Os continentes em desenvolvimento No capítulo anterior nós olhamos para os desenvolvimentos recentes e atual compreendimento da evolução tectônica da crosta Fanerozóica, Proterozóica e Arqueana. Desta pesquisa surgiram pontos importantes. 1. Se consideramos um greenstone belts Arqueano, enxames de diques do início do Proterozóico, anortositos do Proterozóico médio, granitos rapikavi e complexos alcalinos, tilitos do Proterozóico tardio ou margens continentais Fanerozóicas iniciais ou tardias, a suíte de rocha em questão e suas estruturas associadas em qualquer continente são essencialmente similares entre elas, apesar delas serem diacrônicas. De fato as similaridades são tão impressionantes que não há necessidade de hesitar em concluir que o crescimento continental atravessou estágios comparáveis em diferentes locais, isso significa que é justificável dizer em termos de uma seqüência de estágios em uma evolução continental. Então nós devemos considerar que forma esses estágios de evolução levou. 2. Para entender a evolução dos continentes, nós devemos procurar primeiro que similaridades ou diferenças que há entre processos tectônicos modernos (Mesozóica-Cenozóica) e aqueles operante no passado anterior ao início do registro geológico. Um importante resultado da pesquisa neste livro é que através da ultima década um numero crescente de especialistas de todos os campos tem chegado a conclusão que o passado a o presente foram mais similares do que fora proposto inicialmente. É necessário reconhecer este ponto antes que possamos deduzir quais foram as diferenças significativas. Este debate está focado particularmente na idéia que de alguma maneira uma forma de placas tectônicas foi responsável pela geração de cinturões orogênicos antes do início do Précambriano. Se você preferir, uniformitarismo tectônico chegou nessa era. 3. Agora, como ficam as diferenças? Parcialmente do próprio registro geológico, podemos calcular independentemente que a taxa de decaimento radiogênico e a produção de calor foram maior no passado e a composição da atmosfera e dos oceanos deve ter mudado com o decorrer do tempo geológico. Quando olhamos para as rochas, xistos azuis, eclogitos, rochas alcalinas e depósitos de chumbo elas são mais raras no Arqueano do que no Cenozóico, mas BIF’s são mais comuns no Arqueano. Nós podemos correlacionar essas mudanças no registro sedimentar com a evolução da atmosfera e da hidrosfera citada anteriormente, e eles como resposta obviamente alteraram a biosfera. Da mesma forma, devemos olhar pra os sinais na tectônica, registros magmáticos e metamórficos, que pode ser relacionado para prever diferentes mecanismos tectônicos no passado. Neste ultimo capitulo vamos trazer juntos muito dos aspectos e relações descritas anteriormente para entender sua contribuição para a evolução dos continentes. Nós devemos fazer isso considerando a evolução da atmosfera e da hidrosfera e, em seguida os registros sedimentares, magmáticos, metamórficos e metalogenéticos. Finalmente devemos rever os principais fatores e suas partes no paradigma da evolução crustal. A atmosfera e a hidrosfera Nos capítulos anteriores revimos um grande número de rochas sedimentares, mas não consideramos os possíveis fatores que controlaram seu desenvolvimento, tal como a evolução da atmosfera terrestre e do oceano desde o Arqueano até os dias de hoje (Holland, 1984). Vamos considerá-los em ordem de seu desenvolvimento. Desgaseificação primordial Um longo aspecto apreciado da atmosfera terrestre presente é que os gases nobres, hélio, argônio e xenônio, são muito escassos se comparado com suas abundâncias cósmicas. Isso leva a idéia de que alguns elementos voláteis que formavam a atmosfera foram liberados em massa do material acrecionado originalmente na Terra (quando possuía um tamanho menor) e vem decrescendo em quantidade desde então. Turner (1989) apontou que taxas extremamente alta de 40Ar/36Ar em MORB indicam conclusivamente a maior liberação dos voláteis primordiais ocorreu antes que houvesse um crescimento significante do 40Ar radiogênico no manto, nos primeiros 500Ma ou então da história da Terra, e que a alta taxa de 129Xe/130Xe em MORB combinada com os dados de argônio indicaram que mais de 80% foi liberado nos primeiros 50Ma (Fig. 22.1). O maior fluxo de calor e por isso uma maior convecção na Terra primitiva leva a curtos períodos de residência. A conclusão de que a maior desgaseificação inicial na história da Terra é inevitável e modelo independente. O saco de oxigênio É amplamente aceito que a maioria dos gases da atmosfera atual derivou de exalações vulcânicas, principalmente durante o arqueano. Assim é assumido que, se os produtos da desgaseificação precoce são similares as exalações vulcânicas modernas, vapor de água e CO2 teriam composto o grosso dos voláteis, seguidos por H2s, CO, H2, N2, CH4, HF, HCl e Ar (FIg. 22.2). Porém, há um insignificante oxigênio molecular nas exalações vulcânicas modernas e ainda mais é normalmente argumentado que a atmosfera no Arqueano era anóxica, o oxigênio livre que vemos hoje teria evoluído subsequentemente. Figura 22.1 Gráfico mostrando a liberação de 36Ar na atmosfera para uma gama de modelos. Liberação precoce é prevista em todos os modelos. A curva horizontal preenchida representa os modelos que ignoram os dados de xenônio, i.e. aceita que não há desgaseificação catastrófica antecipada de 36Ar. Embora menos radical que as curvas constrangidas pelos dados de xenônio, rápida liberação de 36Ar nos primeiros 500 Ma é inevitável (de Turner, 1989, reproduzido coma permissão da Sociedade Geológica de Londres) Pela desgaseificação não suprir o oxigênio livre para o sistema atmosfera-oceano, o oxigênio deve ter derivado da dissociação dos óxidos como CO2 ou água; a radiação solar forneceu a fonte de energia para duas possíveis reações fotoquímicas, inorgânica (foto dissociação) e orgânica( fotossíntese). 1. Foto dissociação inorgânica. O ultravioleta de alta onda curta entre 1500 e 2100 Å do espectro solar fornece a energia para dissociar o vapor de água da atmosfera superior, o hidrogênio escapa preferencialmente do campo gravitacional da Terra e deixa a atmosfera enriquecida em oxigênio. Antes de cerca de 3,5 Ga o oxigênio havia sido produzido apenas por foto dissociação e provavelmente a atmosfera primitiva continha pequenas quantidades de oxigênio livre produzido por ele (Canuto et a., 1983; Schidlowski, 1983, 1984; Towe, 1983). Esse oxigênio ajudou na criação da camada ozônio (O3) (Fig. 22.2), que agiu como uma barreira para a radiação solar ultravioleta adicional, o que é importante na medida em que permitiu as formas de vidas primordiais desenvolverem enzimas para tratar com o oxigênio tóxico. Entretanto a capacidade de produção do oxigênio desse processo é consideravelmente menor (10-3) do que da fotossíntese, então esse segundo processo, mais eficiente, deve ter gerado o grande volume de oxigênio presente na atmosfera hoje (Holland, 1990). 2. Fotossíntese orgânica. A baixa energia do intervalo do espectro da luz visível providenciou energia para organismos primitivos gerarem carboidratos pela fotossíntese da água e do dióxido de carbono, liberando oxigênio como produto. CO2 + H2O = CH2O + O2 A reação é realizada expedientemente por plantas verdes e cianobactérias (formalmente denominado algas azul-verde). Há razões para acreditar que esta forma de fotossíntese foi criada por algum tipo de célula anaeróbica perto de 3,8 Ga por capturar a energia do Sol diretamente. Os organismos primordiais teriam capacidade de usar o CO2 da atmosfera para ajudar na construção de suas paredes celulares. Figura 22.2 Perfil conceitual da superfície da Terra nos tempos iniciais do Pré-Cambriano. Note a liberação de gases vulcânica de gases reduzidos, formação de oceanos e sedimentos, camada de ozônio e evolução química pr-ebiótica. Figura 22.3 ilustra a provável mudança da pressão do oxigênio na atmosfera através das três eras geológicas. Também a evolução do sistema atmosfera-hidrosfera primordial pode ser observado em termos de diferentes captações de oxigênio com o decorrer do tempo (Veizer, 1983; Ericksson, in press): 1. No período de 4,0 – 3,2Ga (um tempo de pequenos continentes e grandes oceanos) o principal coletor de oxigênio Arqueano foi o manto e a crosta oceânica na forma de vulcanismos e sistemas hidrotermais submarinos, semelhantes as fumarolas de hoje. Mesmo nas taxas reduzidas de hoje, esta atividade deve ter esgotado toda a reserva de Figura 22.3 Mudança estimada para pO2 através do tempo geológico. Durante o estágio I a atmosfera era redutora, no estágio II era oxidante e no estágio III foi anaeróbica. oxigênio atmosférico em cerca de 10 Ma utilizando o oxigênio para oxidar o Fe2+ em Fe3+ nos basaltos (Veizer, 1988b, 1992). Fe2+ e Mg2+ foram fornecidos pelo fluxo abundante da água do mar passando o sistema hidrotermal em crostas oceânicas, juntamente com a lixiviação de rochas vulcânicas e o primeiro ciclo sedimentar imaturo. Formações ferríferas não eram comuns e a hidrosfera se tornou progressivamente mais enriquecida em ferro e magnésio bivalente. Coletores menores de oxigênio foram providenciados por gessos de águas rasas e carbono que alterou para CO2 na grande ausência de precipitação de carbonato (Eriksson, in press). 2. No período de 3,2 – 2,6 Ga os principais coletores de oxigênio são os BIF’s do tipo Algoma associados com arcos de ilhas comuns em greenstone belts, e BIF’s do tipo superior em sucessões de camadas como um resultado do afloramento de águas profundas e precipitação de ferro em zonas de águas rasas no oceano – acima da picnoclina – Fig. 22.4 (Button et al., 1982). Houve oxigênio insuficiente nos oceanos para precipitar todo ferro e magnésio. Pelo oxigênio ser um veneno para organismos desprovidos de enzimas mediadoras-deoxigênio, os primeiros organismos a produzir só foram capazes de sobreviver por possuírem receptores externos de oxigênio (Cloud, 1976, 1983). Formações ferríferas agiram como seus receptores. O ferro ferroso foi lixiviado dos continentes como um resultado do ciclo de intemperismo anóxico; o ferro só pode ser transportado no estado ferroso, sais ferrosos costumam ser mais solúveis que sais férricos, e ainda a falta de oxigênio nos oceanos permitiu o intenso transporte do ferro. Entretanto, o ferro ferroso requer uma adição de oxigênio para ser precipitado como óxidos e hidróxidos de ferro, e foram os organismos primordiais que forneceram esse oxigênio. 3. O período 2,6 – 2,0 Ga foi caracterizado pela deposição de extensos e espessos BIF’s do tipo superior (James, 1983) e importantes depósitos de Mn (Chapter 16). Os oceanos foram finalmente limpos da grande quantidade de ferro ferroso dissolvido quando foram precipitados no estado férrico (principalmente em fácies de hematita (Fe2O3)). Também foi o tempo da deposição lateral de extensas e espessas sucessões de carbonatos estromatolíticos que fixaram grande quantidade de carbono nas margens de crátons estáveis (Eriksson, in press). É amplamente aceito que o oxigênio livre tornou-se abundante na atmosfera entre 2,4 Ga (Kirkhan and Roscoe, 1994) e 1,9 Ga – foi o período de maior mudança na composição atmosférica (Eriksson e Cheney, 1992). Esta conclusão é baseada nas evidencias a seguir: 1. Os desaparecimentos dos BIF’s em 1,9 Ga (Fig. 16.15) e simultaneamente a interrupção da lixiviação do ferro nos paleo-solos (Button e Tyler, 1981; Walker et al., 1983). 2. A presença antes e a falta depois de 2,3 Ga dos conglomerados de seixos de quartzo auríferos do tipo Witwatersrand com piritas e uraninita detríticas (Mossman e Harron, 1983). Os dois últimos minerais são rapidamente oxidados, portanto não sobrevivem aos processos de intemperismo. Desta maneira a sobrevivência dos grãos de uraninita durante o intemperismo e sua concentração em grandes Figura 22.4 Esquema representativo de ambientes de deposição relacionados a arcos, formações ferríferas do tipo Algoma dominadas por vulcões no Arqueano, e formações ferríferas do tipo superior em margens continentais passivas do Proterozóico superior. Note que a presença do BIF de tipo superior depósitos minerais de urânio a mais de 2,3 Ga atrás sugere que atmosfera possuía consideravelmente menos oxigênio do que ela tem hoje (Holland et al., 1986). 3. O desenvolvimento de paleo-solos ricos em ferro entre 2,45e 2,22 Ga (Roscoe, 1991) ou entre 2,2 e 2,0 Ga (Wiggering e Beukes, 1990). De acordo com Holland (1990) solos fósseis indicam que a pressão parcial de O2 subiu 15 vezes a 1,9 Ga atrás. 4. A aparição de minérios supérgenos ricos em hematita em formações ferríferas bandada entre 2,2 Ga e 1,9 Ga (Holland e Beukes, 1990). 5. Embora os evaporitos ocorram em 3,5 Ga no bloco Pilbara no norte da Austrália, 3,45 Ga no cinturão Barberton na África do Sul e em muitos cinturões Arqueanos tardio, esses sedimentos tornaram-se abundante depois de 1,9 Ga. A formação de sulfeto de cálcio envolve a oxidação de sulfetos em sulfatos provavelmente pela fixação do oxigênio fotossintético (Maisonncuve, 1982). δ34S para sulfetos Arqueanos está no intervalo -4 para +4%, comparado com -10 para +20% para sulfetos Proterozóicos. Como Kasting (1987) sugeriu, esta grande mudança perto do limite ArqueanoProterozóico implica em um aumento na concentração dos sulfatos no oceano, o que é explicado pelo acréscimo na pO2 da atmosfera, acompanhado pelo intemperismo oxidante no continente (possível se grandes áreas dos continentes foram amalgamadas e expostas). 