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Introdução à Bacteriologia
Morfologia e citologia bacteriana
Fisiologia e reprodução
Patogênese e relação bactéria-hospedeiro
Prof. Vânia Lúcia da Silva
Universidade Federal de Juiz de Fora
Instituto de Ciências Biológicas
Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia
Disciplina – BIOLOGIA DE MICRORGANISMOS - Ciências Biológicas/ Química
Professores: Vânia (Coordenadora), Betânia, Rosângela, Alessandra
PROGRAMAÇÃO – 2º SEMESTRE DE 2015
Dia
Hora
Local
29/10 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
Introdução à microbiologia
Morfologia e citologia bacteriana
29/10 – 5ª feira
16 às 18
Sala 5A
Fisiologia, nutrição e crescimento bacteriano
05/11 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
Controle da População Microbiana
05/11 – 5ª feira
16 às 18
Sala 5A
Genética Bacteriana
Alessandra
12/11 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
Semana da Biologia
----
12/11 – 5ª feira
16 às 18
Sala 5A
Semana da Biologia
19/11 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
Biofilmes e aspectos ecológicos da relação bactéria-hospedeiro
19/11 – 5ª feira
16 às 18
Sala 5A
Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas
26/11 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
1º TVC
26/11 – 5ª feira
16 às 18
Sala 5A
14 às 16
Sala 5A
Propriedades gerais, estrutura e classificação dos vírus
Replicação viral
Betânia
03/12 – 5ª feira
03/12 – 5ª feira
16 às 18
Sala 5A
Relação vírus hospedeiro
Betânia
10/12 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
Técnicas laboratoriais de estudo dos vírus I
Betânia
10/12 – 5ª feira
16 às 18
Sala 5A
Técnicas laboratoriais de estudo dos vírus II
Betânia
17/12 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
Vírus como ferramenta biotecnológica e vacinas
Betânia
17/12 – 5ª feira
16 às 18
Sala 5A
Evolução de vírus
Betânia
07/01 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
2º TVC
Betânia
07/01 – 5ª feira
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14/01 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
14/01 – 5ª feira
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21/01 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
21/01 – 5ª feira
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28/01 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
28/01 – 5ª feira
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04/02 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
04/02 – 5ª feira
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18/02 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
Assunto
Vânia
Alessandra
Vânia
---Alessandra
Vânia
Alessandra
Betânia
---Morfologia e Citologia dos fungos
Rosângela
Fisiologia dos fungos
Rosângela
Reprodução e Classificação dos fungos
Rosângela
Drogas antifúngicas
Rosângela
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---Seminário Gastronômico
18/02 – 5ª feira
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25/02 – 5ª feira
14 às 16
Sala 5A
3º TVC
14 às 16
ANF B
2a CHAMADA GERAL
Todos professores
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25/02 – 5ª feira
14/03 – 5ª feira
Professor
Rosângela
----
•Aproveitamento mínimo: 60% - 1º TVC: 30 pts; 2º TVC: 30 pts; 3º TVC: 30 pts; Seminário gastronômico 10 pts.
•Freqüência mínima: 75%.
Bibliografia:
•TRABULSI, L.R. Microbiologia, 5ª Ed., Atheneu, 2008.
•JAWETZ, E.; MELNICK, J.L. & ADELBERG, E. Microbiologia Médica. 22ª Ed. McGraw-Hill Interamericana do Brasil, 2001.
•MURRAY, PATRICK R.; PFALLER, MICHAEL A.; ROSENTHAL, KEN S. Microbiologia Médica. 5 ed. Ed. Elsevier, 2006.
•TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R. & CASE, C.L. Microbiologia, 6ª edição, Editora Artmed, Porto Alegre, 2003.
•PELCZAR, M.J.; CHAN, E.C.S.; KRIEG, N.R. Microbiologia – Conceitos e Aplicações. Volumes 1 e 2. Ed. Makron Books, 1996.
