Profª Ms. Sabrina Rodrigues Magalhães É uma palavra variável em número, pessoa, modo, tempo e voz que indica um processo no tempo – alguma coisa que acontece ou é; que aconteceu ou foi; que acontecerá ou será. Os verbos podem indicar: AÇÕES: Gado a gente marca, tange, ferra... ESTADOS: Gente é diferente. / Não sou sua amiga. FENÔMENOS: Chove sem parar. / Nevou no sul do país. Pessoa: Num discurso são necessárias três pessoas: primeira, segunda e terceira: 1ª pessoa – a que fala ou produz a mensagem (eu – nós); 2ª pessoa – com quem se fala ou a quem se destina a mensagem (tu – vós); 3ª pessoa – de quem ou a respeito de quem se fala (ele/ ela – eles/ elas). Modo: São as diversas maneiras que o verbo assume para indicar atitudes da pessoa que fala. São três: INDICATIVO: Indica uma atitude real, concreta: Continuarão a importunar todo mundo? SUBJUNTIVO: Indica uma atitude hipotética, duvidosa ou possível: Talvez eu vá ao tribunal. IMPERATIVO: Indica uma ordem, um convite, um pedido, uma súplica: Saia daí, menina! Tempo: são as situações do momento em que acontece o processo verbal. Podem ser: Presente: indica a ocorrência do fato no momento em que se fala: Eu digo e repito que o estudo é importante. Pretérito perfeito: indica uma ocorrência sucedida toda no passado: Júlia engordou 10kg na gravidez. Pretérito imperfeito: indica uma ocorrência iniciada no passado, mas que ainda não foi concluída: Pedro desejava chegar logo em casa. Pretérito mais-que-perfeito: indica a ocorrência de um fato no passado, iniciado antes de outro, também no passado: Marcelo bebera todo o Martini. Futuro do presente: indica um fato que certamente ocorrerá: Casaremos na primavera. Futuro do pretérito: indica o fato que ainda irá acontecer, relacionado com um fato passado: O médico atenderia se houvesse necessidade. FLEXÃO DE NÚMERO: o verbo tem que concordar com o sujeito da oração: Eu canto → Nós cantamos. Verbo jogar Presente eu jogo tu jogas ele joga nós jogamos vós jogais eles jogam Pretéritos Pretérito Perfeito eu joguei tu jogaste ele jogou nós jogamos vós jogastes eles jogaram Pretérito Imperfeito eu jogava tu jogavas ele jogava nós jogávamos vós jogáveis eles jogavam Pretérito Mais-que-perfeito eu jogara tu jogaras ele jogara nós jogáramos vós jogáreis eles jogaram Futuro do Presente eu jogarei tu jogarás ele jogará nós jogaremos vós jogareis eles jogarão Futuro do Pretérito eu jogaria tu jogarias ele jogaria nós jogaríamos vós jogaríeis eles jogariam Verbo IR Presente eu vou tu vais ele vai nós vamos vós vades/ides eles vão PRETÉRITOS Pretérito perfeito composto eu tenho ido tu tens ido ele tem ido nós temos ido vós tendes ido eles têm ido Pretérito eu ia tu ias ele ia nós íamos vós íeis eles iam imperfeito Pretérito mais-que-perfeito eu fora tu foras ele fora nós fôramos vós fôreis eles foram Pretérito perfeito eu fui tu foste ele foi nós fomos vós fostes eles foram Futuro do presente eu irei tu irás ele irá nós iremos vós ireis eles irão Futuro do pretérito eu iria tu irias ele iria nós iríamos vós iríeis eles iriam Voz: é a maneira pela qual o verbo se relaciona com o sujeito. Pode ser: PASSIVA: quando algo ou alguém recebe a ação verbal. O sujeito é paciente. Ex.: O gado é marcado. ATIVA: quando algo ou alguém é responsável pela ação verbal. O sujeito é agente. Ex.: Nós marcamos o gado. REFLEXIVA: quando algo ou alguém pratica e recebe ao mesmo tempo a ação verbal. Ex.: Nós nos ofendemos muito. Infinitivo: é o nome do verbo. Pode ter valor de um substantivo: Ex.: Se quiser tirar alguma alegria da tristeza tem que ficar assim. Particípio: pode ter o valor de um adjetivo: Mulher vivida. (= mulher experiente) É bom que isso tenha sido esclarecido. Criança sofrida. (= criança que sofre) Gerúndio: pode ter o valor de um advérbio ou de um adjetivo: Anoitecendo, partiremos. (= à noite) Água fervendo. (=água fervente) Estamos vendo as casas. É a parte da gramática que analisa as funções que as palavras exercem na frase e a relação que elas estabelecem entre si e com os demais termos da oração. O estudo das análises sintáticas iniciam-se pela compreensão de três noções básicas, que serão vistas a seguir. Frase é o enunciado que apresenta sentido completo, ou seja, uma palavra ou conjunto de palavras que expressam uma mensagem definida. Ex.: O lugar mais quente do sistema solar. Cuidado! Atenção! Silêncio! As frases podem ser: 1. Declarativas: são aquelas que apresentam uma declaração. Podem ser afirmativas ou negativas. Ex.: As férias estão melhores do que eu previa. 