6. A primeira aparição dos red-beds foi logo após 2,3 Ga (Walker et al., 1983; Twist e Cheney, 1986). Alguns red-beds em 3,45 Ga no Grupo Tree Fig no greenstone belt Barberton (Dimroth e Kimberley, 1976), em 2,3 – 2,1 Ga o Grupo Pretoria no sul da África há apenas pigmentações matriciais vermelhas em minerais argilosos, por volta de 1,9 Ga red-beds na África, a bacia de Mnt Isa na Austrália e o grupo Dubawnt no Canadá também tem revestimentos de hematita nos grãos, que é o elemento chave diagnóstico dos red-beds modernos. Eriksson e Cheney (1992) sugeriram que isto representa a transição para a atmosfera rica em oxigênio, e que por volta de 1,9 Ga o oxigênio na atmosfera era maior que 10-2 atm, causando intemperismo laterítico e red-beds com grãos revestidos de hematita. Isto é importante, portanto, para distinguir esses dois tipos de red-beds. Muitos calcários depositados entre 900 e 600 Ma possuem valores anormalmente alto de C13 Figura 22.5 Mudança estimada para pCO2, através do tempo geológico. A área sombreada representa uma gama razoável de pCO2. O ponto rotulado”titulação ácida uniforme” é pressão de CO2 estimada no Pré-Siluriano nas bases dos dados dos paleosolos. o que indica que quantidades extraordinariamente grandes de carbono orgânico fora depositado, que deve ter sido acompanhado por acumulações de formas oxidadas de carbono. Assim a pressão parcial do oxigênio deve ter crescido substancialmente durante esse período. Durante o Fanerozòico o oxigênio atmosférico variou sensivelmente (Hudson, 1989). Carvões fósseis do Devoniano em diante indicam que o nível de oxigênio na atmosfera não caiu abaixo de 12% nesse período (Chaloner, 1989). Berner e Canfield (1989) calcularam que durante o Permo-Carbonífero os níveis de oxigênio aumentaram significantemente, por causa das plantas vasculares terrestres e o soterramento generalizado de matéria orgânica em pântanos de carvão. No final do Permiano uma rápida descida nos níveis de oxigênio, resultante da deposição de sedimentos clásticos continentais em regiões áridas da Pangea para formar redbeds e, ao mesmo tempo, da queda do nível do mar, que expôs carvões para promover a captação do O2 por erosão e intemperismo. A abundância de oxigênio aumentou no NeoCretáceo -Terciário próxima aos dias de hoje. O Balanço de Dióxido de Carbono A entrada de CO2 nos oceanos e na atmosfera, e sua abundância em relação a outros constituintes, têm indiscutivelmente variado com o tempo geológico e esta variação está amplamente relacionada a composição e quantidade dos sedimentos carbonáticos, evaporitos e com o ciclo do carbono. Ao longo do tempo geológico a concentração de CO2 na atmosfera tem decrescido talvez por duas ordens de magnitude desde 3 Ga( Fig. 22.5), em parte por causa do enterro acumulado do carbono nos sedimentos, e em parte porque o manto mais quente no início do PréCambriano teria impedido a subducção de grandes quantidades de carbono como ocorre hoje (Des Marais, 1985). Figura 22.6 Variação na luminosidade solar (S) e temperatura efetiva da Terra (Te) ao longo do tempo geológico. So é a luminosidade solar atual (de Kasting, 1987, reproduzido com permissão da Elsevier Science). O aparecimento do oxigênio biogênico no início do Arqueano acelerou a oxidação do CH4 e do CO juvenis, aumentando assim o teor de CO2 na atmosfera e sua dissolução nos oceanos. Além disso, um aumento na pressão parcial de CO2 durante os períodos de maior atividade vulcânica arqueana intensificou o intemperismo em terra e possibilitou que as águas marinhas transportassem quantidades maiores de dióxido de carbono em solução. A pressão parcial de dióxido de carbono na atmosfera arqueana deve ter sido centenas de vezes maiores que no presente (Walker et al.,1983). O aumento das concentrações de CO2 na atmosfera teria criado um efeito estufa e as mais altas temperaturas globais poderiam ter sido o único mecanismo que pudesse prever a glaciação no Arqueano em um momento que houve uma redução na luminosidade solar – Fig. 22.6 (Kasting, 1987). O efeito do jovem e fraco Sol foi provavelmente compensado pelo grande aumento nas concentrações atmosféricas de CO2 maiores que 80-600 PAL, que teria mantido a temperatura superficial média global entre 0° e 15° - caso contrário a superfície teria congelado, que sabemos que não, por causa da presença de almofadas nos basaltos do início do Arqueano. De modo que altos níveis de CO2 podem ter influenciado o estado de oxidação atmosférica pelo crescimento da produção fotoquímica de H2O2 (peróxido de hidrogênio) e H2CO (formaldehyde), e a reação do former com o ferro ferroso dissolvido nos oceanos antigos pode ter sido uma grande queda para o oxigênio atmosférico. Assim, o primeiro pode ter sido o principal oxidante e o segundo o principal redutor em águas de chuva entre 3.0 Ga e 1.0 Ga (Holland et al., 1986). A química isotópica dos paleossolos de 3.1 Ga é compatível com os níveis da ordem de 20 – 30 PAL (Holland, 1984; Kasting, 1985). Com o abastecimento no carbono inorgânico diminuindo ao longo do Proterozóico, uma taxa menor da fixação de carbono em tapetes microbianos levou ao declínio nos estromatólitos no final do Pré-Cambriano (Rothschild and Mancinelli, 1990). Durante o tempo Fanerozóico um maior controle sobre o clima global tem sido o efeito estufa CO2 (Fig.22.7). Berner (1994) demonstrou que altos valores de CO2 durante o Mesozóico e uma diminuição no CO2 durante o Cenozóico foram devido grandemente ao baixo relevo Mesozóico e uma orogênese Cenozóica combinada com uma menor desgaseificação de CO2 metamórfico-vulcânica durante o Cenozóico. Também, a transferência da deposição de CaCO3 entre ambientes de água rasa e funda afetaram a desgaseificação de CO2 e os níveis de CO2 durante o Fanerozóico. A grande queda em CO2 no Paleozóico Médio foi principalmente uma conseqüência do intemperismo aumentado de silicatos e secundariamente um engrandecimento do enterro de matéria orgânica como uma Figura 22.7 Gráfico mostrando o ciclo atmosférico do dióxido de carbono durante o Fanerozóico. RCO2 é a massa de CO2 atmosférico no tempo t dividido por esse momento. As linhas acima e abaixo da linha que contém os pontos representam rudes estimativas de erros (de Berner,1994, reproduzido com permissão do American Journal of Science). conseqüência do surgimento e propagação de plantas terrestres vasculares. De acordo com Kerrick e Caldeira (1994) entre 1018 e 1019 mol MA-1 de CO2 foram geradas em profundidade por desgaseificação metamórfica no orógeno Himalaio, e mais pode ser esperado nos orógenos Mediterrâneo e no círculo-Pacífico. Se uma fração significante deste CO2 escapou para a superfície por fluxo de fluidos ao longo de zonas de cisalhamento como a Main Central Thrust, teria sido aquecimento detectável no Eoceno (isso é oposto a visão de Berner (1994) acima). Na verdade, o Eoceno inferior (55 – 50 Ma) foi o período mais quente no Cenozóico (Crowley e North, 1991), quando uma das maiores extinções bentônicas em mar profundo nos últimos 90 Ma ocorreu (Kennett e Stott, 1991). As últimas glaciações Cenozóicas estão relacionadas à diminuição considerável de CO2 e, portanto da temperatura, que pode ter sido causada pela rápida orogênese do Platô do Tibet (Raymo et al., 1988; Raymo e Ruddiman, 1992). Dessa forma, a orogênese Himalaia-Tibet pode ter sido em grande parte tanto para o aquecimento e o subseqüente resfriamento global no Eoceno. Evolução atmosférica e o Desenvolvimento das Formas de Vida Tem havido uma estreita interdependência da atividade atmosférica e biosférica ao longo do tempo geológico (Fig.22.8). Por um lado, a maioria do oxigênio livre na atmosfera resultou de atividade biológica através da reação de fotossíntese e, por outro, mudanças na composição atmosférica, em particular o aumento progressivo no teor de oxigênio molecular, desencadeando maiores inovações biológicas que permitiram que a vida evoluísse e se diversificasse (Schidlowski,1984,1987;Schopf,1983;Schopf and Klein,1992;Veizer,1988a). Estudos dos isótopos do carbono de Schidlowski (1988) forneceram evidências do carbono redutor (orgânico) e dos carboidratos produzidos pela fotossíntese em sedimentos de 3.8 Ga, mesmo quando não há restos orgânicos, e isto indica que a própria vida deve ter começado antes de 3.8 Ga. Prevê-se que antes Figura 22.8 Sumário dos principais eventos geológicos e biológicos e seu timing em relação ao teor estimado de O2 da atmosfera como uma porcentagem do nível atual atmosférico (PAL) (após Kershaw, 1990, reproduzido com permissão da Blackwell Scientific Publications). do início da vida havia um processo de evolução química pré-biótica, proteínas e DNA desenvolveram-se próximas a superfície de mares anóxicos até eles se organizarem dentro de células capazes de serem preservadas (Kershaw, 1990). O teor de Corg de sedimentos arqueanos não foi tão diferente de outras rochas mais jovens ( Schidlowski, 1983), e assim os dados isotópicos do carbono são compatíveis com a existência de uma biosfera fotossintética procarionte meio (Hayes, 1983) ou igual ao de hoje (Schidlowski et al., 1983). Procariontes são organismos unicelulares, os quais faltam um núcleo e usam a reação da fotossíntese (Fig, 22.9). A presença de comunidades bacterianas no início da vida na Terra é indicada por abundante carbono orgânico em cherts mais velhos que 3.2 Ga (Barley et al., 1979; Walsh, 1992), pelas camadas laminadas de carbonato que podem ser estromatólitos planos, por microestruturas carbonáticas que se assemelham a bactérias cocóides e fibrosas (Awramik et al., 1983; Walsh and Lowe, 1985; Schopf and Packer, 1987), e pela evidência isotópica que alguns desses organismos foram autótrofos ( organismos como as cianobactérias capazes de criar sua própria comida pela fotossíntese) (Schidlowski et al., 1983). Também alguns estromatólitos tridimensionais Figura 22.9 Características gerais dos procariontes e eucariontes com ilustrações de exemplos-chave de fósseis (de Kershaw, 1990, reproduzido com permissão da Blackwell Scientific Publications). são mais velhos que 3.2 Ga (que são normalmente aceitos como produtos de fotossíntese) no bloco de Pilbara no Oeste Australiano (Walter et al., 1980; Lowe, 1983; Buick and Dunlop, 1990) e no cinturão Barberton da África do Sul (Byerly et al.,1986), embora Lowe (1994) sugeriu que estes foram formados por processos não-biológicos como a precipitação evaporítica, ou a deformação de sedimentos leves. De acordo com Knoll (1994) níveis de pO2 provavelmente alcançaram cerca de 10% PAL (níveis atmosféricos atuais) em 2.10 Ga. De 1.6 – 1.4 Ga o teor de oxigênio da atmosfera tinha aumentado de tal forma que uma forma primitiva de metabolismo oxidante foi possível; o primeiro uso de oxigênio em eucariontes (Knoll, 1992a) apareceu nesse período em águas oxigenadas (Fig. 22.9). Estes foram organismos complexos (heterótrofos, incapazes de criar seu próprio alimento, que se alimentam de outros organismos) com núcleos capazes de se dividir sexuadamente possibilitando que o material genético codificado (DNA) seja passado para seus descendentes. O aumento na pressão do oxigênio foi marcado por uma mudança da fermentação ineficiente, um processo anaeróbico, para uma respiração, uma forma muito eficiente e muito avançada de metabolismo aeróbico. Com o aparecimento da respiração os primeiros organismos eucariontes foram capazes de evoluir um sistema nervoso para controlar o processo e um sistema circulatório para distribuir o oxigênio. Na idade de cerca de 700-600 Ma o primeiro Metazoa apareceu na forma da fauna Ediacara (para detalhes veja o capítulo 13). Estes são organismos multicelulares complexos que precisam de oxigênio para poder crescer. A fauna Ediacara tinha corpo mole, i.e., água-viva, vermes e esponjas, e eles provavelmente continham colágeno, a principal proteína estrutural nos tecidos Metazoanos, que requer oxigênio molecular para sua síntese, embora colágeno seja particularmente preocupado com a formação de esqueletos e conchas duras, evidência de que apareceram no registro fóssil há 570 Ma no limite Pré-Cambriano – Cambriano. A explosão do Cambriano foi o evento quando eucariontes usurparam a função dos procariontes em remover CO2 do efeito estufa através da precipitação de CaCO3 (Hsü, 1992). Sedimentação As quantidades, tipos e composições das rochas sedimentares formadas em diferentes épocas na história da Terra variam consideravelmente (Fig. 22.14). Muitos fatores podem ter contribuído com estas variações, tal como mudanças nos tipos dos ambientes tectônicos, atmosférico e evolução hidrosférica, taxas de erosão dependentes das mudanças da acidez dos solos devido ao desenvolvimento de plantas e outras espécies, mudanças na composição de rochas ígneas formando acamamentos com contribuição de detritos (dependendo do ambiente tectônico existente), o escoamento global da água em relação a área continental e a erosão, e processos de reciclagem considerando a destruição, preservação e formação de diferentes tipos de sedimento. O objetivo aqui é resumir os conceitos atuais nos processos predominantes e as tendências que deram origem a essas grandes mudanças com o tempo. Nesse assunto a cautela deve ser utilizada como hoje estamos olhando para os restos, e não para o âmbito original, das sequências sedimentares. As principais causas das mudanças tem sido atribuídas a dois fatores: reciclagem e tendências evolutivas. Mas primeiro nós devemos olhar para o volume e tipo das rochas sedimentares preservadas. Depósitos sedimentares em relação à idade Uma estimativa da média da massa das rochas sedimentares que restam hoje em dia para cada período do Fanerozóico é obtido através da divisão da sua massa estimada pela duração de cada Período; a maioria das autoridades concordam que existe um acentuado mínimo para o Permiano e um máximo para o Devoniano e Cenozóico e que a massa de rochas sedimentares do Pré-Cambriano é a única um pouco menor que a massa total do Fanerozóico mas sua distribuição com a idade é pouco conhecida. Existem relativamente poucos sedimentos do PréCambriano Superior (600-800 Ma atrás) e isso representa um genuíno mínimo como não havia um alto volume em cerca de 1.0 Ga. A figura 22.15 mostra que os padrões de distribuição de idade varia consideravelmente para cada litologia. Em outras palavras as porcentagens relativas das litologias varia com a idade. Sequências mais jovens tem altas proporções absolutas e relativas de calcários, evaporitos e apatitas, e baixas proporções relativas de sedimentos clásticos e dolomitos que as sequências mais velhas. Reciclagem A reciclagem sedimentar é um conceito que leva em consideração o fato que sedimentos tem sido erodidos e redepositados (i.e. reciclado) ao longo do tempo (Fig. 22. 