•SANTOS, ROMANOS & WIGG. Introdução à virologia humana, Ed.Guanabara-Koogan, 2002.
A definir
ASPECTOS HISTÓRICOS DA MICROBIOLOGIA
A primeira pessoa a relatar a observação de estruturas com um microscópio foi o
inglês Robert Hooke em 1665 - microscópio rudimentar - estruturas celulares de
plantas e fungos. Início da teoria celular.
Apesar disso, pode-se dizer que a Microbiologia teve seu início com as observações
feitas por Antonie van Leewenhoek - lentes que atingiam a resolução de 300 a 500
vezes, permitiram-lhe a descoberta de um mundo desconhecido ao permitir a
observação de algas, protozoários, leveduras e bactérias maiores.
• 1673 – publicação da primeira representação de uma bactéria. Leeuwenhoek
surpreendeu o mundo científico declarando que os microrganismos que observava
eram vivos por apresentarem movimento ativo e intenso.
• 1680 - Leeuwenhoek observou que o fermento consistia de partículas globulares
diminutas, as leveduras, e ainda descobriu e descreveu o parasita intestinal
Giardia lamblia que isolou de suas próprias fezes em um episódio de diarréia.
O progresso da Microbiologia ficou vinculado ao desenvolvimento de
instrumentos e técnicas pertinentes ao seu estudo, tais como microscópios com
maior poder de resolução e técnicas de cultivo e coloração de estruturas
celulares.
A Microbiologia como Ciência começa a ter um
verdadeiro avanço a partir de meados do século XIX, com
o desenvolvimento de microscópios de alta qualidade
juntamente com o aperfeiçoamento de técnicas de
esterilização, cultivo de microrganismos e técnicas
citológicas.
 Nessa época, o químico francês Louis Pasteur
e o médico alemão Robert Koch desenvolveram
estudos que estabeleceram as bases da
Microbiologia como ciência experimental
estruturada e especializada.
• A Microbiologia deixa de ser uma ciência
meramente descritiva para centrar-se no
estudo da complexidade estrutural,
fisiológica, genética e ecológica dos
microrganismos, bem como das inúmeras
atividades por eles desempenhadas.
• Estes
avanços
determinaram
o
desdobramento da Microbiologia em
disciplinas
especializadas,
como
a
Bacteriologia, a Micologia, a Parasitologia,
a Virologia e a Imunologia
Em 1857 – Pasteurização
Pasteur descobriu microrganismos que contaminavam e deterioravam o vinho destinado às
tripulações dos navios da Marinha francesa, tornando-o impróprio para consumo. Deduziu que,
se o vinho fosse aquecido até uma temperatura que não afetasse seu sabor e que, ao mesmo
tempo, matasse os microrganismos contaminantes, este não mais se deterioraria.
 Pasteur também descobriu que as leveduras presentes no vinho eram as responsáveis pela
produção do conteúdo alcoólico da bebida. A descoberta permitiu que a indústria monitorasse a
qualidade do vinho controlando as leveduras que fermentavam o suco de uvas.
 Ao investigar a cólera aviária, Pasteur inoculou galinhas com uma cultura velha do patógeno e as
aves não morreram - as bactérias da cultura velha não eram mais patogênicas. Posteriormente
inoculou as mesmas galinhas com doses letais de uma cultura fresca do patógeno e, novamente, as
aves não morreram.
As culturas velhas tinham imunizado as galinhas e as bactérias mantidas sob condições adversas
perderam a capacidade de causar doença mas retinham a capacidade de imunizar um
hospedeiro.
• Produção de vacinas contra doenças como o carbúnculo e a raiva.
 No final da década de 1870, Koch interessou-se pelo carbúnculo. Analisando sangue
de vítimas do carbúnculo ao microscópio, observou a presença de uma bactéria de
grandes dimensões. Desenvolvendo técnicas microbiológicas, Koch conseguiu isolar a
bactéria.
