China: a potência do século XXI China: o país do espetáculo do crescimento e os problemas atuais Desenvolvimento da “nova” China; Problemas atuais; Olimpíadas de Pequim; A questão do Tibete; HISTÓRICO 1931: Invasão da Manchúria (NE do país) pelo Japão; 1939/45: durante a 2ª G.M., Nacionalistas e Comunistas se unem e expulsam os japoneses; Pós-guerra: conflito civil que leva a formação de dois países: Taiwan na ilha de Formosa (China capitalista) e RPC no continente (China socialista); Localização da China e Taiwan Mongólia • 1950: alinhamento com a URSS; • 1958/60: campanha “O grande salto para a frente”, que acaba desorganizando o país (colapso), com a morte por fome de milhares de camponeses; • 1960: URSS rompe com a China=> busca de um modelo próprio de desenvolvimento; • 1976: morte de Mao Tse-tung, assumindo o poder Deng Xiaoping com a política das “4 Grandes Modernizações” (indústria, agricultura, ciência e tecnologia e Forças Armadas), que cria as ZEEs no litoral e permite a propriedade privada no campo; República Popular da China fundada em 10/1949, sob a liderança de Mao Tsé-tung, que promove: Coletivização das terras; Nacionalização das empresas; Controle estatal da economia. No final de 1970, o país adotou a política das “Quatro modernizações” (tecnologia, ciências, agricultura e defesa) e criação das ZEEs (Zonas Econômicas Especiais): áreas destinadas à industrialização e abertas aos investimentos estrangeiros. 2002: aboliu-se o sistema de cotas de produção agrícola obrigatórias. Agropecuária Modernização da agricultura é recente; Na China árida existem grandes projetos de irrigação e recuperação de solos; Na Manchúria: solo fértil (loess) e boas condições climáticas (arroz, cana, tabaco, chá, milho e bicho-da-seda); O rebanho bovino é o quarto do mundo; É o primeiro na criação de aves, além de grande produção de ovinos, caprinos e cavalos. RESULTADO desde 1978 o país apresenta um crescimento anual do PIB de cerca de 10% ao ano através um modelo socioeconômico único: SOCIALISMO DE MERCADO Dados atuais da China Área: 9.586.960 Km² (3º maior país); Governo: regime do partido único, o PCCh (Ditadura com o presidente Xi Jinping desde março de 2013). População: 1,345 bilhão, com uma PEA de 290 milhões de trabalhadores no campo (maior do mundo); PIB: US$ 4,32 trilhões (3º maior do mundo em 2009) a 11,3 trilhões em 2011, com três décadas de crescimento econômico próximo a 10% a.a. => país do espetáculo do crescimento; DADOS DA CHINA (2009/2010) Maior exportador mundial (2009) com US$ 1,07 trilhão no ano – Em 1997 era apenas a 16ª e em 2002 a 5ª; Maior consumidor mundial de energia total de 2,252 bilhões de TEP (4% a mais que os EUA em 2009); Em 2010 tornou-se 2º maior PIB do mundo, com três décadas de crescimento econômico em torno de 10% a.a; 2° maior gasto mundial nas Forças Armadas e membro permanente do C.S. da ONU; TENDÊNCIAS E CONTEXTOS REAIS PARA A CHINA o país não é mais uma promessa. A China atual pode ser considerada como um novo sinônimo ou uma reinvenção para a palavra globalização; China: país “made in” PAÍSES Alemanha Japão Coréia do S Brasil China Custo/hora Taxa de analde trabalho fabetismo US$ 31,88 Menos que 5% US$ 23,66 Menos que 5% US$ 7,40 US$ 4,28 US$ 0,25 2,2% 14,7% 15% ECONOMIAS MUNDIAIS TABELA: dados socioeconômicos do BRIC PIB (em US$ bilhões)¹ Renda Crescimenper capita to do PIB (US$)² (em %)² População IDH (de (em 0 - 1)² milhões)³ CHINA 4.326,2 2.410 13 1.345,8 0,772 BRASIL 1.612,5 6.060 5,7 193,7 0,813 RÚSSIA 1.607,8 7.530 8,1 140,9 0,817 ÍNDIA 1.217,5 950 9,1 1.198 0,612 1) dados de 2008, 2) Dados de 2007 3) dados de 2009 Nº — País Mundo PIB (PPC) (milhões de USD) 78 897 4265 — União Europeia 15 821 2645 1 Estados Unidos 15 094 025 2 China 11 299 967 3 Índia 4 457 784 4 Japão 4 440 376 5 Alemanha 3 099 080 6 Rússia 2 383 402 7 Brasil 2 294 243 8 Reino Unido 2 260 803 9 