Pneumonia em Equinos

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Pneumonia em
Equinos
O que é?
 A pneumonia é uma inflamação do parênquima
pulmonar normalmente acompanhada por
inflamação dos bronquíolos e quase sempre
por pleurisia. Manifesta-se clinicamente, por
aumento na freqüência respiratória, alterações
na profundidade e outras características da
respiração, tosse, sons respiratórios anormais
à auscultação e, na maioria das pneumonias
bacterianas, evidências de toxemia.
Causas....
 Pode ser causada por vírus, bactérias ou
por uma combinação de ambos, fungos,
parasitas metazoários e agentes físicos e
químicos.
 Muitas podem ser as causas predisponentes de
pneumonias nos eqüinos, podendo ser decorrentes
de estresse causados por transporte prolongado e
inadequado, trabalho forçado em animais débeis e
enfermos, intervenções cirúrgicas e debilidade física
em geral. Podem também ser conseqüentes a
acidentes iatrogênicos ou não, como na intubação
pulmonar nas passagens de sonda nasogastricas,
ferimentos e traumas torácicos e traqueais, ou
introdução de corpos estranhos nos pulmões.
Pneumonia bacteriana
 A pneumonia bacteriana é a colonização
do parênquima pulmonar por
microorganismos patogênicos. Ela se
caracteriza pelo aporte de células
inflamatórias, especialmente neutrófilos;
destruição tecidual; e perda das funções
normais.
 As vias respiratórias inferiores e os
espaços alveolares são normalmente
estéreis, sendo protegidos por um
arsenal de mecanismos de defesa que
efetivamente removem ou destroem os
contaminantes bacterianos, em
circunstâncias normais. A infecção do
tecido pulmonar ocorre quando esses
mecanismos de defesa são suplantados.
 A pneumonia causada por microorganismos
Gram-positivos no eqüino adulto em geral tem
como agente etiológico o Streptococcus
zooepidemicus β-hemolítico, um habitante
normal e oportunista do trato respiratório
superior dos eqüinos. Raramente,
Streptococcus equi, Staphylococcus aureus e
talvez Streptococcus pneumoniae (αhemolítico) estão associados à pneumonia
 Não são raras as infecções bacterianas
mistas na pneumonia eqüina. Os
microorganismos Gram-negativos isolados de
animais pneumônicos incluem Escherischia
coli e espécies de Pasteurella, Klebsiella e
Bordetella. Os efeitos necrosante dos
microorganismos Gram-negativos são
aumentados por anaeróbios como Bacteróides
fragilis e Bacteróides melaninogenicos.
Pneumonia por vírus
 Os processos virais geralmente ocorrem como
epidemias, ou endemias, com alta morbidade
e baixa mortalidade e são causados,
principalmente pelo vírus da Influenza equi A1
e equi A2, por isso alguns estados estão
exigindo atestado de vacinação para Influenza,
devido a facilidade de transmissão desta
doença aos demais eqüinos, principalmente
nas aglomerações como parques de
exposições
 As infecções virais também são muito
introduzidas principalmente por inalação,
causando uma bronqueolite primária,
mas sem reação inflamatória aguda,
como ocorre na pneumonia bacteriana. A
disseminação para os alvéolos acarreta
aumento e proliferação das células
epiteliais alveolares e o desenvolvimento
de edema alveolar.
Pneumonia por aspiração
 A pneumonia por aspiração ou inalação é uma
doença séria e comum dos animais pecuários.
A maioria dos casos ocorre após a passagem
de uma sonda gástrica ou administração
forçada de líquidos por via oral sem os devidos
cuidados, no tratamento de outras doenças, o
que ocorre com uma certa freqüência no nosso
meio, quando se tenta administrar soluções
caseiras por via nasal na tentativa de tratar o
animal, levando invariavelmente o animal a
óbito.
Pneumonia por fungos e
outros agentes
 Menos freqüente, embora revestindo-se de
extrema gravidade, são as pneumonias
causadas por fungos e outros oportunistas
como Aspergillus spp, Mucor, Rhizopus e
Candida spp. Fungos patogênicos como
Coccidioides immitis, Histoplasmas capsulatun
e Cryptococcus neoformans podem infectar
cavalos imunologicamente competentes e
normais, desencadeado quadros clínicos
fulminantes.