Animais sadios inoculados com a bactéria purificada apresentavam os sintomas
clássicos do carbúnculo. A partir do sangue destes animais, Koch re-isolou mesma
bactéria. Ele repetiu o experimento, sempre re-isolando a bactéria dos animais
experimentalmente infectados até que tivesse certeza que tinha encontrado o agente
da doença.
Koch também descobriu os agentes
etiológicos da cólera e da tuberculose, as
bactérias Vibrio cholerae e Mycobacterium
tuberculosis, respectivamente. A bactéria
M. tuberculosis é ainda hoje denominada
bacilo de Koch. Seus estudos, combinados
com os de Pasteur, estabeleceram a Teoria
do Germe da Doença.
Em 1877, Koch formulou um conjunto de
postulados os quais afirmava deveriam ser
adotados para que se aceitasse uma relação
entre um microrganismo em particular e uma
doença.
Postulados de Koch:
1. O mesmo patógeno deve estar presente
em todos os casos da doença;
2. O patógeno deve ser isolado do
hospedeiro doente e crescer em cultura
pura;
3. O patógeno deve causar a doença
quando inoculado em animal saudável;
4. O patógeno deve ser isolado do animal
inoculado e deve ser o organismo
original.
 Ignaz Philipp Semmelweis - médico húngaro eternizado como
"salvador das mães“ – Hospital Geral de Viena
 1847: redução na incidência de febre puerperal pela prática
da anti-sepsia das mãos. Os médicos matavam 3x mais que as
parteiras naquela região.
 Florence Nightingale – 1854 - Guerra da Crimeia
(Conflito nos Bálcãs envolvendo o Império Russo e, uma coligação integrada pelo UK, França,
Itália, Império Turco-Otomano e o Império Austríaco)
 Alta mortalidade entre os soldados Britânicos. Associação entre
higiene e diminuição da mortalidade – sanitarismo
Agentes causadores
de doenças
Meio ambiente
Biotecnologia
Energia
Microrganismos
Indústria de
alimentos
Indústria
farmacêutica
Indústria
química
Agricultura
Recuperação ambiental
biorremediação
Procariontes
Ausência de compartimentos dentro da célula - metabólitos dispersos no citoplasma
Ausência de núcleo verdadeiro - cromossomo bacteriano disperso no citoplasma
Essenciais na biosfera, como componentes
indispensáveis dos ecossistemas, e que torna
possível o funcionamento da vida
Bactéria
Arqueia
(Flavobacter)
• Diferentemente dos animais e plantas, os procariotos são unidades autônomas
de matéria viva, capazes de crescer e interagir com o ambiente com grande
versatilidade genética.
• Os procariotos são ubíquos e coexistem entre si e com outros seres vivos nos
ambientes aquáticos e terrestres;
• Crescimento em ambientes extremos e complexos:






ambientes glaciais,
fontes termais,
Crateras vulcânicas e fendas rochosas profundas;
grandes profundidades em oceanos,
condições de extrema salinidade
Superfícies externas e internas do corpo humano e de outros animais
Bactérias de importância em saúde humana
Caracterizadas morfologicamente pelo seu tamanho, forma e arranjo
- Cocos (formas esféricas): grupo homogêneo em relação a tamanho
• Diplococos: cocos agrupados aos
pares. Ex.: Neisseria (meningococo)
• Estreptococos: cocos agrupados
em cadeias. Ex.: Streptococcus
• Tétrades: agrupamentos de quatro cocos
• Sarcinas: agrupamento de oito cocos em
forma cúbica. Ex.: Sarcina
• Estafilococos: cocos em grupos
irregulares, lembrando cachos de uvas.
Ex.: Staphylococcus
- Bacilos ou bastonetes: cilíndricos, forma de bastão, podendo ser longos ou
delgados, pequenos e grossos, extremidade reta, afilada, convexa ou
arredondada.
• Diplobacilos:
pares.
bastonetes
agrupados
aos
• Estreptobacilos: bastonetes agrupados em
cadeias.