16). O ponto é trazido à tona quando se considera que nos dias atuais a taxa de erosão de metade dos sedimentos expostos no mundo será destruída em aproximadamente 100 Ma. Algumas rochas como lutitos e vulcanogênicas são mais resistentes a reciclagem que, por exemplo, calcários que podem ter sido reciclados pelo menos cinco vezes nos últimos 3.0 Ga. O fato de que a maior parte da lama pelágica oceânica é removida nas zonas de subducção (tendo assim uma vida média de apenas 50-60 Ma) reflete a importância desse processo na reciclagem de carbonatos oceânicos (Worsley et al., 1984; Wilkinson and Walker, 1989). Assim, a reciclagem de sedimentos levou a diferenças nas proporções dos tipos de rocha originalmente depositados quando comparados com os que são vistos hoje em dia. A sistemática isotópica Sm-Nd de sedimentos sugere que para as massas sedimentares pós-Arquanas, que a reciclagem foi de ≈ 90 ± 5% cannibalistic (Veizer e Jansen, 1985). Figura 22.14 – Variações na ocorrência de rochas sedimentares e minérios de associação sedimentar durante a história geológica (after Veizer, 1988b com permissão de John Wiley). Figura 22.15 – Observa-se a distribuição acumulativa massa-idade dos principais tipos litológicos sedimentares: gr, grauvacas; sh, folhelhos; ark, arcóseos; SS, arenitos; dol, dolomitos; evap, evaporitos; lm, calcários; phosp, fosforitos(apatitas). CB, embasamento continental; P, plataformas; MOB, cinturões orogênicos maduros; OD, domínio oceânico (bacias de margem ativa para passiva) (de Vezier, 1988b, reproduzido com a permissão de John Wiley). Crosta oceânica, por causa da sua rápida reciclagem, é subestimada no registro geológico em rochas mais velhas que 300 Ma, e deste modo a diversidade tectônica relacionada com esse fato é claramente a função do tempo. Uma significante conclusão para o conhecimento da reciclagem é a que observamos nos padrões sedimentares pósArqueano que não registraram detalhes da evolução crustal. Veizer e Jansen (1979, 1985) explicaram os dados acima da seguinte forma. O Archacan foi dominado pelo desenvolvimento do primeiro ciclo de massa sedimentar da erosão contemporânea (≤ 250 Ma old) das rochas ígneas (jovens) precursoras (fundo oceânico, arcos e platôs). Subseqüente ao alto grau de cratonização, e estabelecimento de um próximo atual massa sedimentar global em ≈2.5 ±0.3 Ga atrás (70-85% da crosta continental foi formada por volta desse tempo; McLennan e Taylor, 1982), reciclagem tornou-se a característica dominante na evolução do sedimento. Atualmente a alta freqüência de rochas vulcânicas em greenstone belts Arqueanos, apesar de evidências de reciclagem, sugere-se uma excessiva abundancia original, e segue-se que o domínio oceânico foi o regime tectônico dominante nos primórdios da Terra. Os 30% de componentes máficos presentes na existente massa sedimentar é mais provável que representem uma relíquia dos sedimentos máficos originais do Arqueano Inferior, ainda não dispersados pela subseqüente reciclagem (Veizer, 1988b). Nós podemos olhar para a situação de outra forma. Os dois maiores fluxos atuais que controlam a composição da água do mar são descarga de rios e a interação entre a água do mar e os basaltos oceânicos, a maioria em células hidrotermais nas cadeias mesooceânicas. A figura 22.17 mostra que a cerca de 2.5 Ga uma cross-over levou a um lugar entre os fluxos quentes/de calor da (declining) superfície do manto e o desenvolvimento de continentes (Veizer, 1988a). Isso significa que o fluxo do rio Figura 22.16 – Excesso no modelo Sm/Nd de idade para sedimentos sobre as suas idades estratigráficas (Δ). (a) Cálculos teóricos da Δ-idade dos declives, que representa (de)graus no cannibalism em porcentagem. Quantidades menores de reciclagem conduzem a declives mais rasos. (b) Valores de Δ para sedimentos foi calculado com dados experimentais de várias fontes (de Veizer e Jansen, 1985, reproduzido com a permissão da Universidade de Chicago). Veizer (1982) resumiu as principais mudanças em fácies sedimentares através do PréCambriano Inferior e Médio: Figura 22.17 – Representação esquemática dos fluxos de calor na superfície do manto e de áreas de crescimento continental durante o tempo geológico. Nota-se que a taxa de 87Sr/86Sr da Fig. 22.18 é proporcional a taxa continental – fluxo oceânico, e sofre um aumento significativo por volta de 2.5 Ga refletindo um decréscimo no fluxo mantélico e um crescimento na crosta continental (de Veizer, 1988ª, reproduzido com a permissão de Kluwer Academic Publishers). foi não-linear proporcional ao tamanho dos continentes contemporâneos, ao passo que a intensidade da circulação da água através dos basaltos de fundo oceânico foi proporcional a produção de calor no manto. Deste modo, no Arqueano o buffering da química do oceano foi principalmente por basaltos, enquanto que nos tempos pós-Arqueano, foram caracterizados por grandes continentes e pouca produção de calor no manto, o fluxo dominante foi a descarga de rios continentais. O argumento mais radical em apoio a reciclagem crustal veio de Armstrong (1981) que utilizou isótopos de Pb, Sr e Nd para sugerir que as atuais massas de continentes de desenvolveram no início do registro geológico e que elas tem sido recicladas como sedimentos através de zonas de subducção desde a forma near-steady-state. Essa posição foi refutada por McLennan e Taylor (1983) que calcularam que as taxas de sedimentação são insuficientes para apoiar o modelo de não crescimento continental. Tendências sedimentológicas Alem das mudanças devidas a várias reciclagens, proeminentes mudanças a longo prazo tem tomado lugar em composições e relativa abundância de rochas sedimentares. 1. Greenstone belts do Arqueano Inferior e Médio foram formados por edifícios máficos e félsicos vulcanogênicos e vulcanoclásticos com alto relevo, encobertos por sedimentos químicos como cherts, formações ferrosas tipo Algoma, exhalative carbonatos e baritas. Rochas similares atualmente ocorrem próximas as cordilheiras oceânicas e arcos de ilha. 2. Cinturões Neo-arqueano são caracterizados por uma ressedimentação clástica de uma assembléia de turbiditos de água rasa depositados em leque submarinos, e uma fácies não marinha de conglomerados estratificados, arenitos e siltitos depositados em planícies aluviais de rios entrelaçados. 3. Estes sedimentos transpõe lateralmente e verticalmente dentro de arenitos de acamamento cruzado e conglomerados clasto sustentados formados em ambientes costeiros como planície deltaica, planícies de maré e plataformas marinhas. Tais sedimentos implicam na existência de uma estável hinterland e eles representam uma transição para assembléias maduras do Eoproterozóico. 4. Sedimentos Eo-proterozóicos pertencem a uma madura plataforma com assembléias de ortoconglomerados, arenitos quartzíticos, folhelhos e carbonatos de uma formação ferrosa de tipo superior. O limite Arqueano – Proterozóico é deste modo caracterizado por uma mudança de fácies imaturas para fácies maduras, que resultaram da expansão de mares epicontinentais produzidos possivelmente pela progressiva cratonização dos cinturões Arqueanos. A evolução das massas sedimentares pós 2.5 Ga é tipificada por ≈ 95% de reciclagem cannibalistc, que portanto redispersou a maior parte do volume de composições máficas (andesito basáltico) do Arqueano de modo que a massa sedimentar global atual é desequilibrada em favor de maiores composições máficas comparadas com as fontes da crosta continental superior que são mais granodioríticas. Os três tipos de associações supracrustais que são característicos do Eo e Meso Proterozóico (Condie, 1982) são: 1. Quartzito – carbonato – folhelho; 2. Quartzito – arcóseo, vulcânico – bimodal; 3. Cálcio-alcalina vulcânica (andesito) – grauvaca. Dolomitos substituídos por cherts com dominância de sedimentos biogênicos no Proterozóico, e que foram substituídos por calcários no Fanerozóico. A diminuição na razão dolomita/calcita com o tempo, reflete as variações na evolução dos oceanos – sistema atmosférico. Como mais CO2 entrou nos oceanos, mais Ca foi depositado em CaCO3; quando mais CO2 é colocado dentro de um sistema que Ca sendo liberado durante o intemperismo (como no Arqueano e Proterozóico) do que Mg sendo depositado como uma fase carbonática em dolomitos. O decrescimento marcado na razão dolomita/calcita pelo Fanerozóico deveu-se a um decréscimo em ambas as taxas de desgaseificação juvenil e de desgasieficação do CO2 reciclado. Mutuas variações entre sedimentos clásticos e carbonatos tiveram lugar no Fanerozóico, o mais recente quase substituindo pelo último no Devoniano Inferior, o Permiano Superior – Triássico Inferior e no fim do Cenozóico. Esses períodos corresponde ao estágio final do Caledonian, Variscan e Alpine – orogenia do Himalaia que foram momntos de coalescencia de palcas e conseqüente elevação do relevo. Picos de sedimentação de carbonatos coincidiram com os períodos das principais transgressões, máxima atividade de espalhamento do fundo oceânico e bom desenvolvimento das margens continentais. O ciclo da água global durante o Fanerozóico foi uma conseqüência das flutuações continentais no escoamento, da área continental e da erosão, como mostrado por Tardy et al. (1989) que calculou que os períodos úmidos foram o Cambriano, Devoniano-Siluriano e Cretáceo, e que os períodos secos foram Permo-Triássico e o Presente. Tendências químicas A composição das rochas sedimentares, em particular folhelhos e carbonatos, demonstra algumas distintas variações químicas através do tempo geológico. Todas as tendências das eras se encontram retratadas na Fig. 22.18 que mostra a principal mudança por volta do limite Arqueano – Proterozóico, o qual é amplamente aceito para refletir a mudança de mais máfico para mais granítico, na crosta superior, com o tempo (Veizer, 1988b; Condie, 1989a). Taylor e McLennan (1985) assinalou que para a mesma razão mais máfica, a composição da massa das rochas sedimentares do Arqueano difere das homologas pós – Arqueano por estar esgotadas em Si, K e enriquecidas em Na, Ca e Mg; e Cr-Ni contidas nos pelitos tem comparativamente um decréscimo, por causa da diminuição na abundancia dos komatiitos. Houve um acentuado aumento na razão 87 Sr/86Sr nas rochas carbonáticas marinhas no limite Arqueano – Proterozóico. Os valores arqueanos são tipicamente na faixa do manto contemporâneo, enquanto que amostras do Proterozóico são significantemente mais radiogênicas. Este aumento é atribuído a um exponencial decréscimo no fluxo de calor do manto, associado com o esfriamento da Terra, e um acompanhamento no crescimento dos continentes que resultou em um maior fluxo continental dentro dos oceanos de estrôncio mais rediogênico depois de 2.5 Ga (Veizer et al., 1982; Eriksson, in press). Sedimentos pelíticos pós-Arqueanos derivados de diferenciadas rochas graníticas tem altas razões LREE/HREE e altas ΣREE que seus equivalentes Arqueanos em greenstones belts derivados de rochas indiferenciadas graníticas e vulcânicas máficas-félsicas de arcos de ilha (McLennan e Taylor, 1982). Esta evidência apóia a idéia que o principal crescimento da crosta continental no limite Arqueano – Proterozóico (Taylor e McLennan, 1985): Existem as assinaturas “pré-cratônicas” e “cratônicas” (Fig. 22.19) de Erikkson (in press). Da mesma forma os sedimentos Arqueanos tem consideravelmente baixas razões de Th/Sc e La/Sc e baixa abundância absoluta de elementos compatíveis como Th, La e U. Particularmente notável é a falta de anomalias negativas de Eu nos sedimentos Arqueanos, em contraste com uma constante diminuição no Eu do NeoProterozóico até o Presente, o último reflexo da retenção de Eu em plagioclásio como resultado de derretimento parcial da crosta continental inferior (Taylor e McLennan, 1985). Magmatismo Há muitos que acreditam que o magmatismo (atividade magmática) tenha sido o principal processo que contribuiu para o crescimento (growth) dos continentes. Na seção anterior nos vimos consideráveis evidências para um grande salto na evolução dos continentes no limite Arqueano – Protezóico. 70-85% da crosta continental foi formada há 2.5 Ga (McLennan e Taylor, 1982) e 90% ou mais no final do Proterozóico (Miller et al.,1986). Esse crescimento foi em grande parte devido à adição de magmas máficos e cálcio-alcalinos e por isso nos devemos considerar aqui a contribuição do magmatismo para a evolução dos continentes. Há vários aspectos interessantes sobre a evolução química e magmatismo da crosta continental: 1 – É bem conhecido que muitas rochas do Arqueano de ambas as rochas (greenstone belts e granulito-gnaisse belts) desnvolvel valores (Figura 22.18 – Observar a direção preferencial (trend) secular na composição química de rochas sedimentares. Note mudanças apreciáveis no limite Arqueano-Proterozóico. Para discussão ver texto (after Veizer, 1988b, reproduzido com a permissão de John Wiley). (Figura 22.19 – (a) Padrões esquemáticos dos elementos raros dos pelitos ‘preacratonic’ característicos dos Greenstone belts Arqueanos e derivados de granitóides indiferenciados como tonalitos e rochas vulcânicas félsicas e máficas; e pelitos ‘cratonic’ que são típicos do registro pósArqueano e derivados de uma crosta continental constituída por granitóides diferenciados. Na ultima retenção de Eu nos plagioclásios resultado da fusão da crosta inferior dá origem a uma anomalia Eu negativa. (b) Seções de placas tectônicas distinguindo entre ‘precratonic’ prisma island-accretionary – crosta oceânica, e margens continentais ‘cratonic’ estáveis. positivos de eNd de +1 a +5 por 3.5 Ga, demonstrando que um reservatório de manto empobrecido existiu no inicio do Arqueano (capítulo 20). Chase e Parchett (1988) propuseram que a subducção precoce (early) da crosta ‘oceânica’ máfica/ultramáfica e o armazenamento temporário no manto ao invés de um imediato “mixing back” (mistura de volta) para um manto indiferenciado foi responsável pelo empobrecimento e altos valores de eNd do manto superior Arqueno. Contudo, Blichert-Toft e Albarède (1994) usaram os dados de eNd para sugerir que as heterogeneidades químicas de curta duração (short-lived) no manto do Arqueano Superior (Late Archean) evidenciam que a convecção média era 10 vezes mais rápida do que atualmente, a partir do qual eles concluíram que as placas tectônicas modernas podem ser um improvável análogo para o Arqueano. 