PERFIL IMUNOLÓGICO DO HIV

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PERFIL IMUNOLÓGICO DO
HIV - AIDS
Profa. Renata Aparecida de Camargo Bittencourt
Disciplina: Imunologia Clínica
Curso: Farmácia - UNIP
A DESCOBERTA DO HIV
1981 – surgiram os primeiros casos de
aids/sida: pacientes adultos do sexo masculino,
homossexuais apresentavam sarcoma de
Kaposi,
pneumonia
por
P.
carinii
e
comprometimento do sistema imune

1981 – aids/ sida foi reconhecida como uma
entidade nova e distinta

AGENTE ETIOLÓGICO
1983 – o HIV-1 foi isolado de pacientes com
aids pelos pesquisadores Luc Montaigner, na
França e Robert Gallo, nos EUA


1986 – Descoberta do HIV-2
Comitê Internacional recomendou o termo
HIV (Human Immunodeficiency Virus ou Vírus
da Imunodeficiência Humana

A ESTRUTURA DO HIV
gp120
gp41
p17
p24
RNA
T. Reversa
CICLO BIOLÓGICO DO HIV
CICLO BIOLÓGICO DO HIV
HIV infecta as
Células CD4
OS VÁRIOS EFEITOS DEVIDO A
PERDA DAS CÉLULAS TCD4+
CD4
Macrófago
CD4
Infectada
pelo HIV
B
CD8
NK
Aparentemente, o HIV-1 e o HIV-2 passaram a
infectar o homem há poucas décadas; alguns
trabalhos científicos recentes sugerem que isso
tenha ocorrido entre os anos 40 e 50.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
As principais formas de transmissão do HIV são:
sexual;
sangüínea (em receptores de sangue ou
hemoderivados e em usuários de drogas
injetáveis, ou UDI);
vertical (da mãe para o filho, durante a
gestação, parto ou por aleitamento).
Transmissão ocupacional
TESTES DIAGNÓSTICOS
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser
divididos basicamente em quatro grupos:
 detecção de anticorpos: ELISA, Western-blot,
Imunofluorescência indireta, Radioimunoprecipitação;
detecção de antígenos: pesquisa de Antígeno p24;
cultura viral;
amplificação do genoma do vírus: Análise quantitativa
direta da carga viral através de técnicas baseadas na
amplificação de ácidos nucleícos.
TESTES DIAGNÓSTICOS

O diagnóstico laboratorial, que revela a presença de Acs contra
o HIV no sangue, indica que a pessoa já teve em contato com
o vírus, mas não é suficiente para fazer o diagnóstico da aids;

Testes de Triagem para Detecção de Acs anti-HIV
(Testes Sorológicos): ELISA, Ensaio Imunoenzimático com
Micropartículas (Microparticle Enzyme Immuno Assay - Meia) e
ensaio imunoenzimático com quimioluminescência.
TESTES DIAGNÓSTICOS
Teste Rápido
Detecção de anticorpos anti-HIV na
amostra de sangue do paciente em até 30
minutos;
 O teste rápido é preferencialmente adotado
em populações que moram em locais de
difícil acesso, em gestantes que não
fizeram o acompanhamento no pré-natal e
em situações de acidentes no trabalho.

Janela Imunológica

Janela imunológica é o intervalo de tempo
entre a infecção pelo vírus HIV e a produção
de anticorpos anti-HIV no sangue.

Na maioria dos casos, a sorologia positiva é
constatada de 30 a 60 dias após a exposição
ao HIV.
Janela Imunológica

Porém, existem casos em que esse tempo é maior: o
teste realizado 120 dias após a relação de risco serve
apenas para detectar os casos raros de soroconversão
– quando há mudança no resultado.

Se um teste de HIV é feito durante o período da janela
imunológica, há a possibilidade de apresentar um falso
resultado negativo. Portanto, é recomendado esperar
mais 30 dias e fazer o teste novamente.
TESTES DIAGNÓSTICOS

Testes Confirmatórios:

1) Testes Sorológicos (detecção de Acs anti-HIV):

Imunofluorescência Indireta;
Imunoblot;
Western Blot


TESTES DIAGNÓSTICOS

Testes Confirmatórios:

2) Testes Virais (detecção de RNA ou DNA do HIV):

Teste de amplificação de ácidos nucleícos, como a Reação em
Cadeia da Polimerase (Polimerase Chain Reaction – PCR);

Amplificação seqüencial de ácidos nucleícos (Nucleic Acid
Sequence Based Amplification – Nasba).
Monitoramento Laboratorial
Contagem CD4/CD8
•Função: monitorar perfil imunológico e a eficácia
do tratamento antiretroviral.
•Periodicidade: Em média 3 X por ano
•Metodologia: Citometria de Fluxo
•Diferenciação das populações de linfócitos T
através da identificação de moléculas expressas
na superfície (CD), com uso de anticorpos
monoclonais
Preparação da Amostras de CD3/CD4/CD8
50uL sangue total
20uL reagente Tritest® (BD) – AcMm
(Anti-CD3/CD4/CD8)
Vortex
Incubação 15 minutos (temperatura ambiente / escuro)
450uL solução de lise
Vortex
Incubação 15 minutos (temperatura ambiente / escuro)
Leitura no citômetro de fluxo
Anticorpo Monoclonal
CD3 PerCP
CD4 FITC
CD8 PE
Contagem de células CD4 em sangue
periférico:
 maior que 500 células/mm3: estágio da infecção pelo HIV
com baixo risco de doença;
entre 200 e 500 células/mm3: estágio caracterizado por
surgimento de sinais e sintomas menores ou alterações
constitucionais
entre 50 e 200 células/mm3: estágio com alta probabilidade
de surgimento de doenças oportunistas
 menor que 50 células/mm3: estágio
comprometimento de resposta imunitária.
com
grave
Monitoramento Laboratorial
Genotipagem:
identifica quais são as mutações
potencialmente responsáveis pela falha da terapia com ARV.
Com o aparecimento de variantes resistentes do HIV a
eficácia da política de tratamento (padrão ouro no mundo)
ficou em risco, uma vez que os pacientes não respondem
adequadamente aos ARV.
Metodologia:
Técnica de
Sequenciamento
Automático de
DNA
Rede Nacional de Laboratórios para Contagem de
Linfócitos T (CD4+/CD8+) e para quantificação
viral do HIV ( carga viral)

Visando ao monitoramento da evolução clínica de indivíduos
infectados pelo HIV, a introdução de terapias anti-retroviral e
preventivas das infecções oportunistas, assim como sua
efetividade, o Programa Nacional de DST/AIDS implantou e
implementou a Rede Nacional de Laboratórios para
contagem de linfócitos T (CD4+/CD8+) e carga viral do HIV.
ASPECTOS CLÍNICOS
A infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro
fases clínicas:
1) infecção aguda: ocorre em cerca de 50% a 90% dos
pacientes, o tempo entre a exposição e os sintomas é
de cinco a 30 dias;
2) fase assintomática, também conhecida como latência
clínica;
3) fase sintomática inicial ou precoce;
4) Aids.
EVOLUÇÃO TÍPICA DE UM
INDIVÍDUO INFECTADO PELO HIV
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