Sinais clínicos
 Na pneumonia bacteriana os animais
apresentam: febre, aumento na
freqüência respiratória, corrimento nasal,
tosse, e intolerância ao exercício.
 A febre é intermitente, ou seja: hora tem
febre e outra hora não, por isso
necessita que o Médico Veterinário faça
diversas determinações diárias para
demonstração do pico de febre. A tosse
pode, ou não, ser espontânea, podendo
ainda ser produtiva
 A freqüência respiratória é em geral
elevada, e a freqüência em repouso é
parâmetro muito sensível. Nos casos
crônicos, a perda de peso de modo geral
ocorre, com ou sem a redução do
apetite. O exame físico pode revelar
linfonodos submandibulares
aumentados.
 Na pneumonia viral os achados mais
freqüentes são: tosse, secreção nasal,
febre, depressão, letargia, inapetência,
rigidez, inchaço dos membros.
Diagnóstico
 O diagnóstico baseia-se nos sinais
clínicos e na história. A auscultação do
tórax revela ruídos expiratórios ásperos
aumentados, crepitações e chiados.
Pode-se auscultar líquido na traquéia, e
a manipulação da traquéia e da laringe
pode induzir tosse
 Exames complementares como os de
sangue a lavagem traqueal para se
determinar o grau de alteração orgânica,
mais a realização de culturas e
antibiogramas, são extremamente
importantes para a avaliação de quadro
clínico e o tratamento a ser instituído
 Exames complementares como as
radiografias torácicas são extremamente
valiosas para o diagnóstico, prognóstico,
e avaliação progressiva da pneumonia
eqüina. O achado mais comum é a
opacidade na porção ântero-ventral do
tórax, compatível com a perda da
aeração normal nos lobos pulmonares
craniais.
Prevenção
 A prevenção da pneumonia bacteriana
eqüina depende do manejo de fatores
que causam impacto nos mecanismos
normais de defesa do trato respiratório
 A ventilação adequada, propiciando ar fresco
e impedindo o surgimento de aerossóis
patogênicos é fator importante, especialmente
nos meses de inverno, quando os cavalos são
estabulados. Baias quentes e úmidas, com
condensação da umidade nas janelas,
propiciam má qualidade do ar, e prolongam a
vida dos patógenos em aerossol
 Todos os esforços devem ser evitados
para que se faça o uso da cama o menos
possível produtora de poeira, e que seja
evitado o fornecimento de feno poeirento
ou mofado.
 Visto que as infecções virais
comprometem a integridade do epitélio
respiratório, programas de imunização
podem ser úteis na redução da
predisposição à pneumonia bacteriana.
Adultos devem ser imunizados contra o
herpesvirus eqüino I (rinopneumonite) e
influenza eqüina a intervalos de 3 a 4
meses.
secreções
Pulmão e traquéia com
pneumonia aspirativa
Pulmão de potra de 7 dias
com pneumonia aspirativa
por amamentação artificial
O que é Pleura????
 A pleura é uma pequena camada de
tecido fino que reveste os pulmões
(pleura visceral) e a parede interna do
tórax (pleura parietal)
Pleuropneumonia
A pleuropneumonia é uma doença de
desenvolvimento secundário, geralmente
em decorrência de pneumonias
bacterianas. O animal apresenta sinais
clínicos como dor torácica, edema e
quadros febris.
 Pleuropneumonia é uma enfermidade
caracterizada pela inflamação do parênquima
pulmonar que se estende à pleura. A resposta
a essa inflamação é a formação de
transudatos ou exsudatos que se acumulam
dentro do espaço pleural. Esse acúmulo pode
ser tão grande que gera um impedimento da
expansão pulmonar gerando uma dificuldade
respiratória importante.
 Em equinos as pleuropneumonias
geralmente se desenvolvem como
seqüela das pneumonias bacterianas
secundárias, mas também, porém não
muito comum, secundária às infecções
micóticas. E, ainda, pela presença de
parasitas pulmonares.
 Na anamnese geralmente é relatado que os
animais afetados foram transportados para
participação em provas ou exposições, onde
entraram em contato com outros animais e
permaneceram em ambientes pouco
ventilados, com presença de poeira etc.