2 – Taylor e McLennan (1985) revisaram seus modelos andesíticos para o crescimento (growth) continental, concluindo que em toda parte a composição (a crosta em sua totalidade) da crosta Arquena foi exposta ao intemperismo semelhante à média do que ocorre atualmente nas rochas de ilhas de arco vulcânico, assim como o calculado para o que ocorre atualmente em toda a crosta. Daqui resulta que se a crosta continental é andesítica, e se nos dias atuais a crosta superior possui composição granodiorítica, então a crosta inferior possui uma química máfica (composição máfica). Este modelo de arco de ilhas para o crescimento dos continentes fornece, assim, uma composição total da crosta, a partir do qual a crosta superior graniodioritica é derivada de uma diferenciação parcial, deixando a crosta inferior empobrecida, uma crosta máfica. Entretanto, se a composição da crosta continental é silícica (silicic), Turcotte (1989) argumentou que é necessário remover a crosta inferior máfica, e para fazer isso ele propôs a delaminação de porções substanciais da litosfera continental, incluindo a crosta continental inferior por um stoping process (e não por um colapso extencional). 3 – Weaver e Tarney (1984 a,b) salientaram que o plutonismo cálcio-alcalino foi dominante sobre o vulcanismo andesitico como o agente para o crescimento crustal através do tempo geológico. De acordo com esses autores, a química dos arcos de ilha intra-oceânico é muito básica para produzir a composição crustal média (e deste modo a crosta continental deve ter composição mais silicosa que andesítica), e os granulitos Arquenos, que são os nossos representantes mais próximos da crosta média-inferior, não são os resíduos máficos refratários da fusão intra-crustal, mas possuem uma composição intermediária (tonalitos), modificado apenas ligeiramente por processos metamórficos que atingiram a fácies granulito. Tonalitos Arqueanos tem abundância em elementos traços próximo (acho que é semelhante) dos tonalitos Fanerozóicos (Fig. 21.5) e em particular aos tonalitos terciários andinos. É do nosso conhecimento que tonalitos são as rochas plutônicas dominantes dos batólitos do tipo andino do norte ao sul da América, e o crescimento da crosta continental Arqueana no soerguimento Kapuskasing ocorreu por uma acreção vertical de plútons tonalíticos de alguma forma de atividade na margem continental (Percival e West, in press). Relações geológicas indicam que do inicio ao fim do Arqueno o crescimento crustal foi predominantemente por acreção do tipo arco de ilha, mas no final do Arqueno a primeira pequena atividade de margem continental evoluída em que o magmatismo tonalítico foi predominante, e no Proterozóico muito crescimento crustal orogênico foi similar ao Andes e a Cordilheira do Oeste Americano (Samson e Patchett, 1991). A pequena diferença entre a composição Arqueana e a composição moderna Andina reflete um crescimento de um componente derivado de fusão parcial hidratada da subducção da crosta oceânica no Arqueano, consistente com elevados fluxos de calor. O Proterozóico Agora vamos considerar o magmatismo Proterozóico, comparado com o magmatismo arqueano, foi caracterizado por uma dominância de granitos de alto potássio com mínimo de fusão sobre as rochas ígneas cálcio-alcalinas silicosas/intermediarias, implicando uma dominância de diferenciação crustal e fusão sobre crescimento crustal (Dewey e Windley, 1981). Isso que significa que houve uma tendência a longo prazo sobre a historia inteira da crosta de magmatismo mais sódico a mais potássico. Para o Proterozóico os seguintes foram processos importantes. Poucos crátons Arqueanos estão sem enxames de diques máficos do Proterozóico Inferior (inicio do Proterozóico). Muitos desses diques são basálticos e possuem características químicas semelhantes ao derrame basáltico continental Fanerozóico. Seu papel na quebra dos continentes e a natureza de seus processos petrogenéticos não tiveram mudanças significativas ao longo do tempo (Tarney, 1992). Contudo, também no inicio do Proterozóico (Proterozóico inferior) um grande número de diques magnesianos noríticos, assim como soleiras e lopoliths foram intrudidos na maior parte dos continentes (Capitulo 16). Hall e Hughes (1993) argumentaram que o manto litosférico sub-continental, que foi empobrecido devido a extração de volumosos magmas para fornecer lavas komatiticas-toleíticas Arquenas, foi contaminado pela fusão parcial hidratada devido a inúmeras placas subductadas no final do Arqueno (late arqueano), e foi parcialmente fundida no inicio do Proterozóico dando origem as intrusões noríticas. A interessante questão surge: houve qualquer conexão entre os komatiitos magnesianos e os noritos do Precambriano Inferior (Early). Figura 22.20 sugere duas possibilidades. Complexos pós-orogênicos tipo andino de alto potássio e cálcio-alcalino em tais orógenos como Wopmay e TransHudson (Capitulo 16) eram mais prováveis de serem derivados de uma cunha mantélica de fluxos de voláteis ao invés de uma fusão direta da placa downgoing (que está por baixo). Isso pode refletir em uma mudança a longo prazo de mais fusão de placas (slab) sem desidratação no Arqueano para mais fusão de cunhas (wedge) como resultado da desidratação de placas (slab) do Proterozóico Inferior até os dias atuais (Martin, 1986). O empilhamento do estágio pós colisional de empurrão-nappe (thrust-nappe) nos orógenos colisionais leva a um aumento da fusão parcial da crosta continental inferior tectonicamente espessa e geração de leucogranitos e granitos alcalinos do tipo A. Granitos rapakivi são produtos característicos pós orogênicos dos orógenos do inicio do Proterozóico (inferior) como os de Ketilidian (Dempster et al.,1991; Windley, 1991) e o Svecofennian (Haapala e Ramo, 1992; Windley, 1993b). Os orógenos do Proterozóico superior (final) no Nordeste da África (Shackleton, 1986; Key et al.,1989) e Madagascar (Windley et al.,1994) são formados por uma colisão tectônica contendo muito potássio de crosta granítica fundida. O orógeno Grenville do médio Proterozóico submetido a uma tectônica de espessamento possui granitos e anortositos associados ao colapso orogênico (Rivers, 1994). O colapso extensional de orógenos espessos associados ao manto litosférico adelgado remove a camada de limite Figura 22.20 – Esquemática taxas de produção de basaltos, komatiitos, noritos e bonitites com relação à idade, crescimento continental e produção global de calor. Modelo A noritos são uma continuação do magmatismo komatiitico. B, magmatismo komatiitico acaba (dies out) em direção ao final do Arqueano, e o magmatismo noritico inicia e é preservado como conseqüência do espessamento crustal do final do Arqueano até o inicio (early) do Proterozóico (de Hall e Hughes, 1993, reproduzido com permissão do The Geological Society Of London). limite térmico e eleva em toda a parte o orçamento (budget) termal dos colapsos orogênicos (England, 1993), para gerar (to drive) metamorfismo da fácies granulito e formação (e potencial underplating) de suítes magmáticas pós-orogênicas – Fig.20.21 (Fountain, 1989; Nelson, 1991; Turner et al., 1992). Isso explica os modelos para a entrada de novo material mantélico bem como a fusão da crosta inferior continental desses orógenos (Crawford e Windley,1990; Windley,1993b). Se a camada de limite termal foi significantemente fina no Pré Cambriano, como sugerido por Pollack (1986) e mostrado na Figura 22.22, deveria ter sido fácil remover isso, comparado com os dias atuais. A quebra do supercontinente Laurásia (Laurasian) no médio-Proterozóico influenciou uma ampla margem continental, agora (se encontra) no leste da América do Norte (Capítulo 15). Produtos magmáticos resultantes são caracterizados por anortositos, rochas graníticas alcalinas a peralcalinas e uma generalizada queda de cinzas silícica (Kay et al., 1989; Windley, 1993b). Os tipos de geração de magmas acima refletem a espessa, maior e mais forte placa do Proterozóico, e eles continuaram a se formar durante o Fanerozóico onde eles podem ser relacionados a diferentes estágios do ciclo de Wilson. Crosta Oceânica através do tempo Este assunto, que é muito centrado nos Greenstone Belts do inicio do (early) PréCambriano, diz respeito aos problemas de reconhecimento dos ofiolitos, platôs oceânicos e crosta oceânica basáltica, e o significado de komatiitos. Os capítulos 17 e 21 revisam esses problemas para o Proterozóico e o Arqueano, respectivamente, então aqui nós podemos resumir a posição atual. Existe atualmente uma principal controvérsia na existência de crosta oceânica Arqueana. Bickle et al. (1994) estavam dispostos a aceitar que isso existiu, que isso Figura 22.21 – Desenho ilustrando a evolução de um orógeno convergente sujeito a força motriz para convergência, Fdc, com o desenvolvimento resultante das forças de empuxo horizontal, Fb, que aumentam o grau de adelgaçamento litosferico de B para C. Antes do adelgaçamento convectivo do manto litosférico, a elevação máxima do platô orogênico era ditada pelo balanceamento entre a força motriz (driving forces) e força de empuxo (buoyance forces) (A). Aumento na energia potencial do consequente orógeno sobre o adelgaçamento convectivo do manto litosférico não permitirá mais uma deformação compressional (B) e podem induzir um colapso extensional do orógeno se as forças de empuxo excederem as forças motrizes por valor equivalente a força da litosfera para uma para uma falha extensional (C). Magmas gerados como conseqüência do adelgaçamento crustal podem aparecer tanto como pósorogênicos (B) ou extensional (C) (from Turner et al.,1992, reproduzido por permissão do The Geology Society Of America). Figura 22.22 – Temperatura média do manto (T), produção de calor (Q), espessura da camada de limite térmico (L), referidos aos valores dos dias atuais, através do tempo (from Pollack, 1986, reproduced by permission from Elsevier Science). estava provavelmente preservado em algum lugar, mas que nenhum ofiolito Arqueano havia sido encontrado ainda. É claro, muito depende do que você espera nessas circunstancias. Nós sabemos que inequívocos ofiolitos com cobertos por diques e todos os outros trapping de ofiolitos modernos podem ser reconhecidos back to (possuindo) 2.0 Ga (Purtuniq e Jormua). O problema Arqueno é centrado no fato de que as lavas basais e sedimentos no Zimbabwe e na província Slave rest erosivamente no embasamento continental. Assim, podemos estar olhando não para uma crosta oceânica e sim para alguns ambientes relacionados. McLachlan e Helmstaedt (1994) concluíram que o complexo dique máfico (química de MORB) no Greentone Belt Yellowknife foi intrudido em uma zona extensional de uma placa overriding em um limite de subducção adjacente retreating (recuando) a um rift? (to a rifted?), attenuated margem continental (muito confuso isso!). O alto fluxo de calor no Arqueno (plumas?) pode ser esperado como causa para adelgaçamento da litosfera continental; Poderia alguns platôs oceânicos ser formados em tal crosta attenuated? Então existem muitos platôs oceânicos nos greenstone belts Arqueanos? As interpretações de kusky e Kidd (1992) no Zimbabwe foram refutadas por Bickle et al. (1994), mas arcos de ilhas, que agora nós sabemos que foram amplamente reconhecidos no final do Arqueano pode muito bem formar no alto (on top) de platôs oceânicos (Desrochers et al, 1993, 1994), de modo que devemos estar olhando crosta oceânica de sub-arco, bem como ofiolitos reais. Os mais modernos platôs oceânicos estão embaixo d’água, mas o platô da ilha Gorgona contém komatiitos ultramáficos Terciários que são quimicamente semelhante aos komatiitos Arqueanos (Storey et al, 1991). Basaltos komatiiticos modernos ocorrem [que são comparáveis em química (composição) para equivalentes Arqueanos] na Bacia de back-arc Lau no sudoeste do Pacífico (Frenzel, et al., 1989) e a lenta difusão (slowspreading) Nansen-Gakkel Ridge (crista) no Ártico, onde eles estavam associados a basaltos spinifex (Muhe et al.,1991). A alta temperatura de erupção dos komatiitos ultramáficos requer um alto grau de fusão do manto do requer atualmente (than today). A viscosidade muito baixa dos magmas komatiticos no Arqueano teria facilmente entrado em erupção através de ambas – crosta oceânica e crosta continental attenued, formando extensivos derrames de lavas nos platôs oceânicos ou nas crostas continentais. A mudança na composição dos komatiitos através do limite Arqueano-Proterozóico pode ser reflexo do início do comportamento da pluma (mantélica) (Campbell e Griffins , 1992). Esta mudança fundamental e irreversível na natureza do manto é refletida na transição de muitos komatiitos extrusivos de alto Mg no Arqueno, para Basaltos komatiticos e komatiitos de baixo Mg no Proterozóico, para picritos intrusivos no Fanerozóico (Lesher, 1994). Também parece ter havido menos arcos no inicio, comparados com o final do Arqueano. Por isso, devemos aceitar aqui algumas mudanças seculares (muito antigas) na evolução litosférica através do tempo. De acordo com Moores (1993) ofiolitos colocados em colisões orogênicas antes que 1.0 Ga possui uma crosta magmática espessa mais nova que os ofiolitos, e então ele