Herança Multifatorial Distrofia muscular Duchenne Estenose Hipertrófica Piloro Diabetes Tuberculose Genético Ambiental Espinha bífida Fenilcetonúria Raras Comuns Unifatoriais Multifatoriais Risco recorrência mais alto Risco recorrência mais baixo Gene = Fator Multifatorial = Poligênica Gene = Fator Multifatorial = Poligênica (Complexa, descontínua) (Quantitativa, contínua) Jorde: na herança multifatorial, temos influência do ambiente. Na poligênica, não. Doenças monogênicas Gene A Fenótipo X Doenças Fenótipo Y multifatoriais Ambiente Gene C gene B Gene D Genética das doenças comuns Herança multifatorial Prevalência ao nascimento: 5% Prevalência na população: 60% Genética das doenças comuns: Doença de Hirschsprung Ausência completa de alguns ou todos os gânglios nos plexos mesentéricos e submucosos do cólon AUSÊNCIA DE PERISTALSE 1:5.000 recém-nascidos Apenas um pequeno segmento do cólon, todo o cólon Pode ser isolado (herança multifatorial) ou associado a outras malformações congênitas como surdez e anomalias pigmentares do cabelo e olhos (Waardenburg). Doença RR MZ RR irmãos Síndrome de Waardenburg Tipos: – – – – I: presença de telecanto (PAX3), 20% tem SNHL II: ausência de telecanto (20%: MITF), 20% tem SNHL III: malformações de membros superiores (PAX3) IV: doença de Hirschsprung Genética das doenças comuns: Doença de Hirschprung Mutações em muitos e diferentes genes podem causar a doença Gene RET - 10q11.2 - tirosina quinase oncogene Ligantes do RET - gdnf Receptor da endotelina B - 13q22 Endotelina 3 - 20q13 Lócus não identificado - 19q31 - aumenta a penetrância Doença RR MZ RR irmãos Genética das doenças comuns: Outros exemplos Câncer Obesidade Níveis de colesterol plasmáticos Doenças psiquiátricas e distúrbios comportamentais Alcoolismo Doenças auto-imunes Doença RR MZ RR irmãos selortnoC DA opitóneG 13,0 46,0 ;3e/4e ;4e/4e 2e/4e Genética das doenças multifatoriais: características Não apresentam herança mendeliana clássica Agregação familiar Fatores não genéticos desempenham um papel importante Doença RR MZ RR irmãos Genética das doenças comuns: como se investiga? Estudos de agregação familiar: risco relativo em relação à população em geral Doença Gêmeos MZ Irmãos 48 12 Autismo 2000 150 DM tipo1 80 12 Esquizofrenia Crohn 840 Doença RR MZ RR irmãos 25 Genética das doenças comuns: como se investiga? Estudos de adoção - Prole adotada de pais afetados x não-afetados Estudos de gêmeos: – Monozigóticos / dizigóticos – MZ criados separados Estudos moleculares: “genome scan” – análise de centenas de marcadores polimórficos ao longo do genoma – procura de associações (ligações gênicas): alelos mais freqüentes nos afetados do que nos não afetados Doença RR MZ RR irmãos Genética das doenças comuns: Herdabilidade Herdabilidade é definida como a fração da variância fenotípica total que é causada por genes e , portanto, avalia a medida na qual diferentes alelos em vários loci são responsáveis pela variabilidade em uma determinada característica na população. h2 = 0 a 1 Doença RR MZ RR irmãos Herdabilidade Gene A Fenótipo X Herdabilidade Fenótipo Y Ambiente Gene C Gene B Gene D Herdabilidade Proporção da variância fenotípica total de uma característica que é causada pela variância genética aditiva. h2 : variância genética/variância fenotípica total ou h2 : variância em pares DZ - variância em pares MZ variância em pares DZ principalmente ambiental: 0 principalmente genética: em torno de 1 Estimativas de herdabilidade (Mueller e Young, 1998) Doença