IAM com supra do segmento ST Dr. Gláucio Galeno R. Carvalho Conceito IAM: Evidência de morte da célula miocárdica como conseqüência de isquemia prolongada. O Diagnóstico clínico: requer uma avaliação integrada: 1- Avaliação da história clínica; 2- Marcadores bioquímicos; 3- ECG; 4- Métodos de imagem: eco stress, CTG. Epidemiologia e fatores de risco: Epidemiologia: Epidemiologia: • • • • • • Nos EUA, 1,1 milhão de IAM ocorre por ano; E, 40% desses pacientes morrem; Aproximadamente, metade dessas mortes ocorre antes do paciente receber atendimento médico; Incidência de: 1/250 a 1/500 habitantes por ano; A incidência de SCA é em torno de 3 x a de IAMST; Portanto, a incidência de SCA na Europa é estimada em 1/80 a 1/170 habitantes por ano. Fatores de risco: • • • • • • Idade e sexo; História familiar; Diabetes; Hipertensão; Dislipidemia; Tabagismo. Fatores de risco: • • • • • • • Estresse; Sedentarismo; Homocisteína; PCR; Fibrinogênio; PAI tipo 1; Reatividade plaquetária. Cover Illustration, The Economist, Dec 13, 2002 Fisiopatologia: Parede arterial normal Túnica adventícia Túnica média Túnica íntima Endotélio Tec.conectivo subendotelial Membrana elástica interna Cél.musc.lisas Fibras colágenas e elástica Membrana elástica externa Evolução da placa aterosclerosa • A ruptura da placa é a causa mais comum de síndromes coronarianas agudas; • Algumas placas podem romper e cicatrizar silenciosamente, sem causar sintomas; • Rupturas repetidas da capa fibrosa e trombose podem levar à progressão da placa na ausência de eventos isquêmicos agudos; • Rupturas silenciosas, cicatrizadas podem representar um mecanismo importante de progressão da placa; • A prevalência de ruptura cicatrizada não é conhecida. Desenvolvimento da placa aterosclerótica Composição do Ateroma Não somente lipídios mas também: • Células da Parede Vascular – Endotélio – Células Musculares Lisas • Células inflamatórias – Macrófagos – Linfócitos T – Mastócitos Disfunção endotelial, trombogenicidade e inflamação Remodelamento de coronárias ateroscleróticas • A luz do vaso permanece inalterada com placas de até 40%; • O remodelamento é o determinante principal da luz do vaso nas lesões estáveis; • A hiperlipidemia a infiltração de células inflamatórias nas placas ateromatosas; • Células inflamatórias são importantes no remodelamento por produzir metalloproteinases; • A maioria da metaloproteinases na placa origina-se das células espumosas e com redução de lipídios; • Agentes hipolipemiantes e antiinflamatórios poderiam reduzir o remodelamento externo. Ward R et al Circulation 2000;102:1186-1191 Ruptura cicatrizada da placa e morte súbita cardíaca • Autópsia de 142 vítimas de morte súbita cardíaca; • 61% dos corações tinham rupturas cicatrizadas da placa e estavam associadas com: – – – – IAM cicatrizado Cardiomegalia Dislipidemia Diabetes • O estreitamento da luz aumentava com o número de locais de ruptura cicatrizada prévia. Burke AP et al Circulation.2001;103:934-940 Diagnóstico: Ruptura da placa Principais fatores desencadeantes Fatores extrínsecos de vulnerabilidade Diagnóstico de IAM: Sinal ou sintoma de SCA: História clínica e fatores de riscoEm 10 minutos Enquanto coleta dados da Anamnese. Faz-se o ECG. MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRDICA: CK E TROPONINA ECG não diagnóstico SUPRA DO SEGMENTO ST Características da Dor Isquêmica: • Localização – Retroesternal, precordial, epigástrica; • Irradiação – Braço esquerdo, ombro, pescoço, mandíbula; • Intensidade – Aumento da intensidade, intensa; • Caráter ou tipo – Queimação, ardência, peso, aperto, pressão, constrição; • Duração – Em repouso > 10 minutos, prolongada > 20 minutos, geralmente flutuante; Características da Dor Isquêmica: • Ritmo ou freqüência – Aumento da freqüência, recorrente, persistente; • Fatores desencadeantes – Mínimos esforços, repouso, emoções; • Fatores de alívio – Nitroglicerina ou repouso (melhora em 5 minutos); • Sintomas associados – Dispnéia, palpitações, sudorese, pele fria; » Observar gestos dos paciente – Sinal de Levine Características da Dor Anginosa • • • • • Desencadeada por esforço físico ou emoção forte; Aliviada por repouso ou nitrato sublingual; Usualmente em aperto, opressão ou constrição; Usualmente retroesternal; Freqüentemente piora após refeições copiosas ou no frio; SINAL DE LEVINE: Electrocardiogram Showing Inferior Myocardial Infarction Associated with Complete Heart Block with a Narrow Escape Rhythm Zimetbaum P and Josephson M. N Engl J Med 2003;348:933-940 Electrocardiogram Showing Anterior Myocardial Infarction Associated with Right Bundle-Branch Block with a QR Pattern and ST-Segment Elevation Zimetbaum P and Josephson M. N Engl J Med 2003;348:933-940 EXAMES COMPLEMENTARES EM CARDIOLOGIA LABORATORIAIS - MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRDICA (MNM) Diagnóstico de IAM: Sinal ou sintoma de SCA: História clínica e fatores de risco Em 10 minutos Enquanto coleta dados da anamnese Faz-se o ECG. SUPRA DO SEGMENTO ST Tratamento e fatores prognósticos: Tratamento • • • • • • AAS; Oxigênio; B-bloqueador; Nitrato venoso; Clopidogrel* ou Ticlopidina*; Fibrinolítico: Estreptoquinase, RTPa (alteplase), TNK (Tenecteplase). < 12H; • Angioplastia de urgência com < 4h; • CRVM. • O TRATAMENTO IDEAL DEPENDE DO TEMPO!!! * Qual o melhor momento para usá-lo? Myocardial Infarction with ST-Segment Elevation before, during, and after PCI Keeley E and Hillis L. N Engl J Med 2007;356:47-54 Fatores prognósticos: • • • • • • Idade; Sexo; Localização do infarto; Função ventricular; Co-morbidades; Reperfusão. Até a próxima.