sugeriu que a crosta oceânica no Mesoproterozóico era de duas a três vezes mais espessa que atualmente. Isso pode ser consistente com a opinião generalizada de que a crosta oceânica Arqueana possuía espessura variando de 20-50km, um resultado inevitável do alto grau de fusão de um manto mais quente (Capitulo 21). Arcos de ilhas e faixas magmáticas tipo Andes. Subducção e acreção nas margens ativas de placas são os principais meios de crescimento continental na Historia da Terra (Hamilton, 1981; Samson e Pachett, 1991). Não há nenhum problema em identificar arcos de ilhas em todo o Proterozóico. Crátons, produtos de colagens dos arcos de ilhas ocorrem no escudo Arabian-Nubian (?) no final do Proterozóico e no inicio do Birimian no oeste da África. O greenstone belt Yavapai no sudoeste dos Estados Unidos e o greenstone belt Flin Flon no orógeno TransHudson do Saskatchewan no Canadá eram considerados Arquenos, devido a suas similaridades com os greenstone-granite belts, mas agora se percebeu que ambos, muito bem datados, fornecem idades dos arcos de ilhas do Proterozóico Inferior (Hofmann, 1988; Karlstrom e Bowring, 1988; Dostal et al., 1994; Lucas e Stern, 1994). Na ultima década muitos especialistas em diversas disciplinas concluíram que a maioria dos greenstone belts Arqueanos no Canadá (Hoffman, 1988, 1989b; Card, 1990; Percival, 1994; Thurston e Chiver, 1990; Thurston, 1994) e Austrália (Myers, 1993) contém arcos de ilhas que não são muito diferentes daqueles do Fanerozóico; esta interpretação é baseada em uma grande numero de dados multidisciplinares. Muitos arcos de ilhas acrescidos no Fanerozóico contém complexos sub-vulcânicos máficos-ultramáficos que variam desde se acumular em camadas como podem ser intrudidos por rochas vulcânicas. Exemplos: um arco Mioceno no Hokkaido, Japão (Komatsu et al., 1983), os gabro-noritos cálcio-alcalinos no complexo Chilas no arco Cretáceo em Kohistan, Paquistão (Khan et al. 1989), o complexo Jurassico Border Range no Alasca (Burns, 1985), e muitos outros complexos de arcos na Cordilheira do Canadá. Complexos comparáveis (acho que seria semelhantes!) ocorrem nos arcos de ilhas dos greenstone belts Arqueanos no Canadá e na Índia que também possuem intrusão de lavas (Capitulo 19). As características geoquímicas sugerem um ambiente de back-arc (retro arco) para o complexo Chilas (Khan et al., 1989) que foram colocadas dentro do arco devido a fusão parcial de um diápiro do manto (Khan et al.,1993) e a recente descoberta feita por Asif Khan nos turbiditos intercalados pelas lavas Chalt substanciando uma configuração de back-arc da principal parte do arco Kohistan. Metabasaltos toleíticos intrudidos por complexos máficosultramáficos Arqueanos na índia possuem afinidades químicas com basaltos oceânicos que podem ser de back-arc (Srikantappa et al., 1984; Weaver, 1990). Importante nessas considerações é o anortosito Arqueano Shawmere, que ocorre dentro dos gnaisses tonalíticos abaixo do arco de ilha do belt Abitibi exposto pelo soerguimento Kapuskasing (Percival e Card, 1983; Percival e McGrath, 1986) e a seção equivalente Pikwitonei na Manitoba, que expõe uma seção de 20 km através da crosta continental Arqueana. No Pikwitonei os greenstone belts do tipo arco podem ser traçados continuamente (para baixo) das fácies xisto verde (mais superficial) até fácies granulito, e na parte inferior dos gnaisses tonalíticos cálcio- alcalinos estão as principais camadas de anortosito, que são, notavelmente similares ao complexo anortosítico Fiskenaesset (Ermanovics e Davidson, 1976). Mezger (1996) concluiu que a crosta do Pitwitonei desenvolveu como um arco magmático, assim como os Andes. Os granulitos-gnaisses belts Arqueanos na Groelândia e na India e o belt Limpopo no sul da África contém meta-tonalitos difundidos com características relacionadas a subducção que provavelmente se formou em margens ativas do tipo Andes (Windley e Smith, 1976). Dentro desses gnaisses cálcio-alcalinos são comuns anfibolitos metavulcânicos que estão intimamente associados às camadas (layered) de complexos gabro-anortositos. A química complementar dos anfibolitos toleíticos e das camadas (layered) de complexos na Groelândia sugerem origem a partir da crosta oceânica (Weaver et al. 1981, 1982; Hall et al. 1987b). Esses complexos de camadas (layered) são comparáveis ao inicio (early mafic complexes) dos complexos máficos nos batólitos tonalíticos do Cretáceo nos Andes (Windley et al., 1981) tal como os do Peru, que intrudiram contemporaneamente as rochas vulcânicas em uma bacia marginal extensional na margem continental ativa (Regan, 1985). Portanto, pontos de informação atual para uma origem similar aos complexos maficos-ultramáficos nos arcos modernos como Kohistan e os Andes, e um desses nos greenstone belts e granulito-gnaisse belts Arqueanos (essa parte ta estranha...). Em todos os casos sabem-se que os complexos em camadas (layered – traduzido como mergulho) são contemporâneos as lavas cogenéticas e foram intrudidos por tonalitos do tipo arco. Isso significa que muitos dos granulito-gnaisse belts do Arqueano são belts magmáticos Arquenos altamente thrusted (empurrados?). O que nós podemos concluir a respeito do magmatismo do tipo arco na história da Terra? A partir da avaliação da literatura na ultima década, eu diria que a opinião da maioria dos especialistas em greenstone belts Arquenos são emcompassed (concordantes?) by Thurston (1994) que a partir de sua ampla pesquisa concluiu o seguinte. A diversidade dos tipos de assembléia, configurações paleoambientais e desenvolvimento da tectônica sugerem similaridades com os processos modernos da Terra. A dominância do ash-flow (fluxo de cinzas) vulcânicas nos arcos piroclásticos sugere erupção de uma grande câmara magmática numa crosta espessa. As taxas de suplementos de magmas basálticos para arcos Arqueanos (0.1-1.0km²/ano) podem ser comparadas com sistemas modernos. Espessura continental Arqueana e arco de ilha crustal são comparados com análogos modernos. Se os regimes de ilhas vulcânicas continentais e oceânicas são similares aos regimes modernos, a maior perda de calor gerada no manto mais quente Arqueano deve ter sido centrado através da produção de Grandes Províncias Magmáticas por plumas e pela produção de vulcões oceânicos no spreading ridges (acho que são tipo hot spots, gerando ilhas no interior do placa). Diferença pequena, porém significante entre rochas de arco modernas e Arqueanas pode ser interpretada como reflexo da mudança de um maior fusão (derretimento) de placas do Arqueano para um maior derretimento (fusão) de cunhas (wedge) nos tempos pós-Arquenaos, e a mudança na química dos komatiitos e abundância indicam que houve mudanças nas plumas mantélicas com o tempo (Capitulo 21). O estilo da amalgamação (fusão) tectônica dos arcos de ilhas dentro dos crátons não mudou fundamentalmente com o tempo (Taira et al., 1992) a partir da província do Arqueno Superior (Card, 1990) e do bloco Yilgarn (Myers, 1993), até o cráton do inicio do Proterozóico Birimian do oeste africano (Abouchami et al., 1990), até o escudo do final do Proterozóico Arabian-Nubian, até a colagem dos arcos da Ásia central (Sengor et al., 1993b), e até então os arcos MesozóicosCenozóicos que estão em vários estágios de amalgamação da incipiente na Indonésia até avançado no Japão. Uma conclusão geral seria aquela que existem variações entre os arcos Arquenos e os mais jovens reflete as diferenças no orçamento (eu acho que é quantidade) de calor, movimento e resposta das placas litosféricas, em vez de diferentes processos tectônicos, como é corretamente previsto por Hamilton (1981). Pequenos continentes gnaissicos teve aparentemente se desenvolvido há 3.5-3.2 Ga, permitindo assim que os arcos de ilhas se formassem adjacentes a eles (Kroner e Layer, 1992). Crescimento crustal por processos magmáticos do tipo arco de ilhas foi tão intenso durante o final do Arqueano que, após a quebra do especulativo supercontinente no limite ArqueanoProterozóico, as placas continentais resultantes do inicio do Proterozóico foram suficientemente extensivas que quando elas colidiram pra formar o orogeno colisional estilo Fanerozóico (com seu magmatismo associado), como o Trans-Hudson, amplos foreland estáveis se mantiveram em seus flancos. Isso é presumido numa mudança substancial na area e volume das placas continetal no limite Arqueano-Proterozóico que está sendo captado pelos registros sedimentares, como indicado na ultima seção. Nos podemos ter certeza de que aquilo que olhamos nos registros magmáticos reflete nos atuais processos de crescimento? A idéia elaborada por Veizer et al. (1992) nos carbonatitos ilustram esse ponto. Seu inventário (registro) de ocorrencias de carbonatitos datados mostra que sua freqüência diminui exponencialmente com o aumento da idade geológica, voltando para o inicio do Arqueano (Fig.22.23). Este padrão é geralmente considerado como um trend secular do aumento de atividade dos carbonatitos com o tempo, refletindo no aumento da estabilidade dos continentes (Wooley, 1989). Entretanto, Veizer e seus colegas propuseram uma explicação alternativa com o aumento da idade dos segmentos crustais. Em outras palavras, dispersão da erosão e reciclagem tem dado origem a um aparente crescimento na atividade. Se isso for verdade, iria influenciar de forma significativa os modelos de evolução do manto envolvendo diminuição (depleção) e reabastecimento de carbono através do tempo geológico. Entretanto, fatores adicionais que pesam sobre esse problema são: 1- carbonatitos estão intrudidos dentro dos crátons estáveis, e, portanto são menos ou improváveis de serem erodidos para retrabalhamento, comparado com outras rochas dentro de orogenos thrust-thickened. 2- O fato dos carbonatitos não aparecerem até o Proterozóico Inferior pode ser resultado da carencia de carbono e oxigênio suficiente nos oceanos Arqueanos para serem reciclados no interior do manto para retornar no Proterozóico Inferior. Após o desenvolvimento de extensas plataformas carbonáticas no Proterozóico Inferior, propiciou quantidades de carbono (devido a reciclagem dos sedimentos) no manto fundido para criação de mais e mais carbonatitos. Regime Termal A relativa simples evolução termal da litosfera oceânica é bem conhecida, porém dados do fluxo de calor dos continentes indica uma evolução termal mais complexa devido à complicada história estrutural. Além disso, os sucessivos episódios estruturais e metamórficos durante a orogênese devem originar justaposição tectônica e overpring, o qual deve originar um complexo cinturão metamórfico continental. Produção de calor O orçamento termal da terra com considerações da evolução crosta-manto arqueana era resumida em Charper 21. Isto é bem estabelecido, a produção de calor no arqueano era duas ou três vezes maior que hoje e vem decaindo exponencialmente dede então. Isto se deve provavelmente a perda de calor através das correntes de convecção, que com esse recurso possibilitou uma mais rápida geração e reciclagem da crosta oceânica, com placas que fossem subductadas com recursos de 20 Ma comparado com 60 Ma até o presente. Sessenta porcento do calor perdido na terra hoje é usado na criação e resfriamento da placa oceânica, e esse é o melhor mecanismo capaz de dissipar eficientemente o alto fluxo de calor do Arqueano. Em Vênus o calor removido através de um processo singular de derretimento do manto que produz um volumoso vulcanismo, mais a química terrestre do magmatismo arqueano sugere um manto que passou por dois estágios de derretimento, responsáveis pela formação dos modernos arcos de rochas, i. e. acreção da crista e subducção da zona derretida. Através do alto fluxo de calor do aqueano teria sido possível uma separação mais rápida do fundo oceânico, uma questão continua como se lá teria sido possível um fluxo de calor na base da crosta continental. Contudo a proliferação de magmas komatíticos e basálticos levou a formação de um manto residual empobrecido sob o continente arqueano, o que vem atuando como escudo adicional contra o fluxo de calor, e que é desviado dos distantes crátons para a litosfera oceânica. Diamantes arqueanos nos kimberlitos foram formados nas zonas sub-continental. Tendência secular dos Cinturões metamórficos O caráter que é uma chave para a preservação/exposição dos cinturões metamórficos tem mudado com o tempo geológico. Alta pressão para temperatura intermediária, glaucofano xisto não dá para saber se é anterior ou posterior ao proterozóico, já baixa-intermediária pressão, granulito é préCambriano ao invés de fanerozóco. Eclogitos são mais provavelmente médio-proterozóico que cenozóico. Uma pressão muito alta na assembléia metamórfica (coesita, diamantes,...) ocorrem (somente?) nas orogênesis fanerozóicas, porém são encontradas antigas inclusões arqueanas nos kimberlitos fanerózoicos. Então, são essas relações tectônicas que porem explicar essa tendência secular e a interrelação dos diferentes tipos metamórficos? Figura 22.23 Distribuição da freqüência das datas dos carbonatitos globais, (reproduzido com a permissão da The Geological Society of American). Xisto Azul A ausência de antigos xistos azuis se deve a uma grande variedade de causas: 1. A grande porcentagem de Xistos azuis Mesozoico-Cenozoico ocorrendo nessa colagem dos terrenos por todo o oceano Pacífico ( e eventualmente nas zonas de subducção ativas), porém eles não podem ser comparados diretamente com exemplos paleozóicos antigos e pré-cambrianos, porque eles não estavam sujeitos as colisões das placas continentais, o cinturão de xisto azul pode ocorrer sujeito ao empuxo tectônico. Durante o arqueamento resultante do afinamento crustal, internamente o calor gerado pode retroceder o xisto azul para xisto verde. 2. O aumento da subducção e a reciclagem do sedimento pelágico do arqueano pode ter removido, ou prevenido a formação do xisto azul. 3. A ausência pode ser resultado do longo prazo de diminuição da subducção geotémica e do fluxo de calor litosférico. 