• Paliçada: bastonetes agrupados lado a lado
como palitos de fósforos.
- Formas helicoidais ou espiraladas: células de forma espiral.
Helicobacter pylori
• Espirilos: possuem corpo rígido e se
movem às custas de flagelos
externos, dando uma ou mais voltas
espirais em torno do próprio eixo.
• Espiroquetas: são flexíveis e locomovemse provavelmente às custas de contrações
do citoplasma, podendo das várias voltas
completas em torno do próprio eixo. Ex.:
Gênero Treponema
- Formas de transição
• Bacilos muito curtos: cocobacilos.
Ex.: Prevotella
• Espirilos muito curtos, assumindo formas
de vírgula: vibriões. Ex.: Vibrio cholerae
A CÉLULA BACTERIANA
A observação interna das estruturas celulares dá-nos uma idéia de como a
bactéria funciona no ambiente. A figura a seguir representa as diversas
estruturas bacterianas:
ESTRUTURAS CELULARES EXTERNAS
Flagelos
Estruturas especiais de locomoção, constituídas de proteína, que formam longos filamentos que
partem do corpo da bactéria e se estendem externamente à parede celular.
Fímbrias
Estruturas filamentosas mais curtas e delicadas que os flagelos, semelhantes a pêlos, que se
originam da membrana plasmática, e são usados para fixação, e não para motilidade.
Estão relacionadas com a aderência às superfícies mucosas (fímbrias comuns) e com
transferencia de material genético durante a conjugação bacteriana (fímbrias ou pili sexual).
a
Cápsula
Camada que circunda a célula bacteriana externamente a parede celular, de consistência viscosa e
de natureza polissacarídica (polissacarídeo extracelular) ou polipeptídica.
Funções: proteção da célula bacteriana contra desidratação, permitir a fixação da bactéria em
várias superfícies, evitar a adsorção de bacteriófagos na célula bacteriana.
Relacionada à virulência da bactéria, pois confere resistência à fagocitose pelas células de defesa
do corpo – em uma mesma espécie, amostras encapsuladas são mais virulentas que as nãoencapsuladas - AUMENTA A CHANCE DE INFECÇÃO.
Parede Celular
Estrutura rígida que pode recobrir ou não a membrana citoplasmática e ajuda na manutenção da
forma das células, além de proteção, mantendo a pressão osmótica intrabacteriana e prevenindo
expansão e eventual rompimento da célula.
Bactéria
Parede celular
Parede celular
típica
Parede celular
atípica
Bactérias sem
parede celular
Gram +
• Micoplasmas
• Ureaplasmas
Gram -
• Maioria das bactérias
de importância médica
•
•
•
•
Micobactérias
Espiralados
Clamidias
Riquétsias
Parede Celular
Composição: peptidioglicano (mucopeptídeo ou mureína) – estrutura rígida da parede:
- N-acetilglicosamina (NAG) - ácido N-acetilmurâmico (NAM) - tetrapeptídeo (4 aminoácidos) => típica
Bactérias de parede celular atípica podem apresentar estruturas dos tipos:
glicano
eoglicano
a
Com a presença de
ceras e carboidratos Porina
Porina
Com camada dePorina
petídeoglicano muito Porina
delgada ou ausência de algum
componente do peptideoglicano
LPS
LPS
Com a presença de
bainha de carboidratos complexos
(glicosaminaglicana)
Arabnogalactose
LPS
LPS
Peptídeoglicano
Peptídeoglicano
Porina
LPS
Gram +
Gram + Gram +
Bi-camada
Bi-camada
lipídica
lipídica
Peptídeoglicano
Gram +
Gram
+
Arabnogalactose
Arabnogalactose
Lipídios acil
(ceras)
Ácido
Micólico
Bi-camada
lipídica
Lipídios acil
Peptídeoglicano
(ceras)
Peptídeoglicano
Lipídios acil
(ceras)
Bi-camada
Bi-camada
lipídica
lipídica
Ácido
Micólico
Ácido
Micólico
Gram Gram -
ada
Glicolipídio
(lipoarabnomanana)
Gram -
Micobacterias
Gram +
Gram +
Micobacterias
Gram Micobacterias
Gram -
Glicolipídio
(lipoarabnomanana)
Glicolipídio
Lipopolissacarídeo – LPS - das bactérias Gram negativas
A
• 3 segmentos ligados covalentemente: lipídio A, cerne do polissacarídeo e antígenos O.
