PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO CLÍNICA EM HOMEOPATIA PROGNÓSTICO Do grego: PRO+GNOSIS que significa Conhecer Antes PROGNÓSTICO EM MEDICINA Doenças agudas evoluem para a Cura ou para a Morte (com ou sem tratamento, com ou sem seqüelas) Doenças crônicas seguem seu curso inexorável, com remissões espontâneas e intermitentes, sem que ocorra uma real cura, levando ou não o paciente à morte PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO EM HOMEOPATIA • Prognóstico: “conhecimento antecipado ou juízo médico acerca da evolução, duração e possibilidades de cura de uma doença, em vista de um diagnóstico e de uma determinada terapêutica”. PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO EM HOMEOPATIA Após administração do medicamento homeopático, espera-se promover mudanças nos sintomas do paciente. Que mudanças podem ocorrer? Desaparecimento de sintomas guias Aumento dos sintomas Melhora dos sintomas Reaparecimento de sintomas antigos Aparecimento de sintomas novos PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO EM HOMEOPATIA ATENÇÃO... Ao administrarmos o remédio homeopático , escolhido segundo a individualidade característica do enfermo, poderão ocorrer mudanças nos sintomas pré-existentes ou aparecimento de outros sintomas. PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO EM HOMEOPATIA A reação do organismo permite formular um prognóstico do paciente e de sua enfermidade (enfermo com pouca ou muita vitalidade; enfermidade curável ou incurável, superficial ou profunda), assim como demonstrar se o remédio homeopático foi escolhido adequadamente. Critérios de Lesionabilidade e de Incurabilidade * Duração da enfermidade * Localização da enfermidade * Extensão da enfermidade * Natureza da patologia * Vitalidade do paciente * Tratamento alopático * Tratamento homeopático anterior Classificação Clínica * Paciente Funcional – apresenta manifestações sensoriais ou no máximo alterações bioquímicas ou fisiológicas * Paciente Lesional Leve – apresenta alterações patológicas em órgãos ou tecidos não vitais, perceptíveis clinicamente ou através de exames complementares * Paciente Lesional Grave – apresenta alterações patológicas em tecidos ou órgãos vitais (cérebro, coração, pulmões, fígado, rins e sistema imunológico) * Paciente Incurável - apresenta alterações patológicas irreversíveis, sem possibilidade, portanto, de retorno ao estado de saúde original. PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO EM HOMEOPATIA • Na evolução clínica também devemos observar: • Qualidade e duração da Agravação, acompanhada ou não de SSBEG (sensação subjetiva de bem estar geral). Agravação Homeopática É a reação homeopática que favorece a cura. Marca a possibilidade de Cura Agravação Agravação Homeopática - O aumento de todos os sintomas importantes da enfermidade, que se segue à administração do remédio específico, com agravação tanto mais aparente quanto maior semelhança haja com o medicamento eleito - o paciente está melhorando Agravação da Doença - O agravamento dos sintomas da doença, sem melhora da totalidade sintomática e dos sintomas raros, peculiares e característicos - o paciente está piorando Parágrafo 253 - Boa e Má Agravação Observações Prognósticas são aquelas que o médico faz depois de administrar um medicamento suficientemente específico, capaz de produzir mudanças nos sintomas do paciente. Estas mudanças podem ser: kDesaparecimento dos sintomas kAumento dos sintomas kDiminuição dos sintomas kReaparecimento de sintomas antigos OBSERVAÇÕES PROGNÓSTICAS • 1ª Obs: Agravação prolongada e declínio final do paciente. • 2ª Obs: Longa agravação seguida de lenta melhoria final. • 3ª Obs: Agravação imediata, curta e forte, seguida de rápida melhoria do paciente. • 4 ª Obs: Recuperação do paciente sem nenhuma agravação. • 5 ª Obs: Primeiro vem a melhoria, depois a agravação. • 6ª Obs: Alívio demasiado curto dos sintomas. OBSERVAÇÕES PROGNÓSTICAS • 7ª Obs: Melhoria em tempo integral dos sintomas, sem haver alívio especial para o paciente. • 8ª Obs: Alguns pacientes experimentam todos os remédios que tomam. • 9ª Obs: Ação dos medicamentos sobre os experimentadores. • 10ª Obs: Novos sintomas aparecem após a tomada do remédio. • 11ª Obs: Retorno de sintomas antigos. • 12ª Obs: Os sintomas tomam a direção errada. OBSERVAÇÕES PROGNÓSTICAS Detalhando algumas observações... • 2ª Obs: Longa agravação seguida de lenta melhoria final. • Ocorre uma AGR 1ª prolongada, depois uma tentativa de recompor a desordem e integridade do organismo (AGR 2ª). • Paciente lesional grave (alterações patológicas em órgãos e tecidos vitais). Fraca reação vital (muita “massa” para recompor). • E = m x c2 OBSERVAÇÕES PROGNÓSTICAS • 3ª Obs: Agravação imediata, curta e forte, seguida de rápida melhoria do paciente. • Prognóstico favorável – medicamento correto. Boa vitalidade. • Paciente lesional leve (alterações patológicas em órgãos não vitais, perceptíveis clinicamente ou através de exs complementares). • Enfermidade aguda nas primeiras horas. OBSERVAÇÕES PROGNÓSTICAS • 4 ª Obs: Recuperação do paciente sem nenhuma agravação. • Ocorre melhoria gradual do paciente (física e mental). • Paciente funcional (manifestações sensoriais ou alters. bioquímicas e/ou fisiológicas). • Dose e potência corretos. OBSERVAÇÕES PROGNÓSTICAS • 11ª Obs: Retorno de sintomas antigos. • Os sintomas guias declinam e aparecem os antigos. Sempre deve vir após uma AGR. • Bom prognóstico. Remédio de ação profunda – cura de dentro p/ fora. Se o médico homeopata não é um atento observador, suas observações serão vagas e indefinidas, e com estas observações suas prescrições também serão vagas e indefinidas. PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO EM HOMEOPATIA Assim, o estudo dos prognósticos ou parâmetros de evolução do tratamento homeopático constitui importante auxílio ao aperfeiçoamento da prática clínica homeopática. PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO EM HOMEOPATIA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HAHNEMANN, S. Organon da arte de curar. 2ª ed. (6ª ed. Alemã). GEHSP – Benoit Mure. São Paulo, 1995. HAHNEMANN, S. The Lesser Writings of Samuel Hahnemann. New Delhi, 1984. NASSIF, MRG. Compêndio de Homeopatia. 2* edição – Vol I. Robe Editorial. São Paulo, 1997. TEIXEIRA, MZ. Semelhante cura semelhante. Editorial Petrus. São Paulo, 1998. BAROLLO, C.R. Prognóstico Clínico-Dinâmico. In: aula proferida na Escola Paulista de Homeopatia, 2002.