4. Se o manto litosférico é fino através da remoção do limite termal durante o colapso extensional da orogênese em alguns anos, então nenhuma assembléia de glaucofano-bearing formada precocemente em uma orogênese colisional será obliterada durante a subseqüente alta temperatura superposta(overprint). A fronteira termal da camada era provavelmente mais fina no pré-cambriano superior do que agora – Fig. 22.21 – quando foi mais provável ser independente através da mais vigorosa convecção do manto. Portanto, a peservação dos xistos azuis é cada vez mais provável em orogêneses jovens. Granulitos Lentes de alta pressão, granulitos estão nas gamas de sutura desde o arqueano até o cenozóico. Contudo, nós estamos interessados aqui com granulitos de pressão média-baixa tipico de regiões distensivas de orogenos colisionais, tal como o Grenville, Variscan, Trans-Hudson e cinturões arqueanos do oeste de Greenland e Habei província do NE da China. E claro que seria de se esperar que a ocorrência dos granulitos foi mais uma vez generalizado, muitos devem ter sido obliterados por metamorfismo retrogressivo e atividade orogênica e alguns estão ocultos abaixo de depósitos recentes. Muitos, mais não todos, os granulitos são amplamente considerados típicos de crosta continental média a inferior. Processos responsáveis pela formação dos granulitos focam estes dias nos atuais mecanismos orogênicos, tal como arcos magmáticos, empurrão-espessamento da crosta, e colapso extensional dos orogenos, e esse mecanismo pode refletir em diferentes tipos de trajetórias de P-T-t. Rochas fácies granulitos de baixa temperatura enterradas na parte superior da costa engrossada pode ser exposta na superfície com um ciclo orogênico e poderá mostrar um estágio isotermal do caminho P-T, e.g. o Granulito terciário da British Columbia. Em contraste, o caminho de resfriamento isobárico nos granulitos pode surgir em duas situações. Primeiro, rochas enterradas na parte inferior do espessamento crustal podem cristalizar granulitos com um caminho de lento-resfriamento isobárico. A repercussão isostática no cessamento da orogênese pode somente elevar as rochas para um nivel de base do espessamento de crosta normal e deste modo eles precisam de uma segunda orogênese para se elevar e ficarem expostos na superfície; e.g. Granulitos arqueanos do Complexo Napier, Enderby Land, Antartica que permeneceram embaixo da crosta por 2.0 Ga até se elevarem no fim do paleozóico. Segundo, alguns granulitos podem ser caracterizados por foliação horizontal, estruturas recumbentes e lineações horizontais e podem ser o resultado de colapsos extensionais, de prévios espessamentos da crosta por distanciamento, de espessamento do limite termal da camada. Tal caminho isobárico pode ser indicativo de um rápido (5mm yr-1) adegaçamento extencional subseqüente a colisão. O caminho no sentido anti-horário P-Ttempo nos ganulitos, são prováveis de ser característicos do espessamento magmático e da crosta aquecida nos arcos continentais tal como os granulitos cretáceos de Fiordland no SW da Nova Zelândia. Tal mecanismo implica num crescimento vertical da crosta por underplating e é de maior importânica para generalizar e modificar a crosta continental. Nos precisamos conhecer mais sobre os mecanismos específicos da formação dos granulitos em todos os anos para depois nós sermos capazes de dizer algo sobre os processos que tiveram longo prazo controlando sua formação. Eclogitos Lentes de eclogitos ocorrem em gnaisses em muitos orogenos do Fanerozóico e médio-tardio Proterozóico. Eles ocorreram em todas as orogêneses, para as quais são evidências independentes de uma maior extensão tardia, mas lá existe uma atual controvérsia sobre o papel da subducção e elevação versus o enterro muito profundo e /ou colapso extensional como um recurso para criar e expor as rochas metamórficas de alta temperatura. Esse é um dos primeiros problemas tectônicos de hoje, e como nos devemos ver, isto é entrelaçado com os problemas do xisto azul e granulito. Dewey modelou o papel do calapso extensional nos orogenos que tinha previamente espessamento crustal submetido. O colapso tem lugares onde advectivo adelgaçamento do limite termal das camadas de convecção ocorrem abaixo dos orogenos causando rápido soerguimento, altatemperatura de metamorfismo, e geração de um mínimo magma granítico. Essa idéia era construtiva para o modelo de Houseman e ... . Dewey sugeriu a sucessão de estágios no colapso continental da orogênese colisional (i.e. ignorando os Andes), o platô tibetano que é um estágio incipiente, o orogeno Beltc-Rif no oeste Mediterrâneo, a bacia e faixa da província Cordillera USA, a extensão seguinte a compressão Laramide, o Variscan do oeste Europeu, onde eclogitos são comuns, e para o modelo de colapso extensional para o qual foi aplicado, e o mar Egeu, onde lá são eclogitos com xistos azuis e gnaisses com textura sub-horizontal generalizada e detacamento extencional. Assim, os eclogitos somente ocorrem nos orogenos submetidos a extenção suficiente e exumação para exposição dele e de seus gnaisses associados. Nos podemos adicionar a esta lista os três seguintes exemplos, onde eclogitos são particularmente abundantes: 1. SW Norway, onde eclogitos alcançam através de 5 km, e alguns contêm coesita ou glaucofano. O eclogito-bearing gnaisse tem uma textura horizontal regional e ocorre abaixo da principal separação extensional. 2. Dabie Shan no leste da China( e adjacente região Shandong) contem gnaisse com abundânica de diamante e coesita-bering em eclogitos produzidos durante a colisão continental do Triássico. 3. O orogeno NE Grenville em Labrador e Quebec contem uma lapa de empurrão subhorizontal de gnaisses que contem eclogitos, e muita evidência de espessamento tectônico e 1.079-1133 Ga de colapso orogênico, incluindo uma principal bacia de clastos( o Grupo Wakeham) situado em uma zona de cisalhamento extensional. O amplo-400 km do orogeno Grenville representa o maior exemplo de um orogeno carregando eclogitos; e mais de 300 km de largura, mínimo necessário para uma orogênese extensional, como sugerido por Gaudener et al. A lapa de empurrão de eclogito-bearing gnaisse é subjacente a uma lapa de empurrão de baixo grau que não tenha sido submetida a alta pressão, e portanto Rivers considera isso mais provável a um metamorfismo de alta pressão que teve lugar em uma zona de subducção, e tardiamente pós-colisional empurrão com espessamento da crosta continental. Agora para os modelos e mecanismos tectônicos, que se enquadram em diversas catergorias: 1. Trabalhos precoces especialmente em Norway consideram que esse eclogito fosse tectonicamente colocado em rochas gnaissicas de menor pressão. 2. Formação de eclogitos em Norway, no Variscan e no Alpes foi considerada por Carswell e Cuthbert como resultado da subducção de uma placa abaixo de outra (Tipo-A de subducção) em uma zona de subducção, o eclogito e associado a uma paredede rochas submetida a um metamorfismo de alta pressão, a rocha retrogressiva mais félsica está na fácie anfibolito. Exumação de uma crosta inferior de alta-pressão teve lugar na (lapa)footwall da zona de subducção. Similarmente Wijbrans atribuiu o metamorfismo de alta temperatura do tipo-A a um material continental de subducção, e a exumação de eclogitos por delaminação da (capa)hanging wall e (lapa)footwall. Exumação de Dabie Shan, rochas de alta pressão seguidas do empurrão intracontinental tipo Himalaio era assistida por um adjacente movimento direcional de acordo com Okay e Sengör, mas Q. M. Wang sugeriu um segundo estágio de intabilidade gravitacional e colapso da pilha incluída. 3. Fyfe propôs um magmatismo em larga escala underplating podendo causar espessamento abaixo da crosta continental e formação de eclogitos a um nível de profundidade do qual possa sobreviver ou afundar-se até o manto. 4. Dewey propôs uma idéia revolucionária, de acordo com o qual a crosta em um orogeno colisional, como o Nowegian Caledonides, pode ter espessado até 150 km, a ínfima parte abaixo de cerca de 70 km de profundidade sendo transformada em eclogito (assim normalmente interpretada como manto em seções sísmicas). Exumação do lugar levou ao distanciamento do limite termal da camada e colapso extensional do orogeno. Esse modelo significa que os eclogitos e todas as rochas circundantes estão submetidos a um metamorfismo de alta pressão. Isto pode ser interessante para ver como e onde esse modelo será testado num futuro próximo. Metalogênese Nos capítulos anteriores diferentes tipo de mineralizações foram revisados em vários ambientes em diferentes tempos na história da Terra. Muito dos minérios do Arqueano ao Cenozóico podem ser relacionados a uma específica placa tectônica, entretanto estes podem ter mudado em tipo ou conteúdo ao longo do tempo geológico. Além disso, a evolução secular da Terra, em particular da atmosfera e hidrosfera, tem causado a ocorrência de alguns minérios em certos períodos, e.g. Depósitos de Ni em komatitos são em geral restritos ao Arqueano, e os bandamentos de formações de ferro largamente desaparecem depois do eoproterozóico. O objetivo aqui é revisar os diferentes tipos de mineralizações, de forma a colocá-los no contexto termo-evolutivo dos continentes. O Arqueno Podemos considerara metalogenia do Arqueano em termos de três principais ambientes tectônicos. O pouco minério que existe em granulito – gnaisses belts (capítulo 20) – ocorrem dentro de finas faixas dos vulcões metamorfizados, sedimentados e intrudidos em complexas camadas, i.e. formações ferríferas em Isua (oeste de Greenland), no NE da China e em várias outras regiões, em sua maioria Cu e Ni em anfibolitos metavulcânicos em Pikwe (Botswana) no cinturão Limpopo, em minoria o tungstenio, boro e galena (menor Pb no Arqueano) em anfibolitos metavulcânicos em Greenland, e extensivos cromititos mergulhados em complexos anortosíticos no oeste de Greenland (Fiskenaesset), sul da Africa (cinturão Limpopo – Formação Mesina) e sul da India (Sittampundi). Se os anortositos e anfibolitos se formaram em determinado retroarco ou arco de uma maneira similar a vários complexos em tempos tardios, como sugerido anteriormente neste capítulo, então a maioria dos minérios nesse domínio tonalito em cinturão Arqueano se formaram em definidas margens ativas como a cordilheira dos Andes no Mesozóico- Cenozóico. Em contraste, cinturões greenstonegraníticos do Arqueano são abundantes nos depósitos de minérios, dos quais a maioria tem valores econômicos. O ponto que mais deve ser enfatizado é que muitos especialistas desses minérios tem concluído que eles são marcavelmente similares com os equivalentes dos ambientes das placas tectônicas Fanerozóicas, e essas idéias contribuíram para conclusões independentes daqueles que trabalham com rochas. Por exemplo, “há uma esmagadora similaridade do maciço Arqueano de depósitos sulfuretados com exemplos de arcos relacionados mais jovens” (Poulsen et al., 1992a ). Esses autores vieram a assinalar que filões de ouro, pórfiros embrionários de depósitos de Cu associados com granitos, e Ni- Cu, PGE, depósitos de Cr e Ti no Canadá são todos prontamente explicados como partes do crescimento dos arcos de ilha Arqueanos. Da mesma forma, Sutliffe et al. (1993) concluiu que rochas ígneas e muitos dos tipos de associações de depósitos de mineral no cinturão Abitibi são comparados com aqueles nos arcos Fanerozóicos e terrenos acrescidos. Wang et al. (1993) considerou que o regime tectônico convergente foi a mais razoável explicação para granitóides relacionados a mineralização de ouro na Austrália. Finalmente minério de ferro em 3,5 – 3,2 Ga. O Cinturão de Barberton na África do sul foi interpretado por Ronde et al. (1994) como um produto de Fe oxidado por descargas hidrotermais no chão oceânico Arqueano, analogamente descargas de plumas pretas de ativos em soerguimentos meso- oceânicos Conglomerados enriquecidos em ouro e urânio em bacias Arqueanas Late como a Witwatersrand e Ventersdorp, indicam deposição em condições de atmosferas anóxicas, e eventos não repitidos tardiamente quando a atmosfera se torna oxigenada. O Proterozóico Uma significante reviravolta tomou lugar no desenvolvimento dos continentes no limite Arqueano- Proterozóico (apesar de a mudança ter sido transicional e diacrônica), particularmente porque o eo-proterozóico foi o tempo em que os continentes chegaram perto da sua extensão atual ( as adições das principais feições vieram a ser arcos acrescionários orogênicos). E lá pode ter existido um supercontinente ou grupos de continentes estabilizados nesse período. A crosta resfriada Arqueana, foi estabilizada, foi soerguida, erodida e sofreu inúmeras intrusões de enxames de diques (break-up continental) e recobertos com novos sedimentos plataformais, no início do 3,0 Ga no sul da África e por volta de 2,4 Ga. Na região Atlântica da parte norte do hemisfério. Um recém desenvolvimento da crosta continental espessa e estável propiciou a formação de plataformas com extensas margens continentais. O final do capítulo 16 mostra que um grande número de depósitos minerais do eo-proterozóico podem ser relacionados com a maioria da faixa completa de ambientes de placas tectônicas incluindo ofiolitos (Dann, 1991; LoukolaRuskeeniemi et al., 1991) e margens passivas (Gaál, 1992). Vamos rever aqui as principais relações metalogenéticas. No período de 2,5- 1,9 Ga. Muitos enxames de diques e complexos estratificados foram introduzidos nos rifts continentais e aulacógenos no embasamento Arqueano, ou em sucessões de coberturas de inconformidades. O fracionamento de líquidos de composição toleítica derivados do manto, deu origem a um distinto grupo de concentrações metálicas, em particular Ni- CrCu- PGE, e.g. Jimberlana (Australia), Bushveld (Africa do Sul), The grat Dike (Zimbabwe), Ptsenga (Russia), Koillismaa (Finland) e Huronian- Nipissing cinturão magmático, que inclui intrusão e minério de Cu hospedado em rocha vulcânica, PGR enriquecido em sulfuretados de Cu-Ni em complexos estratiformes, e depósitos de Cu acompanhando os estratos em lavas e em sedimentos sotopostos (James et al., 1994). A maioria dessa mineralização resultou da injeção de líquidos basálticos toleíticos com alto teor de Al para alto teor de Fe em embasamentos rifteados. Os fatores a seguir provavelmente influenciaram a acumulação de minérios em sedimentos plataformais em margens continentais passivas: 1. Erosão extensiva no embasamento arqueano que expôs disversas suítes de elementos. Em particular, o ouro no BIF derivado do greenstone belts com suas abundantes rochas vulcânicas básicas. Note que o ouro de valor econômico da Província no sul da África é centralmente localizado no cráton Kaapvaal, deste modo próximo ao greenstone belt erodido. 