhos de louvor a Deus. Um cântico espiritual é , basicamente, um
hino de louvor.
Com uma GRANDE diferença. Não somos nós que "tecemos" tais odes. Ele é pneumático, ou
seja, pertence a esfera dos dons espirituais, não é composto pelo homem. Se o for, deixa de
ser, se torna "cantar segundo o entendimento". É fruto ou produto do Espírito Santo dentro de
nós. Não é um dom espiritual, ele é um modo de expressão (profundo, santo, ungido e
profético) que o Espírito concede aos que o adoram. De modo poético, as belas definições a
seguir:
É Deus cantando através do homem.
É o Espírito Santo Cantando através de nós.
É a manifestação de palavras do Espírito Santo com melodia.
A associação do canto angelical e dos cânticos espirituais:
São três os modelos para entendermos os dons espirituais.
O primeiro modelo:
Nós e o Espírito Deus, atuando em conjunto para manifestação de coisas sobrenaturais (Ele
como fonte e nós como meio para a manifestação).
Se eu oro em línguas, meu espírito ora recebendo do Espírito as palavras em línguas. Já que o
Espírito de Deus está dentro de mim, comunica-me línguas no instante em que falamos. Se eu
manifesto os dons de curar, por exemplo, o Espírito me concede o poder que flui dEle, passa
pelo nosso espírito, sai de nós e cura o doente. Se eu recebo uma revelação de Deus, o Espírito
fala ao meu espírito a revelação. Se uma pessoa fala em línguas e outra interpreta, O Espírito
fala palavras em línguas para o espírito da primeira e a outra pessoa dá a tradução, mediante
instruções do Espírito Santo no seu interior.
Neste caso os cânticos seriam passados do Espírito Santo para nosso espírito, quando nós
interpretaríamos ou expressaríamos esta sua inspiração ou revelação.
O segundo modelo:
Nós, O Espírito de Deus e os anjos. Didaticamente falando, nós e o Espírito Santo como fonte e
os anjos como meio da manifestação.
Na primeira visão, o Espírito concede poder para que nós sejamos os operadores de sinais,
nosso corpo como canal para seu poder.
Na segunda visão, o Espírito Santo nos capacita para operarmos com cooperação dos
anjos as manifestações do poder de Deus.
Se eu oro em línguas, um anjo comunica línguas no instante em que falamos. Se eu manifesto
os dons de curar, anjos impõem a mão sobre o enfermo no mesmo tempo e curam o doente.
Se eu recebo uma revelação de Deus, anjos falam ao meu espírito a revelação. Se uma pessoa
fala em línguas e outra interpreta, um anjo fala palavras em línguas para a primeira e outro dá
a tradução para a segunda. Ou seja, COMO existindo uma coordenação entre a atuação
íntima do Espírito Santo e o resultado deste mover sendo finalizado com ministrarão
angelical.
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Neste caso, os cânticos espirituais seriam a repetição (numa péssima interpretação, já que
nossas cordas vocais não são sombra da capacidade vocal de um anjo) das canções entoadas
pelos anjos quando acontece o mover do Espírito Santo dentro da igreja. Veja como um rio que
corre ao mesmo tempo por dois canais diferentes. Veja o texto:
Ezequiel capítulo primeiro:
19 E, andando os seres viventes, andavam as rodas ao lado deles; e, elevando-se os
seres viventes da terra, elevavam-se também as rodas.
20 Para onde o espírito queria ir, eles iam; para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se
elevavam defronte deles, porque o espírito do ser vivente estava nas rodas.
21 Andando eles, andavam elas e, parando eles, paravam elas e, elevando-se eles da
terra, elevavam-se também as rodas defronte deles; porque o espírito do ser vivente
estava nas rodas.
Nesse texto enigmático de Ezequiel, apesar de não entendermos completamente, vemos de
modo claro uma INTERAÇÃO entre os querubins e as rodas, entre os espíritos dos Querubins e
as tais rodas. Há uma interação profunda entre o Espírito de Deus e os seres celestiais. Assim
como eles e
outras realidades (as esferas).
O terceiro:
Um misto dos dois primeiros. Podem acontecer as duas coisas ao mesmo tempo, ou
independentemente. Ora, o Espírito Santo trata DIRETAMENTE conosco, ora ele age
EXTERNAMENTE, com exercício angelical. Nas duas esferas, TUDO ACONTECE PELA
MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO E DEBAIXO DA SOBERANIA DE DEUS. Jesus é o Senhor dos
anjos, eles TRABALHAM CONOSCO.
Veja bem, não para nós... CONSERVOS..Servem a Deus como nós, fazendo o que Deus quer.
Eu aconselharia a entender conforme o terceiro modelo...
A questão se relaciona como os dons espirituais se manifestam na igreja e da interação entre o
Espírito de Deus e dos seus anjos. Tem-se uma idéia por demais compartimentada do
ministério angelical. Separam-se normalmente as operações angelicais das operações do
Espírito Santo. A bíblia nos demonstra uma situação de interação bem maior. O que é claro
para um profeta pode não o ser para os demais, é só lembrar de Geazi . Não que sejamos
como um tal profeta esclarecido. Nós por exemplo, estamos mais para Geazi que para Eliseu.
Contudo, num nível mais profundo sobre dons espirituais, que não é escopo deste estudo,
poderia dizer que são cânticos angelicais trazidos ao espírito humano.
Ou invertendo a ordem,
Cânticos do Espírito Santo poderiam ser ministrados a igreja por meio de anjos, ao nosso
espírito. Esse entendimento se relaciona com o fato da interação profunda entre o ministério do
Espírito Santo e o ministério angelical. Creio firmemente que os anjos estão intimamente
relacionados as operações espirituais, a profecia, a cura, a operação milagrosa. Não existe a
separação entre o poder do Espírito e aos anjos que nos acostumamos a acreditar. Existe um
mistério na interação entre os anjos e o Espírito Santo. Imagine, se Deus habita nos
NOSSOS corações, nós que somos carne, pecadores, vivemos num mundo maligno,
como não será a comunhão e a interação do Pai com seus ministros celestiais?
Nós perdemos de vista a poesia e beleza da ministração angelical por causa de desvios
doutrinários graves no passado.
Jo:1:51:
E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os
anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.
85
Eu entendia como o primeiro modelo, migrei para o segundo e atualmente associo os
dois. Compreendendo a ministração angelical como fruto da unção, atuando em conjunto com a
manifestação do Espírito. Ou seja, manifestada a unção do Espírito santo, manifesto os dons,
estarão presentes imediatamente também os anjos e que operações podem ser realizadas
diretamente, ou mediante ministração angelical.
Somos um time.
As Escrituras falam que os anjos cantam e mostram tais coisas em Apocalipse. O mais
extraordinário evento é o canto dos Querubins, os mais poderosos seres do universo. O simples
voar dos Querubins ecoa na eternidade como o trovejar da voz de Deus.
Imagine os anjos cantando.
Significado profético dos cânticos espirituais:
O livro de Cantares é inteiramente um Cântico Espiritual. Essa é um outro entendimento
que eu possuo sobre o assunto. A partir deste entendimento, imagino o livro como se ele fosse
um cântico cantado por uma jovem ungida, jorrando línguas estranhas no meio da
congregação. Sendo o livro inteiro um cântico espiritual.
O que contém Cantares?
Tudo.
Do ministério de Cristo ao Arrebatamento da igreja até a chegada da Nova Jerusalém, e
mais além. Quando mais você ler cantares com um olhar profético, mais absurdado você vai
ficar. Absurdado é como perplexo, só que babando um pouco mais.
Lembrei de um sonho (mais uma vez a prova que Deus usa as sogras) onde Jesus regia
um coral de anjos. O hino que cantavam dizia respeito a chegada dos novos céus e da nova
terra onde os filhos de Deus se alegrariam e viveriam eternamente.
Só uma menção, relembrando o fato que os anjos cantam Cânticos espirituais.
Os Cânticos podem acompanhar a entrega e a proclamação da Palavra de Deus,
quando feita de modo profético/ungido. Eles coroam-na, é uma manifestação de júbilo quando
da entrega dos decretos de Deus (lembra que o anuncio do rei Nabucodonozor foi cercada de
sons de instrumentos? Existia uma SOLENIDADE, a proclamação real era SOLENE). Quando a
Palavra ungida é entregue na terra, os anjos cantam e esses cânticos ecoam na alma humana.
Uma pregação totalmente inspirada por Deus, poderia ser interrompida muitas vezes pela
entoação de cânticos espirituais num culto absolutamente isento de restrições proféticas. Os
líderes católicos, protestantes e evangélicos devem reaprender a dar, na medida devida, o
espaço para que o Espírito Santo tenha liberdade para agir e curar seu povo.
EM SÉTIMO LUGAR – Conhecer e desenvolver uma visão ministerial segundo o Espírito
de Deus
CONHECER A VONTADE DE DEUS
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A lei áurea das Escrituras é andar segundo o Espírito de Deus. Nós adoramos a um Deus que
possui o dom da linguagem. Deus não somente está vivo, mas comunica-se. Revela-se.
Demonstra sua vontade, seus desejos, realizando seus desígnios, com a participação efetiva
do espírito humano regenerado em suas ações. A grande chave da vida vitoriosa em Deus é
conhecer de modo claro e viver de acordo com a vontade de Deus. Essa vontade é o desígnio
do Espírito Santo, o que ele orienta, o que ele ordena. O Espírito de Deus é o soberano dentro
da igreja. Jamais foi dado ao homem o papel de guia da igreja ou do corpo de Cristo. Um corpo
não se move por si mesmo, ele é guiado e conduzido pela mente e pelo espírito.
Rom 8:4 para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que
não andamos s segundo a carne, mas segundo o Espírito.
A carne nas Escrituras significa a natureza humana. A ordem de Deus é não viver
segundo ela. Então, se não podemos viver segundo esta natureza, herança de Adão, vamos
viver de acordo com o que? A resposta é que temos uma natureza divina habitando nossos
corações, é Deus conosco, é o Espírito de Deus, é segundo essa natureza que Deus aguarda
que vivamos. Romanos 8.4 invoca a todos os crentes a viverem de acordo com o Espírito de
Deus, ou em Concordância com o Espírito Santo. O verso 8.6 Nos fala da mente controlada
pelo Espírito e não pela nossa natureza humana.
Rom 8:6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é
vida e paz
Porque se a natureza humana controlar a nossa mente estaremos fazendo coisas que são
contra a amizade de Deus.
Rom 8:7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é
sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser;
Rom 8:8 e os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Os que querem viver segundo essa natureza não podem agradar a Deus. Por isso Romanos
8:9 nos convoca a vivermos segundo a vontade do Espírito de Deus
Rom 8:9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito
de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal
não é dele.
Convoca-nos a viver no Espírito, na esfera e ação das coisas do Espírito de Deus, traduzindo
que se alguém não viver nessa esfera, não compartilhar dessa experiência de vida, não
pertence a Cristo.
Rom 8:14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são
filhos de Deus.
Cristo está em nós habitando através do Espírito de Deus. Essa presença sobrenatural é que
nos dá a vida. A vida está no Espírito de Deus.
Rom 8:10 Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por
causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
Romanos 8:12 no mostra a obrigação de não vivermos segundo a nossa natureza.
Rom 8:12 Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos
segundo a carne;
Romanos 8:13 nos convoca a matarmos as ações, atitudes e intenções pecaminosas através
do poder do Espírito de Deus.
Rom 8:13 porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se
pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis
E Romanos 8:14 deixa bem claro que:
Rom 8:14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são
filhos de Deus.
É essa submissão continua, esse compartilhar da vida e da natureza de Deus conosco, cada
instante, cada dia, através da PRESENTE manifestação do Espírito Santo que nos torna filhos
de Deus. Não é um ato do passado, o momento da conversão, que nos identifica com Cristo. É
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sermos conduzidos por Ele, é compartilharmos a vida com Ele. A comunhão com Deus é
operada em nossos corações pela pessoa do Espírito Santo. É Ele que conhece os planos,
desejos, anseios e aspirações de Deus para a igreja e para as nossas vidas. A vontade de
Deus não nos é revelada pelas Escrituras sem a orientação e a confirmação do Espírito de
Deus. As Escrituras servem de peso para papéis morto sem o Espírito Santo para comunicá-la
ao nosso coração. A Palavra de Deus só é Viva e Eficaz quando vivificada pelo poder do
Espírito Santo.
II Co 3:7 Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória,
de maneira que os filhos de Israel não podiam fixar os olhos no rosto de Moisés, por
causa da glória do seu rosto, a qual se estava desvanecendo,
IICo 3:8 como não será de maior glória o ministério do espírito?
IICo 3:15 sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o
coração deles.
IICo 3:16 Contudo, convertendo-se um deles ao Senhor, é-lhe tirado o véu.
IICo 3:17 Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.
O texto abaixo é riquíssimo, significando que a cada dia essa convivência e interação com o
Espírito Santo nos tornarão cada vez mais semelhante a Ele. Como se fossemos uma imagem
dele, uma foto, possuindo um caráter muito parecido com o caráter do próprio Deus. O Espírito
Santo quer nos transformar para que pensemos como ele pensa e refletirmos sobre a vida a
visão que Ele tem sobre ela. Deus possui uma identidade única, um coração grandioso, é cheio
de bondade, misericórdia, verdade. Ele quer compartilhar essa natureza com o nosso coração,
nos transformando em gente segundo seu coração, em filhos que tenham o mesmo respeito
que Jesus possui pelas coisas celestiais, com o mesmo amor pela humanidade, com o mesmo
prazer em cumprir e viver a vontade de Deus em quaisquer circunstancias, em qualquer lugar,
seja na terra, seja um dia no céu ou na nova criação. O Espírito de Deus proporcionará ao
crente:
1)
2)
3)
4)
Capacitação espiritual
Capacitação emocional;
Condição espiritual para realizar os planos de Deus
Renovação da mente; mudanças de conceitos; de posturas; de resoluções interiores;
de decisões; comportamentos; compreensão de realidades espirituais; atitudes;
IICo 3:18 Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem,
como pelo Espírito do Senhor.
Essa é a razão dos dons espirituais. Comunicar-nos essa natureza, acrescentar a nossa vida a
dinâmica da vida do Espírito de Deus.
Jo 17:21 para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que
também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
Essa comunhão com Deus nos comunica poderes celestiais, que manifestam no Corpo de
Cristo aquilo que Ele é, para que possa se cumprir em nós de modo concreto a unidade com
Deus Pai, com Cristo e com seu Espírito. “Para que também eles sejam um em nós”.
Jo 17:22 E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós
somos um;
Os dons são essenciais, foram dados com a finalidade de nos unir ainda mais a Cristo. “Eu
lhes dei a glória que a mim me deste” possui dentro de seu contexto essa visão. Jesus
concede à igreja na terra a glória que DEUS PAI LHE CONCEDEU. Essa glória diz respeito
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não a atos poderosos realizados no passado, ou a fama recorrente destes atos. Não é a
grandeza do chamado, ou ao nome que a família de Deus toma na terra,
IPe 4:14 Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque
sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus.
Diz respeito às coisas naturais do Espírito de Deus. A palavra glória nas Escrituras trás sempre
a nossa lembrança a Shekinah, como os hebreus denominavam a MANIFESTAÇÃO VISÍVEL
da presença do Deus vivo.
Ef 1:17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai da glória,
vos dê
o espírito de sabedoria
e de revelação
no pleno conhecimento dele;
Essa glória era divisada em cada cura, em cada milagre, em cada ressurreição, em cada
palavra de sabedoria na boca de Cristo. Por três anos de seu ministério terreno a terra
TREMEU diante da glória de Deus manifestada através do poder de Deus na pessoa de Cristo.
“Quem é esse que até o mar lhe obedece?” “tudo faz bem, faz ver os cegos e faz falar os
mudos”. Essa glória é a confirmação continua no seio da igreja do amor, do cuidado, do zelo de
Deus pelos seus, que se estabelece pela Autoridade e Unção, pelas riquezas da glória, pelos
sinais, prodígios e maravilhas, pela paz que excede todo o entendimento, pela alegria e pelo
amor não fingido, que são conseqüências da presença e atuação do Espírito no meio da igreja.
O salmo 71 profetiza a seguinte situação:
Sl 71:16 Virei na força do Senhor Deus; farei menção da tua justiça, da tua tão
somente.
A palavra força (gebûrâh) aqui é a mesma para poder, para atos poderosos, prodígios, cuja
idéia também está contida em energemata dumameon - operação de milagres.
Energemata é parente grego da palavra ENERGIA e dunameon, da palavra dínamo, tem o
mesmo prefixo de DINAMITE. Faz parte dos planos pré-estabelecidos e proféticos de Deus
conceder o seu PODER para a igreja em Cristo. Esse PODER é ministrado ao mundo natural
pela operação do Espírito Santo.
Sl 71:17 Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho
anunciado as tuas maravilhas.
O Salmista aborda o fato de que não recebeu instrução de origem humana, que Deus tratou
com ele de um modo especial, e que o fruto deste aprendizado foi que ele estava
constantemente anunciando MILAGRES. O fruto do ensino do Espírito de Deus ao salmista foi
a formação de alguém que cria em maravilhas, que ansiava por elas, que as propagandeava.
Se o ensino de uma igreja é baseado nas Escrituras e na comunhão com o Espírito, ela
também terá o mesmo testemunho.
Sl 71:18 Agora, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó
Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos
os vindouros.
O Salmista continua avisando que ele havia anunciado uma mensagem que trazia no bojo as
grandes obras divinas, e além disso queria deixar bem claro que tais coisas não se restringiam
ao passado. Por isso ele deixava a indicação que tais coisas se manifestariam em gerações
que ainda iriam nascer.
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Gal 3:5 Aquele pois que vos dá o Espírito, e que opera milagres entre vós, acaso o faz
pelas obras da lei, ou pelo ouvir com fé?
Na medida em que a igreja recebe sua comissão para pregar o evangelho, no nascer da igreja
gentílica, esta recebe o Espírito, que operará nela a partir daí os milagres em seu meio.
Essa manifestação não cessa com a morte dos apóstolos e nem poderia cessar, porque
enquanto o Espírito de Deus estiver com a igreja de Cristo, estará se cumprindo o que
profetizado milhares de anos antes:
Gal 3:14 para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em Jesus Cristo, a fim de
que nós recebêssemos pela fé a promessa do Espírito.
A promessa de Abraão é para o tempo gentílico, que se inicia em Atos no capítulo segundo e
que termina quando for pregado o evangelho a toda criatura.
Esse evangelho profetizado é como diz o mesmo texto em Latim:
O evangelho pleno acontece quando In potentiam Domini. Enquanto o Espírito Santo
estiver atuando na Igreja só há um tipo de pregação, uma única visão, um único entendimento
que reflete com perfeição a INTENÇÃO de Deus com seu Evangelho. É que o evangelho É O
PODER DE DEUS.
Sl 71:16 introibo in potentiam Domini Domine memorabor iustitiae tuae solius
Sl 71:17 Deus docuisti me ex iuventute mea et usque nunc pronuntiabo mirabilia tua
Sl 71:18 et usque in senectam et senium Deus ne derelinquas me donec adnuntiem brachium
tuum generationi omni quae ventura est potentiam tuam
‫ לבדך׃‬6666 ‫ צדקתך‬2142 ‫ אזכיר‬3069 ‫ יהוה‬136 ‫ אדני‬1369 ‫ בגברות‬935 ‫ אבוא‬Sl 71:16
‫ נפלאותיך׃‬5046 ‫ אגיד‬2008 ‫ הנה‬5704 ‫ ועד‬5271 ‫ מנעורי‬3925 ‫ למדתני‬430 ‫ אלהים‬Sl 71:17
1571
5704
2209
‫וגם‬
‫עד‬
‫זקנה‬
‫ וׂשיבה‬7872 ‫ אלהים‬430 ‫ אל‬408 ‫ תעזבני‬5800 ‫ עד‬5704 ‫ אגיד‬5046 ‫ זרועך‬2220 ‫ לדור‬1755 ‫ לכל‬Sl
71:18
905
6381
O poder do Espírito é legado divino, faz parte da herança dos filhos de Deus, estabelecido para
os habitantes da nova Jerusalém que ANTECIPADAMENTE possuem a GRAÇA de provarem
da eternidade, das coisas celestiais.
Gal 4:26 Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é nossa mãe.
Essa identidade entre o corpo de Cristo e o Céu, com os poderes angelicais, com as
coisas celestiais, é tão intenso, que Paulo afirma que a Jerusalém do alto é a mãe dos
crentes, ou seja, que Jerusalém celestial é a mãe da igreja.
Heb 12:22 Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém
celestial, a miríades de anjos;
Heb 12:23 à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o
juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados;
Heb 12:24 e a Jesus, o mediador de um novo pacto, e ao sangue da aspersão, que fala melhor
do que o de Abel.
Hebreus afirma que estamos participando agora desse mistério, que essa é hoje a atual
situação do corpo de Cristo:
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
Chegamos à Jerusalém celestial
Chegamos à presença de miríades de anjos
Chegamos à universal assembléia
Chegamos à igreja dos primogênitos
Chegamos à igreja dos inscritos nos céus
Chegamos à presença de Deus juiz de todos
Chegamos à presença de espíritos dos justos aperfeiçoados
90
8) Chegamos a JESUS. Chegamos ao Sangue derramado.
O Salmo 74 profetiza que haveria uma geração que ensinaria um evangelho morto. Que
entrariam inimigos dentro da assembléia dos santos. Assim como o templo de Jerusalém seria
destruído pelos caldeus, assim têm agido os teólogos contemporâneos. Tem trabalhado
arduamente para a destruição do evangelho pleno. O resultado da perda desta visão de
comunhão profunda e de plena fé na operação do Espírito de Deus pode ser vista nas ruas de
cada cidade.
Que herança lhes destinaremos ?
Sl 74:3 Dirige os teus passos para as perpétuas ruínas, para todo o mal que o inimigo tem feito
no santuário.
Segundo a Organização Internacional de Trabalho, OIT, mais de 220 milhões de crianças
trabalham no mundo, mais da metade delas em funções perigosas e em condições e
horários precários, com jornadas de trabalho de até 17 horas.
Sl 74:4 Os teus inimigos bramam no meio da tua assembléia; põem nela as suas insígnias por
sinais.
San Vicente, Colombia
Na entrada de um bordel, adolescente aguarda o próximo cliente.
Dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, revelam que
milhões de crianças são vítimas da exploração sexual em todo o mundo. A cada ano, um
milhão e duzentas mil crianças são vítimas de tráfico e venda.
Sl 74:5 A entrada superior cortaram com machados a grade de madeira.
Mais de 100 mil meninas são vítimas de exploração sexual no Brasil, conforme dados da
Organização Internacional do Trabalho, OIT.
O filme “Anjos do Sol” aborda a cruel realidade que cerca o tema. Conforme relatos da equipe
de produção, a exploração sexual de crianças e adolescentes no país ocorre em duas frentes: nas cidades litorâneas, estando ligado ao turismo sexual realizado por estrangeiros; - e nas
cidades do interior das regiões Norte e Nordeste, onde a necessidade desesperada de renda
criada pela pobreza leva os pais a venderem suas filhas. O filme expõe algumas das práticas
que envolvem a exploração sexual infanto-juvenil, como o leilão de meninas virgens, e os
personagens que lucram com esse mercado: aliciadores (que compram as meninas de suas
famílias), donos de boates, cafetões, coronéis e políticos.
Dentre as tantas histórias tristes que inspiraram o roteiro do filme está a da pequena
menina apelidada de R$ 0,50, por ser este o preço que ela cobrava por programa.
Sl 74:6 Eis que toda obra entalhada, eles a despedaçaram a machados e martelos.
91
Muitas destas crianças mantêm algum tipo de laço familiar, porém despendem a maior
parte do tempo nas ruas, - pedindo esmola, vendendo coisas de pouco valor, engraxando
sapatos, lavando vidros de carros -, a fim de complementar o ganho familiar. Não raro, se
envolvem em pequenos furtos.
Outras vivem de fato nas ruas, em grupos, dormindo em prédios abandonados, debaixo de
pontes e viadutos, e em parques públicos.
Nos dois grupos, os meninos são maioria. As meninas têm por destino a prostituição.
Sl 74:7 Lançaram fogo ao teu santuário; profanaram, derrubando-a até o chão, a morada do
teu nome.
Segundo dados do Escritório das Nações Unidas de Combate às Drogas e ao Crime,
UNODC, o uso de drogas ilícitas no mundo vem crescendo, apesar dos esforços mundiais
de controle. Os EUA permanecem como os principais consumidores de maconha e cocaína
no mundo.
Não muito distante da Disneylândia, a Terra da Fantasia, crianças, filhos de pais viciados
em drogas, catam latas a fim de complementar o orçamento familiar, e ajudam, como
podem, nos afazeres domésticos.
Sl 74:8 Disseram no seu coração: Despojemo-la duma vez. Queimaram todas as sinagogas de
Deus na terra.
92
No mundo, segundo dados do UNICEF, estima-se que 55% das mortes de crianças estão
associadas à desnutrição, à fome que debilita lentamente.
Sl 74:9 Não vemos mais as nossas insígnias, não há mais profeta; nem há entre nós alguém
que saiba até quando isto durará.
Sl 74:10 Até quando, ó Deus, o adversário afrontará? O inimigo ultrajará o teu nome para
sempre?
Sl 74:11 Por que reténs a tua mão, sim, a tua destra? Tira-a do teu seio, e consome-os.
Sl 74:12 Todavia, Deus é o meu Rei desde a antigüidade, operando a salvação no meio da
terra (libertações pela terra - bíblia de Jerusalém)
93
Abutres e crianças disputam as sobras que encontram num aterro sanitário da capital
hondurenha. Juan Flores e outras crianças reviram o lixo a fim de encontrar qualquer coisa que
possa ser comido ou vendido.
Salmo 77:13 profetiza: fico meditando nas tuas façanhas, nas tuas maravilhas.
Sl 77:15 Tu és o Deus que realiza maravilhas mostrando tua força as nações.
Kosovo, 1999
Rejeitar os dons e o Poder de Deus gera seqüelas.
Uma igreja sem poder assiste o mundo no qual habita ser destruído.
Ela contempla absurdos e pouco pode fazer para influenciar o destino da humanidade.
Ef 1:3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com
todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo;
Outra tradução em linguagem de Hoje: o qual concedeu todos os dons espirituais celestiais em
Cristo.
O salmo 78:22 profetiza:
Sl 78:22 porque não creram em Deus nem confiaram na sua salvação.
Isaias 3:12
O meu povo, os teus condutores te desencaminham, enbaralham as veredas em que
deves andar.
Em toda parte vemos destruição e horror. Fomos abençoados para abençoar. O Poder sobre a
igreja não foi concedido para sermos melhores do que ninguém. Foi concedido porque é
necessário. Porque é vital. Porque sem ele pouco podemos fazer.
94
Israel, 2006
Gal 6:8 Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no
Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.
Líbano, 2006
Sl 78:32 Com tudo isso ainda pecaram, e não creram nas suas maravilhas.
A pergunta é até quando a igreja vai deixar de lado sua vocação sobrenatural, sua condição de
fazer mais do que está fazendo, num mundo de seis bilhões de seres humanos em nome de
suas tradições, em nome de sua teologia?
O legado do calvário nos concede os dons espirituais. Cuja finalidade é permitir que o Espírito
nos conduza, oriente, guie.
Sl 78:53 Guiou-os com segurança, de sorte que eles não temeram; mas aos seus
inimigos, o mar os submergiu.
A vontade de Deus é que sejamos guiados pelo seu Espírito.
Sl 78:54 Sim, conduziu-os até a sua fronteira santa, até o monte que a sua destra
adquirira.
Sl 78:55 Expulsou as nações de diante deles; e dividindo suas terras por herança, fez
habitar em suas tendas as tribos de Israel.
É por ouvir e obedecer ao Espírito que a igreja se submete a soberania de Deus, que ela
alcança as vitórias sobre os poderes deste mundo.
Rejeitar o governo do Espírito é rejeitar a Deus. Rejeitar os dons é rejeitar ao Espírito Santo.
Pregar contra os dons é apostasia.
95
Sl 78:56 Contudo tentaram e provocaram o Deus Altíssimo, e não guardaram os seus
testemunhos.
A maior testemunha de Deus é Jesus. Ele tem dado o seguinte testemunho:
Mar 16:17 E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão
demônios; falarão novas línguas;
Mar 16:18 pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará
dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados.
O resultado de não dar ouvidos a este testemunho, inventando teorias malignas e mentirosas,
distorcendo fatos, acrescentando interpretações de caráter humano causam a morte espiritual
de milhares de denominações. Rejeitar os dons é rejeitar em última instancia a vontade
revelada de Jesus para seu povo na terra.
Sl 78:57 Mas tornaram atrás, e portaram-se aleivosamente como seus pais; desviaram-se
como um arco traiçoeiro.
Sl 78:58 Pois o provocaram à ira com os seus altos, e o incitaram a zelos com as suas
imagens esculpidas.
Sl 78:59 Ao ouvir isso, Deus se indignou, e sobremodo abominou a Israel.
Sl 78:60 Pelo que desamparou o tabernáculo em Siló, a tenda da sua morada entre os
homens,
Sl 78:61 dando a sua força ao cativeiro, e a sua glória à mão do inimigo.
O resultado é a mornidão, o esfriamento, o mundanismo.
O salmo 84:5 diz: Felizes os homens cuja força está em ti e que guardam as peregrinações
no coração.
Essa expectativa de que homens vivam na dependência do Espírito Santo é a essência e
o cerne da pregação do Evangelho.
Gal 5:25 Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.
Gal 5:16 Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne.
Isaías 5:4
Que me restava ainda fazer a minha vinha que eu não tenha feito? Por que quando eu
esperava que desse uvas boas, deu uvas azedas!
Gal 5:19 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a
impureza, a lascívia,
Gal 5:20 a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as
iras, as facções, as dissensões, os partidos,
Gal 5:21 as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas,
contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas
praticam não herdarão o reino de Deus.
Dizer que os dons cessaram, é assumir responsabilidade gravíssima diante de Deus. Pregar
que não são mais necessários um crime hediondo.
Habacuque 2:18
De que serve uma escultura para que seu artista a esculpa? Um ídolo de metal, um mestre de
mentira, para que nele confie seu artista, construindo ídolos mudos?
Um profeta aguarda que Deus realize o impossível.
96
Hab 3:2 Eu ouvi, Senhor, a tua fama, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos;
faze que ela seja conhecida no meio dos anos; na ira lembra-te da misericórdia.
Bíblia de Jerusalém
Iahweh, ouvi tua fama,
Temi, Iahweh, a tua obra!
Em nosso tempo, faz Revive-la,
Em nosso tempo, manifesta-a!
Na cólera, lembra-te de ter compaixão.
No derramar do Espírito Santo, na plenitude do Espírito, dons são derramados sobre a igreja
HOJE. Hoje em nosso meio se cumpre o que foi previsto por Joel. Significa que independente
da doutrina, da linha de pensamento adotada, da orientação teológica, todo homem e mulher
em Cristo terá experiências sobrenaturais. Os adolescentes terão sonhos, crianças
profetizarão, poderes divinos estão presentes junto de cada coração que intercede, de cada
crente que exercita sua fé genuína nas Escrituras.
Joe 2:28 Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão
visões;
Joe 2:29 e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu
Espírito.
Gal 5:22 Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a
bondade, a fidelidade.
Gal 5:23 a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.
Mar 16:14 Por último, então, apareceu aos onze, estando eles reclinados à mesa, e lançoulhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem dado crédito aos
que o tinham visto já ressurgido.
Mar 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.
Mar 16:16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Mar 16:17 E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios;
falarão novas línguas;
Mar 16:18 pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados.
Mar 16:19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita
de Deus.
Mar 16:20 Eles, pois, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e
confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam.
Veja que
1) Jesus possui atualmente a mesma condição espiritual, sacerdotal, e governamental
descrita no texto em Marcos. Não aconteceu nenhuma dispensação ou mudança na
eternidade, variação no contexto profético que modificasse o estado de coisas
instituídas desde que Jesus se assentou a destra de Deus.
2) O texto inicia com uma constatação de INCREDULIDADE da parte do circulo mais
íntimo de Jesus. A primeira coisa que Jesus faz é escancarar sua incredulidade.
Estavam a um passo da apostasia. Estavam morrendo espiritualmente.
3) Os sinais começam após a Grande comissão, ou a ordenação da pregação do
evangelho a TODA criatura. Coisa que até agora a igreja não consegui alcançar. Os
sinais são partes da vida esperada da igreja, e é praticamente PALAVRA FINAL DE
JESUS para o seu corpo na terra. Jesus diz: Imporão as mãos sobre os enfermos e
serão curados e ponto final. Na visão de Marcos, isso é finalístico, é uma ordem, é uma
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responsabilidade especial como um testamento. Logo após esse momento, Jesus
ascende aos céus. Em Atos veremos que não foram ainda essas as últimas palavras,
mas é desse modo que ele deseja que o evangelho de Marcos termine. Essa é a
história que será contada por anos, esse é o epílogo de sua obra, essa é a transcrição
de sua vontade. Rejeitar os dons é rejeitar os últimos momentos do ressurreto sobre a
terra.
4) A essa declaração seguem-se os sinais. As maravilhas em Atos são as confirmações
da idoneidade da promessa. A identidade de Deus com suas maravilhas é tal que
ainda em Marcos, ainda dentro desses versos finais, é dito que ia com eles
“cooperando o Senhor” e ‘confirmando a Palavra’ com ‘os sinais que se seguiam’ A
igreja nasceu aprendendo que sinais prodígios e maravilhas são a “cooperação do
Senhor” com a manifestação do Evangelho. Todo ministro que não espera que sua
pregação possa produzir esse tipo de resposta celestial está enfermo. Está doente.
Uma igreja na qual não acontecem libertações, onde demônios não são expulsos, está
morta. Como pode ser que um lugar onde habita DEUS, que é a assembléia dos
santos, o CORPO DE CRISTO (não a construção, mas os santos) não possua
Autoridade para expulsar demônios? Um ministério que rejeita tal fato, é desleal ao
Senhorio que o chamou. É desleal ao Evangelho que o convocou. É parcial na esfera
de suas ações, e mentiroso nas suas interpretações.
Ef 3:10 para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas
regiões celestes,
Ef 3:11 segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor,
Todo homem que rejeita os dons espirituais não pertence a Cristo. Está rejeitando
indiretamente ao Espírito de Deus. Todo homem que diz que uma manifestação de línguas
não vem do Espírito quando verdadeiramente é sinal dado por Deus, está em pecado.
Nenhum ministério na terra que pregar contra qualquer um dos dons espirituais está de
acordo com a vontade de DEUS. Está em REBELIÂO. Ministros, professores, membros de
igrejas, doutrinas, ministérios, pregadores, doutores, teólogos, que negam aos dons,
negam também ao Espírito Santo, negam as Escrituras e negam ao próprio Jesus. Essa é
a admoestação de I Coríntios:
1Co 12:3 Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus,
diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo.
O Espírito Santo é Deus. Mas, também é Cristo. O Espírito de Deus é o espírito de Cristo.
Quem nega ao Espírito de Deus, nega ao próprio Jesus! Assim como quem nega as
Escrituras, está negando a Deus.
Apc 3:22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
A ordem divina é ESCUTAR AO ESPÍRITO DE DEUS. As orientações na Palavra Escrita
em I CO 13 são em primeiro lugar, uma revelação do Espírito Santo dada a Paulo. O
conhecimento sobrenatural que ele possui sobre os dons são fruto de revelações do
Espírito. Paulo, diferente de MILHARES de teólogos e milhares de professores apóstatas,
OUVIA A VOZ DO ESPÍRITO.
O fruto de um evangelho morto é resultado direto de NÃO OUVIR A VOZ DO ESPÍRITO,
NÃO ACEITAR SEUS DONS, NÃO PERMITIR SEU DOMÍNIO, NÃO ACEITAR SUA
ORIENTAÇÃO, NÃO ADMITIR SEU SENHORIO. A igreja moderna vive a desgraça de um
evangelho de satanás ou de um evangelho humano. As Escrituras, sem a interpretação
dada pelo Espírito de Deus, tornam a igreja naquilo que os Fariseus e Saduceus se
tornaram no conhecimento de Deus. Morta. Inútil.
2Pe 2:1 Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos
mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o
Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
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Os falsos mestres pregam a Jesus e negam o poder do Espírito. Negam os dons. Negam as
manifestações. Torcem pelo desastre do movimento de Cura, odeiam os movimentos
pentecostais, zombam dos dons de línguas, não acreditam na palavra profética, não buscam
Nenhuma orientação de Deus por meio do Espírito Santo porque na verdade NEGAM a TODO
poder e a toda manifestação real e genuína do Espírito de Deus. Negam ao Senhor que os
resgatou, veja, foram resgatados! Foram convertidos, CRERAM um dia na pessoa Maravilhosa
de Cristo, mas se tornaram IDÓLATRAS DA LETRA, se tornaram espíritos religiosos, não
TEMEM a Deus, não aceitam receber os DONS que a eles são destinados.
E vivem uma hipocrisia. Toda oração feita a Deus é um ato que envolve dois espíritos. O
espírito de quem ora e o Espírito de Deus que recebe a oração. Toda orientação espiritual
divina só tem validade ser for realizada pelo Espírito de Deus. A leitura das Escrituras não é
suficiente para a Salvação. As Escrituras nada podem fazer pelo homem que não crê, e nada
podem fazer pelo homem que não quiser ter comunhão com o Espírito de Deus. Nenhum ser
humano pode por seus esforços naturais realizar a vontade de Deus. Nenhum homem pode
conhecer a vontade de Deus específica para sua vida sem a orientação do Espírito de Deus.
Mar 1:8 Eu vos batizei em água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo.
Luc 3:16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem
aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das
alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo
Cumprem a parábola:
Luc 13:25 Quando o dono da casa se tiver levantado e cerrado a porta, e vós começardes, de
fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, abre-nos; e ele vos responder: Não sei donde vós
sois;
Luc 13:26 então começareis a dizer: Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste
nas nossas ruas;
Luc 13:27 e ele vos responderá: Não sei donde sois; apartai-vos de mim, vós todos os que
praticais a iniqüidade.
Jo 16:13 Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade;
porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas
vindouras.
Jo 16:15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é
meu, vo-lo anunciará.
Act 20:28 Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio
sangue
OITAVA QUESTÃO – Interceder tendo como base o mistério sobre o sangue de Jesus
Compreender e orar tendo como base a profundidade do mistério do Sangue de Jesus.
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O Sangue
A morte de Cristo resgata o homem do reino das trevas, a um alto preço, a vida de Jesus
imolada no monte da caveira, onde derrama seu sangue. O cordeiro do sacrifício mosaico, a
oferta pelo pecado imolada pelo sumo sacerdote, simboliza esse momento da eternidade. Por
pelo menos dois mil anos os israelitas contemplaram aquele momento representado pela morte
do cordeiro na páscoa. Jesus morre exatamente no momento em que na frente do templo em
Jerusalém está sendo sacrificado um cordeiro de verdade, cerca de três horas da tarde. Nesse
dia em especial, era o mais significativo dos sacrifícios ofertados, era chamado de cordeiro da
expiação, o dia que os judeus chamam de yom kippur (dia da expiação), onde será feito um
sacrifício pelos pecados de toda a nação. O sumo sacerdote sacrificaria o cordeiro amarrado
nas quatro pontas do altar e com o sangue derramado sobre uma bandeja de prata, sozinho,
iria até o mais interior do templo, o lugar proibido à entrada do homem comum ou de qualquer
outro que não fosse o sumo sacerdote. Sacerdotes comuns iriam até uma sala imediatamente
anterior dentro do santuário, conhecida como lugar santo. Esta sala já era por si oculta dos
olhos dos participantes do culto, através de uma grossa cortinada, porém só o sumo sacerdote
poderia ultrapassar a SEGUNDA CORTINADA, que encobria o local chamado SANTÍSSIMO
lugar, onde finalmente se ajoelharia e derramaria ou colocaria a bandeja num móvel que
substituíra a Arca da Aliança que fora saqueada pelos babilônicos, cerca de 470 anos antes
deste momento. Quando Jesus grita está consumado, a faca ainda tremula nas mãos do sumo
sacerdote à entrada do santuário em Jerusalém. A terra treme, sepulcros são partidos,
cadáveres de santos se levantam de seus túmulos num cemitério de Jerusalém, ressurretos, a
escuridão que desde cedo tomava conta da cidade começa a se desfazer, enquanto que o
primeiro e o segundo véu são rasgados de alto a baixo. A multidão olha estarrecida para o
lugar mais sacro de sua religião, aberto aos olhos de todas as pessoas comuns.
O sacrifício de Jesus tem a finalidade de ROMPER com a barreira entre Deus e os homens;
tornar MANIFESTO os segredos de Deus para a humanidade; RECONCILIAR consigo o
pecador; RESGATAR DO PODER DAS TREVAS E DA ESCURIDÃO a alma e o espírito
humano; LIBERTAR o homem das prisões e poderes demoníacos que o encarceravam. O
sangue de Jesus é um SINAL, uma ALIANÇA. A morte de Jesus, e o derramar de sua vida, a
doação de sua vida é representado pelo derramar daquele sangue humano, biológico, que um
dia correu nas veias do nazareno. A vida de Jesus vai muito além daquilo que o corpo humano
que recebeu na encarnação poderia conter. A essência de sua vida era unida a própria
essência da divindade, sua natureza mais íntima era a natureza de Deus. Sua vitimação cruel
foi uma atitude de traição humana, de rejeição sacerdotal plena, sem nenhuma legitimidade
moral, social, legal ou espiritual. Um justo como ele, que viveu sem jamais ter pecado, que
cumpriu TODA a vontade de Deus em sua vida, não teria por força da LEI de DEUS que morrer
em hipótese alguma. O salário do pecado é a morte, mas o salário da justiça é a VIDA
ETERNA. Há uma promessa no Velho Testamento que declara que aquele que cumprir a
exigência da LEI, VIVERÁ.
(Gálatas 3.13) Ainda diz que um indivíduo que está sob a lei, “en nomo”, (Romanos 2.12) tem
que se haver com as seguintes conseqüências: a lei exige obediência total (Gálatas 3.10,
citando Deuteronômio 27.26); somente aquele que pratica a lei viverá e será justificado
(Gálatas 3.12, citando Levíticos 18.5)]
A morte de Cristo é a maior injustiça de toda a história da eternidade. Ele, contudo, não morria
pelos seus próprios pecados. Morria pelos nossos. Ele derrama sua essência imortal, e quando
o faz, resgata toda a raça humana do poder do pecado. O sangue de Jesus possui o
significado de perdão, reconciliação, pagamento de dívidas com Deus.
Seu sangue humano simboliza sua VIDA derramada, sua ESSENCIA destruída, o cessar de
sua EXISTENCIA, o finalizar de sua ETERNIDADE. Esse Jesus estava VIVO desde todo o
sempre. Nunca houve época em que Cristo não existisse. Quando os anjos nasceram, ele
estava lá. Quando os Querubins vieram a existir, ele estava lá. Toda a vida do universo
procede de Cristo. Ele é anterior a toda a fauna, a toda flora, a todo espírito de toda espécie de
criatura. Esse ato de obediência extrema, obediência até a morte, e morte de cruz, do mais
magnífico e nobre de todos os seres, ecoou de tal modo que transformou o tecido da
existência. A morte de Jesus ecoa na terra, atua na natureza, na esfera de existência dos
mortos, nas regiões dos abismos da morte, nas regiões celestiais, e dentro do próprio céu. A
100
criação dominada pela morte, recebeu a visitação da vida, e o poder daquilo que ocorre
durante a morte de Jesus, mudou a estrutura espiritual do universo. Jesus não está morto, ele
ressuscitou ao terceiro dia, porém seu sacrifício possui grandioso significado diante de todos os
demônios. O sangue de Jesus RESGATA o homem, é a MOEDA que Deus pagou pela alma
humana. Todo aquele que se torna participante de Cristo aceitando seu sacrifício se torna,
PELO SANGUE DO CALVÁRIO, PROPRIEDADE de Deus. Quando o crente se converte,
Satanás já não tem direito a essência, a alma, ao espírito, ao corpo, aos bens, mesmo a família
dos cristãos. Esse sinal invisível é divisado pelo inferno e pelo poderes das trevas.
O sangue de Jesus é a base para remissão de nossos pecados e a cruz do calvário a provisão
para nos tornarmos NOVAS CRIATURAS. O sangue de Jesus derramado na cruz cuida de
NOSSO PASSADO.
Mas, quanto ao tempo presente?
É dito pela teologia que a cruz varre o tempo até o princípio e nos resgata permanentemente
até o final da história. Porque necessitamos orar pelo sangue, que já foi derramado? Ele já não
nos proporcionou a vida eterna permanentemente? Já não é fato histórico? Já não faço parte
do reino, desde a conversão?
Somos novas criaturas. A cruz é o marco entre a velha vida e a nossa nova condição. Não nos
tornamos seres sem pecado. CONTINUAMOS PECANDO, NESSE NOVO PATAMAR. NOVAS
CRIATURAS POSSUEM AINDA A NATUREZA HERDADA DE ADÃO. Nosso corpo não se
converteu. A cruz é a resposta para o velho homem.
O processo da salvação não parou na cruz. Jesus RESSUSCITA DOS MORTOS e vai dar
prosseguimento a ela. HOJE ele está a DIREITA de Deus Pai e por nós intercede.
A cruz simboliza o momento em que a ovelha morre no altar. O próximo passo é que o
sacerdote entraria no santuário e iria até o santo dos santos, derramar esse sangue na
presença dos querubins de ouro sobre a arca da aliança. Jesus está fazendo agora o que foi
profetizado por cerca de dois mil anos de ministério levítico, começando pela tenda da
congregação, terminando na sexta-feira da paixão (a ultima ovelha legalmente aceita foi a da
parte da manhã, porque à tarde Jesus se tornou, literalmente, o CORDEIRO DE DEUS). Jesus
entra nos céus, pelo seu próprio sangue. É sua vida, doada na morte e RETOMADA na
ressurreição que CRISTO apresenta diante de Deus, AGORA.
A Igreja AGORA ora baseado no sangue de Jesus, porque JESUS está AGORA apresentando
seu sangue, isto é SUA VIDA, como OBLAÇÂO diante de DEUS.
Quando você peca, e ora pelo perdão o que as Escrituras dizem?
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça”
Mateus 26:27,28 (Phi) ..."Bebam isso, todos vocês, pois é o meu sangue, o sangue do novo
acordo derramado para libertar muitos de seus pecados.
Marcos 14:24 (TEB) Jesus disse, "Este é meu sangue que é derramado para muitos, meu
sangue que sela a aliança de Deus".
Lucas 22:20 (JNT) "Este cálice é a nova aliança ratificada pelo meu sangue, que está
sendo derramado por vocês.
1 Coríntios 11:25 (NVI) ... "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre
que o beberem, em memória de mim".
E Hebreus completa,
Hebreus 12:23-24 (Phi) ...Vocês se aproximaram de Deus, o juiz de todos, e do espírito
dos justos aperfeiçoados, e de Jesus, Mediador do novo acordo, e do sangue
purificador, que nos conta uma história melhor do que a do sangue de Abel.
Tendo OUSADIA para entrarmos na presença do TRONO DE DEUS, pelo sangue de Jesus,
porque HOJE esse sangue esta DIANTE DOS OLHOS de DEUS PAI, CADA INSTANTE DA
ETERNIDADE.
101
Quando você invoca o perdão de seus pecados com base no Sangue de Jesus, não é a cruz
que ele necessita trazer a memória. É o próprio Filho, assentado ao seu lado, que lembra de
modo perfeito, tudo o que a cruz significou.
Resumindo:
Os demônios então vêm no invisível as marcas da possessão divina em nossas vidas. Como
continuamos pecando, necessitamos nos purificar a cada dia. O pecado é arma que o inferno
pode usar para nos ferir, invalidar ministérios e em casos extremos até mesmo nos matar
espiritualmente, como é o caso da apostasia. Apostasia significa NEGAR ou REJEITAR
PERMANENTE E CONSCIENTEMENTE A FÉ EM CRISTO. Só podem apostatar os que um
dia seguiram a Cristo, os que um dia o conheceram VERDADEIRAMENTE. O falso crente, o
joio, o enganador, esse nunca se converteu, não tem como apostatar. Já é apóstata por
condição.
O sangue não permite que demônios possam nos atacar.
A oração pelo perdão dos pecados é validada pelo sangue de Jesus, pela sua Vida.
Então, existe uma operação espiritual em nossas vidas proporcionadas pela VIDA de Jesus,
além daquelas proporcionadas pelos DONS do Espírito Santo.
O sangue de Cristo não é um amuleto ou talismã. Invocar o poder do sangue de Jesus não trás
mais efeito para a expulsão de demônios do que ficar na chuva. O poder do sangue é nos
tornar AGRADÁVEIS diante de Deus, alcançando para nós PROPICIAÇÃO – alcançando para
nós PURIFICAÇÃO, deixando claro diante das hostes, potestades, poderes e soberanias que
somos PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS.
Quando a mente de um crente estiver sobre qualquer tipo de ataque maligno, ele deve invocar
a purificação através da doação da VIDA de Cristo, orando com base nesse mistério do
sangue.
– Pai, derrama do sangue do Cordeiro, passa do sangue de Jesus sobre mim – significa, Pai,
derrama da Vida de Cristo, de sua Essência sobre minha vida, Protege-me, esconde-me
debaixo do poder desta Vida. Quando este invoca a Deus assim, essa oração imediatamente
manifesta o poder de Deus para sua PURIFICAÇÃO, para sua PROTEÇÃO.
Entender e orar com base no sangue de Jesus é para PREPARAR o coração do crente, é para
PURIFICAÇÂO de sua consciência, é para LIMPAR sua mente, rompendo (imediatamente)
qualquer tipo de operação maligna.