2. Interrogativas: são aquelas que apresentam uma pergunta. Ex.: Que tal você ajudar a sua mãe nos afazeres da casa? 3. Exclamativas: são as que expressam admiração. Ex.: A Claro deu-me um prêmio de R$20.000,00! 4. Imperativas: são as que apresentam uma ordem ou um pedido. Ex.: Hora de acordar! Anda logo, preguiçosa! 5. Optativas: são as que apresentam um desejo. Ex.: Seja bem-vinda! É o conjunto de palavras organizado em torno de um verbo (ou de uma locução verbal). Ao contrário do que acontece com a frase, não há oração sem verbo, e a cada verbo corresponde uma oração. Ex.: Alguns minutos depois, a empregada voltou. Voltou (verbo). → único verbo, única oração. Nem toda oração é uma frase; Nem toda frase é uma oração. Pois não! → é uma frase, mas não é uma oração porque não possui verbo. Que diferença faz se é mineiro ou cearense? Oração 1: Que diferença faz Oração 2: se é mineiro ou cearense? É uma frase com duas orações, mas, isoladamente, as orações não são frases. O enunciado de uma frase formada por uma ou mais orações recebe o nome de período.Assim, é possível entender que o período é o enunciado de sentido completo, estruturado em uma ou várias orações. O período pode ser: Simples: quando possui uma só oração, chamada absoluta; Composto: quando é constituído por mais de uma oração. Observe as orações abaixo: Rubem não quer assinar. Eu fazia crônicas para o jornal. Nas duas orações há termos: A respeito do qual se faz uma declaração. A declaração feita a respeito de algo ou alguém. • Rubem = sujeito Rubem não quis assinar. • Não quis assinar. = Predicado Eu fazia crônicas no jornal. • Eu = Sujeito • Fazia crônicas no jornal = Predicado. É o termo da oração a respeito do qual se faz uma declaração. Pode estar no início, no meio ou no final da frase. Quando o sujeito estiver no início da oração, seguido pelo predicado, dizemos que os termos estão na ordem direta. Quando o predicado antecede o sujeito, dizemos que os termos estão na ordem inversa. Lucas reclamou novamente. (ordem direta) sujeito predicado Veio o homem buscar sua bagagem. (ordem inversa) predicado sujeito predicado O núcleo do sujeito é a palavra principal que dele participa. O dono da casa não queria vendê-la. A palavra dono é a palavra que não pode ser excluída do enunciado, pois – se fosse – perderia o sentido. De acordo com o núcleo do sujeito (ou quantidade de núcleos) o sujeito pode ser classificado em: 1. Simples: quando possui um só núcleo. Ex.: Só falta o meu novelo de lã. O núcleo é novelo, dessa forma, o sujeito é simples. 2. Composto: quando possui dois ou mais núcleos. Ex.: Marcos, Lucas e Marina são irmãos. O núcleo é Marcos, Lucas e Marina. Dessa forma, o sujeito é composto. 3. Sujeito Oculto: é aquele que não aparece na oração, mas é perceptível através da desinência do verbo. Ex.: Fui ao supermercado. Sujeito oculto EU. 4. Sujeito indeterminado: é aquele que não está expresso na oração e que não pode ser identificado. Ex.: Foram me chamar. (quem foi? Eles foram? Vocês foram? Algumas pessoas foram?) O sujeito indeterminado pode aparecer com verbos na 3ª pessoa do plural ou verbos na 3ª pessoa do singular + se. É aquela que expressa um fato que não é atribuído a nenhum ser. Pode ocorrer nos seguintes casos: Com verbos haver e fazer indicando tempo transcorrido. Ex.: Há meses não nos vemos. Com verbo haver no sentido de existir: Ex.: Não há o que fazer. Com verbos ser ou estar indicando tempo ou clima. Está muito quente. É verão! Com verbos anoitecer, chover, nevar, ventar ou outros que indiquem fenômenos da natureza. Chove intensamente na Capital. Observe a natureza. Tudo nela é recomeço. No lugar da poda surgem os brotos novos. Com a água, a planta viceja novamente (renasce). Nada para. A própria terra se veste diferentemente todas as manhãs. Isso acontece também conosco. A ferida cicatriza. A dores desaparecem. A doença é vencida pela saúde. A calma vem após o nervosismo. O descanso restitui as forças. Recomece. Animese. Se preciso, faça tudo novamente. Assim, é a VIDA!