Magnitudes Estelares O que é magnitude estelar? O sistema de magnitudes que os astrônomos usam para representar o brilho das estrelas foi inventado na Grécia antiga pelo astrônomo Hiparcos. Por volta do ano 150 a.C. Hiparcos mediu o brilho aparente das estrelas no céu noturno usando unidades que ele chamou de grandezas. Hiparcos chamou as estrelas mais brilhantes de estrelas de primeira grandeza. Aquelas que tinham aproximadamente metade do brilho dessas receberam a classificação de estrelas de segunda grandeza. Outras estrelas que tinham metade do brilho daquelas classificadas como segunda magnitude foram chamadas de estrelas de terceira grandeza e assim por diante. Essa classificação atingiu até a sexta grandeza, que englobava as estrelas mais fracas que podemos observar a olho nu. O que é magnitude estelar? Compreendendo as Montagens Somente após a invenção do telescópio é que os astrônomos puderam estender a classificação criada por Hiparcos para as estrelas mais fracas do que a sexta grandeza ou seja, aquelas que só podiam ser observadas com o auxílio de instrumentos astronômicos. Com a invenção dos fotômetros ficou clara a necessidade de reformular a escala inventada por Hiparcos. A tarefa coube a Robert Pogson, que confirmou as observações de William Herschel que para uma diferença de 5 grandezas (primeira e sexta, por exemplo) a razão entre os brilhos era de 100 vezes. A partir de então abandonou-se a denominação de escala de grandezas e foi estabelecida a escala de magnitudes. A lei do inverso do quadrado da distância Essas magnitudes são adequadamente chamadas de magnitudes aparentes uma vez que elas descrevem quão brilhante um objeto parece ser para um observador situado na Terra. Assim, a magnitude aparente de uma estrela é uma medida da quantidade de energia emitida por ela e que chega até um detector situado na Terra, seja ele o nosso olho ou um detector eletrônico. Note que a magnitude aparente de uma estrela depende da sua luminosidade e da sua distância até nós. Uma estrela pode parecer fraca ou por que ela tem uma luminosidade pequena, e portanto não emite muita energia, ou porque ela está muito distante. A lei do inverso do quadrado da distância A Escala de Magnitudes Como já mencionado, as medições de brilho aparente realizadas mostraram que uma estrela de primeira magnitude é cerca de 100 vezes mais brilhante do que uma estrela de sexta magnitude. Isso quer dizer que você teria que reunir 100 estrelas de magnitude aparente + 6 para obter a mesma quantidade de energia luminosa emitida por uma única estrela de magnitude aparente + 1. A Escala de Magnitudes Baseado nisso a escala de magnitudes foi redefinida de modo que uma diferença de magnitude igual a 1 corresponde a um fator 2,512 de diferença na energia luminosa emitida pelos objetos que estão sendo comparados. Por exemplo, uma diferença de magnitudes aparentes igual a 5 corresponde exatamente a um fator de 100 na quantidade de energia luminosa recebida pelos nossos detectores uma vez que 2,512 x 2,512 x 2,512 x 2,512 x 2,512 = (2,512)5 = 100. A Escala de Magnitudes A Escala de Magnitudes A Magnitude Absoluta Os astrônomos também usam uma quantidade chamada magnitude absoluta para medir a luminosidade de uma estrela. Lembre-se que as magnitudes aparentes nos dizem quão brilhante uma estrela parece ser aos olhos de um determinado observador. É fácil entender isso se lembrarmos que uma mesma estrela parecerá brilhante se vista a pouca distância mas se tornará fraca se for colocada a grande distância. Isto nos diz que a magnitude aparente de uma dada estrela depende também da sua distância ao observador. No entanto, precisamos saber quão brilhantes as estrelas realmente são. Para esse propósito os astrônomos inventaram uma medida verdadeira do fluxo de energia de uma estrela, que é chamado de magnitude absoluta. A magnitude absoluta de uma estrela é definida como a magnitude aparente que ela teria se estivesse localizada a uma distância padrão de exatamente 10 parsecs da Terra. Estimando a magnitude visual limite: Atenção aos fatores que podem atrapalhar uma boa estimativa de magnitude estelar: 1 - Nuvens e nebulosidade do céu. 2 – Poluição Luminosa 3 – Condições atmosféricas (seeing) 4 – Lua 5 – Planetas brilhantes próximos a área de estimativa. 6 – Expectativa do observador 7 – Altura da constelação no céu 8 – Problemas de Visão... Estimativa de Magnitude Visual Limite Método Direto: 1 – Espere, no mínimo, 30 minutos até que sua vista se adapte bem ao ambiente escuro. 2 - Verifique qual a magnitude aparente da estrela mais fraca que você consegue observar a olho nú na constelação indicada. Delta-Gamma-Epsilon-Beta Crv Estimativa de Magnitude Visual Limite: Método Indireto: 1 – Espere, no mínimo, 30 minutos até que sua vista se adapte bem ao ambiente escuro. 2 – Escolha uma das áreas demarcadas e conte quantas estrelas você consegue ver, a olho nú, dentro daquela figura (incluindo as estrelas que estão nas bordas). Stars 6 7 8 9 10 11 LM 5.2 5.8 6.0 6.4 6.5 6.9 3 – Veja na tabela a magnitude visual limite correspondente ao número de estrelas observadas. FONTES: http://obs.nineplanets.org/lm/rjm.html http://www.on.br/site_edu_dist_2011/pdf/modulo2/medindo_as_estrelas.pdf OBRIGADO !