Não se pode invocar a manifestação da vida de Jesus, orar para que o Espírito Santo
manifeste sua Vida, (a vida que o Espírito Santo concede é justamente a vida de Cristo
manifesta aos nossos corações) ou que os efeitos que operam sobre a vida do crente, em
virtude do sangue de Jesus, atuem sobre o incrédulo.
Demônios não são expulsos pelo poder do sangue de Jesus
Porque ele não diz respeito ao poder das trevas. Ele diz respeito á igreja e ao Senhor. O
sangue de Jesus tem poder! O Sangue de Cristo! Faça isso é você vai ficar HORAS
expulsando demônios. Se um espírito imundo se incomoda com o fato de você invocar o poder
do sangue, é que quando VOCÊ é limpo, purificado, você está em condições de invocar a
AUTORIDADE necessária para expulsá-lo ou destruir forças malignas.
Uma vez eu orava atrás de um endemoninhado exatamente: o sangue de Jesus tem poder,
etc. O sujeito opresso, virou-se para mim, que só estava orando em pensamentos e disse: - Eu
sei que o sangue de Jesus tem poder. E pronto, virou-se como se eu não existisse e continuou
sua caminhada, ainda opresso.
O poder sobre o crente para expulsão de demônios vem de outra origem.
Vem do NOME de Jesus que foi outorgado por Cristo, na GRANDE COMISSÃO lá em Marcos
capítulo 16.
Vem do PODER do Espírito de Deus habitando seus corações. A presença do Espírito Santo, a
unção, é um tormento para os espíritos malignos.
102
Vem da manifestação angelical por ocasião da ORDENAÇÃO por parte da Igreja para que um
espírito imundo qualquer deixe de atuar sobre alguém, seja por opressão ou por domínio
parcial ou por domínio completo.
O sangue de Jesus, a vida do cordeiro, a lembrança da violência cometida ao autor da vida, é
que é cuida dos nossos pecados – Atesta nossa condição de propriedade, purifica nossas
consciências e nos dá IMEDIATA condição de usarmos as armas que o Espírito Santo e a
Palavra de Deus nos outorga.
Muitas visões são dadas aos crentes atestando a realidade do poder do sangue de Jesus, para
sua libertação, para destruição de poderes malignos sobre suas vidas. Algumas vezes durante
os batismos, durante o novo nascimento, no início de ministérios proféticos, durante processos
de libertação, etc.
O poder do sangue é para a IGREJA. Ele atua nas demandas internas, onde há manifestação
de poderes malignos sobre a alma ou sobre o espírito humano regenerado. Quando o crente
ora com base no sangue, reaviva sua fé no sacrifício, relembra as hostes e potestades que
TODO O PODER PERTENCE A DEUS, porque através do sacrifício ele RETOMA o universo
que havia sido vitima de apropriação indébita, RETOMA a humanidade, que trabalhava como
escrava para suprir o reino passageiro, os ideais do reino das trevas.
Para meditação, outros textos.
João 19:34-35 Um dos soldados perfurou seu lado com uma lança; e imediatamente saiu
sangue e água. Isto foi evidenciado por aquele que viu o ocorrido...
Apoc. 5:9 ... com seu sangue compraste homens para Deus.
Mateus 10:29-30 (NVI) "Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Contudo, nenhum
deles cai no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Até os cabelos da cabeça de vocês
estão todos contados. Então, não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!"
1 Pedro 1:18-19 (Phi) Mas vocês tem que ver que vocês foram resgatados do jeito fútil do seu
viver, passado através de suas tradições, não com pagamento em dinheiro desse mundo. Não,
o preço na verdade foi o sangue de Cristo, o cordeiro sacrificial, sem defeito e sem mancha.
1 Coríntios 7:23 (Phi) Vocês foram redimidos por um preço tremendo...
"VENDIDO"
Notas de Estudo NVI: "`Redenção' é uma palavra tomada do mercado de escravos - a idéia
básica é a de se obter liberdade através do pagamento de um resgate".
I Coríntios 7:23 (Jer) Vós fostes redimidos, por um preço tremendo...
João 19:30 (RA) Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a
cabeça, rendeu o espírito.
Comentário Conhecimento Bíblico: "Tetelestai" é a palavra grega usada para o frase "está
consumado". Recibos de impostos em papiro foram encontrados com a palavra grega
"Tetelestai" escrita neles, o que significa "liquidado".
NÓS SOMOS POSSESSÃO DE DEUS
Imagine-se vestindo uma camiseta na qual está escrito bem grande em vermelho "VENDIDO".
"Desculpe-nos, não estamos aceitando mais ofertas!" "VENDIDO" para aquele que pagou mais.
Apocalipse 1:5 (JNT) Aquele que nos ama, que nos libertou de nossos pecados pelo preço de
seu sangue...
Já que Jesus nos comprou com seu sangue, devemos perceber que na realidade não temos
controle sobre a nossa vida. Fomos comprados, e estamos agora sob o senhorio de nosso
novo Mestre.
1 Cor. 7:23 (Liv) Vocês foram comprado e pagos por Cristo; então vocês pertencem a ele...
1 Cor. 6:19-20 (Phi) ... Vocês não são donos de seus próprios corpos...
1 Cor. 6:19-20 (NVI) Vocês não são de si mesmos; vocês foram comprados por alto preço...
1 Cor. 6:19-20 (Jer) Vós não sois propriedades de si mesmos; fostes comprados e pagos.
COMPRADOS PARA QUÊ?
1 Cor. 6:18-20 (TEB) Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora
do corpo, mas o fornicador peca contra seu próprio corpo. Vocês não sabem que seu corpo é o
templo do Espírito Santo, e que o Espírito é o dom de Deus para vocês? Vocês não pertencem
a si mesmos; foram comprados por um preço. Portanto, honrem Deus em seu corpo.
103
Tito 2:14 (NVI) ... que se entregou por nós a fim de nos remir de toda maldade e purificar para
si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.
Apocalipse 5:9-10 (NVI) e eles cantavam um cântico novo: "Tu és digno de receber o rolo e de
abrir os seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda
tribo, língua, povo e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles
reinarão sobre a terra".
Efésios 1:13-14 (NVI) ... Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o
evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa. Ele é a
garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da
sua glória.
Apocalipse 12:11 (TEB) Nossos irmãos ganharam vitoria sobre [Satanás] por causa do sangue
do Cordeiro, e pela verdade que proclamaram; e eles estavam dispostos a entregar suas vidas
e morrer.
Romanos 14:8 (RA) Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor
morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.
ESCRAVOS DE DEUS?
Madre Teresa: "Eu pertenço a Jesus. Ele tem que ter o direito de me usar sem me consultar".
Romanos 6:20-22 (RA) Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação
à justiça. Naquele tempo que resultados colhestes? Somente as coisas de que agora vos
envergonhais; porque o fim delas é morte. Agora, porém, libertados do pecado, transformados
em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna; porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus
nosso Senhor.
Romanos 6:23 (Phi) O pecado PAGA seus servos: o salário é a morte. Mas Deus DÁ àqueles
que o servem, seu dom gratuito é a vida eterna através de Jesus Cristo nosso Senhor.
LEMBRE-SE DO PREÇO!
Romanos 3:24-25 (NVI) ...sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da
redenção que há em Cristo Jesus. Deus o apresentou como sacrifício para propiciação
mediante a fé, pelo seu sangue...
Colossenses 1:14 (Liv) ... foi ele que comprou nossa liberdade com seu sangue e perdoou
nossos pecados.
Atos 2:28 (Liv) "E agora, cuidado! Alimentem e pastoreiem o rebanho de Deus - a igreja, que foi
comprada com seu sangue - pois o Espírito Santo os considera responsáveis como pastores".
Efésios 1:7 (NVI) Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de
acordo com as riquezas da graça de Deus,
Hebreus 10:29 (BLH) Então, o que acontecerá com os que desprezam o Filho de Deus e
consideram como coisa sem valor o sangue do acordo de Deus, que os purificou? E o que
acontecerá com quem insulta o Espírito do Deus que o ama? Imaginem como será pior ainda o
castigo que essa pessoa vai merecer!
PROTEGIDO PELO SANGUE
Êxodos 12:7-12-13 (RA) ... "Tomarão do sangue e o porão em ambos os umbrais, e na verga
da porta, nas casas em que o comerem... Porque naquela noite passarei pela terra do Egito, e
ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; executarei
juízo sobre todos os deuses do Egito: Eu sou o Senhor. O sangue vos será por sinal nas casas
em que estiverdes: quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga
destruidora, quando eu ferir a terra do Egito".
Romanos 5:9 (RC) Logo muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por
ele salvos da ira.
COMPRADOS EM TERMOS DE QUE CONTRATO?
Um novo contrato (acordo ou pacto) nos "redime" de nosso mestre anterior, a Lei e o pecado.
Êxodos 24:8 (RA) Então tomou Moisés aquele sangue e o aspergiu sobre o povo, e disse: "Eis
aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras".
Jeremias 31:31,34 (RA) "Eis ai vem dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de
Israel... Pois perdoarei as suas iniquidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei".
Isaías 53:5 (RA) ... Ele foi transpassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados.
1 Pedro 2:24-25 (NVI) Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a
fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês
104
foram curados. Pois vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao
Pastor e Bispo de suas almas.
Hebreus 8:13 (NVI) Chamando "nova" esta aliança, ele tornou antiquada a primeira; e o que se
torna antiquado e envelhecido, está a ponto de desaparecer.
O SANGUE PURIFICADOR
Hebreus 9:15-22 (Phi) Cristo é, conseqüentemente, o administrador de um acordo totalmente
novo, tendo o poder, pela virtude da sua morte, para redimir as transgressões cometidas sob o
primeiro acordo... Pois, assim como no caso de um testamento, o acordo é valido somente
após a morte. Enquanto o testador [a pessoa a quem se refere o testamento] viver, o
testamento não tem poder legal. E, na verdade, vemos que mesmo o primeiro acordo do
testamento de Deus foi sancionado com o derramamento de sangue... "Este é o sangue do
acordo que Deus fez com vocês". E vocês verão que na Lei quase todas as coisas são
purificadas por meio de sangue - isto está implícito em vários lugares; "Sem derramamento de
sangue não há remissão de pecado".
VIDA NO SANGUE
Levíticos 17:11 (RA) Pois a vida da carne está no sangue...
O que é mais "real" e permanente: o mundo que vemos ou o mundo espiritual? Qual é o
mistério do qual participamos, que verdade está sendo revelada nos elementos da Comunhão?
João 6:41-60 (Phi) Com isso, os judeus começaram a murmurar contra ele... "Não é este
Jesus, o filho de José, cujos os pais conhecemos? Como ele pode dizer, 'Eu desci do céu'?"...
Jesus respondeu e disse, "Eu mesmo sou o pão da vida. Seus pais comeram maná no deserto,
E ELES MORRERAM!... O pão que dou a vocês é o meu próprio corpo e eu o darei pela vida
do mundo". Isto levou os judeus a discutir acirradamente e alguns deles disseram, "Como pode
esse homem nos dar seu corpo para o comermos?" Então Jesus lhes disse, "A não ser que
vocês comam o corpo do Filho do Homem e bebam seu sangue, eu asseguro que vocês não
têm vida. O homem que comer o meu corpo e beber meu sangue tem vida eterna e eu o
ressuscitarei quando o último dia vier. Pois o meu corpo é verdadeira comida e meu sangue é
verdadeira bebida". ... Muitos de seus discípulos ouviram-no dizer estas coisas e comentaram,
"Este ensinamento é muito duro; quem pode aceitá-lo?"
Mateus 26:27,28 (Phi) ..."Bebam isso, todos vocês, pois é o meu sangue, o sangue do novo
acordo derramado para libertar muitos de seus pecados.
Marcos 14:24 (TEB) Jesus disse, "Este é meu sangue que é derramado para muitos, meu
sangue que sela a aliança de Deus".
Lucas 22:20 (JNT) "Este cálice é a nova aliança ratificada pelo meu sangue, que está sendo
derramado por vocês.
1 Coríntios 11:25 (NVI) ... "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que
o beberem, em memória de mim".
1 Coríntios 10:16 (NVI) O cálice da bênção que abençoamos não é uma participação no
sangue de Cristo? E o pão que partimos não é uma participação no corpo de Cristo?
PERTO DE DEUS
Colossenses 1:19-23 (NVI) Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e
por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que
estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. Antes vocês estavam
separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de
vocês. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para
apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, desde que
continuem alicerçados e firmes na fé, sem se deixar afastar da esperança do evangelho. Este é
o evangelho que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do
céu, do qual eu, Paulo, me tornei ministro.
Hebreus 9:12,14 (NVI) Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas pelo seu próprio
sangue entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção... quanto
mais, então, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a
Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, de modo que possamos servir
ao Deus vivo!
Jó 33:29 (RA) Deus redimiu a minha alma de ir para a cova; e a minha vida verá a luz.
1 João 1:7 (NVI) Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com
os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
Hebreus 10:22 (Phi) Aproximemo-nos [de Deus] com corações verdadeiros e cheios de
confiança, sabendo que o âmago do nosso ser foi purificado pela aspersão de seu sangue,
assim como nosso corpo é limpo, lavado com água pura.
105
Efésios 2:13 (RA) Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo.
Hebreus 12:23-24 (Phi) ...Vocês se aproximaram de Deus, o juiz de todos, e do espírito dos
justos aperfeiçoados, e de Jesus, Mediador do novo acordo, e do sangue purificador, que nos
conta uma história melhor do que a do sangue de Abel.
Sabendo essas coisas, vamos para a guerra:
GUERRA ESPIRITUAL
PONTOS CRÍTICOS
Os espíritos imundos e os pensamentos
No grego a mente é Psique, e o espírito Pneuma.
Hebreus 4:12 A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois
gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para
discernir os pensamentos e intenções do coração.
Aqui entendemos que a divisão de que trata este versículo, se refere a divisão Espiritual do
Homem, isto é , dividindo a alma do espírito, podemos entender melhor , quando ouvimos
alguém dizer que esta em atrito interior, deseja algo, mas sabe que não deve fazer, ou então
quando o corpo físico esta bem, mas mesmo assim se sente desanimado, triste, amargurado, e
ora ou outra quer reagir a esta amargura, isto mostra uma vida espiritual superior ao estado da
alma, é o caso do Salmo 43:5 Porque estas abatida, óh minha alma? , porque te perturbas
dentro de mim? espera em Deus, pois ainda o louvarei, meu salvador e Deus meu.
I Tessalonicensses 5:23 O mesmo Deus de paz vos santifique completamente. E todo o vosso
espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo.
Quando o texto de Gênesis 2:7 diz que o homem se tornou alma vivente, quer dizer que o
homem possui o corpo, o espírito é o vento soprado em suas narinas, e isto produziu uma
terceira parte, chamada de alma vivente, demonstrando assim que o homem possui duas
naturezas, uma física e outra espiritual.
Física
é igual ao Corpo.
Espiritual
é igual a espírito e a alma.
106
E dentro desta Triunidade do homem, cada parte possuem uma função específica, entendendo
que Deus o criou tricotomo com o objetivo de cada uma dessas partes tivesse funções
diferentes mas com o mesmo objetivo dentro do homem, ou seja o espírito tem função
diferente da alma e do corpo, mas o objetivo dos três é o mesmo, que é dar vida , capacidade
intelectual, poder de escolha, autoridade, obediência, estética, sentimentos divinos tal como o
amor, respeito, arrependimento, etc...
A mente é o campo de batalha do inferno. Todos os nossos pensamentos são manifestos
diante dos espíritos caídos. A mente é a oficina onde eles trabalham incessantemente. As
Escrituras dizem contudo que o nosso coração, ou nosso espírito contudo não pode ser
sondado por ninguém que não seja Deus. Não adianta tentar esconder pensamentos,
imaginações, tudo que pssa pela mente é visível pelo reino espiritual. Mas, tudo que passa
pelo espírito humano, não pode ser enxergado ou manifesto de modo claro às forças malignas.
A psicologia reversa pode presumir, por exemplo, com muita precisão as atitudes humanas.
Os nossos padrões comportamentais declaram muitas vezes nossas intenções. Atualmente
manuais de expressões e neurolinguagem são vendidas para apoiar vendas, conquistar
mulheres, etc. As reações do corpo, mesmo involuntárias denunciam nossos pensamentos.
Nosso corpo denuncia o que passa em nosso interior. Mudanças de temperatura sutis,
salivação, modificação da textura da pele, batimentos e freqüência cardíaca, pressão,
velocidade de reações químicas. Atualmente mapeamento magnético está sendo feito para
movimentação de braços robóticos e equipamentos de inteligência artificial, demonstrando que
nossos padrões de pensamentos, impulsos elétricos podem ser monitorados. “Tu és mais sábio
do que Daniel, nenhum mistério te pode ser oculto”. Não há como enganar o inferno. Todas as
coisas estão QUASE que completamente manifestas diante das trevas. “Eras Querubim
ungido” é um texto de Isaías que declara quem é o nosso inimigo. Os querubins celestiais tem
atributos tremendos, são uma classe de seres diferentes de anjos. São os seres viventes de
Apocalipse, e para este estudo, vamos considerar uma característica deles. Olhos por dentro e
por fora. Na visão dada a João, assim ele os caracteriza. Muitos olhos por fora simbolizam que
Satanás possui um conhecimento impressionante sobre as coisas, o universo físico e espiritual,
e muitos olhos por dentro que consegue penetrar em coisas invisíveis e ocultas, segredos e
mistérios para nós inacessíveis.
Por isso é dito “vivei em espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”
Quando a Igreja usa e dispõe de armas espirituais, cantando com graça e salmodiando,
com cânticos espirituais, quando manifesta os dons espirituais, quando medita e
considera as escrituras, quando em comunhão com Deus, torna-se inacessível a mente
como oficina para trabalhos e manufatura de pensamentos, acusações, operações
malignas diversas. Os mistérios divinos são comunicados por Deus pelo Espírito santo
que habita ao nosso espírito, diretamente ao nosso coração. Línguas estranhas, visões,
revelações são coisas cujos padrões não são discernidos pelo maligno.
Para equipar a Igreja o Espírito propõe capacitações especiais que agem como armamentos
espirituais. As armas de nossa batalha não são de natureza humana, porque os poderes que
agem sobre a terra não são de natureza humana. Semelhante ao livro de Ester, quando um
segundo edito do rei Assuero:
A razão da capacitação e do equipamento sobrenatural da Igreja
Ester capítulo 8
107
8 Escrevei, portanto, vós mesmos, em nome do rei, em favor dos judeus, como bem vos
parecer e selai com o selo real, porque toda ordem escrita em nome do rei e firmada com seu
selo é irrevogável.
9 Foram então chamados os escribas do rei, no vigésimo terceiro dia do terceiro mês, chamado
Sivã; e conforme as instruções de Mardoqueu, escreveram aos judeus, aos sátrapas, aos
governadores e aos senhores das cento e vinte e sete províncias situadas entre a Índia e a
Etiópia, a cada província em sua escritura, a cada nação em sua língua, e aos judeus na sua
própria escritura e língua.
10 Redigiram-se, pois, em nome do rei Assuero e marcaram-se com o selo real as cartas, que
foram expedidas por correios a cavalo, tendo como montarias cavalos procedentes das
cavalariças reais.
11 Essas comunicações diziam que o rei outorgava aos judeus, em qualquer cidade em que
residissem, o direito de se reunir para defender sua vida, de destruir, matar e fazer
perecer, em cada província do reino, todos os que se armassem para atacá-los, com suas
mulheres e filhos; igualmente o direito de se apoderarem de seus despojos.
12 (Tudo isso se faria) num só dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do
duodécimo mês, chamado Adar.
13 Uma cópia do edito, que devia ser promulgado como lei em cada
província, foi enviada a todos os povos, a fim de que os judeus estivessem preparados,
naquele dia, para tirar vingança de seus inimigos.
Uma cilada havia sido armada por um inimigo do povo judeu de nome Hamã, agagita, que
através de uma mentira conseguiu um decreto que poderia por fim a todo o povo judeu.
Aproveitando-se do governo medo-persa, na época um domínio mundial, e do fato de que as
leis persas eram imprescritíveis, irrevogáveis e irretratáveis, conseguiu um documento oficial da
maior autoridade constituída, significando o mais alto grau de juridicidade cometido a um
documento, onde não havia foro ou corte a que se pudesse apelar, que concedia o direito de
matar indiscriminadamente, qualquer judeu em qualquer parte, independente de ser um
nascituro ou de idade avançada, num dia determinado, um dos mais hediondos documentos
que a história humana já registrou – que validava e permitia um genocídio sem culpa,e sem
punição.
Para ampliar o entendimento sobre o assunto, vamos consultar a históriae:
O horror institucionalizado
Realizada há 65 anos (artigo de 2007), a Conferência de Wannsee
marcou a adoção da “Solução Final da Questão
108
Há exatos 65 anos – no dia 20 de janeiro de 1942 – ocorreu a Conferência de Wannsee, uma
reunião com 14 representantes da administração da Alemanha e do Partido Nazista, dentre os
quais Adolf Eichmann, do Ministério Central da Segurança do Reich. Hitler não estava
presente. A reunião foi realizada no casarão da Kripo (Krimminalpolizei), a polícia criminal,
localizado às margens do Wannsee, um grande lago em Berlim, e tinha o objetivo de discutir
um documento a respeito da “Solução Final da Questão Judaica” (“Endlösung der jüdische
Frage”), denominado de “Protocolo de Wannsee”.
Desde os Processos de Nuremberg (1945/46), os acusadores acreditavam que o Protocolo de
Wannsee representasse o documento-chave do sistema de extermínio nazista, idéia
amplamente divulgada até hoje. No entanto, muitos historiadores questionam esse ponto de
vista, em especial Mark Roseman. “Primeiro, porque Hitler não estava presente na reunião e
aqueles que lá compareceram tinham uma posição muito subalterna para decidir sobre o
genocídio. Sobretudo o período indicado era errado, porque o extermínio em massa dos judeus
soviéticos havia começado no ano anterior; em Chelmno, desde dezembro de 1941, os judeus
passaram a ser mortos com gás, e o campo de extermínio de Belzec já havia sido construído”,
escreve (os dois campos ficavam na Polônia). Roseman pergunta: “Qual era então o objetivo
da Conferência de Wannsee?”. O protocolo firmado na ocasião também recoloca a questão: o
extermínio dos judeus era um objetivo nazista já anteriormente planejado?
As etapas – Holocausto (Shoah) é o conceito utilizado para
designar o fenômeno histórico de perseguição, exclusão e
extermínio de seis milhões de judeus da Europa, que
representavam 65% da população judaica européia da
época e 30% da população judaica no mundo. Mais
recentemente, a historiografia ampliou o sentido do
Holocausto, inserindo nesse fenômeno a perseguição,
aprisionamento, trabalho forçado e extermínio dos ciganos.
O Holocausto foi um processo que evoluiu por etapas:
primeiro definiu-se quem eram os judeus; em seguida eles
foram excluídos econômica e socialmente, expropriados,
confinados em campos de concentração e guetos,
deportados e assassinados. As mortes ocorriam de formas diversas: por fome, doença,
fuzilamento, tortura ou uso de gás. Nesse processo, os ciganos sofreram destino e medidas
similares.
De acordo com historiadores como Götz Aly, Wolfgang Benz e Hans Mommsen, a perseguição
aos judeus ocorreu em quatro etapas. A primeira (1933 a 1935) foi a da discriminação e início
da exclusão da vida pública, com medidas como proibição do exercício de profissões liberais,
de freqüência a escolas e universidades e de boicote contra lojas judaicas. A segunda fase
compreende os anos de 1935 a 1938: isolamento e degradação, que se inicia com as Leis de
Nuremberg, segundo as quais os judeus deixavam se ser considerados cidadãos e eram
proibidos de se casar com “arianos”, sob pena de morte (posteriormente, essas leis foram
estendidas a ciganos e negros).
Na terceira fase, de 1938 a 1941, sobressaem-se a expropriação de bens judaicos pelo Estado
nazista, a expulsão, o recrudescimento da perseguição, a privação completa de todos direitos e
o confinamento em guetos. A quarta e última fase, de 1941 a 1945, é a da “Solução Final da
Questão Judaica” – ou seja, do extermínio em massa.
Emigração forçada – Hitler não subiu ao poder, em 30 de janeiro de 1933, com base
principalmente num discurso anti-semita, mas sim com uma pregação anticapitalista e a
promessa de resolver os graves problemas econômicos da Alemanha. O anti-semitismo ainda
estava em plano secundário. A política nazista inicialmente considerou como inimigo central os
adversários políticos, sobretudo os comunistas e social-democratas, que foram as primeiras
vítimas dos campos de concentração – que entraram em funcionamento já em março de 1933,
poucas semanas depois da ascensão de Hitler. A partir de 1936, iniciou-se o aprisionamento
109
de homossexuais, testemunhas-de-jeová, cristãos, condenados e alguns dos considerados
como “associais” (ciganos, prostitutas e pessoas sem residência fixa).
De 1933 a 1938, as medidas que excluíram os judeus progressivamente da vida econômica e
social da Alemanha tinham o objetivo de levá-los à emigração, embora os judeus
representassem menos de 1% da população na Alemanha. Da subida de Hitler ao poder até a
eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, a população judaica da Alemanha e da Áustria
diminuiu pela metade em decorrência da emigração e da perseguição.
O regime nazista buscou eliminar toda a influência judaica em todos os setores antes de decidir
pelo extermínio. O Serviço de Segurança da SS afirmava em 1937 que, “apesar de uma
diminuição em quase 20% da população judaica da Alemanha (contabilizando-se os ‘judeus
pela raça e religião’, o capital judaico – e com isso a influência judaica na Alemanha em geral e
na economia alemã em particular – diminuiu somente em 2%” (Zum Judenproblem – Sobre o
Problema Judaico, janeiro de 1937, Arquivo Federal de Berlim).
Também em 1937 o documento Sobre o Problema Judaico, do Serviço de Segurança da SS,
destacava que “se deve exigir o aumento e a imigração assegurada” dos judeus. O texto
afirmava que a emigração era “urgente” e deveria ser “concentrada, isto é, direcionada
somente para países conhecidos, a fim de evitar que em alguns países sejam criados grupos
inimigos e que a população desses países se subleve contra a Alemanha”.
O regime nazista divulgava as medidas antijudaicas e incentivava a emigração, além de
controlá-la. Os judeus tinham que pagar uma taxa ao Estado, deixar seus bens – que eram
expropriados – e levar consigo uma quantia limitada, e irrisória, de dinheiro em espécie. Muitos
países fecharam as fronteiras para a imigração ou a restringiram criminosamente para os
judeus.
Um documento da Gestapo (polícia secreta do Estado), assinado em janeiro de 1939 por
Reinhard Heydrich, chefe do Serviço Central de Segurança do Reich, determinava que os
prisioneiros judeus que tivessem os documentos para emigrar poderiam ser soltos dos campos
de concentração e deveriam ser verbalmente ameaçados, caso retornassem à Alemanha. No
campo de concentração de Buchenwald, para onde haviam sido levados 13 mil judeus, ocorreu
o maior processo de soltura de prisioneiros da história da existência do campo:
“aproximadamente 2.300 prisioneiros, sobretudo anti-sociais, foram mandados de volta para
suas casas. Entre fevereiro e agosto de 1939, cerca de dois mil judeus que já tinham
documentos para emigrar foram finalmente liberados” (David Hackett, org., O Relatório
Buchenwald, editora Record).
Guerra Mundial – A partir de 9 de novembro de 1938 houve uma mudança histórica na política
nazista, que colocou o anti-semitismo em primeiro plano: ocorreu o primeiro pogrom judaico na
Alemanha do século 20, denominado de “A Noite dos Cristais”. O pogrom foi organizado pelas
SA (divisões de assalto), tendo como justificativa o assassinato do alemão vom Rath em Paris
pelo judeu Grünspan, que quis se vingar do tratamento desumano de seus pais na Alemanha.
Noventa e um judeus morreram nessa noite, e nenhum assassino foi julgado. A maioria das
sinagogas da Alemanha foi queimada ou destruída, e 7.500 lojas de judeus foram quebradas
ou saqueadas, com um prejuízo de muitas centenas de milhões de marcos.
Esse pogrom marca o início da violência física em massa contra os judeus e da deportação
para os campos de concentração. Vinte e seis mil judeus alemães e austríacos foram presos e
deportados a campos de concentração pela Gestapo. Nesse momento, os judeus foram
completamente banidos da vida econômica na Alemanha. As propriedades judaicas foram
colocadas em contas e confiscadas pelo Estado.
A Segunda Guerra Mundial e a expansão territorial dela decorrente foram fatores fundamentais
para o desenvolvimento do Holocausto. Com a eclosão do conflito, a perseguição aos judeus
se intensificou no interior do Reich e ampliou-se para os países ocupados ao Leste da Europa
– para o que a invasão da Polônia foi decisiva, já que nesse país se encontrava a maior
concentração populacional judaica da Europa.
110
O plano nazista para liquidação dos judeus desenvolveu-se por etapas e não era consensual
em toda a cúpula nazista, dividida entre o extermínio e a exploração da mão-de-obra em
trabalho forçado. Até a invasão da União Soviética não se pode afirmar que havia o objetivo de
realizar o extermínio (até hoje, o debate entre “funcionalistas” e “estruturalistas” não foi
superado).
Foi em 21 de setembro de 1939 – antes, portanto, da Conferência de Wannsee – que Reinhard
Heydrich ordenou que todos os judeus da Polônia ocupada (cerca de 3 milhões) fossem
concentrados em guetos nas grandes cidades, a fim de serem exterminados de duas maneiras:
primeiro, por doenças e pela fome, pois a população dos guetos não possuía meios de
subsistência e nem podia trabalhar na zona “ariana” das cidades. Os que sobrevivessem
seriam assassinados por fuzilamento ou outro processo. Boa parte dos judeus (e também
muitos ciganos) pereceu de fome e doença nos guetos miseráveis até fins de 1941.
O gueto também serviu para explorar os judeus economicamente. Habitantes dos grandes
guetos trabalhavam em oficinas e fábricas que produziam material bélico e militar. Nos guetos
menores, os judeus trabalhavam na abertura de estradas. Quem trabalhava recebia alguma
ração alimentar, mas quem não trabalhava não tinha qualquer meio de sustento.
Ao mesmo tempo, o antigo plano de deportar os judeus confinados nos campos de
concentração e guetos para campos de trabalho em Madagáscar, na costa oriental da África
(na época, uma colônia francesa), foi abandonado. O termo “Solução Final” apareceu pela
primeira vez no contexto deste plano e no sentido de uma “Solução Final Territorial”
(Territoriale Endlösung). Mas os projetos de deportação foram abandonados e a cúpula nazista
passou a organizar o extermínio em massa, mesmo com divergência a esse respeito.
Campos de extermínio – A partir de 1940 e até 1944, os judeus foram concentrados em
guetos e campos na Europa Oriental ocupada. Uma etapa decisiva no caminho da “Solução
Final” foi a invasão da União Soviética pela Alemanha nazista, em 22 de julho de 1941. A
política e as ações nazistas mudavam de curso, e a Conferência de Wannsee colocava no
papel essa mudança: que viesse o extermínio total dos judeus europeus.
Em 1941 iniciaram-se os fuzilamentos em massa das Einsatzgruppen da SS (Schutzstaffel,
tropas de defesa). Einsatzgruppen literalmente significa “grupos de mobilização”, mas pode ser
traduzido como “operações móveis de assassinato”, por se tratar de um comando da SS
encarregado de execuções em massa nos territórios ocupados. Voluntários locais (ucranianos,
lituanos, letões e outros) ajudavam a fuzilar os judeus em fossas ou depois jogavam os corpos
em fossas que os próprios judeus cavavam. Até 1943, 800 mil judeus já haviam sido
executados pelas SS.
Em 31 de julho de 1941, Hermann Göring, lugar-tenente de Hitler, conferiu a Reinhard Heydrich
a elaboração de um plano completo de “Solução Final da Questão Judaica”, que se tornaria o
“Protocolo de Wannsee”. Preconizado em 1941 por Heydrich, o plano apresentava uma
retrospectiva das medidas antijudaicas adotadas até 1941.
111
O documento tinha dois pontos centrais. O primeiro consistia na política nazista de incentivo à
emigração. Nele constava a observação da “fundação, em janeiro de 1939, de uma Central do
Reich para a Emigração Judaica, cuja direção cabia ao chefe da Polícia de Segurança e do
Serviço de Segurança. Ela tinha sobretudo como tarefa: a) tomar todas as medidas para a
preparação de uma emigração maior dos judeus; b) dirigir o fluxo migratório; c) apressar a
condução da emigração de casos isolados.” No protocolo afirmava-se que “desde a tomada do
poder até o dia chave 31 de outubro de 1941, cerca de 537 mil judeus foram levados a
emigrar”.
O segundo ponto referia-se ao plano elaborado para “evacuação” (deportação) dos judeus de
toda a Europa ocupada, neutra e inimiga para o Leste, somando-se aqui 11 mil judeus. No
documento de Wannsee consta a afirmação de que “no lugar da emigração passou-se a adotar
como outra possibilidade de solução, de acordo com prévia aprovação do Führer, a evacuação
dos judeus para o Leste”. Aproximadamente onze milhões de judeus estavam incluídos na
Solução Final da Questão Judaica. Quando da discussão em Wannsee a respeito dessa
deportação em massa, o representante da administração do governo geral, Josef Bühler,
sugeriu que a “Solução Judaica” fosse logo iniciada, já que “na Polônia havia tantos judeus
sem utilidade”.
Apesar do eufemismo “evacuação”, assim como também “Solução Final da Questão Judaica”,
não há o registro explícito de como isso ocorreria, mas a passagem de uma política de
emigração para a de extermínio é um dos processos mais importantes no sistema nazista. O
certo é que, no final de 1941, já havia entrado em marcha o recrudescimento dos assassinatos
perpetrados pelas Einsatzgruppen e iniciado a utilização do gás letal Zyklon B em uma primeira
experiência de um extermínio tecnologicamente mais “eficiente” do que os caminhões de
assassinato por gás carbônico até então utilizados.
Depois de janeiro de 1942, com a deliberação formal da Conferência de Wannsee, os
subordinados nazistas ficaram sabendo que o plano de deportação dos judeus fora substituído
pelo plano de extermínio de toda a população judaica sob domínio nazista. A importância
histórica da Conferência de Wannsee consiste, portanto, em que ela decidiu formalmente pela
implementação, já em andamento, do plano nazista para a “Solução Final” nos campos de
extermínio.
Sabe-se que esse extermínio foi implementado pelo “extermínio pelo trabalho” e pelo uso do
gás Zyklon B em câmaras construídas segundo projeto de um engenheiro do Exército, Heinz
Krammler, e instaladas nos campos de extermínio de Majdanek, Belzec, Treblinka, Sobibor,
Chelmno e Auschwitz. Nesses campos, até fevereiro de 1944, foram assassinados dois
milhões e meio de judeus. A comunidade judaica polonesa foi praticamente destruída,
perdendo-se grande parte da sua cultura.
Depois da Conferência de Wannsee, 90% dos que chegavam aos campos de extermínio eram
levados para as câmaras de gás (estimativa de Annalena Staudte-Lauber no livro Holocaust,
publicado em 1997). Os demais morriam pelo “extermínio pelo trabalho”, ou seja, trabalho à
exaustão. Paradoxalmente, a economia de guerra estava em pleno vapor, e exterminar a força
de trabalho parecia irracional. Em outubro de 1942, Heinrich Himmler, comandante da SS,
ordenou que todos os campos de concentração na Alemanha fossem tornados “livres de
judeus”. Mas a precária situação da economia de guerra alemã na primavera de 1944 forçou a
SS a retornar prisioneiros judeus à Alemanha para trabalhar na indústria de armamentos.
No contexto do fenômeno do Holocausto, a importância do Protocolo de Wannsee consiste em
que esse documento, um dos poucos encontrados, era o mais explícito acerca do assassinato
em massa planejado e da clara expressão programática dos nazistas para a condução do
genocídio. A Conferência de Wannsee, realizada há 65 anos, reiterou a prática o extermínio em
escala industrial de judeus nas câmaras de gás – sobretudo de judeus, mas também de
ciganos e eslavos –, demonstrando que o Holocausto não foi um processo linear.
Ania Cavalcante é doutoranda em História Econômica na USP, professora e tradutora de
alemão
112
O edito de Hamã era muito mais abrangente e poderoso que o Protocolo de Wannsee. Se
Hamã tivesse conseguido levar a frente seu intento, a nação judaica teria morrido 450 anos
antes do nascimento de Jesus. Jesus não teria nascido, porque já não existiriam descendentes
de Davi, através do qual as profecias poderiam ser cumpridas.
O pecado não pode ser anulado, a lei divina que diz que o salário do pecado é a morte, não
tem como ser retirado. Paulo diz que:
Romanos 7
7. Que diremos, então? Que a lei é pecado? De modo algum. Mas eu não conheci o pecado
senão pela lei. Porque não teria idéia da concupiscência, se a lei não dissesse: Não
cobiçarás (Ex 20,17).
8. Foi o pecado, portanto, que, aproveitando-se da ocasião que lhe foi dada pelo preceito,
excitou em mim todas as concupiscências; porque, sem a lei, o pecado estava morto.
9. Quando eu estava sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, o pecado recobrou vida,
10. e eu morri. Assim o mandamento, que me devia dar a vida, conduziu-me à morte.
11. Porque o pecado, aproveitando da ocasião do mandamento, seduziu-me, e por ele me
levou à morte.
12. Por conseguinte, a lei é santa e o mandamento é santo, e justo, e bom...
13. Então o que é bom tornou-se causa de morte para mim? De certo que não. Foi o pecado
que, para se mostrar realmente pecado, acarretou para mim a morte por meio do que é
bom, a fim de que, pelo mandamento, o pecado se fizesse excessivamente pecaminoso.
14. Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado.
15. Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço.
16. E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa.
17. Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita.
18. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está
em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo.
19. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero.
20. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim
habita.
21. Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal.
22. Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser.
23. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me
prende à lei do pecado, que está nos meus membros.
24. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?...
25. Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!
26. Assim, pois, de um lado, pelo meu espírito, sou submisso à lei de Deus; de outro lado, por
minha carne, sou escravo da lei do pecado.
113
O pecado no mundo, nossa natureza pecaminosa e os poderes malignos atuando
freneticamente, agem sobre nós como o Edito de Hamã agia para os judeus. Porém, OUTRO
edito, o da Graça, me propõe a SOLUÇÃO FINAL que é dada por DEUS!
1. De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em
Jesus Cristo.
2. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte.
3. O que era impossível à lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus o fez. Enviando, por
causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o
pecado na carne,
O segundo edito nos foi concedido. Ele nos revestirá de poderes, armamentos, para destruição
de fortalezas malignas; para conceder a Igreja vitória contínua sobre os poderes das trevas.
38. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades,
39. nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor
que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor
A ordem divina para tratar de nossa situação não é anular a lei do pecado. E sim de nos
CAPACITAR para destruir as obras de Satanás, e enfrentar VITORIOSAMENTE as Hostes,
Principados, Domínios e Soberanias (eu nunca coloco em ordem).
11 Essas comunicações diziam que o rei outorgava aos judeus, em qualquer cidade em que
residissem, o direito de se reunir para defender sua vida, de destruir, matar e fazer
perecer, em cada província do reino, todos os que se armassem para atacá-los, com suas
mulheres e filhos; igualmente o direito de se apoderarem de seus despojos.
O Velho Testamento possui a sombra das realidades espirituais do Novo. O segundo
edito de Assuero é um tipo da Nova Aliança.
Então, a lei do pecado e da morte continua a existir. Através dela os principados
exercem sua influencia. Como não temos como combater tal situação, já que o pecado é
a quebra de Leis anteriores a criação, tendo como procedência o próprio Deus,
recebemos de Deus uma nova lei, a da comunhão com o Espírito de Deus, que as
Escrituras denominam Lei do espírito e da Vida, através do qual a Igreja de Cristo recebe
dons espirituais, recebe a natureza do Espírito Santo, sendo assim capacitada a
enfrentar toda a OPOSIÇÂO, que é o poder das trevas cujo propósito é a perdição
humana.
114
AS TREVAS E SUA ESTRUTURA
O REINO DE SATANÁS
I. O Governante do Reino de Satanás: Satanás
A. Sua Origem: Todas as criaturas foram criadas por Deus: João 1.3; Colossenses
1.16-17
B. Sua glória anterior: Isaías 14.12-15; Ezequiel 28:12-17
C. Sua posição anterior: Ezequiel 28:14
D. Sua queda: Ezequiel 28:12-19
E. Seus nomes:
1. Deus deste mundo: 2 Coríntios 4:4
2. O anjo de luz: 2 Coríntios 11:14
3. O diabo: 1 Pedro 5:8; Mateus 4:1
4. Satanás: João 13:27
5. Lúcifer: Isaías 14:12
6. O Dragão: Apocalipse 12:3
7. A Serpente: Apocalipse 12:9; 20:2; 2 Coríntios 11:3; Gênesis 3:4,14
8. O adversário: 1 Pedro 5:8
9. Belial: 2 Coríntios 6:15
10. Belzebu: Mateus 12:24; Lucas 11:15; Marcos 3:22
11. O assassino: João 8:44
12. O tentador: Mateus 4:3; 1 Tessalonicenses 3:5
13. O Querubim Ungido: Ezequiel 28:14
14. O destruidor: Apocalipse 9:11
15. O Enganador: Apocalipse 12:9; 20:3
16. Apoliom (palavra grega para destruidor): Apocalipse 9:11
17. Abadom (palavra hebraica para um anjo destruidor): Apocalipse 9:11
18. Governante das trevas: Efésios 6:12
19. O anjo do abismo: Apocalipses 9:11
20. O Inimigo: Mateus 13:39
21. Príncipe dos demônios: Mateus 12:24
22. O mentiroso, padre da mentira: João 8:44
23. O Reino de Tiro: Ezequiel 28:12-15
24. Príncipe deste mundo: João 12:31; 14:30; 16:11
25. Príncipe da potestade do ar: Efésios 2:2
26. O espírito que opera nos filos da desobediência: Efésios 2:2
27. Maligno: 1 João 5:9
28. Leão que ruge: 1 Pedro 5:8
29. O acusador dos irmãos: Apocalipse 12:10
F. Sus atributos:
1. Inteligente e sutil: 2 Coríntios 11:3
2. Emocional: Apocalipse 12:17
3. Voluntarioso: 2 Timóteo 2:26
4. Orgulhoso: 1 Timóteo 3:6
5. Poderoso: Efésios 2:2
6. Enganador: Efésios 6:11
7. Feroz e cruel: 1 Pedro 5:8
115
8. Falaz: 2 Coríntios 11:14
G. Palavras registradas de Satanás:
1. Gênesis 3:1,4,5
2. Jó 1:7-12
3. Jó 2:1-6
4. Mateus 4:1-11
5. Lucas 4:1-13
II. Os Residentes do Reino de Satanás: os espíritos demoníacos
A. Satanás é o governante de uma hoste de demônios: Mateus 12:22-28
B. Sua Origem: Apocalipse 12:7-9; Judas 6
C. Seus atributos:
1. Seres espirituais: Mateus 8:16; Lucas 10:17,20
2. Eles falam: Marcos 5:9,12; Lucas 8:28; Mateus 8:31
3. Eles crêem: Tiago 2:19
4. Exercem suas vontades: Lucas 8:32; 11:24
5. Demonstram inteligência: Marcos 1:24
6. Emoções: Lucas 8:28: Tiago 2:19
7. Reconhecimento: Atos 19:15
8. Força sobrenatural: Atos 19:16; Marcos 5:2,3
9. Presença sobrenatural: Daniel 9:21-23; 10:10-14
D. Sua estrutura:
1. Unidos: Mateus 2:26,45; Lucas 8:30; 1 Timóteo 4:1
2. Organizados em legiões: Lucas 8:30
3. Há graus de maldade: Mateus 12:43-45
4. Há uma estrutura organizada: Efésios 1:21; 3:10; 6:12; Romanos 8:38
5. Há tipos diferentes de demônios: Mateus 10:1; 1 Timóteo 4:1
III. Os Residentes do Reino de Satanás: Todas as pessoas que não são residentes do Reino
de Deus: Apocalipse 20:15; 21:8
IV. A Esfera de atividade de Satanás e seus demônios:
A. Eles têm acesso à presença de Deus: Jó 1:6-7
B. Eles têm acesso à terra inteira: Apocalipse 12:10
V. As atividades de Satanás e seus demônios:
As atividades de Satanás e de seus demônios são tratadas em detalhe no curso do
IBTC intitulado “Estratégias Espirituais: Um Manual de Guerra Espiritual.” Para resumir:
suas atividades sempre se dirigem contra Deus, Seus propósitos, e Seu povo.
VI. Os crentes têm maior poder que Satanás e seus demônios:
A. Mateus 10:1; Marcos 6:7; 9:38; 16:17; Lucas 10:17; Atos 5:16; 8:7; 16:16-18; 19:12.
B. Os métodos de guerra espiritual são tratados no curso do IBTC intitulado
"Estratégias Espirituais: Um Manual de Guerra Espiritual.” Ali se encontram
poderosas diretrizes espirituais que o ajudarão a exercer sua justa autoridade
sobre o Reino de Satanás.
VII. O destino futuro do Reino de Satanás:
A. Mateus 8:29;25:41; 2 Pedro 2:4; Judas 6; Apocalipse 12:7-9; 20:10; 1 João 3:8
B. Lucas 8:28; Mateus 25:41
O DESAFIANTE ENGANADOR
VERSÍCULOS-CHAVE:
116
“E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de
justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11.14-15).
INTRODUÇÃO
No último capítulo, você aprendeu que Deus é a fonte de poder e sobre as maneiras nas quais
Ele revela Seu poder na terra. Porém, o grande poder de Deus não será sempre incontestado.
Há uma luta de poder que segue no mundo hoje. Não é uma guerra de carne e sangue. É um
desafiante enganador que se rebela contra Deus.
O DESAFIANTE ENGANADOR
Satanás constantemente está desafiando o poder de Deus no universo. Ele é o desafiador
enganador porque ele não propõe nenhuma ameaça real a Deus. Porém, isto não foi sempre
assim. Satanás originalmente foi criado por Deus como um anjo bonito chamado Lúcifer. Leia
sobre seu estado e posição original em Ezequiel 28.12-17.
Porém, Satanás se rebelou contra o poder e autoridade de Deus. Ele quis ser como o próprio
Deus. Você pode ler a história de sua rebelião em Ezequiel 28.17 e Isaías 14.12-15. Deus
poderia ter golpeado a Satanás e matá-lo pela rebelião. Porém, se Ele houvesse derrubado ao
primeiro dessa maneira, haveria a possibilidade de outra rebelião e a história do céu seria
obscurecida com desastres similares.
Ao contrário, Deus expulsou a Satanás do céu e permitiu que suas reivindicações de poder
tivessem um juízo completo na terra. Deus também expulsou outros anjos que haviam
participado na rebelião de Satanás. Eles são agora os anjos maus conhecidos como “demônios”
ou “diabos” em operação no mundo hoje.
Pouco depois que Deus criou ao primeiro homem e mulher, a batalha começou na terra. Você
pode ler sobre o primeiro desafio em Gênesis capítulo 3. A queda de adão e Eva no pecado
estava arraigada na rebelião contra a autoridade e poder de Deus. Adão e Eva buscaram
conhecimento igual ao de Deus. Com tal conhecimento viria o poder.
Desde este tempo, Satanás tem desafiado a autoridade de Deus na terra. Através do pecado,
Satanás busca atrair aos homens e mulheres à obediência a ele ao invés de Deus. O curso do
Instituto Bíblico Tempo de Colheita, “Estratégias Espirituais: Um Manual da Guerra Espiritual”,
trata com o assunto de Satanás em detalhe. Se você está tomando os cursos em sua ordem
sugerida, você já tem estudado este curso. Se não, nós sugerimos que você o obtenha para
ajudar a entender este inimigo e as estratégias espirituais específicas para vencer seu poder.
Um dos métodos principais de Satanás em desafiar o poder de Deus é falsificá-lo. Uma
falsificação é uma imitação de algo e seu propósito é enganar. Por exemplo, uma nota falsa se
parece com o dinheiro real. Os delinqüentes a passam adiante como dinheiro real para enganar
os outros.
Satanás falsifica o poder de Deus. Ele imita o poder de Deus para enganar as pessoas. Ele usa
seus anjos (os demônios) para ajudar-lhe a alcançar esta meta. Satanás e seus demônios às
vezes aparecem como bons ao invés de malignos. Nós somos advertidos:
“E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de
justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11.14-15).
117
Nos últimos dias na terra, esta imitação do poder de Deus por Satanás aumentará. Através dos
sinais e maravilhas, ele enganará a muitos:
“Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e
sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que
perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por
este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem
crédito à mentira” (2 Tessalonicenses 2.9-11).
Esta Escritura revela como Satanás trabalha. Ele falsifica o poder de Deus com “todo poder,
sinais e prodígios da mentira”. A única maneira que você pode descobrir sua falsificação é pela
verdade da Palavra de Deus.
OS PRINCIPADOS E PODERES
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12).
O homem é colhido em meio deste conflito de Satanás que se rebela contra o poder de Deus.
Nós estamos comprometidos em uma luta de poder com os poderes invisíveis de Satanás.
Porém, o poder de Deus é maior que os “tronos, soberanias, principados, potestades”
(Colossenses 1.16) e maior que todos os “principados e principados nas regiões celestiais”
(Efésios 6.12). Porém, você necessita estar alerta ao poder enganoso de Satanás que falsifica o
poder de Deus. Você deve estar consciente de...