França 2 217 900 10 Itália 1 846 950 Lista do Fundo Monetário Internacional (Ano de 2012) Projeção para 2050 A China terá o maior PIB, com 28% da riqueza mundial (EUA: 26%, Índia: 17% e U.E.: 15%). Os problemas da China A China ainda é um país socialista ditatorial, apresentando sérios problemas internos, como a intensa aplicação da pena de morte, cerceamento do direito a filhos e inúmeros crimes contra os direitos humanos, além da possibilidade de se tornar o país mais poluente do século XXI. Estes são imensos desafios a serem superados antes de suas pretensões externas. A política do filho único Meninas abandonadas Olimpíadas de Pequim 2008 A questão do Tibete Localizado no sudoeste da China, o Tibete é uma região de tradição budista no alto das montanhas do Himalaia. Parte do seu território se mantém-se como “autônomo” em relação à Pequim; Entendendo a causa tibetana O Tibete vem sendo palco de protestos contra os mais de 50 anos de domínio chinês. Estas protestos começaram como uma reação à notícia de que monges budistas teriam sido presos depois de realizar uma passeata para marcar os 49 anos de um levante tibetano contra o domínio chinês (dia 10 de março de 2008); Segundo a China, o Tibete faz parte de seu território desde meados do século XIII e deverá ficar sob o comando de Pequim; Segundo os tibetanos a região do Himalaia ficou independente durante séculos e que o domínio chinês nem sempre foi constante; Entre 1911 e 1950 o Tibete manteve o status de país independente, até que Mao Tsé-tung comandou a Revolução Chinesa em 1949, anexando o Tibete no ano seguinte; Em 1959, uma rebelião liderada por monges budistas foi massacrada pelas tropas chinesas. O fracassado levante popular, levou ao exílio o líder espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama (monge Tenzin Gyatso, hoje com 72 ANOS - 14ª encarnação do espírito de Buda); Em 1963, o Tibete ganhou status de “Região Autônoma”, e hoje conta com um governo comandado/apoiado pela China; Os maiores problemas para o povo tibetano número crescente de imigrantes chineses da etnia majoritária han chegam à região incentivados pelo governo (massificação cultural) e conquistam os melhores empregos; Os tibetanos acreditam estarem excluídos dos benefícios dos avanços econômicos desfrutados por outras províncias costeiras da China; enorme repressão cultural, política, religiosa e violação dos direitos humanos por parte da China; ATENÇÃO: desde que exilou-se no norte da Índia, Dalai Lama viaja o mundo para advogar por mais autonomia para sua terra natal, sempre enfatizando que não defendia a violência. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1989. “Por muitos anos fomos ignorados pela comunidade internacional porque adotamos um movimento de não-violência. Este prêmio é o reconhecimento de que a resistência pacífica é a melhor forma de luta” Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama? Pena de morte e aborto A China é o país que mais aplica penas de morte no mundo, com cerca de 4.000 execuções por ano. O poder executivo da República da China (Taiwan) propôs uma emenda à legislação vigente sobre o aborto que, entre outras coisas, estabelece um período de "reflexão" de três dias para todas as mulheres que desejem abortar. Isto devido a recentes estatísticas que revelam um número maior de abortos que de nascimentos por ano no país. Segundo um estudo de 1992 publicado pelo Journal of the Royal Society of Health, 46 por cento das mulheres de Taiwan já se submeteram a um aborto. A agência Associated Press informa que vários proeminentes ginecólogos de Taiwan actualmente creem que há mais abortos que nascimentos por ano, uma cifra estimada em 230 mil abortos. A emenda obrigaria as mulheres a provar que consultaram seu médico antes de buscar um aborto, e as menores de 18 anos teriam que contar com autorização de seus pais ou tutores.