2. Uma baixa quantidade de oxigênio de uma atmosfera prevalecente pode ter contribuído para a deposição de: (a) Uraninita detrítica, a qual facilmente oxida com intemperismo, e ouro, e.g. na província de Wyoming (Houston, 1992), o Supergrupo Horonian (Roscoe e Card, 1992) e o Supergrupo Monte Bruce (Barley et al., 1992). (b) Formações de ferro bandadas, o qual usado fotossinteticamente derivados oxigênio da oxidação do ferro das formações ferríferas na água do mar. 3. O CO2 contido nos oceanos aumentou em extensão no eo- proterozóico em que espessas seqüências de dolomita foram depositadas. A acumulação de depósitos de Mn nesses carbonatos foi facilitada pelo aumento da pressão parcial de oxigênio por causa da separação do Mn do Fe que só é alcançado com alta oxidação de “Fe”. A dolomita tipicamente pertence a ambientes marinhos rasos, fácies laguna-litoral, freqüentemente com recifes de algas nas plataformas carbonáticas em margens continentais passivas. Tal dolomita é fornecida como anfitriã para mineralizações de Pb-Zn em ~ 2,0 Ga., Grupo Ramah em Labrador (Archibald e Wilton, 1994); esse é um dos principais exemplos da mineralização tipo Vale Mississipi, que se tornou comum no neo-Fanerozóico. No eo-Proterozóico, depósitos de Mn (Província Cape na África do Sul, Minas Gerais Brasil, e Orissa, Índia) se formaram de águas geladas e anóxicas provenientes de fundo de lago ou oceano declive continental nas margens á direita (Schissel e Aro, 1992), acima tipo-superior BIF nas fácies basinal , e.g. 2,69- 2,47 Ga., bacia Hamersley (Trendall e Morris, 1983; Simonson et al. , 1993), bacia Transvaal (Tankard et al., 1982; Eriksson et al. . 1993) e em Singhbhum na Índia, quarilátero ferrífero no Brazil, a bacia Animikie, e as bacias Krivoy Rog e Kursk. A orogenia que se desenvolveu no eoproterozóico deve ser do tipo colisional e acrecionária (Windley, 1992b, 1993ª). A former inclui os cinturões de Kola- Karelian do escudo Báltico, o Trans- Hudson no S do Canada, Wopmay e Thelon no NW do Canadá, e Capricorn no W da Austrália. As mineralizações nessas orogenias englobam uma gama completa de tipos de placas tectônicas. Orógenos acrecionários se formaram pela agregação de várioas arcos incluindo o Penokean da região do Lago Superior, o rio Itapicuru no Brazil (Davison et al. , 1988), a parte norte de Svecofennian no escudo Báltico (Gaál, 1990), o Birimian no W da África (Abouchami et al. , 1990; Milési et al. , 1992), e o Yacapai – Mazatal no SW do EUA; seus tipos de mineralizações são comparadas com aqueles arcos acrecionários modernos, especialmente ouro. O maciço vulcanogênico sulfuretado (VMS) do eo- proterozóico (1,9- 1,7 Ga.), de depósitos de Cu- Pb- Zn estão associados com um relativas primitivas suítes vulcânicas de caráter bimodal, que contem um componente significativo félsico como no Errington e Vermilion Lake perto de Sudbury e Prescott, Arizona. Equivalentes modernos ocorrem em variedade de definidos soerguimentos meso- oceânicos, arcos de ilha ativamente em soerguimento, e back- arc rifts (Hannington et al. , 1994). Aqueles no cinturão de Jerome no Yavapai no Arizona, são semelhante a exemplos nos greenstone belts Arqueanos (Linberg, 1986). Muitos tipos de mineralizações do mesoproterozóico são diferentes daqueles do eoproterozóico, porque elas se desenvolveram durante a formação e separação de um supercontinente no período de 1,7- 1,4 Ga. Nós encontramos depósitos de Pb- Zn do tipo Vale Mississipi no NW da Índia (Sugden et al.,1990) e no Rio McArthur na Australia (Plumb et al., 1990), Sn- W- Be em granitos rapakivi (Haapala, 1985), e depósitos de Fe, Au e REE associados com riolitos piroclásticos e brechas em Missouri (Nuelle et al., 1989), Cu- U- Au em brechas e granito em Olympic Dam em Stuart, SE da Australia (Reeve et al., 1990), mineralizações de Fe- Ti em anortositos tipo- maciços, e redepositado U em 1,38 – 1,33 Ga. Na bacia Athabasca (Cumming and Krstic, 1992). É importante observar que estes tipos de mineralizações foram conseqüência de um estágio particular do desenvolvimento dos continentes, formação e fragmentação da principal e primeira assembléia de continentes, pelo que se tem de informação, e o que é prontamente explicável em termos do nosso entendimento sobre comportamento de supercontinente no Fanerozóico. A separação do supercontinente levou á formação de novos oceanos, destruição da qual deu motivo, no período de 1,3- 1,0 Ga., a formação de muitos orógenos colisionais (Hoffman, 1991b) como o Grenville (Rivers et al., 1989) e o Sveconorwegian (Gower et al., 1990). A metalogenia desses orógenos pode ser facilmente interpretada em termos do Ciclo de Wilson, terminando com um colapso de orogenia extensional. No período 1,0- 0,57 Ga. A história da mineralização se tornou complexa e variada, por causa dos muitos e diferentes tipos de ambientes tectônicos na época. Como Murphy e Nance (1991) colocaram orógenos colisionais, como o profundo e erodido cinturão de Mozambique, podem ser distinguidos dos orógenos acrescionários como os cinturões Pan- Africanos, do escudo da Arábia- Nubian. Mas além de ter se formado e fragmentado o supercontinente nesse período (a conexão SWEAT; Dalziel, 1991; Moores, 1991), muitas bacias sedimentares se formaram em limites intracratônicos, em rifts abortados, e em margens rifteadas (Lindsay et al., 1987), e novos aulagógenos desenvolveram tanto os precursores do Iapetus, como outros oceanos do eo-proterozóico. O Fanerozóico Não é a intenção aqui de fazer uma síntese de todos os diferentes tipos de mineralizações que ocorrem em domínios relativos aos limites de placas tectônicas do Ciclo de Wilson, e orógenos do Fanerozóico. Eles foram revisados nos Capítulos 2 e 5- 12 e por Sawkins (1990) e Titley (1993). As figuras 22.24 e 22.25 sumarizam os principais tipos e relações. Período Secular Até agora neste capítulo nós consideramos grande parte dos fatores que influenciaram a formação dos depósitos minerais pela história geológica, i.e. o envolvimento da atmosfera e hidrosfera, os registros de rochas sedimentares ígneas e metamórficas, e o controle tectônico na produção de orógenos e supercontinentes. Agora, devemos tomar uma perspectiva diferente para revisar as mudanças seculares das mineralizações pela história geológica, e para considerar o argumento alternativo de reciclar, e seu papel na redistribuição de depósitos de minerais. Vamos olhar com mais detalhe para os mais importantes tipos de depósitos minerais com respeito para suas idades. Mudanças na composição da atmosfera e hidrosfera, claramente tem um profundo efeito em caráter de abundância de muitos depósitos minerais que se formaram em sedimentos (Kirklam e Roscoe, 1994). O principal paleoplacer pyritic , depósitos de conglomeráticos detríticos formados somente antes de 2,4 Ga., no começo da oxigenação da atmosfera. Em contraste, muitos tipos de depósitos de minérios se formaram apenas depois dessa oxigenação da atmosfera, viz. BIF em sua maioria,em rocha sedimentar, U foi quimicamente liberado de rochas fonte uraníferas exalativo de sedimento (SEDEX) Pb- Zn- Ag, sedimento hospedeiro estratiforme de Cu (Ag, Co), red-bed vulcânico Cu, carbonato hospedeiro de Pb- Zn tipo Vale Mississipi, alto grau tipo inconformidade de U, e arenito mais jovem hospedeiro de depósitos de U, Cu e Pb. No Siluriano- Devoniano alguns arenitos hospedeiros de U, Cu e Pb se formaram apenas depois da aparição de plantas terrestres. Depósitos de SEDEX Pb- Zn- Ag podem não se formar no Arqueano pois metais em sistemas fluidos hidrotermais pobres em H2S vented nos oceanos onde se dispersaram devido a falta de sulfeto de enxofre para precipitá- los. Figura 22.4 Distribuição de minério stratabound no tempo com respeito aos estágios e respostas da tectônica do Ciclo de Wilson. Mineralização relacionada com o espalhamento do assoalho oceânico no Paleozóico e Mesozóico é diferente daquela associada com a Pangea através do Permo-Triássico. Comparar com a fig. 22.12. Figura 22.5 Diagrama generalizado da ocorrência de minérios stratabound em um Ciclo de Wilson ideal, do riftiamento até a colisão de oceanos, e do Cambriano até Carbonífero Inferior, resumindo os dados da figura 22.23. Depois da oxidação da atmosfera, oceanos anóxicos se tornaram ricos em H2S, e grande parte do enxofre em depósitos SEDOX originaram das bactérias redutoras de sulfato em águas estratificadas. Além disso, esse tipo de mineralização teve sua primeira aparição no EoProterozóico e se tornou quase extinta no Mississipiano, exceto por pequenas ocorrências no Neo Jurassico (Goodfellow, 1994). Agora vamos falar de depósitos de minérios magmáticos. Depósitos de sulfureto de Fe- Ni- Cu- (PGE) ocorrem pelo tempo geológico (Lesher, 1994). Entretanto eles e suas rochas hospedeiras variam em composição e estilo, refletindo a mudança na natureza de magmas magnesianos com o tempo indicado anteriormente nesse capítulo. Esses depósitos se encontram em extrusões peridotitica, komatitica e dunitica, na crosta oceânica, placas oceânicas ou na base de arcos nos cinturões greenstone no Arqueano (e.g. Kambalda, Perseverance), por grande quantidade de sills komatiticos, peridotitos e gabros (e.g. Duluth, Pechanga), ou complexos fluxos canalizados (e.g. Raglan) em rifts Proterozóicos, e por dolerites e gabroides dolerites em sills picriticos em inundações basálticas no Fanerozóico (e.g. Noril’sk na Siberia). Esse depósito sulfureto são utilizados para enfatizar a mudança na composição de magmas derivados do manto pelo tempo. Depósitos de sulfuretos de maciços vulcanogênicos de Cu-Zn, Zn- Cu + Pb, e Zn- PbCu se formaram na história geológica mas foram mais abundantes no neo- Arqueano (e.g. Abititi, 2,75- 27 Ga.), o Eo- Proterozóico (1,9- 1,7 Ga.) coincidem com o tempo das principais orogêneses colisionais (Hannington et al., 1994). Estimativas de produção e reserva indicando 5 bilhões de toneladas no Arqueano, 750 no Proterozoico, e 2500 no Paleozóico, 700 no Mesozóico, e 300 no Terciário e rochas mais jovens. Depósitos no Arqueano e eo- Proterozóico ocorrem em primitivos, bimodal suítes vulcânicas com rochas félsicas em arcos ou back- arcos. Depósitos do Eo e Meso- Paleozóico são encontrados em rochas vulcânicas em arcos/back-arcos de ilha e continente (Appalachiano, geossinclinio da Tasmania, Cordilheira Norte Ameriana). Minérios de Kuroko e Cyprus são análogos em sistemas hidrotermais em assoalho oceânico ativo com soerguimento e espalhamento rápido e lento. Outros depósitos modernos de fundo oceânico ocorrem em vulcões de arco, arcos de ilha e rifts de retroarco, e intra-oceânico e intracontinental retroarcos spreading centres. Também muitos exemplos modernos são formados em ambientes relacionados com arcos, não significativamente diferentes daqueles do Arqueano. 1. O controle de cinco gerações de depósitos de U foram bem analisados por Dahlkamp (1993). Eles fornecem uma interessante visão geral do estado da atmosfera, a ocorrência de granitos “derretidos” crustais, a erosão de embasamentos, e a reciclagem de material dentro de sedimentos tardios. Conglomerados com bolhas de quartzo oligomíticos de 3,0 Ga do Supergrupo Witwatersrand, e supergrupo Ventersdorp de 2,71 Ga na África do Sul para os depósitos EoProterozóicos no rio blind (Lago Elliot, Canadá) . 2. Depósitos de arenito de 2,2- 1,9 Ga in or close to organic beds , mineralizações em veios em granitos melt crustais em orógenos de 1,9- 1,7 Ga como o Trans-Hudson , e em 1,8 ga albititos metassomáticos na Ucrânia (Ruzicka, 1992). 3. Periodo de 1,5- 0,9 Ga : depósitos de inconformidades em bacias seguindo a separação do supercontinente, como em Athabasca (Canada), depósitos de pegmatitos em Bancroft, Canada em Grenville, e em sienitos peralcalinos no rift Gardar do sul de Greenland. 4. 700- 500 Ma depósitos em veios em alasquitos em Rossing (Namibia). 5. 