AS FORÇAS ESPIRITUAIS DO MAL NAS REGIÕES CELESTES:
Quando Paulo fala de “forças espirituais nas regiões celestes”, ele está se referindo a espíritos
malignos que tem se infiltrado nos sistemas religiosos do mundo. Satanás tem organizado sua
organização maligna para imitar a verdadeira igreja de Deus. Em alguns casos ele têm
congregações que realmente são conhecidas como a “Igreja de Satanás” ou “Espiritualistas”. Ele
tem preparado uma forma de culto nos “lugares altos” da religião organizada.
Satanás também tem estabelecido um sistema exatamente na verdadeira igreja através de
pessoas malignas que têm “entrado sorrateiramente” (Judas 4). Satanás tem imitadores
exatamente na igreja que demonstram o poder, porém não é o poder de Deus. A estrutura que
Satanás tem estabelecido nos lugares ‘celestes’ da religião é baseada na imitação e engano.
SATANÁS TEM SUA PRÓPRIA TRINDADE:
Deus tem uma trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. A trindade de Satanás inclui a Satanás, a
besta e um falso profeta.
SATANÁS TEM SUA PRÓPRIA IGREJA:
Deus estabeleceu a verdadeira igreja conhecida como “o corpo de Cristo” do qual Jesus é a
cabeça:
“Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (1
Coríntios 12.27).
Satanás tem sua própria igreja que se chama “sinagoga de Satanás”:
“Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si
mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás”
(Apocalipse 2.9).
118
O nome “sinagoga de Satanás” nem sempre se usa abertamente, porém sua sinagoga se
estabelece em qualquer lugar no qual o verdadeiro evangelho do Senhor Jesus Cristo não se
prega.
SATANÁS TEM UMA DOUTRINA:
Deus tem uma doutrina que se revela em Sua Palavra, a Bíblia:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção, para a educação na justiça” (2 Timóteo 3.16).
A doutrina de Satanás se chama “a doutrina de demônios”:
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão
da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1
Timóteo 4.1).
A doutrina de demônios é qualquer ensinamento apresentado como verdade e que não está de
acordo com a Palavra escrita de Deus.
SATANÁS TEM UM SISTEMA DE SACRIFÍCIO:
O texto de Romanos 12.1 nos diz que nos apresentemos a Deus como um sacrifício vivo. Isto
significa que nós devemos nos render em obediência total a Deus. Satanás também exige
sacrifícios:
“Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e
não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios” (1
Coríntos 10.20).
Satanás exige obediência total de corpo, alma e espírito. Há cultos de sacrifícios dirigidos
exatamente onde os homens e mulheres se dedicam ao serviço de Satanás. O sacrifício de
sangue de humanos e animais também é praticado.
SATANÁS TEM A SUA PRÓPRIA COMUNHÃO:
O partilhar do pão da comunhão e do vinho foi começado por Jesus como uma maneira de
recordar Seu sacrifício pelos pecados de toda a humanidade na cruz (1 Coríntios 11.23-24).
Satanás falsifica isto com seu próprio serviço de comunhão:
“Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser
participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1 Coríntios
10.21).
SATANÁS TEM MINISTROS:
Deus chama a alguns crentes para servir como pastores e ministrar a Sua igreja proclamando o
evangelho (1 Coríntios 12.28). Satanás também tem ministros:
“E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de
justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11.14-15).
Os ministros de Satanás proclamam seu “evangelho” que é contrário ao evangelho do Senhor
Jesus Cristo:
“O qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos
119
pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema”
(Gálatas 1.7-8).
Simplesmente porque uma mensagem é entregue com um estilo poderoso de apresentação isso
não significa que é uma mensagem do verdadeiro evangelho.
SATANÁS TEM UM TRONO:
Deus tem um trono no céu. Satanás também tem um trono, ainda que não nos é dito sobre sua
localização exata:
“A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de
leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade”
(Apocalipse 13.2).
SATANÁS TEM ADORADORES:
Há muitos que rendem culto ao verdadeiro Deus. Satanás também tem adoradores:
“E adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a
besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?”
(Apocalipse 13.4).
Alguns adoradores de Satanás pretendem ser seguidores de Jesus:
“O campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do
maligno; o inimigo que o semeou é o diabo; a ceifa é a consumação do século,
e os ceifeiros são os anjos” (Mateus 13.38-39).
Satanás mescla a “semente” má com a “semente” boa (os verdadeiros crentes).
SATANÁS TEM PROFETAS:
Deus tem colocado aos profetas na igreja, homens que são ungidos para levar uma mensagem
direta de Deus à Igreja (1 Coríntios 12.28). Satanás também tem os falsos profetas:
“Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mateus 24.11).
SATANÁS TEM SEUS MESTRES:
Deus tem ungido algumas pessoas como mestres para explicar a Palavra a outros (1 Coríntios
12.28). Porém nem todos os mestres não de Deus. Satanás tem falsos mestres que espalham
sua doutrina maligna:
“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá
entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias
destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas
práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade;
também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias;
para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não
dorme” (2 Pedro 2.1-3).
Os mestres de Satanás trazem “heresias destruidoras”, ensinamentos que são falsos e que
causam divisão. Eles falam mentiras e são especialistas em mesclar a verdade e o erro de modo
que torna o erro aceitável.
SATANÁS TEM OS APÓSTOLOS:
120
Um apóstolo é uma pessoa que estende o evangelho e estabelece igrejas (1 Coríntios 12.28).
Satanás também tem apóstolos que fazem seu trabalho por todo o mundo. Eles enganam as
pessoas imitando os verdadeiros apóstolos:
“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em
apóstolos de Cristo” (2 Coríntios 11.13).
Os apóstolos de Satanás se tornam líderes de cultos falsos e se infiltram nas igrejas e inclusive
se tornam os líderes nas igrejas.
SATANÁS LEVANTA FALSOS CRISTOS:
Satanás tem imitado ao Senhor Jesus Cristo inclusive levantando falsos cristos. Jesus advertiu:
“E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu
nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos” (Mateus 24.4-5).
Estes falsos cristos podem usar o nome de Jesus. Eles podem fazer muitos sinais e maravilhas.
Porém, eles são imitadores do poder de Deus.
SATANÁS TEM UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO:
A Bíblia é um registro de como Deus falou ao homem nos tempos passados. Deus continua
falando aos homens hoje. Satanás também fala ao homem. Suas primeiras palavras aos
humanos resultaram em sua queda em pecado (Gênesis capítulo 3).
Os crentes oram a Deus com respeito às suas necessidades. Deus responde à oração do justo
(Tiago 5.16). Os seguidores de Satanás oram a ele e se comunicam com os espíritos malignos.
Às vezes, Satanás responde com eventos sobrenaturais como vocês, objetos em movimentos,
ruídos, etc. Satanás tem real poder e pode demonstrar este poder visualmente em nosso mundo.
Deus tem se comunicado com o homem através de Sua Palavra escrita, a Bíblia. A mensagem
de Satanás também tem sido comunicada através da palavra escrita pelas revistas, livros, filmes
e músicas malignas. A comunicação de Deus através de Sua Palavra escrita e falada
proporciona direção ao homem nos assuntos da vida.
Satanás tem um sistema de falsa direção alcançado através de métodos como os que seguem:
Astrologia e horóscopo: que usam as estrelas para predizer os eventos e dar direção.
Leitura das mãos, quadros, choques na cabeça, e bola de cristal e quadros são invocados para
dar direção.
Bruxaria: usados feitiços, porções, encantos, rituais, sessões de espiritismo, adivinhações,
métodos de sorte, visões, sorteios, e os métodos não bíblicos semelhantes para receber direção.
SATANÁS TEM PODER SOBRENATURAL:
Jesus prometeu sobrenatural a seus seguidores depois que eles recebessem o enchimento do
Espírito Santo (Atos 1.8). Satanás também dá poder e autoridade sobrenatural (Apocalipse 13.2).
Seus demônios criam força e energia sobrenatural.
Satanás tem tanto poder como autoridade (Apocalipse 13.2), como fez Jesus. Satanás pode
realizar muitos sinais e milagres sobrenaturais:
121
“Porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis
do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus
Todo-Poderoso” (Apocalipse 16.14).
Jesus disse:
“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós
profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu
nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca
vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mateus 7.2223).
Note que Jesus disse “NUNCA VOS CONHECI”. Estas pessoas com suas demonstrações
impressionantes de poder NUNCA foram de Deus. Elas eram falsificações enganosas.
O PODER MAIOR
Satanás é, na verdade, um desafiante enganador. Ele tem uma organização poderosa. Seus
seguidores podem fazer atos poderosos. Jesus advertiu de seu poder:
“Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar,
tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer” (Lucas
12.5).
Porém, Deus tem o poder maior. Jesus disse:
“Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é
aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4.4).
Você aprenderá no próximo capítulo como Jesus veio com grande poder e autoridade para
destruir as obras malignas de Satanás. Você aprenderá nos capítulos mais adiante como Jesus
delegou aos crentes poder sobre todo o poder do inimigo.
ENFRENTANDO O DESAFIANTE ENGANADOR
Aqui estão algumas diretrizes para enfrentar o poder do desafiante enganador:
RECONHEÇA QUE SATANÁS É UM IMITADOR:
O primeiro passo para vencer o poder de Satanás é reconhecer que Satanás imita o poder de
Deus.
USE O DISCERNIMENTO:
Há um dom especial do Espírito Santo chamado de “discernimento de espíritos”. É uma
habilidade rara dada por Deus para discernir o espírito de outra pessoa imediatamente e saber se
eles são bons ou malignos. Se você tem este dom espiritual, use-o para determinar se os
espíritos das pessoas são de Deus ou de Satanás.
Se você não tem este dom, Deus tem proporcionado outros métodos de detecção. 2 Pedro 2 e
Judas listam as características das pessoas com espíritos sedutores para ajudar-lhe a identificáos. Não importa o quão espiritual ou poderosa uma pessoa possa apresentar-se, avalie-a com
base na Palavra de Deus.
AVALIE O SOBRENATURAL PELO FRUTO:
122
Porque Satanás imita o poder de Deus através das manifestações sobrenaturais de milagres,
sinais e maravilhas, Deus tem proporcionado uma maneira de avaliar os ministérios. Jesus
comparou os homens a árvores frutíferas:
“Não poda árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons...
Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.18, 20).
Satanás pode imitar os dons espirituais e o poder de Deus, porém ele não tem nenhuma imitação
para uma vida santa que exige o fruto do Espírito Santo que inclui...
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”
(Gálatas 5.22-23).
Avalie os ministérios pelo fruto espiritual em lugar das manifestações sobrenaturais de poder.
ESTUDA PALAVRA DE DEUS:
Para reconhecer as doutrinas falsas dos mestres, apóstolos, profetas e ministros de Satanás,
você deve conhecer o que é ensinado na Palavra de Deus. Paulo disse a Timóteo:
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15).
Ainda que Paulo era um grande líder espiritual na igreja primitiva, os crentes na cidade de Beréia
examinaram tudo o que ele disse pela Palavra escrita de Deus:
“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a
palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver
se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17.11).
Para evitar ser enganador pelo poder de Satanás, examine tudo o que se ensina na luz da
Palavra de Deus. Avalie as vidas daqueles que estão ensinando doutrinas poderosas ou
realizando sinais e maravilhas.
Não aceite qualquer ensinamento, doutrina, revelação ou milagre que não estão em harmonia
com a Palavra de Deus. O poder de Satanás atrai freqüentemente os crentes através da assim
chamada “nova revelação especial da verdade”. As pessoas reivindicam sonhos especiais,
aparecimentos de anjos, visões, vozes, ou outros eventos sobrenaturais. Paulo advertiu:
“O qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos
pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema”
(Gálatas 1.7-8).
Não aceite qualquer “profecia” que não está em relação correta com a fé (Romanos 12.6) e que
não venha a se cumprir (Deuteronômio 18.22). Não aceite qualquer revelação que o distancia de
Deus e da verdade de Sua Palavra (Deuteronômio 13.1-5):
“O homem que se desvia do caminho do entendimento na congregação dos mortos
repousará” (Provérbios 2.16).
EVITE TODA A INFLUÊNCIA SATÂNICA:
Deus advertiu para evitar todo tipo de influência Satânica:
123
“Desapossareis de diante de vós todos os moradores da terra, destruireis todas as
pedras com figura e também todas as suas imagens fundidas e deitareis
abaixo todos os seus ídolos” (Números 33.52).
Leia as instruções adicionais que Deus cedeu em Deuteronômio 18.9-14. Israel não deveria ter
nenhum contato com a obra de Satanás de forma alguma.
Destrua algo que você possui e que tem a ver com bruxaria ou com a obra do diabo. Isto inclui
ídolos, talismãs, porções, fetiches, bolas de cristal, jogos, dispositivos de adivinhação, e outros
artículos similares. Destrua qualquer literatura e música maligna que não glorificam a Deus. Isto é
o que as pessoas fizeram no Novo Testamento quando elas se tornaram crentes:
“Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros,
os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que
montavam a cinqüenta mil denários” (Atos 19.19).
Não gaste tempo em lugares onde há influência maligna. A Bíblia registra que Deus se
manifestou em lugares especiais como o templo do Antigo Testamento e o aposento alto de uma
casa no Dia de Pentecostes. É igualmente verdade que o poder Satânico pode manifestar-se em
lugares especiais dedicados ao mal. Isto inclui lugares onde se mostram quadros malignos, ou
bebida e ocorre comportamento rebelde, sessões de espiritismo estão sendo praticadas, o culto
de Satanás está ocorrendo – em qualquer parte em que práticas pecadoras estão acontecendo.
Evite tais ambientes, porque o poder de Satanás ali é especialmente forte. Você não pode orar,
“E não nos deixe cair em tentação” e depois se colocar em lugar semelhante:
“Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e
não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios” (1
Coríntios 10.20).
Não se associe com falsos líderes, mestres, profetas, ministros ou apóstolos:
“Abstende-vos de toda forma de mal” (1 Tessalonicenses 5.22).
RECONHEÇA QUE O PODER DE DEUS É MAIOR QUE O DE SATANÁS:
A Organização de Deus, a verdadeira igreja, é mais poderosa que a de Satanás:
“E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas,
o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em
todas as coisas” (Efésios 1.22-23).
“Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora,
dos principados e potestades nos lugares celestiais” (Efésios 3.10).
Jesus é a cabeça da igreja. Os crentes são o corpo. Se todas as coisas (incluindo Satanás e sua
estrutura religiosa) estão sob os pés de Jesus, então eles também estão debaixo de nossos pés
porque nós somos o corpo. “Debaixo dos pés” significa que eles estão sob o poder e autoridade
que Deus tem nos delegado. Jesus disse que nós temos autoridade sobre “todo o poder do
inimigo” (Lucas 10.19). Isto inclui a maldade espiritual nos lugares celestes. Satanás e sua
organização desafiam o poder de Deus, porém eles não são, certamente, uma ameaça a Ele e
ao Seu povo. A Igreja está demonstrando atualmente o poder de Deus a estes principados e
poderes malignos!
APRENDA OS PRINCÍPIOS DE PODER BÍBLICOS:
Se você entende os princípios do poder de Deus, você não se enganará pelas falsas operações
de Satanás.
124
VISÃO BÁSICA SOBRE O REINO PASSAGEIRO
O reinado do inferno e sua opressão sobre a terra tiveram seu fim anunciado e manifestado a
partir do evento da morte de Jesus. A salvação humana é um processo que envolve a completa
libertação do mundo de todos os poderes infernais. No cronograma divino, etapas da completa
libertação que envolve o próprio universo, estão em pleno andamento. As Escrituras dizem que
o último inimigo a ser vencido definitivamente é a própria morte. O universo geme (a criação de
Deus sofre) aguardando o momento em que a igreja toma sua posição máxima dentro do
Reino, quando volta gloriosa e transformada com corpos glorificados, o que Paulo denomina
“manifestação dos filhos de Deus”. Jesus é o Senhor e isso será confirmado por toda criatura
quando ele manifestar de modo pleno o Reino que lhe está destinado desde a fundação do
mundo. Porém, enquanto isso não acontece, o reino das trevas continua existindo. O mal não
foi banido do universo, tão pouco o pecado de nossa dimensão. Os demônios não foram
expulsos da terra, e a ímpiedade ainda domina sobre as relações de direito, sociais,
econômicas, religiosas e humanas. Esse reino em fase de extinção, esse estado de coisas
provisório eu denomino de REINO PASSAGEIRO. Já está para terminar. Cada dia se aproxima
de seu fim. Estaremos estudando um pouco sobre o reino passageiro nas próximas páginas.
Acrescentando a visão do reino passageiro:
O maligno possui seu Marketing:
RPG;
Harry Poter;
Animes ocultistas;
Vampirismo;
Possui sua roupagem jovem,
Cultura Dark,
Cultura ao mórbido
Possui seus operadores de milagres:
Sai Baba
Uri Geller
Os enganadores
125
Como já visto, sua Doutrina
Xamanismo;
Ocultismo
Magia – judaica (cabala), Islamica (bruxos) chinesa, Japoneza, Tailandesa, Do
Haiti (VUDU), Africana, etc.
A Sociedade se formou em torno de oração pelos mortos, culto aos antepassados.
Além de espiritismo e atual caça á espíritos, os caçadores de fantasmas.
Somando-se a isso temos os rituais mágicos, a invocação de espíritos (Maçonaria,
religiões orientais, sociedades ocultas, etc) e a continuidade do culto aos mortos
pela religião (catolicismo romano, rituais japoneses, etc)
A operação/manifestações do maligno numa análise
reduzida:
Televisão fantasma – Busca de imagens ou cenas de mortos;
Rádio fantasma – Tentativa de gravação de vozes de espíritos;
Fotografia fantasma – Tentativa de fotografia de espíritos de mortos.
Feitiçaria – Debaixo do Vudu e inumeráveis rituais de magia negra temos a
tentativa de milhares interferirem no casamento, nas finanças e mesmo para morte
de desafetos. Votos ao inferno e aos demônios têm sido realizados pelos filhos
do reino passageiro para causar intenso sofrimento.
Há muito sociedades teosóficas e ou espíritas tentam a manifestação de
espíritos num corpo físico.
Além disso, temos a Operação do engano:
OVNI – objetos voadores não identificados; sinais e prodígios malignos para
desvio de muitos;
Ateísmo como filosofia de vida – a negação de Deus;
126
A idolatria e a religiosidade, a negação da VIDA que vem do alto por ordenanças e
rituais humanos de nenhum valor.
Outro meio do inferno é a deturpação do evangelho:
Poderia servir bem para representar a doutrina da SINAGOGA DE SATANÁS, que
na verdade engloba TODA A RELIGIÃO. Mas no ramo pseudo-bíblico da mesma
temos:
Fusões de:
Religião africana + evangelho = evangelho opresso, sem libertação, onde pessoas
opressas entram e permanecem sem libertação: exemplo Igreja do Senhor do
Bonfim – Salvador
Paganismo + evangelho = Evangelho apóstata, que é a soma de conceitos
mundanos, filosofia humana, divindades diversas incorporadas dissimuladamente
no culto.
Filosofia humana + evangelho = Igual a desvios doutr inários, perda da autoridade
e do Poder, gera uma igreja MORTA espiritualmente.
Homossexualismo + evangelho = Um evangelho ABOMINÁVEL diante de Deus, um
evangelho sem salvação.
A operação maligna ataca também a sexualidade humana gerando:
- Inversão de papéis – Homens agindo como mulheres e mulheres como homens
no ato sexual, radicalizando em até mudança de sexos através de operações
desprovidas de ética médica.
- Homosexualismo feminino ou masculino, inversão dos papéis sexuais, mudança
do comportamento e sentimentos naturais de afeição sexual humana;
- Necrofilia – Desejo sexual por mortos ou simulação de sexo com pessoas que
fingem estar mortas;
- Sadismo e Masoquismo, mistura de dor ou componentes de tortura, o prazer
misturado a fantasias que remontam as práticas da Inquisição, incluindo sexo
forçado.
- Pedofilia;
- Orgia;
- Bestialismo
- Sem uma denominação (sexo nojento) sexo com componentes que normalmente
causariam nojo numa pessoa normal.
A questão da sexualidade humana, migrando para esferas do virtual em detrimento
do real, com apoio de tecnologia para imitação do prazer natural.
- A banalização da sexualidade através da mídia, TV, cinema, dvd´s, novelas, revistas,
etc.
O REINO PASSAGEIRO E O ATAQUE ÁS ESCRITURAS
O ataque às Escrituras:
Tentativa de substituição dos textos originais através da intensificação de uso da
literatura apócrifa:
Antigo Testamento
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Apocalipse de Baruc
Apocalipse de Moisés
Apocalipse de Sidrac
Samuel Apócrifo
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As Três Estelas de Seth
Ascensão de Isaías
Assunção de Moisés
Caverna dos Tesouros
Epístola de Aristéas
Livro dos Jubileus
Martírio de Isaías
Oráculos Sibilinos
Prece de Manassés
Primeiro Livro de Adão e Eva
Primeiro Livro de Enoque
Primeiro Livro de Esdras
Quarto Livro dos Macabeus
Revelação de Esdras
Salmo 151
Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão)
Segundo Livro de Adão e Eva
Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)
Segundo Livro de Esdras (ou Quarto Livro de Esdras)
Segundo Tratado do Grande Seth
Terceiro Livro dos Macabeus
Testamento de Abraão
Testamento dos Doze Patriarcas
Vida de Adão e Eva
[editar] Novo Testamento
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(Ágrafos Extra-Evangelhos) - (Ágrafos de Origens Diversas) - Apocalipse da Virgem Apocalipse de João o Teólogo
Apocalipse de Tomé - Atos de André - Atos de André e Mateus - Atos de Barnabé Atos de Filipe - Atos de João - Atos de João o Teólogo - Atos de Paulo - Atos de Paulo
e Tecla - Atos de Pedro - Atos de Pedro e André - Atos de Pedro e Paulo - Atos de
Tadeu - Atos de Tomé - Consumação de Tomé - Correspondência entre Paulo e
Sêneca - Declaração de José de Arimatéia - Descida de Cristo ao Inferno - Discurso de
Domingo - Ditos de Jesus ao rei Abgaro - Ensinamentos de Silvano - Ensinamentos do
Apóstolo [T]adeu - Ensinamentos dos Apóstolos
Epístola aos Laodicenses
Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos - Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2 versões) Epístola de Pedro a Filipe - Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes - Epístola de Pôncio
Pilatos ao Imperador - Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos - Epístola do rei Abgaro a
Jesus - Epístola dos Apóstolos - Evangelho Árabe de Infância - Evangelho Armênio de
Infância (fragmentos) - Evangelho de Bartolomeu
Evangelho de Marcião - Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de
Betânia) - Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias) - Evangelho de Nicodemos
(ou Atos de Pilatos) - Evangelho de Pedro
Evangelho do Pseudo-Mateus - Evangelho do Pseudo-Tomé - Evangelho dos Ebionitas
(ou Evangelho dos Doze Apóstolos) - Evangelho dos Hebreus - Evangelho Secreto de
Marcos - Exposições Valentinianas - (Fragmentos Evangélicos Conservados em
Papiros) - (Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas) - História de José o Carpinteiro
- Infância do Salvador - Julgamento de Pôncio Pilatos - Livro de João o Teólogo sobre
a Assunção da Virgem Maria - Martírio de André - Martírio de Bartolomeu - Martírio de
Mateus - Morte de Pôncio Pilatos - Natividade de Maria - O Pensamento de Norea - O
Testemunho da Verdade - Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
Prece de Ação de Graças - Proto-Evangelho de Tiago - Retrato de Jesus - Retrato do
Salvador - Revelação de Estevão - Revelação de Paulo - Revelação de Pedro Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus - Testemunho sobre o Oitavo e o Nono Vingança do Salvador - Visão de Paulo
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[editar] Escritos de Qumran
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A Nova Jerusalém (5Q15)
A Sedutora (4Q184)
Antologia Messiânica (4Q175)
Bênção de Jacó (4QPBl)
Bênçãos (1QSb)
Cânticos do Sábio (4Q510-4Q511)
Cânticos para o Holocausto do Sábado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)
Comentários sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)
Comentários sobre Habacuc (1QpHab)
Comentários sobre Isaías (4Q161-4Q164)
Comentários sobre Miquéias (1Q14)
Comentários sobre Naum (4Q169)
Comentários sobre Oséias (4Q166-4Q167)
Comentários sobre Salmos (4Q171/4Q173)
Consolações (4Q176)
Eras da Criação (4Q180)
Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)
Exortação para Busca da Sabedoria (4Q185)
Gênese Apócrifo (1QapGen)
Hinos de Ação de Graças (1QH)
Horóscopos (4Q186/4QMessAr)
Lamentações (4Q179/4Q501)
Maldições de Satanás e seus Partidários (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)
Melquisedec, o Príncipe Celeste (11QMelq)
O Triunfo da Retidão (1Q27)
Oração Litúrgica (1Q34/1Q34bis)
Orações Diárias (4Q503)
Orações para as Festividades (4Q507-4Q509)
Os Iníqüos e os Santos (4Q181)
Os Últimos Dias (4Q174)
Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
Palavras de Moisés (1Q22)
Pergaminho de Cobre (3Q15)
Pergaminho do Templo (11QT)
Prece de Nabonidus (4QprNab)
Preceito da Guerra (1QM/4QM)
Preceito de Damasco (CD)
Preceito do Messianismo (1QSa)
Regra da Comunidade (1QS)
Rito de Purificação (4Q512)
Salmos Apócrifos (11QPsa)
Samuel Apócrifo (4Q160)
Testamento de Amran (4QAm)
[editar] Outros Escritos
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História do Sábio Ahicar
Livro do Pseudo-Filon
Evangelho de Judas
Ataques contra os textos originais das Escrituras através da Alta crítica
O ASSALTO DA ALTA CRÍTICA CONTRA AS ESCRITURAS
129
Allan A. Mac Rae
Há poucos anos, numa grande universidade, compareci a uma reunião em que um
teólogo mundialmente famoso proferiu um discurso. O eminente orador apresentou uma
filosofia de vida inteiramente diferente daquela sustentada pelos cristãos conservadores. Sua
personalidade brilhante, sua mente cintilante e suas frases bem imaginadas produziram um
impacto tremendo em sua grande audiência de estudantes universitários. Naquela noite ele se
dirigiu a um pequeno grupo composto, na sua maioria, de professores de teologia e mestres
bíblicos, de uma grande área, muitos dos quais tinham vindo de uma distância considerável
para ouvi-lo descrever o que ele chamou de “o renascimento do liberalismo na Alemanha”.
Depois da conferência da noite, gastou ele aproximadamente uma hora respondendo a
perguntas a respeito dos movimentos atuais, e expressou-se livremente sobre vários assuntos.
Nunca me esquecerei de sua resposta a uma das perguntas. Ele disse: “Os senhores nunca
podem imaginar a terrível angústia e miséria que sofri, tendo vindo do lar de um pastor alemão
muito ortodoxo, quando aprendi, como um estudante na universidade, que eu não podia
aceitar, por muito tempo, a Bíblia como digna de confiança e livre de erro”.
Compreendendo a influência mundial, exercida por este proeminente teólogo, e
observando a angústia real que ele expressou, como relembrou os seus dias de estudante,
pensei em muitos outros indivíduos que tiveram a mesma experiência. A Alta Crítica
convenceu-os de que a Bíblia não é verdadeira. Homens que podiam ter sido grandes
evangelistas, grandes líderes no trabalho cristão, grandes poderes para Deus, saíram a
desperdiçar a vida, demolindo a verdade cristã e desviando outros do ensino da Palavra de
Deus, porque eles mesmos foram convencidos pelo assalto da Alta Crítica sobre as Escrituras.
Não faz muito tempo que quase cada uma de nossas grandes denominações norteamericanas requeria que seus ministros declarassem a fé na integridade absoluta da Palavra
de Deus. Não faz muito tempo que o Evangelho, conforme as Escrituras, era pregado em
quase cada canto da América do Norte. Não faz muito tempo que a grande maioria dos
púlpitos, nos países protestantes da Europa, eram ocupados por homens crentes na Bíblia.
Não faz muito tempo que as atividades missionárias, em todas as partes do mundo, eram
manejadas quase que inteiramente por aqueles que aceitavam a Bíblia como a divina e infalível
regra de fé e prática, os quais não tinham outra ambição, senão a de trazer indivíduos ao
conhecimento pessoal do Cristo que é descrito na Palavra de Deus.
A GRANDE MUDANÇA NO ENSINO TEOLÓGICO
Hoje em dia a situação está muito mudada. Ainda que antes se contasse com a grande
maioria do clero, no momento é apenas uma minoria, comparativamente pequena, os que
demonstram uma plena confiança na Bíblia inspirada. Eles ainda podem ser encontrados em
cada nação, mas a liderança e controle das velhas denominações, dos movimentos
missionários estabelecidos há muito tempo, e das famosas instituições de ensino teológico têm
passado, em grande proporção, às mãos daqueles que atentam para o pensamento e
imaginação humanos, no sentido de conseguirem levar indivíduos ao conhecimento de Cristo.
O que tem produzido esta grande mudança? Naturalmente há muitos fatores envolvidos.
Desde que o homem foi criado, Satanás tem estado sempre se esforçando ativamente para
desencaminhar os homens. Desde que o homem caiu, a luxúria da carne, a concupiscência
dos olhos e a soberba da vida o tem incitado a desviar-se das veredas dos desígnios de Deus.
Estes fatores sempre têm estado conosco: Todos eles fazem parte da tremenda mudança que
o século passado viu, mas o novo e maior fator tem sido o assalto da Alta Crítica contra as
Escrituras.
Até 1878, esse assalto restringiu-se quase que exclusivamente às salas de aula e aos
livros acadêmicos. Então Julius Wellhausen escreveu seu “Prolegômena à História de Israel”,
em que habilmente apresentou um ponto de vista particular entre os muitos que haviam sido
avançados pelos eruditos da Alta Crítica, durante o século anterior. O livro teve um enorme
impacto e as idéias que haviam sido anteriormente ensinadas por uns poucos eruditos, foram
amplamente disseminadas através do mundo protestante. Nos anos mais recentes, elas se têm
130
propagado no mundo dos eruditos judeus e católicos romanos e parece que agora estão
firmemente estabelecidas nesses centros.
A característica essencial da teoria de Wellhausen é a pretensão de que os cinco
primeiros livros da Bíblia, em vez de serem originalmente escritos como unidades,
substancialmente, na forma como os temos hoje, vieram à existência através de um processo
de entrelaçamento e de fontes combinadas, que antecipadamente haviam circulado
separadamente.
MUITOS DOCUMENTOS - UM LIVRO
Segundo essa teoria, o documento chamado “J” (Jeovista) foi escrito muitos séculos
depois dos eventos que descreve. Um século ou dois mais tarde, outro documento, mais ou
menos paralelo ao documento “J”, foi escrito. Depois de circular separadamente por algum
tempo, alguém os reuniu, inserindo várias porções do documento mais novo “Ë” (Eloista) no
documento “J”, em lugares apropriados. Muitos séculos passaram e então o documento “D”
(Deuteronômico) foi composto, pretendendo conter o discurso da despedida de Moisés.
Eventualmente este último foi inserido na parte final do documento combinado “JE”.
Aproximadamente no tempo do exílio, um grupo de sacerdotes compôs ainda outro documento,
o chamado documento “P” (“Priestly”- Sacerdotal), muito paralelo à matéria já coberta pelos
documentos “J” e Ë”. Eventualmente esse foi cortado em grandes e pequenas seções, entre as
quais seções similares de outros documentos foram introduzidas. Como resultado, diz-se que o
Pentatêuco, como conhecemos atualmente, está composto de partes entrelaçadas desses
documentos, de modo que lemos freqüentemente uma seção de cada documento, seguida por
uma seção de outro; depois talvez um versículo ou dois do primeiro; então dois ou três
versículos do segundo; em seguida, talvez, a metade de um versículo do primeiro novamente;
logo uma porção do terceiro; depois mais do segundo, e assim por diante, num arranjo
complicado de uma obra de retalhos. De acordo com muitos críticos, o mosaico literário assim
produzido inclui não somente os livros que conhecemos hoje, como Gênesis, Êxodo, Levítico,
Números e Deuteronômio, mas também o livro de Josué.
Tal é a teoria que é sustentada e propagada hoje em dia, praticamente da mesma forma
como quando foi apresentada, aproximadamente uns cem anos atrás. No tempo que se
interpõe, não se descobriram novos fatos em seu favor e muitas das bases teóricas sobre as
quais originalmente se promoveu, na atualidade tem elas sido quase que completamente
abandonadas. A teoria, entretanto, continua sendo apresentada como uma história de fato e
está sendo até ensinada nas escolas secundárias de alguns estados americanos.
Visto que este é o caso, é importante que cada assistente na igreja e cada estudante da
Bíblia conheça exatamente quais os fatos a respeito desta teoria, que tem sido diferentemente
chamada de “A Teoria da Fonte”, “A Teoria Multidocumentária” ou “A Teoria de GrafWellhausen”.
Wellhausen declarou que os documentos “J”, “E”, “D” e “P” não nos dão nenhum
conhecimento verdadeiro do pretendido tempo dos eventos descritos, mas apresentam
meramente as crenças dos tempos, quando os documentos particulares foram escritos. Na
página 320 do seu livro, ele disse: “Abraão... é algo dificultoso par interpretar. Isto não significa
que, em tal conexão como esta, podemos considerá-lo como um personagem histórico; podia,
com mais probabilidade, ser considerado como uma criação livre de arte inconsciente. Talvez
seja ele a figura mais jovem no grupo e provavelmente foi num período comparativamente
posterior, que ele tenha sido colocado antes de seu filho Isaque”.
Quatro anos depois de haver aparecido o livro de Wellhausen, este pediu para ser
exonerado de seu cargo de professor do Departamento Teológico da Universidade de
Greifswald e transferido para um outro posto no departamento de línguas antigas em outra
universidade. Como razão para este pedido, apontou o fato de que de um professor de teologia
se esperava preparar homens para os púlpitos da Igreja Evangélica, e declarou que, não
importava com quantas forças ele procurava conter-se, achou que seu ensino resultava, não
em preparar homens para ocupar esses púlpitos, mas antes em incapacitá-los para fazê-lo. Os
131
seguidores de Wellhausen tem, por quase um século, treinado ministros em seminários
teológicos em todo o mundo. Quão diferente seria a condição religiosa do mundo, se os
sucessores de Wellhausen tivessem mostrado a mesma honestidade e franqueza de seu
grande líder.
A ascensão da Alta Crítica foi parte de um movimento divulgado que começou, não pelo
estudo da Bíblia, mas pelo estudo das grandes obras da antigüidade clássica. O seu primeiro
protagonista proeminente foi Friedrich August Wolf, que, na sua “Prolegômena a Homero”
(1795), apresentou a idéia de que a Ilíada e a Odisséia tinham sido formadas por uma
combinação de várias fontes diferentes. O famoso poeta alemão, Goethe, foi, a princípio,
grandemente atraído pela idéias de Wolf.
Entretanto, conforme Goethe relia a Ilíada e a Odisséia, cada vez mais se convencia de
que a sua grandeza não podia ser explicada como o resultado de uma mera colcha de retalhos,
e eventualmente publicou uma retratação do apoio que havia antecipadamente dado às teorias
de Wolf. As idéias de Wolf foram elaboradas mais pormenorizadamente por Lachmann, que as
estendeu à famosa Épica Alemã, a Nibelungenlied. Mullenhoff, um aluno de Lachmann,
aplicou o mesmo método ao anglo-saxão Beowulf. Durante o século dezenove, tais métodos
foram comumente aplicados aos escritos mais antigos ou medievais. Não era senão natural
estendê-los à Bíblia
Livros que apresentam as teorias documentárias de várias porções do Velho
Testamento, freqüentemente contem afirmações como esta: “Devemos aplicar à Bíblia os
mesmos princípios de estudo literário, que aplicamos a outros livros”.
O em que os autores desses livros falharam foi em perceber que, no estudo
literário não bíblico, esses métodos da Alta Crítica estão sendo atualmente abandonados,
quase que por completo. Assim, na introdução à sua tradução da Odisséia, que foi publicada
primeiramente em 1946 e foi reimpressa muitas vezes, desde aquela data, E.V. Rieu diz: “A
Ilíada e a Odisséia de Homero tem proporcionado, de vez em quanto, um campo de batalha de
primeira classe para os eruditos. No século dezenove especialmente, críticos alemães
chegaram ao extremo de demonstrar não somente que as duas obras não são só o produto de
uma inteligência única, senão que cada uma é uma peça de remendo intrincado e muito mal
costurada. Nesse processo, Homero desapareceu.
“Ele já foi firmemente restabelecido sobre o seu trono e seus leitores podem sentir-se
seguros de que estão nas mãos de um só homem, como o fazem quando se voltam para o livro
“As You Like It”, depois de ler, por exemplo, um King John”.
Como estas observações indicam, há atualmente muitos eruditos que sustentam
firmemente a unidade integral da Ilíada e da Odisséia. Outros negam esta posição, mas estão
eles mesmos muito mais próximos dela do que das opiniões de Lachmann, as quais tendem a
repelir com desprezo. O professor Albert Guerard, da Universidade de Stanford, disse: “Para
reduzir-se Homero a um mito ou a um simples comitê seria necessário um ácido muito mais
forte do que o que a escola Wolfiana tem sido capaz de fornecer”. Continua ele: “Um livro é
uma obra mestra, não um acidente”. E adverte mais adiante: “Nenhum processo de acréscimo
poderia explicar a grande unidade do tema, desenvolvimento, caráter, espírito e estilo que
achamos em Homero. Podíamos igualmente imaginar que o Panteão resulta do acaso de
conglomeração de cabanas rústicas no curso dos séculos”. E’ difícil ver, diante de tais fatos,
como alguém poderia sentir-se, de modo muito diferente, a respeito do livro de Gênesis.
No começo do século presente, um grupo de eruditos da Universidade de Londres
atacou vigorosamente as teorias divisíveis. O professor R.W. Chambers, por exemplo, indicou
a improbabilidade inerente das teorias divisionistas do épico Beowulf, e disse: “Não se deve
presumir, sem evidência , que essas canções perdidas dos tempos pagãos fossem de tal
caráter, que um épico pudesse ser produzido por ajustá-las apenas umas às outras. Meia dúzia
de motocicletas não podem ser combinadas para fabricar um Rolls-Royce”.
A ALTA CRÍTICA SE TORNA ANTICIENTÍFICA
132
Mesmo uma rápida comparação de discussão de Shakespeare, escrita há quarenta anos
atrás, com as da atualidade, é suficiente para indicar a grande diferença de atitude nos círculos
literários. Um dos dois críticos sempre se apegam aos métodos antigos, todavia a maior parte
dos escritores atuais reconhece que mesmo Shakespeare podia escrever linhas pobres, e que
é bastante anticientífico selecionar umas poucas coisas boas e então atribuir o restante a
vários escritores imaginários. A Alta Crítica está completamente morta, exceto quando ela
considera a Bíblia. Aqui é mantida tenazmente.
A aplicação contínua desses métodos à Bíblia, não obstante o seu quase completo
abandono em outros campos de estudo literário, é ainda mais estranho, visto que o material
comprobatório encontra-se mais à mão do que nunca. Este é o resultado das investigações da
arqueologia. Durante os cem anos passados, um novo mundo completo se levantou do pó,
através da obra de escavadores no Egito, Mesopotâmia, Palestina e em outras partes do
Oriente Próximo. Ponto após ponto, onde afirmações bíblicas têm sido consideradas pelos
críticos como sendo puramente imaginárias, objetos materiais ou escritos enterrados por muito
tempo têm vindo à luz, os quais concordam exatamente com as declarações bíblicas, como
são estabelecidas, e não concordam com a história reconstruída pela Alta Crítica. Alguns
defensores do método de Wellhausen fecham os olhos resolutamente a estes assuntos e
sustentam que muito do conteúdo bíblico representa acontecimentos míticos ou produtos da
imaginação humana. Muitos, entretanto, procuram ajustar-se às descobertas arqueológicas.
Entre aqueles teóricos das fontes documentárias que aceitam a evidência arqueológica nos
pontos particulares, onde claramente ela se aplica, e aqueles que procuram eliminá-las,
desenvolvem-se graves tensões. Observem-se, por exemplo, argumentos fortes que se tem
desenvolvido entre as escolas de Albright, Bright e Wright, e a de Alt. North e Von Rad. A
arqueologia tem apresentado a evidência que pode exterminar as teorias documentárias, se
aplicada apropriadamente; porém muitos recusam aplicá-la.
Em anos recentes, tem existido uma reação muito considerável entre eruditos liberais
contra alguns dos extremos da escola de Wellhausen, maiormente da parte de homens que
tem trabalhado na arqueologia do Velho Testamento. Como eles tem descoberto ponto após
ponto, nos quais a evidência da arqueologia na Palestina, ou em qualquer outra parte, se
conforma com as declarações da Bíblia e não se ajusta com a Bíblia como construída pela Alta
Crítica, esses homens tem propendido a considerar, mais e mais, seções do Velho Testamento
como representando fatos históricos. Todavia, a maior parte deles ainda mantém os pontos
essenciais do sistema de Wellhausen. Podem eles afirmar que as idéias de Wellhausen, de
história e religião, foram incorretas, embora declarem ainda que os livros do Pentatêuco não
foram escritos por Moisés ou por qualquer autor individual, porém representam uma produção
mista, formada pelo entrelaçamento de documentos contraditórios, que vieram à existência
através de um longo período de tempo.
Na Escandinávia, há um grupo de eruditos, conhecido como a Escola de Uppsala, que
ataca a total teoria de Wellhausen, mas por si mesmo apresenta uma opinião que é, talvez, até
mais contrária para a verdade cristã. De acordo com as opiniões de Engnell e da Escola de
Uppsala, muito pouco, talvez quase nada do Pentatêuco foi escrito antes do tempo do exílio, e
tudo veio à existência por meio de seções que se desenvolveram gradualmente, procedentes
de idéias puramente humanas, através de transmissão oral.
EXPOENTES DA ALTA CRÍTICA SABEM POUCO A RESPEITO DELA
Uma propaganda astuta tem convencido grande número de nossas classes educadas,
que a Alta Crítica é verdadeira, porém muitas dessas pessoas atualmente conhecem pouco a
respeito dela.
Um graduado do Seminário Teológico da Fé recebeu recentemente o pastorado de uma
grande igreja independente em uma pequena cidade. Logo ele soube que o pastor de uma
igreja vizinha, pertencente a uma de nossas grandes denominações, estava insistindo que a
Alta Crítica é verdadeira, e que a nossa crença na inspiração plenária da Palavra de Deus é,
portanto, absurda. Desafiou ele o homem para um debate e o homem o aceitou. O debate
realizou-se em uma escola secundária. Apenas tinham eles começado, quando se tornou
133
evidente que o ministro que estava defendendo a Alta Crítica não conhecia praticamente nada
a respeito das opiniões reais de Wellhausen. Foi necessário que o debatente contra as
opiniões de Wellhausen explicasse claramente de que assunto se tratava, a fim de mostrar os
seus erros.
Não nos é suficiente dizer hoje que a Alta Crítica está errada. Devemos conhecer as
evidências. Devemos conhecer a situação. Com o progresso da arqueologia e com a atitude
mudada em relação ao estudo literário, é mais fácil do que nunca, sobre uma base científica
objetiva mostrarmos que a Alta Crítica está errada. Mas a Alta Crítica está sendo amplamente
ensinada, mais do que nunca, e encontrando expressão nos novos credos que estão sendo
adotados por grandes denominações e destruindo a fé em estudantes para o ministério em
todo o mundo. Em minha opinião, não há uma necessidade maior para o mundo cristão
atualmente, do que a de que os crentes em Cristo devem conhecer os fatos acerca da Alta
Crítica e estar preparados para trazer estes fatos à atenção daqueles que estão sendo
desencaminhados em nossas escolas, nas escolas dominicais da maioria de nossas
denominações e até em nossas escolas secundárias, onde o ensino da Alta Crítica, como um
suposto fato estabelecido, está sendo mais e mais introduzido.
Por mais de quarenta anos, tenho estado examinando vários aspectos das teorias
documentárias. Durante os dois anos passados, eu me dediquei intensivamente ao estudo do
assunto. Num trabalho de vinte e sete minutos, sobretudo o que se pode fazer é acentuar a sua
importância. Desejo, contudo, sumarizar alguns dos resultados de minha investigação.
Ordenei-os sob títulos específicos e gostaria de os ler para vós, como seguem:
1. Temos centenas de cópias manuscritas dos primeiros cinco livros da Bíblia, e todas
elas os apresentam na forma em que os temos hoje. Nem mesmo uma cópia antiga de “J”, “E”,
“D” ou “P”, como uma unidade separada e contínua, jamais foi achada.
2. Nenhum documento que nos veio dos tempos antigos contém qualquer menção
desses documentos como tendo jamais existido. Não existe referência antiga a registro de
qualquer documento semelhante ou a tal processo de combiná-los como a teoria o pretende.
Não há evidência de que qualquer processo semelhante realmente tenha ocorrido.
3. A teoria é talvez a única sobrevivente de um método de estudo literário do século
dezenove, que, aliás, tem sido quase que completamente rejeitada, exceto no campo da crítica
bíblica. Há um século atrás era uma prática comum desenvolverem-se teorias desse tipo, com
respeito a quase todo documento antigo ou medieval. A maior parte de tais teorias tem sido
atualmente abandonadas e são consideradas como meras curiosidades literárias. E’ somente
no campo do estudo bíblico, que esta atitude do século dezenove tem sido conservada.
4. Durante o século dezenove, vários eruditos alemães apresentaram teorias muito
diferentes a respeito da origem dos cinco primeiros livros da Bíblia. Nenhuma dessas teorias
conseguiu ascendência completa antes de 1878, quando uma teoria particular,
surpreendentemente diversa da maioria das opiniões sustentadas, foi promovida por Julius
Wellhausen. Essa nova teoria foi publicada em todo o mundo de língua inglesa por S.R. Driver
e outros seguidores de Wellhausen. Embora tenha passado aproximadamente um século, no
curso do qual nenhuma nova evidência em favor da teoria tenha sido descoberta, ela está
sendo hoje amplamente ensinada, quase da mesma forma em que foi então apresentada.
5. Uma grande parte do motivo para a aceitação da teoria multidocumentária, promovida
pelo professor Wellhausen, em 1878, foi o fato de que ele a baseou sobre sua hábil
apresentação de uma idéia particular do desenvolvimento da religião israelita. Essa idéia,
entretanto, atualmente tem sido quase que universalmente rejeitada. Poucos eruditos
sustentam hoje a teoria do desenvolvimento religioso hebreu, que seja mesmo
aproximadamente similar àquele sobre o qual Wellhausen baseou a sua idéia das fontes do
Pentatêuco e ainda o método de Wellhausen de dividir essas pretensas fontes e sua opinião a
respeito da ordem da composição delas (embora baseadas sobre uma teoria de
desenvolvimento não mais sustentada), estão ainda sendo apresentados como fato
estabelecido.
134
6. Uma característica essencial da teoria, como foi ensinada pelo professor Wellhausen,
era a sua pretensão de que os vários documentos, - todos escritos de acordo com a teoria,
muito depois do tempo dos patriarcas - apresentam somente os padrões e idéias de vários
períodos, em que se pretende que foram escritos e não nos dizem nada a respeito do tempo
dos patriarcas. À luz das descobertas arqueológicas, reconhece-se atualmente que esta atitude
já não é mais sustentável. Portanto, a maioria das recentes apresentações da teoria afirma que
uma grande parte do material, em cada um dos documentos, foi transmitida oralmente, durante
muitos séculos, antes de ser incorporada em forma escrita, e que mesmo o mais recente dos
documentos contém muito material que é realmente primitivo. Assim uma base importante da
idéia de Wellhausen foi realmente abandonada pelos seus atuais promotores.
7. Seus protagonistas afirmam que a teoria pode ser demonstrada pela indicação de
diferença de estilo entre os documentos. Entretanto, essas alegadas diferenças no estilo se
estabelecem, principalmente, pelo fato de que certas partes do Pentateuco são estatísticas ou
enumerativas, enquanto outras partes tem mais de um estilo narrativo corrente, e a maior parte
do Livro de Deuteronômio consiste de exortação. Não há razão por que o mesmo escritor não
pudesse usar nenhum desses três estilos, dependendo da natureza do assunto em particular.
Desse modo, temos um estilo enumerativo em Gênesis 1, onde a formação do universo
material é apresentada em estágios definidos. Para o assunto de Gênesis 2, que descreve
mais minuciosamente a criação do homem e a formação de um ambiente próprio para a sua
vida, o estilo narrativo é mais apropriado. Em mensagem de advertência e admoestação, o
estilo de exortação é natural. Exemplos similares do uso de estilos, pelo menos tão diferentes
como esses, podem ser encontrados em quase todas as obras de qualquer grande escritor
prolífico da atualidade.
8. Diz-se freqüentemente que os nomes dados a dois desses documentos são baseados
sobre a alegação de que o chamado documento “J” usa o nome “JHWH” (SENHOR na versão
King James), para a Deidade, enquanto que o chamado documento “E” se diz que emprega o
nome Elohim (Deus na RJV). Todavia cada uma dessas pretensas fontes realmente usa ambos
os nomes divinos no Pentatêuco e em todas as fontes alegadas o nome JHWH é em grande
parte mais comum do que o nome Elohim. Em explicações os defensores da teoria afirmam
que, segundo os documentos E e P, o nome JHWH não foi revelado antes dos primeiros
capítulos do Êxodo. A teoria é, desse modo, não que cada documento preferisse um certo
nome, mas que cada documento tinha uma teoria diferente, quanto ao tempo, quando o nome
foi introduzido primeiramente, e evitou-o deliberadamente antes daquele ponto da narração.
Visto que se pretende que todos os documentos foram escritos muitos séculos depois do
tempo do Êxodo, um procedimento tal como a teoria assume seria artificial e um tanto
improvável que tenha ocorrido assim. Ademais, a sua base em declarações bíblicas é
extremamente fraca. Além disso, o uso de nome diversos, em diferentes conexões, não é de
todo inusitado e pode ser facilmente explicado sobre outras bases que não a da origem de uma
colcha de retalhos.
