MINISTÉRIO DA SAÚDE DARAS SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SANTA CATARINA PLANO DE FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE OFICINA: A PROGRAMAÇÃO LOCAL Santa Catarina - Novembro / 2010 OS DESAFIOS PARA A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SAÚDE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI Da atenção às condições agudas para as condições crônicas Mudança de modelo de atenção à saúde Do sistema fragmentado para o sistema integrado Mudança de modelo de organização do sistema de saúde Da gestão dos recursos para a gestão dos fins Mudança de modelo de gestão do sistema de saúde MUDANÇA DE MODELOS NOS SISTEMAS DE SAÚDE Modelo de Atenção à Saúde Modelo de organização do sistema de saúde AGREGAR VALOR AO CIDADÃO Modelo de gestão do sistema de saúde MUDANÇA DE MODELOS NO SISTEMA DE SAÚDE Redes de Atenção Condições Agudas e à Saúde Crônicas CIDADÃOS VIVENDO MAIS E MELHOR Gestão da Clínica MUDANÇA DE MODELOS NO SISTEMA DE SAÚDE Condições Agudas e Redes de Atenção Crônicas CIDADÃOS à Saúde VIVENDO MAIS E MELHOR Gestão da Clínica Mudança no Modelo Organizacional A MUDANÇA DOS PARADIGMAS NO SISTEMA DE SAÚDE VELHO PARADIGMA MUDANÇA DE MODELO NOVO PARADIGMA Condição aguda Sistema hospitalocêntrico Condição aguda e crônica Coordenada pela APS Modelo de organização do sistema de saúde Sistema fragmentado Redes de atenção à saúde Modelo de gestão Decisão empírica Gestão de meios Decisão baseada em evidência Gestão da clínica Modelo organizacional Estrutura centralizada e verticalizada Gerenciamento funcional Fortemente prestador Baixa capacidade regulatória Baixa capacidade de financiamento Descentralização com foco no cidadão Gerenciamento por processos Organização voltada para resultado Competência em governança = regulação e financiamento Modelo de atenção à saúde POR QUE A GESTÃO DA CLÍNICA? A situação de saúde: A transição demográfica acelerada A tripla carga das doenças, com 2/3 determinada por condições crônicas: A mortalidade e a morbidade concentradas nas condições crônicas, com grande prevalência proporcional das doenças do aparelho circulatório e do diabetes A prevalência de elevada morbi-mortalidade por condições agudas decorrentes de causas externas e de agudizações de condições crônicas A queda da mortalidade infantil, mas com elevado número de causas evitáveis A desigualdade nos níveis de saúde e no acesso aos serviços FONTE: MENDES (2009) POR QUE A GESTÃO DA CLÍNICA? A Singularidade Organizacional: A organização profissional da saúde A Singularidade Econômica: A indução da demanda pela oferta: A Lei de Roemer As Leis e Princípios dos Sistemas de Saúde: A Lei de Wildavsky O princípio da variabilidade na prestação dos serviços de saúde A Lei da caneta do médico A Lei da concentração da severidade e dos gastos com as doenças FONTE: MENDES (2002) NECESSIDADE DE MUDANÇA NA GESTÃO DO SISTEMA DE SAÚDE Como racionalizar os gastos e a concentração relativa dos recursos da atenção, focando nos portadores de condições crônicas muito complexas? Como lidar com a Lei da Caneta do médico, a Lei de Roemer e de Widalski? FONTE: MENDES (2009) A Gestão da Clínica AS MUDANÇAS NA ATENÇÃO À SAÚDE: A GESTÃO DA CLÍNICA • Prescritiva e centrada na doença • Não programada • Uniprofissional • Atenção médica especializada • Presencial • Individual • Atenção profissional MENDES (2009) • Colaborativa e centrada na pessoa e na família • Programada • Multiprofissional • Atenção médica generalista • Não presencial • Em grupo • Atenção por leigos • Autocuidado apoiado O CONCEITO DE GESTÃO DA CLÍNICA A Gestão da Clínica é um conjunto de tecnologias de micro gestão, destinado a prover uma atenção à saúde de qualidade: Centrada nas pessoas Efetiva Estruturada com base em evidências científicas Segura, que não cause danos às pessoas e aos profissionais de saúde Eficiente, provida com os custos ótimos Oportuna, prestada no tempo certo Equitativa, de forma a reduzir as desigualdades injustas Ofertada de forma humanizada FONTES: INSTITUTE OF MEDICINE (2001); MENDES (2009) A GESTÃO DA CLÍNICA E O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS A GESTÃO DA CLÍNICA E O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS TIPO DE ATENÇÃO Gestão de Caso População com Condição Crônica Muito Complexa População com Condição Crônica de Alto ou Muito Alto Riscos População com Condição Crônica de Baixo ou Médio Riscos População em Risco População Total Gestão da Condição de Saúde - Nível 2 Condição ou Doença Estabelecida Gestão da Condição de Saúde Nível 1 