MOVIMENTO PELA REDUÇÃO DAS PERDAS DE ÁGUA NA DISTRIBUIÇÃO EXPERIÊNCIA SANASA - CAMPINAS Engº Ivan de Carlos SANASA - Campinas Município de Campinas Localização: 100 km da capital São Paulo População: 1.164.098 (estimativa IBGE 2015) SANASA – empresa de economia mista, responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário público do município Cobertura dos Serviços (ano 2015) Abastecimento de Água: 99,5% Número Ligações de Água: 333.091 Coleto de Esgoto: 92,5% Número Ligações de Esgoto : 298.631 Capacidade Instalada de Tratamento de Esgoto: 95% Programa de Controle e Redução de Perdas de Água Programa iniciado em 1994 Principal Motivo Exigência do Banco Mundial para melhoria da eficiência operacional, em contra partida ao financiamento para execução de macro obras de infraestrutura de água, que visavam resolver problemas no abastecimento devido ao crescimento da demanda e o nível de perdas na distribuição 37% Agente Técnico Caixa Econômica Federal Estrutura Inicial 2 engenheiros e 10 estagiários Conhecimento Técnico Assunto pouco tratado nas empresas de saneamento, carência de empresas especializadas e pouca tecnologia disponível Programa de Controle e Redução de Perdas de Água Estrutura em 2015 PRESIDÊNCIA DIRETORIA TÉCNICA DIRETORIA ADMINISTRATIVA GERÊNCIA DE CONTROLE DE PERDAS E SISTEMAS • • • DIRETORIA FINANCEIRA E RELAÇÕES COM INVESTIDORES DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA 158 FUNCIONÁRIOS 4 COORDENADORIAS COORDENADORIA DE ANÁLISE DE DESEMPENHO DOS SISTEMA E CADASTRO TÉCNICO COORDENADORIA DE ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA DE REDES E LIGAÇÕES COORDENADORIA DE MACROMEDIÇÃO, ESTRUTURA DE CONTROLE, ESTANQUEIDADE E PESQUISA DE VAZAMENTOS COORDENADORIA DE MICROMEDIÇÃO E USO RACIONAL DIRETORIA COMERCIAL Programa de Controle e Redução de Perdas de Água Ações implantadas de forma permanente – melhoria contínua Principais ações: • CADASTRO TÉCNICO • Processo: conhecimento de campo/desenho em papel/digitalização do desenho em AutoCad/implantação ferramenta SIG Sistema de Informação Geográfica - MapInfo Professional com armazenamento das informações técnicas em banco de dados Geográfico/Espacial – geoprocessamento/indexação de projetos executados e cadastros pontuais • • Estágio atual: verificação da consistência do cadastro técnico de água através de simulador hidráulico – EPANET SETORIZAÇÃO • Processo: conhecimento de campo/desenho em papel/ digitalização dos limites de abastecimento na plataforma SIG - MapInfo Professional • Estágio atual: 25 setores (91% isolados)/55 subsetores (94% isolados)/231 setores de medição (DMC – representam 51%) – indicadores de desempenho – avaliar eficiência e eficácia das ações Programa de Controle e Redução de Perdas de Água Principais ações: • • MACROMEDIÇÃO • Processo: medição manual calha Parshall e estimativa por bomba/medição remota por telemetria eletromagnético/ultrassônico/woltman – verificação da condição de funcionamento do equipamento • Estágio atual: 100% medição permanente dos volumes captado, tratado e distribuído (entrada e/ou saída de reservatórios ) MICROMEDIÇÃO • Processo: desativação da oficina de hidrômetro/renovação do parque de hidrômetros (velocimétricos) com