Herdabilidade (%) Esquizofrenia 85 Asma 80 Espondilite anquilosante 70 Hipertensão essencial 62 Luxação congênita de quadril 60 Úlcera péptica 37 Cardiopatia congênita 35 Herança Multifatorial sem Limiar É o tipo de herança da maioria das características não-patológicas e que distinguem uma pessoa da outra: – cor da pele, cabelos, olhos – perímetro cefálico – altura Herança Multifatorial sem Limiar Distribuição contínua normal (Gaussiana) Regressão para a média Herança sem limiar (características contínuas) Gene A: alelo 0 e alelo 1 Gene B: alelo 0 e alelo 1 N A 1/1, B 0/0 A 0/0, B 1/1 A 0/0, B 0/0 150 A 1/0, B 0/0 A 1/0, B 1/0 A 0/1, B 1/1 A 0/1, B 0/0 A 1/0, B 0/1 A 1/1, B 1/0 A 0/0, B 1/0 A 0/1, B 1/0 A 1/1, B 0/1 A 0/0, B 0/1 A 0/1, B 0/1 A 1/0, B 1/1 160 170 Altura (em cm) 180 A 1/1, B 1/1 190 Herança Multifatorial com Limiar É o tipo de herança da maioria das malformações congênitas isoladas: Falconer, 1965 a susceptibilidade de determinada condição tem distribuição normal a expressão do fenótipo anormal é determinada por um limiar Herança com limiar (características descontínuas) Limiar N Gene A: alelo 0 e alelo 1 Gene B: alelo 0 e alelo 1 Doença se risco > ou = 2 A 1/1, B 0/0 A 0/0, B 1/1 A 0/0, B 0/0 0 A 1/0, B 0/0 A 1/0, B 1/0 A 0/1, B 1/1 A 0/1, B 0/0 A 1/0, B 0/1 A 1/1, B 1/0 A 0/0, B 1/0 A 0/1, B 1/0 A 1/1, B 0/1 A 0/0, B 0/1 A 0/1, B 0/1 A 1/0, B 1/1 1 2 3 Risco herdado (susceptibilidade) A 1/1, B 1/1 4 Herança com limiar (características descontínuas) Limiar sexo masculino N Limiar sexo feminino Gene A: alelo 0 e alelo 1 Gene B: alelo 0 e alelo 1 A 1/1, B 0/0 A 0/0, B 1/1 A 0/0, B 0/0 0 A 1/0, B 0/0 A 1/0, B 1/0 A 0/1, B 1/1 A 0/1, B 0/0 A 1/0, B 0/1 A 1/1, B 1/0 A 0/0, B 1/0 A 0/1, B 1/0 A 1/1, B 0/1 A 0/0, B 0/1 A 0/1, B 0/1 A 1/0, B 1/1 1 2 3 Risco herdado (susceptibilidade) A 1/1, B 1/1 4 Risco de Recorrência O RR é proporcional à gravidade da malformação. O RR é maior quando o probando é do sexo menos afetado. Risco de recorrência A melhor estimativa do RR é o risco empírico, que é simplesmente o RR observado em famílias semelhantes, para o mesmo grau de parentesco. Risco de recorrência A freqüência do fenótipo entre os familiares é superior à freqüência populacional, mas o RR é inferior ao dos fenótipos mendelianos: – Fenda labial +/- palato fendido: f população em geral: 0,1% f em irmãos: 5% Risco de recorrência O RR aumenta de acordo com o número de familiares afetados. O RR é bem mais baixo para parentes de segundo grau, mas declina menos rapidamente para parentes mais afastados: Luxação congênita de quadril (RR): parentes de primeiro grau (5%), segundo grau (0,6%), terceiro grau (0,4%) Risco de recorrência O RR é aumentado quando os pais são consangüíneos. O RR para parentes de primeiro grau é aproximadamente a raiz quadrada da freqüência populacional. Genética das doenças comuns: Como aconselhar? 1.O risco de recorrência é maior para parentes em 1o. grau, diminuindo muito para parentes mais afastados 2. O melhor risco calculado é o empírico é interessante colocar para o paciente como múltiplos do risco para a população Doença RR MZ RR irmãos selortnoC DA opitóneG 13,0 46,0 ;3e/4e ;4e/4e 2e/4e Genética das doenças comuns: Como aconselhar? 3. O risco de recorrência empírico aumenta: com a presença de mais de um familiar afetado com formas mais graves ou de início mais precoce para afetados do sexo com menor prevalência da doença casamento consangüíneo Doença RR MZ RR irmãos selortnoC DA opitóneG 13,0 46,0 ;3e/4e ;4e/4e 2e/4e