9. A declaração de que há duplicação constante de material nas várias fontes
pretendidas é grosseiramente exagerada. Algumas dessas chamadas duplicatas são realmente
eventos diferentes um tanto similares, porém, na realidade, nada mais são do que aquilo que
freqüentemente ocorre na vida ordinária, como se pode demonstrar muito facilmente. Em
outros casos, uma alegada repetição é meramente um sumário dado no princípio ou no fim de
um relato, uma recapitulação proveitosa, ou expediente literário para fazer uma narração mais
vívida. Muitas das alegadas repetições ou duplicações, se examinadas sem preconceito,
podem mostrar-se como tendo um propósito natural no relato.
10. Muitas das contradições pretendidas, entre as chamadas fontes, desaparecem por
meio de um exame cuidadoso. Assim é alegado que os documentos J e P mostram Rebeca
influenciada por diferentes motivos ao sugerir a partida de Jacó, de Canaã, sendo o motivo,
num caso, permiti-lo escapar da ira de seu irmão e, em outro, induzi-lo a procurar uma esposa
conforme os desejos de seus pais. Realmente não há qualquer contradição em supor-se que
Rebeca foi influenciada por ambos os motivos e que, em proceder com os dois homens a quem
ela desejava influenciar, usasse, em cada caso, o argumento que ela sabia fosse para cada um
deles um apelo, mais do que um outro que fosse capaz de contrariá-los.
135
11. Estes fatos indicam a existência de razões lógicas para o fenômeno no Pentatêuco,
todos eles consistentes com a idéia de uma autoria unificada, e não requerendo a adoção de
uma teoria sem base, que é uma sobrevivência do século dezenove e que é totalmente
incompatível com os métodos atuais de estudos literários.
12. A maioria dominante de pessoas que aceitam a Teoria Multidocumentária, incluindo-se
muitos daqueles que a ensinam, procedem assim, devido a confiança nos homens pelos quais
ela é promovida, mais do que sobre a base de uma investigação completa. Os interesses da
verdade exigem que os fatos sejam examinados objetivamente e sem preconceito. Quando isto
é feito, torna-se claro que a teoria necessita de evidência real e base lógica e sólida.
Nestas declarações, sumarizei brevemente uma parte dos resultados de muitos anos de
estudo das teorias documentárias. O assunto completo pode impressionar a muitos de vocês
como sendo seco e desinteressante. Todavia, não hesito em predizer que os filhos de muitos
de vocês perderão a fé cristã, por causa da apresentação insidiosa dessas teorias. Alguns
deles perderão todo o interesse em assuntos cristãos sob uma orientação liberal. Estes são os
mais ditosos. Outros, totalmente incapazes de escapar de uma educação cristã sob tal
orientação, gastarão o restante de suas vidas promovendo a infidelidade doutrinária e
desviando a muitos da Palavra de Deus.
E’ muito difícil resistir à propaganda constante, que pretende mostrar como a Bíblia veio
à existência como um resultado do entrelaçamento de vários escritos humanos, por um
processo puramente humano. Muitos que hoje estejam demolindo a fé cristã e insistindo em
revolução, em vez de regeneração, estariam apresentando a Palavra de Deus, se não tivessem
sido influenciados pelos ensinos da Alta Crítica.
Pode ser que você não esteja interessado neste assunto hoje, mas tempo virá, quando
você me dará a destra para podermos ajudar a alguns, talvez o seu próprio filho, que esteja em
perigo de perder a fé, devido a incapacidade dele de responder, agora, aos argumentos
propostos pela Alta Crítica.
Ataques externos de fontes pseudo-bíblicas
Código da Vinci
Ataque aos fundamentos históricos das Escrituras
Ataque aos fundamentos lingüísticos
136
Ataques dos códigos doutrinários às Escrituras verdadeiras – declarações teológicas
históricas adotadas pela cristandade que negam:
Os dons espirituais
A operação do Espírito de Deus
A unção
A Autoridade do Crente em Cristo
O sangue de Jesus
O Poder do nome de Jesus
A cura
Os sinais, prodígios e maravilhas.
Existem declarações teológicas que MATAM o evangelho, que são manipulações
originadas em doutrina de espíritos imundos que algumas denominações adotaram
como PADRÃO DOUTRINÁRIO
Exemplo de distorção aceita, extremamente maligna, DEFENDIDA POR
MILHARES DE TEÓLOGOS e que é ABSOLUTAMENTE DESTRUIDORA PARA
UMA IGREJA QUE ALMEJE UM SERVIÇO DE LIBERTAÇÃO, DE CURA, DE
RESTAURAÇÃO OU ENFRENTAMENTO SÉRIO DE PODERES MALIGNOS:
Compare com agora com um enunciado:
“Desde toda a eternidade, Deus ordenou inalteravelmente tudo quanto acontece.” (Confissão
de Fé de Westminster, cap. 3.)
que é UMA INTERPRETAÇAO MALIGNA destes textos principais:
Isaías 46:10, “O meu conselho subsistirá, e farei toda a minha vontade”.
Eu anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam;
Eu digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade (Isaías 46:10).
Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR,
faço todas estas coisas (Isaías 45:7).
O que está dito, FIELMENTE INTERPRETADO é “As coisas que eu quero que aconteçam, vão
acontecer. Já estou afirmando isto desde a eternidade passada. O poder das trevas, a ira
humana, ou mesmo este universo alterado, não impedirão que eu as realize”. (Confissão de fé
de Welington)
Este texto confirma que a palavra de Deus é verdadeira, e que ele é fiel para cumprir aquilo
que promete. Que ele realizará a Governança de a Administração de suas coisas, de seu
universo, de seus valores, de sua obra.
Compare as duas confissões, os dois postulados e tire suas conclusões.
PREDESTINACIONISTA. – “Deus, de uma vez por todas, ordenou, por um eterno e imutável
decreto, a quem ele daria salvação e quem ele condenaria à destruição.” (As Institutas de
Calvino,
Veja que arrependimento pelos pecados não é mais necessário para entrada para o REINO, e
a falta de arrependimento dos cometidos DENTRO do reino também não ocasionaria a saída
do pecador do mesmo. Pisar o sangue do calvário seria possível para crente em Cristo sem as
conseqüências desta atitude narradas em hebreus. Se o crente selado não pudesse mais
pecar, então contrariaria a Paulo que diz que em nós ainda habita o pecado e a João que
afirma que se algum crente disser que não peca faz Deus de mentiroso.
137
Se a justiça humana oriunda de um código se apresenta melhor que um CONCEITO sobre a
justiça divina, então com certeza esse CONCEITO sobre a justiça divina não pode estar
firmado em bases de Direito. Um reto legislador não cria as leis para seu próprio benefício, mas
para o bem de todos aqueles que serão guardados pelas suas leis.
E é doutrina fundamental que a JUSTICA DEUS É PERFEITA e que TODA RELAÇÃO DE
DEUS COM A HUMANIDADE SERIA BASEADA NISSO.
MATEUS
3 - 15 Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a
JUSTIÇA. Então ele consentiu.
5 - 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de JUSTIÇA porque eles serão fartos.
5 - 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da JUSTIÇA, porque deles é o
reino dos céus.
5 - 20 Pois eu vos digo que, se a vossa JUSTIÇA não exceder a dos escribas e fariseus, de
modo nenhum entrareis no reino dos céus.
6 - 33 Mas buscai primeiro o seu reino e a sua JUSTIÇA, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.
21 - 32 Pois João veio a vós no caminho da JUSTIÇA, e não lhe deste crédito, mas os
publicanos e as meretrizes lho deram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes
para crerdes nele.
23 - 23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e
do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a JUSTIÇA, a
misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.
A pré-ordenação de tudo age como uma programação do universo. Um universo se torna um
software rodando uma imagem gravada em algum lugar. Numa analogia mecânica, como se
tudo que ocorre fosse como a musica de uma pianola. Uma caixa dentada é que aciona uma
seqüência de teclas que gerará o som, sempre numa mesma ordenação. Um Deus pianola é o
mistério da pré-ordenação de tudo. Matrix é a visão moderna da situação, em que a vida não
existe, eles vivem uma ilusão, tudo que podem fazer é seguir a programação imposta pelo
sistema que domina tudo.
A pré-ordenação de todas as coisas, somada ao controle absoluto divino de tudo que acontece,
seria além do maligno e morto universo de Matrix, um desdobramento da situação, só que sem
nenhuma liberdade de expressão em nenhum momento, porque seriam um grupo de
marionetes brincando de estar vivos, porque a vida pressupõe individualidade, espontaneidade
e liberdade, o que não é o caso, DESTRUINDO TODA A OBRA DA REDENÇAO
E O SENTIDO MAIOR DO SACRIFÍCIO DA CRUZ,
ALÉM DE ESVAZIAR O SENTIDO DA EXISTENCIA NUM MODO PIOR QUE A PIOR
DOUTRINA OCULTISTA QUE VOCÊ PODERIA TER ACESSO. O CONTROLE
138
ABSOLUTO divino PRENDERIA,
amarraria, imporia e conduziria aos homens aos infelizes cultos de Baal,
ao triste legado de Astarote, a rejeitada relião egípcia, através de Isis, assim como a adoração
a Merodaque,
ou a
Afrodite,
E mesmo Diana. Imporia todo tipo de idolatria, que Afirma em suas Escrituras que abomina.
Neste controle absoluto, tendo sido os fatos da eternidade já pré-ordenados, Deus imporia ao
ser humano o holocausto
,
o Stanilismo,
estaria á frente e ao lado de Mao por
assim dizer, quando convocasse os jovens a destruírem a cultura da china, geraria por seus
divinos desejos os genocídios indígenas da América do norte, inspirando aos militares a
entregar cobertores contaminados de varíola aos índios americanos, que sem imunologia
morreram
aos
milhares
esvaziando
as
reservas
indígenas,
139
teria IDEALIZADO e realizado o
extermínio dos astecas, maias, Incas, ordenado a morte de milhões de índios na América
latina, as ditaduras que vitimaram milhões sobre a face da terra, as guerras religiosas, a
inquisição na idade média, onde em nome da igreja milhares foram sadicamente torturados.
Teria ordenado a
, a empalação de centenas de milhares de seres humanos, os genocídios africanos e toda
barbárie humana, além de impor os incontáveis crimes hediondos, também os regimes
totalitários, tais como o nazismo
,
por sua vontade estabelecer a prostituição, a dissolução familiar, obrigar ao homossexualismo,
induzir as nações a feitiçaria, ocultismo e magia negra, e a é claro, por detrás de cada
massacre humano, por suas ordens as hordas de demônios estariam povoando os espaços
celestiais e por sua vontade as potestades, os poderes, as soberanias estariam governado
nações.
Deus seria aquele que OBRIGA o homem a morrer, apesar de ser o autor da vida. Aquele que
ENVIA o Messias e também aquele que em PRIMEIRA instancia, se opõe a Ele.
Seria aquele que odeia o mal, mas que ao mesmo tempo aquele que o estabelece e que o
controla. Aquele que o define e aquele que o exerce, a causa e o efeito da desgraça e por fim,
140
Chegamos
ao
conceito
taoístico
de
Ying
e
Yang.
Essa é a VERDADE ABSOLUTA por detrás desta definição amaldiçoada:
“Desde toda a eternidade, Deus ordenou inalteravelmente tudo quanto acontece.” (Confissão
de Fé de Westminster, cap. 3.)
Compare as duas confissões, os dois postulados e tire suas conclusões.
Renato Russo
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança
Mas é claro que o sol...
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
UMA DAS ORIGENS DO SATANISMO MODERNO
141
Uma de suas origens, doutrinariamente falando, é a contradição por detrás da
predestinação, da pré-ordenação e do controle absoluto das coisas, da deturpação do que
seja a Vontade manifesta, revelada, promulgada, fruto do infeliz discernimento da razão do
Conselho divino, colaborando para isso uma maligna interpretação do que seja presciência
divina. Que tem por base somente três realidades:
Perceba que uma interpretação maligna das Escrituras pode DESTRUIR a
manifestação da unção, a VERDADEIRA MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO DE
DEUS.
As armas de ataque
A pregação do Evangelho
Eis uma arma eficaz contra o inimigo: a pregação da verdade.
“Todo aquele que invocar o nome do senhor será salvo. Como,
porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de que nada ouviram? E como ouviram, se não há que
pregue? E como pregarão se não foram enviados? Como está
escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!
Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor,
quem acreditou na nossa pregação? E, assim, a fé vem pela
pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”( Rm 10:13-17).
Diante desta maravilhosa declaração do apóstolo Paulo, pode -se chegar à
conclusão que a pregação do Evangelho é poderosa, por si só, para salvar o
perdido. A fé vem pela pregação da Palavra de Deus e não através de “oração de
guerra”.
Champlin comenta sobre este texto da seguinte forma:
“O propósito da pregação cristã é o de despertar a fé nos homens, dirigindolhes a alma para o seu destino apropriado. Paulo reitera aqui a mensagem
constante nos versículos catorze e quinze, mostrando que a pregação com que
os missionários da cruz obtinham convertidos, e que precisava ser ouvida para
que pudesse haver fé, é a mensagem de Cristo.” 98
Em Jo 8:32, está escrito: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” É
a verdade de Deus, Cristo, que liberta. Não é ordenando a demônios que liberem
142
as pessoas; este poder quem tem é o evangelho, e é exatamente por isso que
devemos comunicá-lo.
Jesus não comissionou seus discípulos a “amarrar” demônios nas regiões
celestiais.
Jesus comissionou-os a pregar o Evangelho: “Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a todo a criatura.” (Mc 16:15); “Ide, portanto, fazei discípulos de todas
as nações...”(Mt 28:19).
O apóstolo Paulo, quando se converteu foi logo pregar o evangelho na sinagoga
(At 9:20); em suas viagens missionárias pregava o evangelho (Rm 15:18 -20);
exortou ao seu filho na fé, Timóteo, que pregasse a Palavra (2 Tm 4:2), e, no final
de sua carreira, quando estava preso, ainda pregava o evangelho (At 28:31).
Jesus Cristo e o apóstolo Paulo, enfatizaram a pregação do evangelho como
arma para converter os incrédulos. Se amarrar e destituir principados e
potestades antes de anunciar a Cristo fos se tão importante, porque Jesus e Paulo
não nos chama atenção para um fator tão importante?
Sobre isto Ricardo Gondin comenta:
“O triunfo dos cristãos na batalha espiritual acontece muito mais
como o resultado da proclamação da verdade que confrontos de
poderes. O poder por si só não pode libertar os cativos. A verdade
liberta (Jo 8:32).” 9 9
O evangelho de Cristo é, em si mesmo, poderoso para a salvação daqueles que
crêem. É claro que pode-se variar nos métodos de comunicação deste; no entanto,
não se pode fiar nestes métodos para a salvação do perdido.
Intercessão
A palavra “intercessão” vem do latim “ intercedere”, que significa: “ficar entre”.
No caso da oração é aplicada ao ato da petição, súplica a Deus por algo ou
alguém.
Paulo, em sua carta a Timóteo, reconhece o valor da súplica em parceria da
pregação do evangelho para a salvação:
“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, oraçõe s,
intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor
dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que
vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom
e aceitável diante de Deus, nosso Salvado r, o qual deseja que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.”
É necessário observar-se que a forma de oração que Paulo exorta para que se
faça é: súplica, intercessão e ação de graça. Quando olha -se para a oração que
Paulo exorta que se faça, pode-se denominá-la de “oração evangelística”. Esta é
a oração- constituída por súplicas, intercessões e ações de graça - feita por todos
homens, com o propósito de viver -se tranqüilamente e salvar aqueles que estão
perdidos.
A intercessão é uma arma para lutar contra o diabo pelas vidas que estão
perdidas. Em Ef 6:8, o apóstolo Paulo ainda fala sobre o valor da oração para:
“para que me seja dada no abrir da minha boca, a palavra, para, com
intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho.”
Quando se observa os modelos de oração nas Escrituras, palavras do tipo:
suplicar, rogar, segundo a tua vontade, são comuns e significativamente
repetitivas. Elas têm grande significado para o cristão. Nelas, encontra -se
intrínseca a confiança em Deus para todas as ocasiões da vida, inclusive para o
dever de evangelização.
143
O evangelismo deve ser recheado pela oração, assim como fez Jesus (Mc 1:35)
e os apóstolos (At 4:31); mas esta oração, para ser eficaz, deve ser feita a Deus,
o Pai da luzes, e não ao diabo.
As armas de defesa
Quando o cristão vale-se das armas de ataque, bíblicas, para saquear o
território do inimigo, é lógico que este irá reagir; e quando isto acontecer...o que
fazer?
Ao descrever a armas espirituais do crente, Paulo , em Efésios 6:13, diz o
propósito: “...para que possais resistir no dia mau.” Este vocábulo, “resistir”, é um
verbo: (Gr.)”)anqisthmi”. Ele exprime a idéia de opor-se, defender-se, fazer face
a, colocar-se contra, permanecer firme. A idéia que exprime este vocábulo é a de
não retroceder diante dos ataques do inimigo, para não lhe conceder nenhuma
vantagem ou vitória. Ele aparece, também, em passagens como Tg 4:7 e I Pe
5:9.
A pergunta é: como resistir, opor -se, fazer face ao diabo? Em Efésios 6: 14-17,
Paulo passa a dizer que o crente deve resistir ao diabo revestindo -se da armadura
de Deus.
A Armadura de Deus
Quando Paulo cita a armadura, ele tinha em mente o soldado romano preparado
para a guerra. Ele usa esta figura para exemplificar a luta d o crente e como, este,
pode vencer. A metáfora denota o revestimento do Senhor Jesus que o crente
deve Ter. Todas as partes da armadura são pertencentes ao caráter de Cristo e
são adquiridas pelo crente através do Espírito Santo.
Alguns vestem a armadura como algo místico de eficácia instantânea, ao
proferir algumas orações. No entanto, não creio que seja isso que Paulo tinha em
mente. É certo que o apóstolo, quando advertia os crentes a vestirem a armadura
de Deus, estava pensando no revestir -se da natureza moral de Cristo; revestir -se
do próprio Cristo.
Portanto, essa é a arma que Deus nos oferece para resistir no dia mau. A
seguir, veremos as armas de defesa que as Escrituras nos oferecem:
A Verdade
O cinto, ou cinturão, era posto em torno da c intura, usado com a finalidade de
apertar a armadura em volta do corpo e sustentar a adaga e a espada.
Esta verdade poderia, muito bem, significar a verdade moral, o oposto da
mentira- o que seria lógico, pois satanás é o pai da mentira. No entanto, é certo
que o significado desta verdade, exposta por Paulo, vai muito além do significado
de verdade ética. Considera-se que esta verdade é a verdade de Deus; ou seja, a
verdade cristã, o conjunto das doutrinas cristãs, que é o que sustenta tudo o mais segundo o mesmo uso da palavra denota em Ef 4: 15.
A justiça
A couraça era uma peça da armadura romana que constituía -se em duas
partes: a primeira, cobria a região do tórax, e a outra parte cobria a região das
costas. Esta peça, tinha a finalidade de pr oteger as regiões vitais do corpo.
Paulo, ao usar esta peça, como metáfora, para exemplificar a justiça, tinha em
mente a justificação. Em Rm 8, Paulo comenta que nada poderá condenar o
crente, pois é Deus quem o justifica. Isso quer dizer que (1) não po demos confiar
em nossa própria justiça, ou santidade, para vencer o inimigo, mas confiar na
justiça que vem de Deus, através do sacrifício de Jesus; por isso, é que nada,
nem anjos nem potestades, poderá nos separar do amor de Deus. (2) Quando
somos justificados, o Espírito Santo opera em nós a obra da santificação; uma
obra conjunta com o crente, no qual, este, assume, de forma gradual, o caráter de
144
Cristo, em particular, o caráter justo- Paulo aplica este termo, desta forma, em Ef
4:24 e 5:9.
O Evangelho da paz
A sandália romana, usada como figura pelo apóstolo Paulo, era feita de couro e
possuía vários cravos, formando uma camada espessa. Esta peça tinha a
finalidade de proteger os pés do soldado, onde quer que ele fosse.
Para esta peça, são usadas algumas interpretações, como a que diz que Paulo
está referindo-se ao evangelismo. No entanto, é preferível a interpretação de que
Paulo refere-se à paz com Deus, consigo mesmo e com o próximo, que o
Evangelho proporciona. Esta paz é a tranqüilidade mental e emocional- oriunda
da consciência da plena aceitação da parte de Deus - que o crente tem por onde
vai, e em toda e qualquer situação.
A fé
O escudo, usado como ilustração pelo apóstolo, era grande o bastante para
proteger o corpo inteiro do soldado. Ele era formado de duas partes de madeira,
recobertas de lona e, depois, de couro.
Aqui, o apóstolo Paulo, refere-se a fé salvífica, de acordo com o contexto de Ef
1:15, 2:8; 3:12, que produz entrega total da alma do crente a Cristo. É a crença
que Cristo, como Senhor, domina, controla e dirige todos os aspectos da vida do
crente. Esta fé tem a eficácia de anular os dardos inflamados o maligno.
Salvação
O capacete, usado por Paulo para exemplificar a salvação, era formado de
couro grosso ou metal. Era usado para proteger o soldado de golpes de espada,
proferidos em sua cabeça.
A salvação do crente, recebida pela graça divina, mediante a fé, é o que o livra
dos ataques aterradores do diabo. Ela é uma proteção divina para o guerreiro que
é crente. Quando a pessoa é salva da morte e do pecado através de Cristo, ela
está escondida em Cristo e o diabo não a toca.
É interessante notar-se, que todas as demais peças da armadura eram vestidas
pelo guerreiro, mas o escudo era recebido, o seu escudeiro colocava nele. Isso
denota a graciosidade da salvação. A salvação é pela graça, por isso, de graça.
A Palavra de Deus
O PODER DA PALAVRA
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
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n
n
n
n
n
Escrever o versículo-chave de memória.
Identificar a fonte da Palavra de poder.
Definir as palavras “rhema” e “logos” de Deus.
Explicar como Jesus enfrentou o desafio de Satanás através da Palavra de poder.
Explicar sua responsabilidade pela Palavra de poder de Deus.
Resumir os propósitos poderosos da Palavra de Deus.
Explicar por que suas próprias palavras são importantes com respeito ao poder espiritual.
145
VERSÍCULO-CHAVE:
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada
de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”
(Hebreus 4.12).
INTRODUÇÃO
A Bíblia é a Palavra escrita do Deus vivo e verdadeiro. Há poder especial nestas palavras de
Deus:
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada
de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”
(Hebreus 4.12).
“Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará
o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Isaías 55.11).
Você nunca receberá a plenitude do poder de Deus até que você experimente o poder de Sua
Palavra.
A FONTE DA PALAVRA
Deus é a fonte do poder e de Sua Palavra escrita. Isto faz a Palavra de Deus poderosa:
“O Senhor deu a palavra, grande é a falange das mensageiras das boas novas”
(Salmos 68.11).
“Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que,
tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes
não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a
qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes” (1
Tessalonicenses 2.13).
Deus criou o mundo realmente pela Sua Palavra:
“Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira
que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hebreus 11.3).
Deus criou os céus por Sua Palavra:
“Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles”
(Salmos 33.6).
Deus continua sustentando o mundo e todas as coisas como elas são pelo poder de Sua Palavra:
“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas
as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hebreus 1.3).
"RHEMA" E "LOGOS"
146
Há duas palavras gregas diferentes usadas na Bíblia para a Palavra de Deus. Uma destas
palavras gregas é “logos” e se refere à comunicação total de Deus. É a revelação completa do
que Deus tem dito.
A segunda palavra, “rhema”, se refere a uma palavra específica de Deus que se aplica
especificamente a uma situação especial. A revelação “logos” total da Palavra de Deus é
poderosa, porém quando Deus vivifica uma palavra “rhema”, um versículo que você antes tinha
lido muitas vezes de repente assume um novo significado. Você pode ver como ela se aplica a
uma situação específica que você está enfrentando. A Palavra “rhema” lhe dá a resposta,
revelação, ou consolo necessários no momento exato.
A TENTAÇÃO DE JESUS
Poder foi delegado a Jesus Cristo, porém esse poder dever ser provado porque a força aumenta
sob a pressão. Uma luta maior entre o poder de Jesus e o poder de Satanás logo aconteceu no
ministério terreno de Cristo. Antes de proceder com esta lição, leia sobre este encontro em
Mateus 4.1-11; Marcos 1.12-13; e Lucas 4.1-13. Primeiramente, Satanás tentou conseguir que
Jesus convertesse pedras em pão. O poder de Jesus que havia convertido água em vinho
certamente poderia converter as pedras em pão. Porém, fazer isto naquela situação seria atuar
independentemente de deus e usar Seu poder para o benefício pessoal.
Depois, Satanás tentou conseguir que Jesus se lançasse de cima do templo para demonstrar
Seu poder. Ele usou mal as Escrituras, inclusive para persuadi-lo que era bom fazer aquilo.
No terceiro encontro, Satanás tentou a Jesus com o apelo de poder mundano. Satanás disse que
ele daria a Jesus todos os reinos do mundo se Ele prestasse culto a Satanás.
Em cada um destes encontros de poder, Jesus venceu o desafio com a Palavra de Deus. Jesus
citou as Escrituras aplicáveis à situação imediata. Ele usou a Palavra “rhema” de Deus.
USANDO A PALAVRA DE PODER
Não é suficiente somente saber que há poder na Palavra de Deus. Para torná-la eficaz, essa
Palavra deve ser aplicada como Jesus fez. Jesus deixou claro que as palavras que Ele falou não
eram de Si mesmo. Elas eram as Palavras de Deus (João 3:34; 14:10,24; 17:8,14).
Jesus falou a Palavra de Deus com poder:
“E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com
autoridade” (Lucas 4.32).
“Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: Que
palavra é esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e
eles saem?” (Lucas 4.36).
Jesus falou a Palavra a um homem com uma mão mirrada e ele foi curado (Marcos 3.1-5). Ele
falou a Palavra a um leproso e ele foi limpo (Mateus 8.2-3). Ele disse...
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“Levanta-te” ao homem impotente no tanque (João 5.8).
“Veja” aos cegos (Lucas 7.21).
“Saia” aos demônios (Mateus 9.32-33).
“Ouça” aos surdos (Marcos 7.32-35).
“Vem para fora” ao morto (João 11.44).
Jesus sabia que havia poder na Palavra de Deus, porém Ele também sabia que os homens
devem ouvir e devem responder a essa Palavra para que ela seja eficaz. As palavras de Jesus,
que eram as Palavras de Deus, eram tão poderosas que elas operavam à distância. Jesus nem
147
sequer tinha que estar presente à cena do problema. Um homem que tinha um servo enfermo
disse...
“Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa;
mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado... Então,
disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela
mesma hora, o servo foi curado” (Mateus 8.8, 13).
Este homem creu no poder da Palavra de Deus. Ele sabia que ela era tão poderosa que não era
afetada pelo tempo, espaço, ou qualquer outra limitação do homem. Porém, para torná-la eficaz
em sua própria vida e situação, ele tinha que reivindicá-la. Ele devia aplicar a Palavra de Deus
para receber o benefício de seu poder.
A Igreja primitiva usou as palavras de poder de Deus. Paulo disse:
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de
sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé
não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1 Coríntios
2.4, 5).
“Mas, em breve, irei visitar-vos, se o Senhor quiser, e, então, conhecerei não a
palavra, mas o poder dos ensoberbecidos” (1 Coríntios 4.19).
O PODER DA PALAVRA
Deus é o poder por trás de Sua Palavra:
“Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará
o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Isaías 55.11).
“Disse-me o SENHOR: Viste bem, porque eu velo sobre a minha palavra para a
cumprir” (Jeremias 1.12).
A Palavra de Deus dá grande poder espiritual:
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada
de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”
(Hebreus 4.12).
Deus honra Sua Palavra e Seu nome sobre todas as coisas:
“Prostrar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, por causa da tua
misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a
tua palavra” (Salmos 138.2).
Quais são os propósitos poderosos que se alcançam pela Palavra de Deus? Estude os versículos
seguintes. A Palavra de Deus:
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É aproveitável para o ensino, repreensão, correção e instrução: 2 Timóteo 3.16-17.
Traz a crença na mensagem do Evangelho: Atos 4.4.
Limpa: João 15.3; Efésios 5.26.
Traz a vida eterna, se nós ouvimos e cremos: João 5.24.
É a base para o juízo eterno: João 12.48.
Usa-se para expulsar os espíritos malignos: Mateus 8.16; Lucas 4.36.
É acompanhado pelos sinais miraculosos e convence as pessoas da verdade do Evangelho:
Marcos 16.20.
Dá convicção de salvação: 1 João 1.2-6.
Traz a experiência do novo nascimento: 1 Pedro 1:23; Salmos 119:41.
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Produz o registro da verdade do Evangelho: 1 João 5:7.
Santifica o crente: 1 Timóteo 4.5.
Dá esperança: Salmos 130.5; 119.49, 81.
Traz a cura: Salmos 107.20.
Nos guarda do caminho do destruidor: Salmos 17.4.
É espírito e vida: João 6.63.
Traz alegria e regozijo: Jeremias 15.16.
Aumenta a fé: Romanos 10.17.
Consola: 1 Tessalonicenses 4.18; Salmos 119.50, 52.
Traz nutrição espiritual: 1 Timóteo 4.6.
Traz resposta à oração: João 15.7.
É a chave ao êxito: Josué 1.8.
Bendiz, se nós a ouvimos e guardamos: Lucas 11.28.
Traz bênçãos quando é guardada e maldições quando não é guardada: Deuteronômio 28.
É uma arma no tempo da tentação: Mateus 4.
Converte a alma: Salmos 19.7.
Ilumina: Salmos 19.8.
Adverte: Salmos 19.11.
Traz grande prêmio quando guardada: Salmos 19.11.
Permite acesso ao céu: Apocalipse 22.14.
Traz a bênção de caminhar na retidão: Salmos 119.1-3.
Nos faz mais sábio que nossos inimigos, mestres e anciãos: Salmos 119.98-104.
Vivifica: Salmos 119.25.
Fortalece: Salmos 119.28.
É a base de Sua misericórdia: Salmos 119.58.
Traz o deleite: Salmos 119.92.
Dá compreensão ao simples: Salmos 119. 130,104,169.
Liberta: Salmos 119.170.
A RESPONSABILIDADE PARA COM A PALAVRA
Por que a Palavra de Deus é tão poderosa, os crentes têm uma responsabilidade para torná-a
conhecida ao mundo. A Igreja Primitiva assumiu esta responsabilidade pela Palavra de Deus.
Eles foram pregando por todas as partes (Atos 8.4; 12.24; 13.49). Eles pediram intrepidez a Deus
para falar a Sua Palavra (Atos 4.29, 31). A Palavra de Deus aumentou por todo o mundo devido à
fidelidade deles (Atos 6.7; 19.20).
Deus confirma Sua Palavra com os sinais que seguem. Alguém não pode esperar que os sinais
procedam à Palavra. Você tem uma responsabilidade para estender esta Palavra poderosa ao
mundo. Aprenda sobre sua responsabilidade estudando as Escrituras seguintes:
n
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Deus estabelece a Sua Palavra em você para que você possa falá-a a outros: Deuteronômio
18:18-19; Isaías 51:16; Jeremias 1:9; 3:12; 5:14; 26:12; Ezequiel 2:7-8.
Se você aprenda Palavra de Deus, então você tem uma responsabilidade para ensinar aos
outros: Gálatas 6.6.
Você deve pregar a Palavra por todo o mundo: Lucas 24:47; Marcos 16:15; 2 Timóteo 4:2.
Você não deve falar suas próprias palavras, porém as palavras Dele: Isaías 58:13.
Você não deve estar envergonhado da Palavra: Marcos 8.38.
Você deve ensiná-las a seus filhos: Deuteronômio 6.6-9.
SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS
As Escrituras têm o poder divino porque elas são as Palavras do Deus vivo e verdadeiro. Porém,
suas próprias palavras também são poderosas, sobretudo quando você fala a Palavra de Deus.
Você pode vencer a Satanás através das palavras:
149
“Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do
testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria
vida” (Apocalipse 12.11).
A confissão por sua boca é parte da salvação:
“Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a
palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se
confessa a respeito da salvação” (Romanos 10.8-10).
Sua língua tem o poder para trazer a morte espiritual ou vida segundo você ministra a outros:
“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”
(Provérbios 18.21).
Você pode enganar a si mesmo por suas próprias palavras. Você pode entrar em dificuldades
pelo que você diz:
“Estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as palavras da
tua boca” (Provérbios 6.2).
Suas palavras podem impedir-lhe de reconhecer o poder de Deus:
“Pois dizem: Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é senhor
sobre nós?” (Salmos 12.4).
Satanás usa as coisas que você diz para causar uma brecha em seu espírito. Uma brecha é uma
abertura através da qual ele pode entrar:
“A língua serena é árvore de vida, mas a perversa quebranta o espírito” (Provérbios
15.4).
O que você diz afeta sua alma:
“A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a
sua alma” (Provérbios 18.7).
“O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias” (Provérbios
21.23).
Suas palavras afetam seu corpo inteiro:
“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os
membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em
chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela
mesma em chamas pelo inferno” (Tiago 3.6).
Suas palavras afetam sua vida inteira:
“O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si
mesmo se arruína” (Provérbios 13.3).
Os crentes impedem o fluxo do poder de Deus em suas vidas através de suas próprias palavras.
Eles falam palavras vãs, idólatras e egoístas. Eles disputam sobre os mandamentos dos homens
que distanciam as pessoas da verdade do evangelho. Eles falam palavras malignas sobre os
150
outros, murmuram, se queixam, se orgulham, e mentem. Eles falam palavras que causam
divisão, palavras de maldição e amargor. Então eles se perguntam por que eles são impotentes.
Relembre: o fluir do poder de Deus em sua vida não somente é afetado pelo poder da Palavra
DELE, mas também é afetado pelo poder das SUAS palavras.
Poder-se-ia pensar que a espada é uma arma de ataque, e realmente o é; no
entanto, ela, também, pode ser usada como defesa, e o contexto do texto de
Efésios, nos da o subsídio necessário para pensar que aqui, ela é usada para
defesa.
O que Paulo queria dizer usando a espada como ilustração? Certamente ele
estava falando da atuação do Espírito na vida do crente, de tal form a, que torna a
Palavra de Deus uma força viva na vida diária, a torna eficaz em nós e torna
vigoroso o uso que fazemos dela.
Assim como a espada é morta quando não manuseada, assim é a Palavra sem
o atuar do Espírito na vida de quem a lê. A Palavra de Deus respaldada pelo
Espírito Santo, da vida é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes e é
apta para discernir as intenções do coração (Hb 4:12).
Princípios de Poder
Assim como há um suor enganoso e um calor que vem sobre um homem que está morrendo de
frio por estar à beira da morte, assim também acontece no mundo do espírito. Há uma
insensibilidade e uma atitude indiferente quando as pessoas estão morrendo espiritualmente.
A religião é o esforço do homem para conhecer a Deus. Ela consiste apenas de rituais e
regulamentos, trabalhos e palavras sem poder. A religião traz a morte espiritual.
O poder de Deus é a demonstração visível de Seu desejo de revelar-se ao homem. O poder
espiritual é o Reino de Deus em ação. Traz a vida espiritual.
Muitos têm experimentado a religião. Eles têm se unido a vários cultos e denominações. Estas
organizações os têm acalmado em uma atitude espiritual indiferente. Eles não têm
experimentado o poder do Evangelho que pode mudar suas vidas. Eles estão derrotados e
desencorajados, enfermos e feridos. Eles estão morrendo espiritualmente. Seu lamento do
coração é como aquele do Salmista Davi que escreveu...
“Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede
de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te
contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória” (Salmos 63.1-2).
Estas pessoas necessitam experimentar a vida depois da religião.
TIPOS DE PODER
Há muitos tipos de poder no mundo hoje:
O poder político é celebrado por aqueles no comando de organizações, tribos, povos, cidades,
estados, províncias e nações inteiras.
O poder intelectual resulta em novas invenções, criações literárias e musicais, e o
estabelecimento de instituições educacionais.
O poder físico é possuído pelos homens fortes, muitos dos quais se tornam atletas profissionais.
151
O poder financeiro é celebrado pelos banqueiros e homens de negócios que lideram as
corporações e os grandes impérios financeiros.
O poder militar é usado pelos grandes exércitos para defender e ganhar novos territórios.
O poder da energia serve ao homem de muitas maneiras que vão desde um simples fogo ao
calor, servindo uma cidade inteira com eletricidade.
O poder religioso resulta nas grandes denominações e culturas religiosas.
Todos estes são grandes poderes trabalhando em nosso mundo hoje. Porém, o chamado de
Jesus não é ao poder mundano. É ao poder espiritual. Esse é um poder que não pergunta “Como
posso ser servido?”, porém, “Como eu posso servir?”.
DIFERENÇA NA ESTRUTURA
Jesus explicou a diferença entre a estrutura de poder do mundo e do Reino de Deus.
Ele disse:
“Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os
dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre
vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que
vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o
Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate por muitos” (Mateus 20:25-28).
O chamado de Jesus é para deixar o poder mundano pelo poder espiritual que é dado com o
propósito de servir a um mundo que sofre e que está perdido e agonizante.
PODER ESPIRITUAL
Quando nós falamos de poder neste curso, nós não estamos falando sobre denominações
religiosas ou organizações religiosas feitas pelo homem. Nós não estamos falando da autoridade
delegada através de um voto pela maioria. Não é a autoridade dada por um título ou escritório.
Não é poder baseado em educação ou habilidade.
Quando nós falamos de poder neste curso, nós estamos referindo-nos ao conceito bíblico de
poder espiritual. O significado bíblico da palavra “poder” é energia espiritual, habilidade, força e
vigor. É uma força sobrenatural que produz obras e milagres poderosos.
Uma palavra similar, “autoridade”, também se usa neste curso. Como na Bíblia, ela se relaciona
estreitamente a e tem o significado similar da palavra “poder”. A autoridade se refere ao poder
legal e justo para agir em nome de outro. Exercer autoridade é a ação de demonstrar o poder. É
possuir o direito de exercer o poder delegado dentro de limites definidos.
FORÇAS DE PODER ESPIRITUAL
Há diversas forças sobrenaturais operando no poder espiritual. A fonte bíblica de poder espiritual
é o Deus vivo e verdadeiro, que é revelado na Bíblia. Deus é uma trindade, uma pessoa
composta de Deus o Pai, Deus o Filho e Jesus Cristo, e Deus o Espírito Santo. Deus o Pai é a
fonte do poder:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade
que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele
instituídas” (Romanos 13.1).
152
Deus tem delegado o poder a Seu Filho, Jesus Cristo:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu
e na terra” (Mateus 28.18).
Jesus tem delegado o poder espiritual aos crentes. Este poder é experimentado através do
Espírito Santo:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra” (Atos 1.8).
Há outra força de poder espiritual, porém é uma força negativa. É a fonte de poder espiritual
maligna e responsável pela bruxaria, feitiçaria e todas as outras práticas malignas. Essa força é
Satanás. Satanás é um poder espiritual, porém seu poder é maligno, não bom:
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12).
A FONTE DE PODER
VERSÍCULO-CHAVE:
“Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus” (Salmos
62.11).
INTRODUÇÃO
Para entender os princípios de poder adequadamente nós devemos começar exatamente no
início. Nós devemos descobrir a fonte de poder. A fonte de algo é seu princípio ou lugar de
origem. Este capítulo apresenta o Deus vivo e verdadeiro, que é revelado na Bíblia como a fonte
de todo o poder. Davi escreveu:
“Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus” (Salmos
62.11).
Quando Deus repete algo é porque isso é muito importante.
A FONTE DE PODER
Antes de existir qualquer coisa, havia Deus. Gênesis 1 e 2 registra o princípio do mundo e dos os
seres vivos. Deus fez a terra por Seu poder:
“O SENHOR fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e
com a sua inteligência estendeu os céus” (Jeremias 10.12).
153
“Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu
grande poder e com o meu braço estendido, e os dou àquele a quem for justo”
(Jeremias 27.5).
“Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades.
Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1.16).
Desde que Deus criou todas as coisas, não há nada mais além do alcance do Seu poder:
“Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com
o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa”
(Jeremias 32.17).
Deus é a fonte de poder por trás de todas as coisas em seu estado presente:
“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque
todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e
foram criadas” (Apocalipse 4.11).
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória
eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).
“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas
as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hebreus 1.3).
Deus tem os tempos e as épocas em Seu poder:
“Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou
pela sua exclusiva autoridade” (Atos 1.7).
A terra e tudo o que a contém pertencem ao Senhor:
“Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele
habitam” (Salmos 24.1).
Em Gênesis 14.22, no original, Deus é chamado do possuidor dos Zeus e da terra. Possuir
algo é ter poder sobre ele.
Há muitos reinos e governos neste mundo. Porém, o Reino de Deus é soberano. Isto significa
que Ele governa sobre todos:
“Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”
(Salmos 103.19).
“Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é
tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste
por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na
tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força” (1
Crônicas 29.11-12).
Desde que Deus criou o homem, somente Ele tem o poder sobre o espírito do homem:
“Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem
tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; nem há tréguas nesta peleja;
nem tampouco a perversidade livrará aquele que a ela se entrega” (Eclesiastes
8.8).
154
Deus tem o poder para conservar aqueles designados para morrer:
“Chegue à tua presença o gemido do cativo; consoante a grandeza do teu poder,
preserva os sentenciados à morte” (Salmos 79.11).
Deus é quem dá poder ao fraco:
“Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Isaías
40.29).
“Ó Deus, tu és tremendo nos teus santuários; o Deus de Israel, ele dá força e poder
ao povo. Bendito seja Deus!” (Salmos 68.35).
O poder de Deus não é afetado pelo poder ou falta de poder da parte do homem:
“Clamou Asa ao SENHOR, seu Deus, e disse: SENHOR, além de ti não há quem
possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco; ajuda-nos, pois,
SENHOR, nosso Deus, porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra
esta multidão. SENHOR, tu és o nosso Deus, não prevaleça contra ti o
homem” (2 Crônicas 14.11).
Deus tem o poder para livrar. A Bíblia está cheia de registros de como Deus libertou
sobrenaturalmente as pessoas em tempos de necessidade. Encontram-se dois bons exemplos
no livro de Deus. Leia como Deus libertou Seus servos do forno de fogo em Daniel 3 e dos leões
em Daniel 6.
Seu poder é ilimitado:
“O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado;
o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são
o pó dos seus pés” (Naum 1.3).
Seu poder é sublime:
“Ao Todo-Poderoso, não o podemos alcançar; ele é grande em poder, porém não
perverte o juízo e a plenitude da justiça” (Jó 37.23).
O poder de Deus é eterno. Paulo escreveu que Deus...
“O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem
algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” (1
Timóteo 6.16).
No livro final da Bíblia, nós lemos de um evento futuro no céu quando...
“O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do seu poder, e
ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete
flagelos dos sete anjos” (Apocalipse 15.8).
“Dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra,
e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!”
(Apocalipse 7.12).
“Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão,
dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus”
(Apocalipse 19.1).
Repetidamente, deste o início até o fim, a Bíblia enfatiza que Deus é a fonte do poder.
155
COMO DEUS REVELA SEU PODER
A Bíblia é um registro de como Deus revela Seu poder na terra. Aqui estão as várias maneiras
nas quais Deus revela Seu poder:
A NATUREZA:
Deus tem se revelado na natureza. As plantas e animais, vales e montanhas, águas e desertos, e
inclusive os céus, todos são sinais visíveis de Seu poder criativo:
“Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu
poder” (Salmos 150.1).
“Que por tua força consolidas os montes, cingido de poder; que aplacas o rugir dos
mares, o ruído das suas ondas e o tumulto das gentes” (Salmos 65.6-7).
Deus está no vento, mar e montanhas:
“Fez soprar no céu o vento do Oriente e pelo seu poder conduziu o vento do Sul”
(Salmos 78.26).
“O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado;
o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são
o pó dos seus pés. Ele repreende o mar, e o faz secar, e míngua todos os rios;
desfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano se murcha. Os montes
tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta diante dele,
sim, o mundo e todos os que nele habitam” (Naum 1.3-6).
Ele controla todos os elementos da natureza:
“Fazendo ele ribombar o trovão, logo há tumulto de águas no céu, e sobem os
vapores das extremidades da terra; ele cria os relâmpagos para a chuva e dos
seus depósitos faz sair o vento” (Jeremias 10.13).
Jó, capítulos 38 a 40, proporciona um registro detalhado de como Deus se revela no mundo da
natureza. Deus tem revelado Seu poder tão claramente na natureza que os homens não têm
nenhuma desculpa por não crer Nele:
“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a
sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do
mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais
homens são, por isso, indesculpáveis” (Romanos 1.20).
SUA PALAVRA ESCRITA:
Desde o início até o fim, a Palavra escrita de Deus revela Seu poder. Ela abra com Seu poder
para criar. Ela fecha com Seu poder para destruir, julgar, e recriar. Entre Gênesis e Apocalipse, a
Palavra de Deus registra constantemente Seu poder operando no mundo e nas vidas dos
homens e mulheres.
Não somente as histórias registradas na Palavra de Deus refletem Seu poder, porém as palavras
nas quais elas se dizem são poderosas:
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada
de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”
(Hebreus 4.12).
156
O JUÍZO:
Os atos de juízo de Deus revelam Seu poder. Seu poder primeiro foi demonstrado em juízo nos
dias de Noé (Gênesis 6 a 9).
A Bíblia é um registro incessante do poder de Deus revelado através do juízo do pecado. Ele
enviou o juízo sobre Seu povo quando ele pecou. Ele também enviou o juízo sobre as nações
malignas. Você pode ler sobre isto no livro de Juízes e nos livros escritos pelos profetas.
Cada vez que Deus enviou o juízo, Ele indicou claramente que Seu propósito era que as pessoas
conhecessem Seu poder (para um exemplo, veja Êxodo 7.17).
A REDENÇÃO:
Ao longo da história, Deus revelou Seu poder em atos milagrosos de redenção. Ainda que Deus
julgou Adão e Eva, Ele proveu um caminho de salvação (Gênesis 3.15). Ainda que Ele destruiu a
terra com um dilúvio, Ele proporcionou uma arca de salvação (Gênesis 6 a 9).
Deus liberou Israel da escravidão no Egito através de Seu poder:
“Porquanto amou teus pais, e escolheu a sua descendência depois deles, e te tirou
do Egito, ele mesmo presente e com a sua grande força” (Deuteronômio 4.37).
Deus levantou a juízes, reis e profetas a quem Ele usou para libertar Seu povo da mão do
inimigo. Neemias disse de Israel:
“Estes ainda são teus servos e o teu povo que resgataste com teu grande poder e
com tua mão poderosa” (Neemias 1.10).
Cada vez que Deus libertou Seu povo, Ele tinha um propósito. Esse propósito era revelar Seu
poder:
“Mas ele os salvou por amor do seu nome, para lhes fazer notório o seu poder”
(Salmos 106.8).
JESUS CRISTO:
O maior plano de redenção de Deus se revelou em Jesus Cristo através de quem todos os
homens poderiam libertar-se de uma vez por todas do pecado.
O poder de Deus se revelou através das profecias sobre o nascimento de Jesus e em Seu
nascimento miraculoso. Ele foi evidente na vida, ensino, e ministério do Senhor Jesus assim
como em Sua morte e ressurreição.
A maior revelação do poder de Deus estava em Jesus Cristo:
“Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o
reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador
de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso
Deus” (Apocalipse 12.10).
No Capítulo Quatro deste curso você estudará em detalhe se revelou o poder de Deus em Jesus
Cristo.
O ESPÍRITO SANTO:
Jesus prometeu a Seus seguidores:
157
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra” (Atos 1.8).
Atos 2 é o registro da vinda do Espírito Santo, enviado por Deus como Jesus havia prometido.
Através do Espírito Santo Deus continua revelando Seu poder. Você aprenderá como enquanto
você estuda o poder do Espírito Santo depois neste curso.
OS SINAIS SOBRENATURAIS:
Você já tem aprendido que Deus revelou Seu poder através do juízo e da redenção de Seu povo.
Porém, Deus também revela Seu poder de outras maneiras sobrenaturais. “Sobrenatural”
significa mais além do poder do mundo natural. É algo que não pode ser feito pelo poder do
homem.
O poder de Deus tem sido revelado através das curas milagrosas, libertações do poder dos
demônios, a ressurreição de mortos... Inclusive através de fogo que desceu do céu. A Bíblia
inteira é um registro de sinais sobrenaturais de deus que revelam Seu poder. O poder de Deus
ainda hoje se revela através de coisas assim.
OS CRENTES:
Jesus disse que tais sinais poderosos seriam feitos por Deus através dos crentes:
“Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi
carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu
te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.17-18).
Desde o princípio de Sua Palavra escrita, Deus trabalhou nesta terra através de homens e
mulheres. O homem tem uma capacidade para o poder diferente de qualquer outro ser criado. O
juízo de Deus veio através dos homens e mulheres maus. A redenção veio através dos juízes,
profetas e reis piedosos e, finalmente, através de Jesus Cristo.
Quando Jesus veio a terra para manifestar o poder de Deus em forma humana, Ele nasceu de
uma mulher. A maior redenção de todas, a redenção do pecado, veio através de um fato em
forma de homem.
Depois que Jesus voltou ao céu, Deus continuou demonstrando Seu poder na terra através dos
homens e mulheres. O livro de Atos registra o poder de Deus em sua operação através dos
crentes.
“E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Marcos 16.20).
O poder de Deus se demonstrou através do poder do evangelho que muda vidas de homens e
mulheres. Demonstrou-se nos milagres de cura e libertação. Seu poder se mostrou apesar de
sofrimento e perseguição.