adoção do 0,75 m³/h de vazão nominal classe B/instalação de bancada de teste credenciada pelo INMETRO/desenvolvimento de aplicativo para monitoramento do consumo/telemetria de consumo de grandes consumidores • Estágio atual: 100% hidrometração /80% de ligações com caixa padrão lacrada/ 10% volumétricos classe C /início do processo de telemetria do consumo de consumidores Programa de Controle e Redução de Perdas de Água Principais ações: • CONTROLE DE PRESSÃO • Processo: 02 ERP’s – Estruturas Redutoras de Pressão (mercado externo fechado)/contratos para instalação de VRP + MACRO compreendendo o estudo de setorização, com pressão de saída fixa/aquisição de controladores para regulagem da pressão por tempo e vazão/implantação do sistema automático de controle – monitoramento ponto crítico • Estágio Atual: 296 ERP’s/13 com controle automatizado com alarmes/110 com monitoramento do ponto critico de pressão/acesso tela de controle via internet • READEQUAÇÃO DAS REDES E LIGAÇÕES DE ÁGUA • Processo: substituição de pequenos trechos pela área de manutenção/substituição redes em cimento amianto e ferro galvanizado por PVC – Método Destrutivo/substituição redes e PEAD Polietileno de Alta Densidade soldado – MND Método Não Destrutivo • Estágio Atual: meta de substituir 70km de rede ao ano (1,5% da infraestrutura de distribuição) Programa de Controle e Redução de Perdas de Água Principais ações: • ENSAIO HISDROSTÁTICO • • QUALIDADE DE MATERIAIS EQUIPAMENTOS E OBRAS • • Processo: realização de teste em infraestrutura de água, executadas equipes próprias ou terceiro/desenvolvimento de norma interna Processo: especificação técnica – atividades normatizadas MANUTENÇÃO • Processo: equipes própria/viatura leve/9 distrito de manutenção/indicador de tempo de atendimento • COMBATE ÀS IRREGULARIDADES NAS LIGAÇÕES DE ÁGUA • TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • TELEMETRIA E TELECOMANDO • QUALIDADE DOS PROCESSOS • • • • NORMAS PROCEDIMENTOS TREINAMENTO INDICADORES CERTICAÇÃO DA ISO 9001 DESDE 2004 Comportamento das Perdas de Água SANASA ÍNDICE DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO = IPD 45,0 41,0 40,7 39,6 40,0 37,7 38,4 37,6 37,8 36,9 35,0 37,0% 34,7 36,3 32,8% 35,1 31,4 30,0 27,7 27,2 26,6 26,7 25,0 27,1 25,8 26,0 24,2 25,8 21,8 21,6 20,2 Início do Programa de Redução de Perdas 20,0 19,9 20,8 19,3 19,5 19,2 Média PCJ - SNIS 2013 (%) Média Nacional - SNIS 2013 (%) Índice de Perdas na Distribuição (%) 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 15,0 1986 % 33,8 Comportamento das Perdas de Água SANASA ÍNDICE DE PERDAS DE FATURAMENTO = IPF 40,0 36,7% 36,9 33,4 30,0 36,1 34,9 35,0 30,3 34,5 34,6 32,6 33,4 31,0 31,1 28,8 30,2 27,8% 24,5 25,0 24,5 24,2 % 25,1 23,4 22,0 23,4 20,7 22,0 20,0 18,0 16,2 Início do Programa de Redução de Perdas 15,0 15,4 15,8 15,6 15,1 14,9 11,2 Média PCJ - SNIS 2013 (%) Média Nacional - SNIS 2013 (%) Índice de Perdas de Faturamento (%) 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 10,0 Custo x Benefício da Redução das Perdas SANASA RESULTADOS 1994 – 2015 Eficiência do Sistema de Distribuição 60% - 80% Índice de Perdas de Distribuição – IPD 40% - 20% Índice de Perdas de Faturamento – IPF 35% - 11% Volume