L
(
Gram +
o
• A porção lipídica do LPS é também chamada
de ENDOTOXINA.
O LPS tem um papel protetor (bactérias
entéricas), mas também podem atuar como
veneno, causando febre, diarréia, destruição de
hemácias e um choque potencialmente fatal.
Á
M
G
(
Implicação da estrutura da parede celular bacteriana - COLORAÇÃO DE GRAM
Baseado nas propriedades da parede celular (substâncias lipídicas na camada externa)
• 1884 – Hans Christian Joachin Gram
Experimentos com pneumococos – corantes seletivos para
bactérias
Desenvolvimento de um protocolo de coloração de esfregaços
bacterianos
Permitiu a divisão destes organismos em 2 grandes grupos visualização por microscopia óptica
 Revolução no diagnóstico das doenças infecciosas.
Membrana Citoplasmática
Desempenha importante papel na permeabilidade seletiva da célula –
funciona como barreira osmótica.
Difere da membrana citoplasmática dos eucariotos por: não apresentar
esteróis em sua composição; ser sede de numerosas enzimas do metabolismo
respiratório; controlar a divisão bacteriana através do mesossomo.
Mesossomos
Invaginações da membrana citoplasmática (dobras). Podem estar ligados
próximos à membrana ou aprofundar-se no citoplasma.
Os mesossomos profundos e centrais parecem estar ligados ao material
nuclear da célula estando envolvidos na replicação de DNA e na divisão celular.
Papel na respiração bacteriana
ESTRUTURAS CELULARES INTERNAS
 Área citoplasmática
- Citoplasma: 80 % de água, ácidos nucléicos, proteínas, carboidratos, compostos
de baixo peso molecular, lipídios, íons inorgânicos. Sítio de reações químicas.
- Ribossomos: ligados a uma molécula de mRNA, são chamados de
poliribossomos. Presentes em grande número nas células bacterianas.
- Grânulos de reserva (inclusões): os procariotos podem acumular no citoplasma
substâncias sob a forma de grânulos, constituídos de polímeros insolúveis (ex.:
grânulos de glicogênio, amido, lipídios, polifosfato, enxofre e óxido de ferro) .
 Área nuclear
- Nucleóide: cromossomo bacteriano, constituído por uma única molécula dupla
fita circular de DNA não delimitado por membrana nuclear e sem a presença de
histonas.
- Contém as informações necessárias à sobrevivência da célula, capaz de
replicação.
- Moléculas de DNA extracromossomal: plasmídios, transposons e integrons
- Moléculas menores de DNA, cujos genes não codificam características
essenciais, mas podem conferir vantagens seletivas para as bactérias que os
possuem (ex.: genes de resistência a antibióticos, virulência, resistência a
metais tóxicos).
- Envolvidos nos processos de recombinação genética bacteriana.
Esporos
Também chamados de endósporos (porque se formam dentro da célula).
Esporos contém pouca água no citoplasma, possuem parede celular muito espessa, são
altamente resistentes a agentes físicos e químicos, devido a sua capa impermeável de
proteína tipo queratina (associado ao cálcio) e presença de ácido dipicolínico.
Função: proteção da célula vegetativa das adversidades do meio ambiente (limitação de
nutrientes, temperatura, e dessecação). Sua formação leva em torno de 6 horas.
Têm pouca atividade metabólica, pode permanecer latente por longos períodos - forma
de sobrevivência, e não de reprodução. Ex. Bacillus e Clostridium.
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