Sempre que Deus levanta um homem ou ministério é com o propósito de mostrar Seu poder.
Deus disse a Moisés:
“Mas, deveras, para isso te hei mantido, a fim de mostrar-te o meu poder, e para que
seja o meu nome anunciado em toda a terra” (Êxodo 9.16).
Deus continua revelando Seu poder hoje através de crentes que são parte da verdadeira Igreja.
Ele demonstra Seu poder através dos líderes especiais que Ele estabelece na Igreja e através de
158
dons espirituais dados aos crentes. Você estudará mais sobre isto no Capítulo Cinco, a
“Autoridade Delegada”.
POR QUE DEUS REVELA SEU PODER
Por que Deus revela Seu poder na terra? Por que Ele mostra os sinais milagrosos à
humanidade? Há muitos propósitos para o poder de Deus em operação no mundo. Você
estudará estes no Capítulo Seis “Os Propósitos do Poder”.
Porém, os muitos propósitos do poder de Deus podem resumir-se em um propósito maior. Este
propósito, desde o princípio do tempo, era redimir a humanidade pecadora através de Jesus
Cristo. O propósito da revelação de Seu poder é atrair a todos os homens a Ele através de Jesus:
“Desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que
propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos
tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra” (EFésios 1.9-10).
“Segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor”
(Efésios 3.11).
159
OUTROS NÍVEIS DE AUTORIDADE:
Deus é a fonte de todo o poder. Ele é a autoridade suprema e a mais alta no universo.
Deus tem estabelecido outros níveis de autoridade no mundo. Ele deu a autoridade ao Seu Filho,
Jesus Cristo. Ele dá a autoridade aos crentes através do Espírito Santo. Deus tem estabelecido
níveis de autoridade na sociedade, governo, negócio, casa e na igreja. Todos estes níveis de
autoridade são importantes. Para entender os princípio dos poder espiritual adequadamente,
você deve reconhecer a estrutura de autoridade estabelecida por Deus. Você estudará cada uma
destas mais tarde neste curso.
Porém, primeiro, atenção deve ser dada a uma verdade importante que se revela na Bíblia. Ainda
que Deus é a fonte de poder, sua autoridade não será sempre incontestada. Os níveis de
autoridade que Ele também tem estabelecido no mundo não serão incontestados. Há forçar
malignas que desafiam a autoridade de Deus. Elas não são de forma alguma uma ameaça a Sua
autoridade, porém, não obstante, elas constantemente empreendem uma guerra contra Ele. Se
você incorpora em sua vida os “Princípios de Poder” bíblicos, então você será desafiado por
estas mesmas forças.
NUNCA UM HOMEM FALOU COMO ELE
VERSÍCULO-CHAVE:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu
e na terra” (Mateus 28.18).
INTRODUÇÃO
Deus é uma trindade composta pelo Pai, Filho e Espírito Santo. A fonte do poder é Deus o Pai.
Deus delegou o poder a Seu Filho, Jesus Cristo. O Espírito Santo capacitou aos crentes depois
com poder delegado pelo Filho.
Neste capítulo, você aprenderá sobre o poder e autoridade de Jesus. Era tão grande que os
líderes religiosos de Seu tempo comentaram, “Nunca um homem falou assim!” (João 7.46).
NASCIDO NO PODER
Jesus nasceu no poder do Espírito Santo:
“Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te
envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer
será chamado Filho de Deus” (Lucas 1.35).
Jesus era a manifestação visível do poder de Deus:
“Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo,
poder de Deus e sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1.24).
BATIZADO NO PODER
João reconheceu o poder de Jesus. Ele disse:
160
“E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual
não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias. Eu vos
tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo”
(Marcos 1.7-8).
Quando Jesus foi batizado por João no rio Jordão, o Espírito Santo desceu sobre Ele na forma de
uma pomba:
“E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar
sobre ele” (João 1.32).
Deus havia dito a João...
“... Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o
Espírito Santo” (João 1.33).
Isto foi confirmado quando o Espírito Santo descansou sobre Jesus na forma de uma pomba.
Jesus não somente estava cheio com o poder do Espírito Santo, mas Ele era batizado com o
poder.
UM PODER PROVADO
Imediatamente depois de Seu batismo, Jesus entrou no deserto a ser tentado por Satanás:
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito,
no deserto” (Lucas 4.1).
Você pode ler sobre esta experiência em Lucas 4.1-13.
O poder é provado pela prova. Em cada tentação Satanás desafiou o poder e a autoridade de
Jesus. Jesus venceu cada uma com êxito e...
“Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia, e a sua fama correu
por toda a circunvizinhança” (Lucas 4.14).
SUA FONTE DE PODER
Deus o Pai era a fonte do poder e autoridade de Jesus. Ele disse:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da
vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano
aceitável do Senhor” (Lucas 4.18-19).
Jesus não exerceu o poder independentemente de Deus, o Pai. Continuamente, por todo o Seu
ministério terreno, Jesus confiou em Deus como a fonte de Seu poder:
“Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual
delas me apedrejais?” (João 10.32).
PODER ILIMITADO
Não havia nenhum limite ao poder de Cristo. Ele recebeu todo o poder no céu e na terra:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu
e na terra” (Mateus 28.18).
Jesus tinha o poder...
161
“Acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se
possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs
todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o
deu à igreja” (Efésios 1.22-23).
Jesus é a cabeça de todo os outros poderes:
“Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e
potestade” (Colossenses 2.10).
Jesus tinha poder ilimitado. Ele recebeu:
PODER PARA ENSINAR COM AUTORIDADE:
Os escribas basearam sua autoridade nas Escrituras do Antigo Testamento. Jesus baseou sua
autoridade no próprio Deus:
“Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e
não como os escribas” (Marcos 1.22).
“E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com
autoridade” (Lucas 4.32).
PODER SOBRE O PECADO:
Jesus tinha poder para perdoar o pecado:
“Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para
perdoar pecados—disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai
para tua casa” (Mateus 9.6).
PODER SOBRE A ENFERMIDADE:
“Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a
palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes” (Mateus
8.16).
PODER SOBRE A NATUREZA:
“E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O
vento se aquietou, e fez-se grande bonança” (Marcos 4.39).
PODER SOBRE TODO HOMEM:
“Assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda
a vida eterna a todos os que lhe deste” (João 17.2).
PODER SOBRE SEUS INIMIGOS:
“Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para
te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma
autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me
entregou a ti maior pecado tem” (João 19.10-11).
PODER SOBRE A MORTE:
Jesus disse:
162
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que
morra, viverá” (João 11.25).
Através de Sua própria morte e ressurreição, Jesus...
“E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2.15).
PODER SOBRE SUA PRÓPRIA VIDA:
Jesus explicou com respeito a Sua vida:
“Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho
autoridade para a entregar e também para reavê-a. Este mandato recebi de
meu Pai” (João 10.18).
PODER PARA EXECUTAR O JUÍZO:
Deus tem dado poder a Jesus para executar o juízo:
“E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem” (João 5.27).
PODER SOBRE OS DEMÔNIOS:
Jesus tinha poder e autoridade sobre as forças demoníacas:
“Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: Que
palavra é esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e
eles saem?” (Lucas 4.36).
“Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma
nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe
obedecem!” (Marcos 1.27).
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual
andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
PODER SOBRE TODAS AS OBRAS DE INIMIGO:
O propósito pelo qual Jesus entrou no mundo foi para destruir as obras do Diabo:
“Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde
o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do
diabo” (1 João 3.8).
O PODER PRESENTE
Depois de Sua morte e ressurreição, Jesus voltou ao céu. Ali Ele continua ministrando em poder
e autoridade à mão direita de Deus:
“Desde agora, estará sentado o Filho do Homem à direita do Todo-Poderoso Deus”
(Lucas 22.69).
“E disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus”
(Atos 7.56).
163
Jesus também continua ministrando através do poder delegado aos crentes. Antes de Jesus
voltar ao céu, Ele delegou poder e autoridade a Seus seguidores. Eles deveriam fazer as obras
que Ele havia feito, e obras ainda maiores (João 14.12). Você estudará sobre este poder
delegado no próximo capítulo.
O PODER FUTURO
Algum dia, Jesus voltará à terra em grande poder e glória:
“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se
lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com
poder e muita glória” (Mateus 24.30).
Nesse momento todos os poderes do céu e da terra serão entregues a Jesus:
“E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver
destruído todo principado, bem como toda potestade e poder” (1 Coríntios
15.24).
Todo o universo reconhecerá o poder de Deus, o Pai, e de Seu Filho, Jesus Cristo:
“Proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder,
e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então, ouvi que toda
criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o
que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro,
seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos”
(Apocalipse 5.12-13).
A AUTORIDADE DELEGADA
VERSÍCULO-CHAVE:
“Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o
poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lucas 10.19).
INTRODUÇÃO
Deus é a fonte do poder. Ele delegou “todo o poder” a Seu Filho, Jesus Cristo. Jesus então
delegou o poder espiritual aos Seus seguidores. Este poder lhes permitiu que cumprissem uma
grande responsabilidade designada para eles.
RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos
tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do
século” (Mateus 28.19-20).
A responsabilidade que Jesus deu a Seus seguidores era alcançar o mundo inteiro com o
evangelho do Reino de Deus. Há uma relação definida entre a responsabilidade e autoridade.
Quando alguém recebe responsabilidade para fazer algo, ele também deve receber a autoridade
para fazê-lo. Essa autoridade deve ser delegada por alguém maior que ele.
164
Por exemplo, um policial recebe a responsabilidade de manter a ordem em um povoado ou
cidade. Ele também recebe a autoridade do governo para cumprir essa responsabilidade. Ele
recebe a autoridade para levar uma arma que lhe dá poder para cumprir sua tarefa. O policial não
tem a autoridade sobre si mesmo. Sua autoridade foi delegada (dada) a ele por seus superiores.
Ele é um homem que trabalha com o poder delegado a ele por uma autoridade mais alta. Ele
representa o governo.
Jesus deu a responsabilidade de alcançar o mundo com o Evangelho a Seus seguidores. Ele
também lhes deu a autoridade para realizar a tarefa. Você não pode dar a responsabilidade a
alguém sem dar-lhes autoridade para levar a cabo essa responsabilidade.Qual foi esta
autoridade? Foi o poder espiritual – grande poder espiritual. Jesus disse:
“Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28.18).
Depois Ele disse,
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos
tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do
século” (Mateus 28.19-20).
AUTORIDADE PARA DELEGAR
Quando Jesus veio a esta terra, Ele veio com poder e autoridade. Jesus tinha “todo o poder”
delegado de Deus. Devido a isso, Ele (Jesus) tinha a autoridade para delegar os dois – o poder e
a responsabilidade – a Seus seguidores:
“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre
espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e
enfermidades” (Mateus 10.1).
E Ele ordenou aos Doze, para que eles pudessem estar com Ele, e para que Ele pudesse enviarlhes a pregar, curar e...
“Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar e a exercer a
autoridade de expelir demônios” (Marcos 3.14-15).
“Chamou Jesus os doze e passou a enviá-os de dois a dois, dando-lhes autoridade
sobre os espíritos imundos” (Marcos 6.7).
“Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há
que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado
com poder o reino de Deus” (Lucas 9.1).
Não foi bênçãos materiais ou emocionalismo o que Jesus delegou a Seus discípulos. Ele não
estabeleceu uma base organizada de operação em Jerusalém. Ele sabia que com apenas isto
não a tarefa não seria realizada. Ele delegou PODER.
No Capítulo Três você aprendeu sobre o poder de Satanás. O poder que Jesus delegou a Seus
seguidores é maior que o poder do inimigo:
“Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o
poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lucas 10.19).
Satanás não tem medo de você. Ele não o respeitará, porém ele teme sua autoridade dada por
Deus.
165
A autoridade é baseada em relação. Por exemplo, o policial tem a autoridade devido a sua
relação com o governo. Sua autoridade é baseada em sua relação com o Senhor Jesus Cristo.
Por trás de você está posicionado Jesus com “todo o poder”. Quando você compreender esta
verdade, sua vida mudará. Jesus disse aos discípulos:
“Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até
que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.49).
Quando os discípulos foram dotados com este poder, eles mudaram de homens temerosos,
descrentes e duvidosos em homens de autoridade:
“Então, advertiu os discípulos de que a ninguém dissessem ser ele o Cristo”
(Mateus 16.20).
O livro de Atos registra como a promessa de poder espiritual se cumpriu nas vidas dos crentes.
Os milagres, sinais e maravilhas descritas neste livro são impressionantes. Cada manifestação
do poder de Deus contribuiu para o cumprimento da grande responsabilidade de alcançar o
mundo com o Evangelho.
DUAS PALAVRAS PARA O PODER
No Novo Testamento duas palavras gregas diferentes são traduzidas por uma só palavra, poder.
Os dois significados se ilustram neste versículo:
“Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o
poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lucas 10.19).
A palavra grega “exousia” significa “poder ou autoridade delegada”. A palavra “dunamis” se
refere ao “poder inerente”. Já comentado que “dunamis” é parente da palavra dinamite, e de
dínamo. Quando Deus atribui “dunamis” ao poder das trevas, deixa claro que este pode intervir
na esfera física, nas coisas do nosso universo. Existe uma clara indicação de que a energia
maligna, forças e poderes espirituais são uma força REAL. O dom de Operação de milagres
utiliza o termo “dunamis”. Quando teólogos relegam a operação maligna a uma ilusão ou
mentira, a uma anuência psicológica, estão ignorando que obras sobrenaturais podem ser
realizadas pelo poder das trevas. Poderes sobrenaturais do inferno atuam abundantemente na
terra. E para tal a igreja recebeu uma comissão INALIENÁVEL, de ser PORTADORA do poder
divino para DESTRUIÇÃO do poder das trevas. O poder inerente (dunamis) se usa neste
versículo para descrever o poder de Satanás. O poder delegado (exousia) é usado para
descrever o poder de Jesus que foi delegado por Deus. É este poder, delegado por Deus, que é
maior do que o poder do inimigo. É este poder delegado que foi transmitido aos crentes. Você
não nasce com este poder. Você não herda de seus pais. Ele é delegado a você por Jesus
Cristo:
A RESPONSABILIDADE PARA COM O PODER
O poder que Jesus deu a Seus seguidores leva consigo uma responsabilidade específica. Ele
deveria ser usado para estender o Evangelho às nações do mundo:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra” (Atos 1.8).
Este poder é dado com o propósito de estender o evangelho às nações do mundo.
Jesus contou uma parábola que ilustra esta verdade em Marcos 13. Ele disse:
166
“É como um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade
aos seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie”
(Marcos 13.34).
A autoridade foi dada para alcançar uma obra. Essa obra é a extensão do Evangelho às nações
do mundo.
ELE PERTENCE AO PASSADO
Algumas pessoas reivindicam que esta grande unção de poder espiritual só era para a igreja
primitiva. Eles dizem que só era para os discípulos. Eles reivindicam que o dia de milagres é
passado.
Porém, considere esta pergunta: o mundo inteiro tem sido alcançado com o Evangelho? A tarefa
que Jesus deixou a Seus seguidores não foi ainda terminada. Nós ainda temos a
responsabilidade de alcançar o mundo com o Evangelho do Reino. Jesus não retiraria a
autoridade da morte e ressurreição de Lázaro em João 11. Quando Jesus chegou depois que
Lázaro já estava morto, Marta o encontrou e lhe disse:
“Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão” (João 11.21).
Jesus lhe disse...
“Teu irmão há de ressurgir” (João 11.23).
Marta disse:
“Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia” (João
11.24).
Então, Jesus lhe disse:
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que
morra, viverá” (João 11.25).
Marta cria que Jesus poderia levantar Lázaro no passado (“... se estiveras aqui...”). Ela creu que
Jesus poderia levantá-lo no futuro (“... no último dia”). Porém, Jesus compartilhou uma verdade
muito importante com ela. Ele disse “EU SOU” a ressurreição e a vida. “Eu Sou” está falando no
tempo presente. Então, Ele levantou Lázaro de entre os mortos.
Não há nenhuma coisa como um último dia de milagres. Não há nenhuma coisa como um dia
futuro de milagres. Em cada época há poder para operar milagres para satisfazer as
necessidades das pessoas. Por todos os dias e épocas, Deus está manifestando Seu poder. Ele
disse, “EU SOU” – no tempo presente.
A VIDA DA VIDEIRA
“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.5).
No mundo natural, a vida procede da videira. A videira envia um fluxo de vida aos ramos de uma
planta para produzir o fruto. O ramo não dá fruto de si mesmo. Se está separada da videira
principal, deixa de dar fruto e eventualmente morrerá.
Este é o exemplo que Jesus usou para ilustrar o fruto do poder de Deus no mundo espiritual. Nós
somos os ramos que dão fruto. Jesus é a videira. Você não produz fruto, você apenas o dá (ver
João 15).
167
Os milagres poderosos dos tempos do Novo Testamento não eram os milagres de Pedro. Eles
não eram a operação das mãos de Paulo. Eles eram um resultado da vida de Deus que fluíam
através deles como ramos espirituais que dão o fruto espiritual.
Estes homens fizeram o que Deus lhes havia ordenado. Eles pregaram a Palavra. Eles puseram
as mãos sobre o enfermo. Eles ordenaram aos demônios para soltar as vidas dos homens e
mulheres. Eles obedeceram e deixaram os resultados com Deus.
Obedeça a Deus e deixe os resultados em Suas mãos. Você não é o operador dos milagres.
Deus é a fonte de poder. Quando você é obediente a Deus e atua em Sua Palavra, então
dependa Dele. Ele produz o poder através de você.
Quando os discípulos perguntaram “que faremos para realizar as obras de Deus?”, Jesus
respondeu...
“A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (João 6.29).
Jesus é o que trabalha através de você. Ele é o que tem delegado autoridade. Você não tem que
trabalhar o poder através do emocionalismo. Você não tem que “implorar até ficar desanimado”.
É o poder de Deus que trabalha em e através de você:
“E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Marcos 16.20).
Freqüentemente, este modelo muda no ministério. Muitos tentam trabalhar para Deus. Porém, o
método que traz os resultados poderosos é o “Senhor atuando com eles”. Jesus disse aos
discípulos:
“Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno,
que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo
o povo” (Lucas 24.49).
Muitos ministérios falham porque eles vão adiante antes de receber a unção de poder espiritual.
Se nós devemos enfrentar os desafios da grande responsabilidade que Jesus nos deu, nós
devemos fazer isto na autoridade e poder de Deus.
OS PROPÓSITOS
As pessoas não delegam o poder a outros a menos que elas tenham uma razão para fazer isso.
Há sempre um propósito quando a autoridade é delegada.
Você aprendeu neste capítulo que o propósito principal para o poder espiritual é a extensão do
Evangelho. Porém, há muitos outros propósitos importantes para esta autoridade delegada. Você
aprenderá sobre estes propósitos para o poder no capítulo seguinte.
OS PROPÓSITOS DO PODER
VERSÍCULO-CHAVE:
“E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Marcos 16.20).
INTRODUÇÃO
168
Poder sem direção pode ser perigoso. O poder de um rio poderoso pode ser dirigido para bons
propósitos. A água pode ser levada aos agricultores. Os grandes navios podem navegar em suas
águas. Em algumas sociedades se usa a água para produzir uma poderosa energia em uma
forma chamada de “eletricidade”.
Porém, o mesmo rio, se está sem direção, pode inundar suas ribanceiras e causar grande dano.
Pode acabar com as colheitas e poder destruir casas, e pode tomar as vidas. É o mesmo rio. É o
mesmo poder. O rio é uma força positiva quando dirigido para os propósitos apropriados, e
destrutivo quando não é.
Poder espiritual usado para os propósitos errados é tão perigoso como um rio poderoso que
inunda fora de controle. Por esta razão é importante entender os propósitos bíblicos para o poder
espiritual.
OS PROPÓSITOS MUNDANOS
Como você aprendeu na introdução deste curso, há muitos tipos de operações de poder no
mundo hoje. As pessoas usam este poder por vários propósitos:
O poder político pode ser usado para liderar organizações, tribos, povos, cidades, estados,
províncias e nações inteiras.
O poder intelectual é usado para fazer grandes invenções, criações literárias e musicais, e para
estabelecer as instituições educativas.
O poder intelectual é suado para fazer grandes invenções, criações literárias e musicais e para
estabelecer as instituições educacionais.
O poder físico resulta em grande fama no mundo da competição atlética.
O poder financeiro cria negócios aproveitáveis, corporações, e os grandes impérios financeiros.
O poder militar é usado tanto para defender quanto para ganhar territórios.
O poder da energia serve ao homem de muitas maneiras que vão desde um simples fogo até o
calor e aos servir uma cidade inteira de eletricidade.
O poder religioso cria as grandes denominações e os cultos religiosos.
Porém, nenhum destes são os propósitos bíblicos para o poder.
NÃO COMO OS GENTIOS
É uma ocasião quando Jesus estava ensinando a Seus discípulos sobre a liderança, Ele disse:
“Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os
dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre
vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que
vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo” (Mateus
20.25-27).
Jesus estava ensinando a Seus seguidores um princípio importante que pode aplicar-se a muitas
outras áreas da vida além da liderança. O vocábulo “gentio” é usado para identificar pessoas e
nações separadas de Deus. Jesus explicou que o Reino de Deus opera sobre princípios
completamente diferentes daqueles do mundo.
Este mesmo princípio é verdadeiro com respeito ao assunto de poder. Os propósitos mundanos
para o poder não são os propósitos para o poder no Reino de Deus. O poder é usado para
169
propósitos mundanos no mundo. No Reino de Deus, será usado para propósitos altruístas, para
avançar o Reino.
Algumas pessoas abusam do poder espiritual e o usam para criar grandes religiões e os
movimentos denominacionais. Elas o usam para criar reinos financeiros e ganhar popularidade
pessoal. Porém, estes não são os propósitos bíblicos para o poder espiritual. Eles abusam dos
verdadeiros propósitos para os quais Jesus delegou a autoridade aos crentes. Os escribas e
fariseus para os quais Jesus delegou a autoridade aos crentes. Os escribas e fariseus dos
tempos do Novo Testamento são exemplos do abuso do poder espiritual. Jesus disse:
“Ai de vós, fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e das
saudações nas praças. Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis,
sobre as quais os homens passam sem o saber!” (Lucas 11.43-44).
Os escribas e fariseus eram líderes religiosos poderosos. Eles usaram este poder para lucro
pessoal. Eles tomaram os melhores assentos nas sinagogas. Eles ordenavam saudações
especiais no mercado. Eles também usaram seu poder para controlar as pessoas:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante
dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!”
(Mateus 23.13).
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer
um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do
que vós!” (Mateus 23.15).
Os fariseus fizeram uma grande demonstração de poder espiritual exterior, porém o usou para o
lucro pessoal:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e,
para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais
severo!” (Mateus 23.14).
Eles tinham o poder religioso, porém eles não tinham o verdadeiro poder espiritual.
OS PROPÓSITOS BÍBLICOS PARA O PODER
Aqui estão os propósitos bíblicos para o poder espiritual:
SALVAÇÃO:
Um propósito primário do poder espiritual é a salvação:
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, a saber, aos que crêem no seu nome” (João 1.12).
“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que
somos salvos, poder de Deus” (1 Coríntios 1.18).
A demonstração do poder de Deus produz a salvação. Os povos de Lida e Sarom se
converteram quando Enéias, um paralítico que havia estado prostrado durante oito anos, foi
curado (Atos 9).
DAR TESTEMUNHO:
Um dos propósitos principais do poder espiritual delegado aos crentes foi dado quando Jesus
prometeu este poder:
170
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra” (Atos 1.8).
Você aprenderá depois mais sobre o poder do Espírito Santo neste curso.
O poder que Jesus delegou a Seus seguidores deveria vir sobre eles DEPOIS da vinda do
Espírito Santo. O propósito do poder era estender um poderoso testemunho do Evangelho,
começando em Jerusalém e estendendo-se até os confins da terra.
A primeira demonstração deste poder espiritual se viu no apóstolo Pedro. Depois de receber o
Espírito Santo, ele deu um poderoso testemunho do Evangelho que produziu a salvação de 3.000
pessoas. Este era o mesmo Pedro que fugiu no momento da captura de Jesus. Este foi o mesmo
Pedro que, inclusive, negou conhecer ao Senhor. O que aconteceu?
Pedro havia sido dotado com o poder espiritual. Ele recordou o propósito desse poder como
declarado por Jesus, “Sereis minhas testemunhas”. Quando ele recebeu o poder, ele começou a
usá-lo para um propósito apropriado – estender o evangelho aos homens e mulheres não salvos.
No tribunal de justiça, “testemunhar” consiste de dois fatores: o testemunho verbal e a evidência.
O mesmo é verdade no reino espiritual. Nosso testemunho do evangelho deve incluir o
testemunho verbal e a evidência. A evidência é a demonstração do poder de Deus:
“Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor
Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (Atos 4.33).
Paulo escreveu:
“Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas,
sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como
sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós” (1
Tessalonicenses 1.5).
Jesus prometeu cooperar com aqueles que cumprem a ordem para entrar no mundo como
testemunha a cada criatura. Aquelas pessoas buscam os sinais poderosos em seu ministério,
porém eles não estão cumprindo a ordem para ir. O poder que Jesus prometeu é para aqueles
que cumprem esta ordem.
INTREPIDEZ:
“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de
moderação” (2 Timóteo 1.7).
Na Igreja Primitiva o Evangelho avançou em intrepidez devido a unção do poder espiritual:
“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (Atos 4.31).
“Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele
vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara
ousadamente em nome de Jesus” (Atos 9.27).
“Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e
Áquila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho
de Deus” (Atos 18.26).
“Durante três meses, Paulo freqüentou a sinagoga, onde falava ousadamente,
dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus” (Atos 19.8).
171
“Mas, apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso
conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o
evangelho de Deus, em meio a muita luta” (1 Tessalonicenses 2.2).
FAZER AS OBRAS DE DEUS:
Os discípulos estavam maravilhados com as obras poderosas de Jesus:
“Tendo Jesus partido dali, foi para a sua terra, e os seus discípulos o
acompanharam. Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e muitos,
ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este estas coisas? Que
sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas
mãos?” (Marcos 6.1-2).
Jesus disse:
“É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite
vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9.4).
Jesus tinha um propósito definido: fazer as obras de Deus. Esta era Sua motivação. Depois de
testemunhar destas obras durante um tempo, os discípulos vieram a Jesus com esta pergunta:
“Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de
Deus?” (João 6.28).
Jesus respondeu:
“A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (João 6.29).
A maior obra de Deus se manifestou em Jesus. O Senhor enfocou a atenção de Seus discípulos
neste fato em lugar da demonstração visível de sinais e maravilhas. Os verdadeiros milagres
sempre exaltam a Jesus. Esta é a obra de Deus.
Depois, Jesus disse a Seus seguidores:
“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as
obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai”
(João 14.12).
Seus seguidores deveriam fazer as mesmas obras que Ele havia feito. O passado não tem
acabado com as possibilidades para o poder. Eles fariam obras maiores. Estas obras seriam
maiores em quantidade, não em qualidade – por que Jesus voltaria ao céu. Sua promessa se
tornou uma realidade. Por todo o livro de Atos, nós testemunhamos de crentes fazendo as obras
de Deus. O enfermo foi curado, os demônios foram expulsos, se abriram as portas da prisão, e o
morto foi levantado outra vez à vida.
REVELAR A DEUS:
Você aprendeu que uma razão porque Deus demonstra Seu poder na terra é revelar-se ao
homem. O poder espiritual delegado aos crentes também é para este propósito:
“Vendo isto, as multidões, possuídas de temor, glorificaram a Deus, que dera tal
autoridade aos homens” (Mateus 9.8).
Através de uma igreja poderosa, Deus deseja revelar-se ao universo inteiro:
“Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora,
dos principados e potestades nos lugares celestiais” (Efésios 3.10).
172
O propósito desta revelação através do poder é:
“Para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de
Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança
entre os que são santificados pela fé em mim” (Atos 26.18).
REVELAR O REINO DE DEUS:
Jesus combinou a proclamação do Reino de Deus com sua demonstração. Quando Jesus foi
questionado “Você é aquele devia de vi, ou devemos esperar outro?” (Lucas 7.19), Ele não
respondeu com argumento ou lógica. Ele disse:
“Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os
cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem,
os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho”
(Lucas 7.22).
O poder demonstra o Reino de Deus em ação. Os milagres de Jesus demonstraram que o Reino
de Deus estava ao alcance da mão. Eles eram as instruções de como o Reino será em sua forma
visível quando foram criados o Novo Céu e a Nova Terra:
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Expulsar os demônios indica a invasão de Deus ao reino de Satanás e sua destruição final:
Mateus 12.29; Marcos 3.27; Lucas 11.21; João 12.31; Apocalipse 20.1.
Curar os enfermos apontar o dia futuro quando todo o sofrimento acabará: Apocalipse 21.4.
A provisão milagrosa de comida nos conta de um dia quando toda a necessidade humana
acabará: Apocalipse 7.1.
Acalmar as tormentas olha adiante à vitória sobre os poderes que usam a natureza para a
ameaçar a terra: Apocalipse 21.1.
Levantar o morto anuncia que a morte será para sempre terminada: 1 Coríntios 15.26.
CONFIRMAR A PALAVRA:
Os sinais e maravilhas poderosas confirmam a Palavra de Deus:
“Entretanto, demoraram-se ali muito tempo, falando ousadamente no Senhor, o qual
confirmava a palavra da sua graça, concedendo que, por mão deles, se
fizessem sinais e prodígios” (Atos 14.3).
“Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que
anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para
fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo
Jesus” (Atos 4.29-30).
“E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e
confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Mateus 16.20).
MINISTÉRIO AOS OUTROS:
O poder de Deus descansou sobre Jesus para equipá-lo para o ministério:
“Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de
entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de
conhecimento e de temor do SENHOR” (Isaías 11.2).
“O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para
pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de
173
coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os
algemados” (Isaías 61.1).
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual
andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
“Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e
não como os escribas” (Marcos 1.22).
Este mesmo poder era evidente nos ministérios dos crentes na igreja primitiva. Paulo disse:
“Do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus a mim
concedida segundo a força operante do seu poder” (Efésios 3.7).
O funcionamento eficaz do poder de Deus dentro de você resulta no ministério. Seu ministério
passa a ser e desenrola-se em maturidade através do poder de Deus operando em você. Paulo
disse:
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de
sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé
não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1 Coríntios
2.4-5).
A igreja primitiva nasceu em uma demonstração do poder de Deus, não através de grandes
oradores ou do debate teológico. Isto permitiu a sua fé estar em Deus em lugar de estar nas
habilidades especializadas de oratória dos homens.
O poder de Deus habilita todas as áreas do ministério espiritual: estender o evangelho, ministrar
ao enfermo, oprimido e àqueles escravizados pelos poderes demoníacos:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu
e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.18-19).
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa
mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos,
eles ficarão curados” (Marcos 16.17-18).
“Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre
espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e
enfermidades” (Mateus 10.1).
Você é aprovado como ministro de Deus pelo poder de Deus:
“Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de
Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias... na
palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas,
quer defensivas” (2 Coríntios 6.4, 7).
PARA A GUERRA ESPIRITUAL:
Enquanto você cumpre o propósito de poder para estender o evangelho, você encontrará a
oposição de Satanás. Jesus tem delegado poder a você para a guerra espiritual. Ele lhe tem
dado poder sobre todo o poder do inimigo:
174
“Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o
poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lucas 10.19).
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos
de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do
diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.10-12).
PREVENIR O ERRO ESPIRITUAL:
As pessoas entram em erro espiritual por duas razões:
“Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de
Deus” (Mateus 22.29).
O erro espiritual é o resultado se você não conhece a Palavra de Deus porque você está aberto
às doutrinas enganosas e ensinamentos falsos. O erro espiritual também resulta quando você
não conhece o poder de Deus. Você está aberto ao poder enganoso do inimigo. Você se torna
vítima de seus poderes que operam contra você quando você não tem o poder espiritual com o
qual resistir a suas forças.
Alguns têm uma forma de piedade e inclusive conhecem as Escrituras, porém eles negam o
poder de Deus. A Bíblia adverte que estas pessoas têm...
“Tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2
Timóteo 3.5).
VITÓRIA SOBRE O PECADO:
O poder espiritual conquista o pecado:
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim
da graça” (Romanos 6.14).
EDIFICAÇÃO:
Paulo escreveu aos coríntios:
“Porque, se eu me gloriar um pouco mais a respeito da nossa autoridade, a qual o
Senhor nos conferiu para edificação e não para destruição vossa, não me
envergonharei” (2 Coríntios 10.8).
“Portanto, escrevo estas coisas, estando ausente, para que, estando presente, não
venha a usar de rigor segundo a autoridade que o Senhor me conferiu para
edificação e não para destruir” (2 Coríntios 13.10).
Paulo sabia que sua autoridade não era para ser usada para controlar as pessoas ou destruí-las
à vontade. Ele aparentemente tinha uma tendência para falar com aspereza, então ele escreveu
aos coríntios sobre questões difíceis. Ele não quis abusar do poder espiritual que Deus o havia
dado. O poder de Deus for dado a Paulo para edificar a outros, não para destruí-os. “Edificar”
significa construir e promover o crescimento espiritual.
Isso não significa que nós não temos o poder para disciplinar apropriadamente dentro da igreja. A
autoridade espiritual é dada aos líderes para disciplinar segundo as instruções dadas na Palavra
de Deus. Uma igreja sem poder resultará na ausência de tal disciplina.
CRIAR UMA BOA DISPOSIÇÃO:
175
Cada pessoa tem uma vontade própria. Essa vontade é o poder de escolha. A demonstração de
poder cria uma boa disposição ou franqueza para com Deus:
“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos
ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens”
(Salmos 110.3).
PERMITIR QUE DEUS OPERE:
Deus atua na medida em que você permite Seu poder trabalhar em você:
“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto
pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Efésios
3.20).
Tudo o que você pede Deus – tudo o que você pensa acerca das verdades espirituais – é afetado
pelo poder de Deus que opera em você.
FORÇA ESPIRITUAL:
O poder de Deus não é somente uma força que trabalha através de você, porém a força que o
sustenta. Paulo disse que nós somos...
“Sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a
perseverança e longanimidade; com alegria” (Colossenses 1.11).
O poder de Deus o fortalece nos tempos difíceis quando você necessita de paciência no
sofrimento. Você pode enfrentar as situações difíceis com alegria devido a Seu poder glorioso
operando em você. Não é somente uma medida (limitada) de força. Você se fortalece com “todo
poder” – todo o poder e força que fluem de Deus são os recursos internos disponíveis a você em
tempos de necessidade. É um propósito importante de Seu poder em operação em você.
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que
sobre mim repouse o poder de Cristo” (2 Coríntios 12.9).
PRESERVAÇÃO:
Você é guardado, ou preservado, através do poder de Deus, até o último tempo:
“Que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada
para revelar-se no último tempo” (1 Pedro 1.5).
RESSURREIÇÃO:
Você vive em um corpo mortal que morrerá a menos que Jesus regresse primeiro a terra. É o
poder espiritual que levantará seu corpo mortal na ressurreição:
“Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder” (1 Coríntios 15.43).
“Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará a nós pelo seu poder” (1
Coríntios 6.14).
A VIDA ETERNA:
O poder de Deus habilita a vida eterna:
176
“Constituído não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de
vida indissolúvel” (Hebreus 7.16).
PARA TODAS AS COISAS:
Dão-se todas as coisas que pertencem para a vida e piedade você através do poder de Deus:
“Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que
conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos
chamou para a sua própria glória e virtude” (2 Pedro 1.3).
Pense nas muitas coisas envolvidas na vida. Pense nas muitas virtudes envolvidas na piedade. O
propósito de Seu poder divino é dar-lhe estas coisas – TODAS AS COISAS.
A UNÇÃO
VERSÍCULO-CHAVE:
“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes
necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a
respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele,
como também ela vos ensinou” (1 João 2.27).
INTRODUÇÃO
Este capítulo envolve a unção de Deus que autoriza aos homens e mulheres para o ministério
eficaz. Também proporciona as diretrizes para receber a unção de poder.
A PRÁTICA DE UNGIR
“Ungir” realmente significa “aplicar o azeite a uma pessoa ou coisa”. Foi uma prática instituída nos
tempos do Antigo Testamento. A unção originalmente era de três tipos: ordinária, médica e
sagrada.
A unção ordinária estava associada à limpeza pessoal para ficar com um cheiro bom. Você pode
ler sobre seu uso em Rute 3.3; Salmos 104.15, e Provérbios 27.9. Os convidados eram ungidos
como uma marca de respeito (Lucas 7.46) e o morto se preparava para o enterro ungindo-o
(Marcos 14.8; 16.1).
A unção médica foi usada para ajudar o enfermo e o ferido. Para um exemplo, veja Lucas 10.34.
A unção sagrada: o terceiro tipo de unção é o assunto deste capítulo. Esta unção era para
propósitos sagrados ou espirituais. Foi dada para dedicar coisas ou pessoas a Deus.
EXEMPLOS DO ANTIGO TESTAMENTO
A primeira ocasião de unção para propósitos espirituais que é registrada no Antigo Testamento
se encontra em Gênesis 28.18. Depois que Jacó teve uma grande visão de Deus, ele...
177
“Tendo-se levantado Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra que havia posto por
travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite. E ao lugar,
cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel” (Gênesis 28.18-19).
Deus depois falou sobre este evento e disse:
“Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto;
levanta-te agora, sai desta terra e volta para a terra de tua parentela” (Gênesis
31.13).
Depois, Deus deu instruções concernentes à unção de sacerdotes, reis e profetas para consagráos aos propósitos espirituais. O conteúdo do Tabernáculo também seria ungido. Você pode
estudar mais sobre isto na seção “Para Estudo Adicional” deste capítulo.
O propósito para ungir pessoas e coisas era separá-las em dedicação especial ao serviço de
Deus. O azeite santo foi usado para estes propósitos espirituais:
“Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do
perfumista; este será o óleo sagrado da unção... Dirás aos filhos de Israel:
Este me será o óleo sagrado da unção nas vossas gerações” (Êxodo 30.25,
31).
A UNÇÃO DE JESUS
Seguindo o modelo instituído por Deus, Jesus foi ungido para o serviço. Jesus disse:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da
vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4.18-19).
Este foi um cumprimento da profecia cedida em Isaías 61.1.
Os discípulos reconheceram que...
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual
andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
A FONTE DA UNÇÃO
O poder espiritual da unção não está no próprio azeite. O poder não está na pessoa espiritual
que faz a unção ou nas habilidades do destinatário. O poder da unção flui da fonte, Deus o Pai.
Note que Jesus disse, “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para...”.
Paulo disse:
“Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus” (2 Coríntios
1.21).
Deus era que a fonte da unção de Cristo. Ele ainda é a fonte da unção. O azeite é somente um
símbolo natural que representava esta unção. Jesus usou a prática de ungir, porém nem sempre
com o azeite. Um homem cego curado por Jesus relatou:
“Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me:
Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo” (João
9.11).
178
Este versículo confirma que não é a substância usada, mas sim o poder por trás da prática de
ungir que é eficaz. Ainda que se homens e mulheres foram ungidos simbolicamente com o azeite
pelo homem, a verdadeira unção de poder era de Deus. Deus disse do Rei Davi:
“Encontrei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi” (Salmos 89.20).
Anos antes de ter sido ungido nesta vida pelo homem, Davi foi ungido por Deus:
“Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu
te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul” (2 Samuel 12.7).
OS PROPÓSITOS DA UNÇÃO
A unção do Espírito de Deus é muito importante na vida e ministério do crente. Aqui estão alguns
propósitos da unção:
O SERVIÇO:
Quando a unção de Deus veio sobre Saul, ele se tornou um novo homem para servir a Israel
como rei:
“Tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e
disse: Não te ungiu, porventura, o SENHOR por príncipe sobre a sua herança,
o povo de Israel?... O Espírito do SENHOR se apossará de ti, e profetizarás
com eles e tu serás mudado em outro homem. Quando estes sinais te
sucederem, faze o que a ocasião te pedir, porque Deus é contigo” (1 Samuel
10.1, 6).
Jesus foi ungido por Deus para o serviço:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da
vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano
aceitável do Senhor” (Lucas 4.18-19).
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual
andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
Estes versículos proporcionam uma lista de propósitos da unção para o serviço. A unção o
habilita a:
Pregar o evangelho.
Ministrar aos pobres.
Curar o coração destroçado.
Curar fisicamente o enfermo (Veja também Tiago 5.14-15 e Marcos 6.13).
Pregar a liberação àqueles em escravidão espiritual.
Abrir os olhos daqueles em cegueira espiritual.
Libertar aqueles que estão machucados, feridos pelo inimigo.
Pregar o ano aceitável do Senhor (Veja 2 Coríntios 6.2).
Fazer o bem.
Curar a todos aqueles oprimidos pelo diabo.
A RESPONSABILIDADE:
Deus unge aos crentes com responsabilidades espirituais. Qualquer coisa que Ele lhe confia, seja
grande ou pequena, não é devido às suas próprias habilidades. Não é devido à sua educação,
personalidade, ou posição social. Você recebe a responsabilidade espiritual pela unção:
179
“Disse mais o SENHOR a Arão: Eis que eu te dei o que foi separado das minhas
ofertas, com todas as coisas consagradas dos filhos de Israel; dei-as por
direito perpétuo como porção a ti e a teus filhos” (Número 18.8).
A INSTRUÇÃO:
A unção lhe ensina:
“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes
necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a
respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele,
como também ela vos ensinou” (1 João 2.27).
Isto não significa que você não deve receber o ensino bíblico de outros. Deus tem colocado os
mestres na igreja para este propósito (Efésios 4.11). O Espírito Santo os unge a ensinar a
Palavra de Deus. Porém, se você não teme a oportunidade de receber o ministério de tais
homens escolhidos por Deus, a unção do Espírito Santo ainda o ensinará.
Esta unção lhe ajuda a avaliar a verdade dos ensinamentos que você tem recebido de outros.
Também lhe revela as verdades que você não entende e claramente abre a revelação da Palavra
escrita de Deus a você. Note que a unção nos ensina “todas as coisas”. Há tal poder na unção
que lhe instrui em cada área da vida e ministério.
PERMANECER:
A unção de Deus lhe permite permanecer em Jesus. Note esta porção do versículo já estudado:
“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes
necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a
respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele,
como também ela vos ensinou” (1 João 2.27).
Uma coisa é aceitar a Jesus como Salvador. Outra é aprender como permanecer Nele e
caminhar em obediência à Sua Palavra e Sua vontade. A unção lhe ensina como fazer isto.
LIBERDADE:
O jugo de escravidão é destruído pela unção. Os jugos eram usados no mundo antigo para unir
os animais para trabalhar nos campos. Eles ainda são usados para o mesmo propósito em
muitas nações hoje em dia. Jesus falou do jugo quando Ele disse:
“Vinda mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde
de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é
suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).
Nós estamos todos sob um jugo de algum tipo. Você ou está sob o jugo de Satanás ou de Deus.
O jugo da escravidão de Satanás é triplo:
1. O jugo do pecado:
“Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para que não
fôsseis seus escravos; quebrei os timões do vosso jugo e vos fiz andar
eretos” (Levítico 26.13).
O “jugo do Egito” significa o jugo do pecado. Este jugo deve ser rompido se você deseja vir sob o
jugo com Jesus.
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2. O jugo do ego:
Paulo se esforçou com o jugo do eu:
“Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que
prefiro, e sim o que detesto” (Romanos 7.15).
3. O jugo do homem:
O jugo do homem é escravidão posta sobre você por outros:
“Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos
homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-os.
Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens;
pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas” (Mateus 23.4-5).
O jugo do homem pode incluir a escravidão da culpa, tradição, denominacionalismo, ou normas
impossíveis de conduta importa por outros. Como estas fortalezas podem ser rompidas em sua
vida e nas vidas daqueles a quem você ministra? Elas são quebradas pela unção:
“Acontecerá, naquele dia, que o peso será tirado do teu ombro, e o seu jugo, do teu
pescoço, jugo que será despedaçado por causa da gordura” (Isaías 10.27).
Você não pode romper o jugo de Satanás em seu próprio poder. Você não pode fazê-lo por suas
próprias palavras de sabedoria. Cada jugo, cada escravidão do homem, é quebrado pela unção.
A ALEGRIA:
Jesus foi ungido com o azeite de alegria:
“Mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de
eqüidade é o cetro do seu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por
isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos
teus companheiros” (Hebreus 1.8-9).
Aqueles que amam a retidão e têm ódio da maldade serão ungidos com esta mesma alegria. A
unção de Deus traz grande alegria em sua vida. A alegria do Senhor é a força que autoriza seu
serviço para Deus.
UNÇÕES ESPECÍFICAS
Os propósitos da unção já estudados são para todos os crentes. Porém, Deus também unge as
pessoas para ministérios específicos e tarefas especiais. Alguns são ungidos como evangelistas,
outros como mestres. Alguns são pastores enquanto outros são profetas. Há muitas unções
diferentes que Deus dá aos crentes.
Jesus tinha uma unção específica de Deus para morrer pelos pecados das pessoas. O nome
“Cristo” significa “o ungido”. O nome Jesus quer dizer “Salvador”.
Quando o nome “Jesus Cristo” é usado junto, significa que Ele é o ungido de Deus para ser o
Salvador do mundo. Antes de Sua morte uma mulher ungiu a Jesus com azeite preciso. Jesus
disse:
“Pois, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu
sepultamento” (Mateus 26.12).
Jesus sabia que Ele foi ungido para morrer pelos pecados das pessoas. Ninguém mais tinha esta
unção específica.
181
Por todo o registro bíblico, Deus ungiu as pessoas para ministérios específicos (Veja 2 Crônicas
22.7). Quando as pessoas tentaram assumir um ministério específico sem a unção de Deus para
fazer isto, resultou em problemas. Leia a história de Miriã e Arão em Números 12 como um
exemplo disto. Miriã e Arão pensaram que eles tinham a mesma unção que Moisés e poderiam
também liderar a Israel. Porém eles descobriram algo diferente. Outro exemplo se encontra em
Números 16 na história de Core que tentou exigir a mesma unção que Moisés.
Muito da desarmonia no corpo de Cristo vem de pessoas que tentam servir nas áreas de
ministério às quais elas não têm recebido a unção. Uma pessoa é ungida por Deus de uma
maneira especial e logo todos estamos imitando seu ministério. Porém, os imitadores não têm os
mesmos resultados poderosos. Eles se perguntam o que está errado. Eles estão fazendo tão
somente como alguém mais, porém sem os mesmos resultados. A resposta se encontra na
unção de poder. A unção de Deus está sobre um homem para uma tarefa específica, porém não
no outro. Devido a isto, alguém têm êxito enquanto os outros falham.
Um dos pecados da carne listados em Gálatas 5.20 se chama “ciúmes” ou “emulações”. As
emulações são uma forma de inveja demonstrada em imitar os outros. Deus não pode abençoar
as emulações. Deus busca aqueles que se moverão para fora do pecado das emulações à
revelação através da unção de poder.
COMO RECEBER A UNÇÃO
Como você recebe esta unção de poder?
RECONHEÇA A FONTE:
Como você aprendeu nesta lição, a fonte da unção de poder espiritual é Deus. Você não pode
confiar em sua educação, personalidade ou posição social. Você não recebe sua unção de
alguém mais.
Não há nada que você possa fazer para ganhar a unção. Você não pode trabalhar a unção pelo
emocionalismo. Deus é a única fonte da unção espiritual. Para receber tal unção, você deve
primeiro reconhecer a fonte da qual ela flui.
EXPERIMENTE O NOVO NASCIMENTO:
Porque este é um poder espiritual que flui da fonte que é Deus, você deve nascer de novo
espiritualmente para recebê-lo. A razão para isto é:
“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1
Coríntios 2.14).
Esta unção de poder flui do Espírito de Deus. O homem carnal (pecador) não pode recebê-lo.
Você não pode recebê-lo a menos que você seja um homem espiritual.
LEIA A PALAVRA DE DEUS E ORE:
Desde que Deus é a fonte da unção, você deve ficar em contato com Ele através da oração (na
qual você fala a Ele) e da Palavra de Deus (através da qual Ele fala). Quanto mais você
permanece em Sua Palavra, e Ele permanece em você, mais a unção fluirá em sua vida.
ROMPA O JUGO:
Você aprendeu neste capítulo que um dos propósitos da unção é romper os jugos de escravidão.
Peça a Deus para romper cada jugo do pecado, ego ou aqueles impostos pelo homem. Você
182
deve experimentar a unção que rompe o jugo em sua própria vida antes que ela possa fluir
através de você a outros.
RECEBA O ESPÍRITO SANTO:
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual
andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
Este versículo ilustra como a unção de Deus se relaciona à operação poderosa do Espírito Santo
em sua vida. Para experimentar a unção de poder, você deve receber o Espírito Santo. Você já
estudou sobre isto no Capítulo Oito, “O Poder do Espírito Santo”.
NÃO ENFOQUE EM SUAS INCAPACIDADES:
Muitas pessoas enfocam em suas próprias incapacidades em lugar de enfocar nas habilidades
disponíveis a elas através da unção de poder. O rei Davi disse uma vez:
“No presente, sou fraco, embora ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são
mais fortes do que eu. Retribua o SENHOR ao que fez mal segundo a sua
maldade” (2 Samuel 3.39).
Davi reconheceu que em si mesmo ele era débil, ainda que Ele era rei. O poder que ele
experimentou foi através da unção. Ela converteu a debilidade dele em fraqueza. Ele não
enfocou em suas incapacidade, porém em suas habilidades através da unção de poder. É por
isso que ele pôde dizer:
“Pois contigo desbarato exércitos, com o meu Deus salto muralhas” (Salmos 18.29).