Comumente, são equinos em treinamento, que
passaram por um aumento na exigência dos
exercícios e/ou que competiram recentemente
apresentando alto grau de estresse.
 Afeta mais equinos adultos, geralmente
fêmeas, especialmente após quadros de
Influenza. Uma vez que o vírus da
Influenza age destruindo os cílios do
sistema respiratório que tem a função de
proteger e evitar a entrada de patógenos
nas vias aéreas inferiores.
Sinais clínicos
 dor torácica severa, edema na região
ventral do tórax que com o agravar do
quadro pode estender-se às outras
regiões do corpo do animal . O animal
apresenta picos febris durante o dia, por
isso a importância da realização de
varias aferições da temperatura corpórea
(no mínimo duas vezes ao dia).
 Dispnéia expiratória pela incapacidade
de expansão pulmonar, taquipnéia e
taquicardia. A auscultação pode
apresentar sons normais na região
dorsal do tórax e ausência de sons na
região ventral. A mucosa oral pode estar
congesta, as narinas dilatadas e
apresentar secreção nasal.
 A-edema região ventral do torax
 B-edema pós tratamento
Diagnostico
 O diagnóstico é realizado através do exame
clínico: ausculta da região torácica, percussão
torácica, entre outros; e complementares como
o aspirado transtraqueal e hemograma
completo. Os clínicos utilizam o ultrassom para
confirmação do diagnóstico e determinação
das regiões onde há maior acúmulo de liquido
para possível realização de uma drenagem.
No momento da drenagem torácica é feito uma
avaliação física e laboratorial do conteúdo
encontrado
Manejo
 Os equinos devem ser mantidos em
cocheiras ventiladas, porém sem
correntes de ar, com camas que não
deixam poeiras em suspensão. O ideal
seria manter os animais ao ar livre com
exceção dos dias de chuva e sol forte.
 Nos climas frios colocar capas nos
animais, lembrando que equinos
adaptam-se com maior facilidade à
temperaturas frias do que em
permanência em locais úmidos, quentes
e mal ventilados. E, ainda, manter um
protocolo de vacinação rigoroso e
demais medidas preventivas, a fim de
manter a sanidade dos animais.
Pleurite
 Definição: É a inflamação das membranas
pleurais geralmente acompanhada de
produção excessiva de líquido pleural.
 As pleurites podem ser primárias sem uma
causa conhecida, ou secundária a pneumonias
bacterianas e micóticas, abcessos
pulmonares, granulomas e tumores.
 As pleurites ainda podem ser crônicas ou
agudas, uni ou bilaterais.
 No processo inicial , a pleurite é caracterizada
por dor devido à inflamação da pleura parietal,
com a formação da efusão vem a atelectasia
compressiva e a ventilação e trocas gasosas
ficam comprometidas. Com o desenvolvimento
do processo, começa a haver deposição de
fibrina na cavidade pleural , podendo ocorer
aderências que restringem a expanção
torácica.
 As pleurites infeciosas normalmente
ocorrem após um evento estressante. Na
maioria das vezes, há comprometimento
pneumônico sendo denominado
pleuropneumonia.
Sinais clínicos
 Variam de acordo com o
comprometimento. Em casos mais
severos há depressão, ansiedade, dor
torácica, edema peitoral e de membros,
anorexia, tosse e estresse respiratório.
 Animais apresentam também
respiração rápida, superficial e mais
abdominal. Com a evolução da patologia
as mucosas tendem a ficar mais
injetadas ou cianóticas e o TPC a
aumentar. Essas mudanças devem-se à
toxemia , hipoxemia e desidratação.
 Os bpm ficam aumentados devido à dor
e à hipoxemia.Febre
Na auscultação há sons de fricção
pleural nos casos sem efusão e na
presença de líquido os sons
praticamente não são audíveis.
 Na percussão há dor e perda da
ressonância na área com líquido .
Diagnóstico
 Toracocentese, exame do líquido pleural
(Exame físico: cor, turbidez e odor.
Exames laboratoriais: pH, glicose, LDH,
cultura /antibiograma e citologia e ptn),
hematologia, ultrassonografia,
endoscopia e pleuroscopia
OBRIGADO !!!!!!!
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