de Água Economizado 428 milhões m³ Recurso Economizado R$ 868 milhões Considerando custo médio de cada ano Recurso Investido R$ 189 milhões Investimento sem correção monetária Recurso Economizado – Recurso Investido R$ 679 milhões Resultado com redução de perdas COMPORTAMENTO DOS VOLUMES COMPORTAMENTO DOS VOLUMES DE ÁGUA - REALIZADO 160.000.000 140.000.000 120.000.000 100.000.000 m3 80.000.000 O U T O R G A 60.000.000 40.000.000 20.000.000 D A E E C A P T A D O PERDA CONSUMIDO 0 RENOVAÇÃO DE OUTORGA: 1997 – 2008 – 2018 Resultado com redução de perdas COMPORTAMENTO DOS VOLUMES IPD = 37,7% IPD = 20,8% Gestão Operacional do Sistema de Água INDICADORES DE DESEMPENHO • Conceitos IWA –International Water Association EFICIÊNCIA “Mede até que ponto os recursos disponíveis são utilizados de modo otimizado para a produção do serviço.” EFICÁCIA “Mede até que ponto os objetivos de gestão, foram cumpridos.” • INDICADORES DE PERDA DE ÁGUA Mede a ineficiência do sistema de abastecimento • PERDA DE PRODUTO QUIMICO • PERDA ENERGIA ELÉTRICA • PERDA DE FATURAMENTO • AUMENTO DO CUSTO OPERACIONAL • AUMENTO DA CAPTAÇÃO DO RECURSO HÍDRICO • NECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA PARA COMPORTAR AS PERDAS • INSATISFAÇÃO DO USUÁRIO COM O SERVIÇO PRESTADO Gestão Operacional do Sistema de Água INDICADORES UTILIZADOS PELA SANASA • IPP – Índice de Perdas na Produção (%) • IPD – Índice de Perdas na Distribuição (%) • IPF – Índice de Perdas de Faturamento (%) • IPL – Índice de Perdas por Ligação (l/lig.dia) • NMCA – Número de Manutenções Corretivas • IMCA – Índice de Manutenções Corretivas por km • TARA – Tempo de Atendimento de Reparo de Água • FP – Fator de Pesquisa Gestão Operacional do Sistema de Água Consumo Autorizado Faturado Medido Consumo Autorizado Faturado 73.270.981 100,0% Água Convertida em Receita (ACR) Consumo Autorizado Faturado Não Medido Consumo Autorizado 73.270.981 0 73.270.981 97,4% 0,0% 77,2% Consumo Autorizado Não Faturado Medido Consumo Autorizado Não Faturado 130.192 6,7% Consumo Autorizado Não Faturado Não Medido Volume Distribuído 75.211.352 1.940.371 1.810.179 79,2% 2,6% 93,3% Consumo Não Autorizado Perdas de Água Aparente 1.792.735 13,1% Água Não Convertida em Receita (ANCR) Perdas por Submedição Perdas de Água 13.676.385 11.883.650 69,4% 86,9% Perdas nas Unidades de Reservação Perdas de Água Reais Não foi possível quantificar. Perdas nas Redes de Distribuição Não foi possível quantificar. 94.917.911 19.706.559 6.030.174 Perdas nos Ramais de Distribuição 100,0% 20,8% 30,6% Não foi possível quantificar. 21.646.930 22,8% PARA CADA10 m³ DISTRIBUIDOS, 2,28 m³ NÃO SÃO CONVERTIDOS EM RECEITA FINANCEIRA SANASA - BALANÇO HÍDRICO 2015- Volume anual em m³ Gestão Operacional do Sistema de Água • SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA - SIG Reabilitação das Redes e Ligações de Água SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXTRATIFICAÇÃO DAS REDES POR MATERIAL - ANO 2014 297 (6%) 230 (5%) PVC CA 552 (12%) 2.349 (52%) 1.129 (25%) FF SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EXTRATIFICAÇÃO DE ROMPIMENTOS DE REDE POR MATERIAL - ANO 2014 7 (0%) EXTENSÃO TOTAL DE REDES: 4.558 KM 322 (12%) 12 (1%) PVC CA 913 (34%) 