Os discípulos eram homens que originalmente eram temerosos e descrentes. Eles todos
abandonaram a Jesus em Seu tempo de necessidade. Um deles, inclusive, chegou a negá-lo. Foi
a este mesmo grupo que Jesus confiou a missão de alcançar o mundo com o Evangelho. Jesus
não enfocou em suas incapacidades. Ele não enfocou em sua falta de educação ou posição
social. Ele não olhava o registro de seus fracassos passados. Ele viu o que eles se tornariam
quando eles permitissem a unção de poder mudar suas vidas. Ele os viu como eles estariam
depois de receber o Espírito Santo.
Pare de enfocar em si mesmo. Reconheça que o Espírito de Deus está dentro de você. É Seu
trabalho, Seu ministério, Seus milagres, Sua unção. Peça-lhe que permita o fluir da unção através
de você. Comece a estender a mão a outros em ministério, e você começará a sentir o fluxo de
poder através de você.
Deus não o unge para sentar-se inativo no banco da parte de trás da igreja. A unção de poder é
dada para os propósitos específicos que você estudou no Capítulo Seis. Quando mais você dirige
suas energias para estes propósitos, tanto mais a unção de poder fluirá através de você.
DESCUBRA SUA UNÇÃO ESPECÍFICA:
Para determinar sua específica no ministério, você deve descobrir os dons espirituais que Deus
lhe tem dado. Consulte o curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, “O Ministério do
Espírito Santo”, para mais informações sobre esta área.
A POSIÇÃO DOS UNGIDOS
Ser ungido por Deus o coloca nas linhas dianteiras da guerra espiritual. A Bíblia revela que
aqueles que são ungidos com o poder por Deus experimentarão a oposição do inimigo:
183
“Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o
seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas
algemas” (Salmos 2.2-3).
Davi disse:
“Com que, SENHOR, os teus inimigos têm vilipendiado, sim, vilipendiado os passos
do teu ungido” (Salmos 89.51).
Porém, Deus tem dito daqueles que se opõem a Seus ungidos que:
“Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo,
lhes há de falar e no seu furor os confundirá” (Salmos 2.4-5).
Deus é sua força quando enfrentando tal oposição:
“O SENHOR é a força do seu povo, o refúgio salvador do seu ungido” (Salmos 28.8).
“Agora, sei que o SENHOR salva o seu ungido; ele lhe responderá do seu santo céu
com a vitoriosa força de sua destra” (Salmos 20.6).
Tenha cuidado com o que você diz a outros crentes ungidos. Trate com respeito aqueles que são
ungidos acima de você. Deus leva muito a sério aos ungidos com poder. Ele adverte:
“Dizendo: Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas” (1
Crônicas 16.22).
A DEMONSTRAÇÃO DE PODER
Quando Jesus começou Seu ministério público, era um ministério de milagres. Seu ministério não
teve êxito devido a sua grande organização. Ele começou com doze discípulos e acabou com
onze. Não teve êxito devido à popularidade. No fim, todos se voltaram contra Ele, incluindo Seus
próprios seguidores. Seu ministério alcançou as multidões devido à demonstração de poder:
“E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com
autoridade” (Lucas 4.32).
“Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: Que
palavra é esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e
eles saem?” (Lucas 4.36).
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual
andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
A Igreja Primitiva nasceu em uma demonstração de poder. Eles disseram... “Estes que têm
transtornado o mundo chegaram também aqui” (Atos 17.6).
A Igreja Primitiva afetou cidades e nações inteiras, porém ela não fez isso exclusivamente
através de pregadores. As pessoas escutaram e suas vidas foram mudadas porque elas
testemunharam da demonstração do poder de Deus:
“As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo
os sinais que ele operava. Pois os espíritos imundos de muitos possessos
saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E
houve grande alegria naquela cidade” (Atos 8.6-8).
184
Quando Pedro chegou em Lida, ele encontrou um homem chamado Enéias que havia estado
prostrado na cama durante oito anos...
“Disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te e arruma o teu leito. Ele,
imediatamente, se levantou. Viram-no todos os habitantes de Lida e Sarona,
os quais se converteram ao Senhor” (Atos 9.34-35).
Em Jope, Pedro levantou dos mortos uma mulher chamada Dorcas. Quando este milagre
aconteceu...
“Isto se tornou conhecido por toda Jope, e muitos creram no Senhor” (Atos 9.42).
Cada demonstração miraculosa do poder de Deus enfocou a atenção no Senhor Jesus cristo.
Cada encontro de poder produzia multiplicação da igreja. Influência política não é o que nós
necessitamos para alcançar o mundo com o Evangelho. A Igreja Primitiva não tinha suficiente
influência para tirar Pedro da prisão, porém ela tinha bastante poder para orar.
Mais pregadores não é o que alcançará o mundo. A Igreja Primitiva orou durante dias, pregou
alguns minutos e se salvaram 3.000 almas (Atos 1 e 2). Hoje nós oramos dez minutos, pregamos
dez dias de reavivamento, e vemos somente trinta que são salvos.
Mais dinheiro para o ministério não assegura alcançar o mundo com a mensagem do Evangelho.
É verdade que o dinheiro é importante à obra do ministério, não é o essencial, mas é necessário.
Quando Pedro e João passaram pela porta do templo em Jerusalém, um mendigo coxo pediu
moedas. Pedro e João não tinham sequer uma pequena quantidade de dinheiro. Porém, eles
deram o que eles tinham:
“Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te
dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão
direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de
um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando
e louvando a Deus” (Atos 3.6-8).
O que eles tinham era poder e autoridade no nome de Jesus. Eles não tinham nenhum
orçamento de publicidade para chegar à cidade de Jerusalém. Eles não tinham nenhum folheto
impresso ou Bíblia, nenhuma rede de televisão. Porém, eles tinham o poder. Através da
demonstração do poder de Deus, a cidade inteira foi afetada pela mensagem do evangelho (Atos
3 e 4).
A Igreja Primitiva compreendeu que o Evangelho do Reino não somente era de palavra, mas de
poder:
“Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder” (1 Coríntios 4.20).
O PODER DE ESCOLHA
Quando Deus criou o mundo, Ele fez muitos tipos diferentes de criaturas. Ele fez animais, peixes,
e pássaros (Gênesis 1).
Porém, a maior criação de Deus foi o homem, que foi criado em Sua própria imagem. O homem é
único entre todas as criaturas porque ele tem um corpo, alma e espírito. Ele foi criado para render
culto a Deus e ter comunhão com o Deus vivo e verdadeiro (Gênesis 2 e 3).
O homem, pela criação, é o companheiro de um milagre operado pelo Pai, o Deus vivo e
verdadeiro. O homem, dotado com o sopro de Deus e feito à Sua imagem, tem uma capacidade
para o poder diferente de qualquer outro ser criado. A esfera da operação de milagres deve ser a
esfera natural do homem.
185
O homem tem a mente mais poderosa e inteligente de todas as criaturas de Deus. O homem tem
o poder da opção. O homem pode escolher fazer o bem e o mal. Ele pode escolher obedecer a
Deus ou a Satanás.
A primeira tentação do homem por Satanás no jardim do Éden enfocou neste poder de escolha
(Gênesis 3). Ao pecar, uma natureza básica de pecado tem passado dão e Eva a toda
humanidade devido a uma escolha errada.
A BASE DO PODER ESPIRITUAL
Se o homem deseja experimentar o verdadeiro poder espiritual, ele deve escolher servir a Deus.
Desde que todos são pecadores, todos estão em necessidade de perdão:
“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).
O perdão passa pelo arrependimento e crença em Jesus Cristo:
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a
verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João
1.8-9).
O arrependimento do pecado é a base para o poder espiritual. Você não pode experimentar o
poder de Deus se você permanece na morte espiritual do pecado. Quando os discípulos estavam
pregando em uma cidade, um homem chamado Simão testemunhou o poder de Deus em ação.
Ele ofereceu dinheiro a Pedro e disse:
“Propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu
impuser as mãos receba o Espírito Santo” (Atos 8.19).
Paulo respondeu:
“O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o
dom de Deus. Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração
não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao
Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração; pois vejo que estás em
fel amargura e laço de iniqüidade” (Atos 8.20-23).
O arrependimento é a base de todo poder espiritual verdadeiro. Você nunca experimentará o
poder de Deus a menos que você tenha experimentado primeiro o arrependimento. A salvação
do pecado é a maior demonstração do poder de Deus.
Deus não derrama Seu poder através de vasos pecadores. Ele não trabalha através de pessoas
que tentam melhorar suas vidas através do auto-esforço (Mateus 9.16-17). Deus demonstra Seu
poder através de vasos santos que se arrependeram e estão servindo-o.
TOMANDO POSSE DAS PROMESSAS
Aos crentes é prometido o poder espiritual. Porém, há duas partes em cada promessa de Deus:
A promessa: o conteúdo, as palavras exatas e o significado da promessa.
A possessão da promessa: você não pode usar o que você não possui. Você deve reivindicar
as promessas de Deus para que elas se tornem em realidade em sua vida.
Como você reivindica as promessas de Deus? Aqui estão os passos:
186
1. VOCÊ DEVE ESCOLHER FAZÊ-LO:
Você tem o poder a promessa de Deus, a rejeitar ou a ignorar. Muitas pessoas têm rejeitado a
promessa de poder espiritual. Elas crêem que era somente para a Igreja Primitiva. Outros o tem
ignorado. Elas leram as promessas na Bíblia, porém não agem acordo com elas. Estas pessoas
não têm a demonstração do poder de Deus em suas vidas porque elas têm exercitado seu poder
de escolha e não tem reivindicado a promessa.
Sempre que há uma promessa na Palavra de Deus que não se cumpre em sua vida, isso não
significa que ela não é verdadeira ou que não é para você. Não interprete a Bíblia baseando-se
em sua própria experiência. Simplesmente porque você não tem experimentado uma promessa
de Deus não significa que ela não é uma promessa verdadeira e válida. A promessa de poder de
Deus é um dom de Deus. Porém, você deve escolher aceitar esse dom ou não.
2. VOCÊ DEVE ENTENDER OS PRINCÍPIOS:
Para possuir qualquer promessa bíblica, você deve entender os princípios nos quais ela se
baseia. As promessas de Deus sempre são baseadas em certos princípios que sempre envolvem
uma resposta do homem.
Por exemplo, muitas promessas de Deus são baseadas no princípio “se, então”. Deus diz “Se
você faz uma certa coisa, então você receberá a promessa”. (Veja Deuteronômio 28 como um
exemplo deste princípio).
Para experimentar a promessa de poder espiritual, você deve entender os princípios bíblicos de
poder. No mundo natural, é semelhante a ler as instruções que vêm com um produto para
aprender a operá-lo apropriadamente ou como usar uma receita para aprender a preparar uma
certa comida.
3. VOCÊ DEVE APLICAR OS PRINCÍPIOS:
Alguém pode dar-lhe um presente encantador no mundo natural. Você poder escolher aceitá-lo.
Vem com as instruções. Você pode ler as instruções e pode entendê-los completamente. Porém,
a menos que você use as instruções para operar o dom, o produto ainda é inútil para você.
Mera compreensão dos princípios bíblicos de poder ensinados neste curso não é suficiente. Você
deve aplicar estes princípios à sua própria vida e ministério.
ALÉM DA BÊNÇÃO AO PODER
Muitos crentes não experimentam o poder porque eles nunca conseguem ir mais além do ponto
de benção espiritual. O Espírito Santo começa a mover neles e eles sentem grande alegria. Eles
podem expressá-lo cantando, gritando, dançando ou chorando. Eles são abençoados por Deus e
respondem emocionalmente.
Não há nada de errado com isto. A Bíblia está cheia de tais experiências espirituais. Porém, Deus
quer mover Seu povo mais além do ponto da benção para a esfera de poder espiritual, além da
emoção para a demonstração.
Há uma história no Antigo Testamento que ilustra esta verdade. Também ilustra o vínculo entre
uma promessa e a possessão dessa promessa. A nação de Israel viajou durante muitos meses,
desde o Egito através do deserto até a terra que Deus lhes prometeu. Quando eles chegaram
perto desta terra prometida, Moisés enviou espias para explorar a terra. Dez dos espias voltaram
com um relatório negativo. Eles disseram que havia gigantes na terra e não havia nenhuma
maneira de Israel entrar para possuir a terra. Somente dois espias insistiram com as pessoas que
poderiam entrar e possuir a terra e, de fato, a possuíram como Deus havia prometido.
187
Israel escolheu escutar o relatório negativo. Devido a isto, ainda que foi somente uma jornada de
onze dias de onde estavam acampados até a Terra Prometida, Israel levou quarenta anos para
fazer a jornada (Deuteronômio 1.2).
Deus levou Israel até o ponto da bênção. Eles estavam na beirada da Terra Prometida. O poder
de Deus estava disponível para conquistar o inimigo. Porém, Israel se negou a avançar no poder
de Deus. Não havia nada errado com a promessa. O problema foi a rejeição de Israel em possuía.
Você não deve deter-se quando você consegue chegar a um ponto de bênção em sua vida. Você
deve irromper para a esfera do poder espiritual. Se você não faz isso, você continuará vagando
em um deserto espiritual de existência seca, impotente. Você deve mover para além do ponto de
bênção à esfera de poder. Você deve tornar-se um demonstrador em lugar de um expectador;
um fazedor ao invés de somente um ouvinte. Quando você faz isso, você experimenta o
verdadeiro fluir do poder de Deus. Você experimentará uma força de vida e unção que você
nunca antes conheceu. Você experimentará a vida depois da religião.
PESSOAS COMUNS
Você pode pensar que não pode experimentar este poder porque lhe falta a devida educação.
Talvez você não possua credenciais ministeriais com nenhuma denominação. Você pode viver
em um povo longínquo de uma universidade cristã e você é incapaz de obter uma educação
escolar bíblica.
Nenhuma destas coisas é necessária para você receber o poder espiritual. A Palavra de Deus
está cheia de exemplos de homens e mulheres comuns que foram usados por Deus de maneiras
poderosas:
Abraão... Mentiu sobre Sara, que era sua esposa, devido ao medo, mesmo assim ele foi usado
por Deus para fundar a grande nação de Israel.
Moisés... Não era um bom porta-voz e matou a um egípcio com ira, e mesmo assim Deus o usou
para levar uma nação inteira de dois milhões de pessoas a terra prometida.
Pedro... Submergiu enquanto caminhando sobre as águas, sempre dizia a coisa errada no
momento errado, e ao no fim negou que ele conhecia a Jesus... Todavia, este pescador comum
se levantou e deu um testemunho poderoso no dia de Pentecostes que produziu a salvação de
3.000 almas.
Gideão... Um homem jovem escondido em temor para trilhar o grão da colheita foi chamado para
libertar uma nação inteira dos opressores.
O Rei Davi... Praticou adultério, tomou a esposa de outro homem e assassinou este mesmo
homem, todavia ele foi o maior rei de Israel e foi chamado de um homem segundo o próprio
coração de Deus.
Pedro e João... Os dois eram pescadores pobres e não tinha nenhum dinheiro ou educação,
porém o poder de cura de Deus fluiu através deles para revolver cidades inteiras.
O apóstolo Paulo... Ele disse que suas cartas eram poderosas, porém sua presença corporal
débil e seu discurso pobre (2 Coríntios 10.10).
Jacó... Era um enganador, mentiroso e maquinador. Porém, quando Deus o tocou, ele se tornou
um ‘príncipe’ com poder com Deus e com os homens.
Se o poder espiritual com Deus e com os homens pode ser confiado a homens como esses, a
você também pode, apesar de seus fracassos humanos! Deus chama a homens e mulheres
ordinários e os torna extraordinários. Ele não vê como você vê a si mesmo. Ele não o vê como
outros o vêem. Deus lhe vê como você pode tornar-se quando Ele dotá-lo com poder espiritual.
188
Deus usa pessoas ordinárias, o que a Bíblia chama de ‘vasos de barro’. A razão porque Ele faz
isso é...
“... para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Coríntios 4.7).
O PODER DA ORAÇÃO2
VERSÍCULO-CHAVE:
“... Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5.16).
INTRODUÇÃO
Quando você estudou sobre o pode no nome de Jesus você aprendeu que os crentes podem
usar Seu nome na oração para fazer petições ao Pai. Esta lição explora o poder da oração em o
nome de Jesus. Também apresenta a prática associada ao jejum. A oração e o jejum são
princípios poderosos que liberam o poder de deus nas vidas dos crentes.
A DEFINIÇÃO DE ORAÇÃO
Oração é comunhão com Deus. Ela assume formas diferentes, porém basicamente ocorre
quando o homem fala com Deus e Deus fala com o homem. A oração se descreve como:
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Invocar o nome do Senhor: Gênesis 12.8.
Clamar a Deus: Salmos 27:7; 34:6.
Aproximar-se de Deus: Salmos 73:28; Hebreus 10:22.
Esperar em Deus: Salmos 5.3.
Elevar a alma: Salmos 25:1
Alçar o coração: Lamentações 3.41.
Derramar o coração: Salmos 62.8.
Derramar a alma: 1 Samuel 1.15.
Clamar aos céus: 2 Crônicas 32.20.
Implorar ao Senhor: Êxodo 32.11.
Buscar a Deus: Jó 8.5.
Buscar a face do Senhor: Salmos 27.8.
Implorar: Jô 8.5; Jeremias 36.7.
A VIDA DE ORAÇÃO DE JESUS
A oração era uma ferramenta poderosa na vida do Senhor Jesus:
JESUS FEZ DA ORAÇÃO UMA PRIORIDADE:
Ele orou tanto de dia quanto de noite: Lucas 6.12-13.
A oração tinha prioridade à comida: João 4.31-32.
A oração tinha prioridade à obra: João 4.31-32.
A ORAÇÃO ACOMPANHOU QUALQUER EVENTO DE IMPORTÂNCIA:
Seu batismo: Lucas 3:21-22
Durante a primeira viagem ministerial: Marcos 1:35; Lucas 5:16
189
Antes de escolher os discípulos: Lucas 6:12-13
Antes de e depois de alimentar os 5.000: Mateus 14:19,23; Marcos 6:41,46; João 6:11,14-15
Ao alimentar os 4.000: Mateus 15:36; Marcos 8:6,7
Antes da confissão de Pedro: Lucas 9:18
Antes da transfiguração: Lucas 9:28,29
Ao retorno dos setenta: Mateus 11:25; Lucas 10:21
Na tumba de Lázaro: João 11:41-42
Na bênção das crianças: Mateus 19:13
Na vinda de certos gregos: João 12:27-28
Antes da hora de Sua maior angústia: Mateus 26:26-27; Marcos 14:22-23; Lucas 22:17-19
Por Pedro: Lucas 22:32
Pelo Espírito Santo: João 14:16
No caminho de Emaús: Lucas 24:30-31
Antes de Sua ascensão: Lucas 24:50-53
Por Seus seguidores: João 17
A oração que Jesus ensinou a Seus discípulos está registrada em Mateus 6:9-13.
OS NÍVEIS DE ORAÇÃO
Paulo requer aos crentes para sempre orarem com “toda a oração” (Efésios 6.18). Outra tradução
da Bíblia lê “orando com cada tipo de oração” (A tradução de Goodspeed). Isto se refere aos
vários níveis e tipos de oração.
Há três níveis de intensidade na oração – pedir, buscar e bater:
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede
recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mateus 7.7-8).
Pedir é o primeiro nível de oração. É simplesmente apresentar uma petição a Deus e receber
uma resposta imediata. Para receber, a condição é pedir:
“Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a
fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis” (Tiago 4.2).
Nós temos a poderosa espiritual da oração, e ainda muitos não a usam. Eles não pedem e, por
isso, eles não recebem.
Buscar é um nível mais profundo de oração. Este é o nível de oração ondas respostas não são
tão imediatas como no nível de pedir. Os 120 reunidos no cenáculo onde continuavam em oração
é um exemplo de buscar. Estes homens e mulheres buscaram o cumprimento da promessa do
Espírito Santo e continuaram até que a resposta veio (Atos 1 e 2).
Bater é um nível ainda mais profundo. É a oração que é persistente quando as respostas são
mais demoradas a vir. Esse tipo de oração é ilustrado pela parábola que Jesus deu em Lucas
11.5-10. O nível de bater é o mais intenso nível de oração de guerra espiritual. Ele é ilustrado
pela persistência de Daniel que continuou ‘batendo’ apesar dele não ter isto nenhum resultado
visível (Daniel 10).
OS TIPOS DE ORAÇÃO
Há vários tipos de oração ilustrados na oração modelo que foi dada pelo Senhor (Mateus 6.9-13).
Os tipos de oração incluem:
1. ADORAÇÃO E LOUVOR:
Você entra na presença de Deus com adoração e louvor:
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“Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de
louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome” (Salmos 100.4).
Adorar é dar honra e devoção. Louvor é ação de graças e uma expressão de gratidão não
somente pelo que Deus tem feito, porém também pelo que Ele é. Você deve render culto a Deus
em espírito e em verdade:
“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus
adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em
espírito e em verdade” (João 4.23-24).
O louvor e a adoração podem ser:
Cantando: Salmos 9:2,11; 40:3; Marcos 14:26
Louvor audível: Salmos 103:1
Gritando: Salmos 47:1
Levantando as mãos: Salmos 63:4; 134:2; 1 Timóteo 2:8
Aplaudindo: Salmos 47:1
Com instrumentos musicais: Salmos 150:3-5
Levantando-se: 2 Crônicas 20:19
Inclinando-se: Salmos 95:6
Dançando: Salmos 149:3
Ajoelhando-se: Salmos 95:6
Na cama: Salmos 149:5
2. COMPROMISSO:
Esta é oração que encomenda sua vida à vontade de Deus. Inclui orações de consagração e
dedicação.
3. PETIÇÃO:
As orações de petição são súplicas. As petições devem ser feitas segundo a vontade de Deus
como revelada em Sua Palavra escrita. As petições podem estar nos níveis de pedir, buscar ou
bater. Súplica é outra palavra para este tipo de oração. A palavra súplica significa “pedir a Deus
ou levar uma necessidade diante Dele fortemente”.
4. CONFISSÃO E ARREPENDIMENTO:
Uma oração de confissão é arrepender-se e pedir o perdão dos pecados:
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9).
5. INTERCESSÃO:
A intercessão é a oração pelos outros. Um intercessor é alguém que toma o lugar de outro ou
suplica em nome de outro.
A Bíblia registra que uma vez Deus olhou a terra e se admirou de não haver nenhum intercessor:
“Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um
intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua
própria justiça o susteve” (Isaías 59.16).
Quando Deus viu que não havia nenhum intercessor, Ele supriu a necessidade. Ele enviou a
Jesus:
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“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem” (1 Timóteo 2.5).
“Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o
qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Romanos 8.34).
“Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo
sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25).
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia,
alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 João
2.1).
Um advogado em uma corte de justiça é o ajudante legal ou conselheiro que suplica em favor de
outro. A intercessão na guerra espiritual é a oração a Deus em nome de outra pessoa. Às vezes,
esta intercessão é feita com entendimento. Você intercede em seu próprio idioma nativo:
“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos
os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e
mansa, com toda piedade e respeito” (1 Timóteo 2.1-2).
Em outros momentos, a intercessão é feita pelo Espírito Santo. Poder ser com gemidos que são
o resultado de uma carga espiritual pesada. Poder ser uma língua desconhecida. Pode ser a
intercessão por outro ou o Espírito Santo faz intercessão por você. Quando isso acontece, o
Espírito Santo fala através de você orando diretamente a Deus e segundo a vontade de Deus.
Você não entende este tipo de intercessão:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não
sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós
sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26).
A ORAÇÃO MODELO
Durante o ministério terreno de Jesus Seus discípulos vieram uma vez a Ele com uma petição
interessante:
“De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus
discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou
aos seus discípulos” (Lucas 11.1).
Os discípulos não perguntaram como pregar ou realizar milagres. Eles não buscaram lições
sobre como construir relacionamentos duradouros. Eles não inquiriram com respeito às
maravilhas da cura física. Eles pediram para serem ensinados a orar. O que criou este desejo?
Os efeitos visíveis da oração na vida e ministério de Jesus. Os discípulos haviam testemunhado
dos resultados poderosos desta estratégia espiritual em ação.
Leia a oração modelo abaixo e observe os vários tipos de oração que nós temos discutido:
Pai nosso que está nos céus; santificado seja o teu nome.
Louvor e Adoração.
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade na terra como no céu.
Compromisso.
O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje.
Petição.
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Perdoa as nossas dívidas, como também perdoamos aos nossos devedores.
Confissão, intercessão.
E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal.
Petição.
Porque teu é o reino, o poder, o domínio e a glória por todos os séculos.
Louvor e Adoração.
(Mateus 6:9-13)
COMO ORAR
Busque cada uma das seguintes referências em sua Bíblia. Estas Escrituras lhe ensinam como
orar:
A oração será feita a Deus: Salmos 5.2.
A repetição vazia é proibida, porém a repetição ardente não é: Mateus 6:7; Daniel 6:10; Lucas
11:5-13; 18:1-8.
Você peca por negligência em orar pelos outros: 1 Samuel 12:23.
Ore com entendimento (em uma língua conhecida): Efésios 6.18).
Ore no Espírito: Romanos 8:26; Judas 20.
Ore segundo a vontade de Deus: 1 João 5.14-15.
Ore em segredo: Mateus 6.6.
Enfatiza-se a qualidade em lugar da quantidade. A oração não tem êxito devido ao muito falar:
Mateus 6.7.
Ore sempre: Lucas 21.36; Efésios 6.18.
Ore continuamente: Romanos 12.12.
Ore sem cessar: 1 Tessalonicenses 5.17.
Ore ao Pai em nome de Jesus: João 15.16.
Com uma atitude vigilante: 1 Pedro 4.7.
Conforme o exemplo da oração modelo: Mateus 6.9-13.
Ore com um espírito perdoador: Marcos 11.25.
Ore com humildade: Mateus 6.7.
Às vezes, acompanhe a oração com jejum: Mateus 17.21.
Ore fervorosamente: Tiago 5.16; Colossenses 4.12.
Ore com submissão a Deus: Lucas 22.42.
Use as estratégias de atar e desatar na oração: Mateus 16.19.
POR QUE VOCÊ DEVE ORAR
Pela paz de Jerusalém: Salmos 122.6.
Por obreiros na colheita: Mateus 9.38.
Para você não entrar em tentação: Lucas 22.40-46.
Por aqueles que malignamente o usam (seus inimigos): Lucas 6.28.
Por todos os santos: Efésios 6.18.
Pelo enfermo: Tiago 5.14.
Uns pelos outros (levando cada um as cargas dos outros): Tiago 5.16.
Por todos os homens, reis e aqueles em autoridade: 1 Timóteo 2.1-4.
Por nossas necessidades diárias: Mateus 6.11.
Por sabedoria: Tiago 1.5.
Para curar: Tiago 5.14-15.
Pelo perdão: Mateus 6.12.
Pela oportunidade de Deus e para o reino ser estabelecido: Mateus 6.10.
Pelo alívio da aflição: Tiago 5.13.
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ORE PELAS PROMESSAS
“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”
(Tiago 4.3).
Deus responda oração segundo as Suas promessas. Quando você não pede baseando-se
nestas promessas, sua oração não é respondida. É semelhante a como um pai se relaciona com
seus filhos. Nenhum pai promete dar tudo o que eles querem ou pedem. Ele deixa claro que ele
fará certas coisas e não fará outras. Dentro destes limites o pai respondas petições de seus
filhos.
O mesmo acontece com Deus. Suas promessas formam a base apropriada para a oração.
Aprenda o que Deus tem prometido e ore segundo as promessas de Deus. Uma boa maneira de
fazer isto é ler a Bíblia e marcar todas as promessas. Use sua Bíblia quando você ora e baseie
suas orações nestas promessas.
OBSTÁCULOS À ORAÇÃO
Aqui estão algumas coisas que impedirão as suas orações:
O pecado de qualquer tipo: Isaías 59.1-2; Salmos 66.18; Isaías 1.15; Provérbios 28.9.
Ídolos no coração: Ezequiel 14.1-3.
Um espírito rancoroso: Provérbios 21.13; Tiago 4.3.
Fome de poder, orações manipuladoras: Tiago 4.2-3.
Tratamento errado do cônjuge: 1 Pedro 3.7.
A auto-estima: Lucas 18.10-14.
A incredulidade: Tiago 1.6-7.
Não permanecer em Cristo e em Sua Palavra: João 15.7.
Falta de compaixão: Provérbios 21.13.
A hipocrisia, o orgulho, a repetição sem sentido: Mateus 6:5; Jó 35:12-13.
Não pedir segundo a vontade de Deus: 1 João 5.14.
Não pedir em nome de Jesus: João 16.24.
Oposições demoníacas, satânicas: Daniel 10.10-13; Efésios 6.1.
Não buscar primeiro o reino: é somente quando você busca o reino de Deus em primeiro lugar
que você recebe a promessa das outras coisas: Mateus 6.33.
Deus tem um propósito mais elevado ao negar sua petição: 2 Coríntios 12.8-9.
Quando você não sabe orar como você deveria, a oração é impedida. Por isso, é importante
permitir o Espírito Santo ore através de você: Romanos 8.26.
QUANDO NÃO ORAR
É importante aprender a esperar em oração pela direção e orientação do Senhor antes de agir.
Porém, é igualmente importante saber quando não orar. Quando Deus o chama à ação, você
deve agir – não continuar orando.
Por exemplo, nas águas amargas de Mara quando Moisés clamou ao Senhor, Deus lhe mostrou
exatamente o que fazer para adoçar as águas. Não havia nenhuma necessidade de esperar ao
Senhor em mais oração. Moisés deveria atuar no que Deus havia revelado. O mesmo foi verdade
de Josué quando ele orou sobre a terrível derrota de Israel em Ai. Deus revelou que havia
pecado entre as pessoas de Israel. Ele realmente disse a Josué...
“Então, disse o SENHOR a Josué: Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre
o rosto?... Pelo que os filhos de Israel não puderam resistir aos seus inimigos;
viraram as costas diante deles, porquanto Israel se fizera condenado; já não
serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa roubada. Dispõe-te,
santifica o povo e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o
SENHOR, Deus de Israel: Há coisas condenadas no vosso meio, ó Israel; aos
194
vossos inimigos não podereis resistir, enquanto não eliminardes do vosso
meio as coisas condenadas” (Josué 7.10, 12-13).
Não era tempo para orar. Era tempo de agir na direção cedida na oração. Algumas pessoas
usam a oração como uma desculpa para evitar o envolvimento e atuar no que Deus lhes tem dito
que façam. Outros continuam orando quando Deus já tem respondido, porém a resposta lhes
agradou. Reveja a história de Balaão em Números 22. Note, sobretudo, os versículos 18-19.
Balaão não tinha nenhuma direito de ir a Deus com a mesma questão, pois Deus lhe havia
proibido claramente de fazer algo com Israel (veja o versículo 12).
COMBINANDO A ORAÇÃO COM O JEJUM
A oração é ainda mais poderosa quando combinada com o jejum. Jejum, na definição mais
simples, é abster-se de comida.
TIPOS DE JEJUM:
Segundo a Bíblia há dois tipos de jejuns. O jejum total é quando você não come ou bebe nada.
Um exemplo disto se encontra em Atos 9.9. O jejum parcial é quando a dieta é restringida. Um
exemplo disto está em Daniel 10.3.
O JEJUM PÚBLICO E PRIVADO:
Jejuar é um assunto pessoal entre um indivíduo e Deus. Deve ser feito em particular e não se
alardeará sobre isso:
“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque
desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade
vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando jejuares,
unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que
jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará” (Mateus 6.16-18).
Os líderes da igreja podem fazer um chamado público para jejuar, e exigir que todos os irmãos
jejuem:
“Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembléia
solene” (Joel 2.15).
OS PROPÓSITOS DO JEJUM
Há propósitos espirituais definidos para o jejum. É importante que entendamos isto, devido ao
fato que o jejum será ineficaz se o fazemos pelas razões incorretas. Estude cada uma das
seguintes referências acerca dos propósitos do jejum. Estes revelam o grande poder do jejum na
guerra espiritual. Você jejua:
Para humilhar-se: Salmos 35.13; 69.10.
No arrependimento pelo pecado: Joel 2.12.
Para revelação: Daniel 9.2; 3.21-22.
Para desatar as ligaduras de impiedade, levantar as cargas da opressão, deixar ir livres aos
quebrantados e romper todo o jugo: Isaías 58.6.
Alimentar aos pobres, tanto física como espiritualmente: Isaías 58.7.
Para ser ouvido por Deus: 2 Samuel 12.16, 22; Jonas 3.5, 10.
O jejum não muda a Deus, ele muda você. Deus se relaciona com você baseando-se em sua
relação com Ele. Quando você muda, a maneira pela qual Deus trata com você é afetada.
195
Você jejua não para mudar a Deus, porque Deus não muda. Porém, o jejum muda a forma pela
qual Ele trata com você. Leia o livro de Jonas (na cidade de Nínive) como exemplo disto.
DURAÇÃO DO JEJUM
A duração do jejum depende do que Deus fala a seu espírito. Ele pode conduzir-lhe a jejuar por
um período de tempo curto ou longo. Você recorda da história de Esaú e Jacó? Originalmente,
Jacó estava cozinhando comida para ele mesmo, porém ele negou a si mesmo para obter o
direito de primogenitura. Quanto maior vantagem teria Esaú se houvesse jejuado aquela comida!
4. Estude os seguintes exemplos de orações poderosas registradas na Bíblia:
Gênesis:
Começa da história da oração: 4:26
Oração e progresso espiritual: 5:21-24
Oração e o altar: 12-13
Oração por um herdeiro: 15
Oração, a linguagem de um choro: 16
Oração e revelação: 17
Oração por uma Cidade maligna: 18-19
Oração depois de haver caído no erro: 20
Oração de obediência: 22
Oração por uma noiva: 24
Oração por uma esposa estéril: 25:19-23
Oração muda as coisas: 26
Oração como um voto: 28
Oração acerca de um irmão equivocado: 32
Oração, colocada em ação de um fogo escondido: 39-41; 45:5-8; 50:20, 24
Oração para bênção sobre as tribos: 48-49
Êxodo:
Oração expressada como um gemido: 1-2
Oração como um diálogo: 3-4
Oração como uma reclamação ou queixa: 5-7
Oração ligada com onipotência: 8-10
Oração como louvor: 15
Oração em momentos de perigo: 17
Oração dos necessitados: 22:22-24
Oração para retardar um juízo merecido: 32
Primeira oração de Moisés por Israel: 32:9-14
Segunda oração de Moisés: 32: 30-34
Terceira oração de Moisés 33:12-23
Oração e transfiguração: 34
Números:
Oração como bênção: 6:24-27
Oração para preservação e proteção: 10:35-36
Oração para a remoção do juízo: 11:1-2
Oração por um coração desalentado: 11:10-35
Oração de um homem manso: 12
Oração para defender a honra divina: 14
Oração para ação divina contra a rebelião: 16
Oração para libertação da morte: 21
Oração e profecia: 23-24
Oração por um novo líder: 27
196
Deuteronômio:
A oração para uma tarefa privilegiada: 3:23-29
A oração a um que está próximo: 4:7
A oração para a suspensão do juízo: 9:20,26-29
A oração como uma bênção: 21:6-9
A oração como ação de graças: 26
A oração como uma canção: 32-33
Josué:
A oração como um desafio: 5:13-15
A oração que Deus não responde: 7
A oração esquecida com resultados horríveis: 9:14
Oração que produz um milagre: 10
Juízes:
Oração por direção: 1
Oração em tempo de guerra: 4-5
Oração por sinais: 6
Oração na calamidade: 10:10-16
Oração como um trato: 11:30-40
Oração para uma criança futura: 13
Oração perante a morte: 16:28-31
Oração diretamente respondida: 20:23-28
Oração por uma tribo perdida: 21:2-3
1 Samuel:
Oração sem palavras: 1
Oração, com perspectiva profética: 2:1-10
Oração no santuário: 3
Oração por problemas nacionais: 7
Oração por um rei: 8
Oração como vindicação 12
Oração de um rei angustiado: 14
Oração de um coração afligido: 15:11
Oração como uma pequena voz silenciosa: 16:1-12
Oração como o segredo de valor: 17
Oração como pergunta: 23
Oração para ouvidos surdos: 28:7
Oração por restauração de uma presa de guerra: 30
2 Samuel:
Oração acerca da possessão: 2:1
Oração por sinais de vitória: 5:19-25
Oração para abençoar a casa e o reino: 7:18-29
Oração por uma criança enferma: 12
Oração como pretensão: 5:7-9
Oração por entendimento da aflição: 21:1-12
Oração como um salmo: 22
Oração como uma confissão de orgulho: 24:10-17
1 Reis:
Oração por um coração sábio: 3
Oração de dedicação: 8:12-61
197
Oração por uma mão mirrada: 13:6
Oração pelos céus fechados: 17
Oração para a ressurreição de um filho morto: 17:20-24
Oração para a honra divina: 18:16-41
Oração por perseverança: 18:45
Oração pedindo a morte: 19
2 Reis:
Oração por um filho morto: 4:32-37
Oração por visão: 6:13-17
Oração para a libertação dos inimigos desafiantes: 19
Oração para uma vida mais longa: 20:1-11
1 Crônicas:
Oração por prosperidade espiritual: 4:9-10
Oração como confiança: 5:20
Oração de temor: 13:12
Oração para o estabelecimento de um pacto: 17:16-27
Oração respondida pelo fogo: 21
Oração como um sentinela: 23:30
Oração e ofertas: 29:10-19
2 Crônicas:
Oração em perigo nacional: 14:11
Oração e reforma: 15
Oração e apelação à história: 20:3-13
Oração de penitência: 33:13
Esdras:
Oração dação de graças: 7:27-28
Oração e jejum: 8:21-23
Oração e confissão: 9:5-10:4
Neemias:
Oração nascida da angústia: 1:4-11
Oração em aperto: 2:4
Oração para a libertação da reação da reprovação: 4:1-6
Oração que triunfa sobre a ira: 4:7-9
Oração e restituição: 5
Oração contra astúcia: 6:9-14
Oração e a Palavra: 8:1-13
Oração e a bondade de Deus: 9
Oração para ser recordada: 13:14,22,29,31
Jó:
Oração por resignação: 1:20-22
Oração por piedade: 6:8-9; 7:17-21
Oração por justificação: 9
Oração contra a injustiça: 10
Oração à luz da imortalidade: 14:13-22
Oração e ganho: 21:14-34
Oração e razão: 23
198
Oração respondida por um torvelinho: 38
Oração como confissão: 40:3-5; 42:1-6
Oração como intercessão: 42:7-10
Salmos:
Oração nascida da rebelião: 3
Oração de santidade: 4
Oração como vigília matutina: 5
Oração pela ação divina: 7
Oração de louvor pela ação divina: 8
Oração pela preservação aqui e na vida futura: 16
Oração da cruz: 22
Oração pelo cuidado do pastor: 23
Oração pela manifestação da glória divina: 24
Oração que ascenda Deus: 25
Oração de um coração crente: 27
Oração como uma jóia de Cristo: 31
Oração de uma alma trágica: 32
Oração para proteção contra os inimigos: 35
Oração em louvor da bondade amorosa: 36
Oração de um peregrino: 39, 90, 91,
Oração e sua realização: 40
Oração profunda dor: 41
Oração como uma porta de esperança: 42-43
Oração pela ajuda divina: 44
Oração por um refúgio: 46
Oração de um coração quebrantado: 51
Oração em todo momento: 55
Oração de dor: 57
Oração de confiança: 71
Oração por Deus mesmo: 73
Oração de louvor pela grandeza de Deus: 96
Oração pelo escape das provas: 102-103, 105,
Oração de recordação: 106
Oração por aqueles em perigos no mar: 107
Oração por afinidade para com a Escritura: 19, 119,
Oração por indagação do coração: 139
Provérbios:
Livro que enfoca nas orações como o canal de sabedoria.
Eclesiastes:
Livro que discute a oração e o fatalismo.
Cântico dos Cânticos:
Segredos da oração.
Isaías:
A oração que Deus não ouve: 1:15; 16:12
Oração e purificação: 6
Oração por um sinal: 7:11
Oração de exaltação: 12
Oração de louvor pelos triunfos: 25
199
Oração pela paz: 26
Oração e confiança: 41
Oração e prática: 55
Oração impopular a muitos: 59
Oração pela liberação do poder divino: 63-64
Jeremias:
Oração de confissão da incapacidade: 1
Oração de luto pela reincidência: 2-3
Oração de queixa: 4:10-31
Oração de lamento pela rebelião: 5
Oração desde a prisão: 6
Oração proibida: 7:16
Oração por justiça: 10:23-25
Oração de perplexidade: 12:1-4
Oração para alívio do pecado e sequidão: 14:7-22
Oração por vingança divina: 15:15-21
Oração pela confusão dos inimigos: 16:19-21; 17:13-18
Oração pela derrota do conselho maligno: 18:18-23
Oração de um coração desesperado: 20:7-13
Oração de gratidão pela bondade divina: 32:16-25
Oração por um remanescente crente: 42
Lamentações:
Oração de dor: 1:20-22
Oração por piedade: 2:19-22
Oração como queixa: 3
Oração pelos oprimidos: 5
Ezequiel:
Oração como protesto: 4:14
Oração por preservação de um remanescente: 9:8-11
O santuário de oração: 11:13-16
Daniel:
Oração por interpretação: 2:17-18
Oração em desafio de um decreto: 6:10-15
Oração de confissão: 9
Oração e seus resultados espirituais: 10
Oração acerca da brevidade da vida: 12:8-13
Oséias:
Deus recorre a uma nação reincidente para orar a oração de arrependimento.
Joel:
Oração de emergência: 1:19-20
Oração e choro: 2:17
Amós:
Oração por trégua e perdão: 7:1-9
200
Jonas:
Oração dos marinheiros irreligiosos: 1:14-16
Oração desde o inferno: 2
Oração de uma cidade arrependida: 3
Oração de um profeta desgostoso: 4
Miquéias:
Oração de espera no Senhor para o cumprimento de Sua Palavra.
Habacuque:
Oração de queixa e vindicação: 1:1-4,12-17
Oração de fé: 3
Malaquias:
Oração - Protesto Um: 1:2
Oração - Protesto Dois: 1:6
Oração - Protesto Três: 1:7,13
Oração - Protesto Quatro: 2:17
Oração – Protesto Cinco: 3:17
Oração – Protesto Seis: 3:8
Mateus:
A oração e a necessidade de perdão: 5:22-26; 6:12,14-15
A oração e a hipocrisia: 6:5-7
A oração como ensinada por Cristo: 6:8-13
A oração como especificada por Cristo: 7:7-11
A oração de um leproso: 8:1-4
A oração do centurião: 8:5-13
A oração no perigo: 8:23-27
A oração dos endemoninhados: 8:28-34
A oração de Jairo: 9:18-19
A oração da mulher enferma: 9:20-22
A oração de dois homens cegos: 9:27-31
A oração por obreiros: 9:37-39
A oração de gratidão de Cristo a Deus: 11:25-27
A oração em uma montanha: 14:23
A oração de Pedro na dor: 14:28-30
A oração da mulher Cananéia: 15:21-28
A oração por um filho lunático: 17:14-21
A oração em unidade: 18:19-20
A oração em uma parábola: 18:23-25
A oração por uma posição privilegiada: 20:20-28
A oração para curar de cegueira: 20:29-34
A oração de fé: 21:18-22
A oração de pretensão: 23:14,25
A oração de responsabilidade: 25:20,22,24
A oração de uma vontade resignada: 26:26,36-46
A oração no Calvário: 27:46,50
Marcos:
A oração de um demônio: 1:23-28,32-34
A oração - Hábitos de Cristo: 1:35; 6:41,46
A oração pelo surdo e mudo: 7:31-37
201
A oração e jejum : 2:18; 9:29
A oração do jovem: 10:17-22
Lucas:
A oração de Zacarias: 1:8,13,67-80
A oração como culto: 1:46-55
A oração como adoração: 2:10-20,25-38
A oração no batismo: 3:21-22
A oração como escape da popularidade: 5:16
A oração e os doze: 6:12-13,20,28
A oração e transfiguração: 9:28-29
A oração na forma de parábola: 11:5-13
A oração do pródigo: 15:11-24,29-30
A oração desde o Inferno: 16:22-31
A oração de dez leprosos: 17:12-19
A oração na forma de parábola: 18:1-8
A oração do fariseu e do publicano: 18:9-14
A oração pela preservação de Pedro: 22:31-31
A oração de agonia: 22:39-46
A oração e a ascensão do Senhor: 24:30,50-53
João:
A oração pelo Espírito: 4:9,15,19,28; 7:37-39; 14:16
A oração de um nobre: 4:46-54
A oração pelo Pão da Vida: 6:34
A oração pela Confirmação: 11:40-42
A oração com um aspecto dobre: 12:27-28
A oração como um privilégio: 14:13-15; 15:16; 16:23-26
A oração de todas as orações: 17
Atos:
A oração no cenáculo: 1:13-14
A oração por um sucessor: 1:15-26
A oração e culto: 2:42-47
A oração como uma observância: 3:1
A oração por intrepidez no testemunho: 4:23-31
A oração e o ministério do Palavra: 6:4-7
A oração do primeiro mártir: 7:55-60
A oração pelos Samaritanos e por um feiticeiro: 8:9-25
A oração de um convertido: 9:5-6,11
A oração para Dorcas: 9:36-43
A oração de Cornélio: 10:2-4,9,31
A oração por Pedro na prisão: 12:5,12-17
A oração de ordenação: 13:2-3,43
A oração com jejum: 13:2-3; 14:15,23,26
A oração junto ao rio: 16:13,16
A oração em um calabouço: 16:25,34
A oração de entrega: 20:36
A oração em um naufrágio: 27:33,35
A oração pelos feridos com febre: 28:8,15,28
Romanos:
A oração por uma jornada próspera: 1:8-15
Oração inspirada pelo Espírito: 8:15,23,26-27
A oração pela causa de Israel: 10:1; 11:26
202
A oração como um ministério constante: 12:12
A oração pelo mesmo sentir: 15:5-6,30-33
A oração para a conquista de Satanás: 16:20,24-27
2 Coríntios:
A oração como uma benção: 1:2-4
A oração para a remoção de um aguilhão: 12:7-10
Efésios:
A oração e a posição do crente: 1:1-11
A oração por percepção e poder: 1:15-20
A oração como acesso a Deus: 2:18; 3:12
A oração pela plenitude interna: 3:13-21
A oração e o cântico interior: 5:19-20
A oração como reserva de um guerreiro: 6:18-19
Filipenses:
A oração como petição por alegria: 1:2-7
A oração e paz de mente: 4:6-7,19-23
Colossenses:
A oração como louvor por lealdade: 1:1-8
A oração para uma benção sétupla: 1:9-14
Oração de companheirismo: 4:2-4,12,17
1 Tessalonicenses:
A oração de recordação: 1:1-3
A oração por uma visita de retorno: 3:9-13
Oração, louvor e perfeição: 5:17-18,23-24,28
2 Tessalonicenses:
Oração pelo mérito do chamado: 1:3,11-12
Oração por consolo e estabilidade: 2:13,16-17
Oração pela Palavra e proteção: 3:1-5
2 Timóteo:
A oração pelo ministério de Timóteo: 1:2-7
A oração pela casa de Onesíforo: 1:6-18
A oração pelos falsos amigos: 4:14-18
Hebreus:
A oração como louvor pela criação: 1:10-12
A oração por misericórdia e favor: 4:16
A oração e o ministério de Cristo: 5:7-8; 7:24-25
A oração para que se complete a vontade de Deus: 12:9,12,15
A oração por perfeição: 13:20-21
Tiago:
A oração por sabedoria: 1:5-8,17
Oração que acerta o alvo: 4:2-3
203
Oração que prevalece: 5:13-18
1 Pedro:
A oração de gratidão pela herança: 1:3-4
A oração e a relação conjugal: 3:7-12
Oração e vigilância: 4:7
Oração por estabilidade cristã: 5:10-11
2 Pedro:
A oração pela multiplicação de graça e paz: 1:2
3 João:
Oração por antecedentes de reputação: 1-4,12
Judas:
Oração no Espírito: 20
Apocalipse:
A oração como louvor ao Cordeiro pela redenção: 5:9
A oração como incenso: 5:8; 8:3
A oração da multidão de mártires: 6:10
A oração da multidão de gentios: 7:9-12
A oração dos anciãos: 11:15-19
A oração de Moisés: 15:3-4
A oração dos santos glorificados: 19:1-10
Orações finalizando a Bíblia: 22:17,20
O PODER NO SOFRIMENTO
VERSÍCULO-CHAVE:
“Porque, de fato, foi crucificado em fraqueza; contudo, vive pelo poder de Deus.
Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos, com ele, para vós
outros pelo poder de Deus” (2 Crônicas 13.4).
INTRODUÇÃO
O último capítulo começou a discussão dos princípios de poder de Filipenses 3.10:
“Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus
sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Filipenses 3.10).
204
O Capítulo Dezesseis enfatizou o poder da ressurreição na vida do crente. Este capítulo enfoca
no poder da comunhão dos Seus sofrimentos. Paulo disse de Jesus:
“Porque, de fato, foi crucificado em fraqueza; contudo, vive pelo poder de Deus.
Porque nós também somos fracos nele, mas viveremos, com ele, para vós
outros pelo poder de Deus” (2 Crônicas 13.4).
Nós vemos o sofrimento através do raciocínio humano. Por cada norma de raciocínio humano à
cruz de Jesus foi uma perda de uma grande e nobre vida. Porém, no raciocínio de Deus foi a
maior demonstração de Seu poder. Produziu a salvação do homem.
Paulo entendeu este princípio-chave do poder espiritual. O poder de Deus se oculta na
debilidade. Por isso ele disse:
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que
sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas,
nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de
Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12.9-10).