Intervenções de Prevenção das Condições de Saúde Intervenções de Promoção da Saúde FONTE: MENDES (2009) Determinantes Sociais Proximais e da Saúde: Fatores de Risco Determinantes Sociais Distais e Intermediários da Saúde AS TECNOLOGIAS DA GESTÃO DA CLÍNICA Diretriz Clínica FONTE: MENDES (2009) • Gestão da condição de saúde • Gestão de caso • Lista de espera • Prontuário clínico • Auditoria clínica AS DIRETRIZES CLÍNICAS São recomendações preparadas de forma sistemática, com base em evidências científicas, com o propósito de influenciar as decisões dos profissionais de saúde e dos cidadãos a respeito da atenção apropriada, em circunstâncias clínicas específicas Tipos: as linhas-guias os protocolos clínicos FONTE: MENDES (2002) AS DIRETRIZES CLÍNICAS As linhas-guias normalizam todo o processo de atenção, em todos os pontos de atenção, obedecendo à ação coordenadora da atenção primária à saúde O protocolo clínico normaliza o padrão de atenção à saúde em um ponto de atenção FONTE: MENDES (2002) O PROTOCOLO DE MANCHESTER VERMELHO Emergência 0 minutos LARANJA Muito urgente 10 minutos AMARELO Urgente 60 minutos VERDE Pouco urgente 120 minutos AZUL Não urgente 240 minutos FONTE: MACKWAY-JONES et al. (2006) 17 AS DIRETRIZES CLÍNICAS DA SES/MG AS DIRETRIZES CLÍNICAS E O DESENHO DA REDE IDEAL DE ATENÇÃO À SAÚDE Laboratório Centro Viva Especialidades Vida ATENÇÃO PRIMÁRIA Maternidade Maternida de risco habitual FONTE: MENDES (2009) Casa da Gestante Maternidade Alto Risco LINHAS GUIAS DA SES/ES Coleção Uma Nova Saúde • Conteúdo dos Cursos de Especialização • Subsídio para implantação das Redes Assistenciais PROGRAMA MÃE CURITIBANA: PROTOCOLOS CLÍNICOS FUNÇÕES Gerencial Educacional Comunicacional Legal PROGRAMA MÃE CURITIBANA: COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE A FUNÇÃO GERENCIAL DA LINHA-GUIA • • • • • • • • População alvo Caracterização da população-alvo Estratificação por grau de risco Principais processos Fluxo do atendimento Manejo clínico adequado Apoio diagnóstico e terapêutico Parametrização: • Incidência e prevalência das condições e doenças • Demais indicadores A FUNÇÃO GERENCIAL DA LINHAGUIA • • • • • • • • • • Dimensionamento da necessidade de saúde Programação das ações de saúde Organização dos processos de trabalho na APS Elaboração da agenda de atendimentos da equipe Dimensionamento dos recursos necessários: estrutura-física, equipamentos, material, insumos, medicamentos, pessoal Pactuação entre SMS, equipe da APS e comunidade Definição dos fluxos assistenciais Dimensionamento da demanda gerada para a atenção secundária e terciária Organização da atenção secundária e terciária Regulação do acesso da atenção secundária e terciária, para as condições crônicas pela APS A IMPLANTAÇÃO DA LINHA-GUIA Elaboração da LINHA GUIA com estratificação de risco Gestão dos Riscos de Atenção Plano de cuidado Mudança de Comportamento Profissionais: Educação Permanente Cidadãos: Educação em Saúde Programação Local Contrato de Gestão Monitoramento e avaliação A PROGRAMAÇÃO LOCAL O ACESSO AOS SISTEMAS DE SAÚDE Atenção à demanda espontânea: Todos que procuram os serviços devem ser atendidos Classificação de risco Atenção imediata Agendamento Encaminhamento Atenção programada: Território definido População adscrita Por ciclo de vida ou condição ou patologia Conforme Linha-guia Ações de saúde: promoção, prevenção, cura e reabilitação PROGRAMAÇÃO LOCAL: PASSO 1 - CADASTRO DA POPULAÇÃO Corresponde à população cadastrada Variáveis importantes para a programação: Ciclo de vida Faixa etária Sexo 29 PROGRAMAÇÃO LOCAL: PASSO 1 - CADASTRO DA POPULAÇÃO Registrar o número de famílias cadastradas na área da equipe Considerar o grau de risco da famílias • risco social e clínico A ESTRATIFICAÇÃO DAS FAMÍLIAS POR GRAU DE RISCO A Estratificação por Grau de Risco faz parte do processo de Cadastro das Famílias 31 PASSO 2: INDENTIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE PASSO 3: PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES PASSO 4: CONSOLIDADO DO ATENDIMENTO SEMANAL PASSO 5: AGENDA SEMANAL Agenda semanal dos profissionais e da equipe: % do tempo dedicado à atenção programada % do tempo para o atendimento da demanda espontânea % do tempo para a educação permanente e as atividades administrativas “Nesse mundo de transformações e turbulências crescentes, as pessoas precisam de ajuda para aprender e inovar. As organizações também. Não basta apenas fazer o que sempre foi feito. É preciso fazer o que nunca foi feito antes.” FONTE: CHIAVENATO (2002) Grata! [email protected]