1397 (53%) TOTAL DE ROMPIMENTOS DE REDE: 2.651 FF Reabilitação das Redes e Ligações de Água 1994 - 2015 Foram substituídos 312 km redes e 26.000 ligações ÁREAS JÁ CONTEMPLADAS COM READEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA DE ÁGUA: • 312 km redes • 26.000 ligações INFRAESTRUTURA EXISTENTE EM CIMENTO AMIANTO: • 1.129 km redes • 94.000 ligações Caso: Redução de Perdas - Subsetor Zona Sul ROMPIMENTO DE REDES E RAMAIS – 2008 a 2011 ROMPIMENTO NA REDE ROMPIMENTO NO RAMAL CARACTERÍSTICAS SUBSETOR ZB ZONA SUL INFRAESTRUTURA DA DÉCADA DE 70 REDES EM CIMENTO AMIANTO RAMAIS EM FERRO GALVANIZADO HIDRÔMETROS VELOCIMÉTRICOS Caso: Redução de Perdas - Subsetor Zona Sul OBRAS E SERVIÇOS SUBSTITUIÇÃO DE REDES E RAMAIS POR PEAD – POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE PADRONIZAÇÃO DA LIGAÇÃO COM CAIXA DE PROTEÇÃO LACRADA READEQUAÇÃO DOS HIDRÔMETROS PARA VOLUMÉTRICO CLASSE C Obra de Substituição da Infraestrutura de Água REDE PROVISÓRIA – “by pass” REDE MESMO CAMINHAMENTO MND – MÉTODO NÃO DESTRUTIVO SOLDA POR ELETROFUSÃO Metas do Programa de Perdas – Estágio Atual • Manter de forma permanente as ações já implantadas buscando melhoria contínua • Substituição dos hidrômetros velocimétricos por equipamentos volumétricos • Reabilitação de redes e ligações de água deterioradas, incluindo a padronização da ligação Marco Regulatório do Saneamento CENÁRIO 2016 Lei 11.445/2007 estabelece as diretrizes nacionais para saneamento básico, com base em 12 princípios fundamentais, sendo o VII princípio corresponde à “eficiência e sustentabilidade econômica” Lei 11.445/2007 no artigo 11 que trata das condições validas dos contratos de prestação de serviços públicos de saneamento básico, na parágrafo I cita “a existência de Plano Municipal de Saneamento Básico”, com metas estabelecidas para garantia da eficiência e sustentabilidade econômica dos serviços Lei 11.445/2007 determina a regulação do serviço saneamento básico, com independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira da entidade reguladora, e no artigo 22 estabelece os objetivos da regulação onde no parágrafo II cita “garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas”. No artigo 23 parágrafo VII cita “avaliação da eficiência e eficácia do serviços prestados” CONCLUSÃO Ação de controle e combate as perdas de água, busca melhorar a eficiência do sistema de água, com redução do custo operacional e recuperação de faturamento • Para melhorar a eficiência é necessário alterar processos 1º DESAFIO • Processos envolvem pessoas, que precisam estar comprometidas e aceitar mudanças 2º DESAFIO • Para controlar e combater perdas de água é necessário investimentos 3º DESAFIO Ivan de Carlos Coordenador de Análise de Desempenho dos Sistemas e Cadastro Técnico (19)3735-5394 – [email protected] ____________________________________________________________ DIRETORIA EXECUTIVA DA SANASA Diretor Presidente – Arly de Lara Romêo Chefe de Gabinete – Fernando Ribeiro Rossilho Diretor Administrativo – Paulo Jorge Zeraik Diretor Comercial – Luiz Carlos de Souza Diretor Financeiro e de Relações com Investidores – Pedro Cláudio da Silva Diretor Técnico – Marco Antônio dos Santos www.sanasa.com.br 0800 77 21 195