Nós nunca vemos o poder na debilidade ou fracasso. Esta é uma atitude estranha para pessoas
cujo centro da fé é a cruz. Jesus experimentou a ressurreição depois que ele havia sofrido. O
poder da ressurreição vem através da comunhão de Seu sofrimento.
Não se demonstra o verdadeiro poder espiritual na ausência do sofrimento, dos problemas, e
crises, porém em meio a eles. O poder transforma o que o mundo chama de uma prova difícil em
uma oportunidade para a demonstração do poder de Deus.
A FONTE DO SOFRIMENTO
Deus não criou o sofrimento. Ele entrou no mundo originalmente através do pecado do homem
instigado por Satanás (Gênesis 3). Quando o homem se rendeu à tentação de Satanás e pecou,
assim o sofrimento entrou no mundo. O pecado, que resultou em todo o sofrimento, pode
remontar-se ao seu criador, Satanás. Ainda que haja razões diferentes pelas quais o sofrimento
entra em sua vida, todo o sofrimento pode remontar-se até a fonte original.
Felizmente, na vida de um crente, Deus pode tomar o sofrimento que Satanás usa para o mal, e
o transformar em bem, para alcançar Seus propósitos. Ele pode tornar-se uma oportunidade real
para o poder de Deus ser demonstrado em sua vida.
AS RAZÕES DO SOFRIMENTO
A Bíblia tem muito para dizer acerca do sofrimento, problemas, e aflições. Resumindo seu ensino,
nós descobrirmos cinco maneiras pelas quais o sofrimento pode entrar na vida de um crente.
Todo sofrimento que você encara na vida virá por uma destas:
OUTROS AO SEU REDOR:
Sofrimento e circunstâncias difíceis na vida pode vir por outros ao seu redor. José é um exemplo
deste tipo de sofrimento. Não foi através de alguma falta sua que José foi vendido ao Egito por
seus irmãos, depois for acusado e encarcerado falsamente pela esposa de Potifar, e foi obrigado
por aqueles a quem ele ajudou na prisão. Porém, escute sua resposta. José disse:
“Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me
haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me
enviou adiante de vós... Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa
sucessão na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento”
(Gênesis 45.5, 7).
205
AS CIRCUNSTÂNCIAS DA VIDA:
A segunda maneira na qual o sofrimento vem a você é através das circunstâncias da vida. Isto se
ilustra pelas experiências de Noemi registradas no livro de Rute na Bíblia. Ela estava amarga
com a dor devido à morte de seu marido e filhos.
Até que Jesus regresse e conquiste o inimigo final, a morte, ela é parte da vida. A morte entrou
através do pecado original do homem e é uma circunstância natural que todos nós
enfrentaremos, pois “está estabelecido que os homens morram somente uma vez” (Hebreus
9.27).
Quando Noemi experimentou estas circunstâncias difíceis da vida, ela disse, “já não me chamarei
Noemi (que significa bendita), porém me chamarei Mara”. O nome Mara significa “amargor” ou
amargura.
SEU MINISTÉRIO:
A terceira razão para o sofrimento é devido ao seu ministério para o Senhor. O Novo Testamento
fala de sofrimento por causa de Seu nome (Atos 9.16), em nome de Cristo (Filipenses 1.29), pelo
Reino de Deus (2 Tessalonicenses 1.5), pelo Evangelho (2 Timóteo 1.11-12), por fazer o bem (1
Pedro 2.19-20; 3.17), por causa da justiça (1 Pedro 3.14), como um cristão (1 Pedro 4.15-16), e
segundo a vontade de Deus (1 Pedro 4.19).
O apóstolo Paulo é um exemplo do sofrimento que resulta do ministério. Algumas pessoas vêem
o sofrimento como um sinal de fracasso ou falta de fé. Se isto é verdade, então o apóstolo Paulo
não tinha fé e foi o maior fracasso na história da igreja. Paulo disse que enquanto estava na Ásia
ele estava tão “destroçado” que ele se desesperou da vida (2 Coríntios 1.8). Ele apresenta uma
imagem diferente daquela do evangelista alegre que promete ao crente paz e prosperidade e
nada mais.
Quando Paulo foi chamado por Deus ao ministério lhe contaram grandes coisas que ele sofreria
por causa do Senhor (Atos 9.16). A resposta de Paulo ao sofrimento era suportar “a perda de
todas as coisas para ganhar alguns para Cristo”. Ele escreveu aos crentes que “vos foi concedida
a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele” (Filipenses 1.29).
Paulo não estava sozinho ao sofrer por causa do ministério. A igreja inteira sofreu nos tempos do
Novo Testamento (Atos 8). O capítulo 11 de Hebreus registra as histórias de algumas das
perseguições cruéis que eles suportaram. Muitos destes homens e mulheres de fé foram
libertados pelo poder de Deus. As portas da prisão abriram e eles saíram. Eles foram
sentenciados à morte nas fornalhas ardentes, porém saíram não afetados pelas chamas.
Porém, alguns destes crentes que também são chamados de homens e mulheres de fé não
receberam tal libertação. Eles foram encarcerados, afligidos, atormentados e, inclusive,
martirizados devido a seu testemunho do Evangelho (Hebreus 11.36-40).
Nós enfocamos a fé viva, porém Deus também revela Seu poder na fé sofredora. Esta é uma fé
que permanece fiel nos tempos maus, não somente nos bons tempos quando a libertação
poderosa se manifesta.
A ATIVIDADE SATÂNICA DIRETA:
O sofrimento também pode entrar em sua vida como resultado da atividade Satânica direta.
Isto é evidente na história de Jó. Este livro trata com a pergunta “Porque o justo sofre?” O
testemunho de Deus acerca de Jó era que ele era um homem justo (Jó 1 e 2). Jó não sofreu
porque ele havia pecado, como seus amigos reivindicavam. Eles criam que se Jó se
arrependesse, seus circunstâncias mudariam.
206
Estes amigos tentaram fazer uma aplicação universal baseada na experiência individual. Seria
semelhante a dizer que por que Deus deixou Pedro ser preso Ele fará o mesmo com você. Isto
não é verdade. Muitos foram martirizados na prisão apesar de sua grande fé e vidas puras.
Nós devemos ter o cuidado quando nós vemos o sofrimento de outros e os acusamos de pecado,
infidelidade, ou incredulidade. A Bíblia ensina que um homem pecador colhe uma colheita
amarga devido a semear na corrupção da carne (Gálatas 6.8). Porém, os princípios de semear e
segar não podem ser usados para explicar o sofrimento do inocente.
Jó não sofreu por causa de alguma coisa que ele havia feito. Jó era um homem justo. Este foi o
testemunho de Deus com respeito a Jó, o testemunho do próprio Jó, e sua reputação perante os
homens. Por trás das cenas, no mundo espiritual, estava a verdadeira causa de Jó está sofrendo.
Havia uma batalha espiritual que acontece acima do coração, mente e obediência de Jó.
Há uma guerra que acontece no mundo espiritual acima de você. Essa guerra se manifesta nas
circunstâncias difíceis que você experimenta no mundo natural. Uma verdade importante
evidente no sofrimento de Jó é que nada pode entrar na vida de um crente sem o conhecimento
de Deus. Deus não causa seu sofrimento. Você é afligido por Satanás, porém seus limites são
estabelecidos por Deus. O poder de Deus é maior que o de Satanás, e você experimentará a
vitória se você continua confiando Nele.
SEU PRÓPRIO PECADO:
A quinta maneira pela qual o sofrimento entra em sua vida é devido a seu próprio pecado. Jonas
é um exemplo de tal sofrimento. Em desobediência a Deus, Jonas foi à direção oposta de Nínive,
para onde Deus lhe havia ordenado ir e pregar o arrependimento. Ele experimentou uma
tormenta terrível e terminou na barriga de um grande peixe devido a seu próprio pecado (Jonas 1
e 2).
O problema sempre deve ser tratado como um chamado a considerar seus caminhos e examinar
seu coração diante de Deus. Você pode estar sofrendo devido a seu próprio pecado. A Bíblia
revela que Deus corrige aqueles que vivem em desobediência a Sua Palavra. Corrigir significa
disciplinar, reprovar, e castigar:
“Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de
tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela
exercitados, fruto de justiça” (Hebreus 12.11).
Deus usa o sofrimento para corrigi-lo e devolvê-lo a Sua vontade para sua vida:
“Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra... Foi-me bom
ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos... Bem sei,
ó SENHOR, que os teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste”
(Salmos 119.67, 71, 75).
A ATITUDE APROPRIADA PARA COM O SOFRIMENTO
O problema necessariamente não é um sinal de ser pecador. A Bíblia declara, “muitas são as
aflições do justo” (Salmos 34.19).
Quando você sofre inocentemente e não devido a seu próprio pecado, você deve manter uma
atitude apropriada para com o sofrimento. A prova real de sua espiritualidade é como você no dia
da dificuldade:
“Se te mostras fraco no dia da angústia, a tua força é pequena” (Provérbios 24.10).
207
A Bíblia descreve a atitude que você deve ter quando você sofre como um crente dentro da
vontade de Deus.
Você não deve se envergonhar:
“... se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com
esse nome” (1 Pedro 4.16).
Você deve encomendar sua alma (seu sofrimento) a Deus, sabendo que Ele trabalha todas as
coisas para seu bem:
“Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua
alma ao fiel Criador, na prática do bem” (1 Pedro 4.19).
Você deve estar contente quando você sofre segundo a vontade de Deus:
“E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos
de sofrer afrontas por esse Nome” (Hebreus 5.41).
Paulo diz como você deve enfrentar o sofrimento:
“Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação,
perseverantes; vontade de Deus” (Romanos 12.12).
na
oração,
“E nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos
injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos” (1 Coríntios 4.12).
“Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de
Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias” (2
Coríntios 6.4).
“Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu
encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a
favor do evangelho, segundo o poder de Deus” (2 Timóteo 1.8).
“A fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos
sabeis que estamos designados para isto” (1 Tessalonicenses 3.3).
“Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um
evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2 Timóteo 4.5).
Você não deve pensar que há algo estranho quando você experimenta o sofrimento:
“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a
provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo;
pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos
sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos
alegreis exultando” (1 Pedro 4.12-13).
Paulo resume a atitude apropriada para com o sofrimento quando ele explica...
“Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se
corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a
nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória,
acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas
nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não
vêem são eternas” (2 Coríntios 4.16-18).
208
Paulo vê o sofrimento como um servo. Ele disse que ele trabalha para nós.
PODER ATRAVÉS DO SOFRIMENTO
Lembre-se que Deus não causa o sofrimento. O sofrimento está no mundo devido ao pecado.
Porém, Deus usa o sofrimento como uma oportunidade de demonstrar Seu poder. Ele o usa...
PARA TRANSFORMAR O MAL EM BEM:
Deus toma o que foi planejado para o mal e o transforma em bem. Ele o reembolsa para alcançar
Seus propósitos. José disse a seus irmãos que o haviam vendido à escravidão:
“Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me
haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me
enviou adiante de vós... Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e
sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como
governador em toda a terra do Egito” (Gênesis 45.5, 8).
Satanás levou a seus irmãos para trazer sofrimento a José, porém Deus o usou para o bem.
Apesar das circunstâncias negativas, Deus trabalha por trás das cenas.
Satanás inspirou os homens para entregar Jesus à morte, porém Deus o usou para o bem. Sua
morte produziu salvação e vida de ressurreição.
Deus demonstra Seu poder quando Ele toma seu sofrimento e usa-o para alcançar Seus
propósitos. Não há nenhum acidente ou acontecimentos casuais na vida dos crentes porque
Deus:
“Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o
propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua
vontade” (Efésios 1.11).
PARA MUDAR AS PERDAS EM VITÓRIAS:
Deus transformar as perdas naturais em vitórias espirituais. Paulo escreveu sobre suas perdas no
mundo natural:
“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim,
deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as
coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Filipenses 3.7-8).
PARA TRANSFORMAR A DEBILIDADE EM FORÇA:
Paulo sabia que...
“Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é
mais forte do que os homens” (1 Coríntios 1.25).
Deus disse a Paulo...
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que
sobre mim repouse o poder de Cristo” (2 Coríntios 12.9).
Por isso Paulo disse...
209
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que
sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas,
nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de
Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12.9-10).
Sua debilidade humana provê a oportunidade para a demonstração do poder de Deus.
PARA PROVAR SUA FÉ:
Tudo no mundo espiritual é baseado na fé. Por isso a força de sua fé deve ser provada:
“Para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o
ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra
na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1.7).
É uma prova de fé quando você ora como Jesus fez, para Deus permitir que a taça de amargura
seja passada adiante, e mesmo assim não passa. Ao contrário, você é obrigado a beber
profundamente de seu sofrimento. A fé aprenderá que nossas orações não são sem resposta
somente porque elas não são respondidas da maneira que nós queremos.
PARA EQUIPÁ-LO A CONFORTAR OUTROS:
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e
Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação,
para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a
consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” (2
Coríntios 1.3-4).
Quando você compartilha o consolo de Deus com outros, você está ajudando-os:
“Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos
retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja
curado” (Hebreus 12.12-13).
PARA ENSINAR-LHE A NÃO CONFIAR EM SI MESMO:
Paulo falou do propósito de seus sofrimentos na Ásia:
“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos
sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de
desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a
sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que
ressuscita os mortos” (2 Coríntios 1.8-9).
Você virá a reconhecer que...
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder
seja de Deus e não de nós” (2 Coríntios 4.7).
PARA DESENVOLVER AS QUALIDADES ESPIRITUAIS:
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo
que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a
experiência, esperança” (Romanos 5.3-4).
“Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da
glória” (1 Pedro 5.10).
210
Estas qualidades o conformam à imagem de Jesus que é o plano de Deus para você (Romanos
8.28-29; Hebreus 2.10, 11).
PARA MANIFESTAR AS OBRAS DE DEUS:
Quando os discípulos vieram a um homem que havia sido cego desde o nascimento, eles
perguntaram quem era responsável por sua condição. Era o pecado de seus pais ou do próprio
homem? Jesus respondeu:
“Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem
nele as obras de Deus” (João 9.3).
211
PARA APERFEIÇOAR O PODER DE DEUS:
“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na
fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que
sobre mim repouse o poder de Cristo” (2 Coríntios 12.9).
PARA REMOVER O QUE É INSTÁVEL:
O sofrimento resulta em que tudo o que é instável é removido de sua vida. Você deixa de
depender das pessoas, programas, ou coisas materiais, pois tudo isto falha em tempos de
necessidades. Deus permite que você seja abalado:
“Aquele, cuja voz abalou, então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: Ainda
uma vez por todas, farei abalar não só a terra, mas também o céu. Ora, esta
palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas abaladas,
como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas
permaneçam” (Hebreus 12.26-27).
Durante as tormentas da vida, tudo o que não está sendo construído em Deus e em Sua Palavra
se desmorona (Salmos 11.8-9 e Mateus 7.24-27).
PARA MUDAR SEU FOCO:
Quando você freqüentemente experimenta o sofrimento, você focaliza sua atenção na causa e
efeito. Você se preocupa com o que causou as circunstâncias difíceis e o efeito terrível que ele
está tendo em sua vida. Deus quer mudar seu enforque de esforçar-se para entender a situação
temporal a reconhecer os benefícios do eterno:
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de
glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem,
mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se
não vêem são eternas” (2 Coríntios 4.17-18).
“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a
provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo;
pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos
sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos
alegreis exultando” (1 Pedro 4.12-13).
“Se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos
negará” (2 Timóteo 2.12).
PARA MUDAR A VELHA NATUREZA:
Deus disse à nação de Moabe:
“Despreocupado esteve Moabe desde a sua mocidade e tem repousado nas fezes do
seu vinho; não foi mudado de vasilha para vasilha, nem foi para o cativeiro;
por isso, conservou o seu sabor, e o seu aroma não se alterou” (Jeremias
48.11).
Porque Moabe não havia experimentado a problemática de ser “mudado de vasilha para vasilha”
semelhante ao que é necessário para desenvolver o bom vinho, a nação não mudou. Moabe
estava em seu lugar e estabelecido em prosperidade, e devido a isto não desenvolveu e
amadureceu espiritualmente de modo apropriado. Por conseguinte, não houve nenhuma
mudança. Seu “aroma” permanecia nele.
O sofrimento o livra da velha natureza. Quando você está abatido, com problemas, e em
lágrimas, seu aroma muda de carnal para espiritual.
212
PARA PREPARAR-LHE PARA O MINISTÉRIO:
Você tem pedido para ser usado por Deus. Você deseja ser mais como Jesus e orou para ser um
vaso escolhido para Seu uso. A resposta à sua oração pode vir pelo sofrimento:
“Eis que te acrisolei, mas disso não resultou prata; provei-te na fornalha da aflição”
(Isaías 48.10).
É através da aflição que você muda de um chamado como filho de Deus a escolhido de Deus. A
aflição segundo a vontade de Deus o refina para Seu uso assim como os metais são refinados
em um forno no mundo natural.
PARA PREPARAR-LHE PARA REINAR COM CRISTO:
“Se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos
negará” (2 Timóteo 2.12).
PARA DAR-LHE BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS:
Jesus disse:
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos
céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos
perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e
exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram
aos profetas que viveram antes de vós” (Mateus 5.10-12).
PARA ENSINAR-LHE OBEDIÊNCIA:
“Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus
5.8).
PARA PROVAR A PALAVRA DE DEUS DENTRO DE VOCÊ:
“As palavras do SENHOR são palavras puras, prata refinada em cadinho de barro,
depurada sete vezes” (Salmos 12.6).
PARA HUMILHAR VOCÊ:
“Que te conduziu por aquele grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de
escorpiões e de secura, em que não havia água; e te fez sair água da
pederneira; que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não
conheciam; para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem”
(Deuteronômio 8.15-16).
PARA DESENVOLVER-LHE ESPIRITUALMENTE:
Isto significa que você cresce espiritualmente:
“Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens
aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Salmos 4.1).
PARA AJUDAR-LHE A CONHECER A DEUS INTIMAMENTE:
Você passa a conhecer a Deus em uma base mais íntima através do sofrimento. Jó, quem sofreu
muito, conhecia esta verdade e disse...
213
“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me
abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.5-6).
Alguns de nós conhecemos a Deus somente de segunda mão. Quando nós estamos
experimentando as bênçãos da vida, na maioria das vezes Deus é um ‘luxo’ em lugar de uma
necessidade. Porém, quando você tem uma necessidade real, Deus se torna uma necessidade.
Jó passou a conhecer a Deus mais intimamente através do sofrimento. Antes que ele sofresse,
Jó conhecia a Deus através da teologia. Depois, ele o conheceu pela experiência. Por isso Paulo
disse...
“Para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus
sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte” (Filipenses 3.10).
Você somente pode vir a conhecer a Deus no poder da ressurreição através da comunhão íntima
de Seus sofrimentos.
Ao longo de sua provação, Jó questionou acerca da causa de seu sofrimento. Não era errado
questionar a Deus. Jesus sabia que o propósito pelo qual Ele havia entrado no mundo era morrer
pelos pecados de toda a humanidade. Mesmo em Sua hora de sofrimento Ele clamou: “Deus
meu, Deus meu, POR QUE me desamparaste?” É o que segue ao questionamento que é
importante. As próximas palavras do Senhor foram, “Em tuas mãos eu rendo meu espírito”.
Apesar das perguntas, a resposta de Jó foi...
“Eis que me matará, já não tenho esperança; contudo, defenderei o meu
procedimento” (Jó 13.15).
“Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois,
revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus” (Jó
19.25-26).
Depois de todas as perguntas acabarem, a ênfase deve mudar de “mim” para “você”. Você deve
encomendar seu sofrimento, com todas as suas perguntas sem respostas, às mãos de Deus.
“Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio
entendimento” (Provérbios 3.5).
Deus pode revelar alguns dos propósitos em seu sofrimento, porém é possível que você nunca o
entenderá totalmente:
“A glória de Deus é encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinhá-las”
(Provérbios 25.2).
“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas
as palavras desta lei” (Deuteronômio 29.29).
Há algumas coisas confidenciais que só pertencem ao Senhor. Como Jó, pode ser que você
nunca vá entender todos os propósitos de seu sofrimento:
“Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR; como, pois, poderá o homem
entender o seu caminho?” (Provérbios 20.24).
Quando Deus falou finalmente com Jó, Ele usou vários exemplos da natureza que Jó não poderia
explicar. Deus enfatizou que se Jó não pudesse entender o que ele viu no mundo natural, ele não
poderia entender certamente o que ele não poderia ver no mundo espiritual.
Quando Jó encara Deus, já não lhe importa que ele não tenha uma resposta a suas perguntas
acerca do sofrimento. Ele está na presença direta de Deus, e essa experiência acerca não deixa
214
nenhum lugar para nada mais. Ele já não é controlado e atormentado pelo raciocínio humano. Ele
substitui as perguntas, não com respostas, porém com a fé.
Quando você vem a conhecer Deus intimamente através do sofrimento, você realmente se vê
como você é. Você já não conhece a Deus de segunda mão. Esse encontro face a face com
Deus faz o que os argumentos e discussões não podem fazer.
Quando Jó estava de pé diante de Deus, ele não tinha nenhuma resposta. Ele não recebeu
nenhum fato novo sobre seu sofrimento. Porém, ele substituiu as perguntas pela fé. Jó estava na
presença direta de Deus, e essa experiência não deixa nenhum lugar para perguntas ou dúvidas.
VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO
Quando você sofre segundo a vontade de Deus, você deve compreender que você não está
sozinho. Muitos crentes estão experimentando batalhas semelhantes:
“Resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se
cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo” (1 Pedro 5.9).
As tormentas da vida são inevitáveis e ingovernáveis, como ilustrado pela parábola das duas
casas em Mateus 7.24-27. As tormentas virão àqueles que tem construído suas vidas em Palavra
de Deus assim como aqueles que não tem. O fundamento da vida de um homem é o que
determinará o resultado da tormenta. O sofrimento será esperado como parte da vontade de
Deus:
“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão
perseguidos” (2 Timóteo 3.12).
“Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de
crerdes nele” (Filipenses 1.29).
“Sinal evidente do reto juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do reino
de Deus, pelo qual, com efeito, estais sofrendo” (2 Tessalonicenses 1.5).
“Pois, quando ainda estávamos convosco, predissemos que íamos ser afligidos, o
que, de fato, aconteceu e é do vosso conhecimento” (1 Tessalonicenses 3.4).
“Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por
causa do meu nome” (Mateus 24.9).
“Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão,
entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e
governadores, por causa do meu nome” (Lucas 21.12).
“Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor.
Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a
minha palavra, também guardarão a vossa” (João 15.20).
Agora, isto não significa que você deve fazer sofrer a si mesmo crendo que estaria agradando a
Deus. Deus nunca está contente quando as pessoas sofrem. Fazer a si mesmo sofrer,
decididamente, (um ato chamado de ascetismo) é um pecado.
Muitas pessoas tentam fazer isto para aplacar a ira de Deus ou parecer-se santo ou religioso
perante os homens. Porém, Deus só se aplaca pelo sangue de Jesus Cristo. Deus, sem dúvida,
toma a tragédia do sofrimento quanto ele toca sua vida e a transforma em bem.
Parte do plano de acompanhamento ao estabelecer as igrejas primitivas era ensinar aos crentes
que eles experimentariam o sofrimento. Isto é estranho a muitas igrejas hoje:
215
“Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e
mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de
Deus” (Atos 14.22).
O chamado de Jesus a Seus seguidores foi um de rejeição e sofrimento:
“E quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim” (Mateus 10.38).
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se
negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16.24).
“Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”
(Marcos 8.34).
“E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que
tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me”
(Marcos 10.21).
“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a
sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23).
“E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo”
(Lucas 14.27).
Jesus chamou aos crentes a uma vida de rejeição, sofrimento, e cruz devido ao potencial
poderoso do companheirismo de Seu sofrimento.
O poder da ressurreição e o seu sofrimento são como que forças opostas, utilizadas por Deus no
intuito de para manter o equilíbrio sua vida cristã. Não há vida cristã sem oposição maligna.
Somos um entrave aos planos de Satanás. Porém temo promessas sólidas de vencer todo
sofrimento.
A questão da enfermidade nesta visão: NUNCA PROCEDERÁ DE DEUS. A resposta do crente
ao sofrimento é não se conformar, tendo renovada esperança na libertação do mesmo, tendo
animo para seguir em frente, se alegrando em tudo o mais que Deus estará realizando,
recebendo o conforto dos amados em Cristo, FORTALECENDO sua posição em Deus. No caso
da enfermidade de qualquer tipo, a ordem é só pensar na CURA, enxergá-la como inimigo a ser
destruído.. A resposta geral do crente a TODO TIPO DE SOFRIMENTO é a INTERCESSÃO.
Não há como ser livre de todo sofrimento, mas o sofrimento contínuo é MALIGNO. A posição do
intercessor é sempre REJEITAR TODO SOFRIMENTO NA VIDA DOS IRMÃOS, LUTANDO POR
SEU BEM ESTAR FÍSICO, ESPIRITUAL E EMOCIONAL
A PROPOSTA de Deus para salvação é a DESTRUIÇÂO FINAL e CABAL de todo o sofrimento.
João, o autor de Apocalipse, relata que acontecerá:
"Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado;
e o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da
parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte
voz que vinha do trono e dizia: "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com
os quais Ele viverá. “Eles serão o seu povo, o próprio Deus estará com eles e será o seu
Deus”. Apocalipse 21:1-3
"Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem
choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou". Apocalipse 21:4
216
O sofrimento de alguém pode até desanimá-lo, mas a PERSEVERANÇA DOS SANTOS
significa que mesmo que haja dor que impeça o fluir da FÈ num coração, OUTROS SE
JUNTARÃO na batalha para AVIVAR e RENOVAR a fé do que estiver vivendo uma crise.
Mesmo que alguém deixe de buscar a solução para uma situação, os INTERCESSORES
continuam firmes no propósito de livrar do cativeiro o enfermo, de resgatar a alegria aos
corações. O ministério de intercessão é a resposta para manter a fé e a EXPECTATIVA
DO MILAGRE, no caminhar da Igreja.
O intercessor esquece que é homem enquanto reclama sua própria humanidade.
E quando está diante de um Intercessor, Deus esquece que é Deus enquanto reclama
sua própria divindade
Não te chamarás mais Jacó, pois como príncipe lutastes com Deus e com os
homens, e prevalecestes...
Esse texto INICIAL é a essência e a expressão máxima do sobrenatural ministério de
intercessão.
Numa noite estrelada dessas da vida, um homem desesperado desce até a margem de um
riacho, temendo reencontrar um irmão a quem enganou a cerca de vinte anos antes deste dia.
Possuía uma família numerosa, uma nova história de vida, vivera afastado dos pais por muitos
anos, mas sobre suas costas ainda pairava a ameaça de vingança e de morte e o reencontro
com Esaú poderia colocar em risco a todos os seus; Enquanto orava em meio a este sério
dilema, um ser celestial veio ao seu encontro. Jacó sabia que nele estava a chave da
sobrevivência de seus familiares. Por algum motivo que as Escrituras não revelam no meio da
noite ocorreu a mais extraordinária de todas as batalhas imaginadas. Jacó começou a lutar
com aquele ser, fisicamente, numa tentativa estranha de obrigá-lo a atender sua súplica. Os
termos da luta não são revelados, a única pista é do modo como Jacó lutou é revelado na fala
final do anjo, contudo ela avançou por toda a noite, até ao amanhecer. Não logrando vitória o
anjo rejeita a Jacó e diz que deve ir embora, quando pela primeira vez na eternidade, um
homem segura e impede que um anjo possa caminhar. Um homem segura e diz a um ser
celestial que não subirá, que não poderá ir. Um único gesto faz com que Jacó seja lançado no
chão, e quando este cai possui um músculo atrofiado de uma das pernas. Já não pode mais
lutar como se tivesse levado um golpe de uma espada. Aparentemente derrotado e caído no
chão, escuta uma pergunta que normalmente são os homens que fazem aos anjos, (tal qual
Manoá que perguntará séculos depois o nome do anjo que fala com ele), nesse caso a ordem
se inverte e o anjo ou mesmo o próprio Cristo aparecendo no Velho Testamento lhe questiona:
Qual é teu nome?
Ele responde: Jacó. Como se nascesse de novo, ou como se fosse nomeado pela primeira vez,
desprezando ao nome concedido pelos pais humanos, o anjo lhe dá duas grandiosas
revelações:
217
1) Teu nome mudou a partir deste instante. O passado dele terminava naquele gesto.
De Usurpador, ele agora se tornaría Aquele que luta com Deus.
2) Você lutou com homens, você lutou com DEUS - Ele lutou contra por um direito de
primogenitura a que por questões alheias a sua condição, dependia do nascimento,
não poderia ter acesso, lutou pela benção de seu pai a que não tinha direito, lutou por
sua vida, lutou por sua esposa, lutou pelos seus bens com um inescrupuloso homem
de negócios, seu parente Labão, lutou pela vida de suas ovelhas, lutou contra o sono,
o frio, os ladrões, os lobos, para preservar seu rebanho, lutou pela mão de sua amada
Raquel, pelo direito de rever os pais, pela vida de seus filhos e finalmente agora lutava
contra DEUS na figura de seu representante celestial. E VOCE VENCEU. VOCÊ
PREVALECEU.
Israel está caído no chão, quando se levantasse iria mancar pelo resto de seus dias. Mas,
Deus declara pela boca de seu mensageiro que Jacó PREVALECEU contra DEUS do mesmo
modo que prevalecera contra toda oposição humana. Deus declara a vitória de Jacó, numa luta
com ELE!!!!
No hebraico, vamos até a literalidade do texto, sem nenhuma visão teológica que a contamine:
Deus se declara VENCIDO, por mais absurdo que isso possa soar aos nossos ouvidos. Deus é
a fonte do poder. Deus é todo-poderoso. Como pode o homem, lutar contra um ser que é
capaz de mover galáxias com o pensamento?
Quem quisesse se colocar contra ele poderia ser milhões de vezes mais poderosos do que um
anjo e ainda assim sair derrotado. Um querubim (cujo ruído das asas é como a voz do
Onipotente quando fala) tentou certa feita e não o conseguiu. Diversas vezes nos é repetido
nas Escrituras conceitos a respeito da imutabilidade de Deus e as devidas exortações sobre o
temor a Deus, que é Criador e sustentador de tudo. E neste pequeno versículo, na mais
improvável das batalhas, que Deus perde para um homem. E afirma ter sido vencido. Toda a
Eternidade conhece o dia em que um homem lutou contra Deus e o venceu.
Numa compreensão humana do evento sou forçado a declarar:
"Deus se deixou vencer”.
Mesmo a declarada derrota divina, afirmada no termo PREVALECESTES, só
poderia ter lugar se Deus se recusasse a enfrentar ao pequeno Jacó.
Mas, observe a dignidade que Deus concede ao ato de bravura de Jacó. Ele não diz,
eu deixei Jacó vencer. Ele diz, Jacó prevaleceu.
E o que Jacó fez para ser declarado como a única criatura que um dia
PREVALECEU contra Deus?
Orou. Chorou. Intercedeu. Clamou. Segurou-se às vestes de Deus. Firmou sua
posição. Não recuou de sua dignidade, não mudou de idéia, não desistiu. Não mudou de
opinião. Não abandonou sua necessidade. Não lançou longe de si o sonho. Não
negociou outra coisa que não o que NECESSITAVA. Do que dependia a vida de sua
família, o perdão de seu irmão, a reconciliação com Esaú.
NÃO SE RESIGNOU DIANTE DO IMPROVÁVEL,
NÃO RETROCEDEU DIANTE DO IMPOSSÍVEL
NÃO SE CONFORMOU COM SUA VIDA,
Não se curvou diante de uma recusa de Deus,
Não rasgou diante de Deus A sua petição.
Não lançou no chão seu arco e nem deixou cair de suas mãos a sua espada.
A partir daí podemos começar a entender o que significa interceder.
O Sacerdócio e o ministério de Intercessão
218
1 “Ao terceiro dia Éster se vestiu de trajes reais, e se pôs no pátio interior do palácio do
rei, defronte da sala do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono, na sala real, defronte da
entrada”.
2 “E sucedeu que, vendo o rei à rainha Éster, que estava em pé no pátio, ela alcançou
o favor dele; e o rei estendeu para Éster o cetro de ouro que tinha na sua mão. Éster, pois,
chegou-se e tocou na ponta do cetro”.
3 “Então o rei lhe disse: O que é, rainha Éster? Qual é a tua petição? Até metade
do reino se te dará”.
4 “Éster respondeu: Se parecer bem ao rei, venha hoje com Hamã ao banquete que
tenho preparado para o rei”.
5 “Então disse o rei: Fazei Hamã apressar-se, para que se cumpra à vontade de Éster.
Vieram, pois, o rei e Hamã ao banquete que Éster tinha preparado”.
Éster é a mulher que representa com a vida o ministério de Intercessão. Quando
diante do Rei, ela conta somente com sua beleza, e com a benevolência do Rei. Ela não tinha
o direito de ter entrado no jardim real sem a permissão de antemão por parte do Rei. Num
gesto louco, uma mulher sem autorização, entra num lugar sagrado exclusivo que não tem
acesso, e por sua loucura recebe o direito de receber até metade do maior e mais extenso
reino que já existiu (o domínio medo-persa se entendia pela Arábia, Mesopotâmia, Grécia,
Itália, França, Iraque, Irã, Índia, Cazaquistão, Paquistão, Egito, parte da Europa, países da
Ásia, Israel, Espanha, Portugal e outros países).
O que é Intercessão
Colocar-se entre duas pessoas, interpelar em favor de terceiros. Apelar numa corte
de justiça por um cliente, pelo réu, ao juiz. Solicitar um benefício de um governante para
alguém. Se colocar entre Deus e o homem, como intermediário. O ofício de intercessão
dos crentes em cristo é um ofício sacerdotal, possui várias qualidades inerentes ao
cargo.
- O intercessor é chamado e ordenado por Deus. Ele tem uma nomeação para o cargo.
Apc: 5:10:
E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.
- Ele é possui cooperação do ministério de Intercessão de Cristo. (conforme hebreus)
- Esse cargo é vitalício. Todo crente é Sacerdote.
O intercessor é o único ministério em que conhecer de antemão a vontade de Deus não
é essencial para definir uma situação. O ministério do intercessor é LUTAR por uma
causa, LUTAR pela VIDA, pela MANIFESTAÇÃO DO PODER, PELO LIVRAMENTO, PELA
RESTAURAÇÃO, PELA CURA. O intercessor não se resigna diante de nenhuma adversidade,
de nenhuma situação e não aceita como vontade de DEUS nenhuma coisa que angustie
seu coração. Um intercessor só para de interceder por algo que esteja destruindo
vidas, se DEUS o PARAR, e o fizer de modo SOBRENATURAL. Por definição, o diabo
veio para ROUBAR, MATAR e DESTRUIR. Normalmente uma situação em que haja perda da
capacidade de viver, seja pela enfermidade, depressão, onde houver destruição da vontade de
viver e por fim a morte, seja ela espiritual ou real, já terá elementos SUFICIENTES para
considerá-la de origem maligna.
A Avaliação de um intercessor não é baseada em conceitos de teologia, ele não diz: “seja
feita ó Deus a sua vontade” porque a sua função é questionar através da intercessão a
qualquer situação suspeita, tendo PLENO AVAL DIVINO para assim fazer continuamente. O
não saber a vontade de Deus para alguma situação para o INTERCESSOR é o que basta para
CONTINUAR LUTANDO até que a situação se resolva.
O intercessor não necessita conhecer de antemão ou respeitar a vontade daquele por
quem levanta a sua intercessão. Não respeita, a vontade humana. Se alguém quiser ir para o
inferno, terá que lutar contra o intercessor.
O intercessor não leva em consideração nem o que ele entende como vontade de Deus, e
nem o que a vontade dos homens manifesta Quando procede assim é porque faz parte de
seu ofício, sendo o ato de interceder desígnio da vontade de Deus estabelecido nas
Escrituras. O INTERCESSOR recebe de Deus o poder a força necessária para realizar seu
ofício.
219
Esta é a maior revelação sobre o ministério de intercessão. A intercessão é a resposta de
Deus para a burrice e inconsistência humana; para suas teimosias resguardadas (infelizmente)
pela capacidade do homem de recusar a vontade de Deus, resguardadas pelo livre arbítrio ao
qual Deus não pode ultrapassar sobre a pena de corromper suas próprias leis.
O intercessor é homem, pode agir sobre a vontade humana. Assim como podemos "forçar"
o amigo a desistir da droga, bater no irmão porque bebeu demais ou gritar e impedir a conduta
imprópria de um filho. Assim como a namorada pode EXIGIR respeito e consideração para o
namorado, assim como a esposa pode EXIGIR a fidelidade do marido. O intercessor EXIGE
que o obstinado seja impedido de continuar sua descida sem retorno.
O intercessor é a rocha entre o obstinado e o inferno.
O papel do intercessor é de um filho que educadamente, mais com firmeza absoluta
REIVINDICA promessas que lhe são LEGADO e HERANÇA das mãos do PAI, com relação às
obras de Satanás, EXIGE que sejam destruídas. O crente não pede com gentileza aos
demônios que saiam. Ele ORDENA. Do mesmo modo Ele não age como lama, pó ou um
miserável diante de DEUS, porque agiria FALSAMENTE, CONTRARIANDO as Escrituras
quanto aquilo que ele é em Cristo, quando invoca ou intercede. Ainda que num momento de
desespero e dor o crente chore, suplique, clame a Deus que o socorra JAMAIS TEM O
DIREITO DE FAZER TAL COISA DESPREZANDO AQUILO QUE É. Mesmo na fraqueza, ele
continua sendo filho, nunca um desgraçado, ainda que se sinta como tal. A oração
intercessora não é despida de humildade, mas não é revestida de lamúria. O crente no
mesmo tempo que diz preciso de Ti, sem Ti não sou nada, é CONSTRANGIDO pelas
Escrituras a declarar que possui direitos pelo sangue de Jesus derramado, que possui acesso
as promessas, que foi ADOTADO, que é reino, que é sacerdócio, que é herdeiro. Que está
ESCRITO. Deus não se ofende quando questionado sobre suas promessas. Deus não se
entristece quando crentes invocam a sua Palavra. Mas milhares têm ofendido a Deus por
orarem como mortos, predestinados a destruição, como se não fossem responsáveis por
realizações eternas e co-participantes das riquezas celestiais. Todo pastor que ensina que os
crentes em Cristo não possuem direitos são tão mentirosos quanto àqueles que ensinam que
este pode mandar em Deus. Se o crente mentir sobre o que é, sua oração terá pouca
eficácia.
Gn: 32:28:
Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com
Deus e com os homens, e prevaleceste.
Meu amado irmão em Cristo.
Rogo contempla a profundidade deste chamado. Temos o nome de Israel sobre nós.
Este nome profético simboliza nosso ministério de Intercessão.
Rom:9:8:
Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa
são contados como descendência.
Ef:2:12:
Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e
estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
Ef:2:13:
Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo
chegastes perto.
Ef:2:14:
Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede
de separação que estava no meio,
Ef:2:20:
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a
principal pedra da esquina;
220
Fiz questão de pegar todos os textos acima. Somos Israel. Somos filhos de
Abraão. Parentes de Isaque. Descendentes de Jacó. Nosso pai Jacó lutou a noite toda
com DEUS, no vau de jaboque e venceu.
Paradoxos
Moisés também lutou, demandou, arrazoou, INTERCEDEU diante de Deus,
quando o povo pecou:
Ex:32:9:
Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura
cerviz.
Ex:32:10:
Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu
farei de ti uma grande nação.
Ex:32:11:
Moisés, porém, suplicou ao SENHOR seu Deus e disse: Ó SENHOR, por que se
acende o teu furor contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte
mão?
Ex:32:12:
Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes,
e para destruí-los da face da terra? Torna-te do furor da tua ira, e arrepende-te deste mal
contra o teu povo.
Moisés se coloca entre Deus e o Povo pecador. Essa é a posição do intercessor, e a
maior característica do SACERDÓCIO, INTERMEDIAR, tomar partido a favor de alguém que
necessita de graça para não perecer. O povo não MERECIA ao Deus que os liberará,
ingratos, adoradores de ídolos. Infiéis. O sacerdote não pesa a CULPA de homens, mas sua
NECESSIDADE de graça, de justiça, de perdão. Ele ADVOGA uma causa, seja contra DEUS,
seja contra homens.
Era desejo real de Deus matar a toda uma nação? Não. Mas suas faltas eram tremendas
e justificariam plenamente o abandono. O desejo divino de abençoar estava tolhido pela
intransigência humana. Se continuassem a viver aquele tipo de vida, o tabernáculo, o
sacerdócio, as ofertas, o ministério profético, as práticas da Lei, tudo seria em vão. O
salário do pecado é a morte, é a separação de Deus, é a impossibilidade da operação do
poder de Deus, é a finalização antecipada de planos que conduzem para a vida eterna.
Quando Deus emite aquela “sentença”, é como uma declaração de que assemelha a
rejeição de um marido á sua esposa, de um pai a seus filhos, de um rei à seus súditos.
Era uma declaração de indignidade, de perda de compromisso.
Ex:32:9:
Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura
cerviz.
Ex:32:10:
Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu
farei de ti uma grande nação.
Essa palavra ecoaria nas gerações futuras, assim como nos ouvidos de todos aqueles que a
escutaram por todos os dias de sua vida. Deus os declara incrédulos, os declara insensíveis.
E essa situação não pode continuar, porque seria como se estivessem mortos, porque a
insensibilidade espiritual se assemelha a morte.
Deus aguarda uma resposta de um intercessor. Ele provocou uma atitude de alguém. Ele
PROVOCOU a Israel, uma nação que possue uma PROMESSA dada a Abraão, Repetida a
Isaque, Confirmada em Jacó...
Eles possuem direitos que lhes são anteriores ao nascimento, uma palavra que lhes fora dada
pelo mesmo DEUS quatrocentos e cinqüenta anos antes, quando nenhum deles ainda existia,
fortalecida por um juramento.
Gen 26:3 peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti, e aos que
descenderem de ti, darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que fiz a Abraão teu pai;
221
Planos de Deus não ocorrem sem a atuação de intercessores. Deus aguarda a
manifestação de homens que intercedam. Realidades proféticas podem ser impedidas pela
iniqüidade humana. O futuro é fruto pode ser muitas vezes o resultado de uma intercessão. A
intercessão mudará o curso da história, retomará a direção, destruirá o poder do pecado,
aniquilará o peso da acusação, reivindicará motivos do coração de Deus, reclamará as
promessas, se firmará na visão de que DEUS é um Deus que abençoa, que possui PLANOS
de BONDADE, que concede VITÓRIA, que traduz seus gestos em PAZ, que confirma a
caminhada de seus servos com ALEGRIA. Que transforma o pranto em regozijo, a tristeza em
folguedo, a destruição em vida, a morte em ressurreição, e o desastre em um milagre de
dimensões inusitadas.
Perceba que o intercessor não raciocina, pesa, considera, medita, sobre o que é ou
deixa de ser a vontade de Deus para uma determinada situação. A vontade de Deus não
lhe é revelada a um intercessor mediante palavras, textos, raciocínio, conjecturas,
assimilações. Existe uma voz no seu coração, um sentimento, um peso que vai além da
LINGUAGEM. Seu chamado é a de alguém que não se intimida com realidades, ainda
que sejam proféticas. Não pensa sobre o que é ou deixa de ser o limite de
pecaminosidade humana. Não se intimida pela excessiva dignidade divina ou pela total
ausência da mesma por parte da terceira parte. O intercessor é chamado para questionar a
Deus. Para intermediar, para indignar-se contra uma situação de dor, ou qualquer que envolva
o próximo numa situação inferior a si mesmo. Deus dá uma ordem a Moisés, concede-lhe uma
promessa e mesmo assim Moisés declara a DEUS o QUE SENTE E O QUE PENSA da
situação. E Deus RESPEITA a decisão de Moisés.
Ex:32:10:
Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu
farei de ti uma grande nação.
Ex:32:11:
Observe que DEUS considera a Moisés de tal modo que NÃO REALIZARÁ O QUE ESTÁ
DIZENDO SE NÃO HOUVER A CONCORDANCIA DO INTERCESSOR.
Existem vários significados ocultos neste texto.
Um deles é de que o Espírito santo não poderá realizar coisas além daquelas que seus
ministros CONCORDAREM. A IGREJA MORRE NA INCREDULIDADE DE SEUS
ADMINISTRADORES.
A outra é que HÁ UM COMPROMISSO ASSUMIDO ENTRE DEUS E A SUA IGREJA. A
operação de Deus é limitada pela liberdade que damos para que ele atue. A fé é tolhida pela
teologia, os milagres pela incompreensão do papel da igreja. Nós não somos menores do que
aquilo que as Escrituras declaram a nosso respeito. Nossos papéis não são inferiores aos que
são CONCEDIDOS por Deus as nossas vidas por intermédio do seu Espírito. Deus não espera
nada menos do que OUSADIA e CORAGEM de intercessores. Não existe ministério de
intercessão sem OUSADIA, sem CORAGEM, sem DESAFIO, sem ARGUMENTAÇÃO, sem
EXPOSIÇÃO a DEUS de suas promessas.
Exo 32:11 Moisés, porém, suplicou ao Senhor seu Deus, e disse: ó Senhor, por que se acende
a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão?
Exo 32:12 Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos
montes, e para destruí-los da face da terra?. Torna-te da tua ardente ira, e arrepende-te
deste mal contra o teu povo.
Exo 32:13 Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, teus servos, aos quais por ti
mesmo juraste, e lhes disseste: Multiplicarei os vossos descendentes como as
estrelas do céu, e lhes darei toda esta terra de que tenho falado, e eles a possuirão
por herança para sempre.
Exo 32:14 Então o Senhor se arrependeu do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo.
222
Veja que é uma SÚPLICA, e mesmo SUPLICANDO Moisés não abre mão DE CITAR O
JURAMENTO E A PROMESSA DE DEUS.
O intercessor não olha para si. Olha para a PALAVRA. Ele conhece suas fraquezas, e quando
intercede por si até pode lembrá-las a DEUS. Mas a base para a intercessão milagrosa é a
JUSTIÇA de DEUS e não a sua MISERICÓRDIA. O intercessor depende da misericórdia de
Deus, mas não ora baseado nela. O intercessor depende da vontade de Deus, mas não ora
baseado nela. Ele ora baseado no que entende como justo. Ele reivindica livramento do que
lhe trás sofrimento. Ele COMBATE a tudo que compreende como injusto e maligno na vida de
outra pessoa. O mistério da intercessão se BASEIA NA MISERICÒRDIA, que já foi
estabelecida numa cruz com base na tortura e na morte de Jesus. Mas o que esta reivindica é
JUÌZO, JUSTIÇA. A morte de Cristo concede DIREITO ao crente de DESTRUIR obras
malignas. A opressão, a injustiça, os espíritos de enfermidade, a cura milagrosa, os sinais e
prodígios na terra são frutos de uma sentença sobre o inferno. Os milagres, sinais e prodígios
são produtos da justiça, são benefícios da justiça que vem pela fé. Deus considera como
JUSTIÇA um milagre. A resposta a oração de crentes em Cristo é considerado como algo
JUSTO diante de DEUS.
O intercessor só existe como um arranjo da graça, este é o significado maior do sacerdócio, ele
é considerado com misericórdia por Deus, mas sua fé é baseada em promessas, em
compromissos que DEUS assumiu diante dos anjos, homens e demônios, compromissos
selados com o sangue do calvário, firmados em juramentos, em promessas, e no mistério da
fé. A fé jamais deixará de mover o coração de Deus. A firme convicção de que ele QUER fazer
o que prometeu através de todos os seus profetas, através de CRISTO e através do seu
Espírito é a base normal da oração intercessora.
Moisés seguiu o conselho de Jó:
Jo:23:4:
Exporia ante ele a minha causa, e a minha boca encheria de argumentos.
Moisés não meditou na onipotência de Deus. O chão tremia. Os trovões
rasgavam os céus. O firmamento se encheu de fogo e de fumaça espessa. A voz de Deus
estremeceu a eternidade.
O Senhor diz: DEIXA-ME.
Deixa-me, deixa que meu furor se acenda.
DEUS PEDE PASSAGEM, PEDE PERMISSÃO. LEIA DE NOVO.
DEIXA-ME
Ex:32:10:
Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu
farei de ti uma grande nação.
E Moisés diz não.
Somos intercessores. Como uma ursa cujos filhotes foram roubados. Rugindo como o
leão faminto. Tubarões quando sentem o cheiro do sangue da vítima. Só nos importa a
libertação do aflito e a preservação para a vida. Este é o significado do ministério de
intercessão. Uma igreja intercessora, só recua da benção, morta. Por mais ousada, absurda e
descabida que possa (e é) parecer esta declaração, Deus não pode passar por cima de um
intercessor, necessita que pedir passagem.
Não que necessite. Ele o faz porque é esse o arranjo que predeterminou para si, como
figura do sacerdócio que AGORA Jesus exerce. A AUTORIDADE de um intercessor não vem
de sua humanidade. VEM de CRISTO. Cristo está a direita de Deus Pai, e é ele que LEGITIMA
a situação. Se Deus não ouvir um intercessor que ora com sinceridade, é como se
desprezasse seu FILHO que recebeu o que? TODA A AUTORIDADE. Se Deus passa por cima
de um intercessor, e este representa a JESUS em seu ministério de intercessão, é como se o
Pai negasse a eu próprio Filho. Nós não somos JESUS, nós representamos a Jesus. Significa
que DEUS LEVARÁ EM CONSIDERAÇÃO a nossa intercessão no DESENVOLVIMENTO
de seus PLANOS!!!
Semelhante ao que faz com o profeta, em que nada Ele faz sem compartilhar, sem
aviso prévio. Para passar Deus tem que lutar. A luta simboliza o ESCLARECIMENTO de
Deus, às nossas petições.
