Fisiologia e Comportamento

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Relações históricas entre a
Psicologia e a Fisiologia
• Wundt - primeiro laboratório de Psicologia em
Leipzig.
• Watson – apesar de não ser fisiólogo, foi
fortemente influenciado por um: I. P. Pavlov.
• Skinner – inicia sua carreira mantendo uma
estreita relação com a Fisiologia (reflexo). (NETO)
Behaviorismo Radical e sua relação
com a Fisiologia
Skinner procurou esclarecer a diferença
entre os objetos de estudo de sua ciência do
comportamento e os da Fisiologia.
Para ele, “[...]fisiologia estuda o produto
do qual as ciências da variação e seleção
estudam a produção.” (Skinner APUD Neto, p.
266)
• Skinner sabia que os eventos fisiológicos
existem e que seu estudo é essencial para
uma compreensão completa da atividade de
qualquer organismo, porém acreditava que
conhecê-los era trabalho da Fisiologia. (NETO)
• Para que essa compreensão completa ocorra,
os três níveis de seleção por consequências
(filogenia, ontogenia e cultura) precisam ser
levados em consideração.
• Alguns mitos sugerem que o behaviorista
radical trabalha com um “organismo vazio”.
• Skinner rebate essas críticas:
“Não há dúvida sobre a existência de órgãos sensoriais, nervos e
cérebro, ou de sua participação no comportamento. O
organismo não é nem vazio nem indevassável; que se abra a
caixa preta.” (Skinner APUD Neto, p. 266)
• Mesmo assim, o autor afirma:
“As descobertas fisiológicas não podem refutar uma análise
experimental ou invalidar seus avanços tecnológicos.” (Skinner
APUD Neto, p. 266)
“A relação entre uma análise do comportamento
(...) e a fisiologia é muito simples. Cada uma
dessas ciências possui instrumentos e métodos
apropriados à parte de um episódio
comportamental. Por exemplo, o estímulo e a
resposta
são
separados
temporal
e
espacialmente, e assim o reforçamento ocorre
num dia e o comportamento mais forte no outro.
As falhas só podem ser preenchidas com
instrumentos e métodos da fisiologia.” (Skinner
APUD Neto, p. 268)
O Escafandro
e a Borboleta
O filme “O Escafandro e a
Borboleta” ilustra como o
aparato fisiológico pode vir
a ter relação com o
comportamento humano,
tendo como foco uma
situação onde o corpo
(substrato
biológico)
encontra-se inutilizado.
Fisiologia e Comportamento
•
•
•
Tronco encefálico e sua importância (a maioria
dos nervos cranianos partem do tronco
encefálico, por exemplo).
A importância das bases biológicas (nível
filogenético)
e
sua
influência
no
comportamento.
As condições biológicas de um organismo como
requisitos para processos comportamentais.
Eventos Privados
• “Ao passar para o nível encoberto, muda a
observabilidade do comportamento, mas ele
continua sendo emitido pelo organismo como
um todo” (TOURINHO, 2000, p. 430).
• Pensamento (pensar) - falar sem o uso do
aparelho fonador.
Aprendizagem
• “Aprendizagem é o processo pelo qual as
experiências mudam nosso sistema nervoso e, desta
forma, também mudam nosso comportamento.”
(CARLSON, 2002, p. 425)
• Novas possibilidades de comportamento a partir do
trabalho da fonoaudióloga - operante.
• Comportamento verbal – mediado por outro.
Imaginação
• Os circuitos neurais ativados durante a imaginação e durante o
desempenho de ações ou percepções reais parecem, em
grande parte, os mesmos. Alguns circuitos corticais ativados
são:
 Sistema límbico, hipocampo, córtex pré-motor.
• Eventos privados
 “(..) o ver, público ou privado, é sempre um comportamento do
organismo como um todo e o fato de ser emitido na ausência
da coisa vista significa apenas que uma vez aprendido de forma
aberta pode ser emitido de forma encoberta, sem o suporte
dos estímulos que estavam presentes durante o processo de
aquisição da resposta” (cf. Skinner, 1945, 1953/1965,1968).
Memória
• Circuitos corticais ativados:
 sistema límbico, hipocampo, lobo temporal (memória de
longo prazo)
• O ato de lembrar é um comportamento. Como
tal, envolve os três níveis de seleção por
consequências.
“O cérebro é parte do corpo e o que ele faz é
parte do que o corpo faz. O que o cérebro faz é
parte do que deve ser explicado.” (Skinner,
1990)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARLSON, Neil R. Fisiologia do Comportamento. Barueri, SP: Ed. Manole, 2002.
NETO, M. B. de C. Fisiologia & Behaviorismo Radical: considerações sobre a caixa
preta. In: R. R. Kerbaury & R. C. Wielenska (orgs.), Sobre comportamento e
cognição: Vol. 4. Psicologia comportamental e cognitiva: da reflexão teórica à
diversidade na aplicação (pp. 262-271). Santo André: Esetec.
TOURINHO, Emmanuel Zagury. Fronteiras entre Análise do Comportamento e a
Fisiologia: Skinner e a temática dos eventos privados. In, Psicologia: Reflexão e
Crítica, Universidade Federal do Pará, 13(3). 2000, pp. 425-434.
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