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Economia para Advogados
Conceitos Econômicos Fundamentais e Análise
Econômica do Direito
Prof. Dr. Heron Carlos Esvael do Carmo
Economia para Advogados
Organização do Curso
1.Conceitos Econômicos Fundamentais
2.Funcionamento do Mercado: Fundamentos de Microeconomia
3.Estruturas de Mercado e Regulação
4.O Ambiente Econômico: Fundamentos de Macroeconomia
5.O Setor Público e a Política Econômica: o Caso Brasileiro na
“Nova República”
Economia para Advogados
Bibliografia:
 Manual de Economia- Equipe de Professores da USP. Saraiva,
6ª Ed.
 Introdução à Economia- Gregory Mankiw
 Direito & Economia – Robert Cooter e Thomas Ulen
 Economia sem truques-Carlos Eduardo S. Gonçalves e Bernardo
Guimarães
 Economia Brasileira Contemporânea (1945-2010)
Conceitos Econômicos Fundamentais
 O termo economia, segundo Mankiw, tem origem na palavra
grega oikonomos e pode ser traduzida como “aquele que
administra o lar”. O autor observa que a administração da casa
e da economia tem muito em comum.
 Cada família precisa alocar seus recursos escassos entre seus
membros levando em consideração as habilidades, esforços e
necessidades de cada um. Cada família deve decidir:
–
–
–
–
Quem irá trabalhar?
Quais bens serão produzidos e em que quantidades?
Quais recursos deveriam ser empregados na produção?
Qual o preço de venda destes bens?
Conceitos Econômicos Fundamentais
 A sociedade também se defronta com limitação de recursos –
terras, recursos humanos e máquinas – e precisa decidir:
– Que atividades serão executas;
– Por quem serão executadas;
– Como será alocada (distribuída) a produção de bens e
serviços.
 A Administração dos recursos da sociedade é importante porque
os recursos são escassos.
 Escassez significa que a sociedade tem recursos limitados e,
portanto, não pode produzir todos os bens e serviços que as
pessoas desejam ter.
Conceitos Econômicos Fundamentais
Economia é o estudo da forma pela qual a sociedade administra
seus recursos escassos
 Economistas estudam:
– Como as pessoas tomam decisões;
– Como as pessoas interagem umas com as outras;
– Como funciona a economia.
Conceitos Econômicos Fundamentais
Como as Pessoas Tomam Decisões
 1.Pessoas enfrentam conflitos (tradeoffs).
 2.O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para
obtê-la.
 3.Pessoas racionais pensam na margem.
 4.Pessoas respondem a incentivos.
Conceitos Econômicos Fundamentais
Como as Pessoas Interagem
 5.O comercio pode melhorar a situação de todos.
 6.Os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a
atividade econômica.
 7.Os governos podem às vezes melhorar os resultados do
mercado
Conceitos Econômicos Fundamentais
Como a Economia Funciona
 8.O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de
produzir bens e serviços.
 9.Os preços sobem quando o governo emite moeda demais.
 10.A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre
inflação e desemprego.
Conceitos Econômicos Fundamentais
Como as pessoas tomam decisões
1.Pessoas enfrentam conflitos em suas escolhas (tradeoffs): tomar
decisões implica em comparar um objetivo com outros
 Para obter uma coisa que desejamos, em geral temos de abrir
mão de outra coisa da qual gostamos
– Educação versus outras despesas de consumo
– Alocação do tempo entre atividades de lazer e trabalho
– Eficiência versus equidade
 Eficiência: propriedade que uma sociedade tem de receber o
máximo possível pelo uso de seus recursos escassos.
 Equidade: justa distribuição da prosperidade econômica entre os
membros da sociedade.
Conceitos Econômicos Fundamentais
2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para
obtê-la.
 Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de decisões
exige comparar os de custos e benefícios de possibilidades
alternativas de ação
– Cursar ou não cursar uma faculdade?
– Prestar ou não prestar um concurso público?
– Trocar de emprego
– Utilizar o transporte público ou o individual
 O Custo de Oportunidade de um item é aquilo de que devemos
abrir mão para obter o item pretendido
– Atletas que abandonam os estudos para se dedicar aos
esportes profissionais avaliam que o custo de oportunidade
de continuar a estudar regularmente é muito elevado
Conceitos Econômicos Fundamentais
3. Pessoas racionais pensam na margem.
 Os economistas presumem que as pessoas são racionais. Uma
pessoa racional faz o melhor para alcançar seus objetivos,
sistemática
e
objetivamente
conforme
as
alternativas
disponíveis.
 Alterações marginais são pequenos ajustes incrementais a um
plano de ação, ou seja, pessoas tomam decisões através da
comparação de custos e benefícios na margem.
– Decisão de aumentar ou reduzir a aplicação financeira em
um ativo da carteira de investimentos financeiros
Conceitos Econômicos Fundamentais
3. Pessoas racionais pensam na margem.
A tomada de decisões marginais ajuda a explicar algumas
questões intrigantes da economia: por que a água é tão barata e
os diamantes tão caros?
A explicação é que o desejo de pagar por um bem baseia-se
no
benefício
marginal
proporcionaria.
que
uma
unidade
extra
deste
Conceitos Econômicos Fundamentais
4. . Pessoas respondem a incentivos.