223
É o PROCESSO JUDICIAL em que EXPOMOS nossos argumentos. Gritamos.
Choramos. Reclamamos. Rasgamos nossos corações. Gritamos na face de Deus suas
promessas, ou sussurramos aos seus ouvidos os nossos porquês, nossos motivos e razões.
O crente quando ora é como uma criança. Mas, quando intercede, deve se portar como
um samurai.
É um guerreiro de Deus.
É um homem de verdade. É um muro intransponível. É uma muralha.
Uma força cósmica, cuja fonte tem endereço – Direita do trono de Deus – e possui um
nome – O nome de Jesus.
Observações:
Faz parte de seu ofício.
SE O JUSTO RECUAR EU NÃO TENHO PRAZER... NELE... Amém.
Realizar seu ofício sacerdotal. Interceder. Lutar com Deus. Arrazoar. Jamais
desistir. O intercessor SÓ RECUA COM ORDEM DIRETA DE DEUS (E ÀS VEZES NEM
ASSIM, vide Moisés).
A dor e a compaixão são produtos da Operação de Deus no coração do Intercessor.
Enquanto existir dor, o que vale é: "Todas as promessas de Deus nele (em Cristo) são
sim”. O intercessor se coloca entre Deus e os homens. E sempre do lado mais fraco. Não lhe
importa conhecer de antemão a vontade epecífica de Deus para uma situação. Importalhe amar e lutar. Já estará cumprindo os planos de Deus para este ministério se assim o
fizer.
Pv:31:8:
Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são designados à
destruição.
Pv:31:9:
Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados.
Ecl:5:6:
Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi
erro; por que razão se iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos?
A bíblia diz que o Espírito de Deus intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Existe
então o desejo de libertar os filhos da dor. Faz parte deste ministério. A própria criação geme
querendo sua libertação da dor.
Esse apelo é tão sublime, que no fim de tudo é dito:
Apc:21:4:
E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto,
nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
Neste próximo texto, abaixo existe uma coincidência lingüística para a língua
portuguesa; na bíblia hebraica “Dor” não significa dor como no português, era um nome próprio
de um reino antigo, de origem semita. Entretanto, a visão é acolhedora, pertinente ao estudo.
Até por semelhança lingüística podemos aprender lições da bíblia.
Josué 2:7:
E estes são os reis da terra aos quais Josué e os filhos de Israel feriram aquém do
Jordão para o ocidente, desde Baal-Gade, no vale do Líbano, até ao monte Halaque, que sobe
a Seir; e Josué a deu às tribos de Israel em possessão, segundo as suas divisões.
Jos:12:23:
O rei de Dor no outeiro de Dor, outro; o rei de Goiim em Gilgal, outro;
Os filhos ** "daquele que luta com Deus" feriram o rei da dor no outeiro da dor.
224
** Israel em hebraico
Qu e p os s a m os f er i r
d or n o ou t ei r o d a d or .
o
r ei
da
Vencer a Satanás, no monte Calvário, onde a dor do Salvador libertou a humanidade da
dor.
Pv:15:13:
O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate.
Nenhuma pessoa resiste a dor continua, a depressão, a tristeza, a enfermidade, a
fraqueza. Chega uma hora em que tudo que queremos é deixar de existir para que a dor
cesse, para termos descanso. Então o intercessor entra em ação com o objetivo de levantar o
abatido.
Pv:15:15:
Todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre é um banquete contínuo.
Operacionalizando
O intercessor é um homem em litígio com Deus. E disposto a vencer este litígio. Ninguém entra
numa batalha judicial, sem a real necessidade de vencer. Quando se chega neste ponto, todas
acordos, negociações possíveis já terminaram. É o ponto final. É a decisão. Quando o crente
intercede tem que ser um homem disposto a ser atendido.
Is:41:21:
Apresentai a vossa demanda, diz o SENHOR; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei
de Jacó.
E as razões podem ser profundas, humanamente falando, agressivas. Deus deseja ser
questionado.
É MENTIRA QUE NÃO DEVAMOS QUESTIONAR AS DECISÕES DIVINAS.
Temos que ser sinceros conosco mesmos.
Ninguém aceita de coração o que abomina. Ninguém se curva diante do que enoja.
Se o fizermos é porque ABANDONAMOS A NOSSA HUMANIDADE.
Retornado a introdução deste estudo, avoluma-se o PARADOXO da humanidade.
O que é perfeita humanidade? O que é ser um homem? Relembro o fato de certo convite meio
que ”pecaminoso” de certa mulher que me disse assim certa feita:
“Vou te ensinar a ser homem...”.
E não se referia a um novo método de ensino sobre meus problemas sociais...
Contudo, o que é ser humano? E quando nós deixamos de ser humanos? Existem
muitos modos de nos tornarmos inumanos. Quando os homens se comparam a Deus,
reclamando para si divindade indevida, ou quando vivem como animais desprezando sua
porção que lhes torna seres humanos. O que nós torna homens na verdade é uma imagem.
E uma certa semelhança. A imagem e a semelhança de Deus em nós. Isso nos distingue dos
animais e das pedras, assim como nos distingue de Deus. Não somos deuses, somos homens.
Mas eu também deixo de ser homem se agir como com indiferença. Os céus possuem
225
expectativas em nossas atitudes. A imagem e a semelhança de Deus em nós, não permite que
nos calemos.
Então, se percebermos UM IRMÃO OU IRMÃ EM SOFRIMENTO E NÃO GRITARMOS
DIANTE DE DEUS, FAZENDO UM "SENHOR" ESCÂNDA-LO, orando, chorando, suplicando,
clamando e dizendo BASTA! Chega!
SE NÃO SOMOS HUMANOS O BASTANTE PARA APONTARMOS O DEDO EM
DIREÇÃO AOS CÉUS E DIZERMOS QUE NÃO CONCORDAMOS E DECLARAMOS
EXATAMENTE O QUE QUEREMOS,
ENTÃO RASGUEMOS DE NOSSAS BÍBLIAS O LIVRO DE JÓ E SOLICITEMOS A
UMA COMISSÃO DE RÉPTEIS A PARTICIPAÇÃO EM SUA RAÇA.
Esse pedaço da apostila foi um pouco forte, mas deixe estar.
Não que eu creia que uma tartaruga queira se associar comigo se eu fizer uma coisa
dessas...
Quanto ao assunto de parecermos prepotentes, autoritários ignorantes a vontade
divina, ou mesmo desrespeitosos diante de Deus, com medo de falarmos de coisas que não
compreendemos, repetindo velhos jargões do tipo “Deus é quem sabe de todas as coisas” ou
“Isso é mistério de Deus” ou “Deus é soberano” nunca realmente bem utilizados.
Na maioria quase absoluta dos casos os crentes usam expressões
teologicamente corretas para se eximirem da concreta responsabilidade de seu
ministério de intercessor:
Se eu não cesso de acordar a cada tosse de uma filha no meio da noite, se estou disposto a
correr pelas madrugadas em busca de uma farmácia aberta para encontrar um remédio que
minimize a dor de um filho ou de uma esposa, então eu não tenho o direito de desistir de orar
por uma situação jogando-a numa esfera teológica inacessível a nosso entendimento.
Numa comparação chula: O intercessor não é pago para raciocinar. É contratado por Deus
para agir. Quando surgir a necessidade e enquanto esta persistir, o intercessor é o corpo de
bombeiros em resgate da vítima, é o para-médico em socorro do acidentado, é o motorista da
ambulância com a sirene ligada indo à direção ao pronto-socorro.
O intercessor é a mãe vietnamita que carrega a filha nos braços fugindo do Nalpã (bombas
incendiárias de alto poder de queima) lançados por helicópteros de guerra. Até encontrar
socorro para sua filha.
Aprofundamento
Leiamos:
Jó:7:11:
Por isso não reprimirei a minha boca; falarei na angústia do meu espírito; queixar-me-ei na
amargura da minha alma.
Queixar-me-ei. E na amargura dos meus pensamentos.
Jó:7:16:
A minha vida abomino, pois não viveria para sempre; retira-te de mim; pois vaidade são os
meus dias.
Isso é aquilo que você chama de vida? Tenho nojo de minha vida. Vai embora e vê se me
larga
Jó:7:17:
Que é o homem, para que tanto o engrandeças, e ponhas nele o teu coração,
226
Quem sou eu para ser tão perseguido assim? Sou Querubim? Sou anjo? Te ofereço
algum perigo? Lutar contra um rato faz sentido?
Jó:7:18:
E cada manhã o visites, e cada momento o proves?
Quanto tempo eu vou agüentar esse teu massacre?
Jó:7:19:
Até quando não apartarás de mim, nem me largarás, até que engula a minha saliva?
Tira as mãos em torno do meu pescoço, pelo menos pra eu engolir minha saliva.
Jó:7:20:
Se pequei, que te farei, ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para
que a mim mesmo me seja pesado?
Que te importam meus atos? No que faz diferença para o universo minhas atitudes? Não
tens coisa mais importante pra fazer do que ficar me perseguindo?
Jó:7:21:
E por que não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniqüidade? Porque agora
me deitarei no pó, e de madrugada me buscarás, e não existirei mais.
Não é mais fácil perdoar-me do que me matar? Será que você não enxerga que daqui a
pouco serei só uma lembrança? Quando você tentar bater em mim de madrugada eu já
vou estar morto.
Jó:9:19:
Quanto às forças, eis que ele é o forte; e, quanto ao juízo, quem me citará com ele?
A quem eu recorro? Quem vai me defender contra tuas acusações? Quem vai me
defender contra tua mão? Você é Deus, eu sou um moribundo. Isso é uma covardia.
Jó:9:32:
Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo.
Não existe um foro, um juizado, uma instancia ou tribunal que eu possa solicitar justiça
para essa contenda louca contra mim. Você não compareceria diante de um, para que
eu me defendesse diante de um juiz.
Jó:9:34:
Tire ele a sua vara de cima de mim, e não me amedronte o seu terror.
As enfermidades que me consomem e me apodrecem, me deixam desesperado, confuso,
com muito medo. Eu tenho medo de continuar sofrendo ou de vir a sofrer ainda mais. Eu
já não sinto nada que não seja o terror.
Jó:9:35:
Então falarei, e não o temerei; porque não sou assim em mim mesmo.
Eu já não sinto nada que não seja o terror. Cura-me e eu vou poder raciocinar
normalmente pra ter argumentos para me defender.
Jó:10:3:
227
Parece-te bem que me oprimas, que rejeites o trabalho das tuas mãos e resplandeças sobre o
conselho dos ímpios?
Valeu a pena eu ter sido criado? Para que um ventre, para que uma mãe? Eu sou um
vaso rejeitado? Uma obra que só serve para a lixeira? É para o lixo que eu fui criado?
Jó:10:4:
Tens tu porventura olhos de carne? Vês tu como vê o homem?
Você sente as coisas que eu sinto? Você consegue entender a dor? O medo? A tristeza,
o tormento? Eu perdi meus filhos e minhas filhas. Você sabe o que é ser um pai que
perdeu seus filhos? Um homem que perdeu todas as posses pelas quais trabalhou a
vida inteira, um homem que não tem mais prazer em viver? Olha pra vida do jeito que eu
consigo ver e você vai entender o que estou passando.
Jó:10:5:
São os teus dias como os dias do homem? Ou são os teus anos como os anos de um homem,
Você que vai viver para sempre, sabe o que é morrer? Sabe o que é envelhecer? O que é
acabar? O que é ver a vida se apagar rapidamente?
Jó:10:6:
Para te informares da minha iniqüidade, e averiguares o meu pecado?
Jó:10:8:
As tuas mãos me fizeram e me formaram completamente; contudo me consomes.
Jó:10:9:
Peço-te que te lembres de que como barro me formaste e me farás voltar ao pó.
Jó:10:11:
De pele e carne me vestiste, e de ossos e nervos me teceste.
Jó:10:12:
Vida e misericórdia me concedeste; e o teu cuidado guardou o meu espírito.
Jó:10:13:
Porém estas coisas as ocultaste no teu coração; bem sei eu que isto esteve contigo.
Você se lembra da época em que me amava?
Jó:10:16:
Porque se vai crescendo; tu me caças como a um leão feroz; tornas a fazer maravilhas para
comigo.
Jó:10:17:
Tu renovas contra mim as tuas testemunhas, e multiplicas contra mim a tua ira; revezes e
combate estão comigo.
Jó:10:18:
Por que, pois, me tiraste da madre? Ah! se então tivera expirado, e olho nenhum me visse!
Jó:10:20:
Porventura não são poucos os meus dias? Cessa, pois, e deixa-me, para que por um pouco
eu tome alento.
Jó:13:3:
Mas eu falarei ao Todo-Poderoso, e quero defender-me perante Deus.
Esse moribundo ainda ousa ficar de pé. Eu, um semimorto, pela última vez me levantarei
diante do Todo-poderoso. Esse pedaço de trapo, irá defender sua integridade. Eu não
mereço o que estou passando. Eu vou morrer proclamando minha inocência.
Jó:13:15:
Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo os meus caminhos defenderei diante dele.
228
Não vou cair, ainda que morra, você vai ter que me escutar. Olha pra mim. Sou inocente.
Jó:13:18:
Eis que já tenho ordenado a minha causa, e sei que serei achado justo.
Se não existe tribunal entre nós dois, se não existe um advogado que me defenda, se
não há instancia que eu possa recorrer, nem testemunhas ou amigos que me ajudem, se
não restou mais ninguém, então sou eu contra você. Olha pra mim. Eu sou justo. Você
me massacrou sem causa. Responda as minhas acusações. Essa é a minha causa. Essa
é a minha vida.
Jó:13:25:
Porventura acossarás uma folha arrebatada pelo vento? E perseguirás o restolho seco?
Jó:13:26:
Por que escreves contra mim coisas amargas e me fazes herdar as culpas da minha
mocidade?
Jó:13:28:
E ele me consome como a podridão, e como a roupa, à qual rói a traça.
...Observe a dureza, as farpas, os questionamentos. Jó é uma muralha. Age como um louco?
Como um demente? Fala como se nada mais tivesse sentido, se sentindo traído, morrendo,
sofrendo. Ele luta desesperadamente e impõe a Deus perguntas, afirmações e declarações
que jamais nenhum outro ser humano ousou diante de Deus. Ele aponta o dedo e trata a
Deus como num tribunal, luta por sua vida, por sua dignidade, pelas verdades que abraçou e
nas quais viveu.
E DEPOIS DO MAIS DURO DISCURSO QUE UM SER HUMANO JÁ IMPÔS DIANTE DE
DEUS,
OBSERVE O QUE É DECLARADO POR ELE:
Jó:42:8:
Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por
vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu não vos trate
conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo
Jó.
Concluindo
Este é o ministério de intercessão.
Quando em posição de luta, mãos nas mãos do Senhor, segurar fortemente as mãos do
Altíssimo, e tentar... Empurrá-lo para trás.
Para isso fomos chamados.
Com relação aos últimos assuntos:
229
Já observamos que vivemos numa guerra. Muitas das revelações sobre fatos obscuros do
reino das trevas realmente são pertinentes nos estudos sobre guerra espiritual. E na listagem
abaixo, apesar das questões teológicas levantadas por vários autores, as manifestações e
operações malignas trabalham do mesmo modo ou dentro de limites próximos:
- Territorialidade da atuação de potestades – Correto há claros indícios dentro das
Escrituras sobre este tipo de atividade. Porém, não há no Novo Testamento orientação para
realização de intervenção da igreja nessa dimensão ou neste nível.
A pregação ungida do evagelho e a libertação de vidas pelo anúncio das Escrituras é poderoso
para intervir nas esferas celestiais, Ou seja, a cura milagrosa de uma menina, a destruição de
um câncer, a libertação de uma única família de um jugo maligno, gera por si só o abalo de
uma intrincada estrutura espiritual. Em unidade espiritual, uma igreja local ou a soma das
igrejas locais irá confrontar uma potestade, mas o fará orando por milagres em famílias.
Orar por uma cidade, por regiões, por lugares afetados por operações malignas
percebíveis, tais como antros de prostituição, de invocação satânica, de violência
generalizada é perfeitamente factível, CONTUDO OS DONS ESPIRITUAIS DEVEM SER
MANIFESTOS E DEUS DEVE ORIENTAR SUA IGREJA QUANTO AS ESTRATÉGIAS E OS
MOTIVOS DE INTERCESSÃO. A razão do evangelho é a salvação humana. Nossos olhos
devem estar voltados para pessoas, para gente sofrendo, para famílias. O evangelho muda
pessoas para que estas, deixando de ser instrumentos malignos, sirvam de benção para sua
geração. Qualquer outro encaminhamento para algum tipo de enfrentamento TEM QUE SER
sob REVELAÇÃO específica do Espírito de Deus, e após provado Discernimento de espíritos.
A igreja não é surda ou muda. O Espírito Santo não é um espírito mudo. Determinadas
mudanças espirituais que alcançam uma nação, se iniciam em corações. Lutero, o
endemoninhado gardareno, Saulo. Este estudo demonstrou pelo menos oito ou nove áreas
específicas importantes para serem tratadas antes de se pensar num confronto marginal com
atividades malignas. Entender que a libertação é só o início de uma caminhada de
desenvolvimento e de vida, necessidade fundamental de amor pelos irmãos, fator
Melquisedeque, visão correta sobre ministério de Cura, dons espirituais, o sangue de Jesus, a
autoridade e uso do Nome de Jesus, o conhecimento específico da vontade de Deus, a unção
e o poder, o valor e mistério da intercessão. Evangelismo envolve intercessão, envolve
confronto com forças espirituais. Mas, sem orientação CLARA e específica, seus olhos devem
se fixar somente numa coisa: Gente. corações, crianças, idosos, jovens. Sua intercessão deve
vidas. Além da visão TRADICIONAL sobre guerra espiritual, existe uma igreja que OUVE aquilo
que o Espírito está dizendo.
- Espíritos familiares; As Escrituras nos concedem pouco conhecimento sobre o assunto, mas
não há contradição no que é dito, é o modo de operação (covarde, maligno, iníquo) das
atividades malignas. Diz respeito ao modo como eles agem e são revelações pertinentes ao
dom de DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS e ou Palavra de Conhecimento, que é justamente
para tal que foram concedidos, mostrando aquilo que está oculto que é de origem maligna, até
para auxiliar libertações ou compreensão de fatos espirituais que tenham influenciado famílias,
gerações, etc. Nenhum demônio necessita confirmar ou não coisas mostradas por revelações
visualizadas por discernimento de espíritos. Saber o que ocasionou o desastre ou ou coisas
erradas que se desenvolveram por gerações, tais como adoração e culto a mortos, práticas de
magia, idolatria familiar, tudo o que diz respeito ao PASSADO é tratado de uma única vez pela
cruz do calvário. Não há herança maligna que seja transmitida a quem é feito nova criatura,
porque as Escrituras afirmam que as coisas velhas já passaram. Cristo é solução para o nosso
passado. Nenhum poder nem da terra e nem de nenhuma dimensão podem reivindicar nada
sobre o nascido do reino de Deus. Uma vez entendido isso, se algo ainda estiver acontecendo,
é coisa nova. É ataque atual disfarçado de coisa antiga, é obra da carne, é luta espiritual
derivada de costumes inadequados, são sentimentos guardados que necessitam ser tratados
que estão acarretando uma influencia espiritual qualquer.
São conseqüências de atitudes passadas com reflexo no presente. O poder hoje, cuida do
nosso hoje, o Espírito hoje, transforma-nos dia a dia em imagem de Cristo. Para o homem sem
Cristo, a situação de opressão não mudou, porque os métodos da maldade e do império das
trevas se repetem de geração em geração. Existe então uma realidade espiritual no mundo que
jaz em trevas, situações ocorrendo nas famílias sem Deus, porém a atitude da igreja é a
mesma: Intercessão, conhecer a vontade de Deus específica e orar segundo uma visão de
Deus para uma dada situação.
230
- Hereditariedade – Algo ruim com reflexo continuo pode ter ocorrido com o antepassado de
alguém. Doenças hereditárias tiveram início em algum ascendente. Expostos a radiação ou
determinados medicamentos podem gerar filhos com deformidades. Maldições passadas de
pais para filhos possuem nas Escrituras conotação de CONSEQUENCIAS, e agem como uma
herança, que pode ser genética, política, moral, psicológica, espiritual, etc. Uma operação
maligna pode ser herdada por um filho, desde que este siga os caminhos de seus pais. Outras
situações não uma herança sem opção, tipo a pobreza, dívidas, situações genéticas. A
maldição do pecado, por exemplo, nos foi transmitida por nosso pai Adão. Cristo é o fim de
heranças malditas de origem espiritual. A fé nas Escrituras e o Poder de Deus a resposta para
muitos dos males que afligem nossa vida, que tenham sido herdadas do passado. Há coisas
com as quais teremos que conviver, fazem parte de nossa constituição, e se Deus não as
considerar estorvo para nossa caminhada espiritual, não serão retiradas. O pecado na carne
não é impedimento para que Deus opere abundantemente em nossa vida. Nossa fragilidade ou
mortalidade não são impedimentos para o fluir da graça. Outras heranças, contudo, em Cristo
possuem seu final. Existem tempos proféticos marcados por Deus para restauração de todas
as coisas, quando finalmente TODA MALDIÇÂO será extirpada do universo. Deus é poderoso
para mudar até a genética de nossos corpos, seu poder para alterar condições que para nós
são impossíveis de serem modificadas. TODA OPERAÇÃO MALIGNA DIRETA fruto de uma
herança espiritual hereditária FINALIZAM na cruz. Jesus é o dono de nossa vida. A
hereditariedade da vida espiritual do crente procede de DEUS. Nossa natureza foi modificada,
no Espírito Santo nos tornamos a cada dia mais semelhantes à Deus. Paulo atesta essa nova
hereditariedade, dizendo, assim como ele é, nós seremos.
- Maldições – Princípios espirituais serão válidos enquanto durar o tempo da humanidade.
Espíritos malignos se somam a maldade humana para produzir a maldade. A opressão, ou
PODER DAS TREVAS é a força má por detrás da maldição. Amaldiçoar é somar a
espiritualidade humana com o poder das trevas, com o intuito e intenção semelhante a de
demônios, que desejam destruir a vida e a esperança alheia. Quando um homem declara uma
maldição, pensa como um espírito maligno, age como um mensageiro das trevas e recebe
“auxílio” espiritual para realização do que foi dito. Crente ou não. Existe uma dimensão
espiritual humana cujos limites são desconhecidos pela humanidade. Em conjunto com forças
malignas, produz coisas más. A magia é uma abstração, mas somos envoltos em uma
realidade espiritual em que quatro dimensões espirituais se contrapõem, não num
dualismo, não sem limites predeterminados por Deus, mas que atuam dentro das LEIS
ESPIRITUAIS ESTABELECIDAS PELAS ESCRITURAS.
E as hostes, potestades, poderes, domínios, soberanias (nunca coloco em ordem) possuem
conhecimento limitado, mas MUITO maior que o humano na INTERAÇÃO com essas
dimensões espirituais.
- espiritual humana - Transitam no mundo e nas realizações humanas, usam a mente como
oficina para seus projetos;
- espiritual Divina - demônios estremecem quanto expostos diretamente ao poder de Deus,
reconhecem imediatamente a aproximação de servos de Deus,
- espiritual maligna – O mundo jaz no maligno, se opõe a manifestação do evangelho,
enfermam pessoas, manifestam publicamente seu ódio às coisas de Deus através de seus
instrumentos;
- esfera da vida, das coisas vivas. – A mula fala com Balaão, a ovelha fica muda quando diante
de seu algoz, a natureza geme aguardando sua libertação.
Assim, vê-se Balaque pedindo para Balaão proferir um fórmula de maldição que provocasse
a ruína de Israel ( Nm 22), como, também, Golias, esconjurando a Davi ( 1 Sm 17).
Jorge Linhares fala sobre o assunto da forma como se segue:
“Maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade
sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado. Na maioria das vezes
não temos consciência de estar passando-lhe essa autorização; em geral o
231
fazemos mediante prognósticos negativos, o que é popularmente conhecido
como “rogar praga”. E um dizer profético negativo sobre alguém.
A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as palavras.
Prognósticos negativos são responsáveis por desvios sensíveis no curso de
vida de muitas pessoas, levando-as a viver completamente fora dos propósitos
de Deus.
As pragas se cumprem.É por desconhecermos o poder de nossas palavras
que vivemos amaldiçoando nossos filhos, nossos parentes, as autoridades, e,
inclusive, nossos próprios negócios.
Quando usamos os lábios para amaldiçoar estamos chamando a nós o que
existe no inferno.
É temerário amaldiçoar porque as maldições podem acarretar grandes
consequências, dentre elas a opressão e a possessão demoníacas.”56
REDEFINDO o que Jorge Linhares postulou:
“Maldição é a quebra proposital do princípio da benignidade, invocando o mal
consciente sobre seu próximo, envolvendo sentimentos, espiritualidade, vontade de
destruir com imediata condição de pecado, transgredindo Leis divinas e tendo como
conseqüência a ação de poderes malignos para cumprimento de um propósito em que
demônios e seres humanos concordam de modo pleno”.
É uma questão legal porque envolve quebra da segunda lei principal das Escrituras:
“amarás teu próximo como a ti mesmo”!
Kenneth Copeland, falando sobre o poder da palavra de trazer maldição, diz o seguinte:
“A língua de vocês é o fator decisivo na sua vida.. Vocês podem
controlar Satanás aprendendo a controlar a própria língua. Vocês
têm sido condicionados, desde o nasci mento, a falar palavras
negativas, carregadas de sentimentos de morte. Inconscientemente,
em sua conversação diária, vocês usam palavras que se referem a
morte, enfermidade, ausência, temor, dúvida e incredulidade: Quase
morri de susto! Estou morrendo de vontade de fazer isso ou aquilo.
Pensei que ia morrer de tanto rir. Ainda morro disso! Isso me deixa
doente! Essa confusão está acabando comigo. Acho que vou pegar
um resfriado. Não aguento mais isso. Duvido que... Quando
proferem essas palavras vocês nem suspeitam do que acontece,
mas estão trazendo sobre si mesmos forças negativas e brasas
incandescentes... Suas palavras liberam os poderes de Satanás.” 5 7
Não podemos CONTROLAR A SATANÀS, segundo Kenneth Copeland, que se
expressou indevidamente. Podemos limitar seus ataques, podemos destruir
suas obras. Podemos anular seus desígnios sobre nós, faltou se
expressar melhor. O Outro ponto importante sobre PODER DAS
PALAVRAS. Podemos evitar a quebra de leis espirituais quando tomamos cuidado,
podemos evitar que amaldiçoemos alguém. PORÉM O que dizemos só se reveste de
importância espiritual SEGUNDO UMA INTENÇÃO. A LINGUAGEM É SÓ UMA
VESTIMENTA DAQUILO QUE SAI DA ALMA E DO CORAÇÃO. Embora os autores
sobre guerra espiritual entendam certos princípios de modo mais claro que outros
grupos, ERRAM nas suas definições por não HARMONIZAREM seus pensamentos e
desenvolvimento doutrinário com outros das Escrituras. O homem é espírito, possui
uma alma, habita num corpo (melhor de todas as definições sobre o assunto).
Inclusive é o PAI do Kenneth Copeland, Kenneth Hagin que usa abundantemente
esse princípio nos seus livros. O Instituto RHEMA, no qual o Kenneth ensina, trata
232
desse assunto. O Kenneth Copeland é professor TAMBÈM dessa visão sobre
TRICOTOMIA. E que ela tem a ver com a definição do Kenneth Copeland? As
palavras ditas pela MENTE não tem efeito senão dentro de um nível humano. AS
palavras revestidas de INTENÇÕES do nosso ESPÍRITO é que são o material
com que o maligno pode trabalhar. Jesus alerta que é do coração que procedem
TODOS OS MALES. A cobiça, a ira, a maledicência, etc. Isso também serve para a
visão da Missão Shekinah:
A Missão Shekinah também fala sobre isso da seguinte forma:
“Há poder em nossas palavras, para morte e para vida. Toda palavra
que sai de nossa boca, é usada ou por satanás ou pelo Espírito Santo.
Não há palavra perdida.
Toda palavra torpe ou maldita é usada por Satanás para transformá-la em
produto contra nós, ou contra quem pronunciamos. Toda palavra de benção é
usada pelo Espírito Santo de Deus, para transformá-la em produto para
abençoar nossas vidas, ou de quem abençoamos. Quantas vezes, apesar do
Espírito Santo morar em seu interior, você usou a sua boca e lançou
palavras. Talvez até em momentos de ira, nervosismo, e estas palavras estão
ecoando até hoje como maldição: Contra você mesmo : “Eu não presto para
nada”, “Eu sou gorda demais”; “Contra seu marido/esposa: “Você não presta”,
“Você nunca será alguém na vida”; Contra seu salário : “Esta micharia de
novo”, “Este mês não vai dar”; Contra seus filhos: “Você é burro”, “Você é
preguiçoso”, “Você é rebelde”, “Você é igual ao seu pai ( mãe)”pejorativamente, “Você é uma prostituta”. Às vezes recebemos palavras de
maldição de nossos pais, irmãos, pessoas, etc. Temos autoridade no Nome
de Jesus, para cancelar toda palavra de maldição, toda sentença laçada
contra nós.”58
VERDADE PARCIAL. Existem três origens de manifestações espirituais,
existem três situações que envolvem a realidade humana. E existe a questão
que SOMENTE o que tiver origem no CORAÇÃO humano podem causar
dano ou benção efetiva. As outras situações trabalham na esfera natural. Se
esse critério fosse ensinado nas escolas de fé, certamente não haveria tanta
confusão com relação aos seus ensinos. A Ortodoxia rejeita, muitas vezes,
postulados de movimentos de fé por INEXATIDÃO em suas doutrinas..
Mas a realidade espiritual é essa, é verdade, estão mais corretos do que os crentes
tradicionais, porque consideram mais profundamente as implicações das palavras,
entendem as interações entre poderes espirituais e compartilham com os apóstolos da
mesma visão sobre um confronto espiritual que por gerações tem sido menosprezado.
Missionários despreparados para lidar com magia e poderes das trevas têm sido
enviados sem preparo, não SABENDO SEQUER COMO EXPULSAR DEMONIOS para
muitas frentes missionárias mundiais. Uma vergonha.
Então as palavras com intenção de ferir e magoar, de tolher, de matar, de causar dor, agem
como catalisadoras de uma reação maligna, gerando não por si só, mas tendo em vista a
complexidade das coisas espirituais, tendo em vista que DEUS nos concedeu uma imagem
sua, uma semelhança divina, concedendo uma dimensão desconhecida a nossa espiritualidade
HUMANA e tendo em vista que o MAL saindo de nossas bocas, manifesta conjuntamente o
poder das trevas (porque a amaldiçoar o inocente é pecado diante de Deus), convém o cuidado
com o que dizemos. Com o que sentimos e expressamos. Parte do que somos se soma às
coisas que dizemos. Parte do que queremos. Se é um desejo maligno do coração humano que
gerou suas palavras, estas certamente serão usadas pelo inferno.
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Existe, contudo UM TIPO DE MALDIÇÃO QUE É AGRADÁVEL A DEUS.
Que é o amaldiçoar as obras de Satanás. Amaldiçoar as enfermidades, amaldiçoar os
movimentos malignos, as situações que causam destruição do homem, a escravidão de
pessoas, a escravidão da mente e do corpo, tais como o tráfico de drogas, o banditismo, a
violência. Jesus amaldiçoou uma figueira e esta se secou. Quando os discípulos viram a
imensa árvore absolutamente seca, ficaram com uma imagem na mente que influenciou a fé no
poder de Deus por toda sua vida. Paulo amaldiçoa o MINISTÈRIO MALIGNO de um mágico de
nome Elimas, e o resultado é uma quebra de poderes das trevas e um prodígio. Em Apocalipse
JESUS amaldiçoa a Babilônia, a estrutura maligna mais poderosa que há na terra, que
representa a dominação da religião, e esta é destruída. É lançar maldição sobre o que
amaldiçoa a terra. Quando um crente amaldiçoa uma obra de feitiçaria, esta se destrói. Ela é
um recurso de fé, uma alegoria que engloba uma visão de desprezo ao mal, que na verdade
reflete a INDIGNAÇÂO do justo diante daquilo que destrói o homem. O Espírito de Deus muitas
vezes inflama nosso espírito para que respondamos com TREMENDA INDGNAÇÃO diante da
injustiça, da dor, do sofrimento, da miséria, do cativeiro maligno, da opressão e da própria
maldição. A um salmo que proclama o que aparenta ser uma contradição. O salmista solicita
que os filhos de babilônia sejam jogados no rio, e diz que felizes são aqueles que orarem por
sal queda. Há algo mais anticristão que isso?
Salmo 138
8 Ah! filha de Babilônia, que vais ser assolada; feliz aquele que te retribuir o
pago que tu nos pagaste a nós.
9 Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras.
Há uma solicitação de julgamento, de juízo feita pelo salmista indignado com a morte cruel de
milhares de seus parentes, babilônia tratou com crueldade até as crianças, retalhou as
grávidas na tomada de Jerusalém, massacrou centenas de milhares de pessoas. É essa
indignação que o salmista expressa nos Salmos. Isso é é uma sombra de realidades
espirituais. A destruição dos poderes malignos, da opressão, o resgate da religião para a vida
que procede de Cristo, a destruição de toda DOUTRINA, todo SENTIMENTO, de todo “filho” ou
tudo que foi gerado pelo maligno, causa LIBERTAÇÃO.
- Maldições hereditárias – O passado de nossas vidas possui uma única resposta, Cristo.
Mesmos princípios anteriores. Se houver a necessidade de um conhecimento maior, nada de
genealogias, buscas de uma situação envolvendo pedofilia com tataravós, ou seja o que for.
- Quebra de maldições – A simples exposição a um louvor abençoado, a um ambiente cheio
da unção é o bastante para operações de poderes celestiais que anulam, destroem, libertam,
rompem cadeias, laços, atividades, manifestações malignas. A maldição é um estado causado
pelo pecado, pelo desígnio maligno humano somado ao desígnio de espíritos imundos e sua
esfera de poder maligno. O modo como deus opera a quebra de situações sob a influencia
maligna pode ser:
- Uma operação milagrosa,
- Uma palavra profética
- Uma operação de discernimento de espíritos
- Uma visitação angelical
- Uma palavra ungida, a exposição profunda das Escrituras
- A comunhão e unção sobre o Corpo de Cristo reunido
- A intercessão
- A oração.
Pessoas não necessitam estar presentes para serem abençoadas. Não é necessário uma
“chamada á quebra de maldições” ou cultos com caráter específico, existe um marketing que
as igrejas estão fazendo que as torna ridicularizáveis, procedimento destituído de
SABEDORIA. Há única necessidade é de INTERCESSORES que conheçam princípios bíblicos
corretos de oração, e que pessoas sejam chamadas para participarem de cultos para
PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO. Os cultos podem ser chamados de “libertação” mas no
cartaz fixado do lado externo deveria estar “reunião de oração, ou culto de intercessão”,
234
simplesmente. O obreiro munido de discernimento de espíritos verifica o que está
espiritualmente afetando a pessoa e ora. EXISTEM SITUAÇÕES QUE SEQUER A PESSOA
QUE FOI LIBERTA NECESSITA TOMAR CONHECIMENTO. Não somos chamados para
propagandear o inferno e suas obras, mas para propagandear o reino de Deus, sua justiça, seu
amor, sua graça. Existem situações que são tão tenebrosas, que não necessitam ser expostas
ao público.
- Efeitos de opressão e maldição em lugares
- Efeitos de opressão e maldição em objetos
- Questões que envolvem a atuação maligna, opressão ou manifestação malina sobre o crente
- questões que versam sobre “mapeamento espiritual”
- Questões sobre “oração de guerra” ou oração feita para enfrentamento de poderes e
principados.
- Princípios denominados “retaliação” que é a resistência ou dificuldades geradas pelo reino
das trevas;
- A questão da “brecha” que seria o pecado da igreja ou do crente ocasionando “legalidade”
para operação de espíritos malignos. Essa palavra no português é feia demais. A questão da
visão tirada do livro de Ezequiel na verdade é um dano considerável numa muralha de defesa
de uma cidade que dá lugar a um ataque interno, ou intramuros. O conceito é que o pecado é
causador de males espirituais e também é uma arma sobre áreas espirituais e mesmo físicas
na vida do cristão. Paulo orienta a igreja quando de participar de modo indigno da ceia e diz
que essa é a razão de haverem muitos enfermos e doentes na igreja de Corínto. Jesus ao
repreender uma das sete igrejas em Apocalipses fala de Jezabel, profetiza falsa, que além de
atuar na função errada (era profeta e ENSINAVA, ou seja dizia ter uma determinada
capacitação e atuava em outra área ministerial) ensinava doutrinas malignas e ainda vivia
em pecado, fazendo sexo com participantes da liderança da igreja. As Escrituras afirmam que
‘Se confessarmos os nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda a injustiça” O termo que a igreja deve ter em monta é “‘SER VIGILANTE”,
nomenclatura que JESUS usa para tal situação, que soa, ao menos no português, de
modo muito mais agradável que “ficar na brecha”. Além de não dar margem á brincadeiras
de mal gosto oriundo dos que não pertencem a igreja. O conceito está, no entanto, acertado,
que é o de SANTIFICAÇÃO. O motivo porém dever ser também mais PERFEITO. Eu não me
santifico para evitar poderes malignos. Eu me santifico para ser AGRADÁVEL a Deus. Nossos
motivos para a SANTIDADE são SUPERIORES. Como conseqüência de me afastar do
pecado, eu evito influencias malignas. O princípio é ter uma consciência limpa para que o
Espírito de Deus possa manifestar-se com grande liberdade no nosso meio. Toda a carne
está sujeita a poderes malignos, e a igreja é o PRINCIPAL ALVO que Satanás busca atingir.
Igrejas que desenvolvem pecados, atos de impiedade, desamor, falta de afeto, doutrinas
espúrias, negação da autoridade e poder de Deus, negação dos dons espirituais, práticas de
religiosidade, hipocrisia, doutrinas vazias, comportamento sexual inadequado, etc., serão um
palco continuo de atividades malignas. Uma igreja que prega um evangelho racionalista e
que nega o sobrenatural de Deus pode se transformar numa sinagoga de Satanás. Então que
cada crente se purifique com o sangue de Jesus, que cada um confesse seus pecados, que
haja verdadeiro arrependimento pelo mal, que haja sinceridade, que haja perdão, que haja
laços de amizade, amor verdadeiro. O amor preserva a igreja da atuação maligna. ENTÃO,
SEJAMOS VIGILANTES.
- A própria questão de “legalidade” que seria uma área ou dimensão espiritual ou humana na
qual atitudes, palavras ou procedimentos humanos permitiriam a operação maligna com
grande liberdade: Já discutido. Não existe “legalidade satânica”, porém como um promotor
exímio conhecedor da LEI ele sabe usá-la com EXATIDÃO para destruir o ser humano. A
queda da humanidade é a maior prova do conhecimento extremo que Satanás possui sobre os
princípios e leis espirituais que regem o cosmos, a vida, os espíritos e tudo o mais. A
vantagem exercida, a condição legal que advoga, condição REAL, DIVINA, LEGAL diante de
Deus é tudo que provém da “lei do pecado e da morte”. A IGREJA SE PRESERVA DO MAL
DEBAIXO DA LEI DO ESPÍRITO E DA VIDA. Isso significa ouvir e realizar a vontade de Deus.
Aquele que tem ouvidos Ouça o que o Espírito diz às igrejas. Jesus diz: Não vim a este
mundo cumprir a MINHA PRÓPRIA VONTADE, mas a daquele que me enviou. O lugar
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mais seguro para todo crente e para toda a igreja é viver dentro da vontade de Deus.
Para isso nos foi concedido o Espírito santo.
Verificando a RÉPLICA DE ALGUNS AUTORES SOBRE A QUESTÃO vi que estão
absolutamente corretos ao não aceitar ensinos oriundos sobre forças espirituais (muito
daquilo que os demônios ensinam podem ser encontrados em quaisquer livros sobre
ocultismo. Na verdade o mundo espiritual maligno é manifestados aos seus seguidores).
Mas percebi que os que combatem o assunto desprezam situações REAIS e operações
MALIGNAS REAIS por desconhecimento, por falta de experiências com libertação, por falta de
revelações oriundas de DOIS dons: Palavra de Conhecimento e discernimento de
espíritos. Nós crentes em Cristo possuímos duas fontes, DUAS FONTES fidedignas de
conhecimento de Deus:
A PALAVRA DE DEUS
O ESPÌRITO SANTO DE DEUS.
Tenho tido experiências com as Escrituras a respeito do assunto, e INFELIZMENTE também
sofri de tremendas operações malignas, onde entendi que a igreja precisa aprender a se
defender, a se revestir, a atuar com eficácia com relação ao mundo espiritual.
A Magia, nos moldes humanos, não existe. Mas o poder maligno é real. Não existem silvos,
duendes, faunos, arcanos, segredos místicos que através do CONHECIMENTO possam mudar
a realidade física. Mas as Escrituras falam dos PRODÍGIOS e SINAIS da mentira. Não eram
divindades inexistentes que davam aos xamãs, pajés, feiticeiros, agoureiros e magos a sua
porção de poder. Eram os demônios. Em cada esquina vemos templos de busca e contato com
um mundo espiritual maligno. Em cada cidade do mundo, centenas, talvez milhares de pessoas
buscando de milhares de meios conversar, aprender, sentir e manifestar o sobrenatural,
orientadas por espíritos imundos. A feitiçaria não é uma ilusão, assim como as cadeias que
poderiam resistir a força de toneladas de tração verdadeiramente se partiram sobre o poder
das trevas que estavam sobre o endemoninhado gardareno.
Também não é verdade quando dizem (com certa timidez) que é somente a Deus que temos
que dar conta dos nossos pecados. Isso é um sutil desvio de conseqüências. O pecado é um
poder maligno, de tal monta que pode gerar a morte física. É diante de Deus que cometemos o
pecado, mas é DELE que o inferno usa como matéria prima para realização de seus desígnios.
Deixar de reconhecer tal fato é uma presunção inocente demais.
Outra questão desprezada, é que nossas palavras realmente podem acarretar mudanças no
mundo espiritual. HÀ um EXAGERO POR PARTE DO MOVIMENTO DA FÉ, porque NEM
TUDO QUE DIZEMOS possui reflexo NO REINO ESPIRITUAL. Isso é uma interpretação
péssima do texto que diz que “toda palavra que o homem disser será utilizada no juízo” Essa
questão envolve RESPONSABILIDADE, não PODER. Só há significado espiritual nas palavras
humanas quando faladas com FÉ, ou com aporte demoníaco, ou com ódio humano.
Declaram as Escrituras como um ato mágico é inútil, se não houver respaldo de fé no coração
de quem as declara. É mentira que não haja poder em declarar as Escrituras. HÁ SIM, mas
quando feitas por corações cheias de Deus. É mentira quando declaram não haverem
maldições, elas existem e são manifestas por cada coração cheio de amargura, cheio de
inveja, cheio de impiedade, envolto em opressão. Não é uma palavra ou uma frase
amaldiçoante em si mesma, mas são o fruto da maldade e da ira humana que invocam
INCONSCIENTEMENTE (ou conscientemente) poderes invisíveis malignos para realização do
mal. É mentira quando disserem para você que tal coisa não pode acontecer, porque isso é
ignorância sobre os poderes das trevas.
Outra questão diz respeito a maldição sobre os crentes. Aquele que está em Cristo é nova
criatura. Se ainda está sofrendo de algum reflexo maligno de sua vida, é porque ainda está
AGARRADO a alguma coisa do passado. Seja por uma prática ocultista, um costume
pecaminoso, uma atitude espiritual incorreta. Não há nenhuma maldição sobre o crente em
Cristo, relativa ao seu passado.
A igreja detesta dizer que o crente necessita de libertação. Mas, se o coração já foi liberto,
VERDADEIRAMENTE PODE ESTAR NECESSITANDO DE LIBERTAÇÃO DE UM VICIO, UMA
ATITUDE, ALGUMA ÁREA QUE NECESSITA CORRIGIR.
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Qualquer área onde estiver sem essa condição de liberdade plena em Deus, será uma terra
de ninguém (aquela faixa de 100 metros entre os exércitos inimigos das trincheiras da
primeira guerra mundial), será influenciado pelo pecado. O PECADO é uma coisa tão
maligna que é meio de operação de demônios, ou de manifestação de algum tipo de
perturbação de opressão, onde quer que esteja situado na vida ou caráter de alguém.
O crente pode se colocar sobre MALDIÇÃO se fizer aquilo que é abominação aos olhos
de Deus. Se semear contenda entre irmãos. Se abandonar a fé. Se praticar o evangelho para
aferir lucro pessoal. O dinheiro ilícito, a prostituição, a mentira, a falsidade, trazem maldições
sobre o crente, maldições oriundas da quebra das leis de Deus.
CONTUDO, Maldições não podem ser invocadas para sobre o crente em Cristo, nem por
um homem opresso com um milhão de demônios.
Maldição, antes de qualquer coisa, é semelhante a um lugar onde habitam e trabalham
espíritos imundos. Maldição significa, antes de tudo, algum tipo de opressão, algum tipo de
contato com uma área maligna, com uma força espiritual que causa infelicidade. O pecado
amaldiçoa. Amaldiçoar é o inverso de abençoar. O Espírito de Deus abençoa. O termo está
sendo mal utilizado. A palavra MALDIÇÃO é pesada demais, carregada demais de significados
teológicos, e necessita ser tratada com cuidado.
Crentes opressos/oprimidos/endemoninhados é outra situação.
Não é possível para o crente em Cristo, regenerado, tornar-se completamente dominado por
Satanás. Mas a opressão sobre um homem é proporcional a seu envolvimento com o pecado.
Embora o espírito de um crente seja REGENERADO, sua mente e seu corpo ainda não o
foram. QUALQUER CRENTE QUE VOLUNTÁRIAMENTE PRATICAR MAGIA NEGRA, OU
INVOCAÇÃO DOS MORTOS, E TIVER CONTATO COM ENTIDADES ESPIRITUAIS, irá ficar
opresso. Ponto final.
O nível de dominação ou influencia maligna que estará sujeito é fruto de seu envolvimento
direto e consciente com uma atividade maligna.
É necessário entender que AS LEIS DIVINAS NÃO foram afastadas do crente pelo fato de
ter renascido. Nosso espírito está regenerado, nosso nome está escrito no livro da vida, mas a
incredulidade, a carnalidade, o mundo e a opressão atuam sobre nós exatamente como
fazem com qualquer outro ser humano. Quando Jesus se tornou pecado, ou se colocou em
nosso lugar, imediatamente sentiu a opressão sobre si. O Filho de Deus só pode ser tocado
pelo inferno quando se tornou legalmente um pecador. Quando assume nossa posição, é
como se tivesse pecado. Os demônios então oprimem a mente, enchem a alma de Cristo de
agonia. Aquela angústia tremenda era espiritual, era fruto da desumanidade (opressão
humana) e fruto da opressão maligna. Eram pessoas endemoninhadas que gritavam aos pés
da cruz. “salvou a muitos, a si mesmo não pode salvar”.
Foi um sacerdote cheio de espíritos imundos que manda esbofetear a Jesus.
Devemos entender que não é necessário que a opressão atue DIRETAMENTE SOBRE NÓS
PARA CAUSAR O SOFRIMENTO. Basta um espírito maligno se manifestar por uma
pessoa amiga, por um pai, ima mãe, um irmão, um esposo. Certa feita eu voltava do
trabalho e ao chegar na casa de minha sogra, vi uma cena terrível. Minhas filhas choravam
minha esposa chorava e minha sogra, oprimida por um espírito de angústia repetia diversas
vezes que queria se suicidar. Ela não se mexia, deitada sobre um sofá, murmurando coisas.
Foi quando eu invoquei o Nome de Jesus com tremenda autoridade, e ela saiu daquele transe
de angústia e começou a agir normalmente. Minha esposa sentia profunda tristeza, tão forte
em ver aquela cena que sentiu dor física, seu peito doía. Tive que orar por ela para que
pudesse normalizar também, depois do profundo stress sofrido. Veja, não houve ataque direto
sobre nós, mas o indireto através da angústia de uma parente, quase levou ao esgotamento
nervoso minha esposa.
Minha sogra era uma crente em Cristo, possuía os dons espirituais, orava com grandiosa
fé. E mesmo assim sofreu depressão? O que significa isso?
Significa que não somos imunes, indestrutíveis, intocáveis ou zona proibida para a ação
maligna. Não basta CRER em CRISTO. Não basta CRER OU POSSUIR DONS.
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É insofismavelmente necessário o crente exercer sua AUTORIDADE ESPIRITUAL. Toda A
Igreja foi convocada a EXERCER INFLUENCIA sobre atividades malignas. Todo crente foi
comissionado por Deus para MANIFESTAR poder para INTERVIR em situações que envolvam
OPRESSÃO. Demônios resistiram mesmo a presença de física de Jesus. As Escrituras narram
que muitas vezes eles RESISTIAM a Autoridade do próprio Senhor e Salvador, que
RESISTIAM a UNÇÃO tremenda que estava sobre Cristo. Significa que a igreja necessitará
TOMAR UMA SÓLIDA POSIÇÃO E SE OPOR COM PODER em determinados instantes,
quando poderes malignos e situações malignas, quando forças forem manifestadas para
entristecer, para desanimar, para trazer desesperança, para afligir, para desiludir, para
enfraquecer, amedrontar, esmaecer, ferir.
Existem então duas situações que devem ser consideradas:
1) Uma questão de preservação interna do Corpo de Cristo quanto a situações
que envolvam poderes malignos que venham a entristecer ou paralisar o
crescimento da vida espiritual de membros do Corpo;
2) Situações externas que envolvam o Poder e a Autoridade para libertação do
cativo por poderes das trevas.
Welington José Ferreira
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