 O incentivo pode ser uma perspectiva de uma recompensa ou
de uma punição
 Alterações de custos e benefícios na margem motivam as
pessoas a responderem.
 Os incentivos são fundamentais para analisar o funcionamento
do mercado
– O preço mais alto de um produto, caso do tomate em abril de 2013, induz
os consumidores a reduzirem o consumo e os produtores a aumentarem a
produção.
– Em uma estrada com conservação deficiente os motoristas tendem a dirigir
com mais cautela
Conceitos Econômicos Fundamentais
Como as pessoas interagem
5. O comercio pode melhorar a situação de todos.
 As pessoas obtém ganhos com a possibilidade de poder
comerciar entre si.
 A competição resulta em ganhos do comercio.
 O comercio permite que as pessoas se especializem naquilo que
elas fazem melhor.
– O Brasil é o segundo maior exportador de produtos
agrícolas, mas tem historicamente apresentado déficits
importantes no comércio de máquinas e equipamentos
Conceitos Econômicos Fundamentais
6. Os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a
atividade econômica.
 Em uma economia de mercado, as famílias decidem o que
comprar e quem vai trabalhar para isso.
 As empresas decidem quem vão contratar e o que vão produzir.
Adam Smith observou que as famílias e as empresas,
ao interagirem nos mercados, agem como que
guiadas por uma “mão invisível”
Conceitos Econômicos Fundamentais
6. Os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a
atividade econômica.
 Como as famílias e as empresas levam os preços em
consideração ao tomar suas decisões, elas, sem saber, estão
levando em conta os benefícios e custos sociais de suas ações.
 Em decorrência, os preços encaminham esses tomadores de
decisões individuais para resultados que, muitas vezes,
maximizam o bem estar da sociedade como um todo.
Conceitos Econômicos Fundamentais
7. Os Governos podem às vezes melhorar os resultados do mercado
 Um dos objetivos do estudo da economia é refinar nossa visão
sobre o papel e os objetivos adequados das políticas
governamentais.
 As economias de mercado necessitam das instituições para
garantir o direito de propriedade de modo que os indivíduos
possam controlar os recursos escassos.
 Em economias socialistas os preços eram estabelecidos pelo
governo
“A mão invisível” é poderosa, mas não onipotente
Conceitos Econômicos Fundamentais
7. Os Governos podem às vezes melhorar os resultados do mercado
 Quando o mercado falha o governo pode intervir para promover a
eficiência e a equidade.
 Falha de mercado situação na qual o mercado, por si mesmo,
fracassa em alocar recursos de forma eficiente
 Falha de Mercado pode ser ocasionada por uma externalidade, que
é o impacto das ações de alguém sobre o bem-estar dos que estão
em torno.
 Falha de Mercado também pode ser ocasionada pelo poder de
mercado, que é a capacidade que um único ator (ou pequeno
grupo de atores) tem para influenciar significativamente os preços
de mercado.
Conceitos Econômicos Fundamentais
Como a economia funciona
8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de
produzir bens e serviços.
 Padrão de vida pode ser medido de diversos modos:
– Através da comparação da renda pessoal.
– Através da comparação do valor de mercado do total da
produção dos países.
 Quase todas as variações de padrão de vida entre países são
explicadas pelas diferenças nas suas produtividades
 Uma política pública que vise aumentar o padrão de vida deve ter
por foco o aumento da produtividade via investimentos em
educação, ciência e tecnologia
Conceitos Econômicos Fundamentais
8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de
produzir bens e serviços.
Produtividade é a quantidade de bens e serviços produzida
em uma hora de trabalho.
Maior produtividade  Maior padrão de vida
Conceitos Econômicos Fundamentais
9. Os preços sobem quando o governo emite moeda
demais
 Inflação é um aumento no nível geral de preços da
economia.
 Uma causa da inflação é o aumento da quantidade
de moeda.
 Quando o governo emite grandes quantidades de
moeda, o valor da moeda cai.
Conceitos Econômicos Fundamentais
10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação
e desemprego
 A Curva de Phillips ilustra o conflito (tradeoff) entre inflação e
desemprego:
 É um conflito de curto prazo
 O aumento da quantidade de moeda na economia estimula o
consumo e, portanto, a demanda agregada por bens e serviços
 O aumento da demanda eleva preços e estimula as empresas a
contratar mão-de-obra e aumentar a produção
 Maior contratação significa menor desemprego
Conceitos Econômicos Fundamentais
Análise de dois casos:
1.Efeitos de restrições impostas pelo EUA à importação de
produtos têxteis de Bangladesh que empregavam crianças de até
14 anos.
2.Modelo para explicar a proporção de detenções de pessoas nos
EUA no ano de 1986, para uma amostra de 2725 homens nascidos
na Califórnia em 1960 e 1961, que já haviam sido presos ao
menos uma vez.
– O modelo é uma simplificação do proposto por Geary Becker, economista
ganhador do Nobel de Economia de 1992
O numero de detenções de cada indivíduo foi relacionado à:
proporção de prisões anteriores a 1986 que levaram a condenação;
duração média das sentenças por prisões anteriores; período em meses
de permanência da prisão em 1986 e número de trimestres de
desemprego.
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