400 Ma até o presente: depósitos em veios de granitos melt crustais no orógeno Variscan do NW da Europa (mas nenhum nos orogenos da Caledonia e Alpinos), e depósitos de arenitos epigeneticos perto de embasamentos erodidos do eo- Pré-cambriano. A reciclagem teve o principal papel na formação de minério de U, também por derretimento crustal e erosão. Muito da mineralização de ouro tem sido reciclada na história da Terra. Por exemplo, depósitos de ouro ricos em prata ocorrem em Cobalt no Canadá, a raridade de depósitos epitermais de Au em rochas Pré- Cambrianas, é devido em parte a remoção da erosão desse depósito raso, subaéreo. Também o ouro em geral, minérios epitermais e hidrotermais do Terciário, os quais são relacionados com rochas vulcânicas subaéreas, que provavelmente foram derivadas através da reciclagem de rochas ricas em ouro de idade Pré- Cambriana e Paleozóica (Hutchinson, 1987) . da mesma forma espera-se ofiolitos obdutctados com suas mineralizações facilmente erodidas e redistribuídas. Podemos sumarizar relacionamentos metalogenéticos pelo tempo geológico em termos de cinco estágios de superposição que são encapsulados na Fig. 22.26 (Veizer et al., 1989): 1. O estágio greenstone belt (crescimento crustal dominado por arco magmático), dominante no Arqueano e petering out em 1,8 Ga. Com mineralização de ouro, tipo Algoma BIF e maciços de sulfetos 2. O estágio de cratonização (supercontinent) como pico no final do neo- Arqueano ao eoProterozóico contendo o paleoplacer tipo depósitos de ouro e urânio (tipo Witwatersrand), o tipo BIF superior e relacionado com depósitos de Mn. 3. O estágio rift em 2,4- 2,0 Ga. , característico por diques máficos – ultramáficos e complexos layered , e relacionados com mineralização de Cr, Ni, Cu, Au e Fe, assim como depósitos de metais básicos. Figura 22.26 Resuma dos padrões deconvolucionados de mineralizações através do tempo. Notar que essa representação fornece a taxa líquida de geração, e não a quantia total de metais econômicos acumulados em rochas de todas as idades existentes a qualquer tempo dado. 4. A fase de craton estável (supercontinente do meso-Proterozoico), ~1,7- 0,9 Ga, com vulcanismo e plutonismo alcalino comuns, mas scassez de associações de maficas e intermediárias vulcânicas e plutônicas e minérios metálicos. Significantes minérios são de tipos exógenos e confinados a uma cobertura sedimentar cratônica (inconformidade de U, sedimento químico de Mn, e Zambian tipo Cu). 5. O estágio Fanerozóico de dispersão continental, com mineralização variada e freqüente, particularmente de tipo hidrotermal. conclusão deste estudo da mineralização é que as duas, evolução crosta- manto e reciclagem vem sendo processos complementares ao longo do tempo geológico, o que contribui para a presente distribuição de depósitos minerais e suas rochas hospedeiras- Fig. 22.26. Veizer et al. (1989) concluiu que o desenvolvimento de minérios metálicos chegou a um estado em 1,75 Ga coincidente com o crescimento dos continentes, e seu tamanho cumulativo no presente. A história subseqüente vem sendo quase sempre de reciclagem perpétua. 3,2-2,6 Ga. Impulso Principal do Crescimento Continental. Um crescimento massivo e global da crosta terrestre é registrado em abundante nos greenstone belts do tipo arco e ortognaisses cálcio-alcalinos do tipo andino, de proporções de um batólito, que leva a formação de riftes continentais, bacias foreland, colapso extencional dos orógenos e rompimento inicial nos continentes ao final do Arqueano. A maneira pela qual o continente Kaapvaal foi construído durante o Arqueano foi sugerido por Wit et al. (1992). O estágio de obducção intraoceânica em 3,3-3,2 Ga foi seguido pela fusão intra-oceânica estilo Pacífico Ocidental de terrenos oceânicos em 3,3-3,2Ga, e então por uma progressão de margens continentais passivas assim como as do Supergrupo Pongola, 2,94Ga (Matthews, 1990), acresção do estilo Cordilheiras, colisão do estilo Himalaia para criar o orógeno Limpopo, 2,7 Ga (Treloar et al., 1992), a bacia foreland Witwatersrand, 2,8Ga, (Burke et al., 1986; Winter, 1987), colapso extensional e formação do Supergrupo Ventersdorp e, 2,7Ga (Armstrong et al., 1991) e a estabilização final do continente em 2,6Ga. O complexo granito-anortosito-riolito rapakivi tufo de cinzas caídas, 2,783-2,785Ga, do Gaberone dentro da bacia Witwatersrand (Moore et al., 1993) é remanescente da suíte orogênica, 1,45Ga, de rochas que se formaram no centro dos Estados Unidos e leste do Canadá no foreland da abertura do oceano de Grenvillian (Windley, 1993b), as tufas de riolito foram comparadas ao riolitos Tobifera jurássicos na Argentina na margem inicial do Oceano Atlântico (Kay et al., 1989). Sedimentos do tipo prateleira, como os carbonatos, quartzitos, mica xisto meta pelítico e BIF (o principal captador de oxigênio do Arqueano) ocorreram em camadas finas em 3,05Ga no Supercrustal Malene no oeste da Groenlândia (Chadwick, 1990), o Complexo Lewisian da Escócia (Rock, 1987), Yilgarn ocidental (Kober et al., 1989), a Província Wyoming dos E.U.A (Muller et al., 1992), província Superior e Escrava (Wilks e Nisbet, 1987; Thurston e Chivers, 1990), e sul da Índia (Prasad et al., 1982); Naqvi e Rogers, 1987). Nós não sabemos a extensão ou espessura desses sedimentos de margem passiva, principalmente por eles terem sido deformados por empurrões em ambientes colisionais(?). O principal crescimento de continentes no Arqueano superior indicado por muitas curvas isotópicas na Fig 22.27 foi expressa pela formação global e por inúmeras acresções de arcos de ilhas, agora representados por greenstone belts (capitulo 19), e pela colocação de magmas dominantemente tonalíticos, em geral deformado para ortognaisses em cinturões gnaisse-granulito (capitulo 20). O mecanismo dominante de acresção nesses dois ambientes foi empurrões, que deve ter resultado em um grande espessamento da crosta. A impressão de ganho do empurrão de toda a crosta em uma escala não inferior a que gerou o platô Tibetano moderno. Portanto não é surpresa que evidências apareceriam para iluminar o colapso extensional dos orógenos do Arqueano superior, dando origem ao Supergrupo Ventersdorp (Wit et al., 1992), zonas cisalhantes de extensão em gnaisses de Lewisian, Escócia (Coward, 1984), o Supergrupo Pongola com seus riftes, domos de gnaisses e granitos rapakivi de fusão crustal (minha interpretação no capitulo 18), e de núcleos de complexos metamórficos e granitos de fusão da crosta associados com colapsos gravitacionais de colagens de arcos de ilhas, espessados por empurrões (Kusky, 1993). O estágio tectônico final no desenvolvimento da crosta do Arqueano superior é representado por derrames continentais basálticos do Grupo Fortescue, 2,77-2,69 Ga, no bloco Pilbara, Austrália extrudada em conexão com riftes continentais (Blake e Groves, 1987), e intrusão de um número vasto diques máficos no enxame de Matachewan, 2,63Ga, no Canadá em rifte falhado relacionado a ruptura de um continente superespessado Arqueano (Fahrig, 1987). 2.6 – 2.4 Ga. O supercontinente e o limite Arqueano-Proterozóico Tem sido dito que ‘o limite ArqueanoProterozóico (A-P) é um campo minado semântico numa terra de ninguém do PréCambriano’ (Master, 1990; Trendall, 1991). Se há ou não um limite em 2.5 Ga, se isso deveria ser definido por cronoestratigrafia ou cronometria, se isso deveria ser dado um número em todo o Ga, ou se há ou não diferenças notáveis no registro geológico ou eventos geológicos nesse período de tempo, são todos controversos. Os termos Arqueano e Proterozóico foram originalmente definido para refletir diferenças no registro de vida, e hoje nós vemos que o registro fóssil no former é ‘muito fino’, enquanto que durante nos últimos ele é mais abundantemente registrado em sedimentos carbonáticos, e começa a assumir um aspecto moderno (Nisbet, 1991). O registro da rocha e isotópico indica uma completa ausência de qualquer atividade orogênica nesses períodos críticos – sem arcos de ilhas, sem cinturões tipo himalaios, sem orógenos colisionais. Em contraste, encontramos continentes estáveis e extensos que foram intrudidos por muitos diques máficos e capeados por bacias epicratônicas muito difundidas ou sedimentos plataformais na evolução de margens continentais passivas. Por muitos anos autores tem falado sobre ‘cratonização’. A evidência sugere a presença de um supercontinente no limite Arqueano-Proterozóico que sofreu desmembramento em vários blocos continentais. Na medida em que o fim do Arqueano representa o período quando a taxa de crescimento continental alcançou seu pico, deveria também ser um período de alto relevo continental (e, portanto, área) e flutuabilidade (Campbell e Jarvis,1984). A intrusão global de abundantes diques máficos frquentemente nos maiores enxames (e algumas intrusões máficas-ultramáficas) na maioria dos continentes atuais imediatamente depois de 2.4 Ga são uma indicação da quebra dos grandes blocos continentais. Eles foram sucedidos pela formação de muitos rifts contendo sedimentos clásticos e lavas basálticas, e depois pelas plataformas de carbonato maciço dominadas nas margens passivas de continentes fragmentados. Dois pontos valem a pena enfatizar sobre este período de tempo. Primeiramente, a maioria das mudanças provavelmente levou centenas de milhares de anos, assim o limite não foi abrupto, mas transicional e duradouro. Secundariamente, há muito tempo existem mudanças mais significativas nos registros do sul da África do que nos outros continentes, assim os desenvolvimentos foram diacrônicos. No oeste da Austrália uma mudança diácrona decorreu dos greenstones para a plataforma de 2.7 Ga, relativa a um período finito de estabilização da crosta continental (Blake e Groves, 1987). Que mudanças significativas ocorreram através desse limite do final do Arqueano e início do Proterozóico? A tabela 22.1 lista mudançaschave e suas causas imediatas; essas estão todas bem documentadas (Condie, 1989a). A figura 22.18 mostra algumas mudanças químicas diagnósticas em sedimentos através do limite A – P, discutido anteriormente. Veizer ( 1983a,b) assinalou que calcitas e dolomitas arqueanas, se comparados com homólogas fanerozóicas, são enriquecidas em Sr2+, Ba2+, Mn2+, empobrecidas em d18O , Na2+, e contém manto 87Sr/86Sr e 34S/32S. Para explicar estas diferenças ele sugeriu que no Arqueano havia maciço bombeamento da água do mar através da crosta oceânica basáltica coeva, mas, começando no Proterozóico, o fator controlante da composição da água do mar foi descarga do rio das plataformas continentais estáveis que tinham se desenvolvido até então. A mudança na química do sedimento foi um resultado da diminuição no influxo água do mar-crosta oceânica (devido à diminuição da liberação de calor do manto)e o concomitante aumento no fluxo do rio dos novos e extensos continentes (Veizer, 1988b). So, o amortecimento do manto na água no Arqueano mudou para um amortecimento continental no Proterozóico inferior. Sendo um indicador mais sensível de proveniência do que os outros índices químicos, a razão Ce/Th em pelitos de ambos os greenstones e quartzito – sucessões pelíticas do cráton Kaapvaal mostra um decréscimo proeminente no limite A – P – Fig. 22.29, registrando granitos expostos por soerguimento. No entanto, Condie e Wronkiewicz (1990) assinalou que, apesar de este decréscimo suporte uma mudança mundial na composição continental do Arqueano Superior para o Proterozóico Inferior, como proposto por Taylor e McLennan (1985), no cráton Kaapvaal isso reflete não um único evento abrupto, mas uma longa e complexa sucessão de eventos de cratonização de cerca de 3.3 Ga até 2.0 Ga. A mudança geoquímica no material fonte dos pelitos no sul da África de primitivos e ricos em máficos em 2.7 Ga para evoluído e rico em félsicos em 2.55 Ga foi demostrado em detalhe por Wronkiewicz e Condie (1990). Pelo estudo de rochas similares em associações greenstone belt , Condie (1989a) descobriu que basaltos nos greenstones são dominantemente toleíticos com afinidades geoquímicas de arco de ilha derivados de fontes relativamente empobrecidas, enquanto que os basaltos proterozóicos tem afinidades tipicamente cálcio-alcalinas e são provavelmente derivadas de fontes mantélicas mais enriquecidas. Desta forma, embora os greenstones belts continuassem a se formar desde o Arqueano até o Proterozóico (e.g. o eo-Proterozóico Birimiano no W da África, o Yavapai e Flin Flon no N da América), seus componentes basálticos foram submetidos a importantes mudanças químicas refletindo a evolução química e de resfriamento do manto reservatório; altos graus de derretimento e produção de magma a profundidades rasas no Arqueano para geração de magma a altas profundidades no eo-Proterozóico. A partir das análises do final do Arqueano e do início do Proterozóico, Hale (1987) mostrou que uma mudança abrupta na taxa e no estilo da movimentação crustal que ocorreu há 2.5-2.6 Ga. Se esta mudança é interpretada como sendo relacionada ao crescimento de um núcleo interno, então surge uma conjectura intrigante de que a transição Arqueano-Proterozóico está relacionada com a nucleação do núcleo interno. Resumindo, o limite Arqueano-Proterozóico representa não tanto uma mudança nos tipos de rochas, estruturas ou processos, mas uma passagem a longo prazo do Arqueano, que era o tempo quando os continentes estavam crescendo, para o Proterozóico inferior, quando continentes estáveis tinham se formado, margens passivas eram extensas, e os continentes eram capazes de flutuar em novos oceanos acrescionando e subductando. A mudança na química dos Figura 22.29 Média da razão Cr/Th em pelitos dos greenstones (GR) e associações quartzito-pelito (QP) de vários continentes mostrados como função da idade (de Condie e Wronkiewicz, 1990, reproduzido com permissão do Elsevier Science). Tabela 22.1 Deficiências e excessos de elementos em misturas folhelho-arenito em relação a fontes crustais da crosta superior (de Condie, 1993, reproduzido com permissão). sedimentos claramente documenta este desenvolvimento na evolução dos continentes. Apesar de ter lugar à reciclagem de sedimentos, não foi erradicada essa passagem fundamental. 2.4-2.0 Ga. A quebra dos Continentes Sedimentos do Proterozóico inferior incluindo matérias clasticos maturos e fracionados (ortoconglomerados, quartzitos, arenitos) originados pelos sedimentos imaturos Arqueanos, carbonatos (bio)químico e iron-formations, e arcósios imaturos ricos em potássio (Veizer, 1988b) originadas pela erosão das rochas graníticas Arqueanas expostas nas montanhas do supercontinente. Carbonatos dolomíticos estromatolíticos de espessura kilométrica são característicos dessas sucessões de empilhamentos (shelf-types) (Eriksson, in press). A espessura de km, nos dolomitos plataformais Transvaal de 2.55 Ga no Sul da África (Jahn et al., 1990) passa para fácies de declive na bacia (muito estranho!) (Eriksson, in press). Sobrejacente ao Grupo Fortescue sin-rift com o seu derrame basáltico no oeste da Austrália está o Grupo Hamersley de 2.69-2.47 Ga que contém a espessura de 400m de carbonatos que passam em sedimentos slope-basin (essa ta parte ta meio complicada!)(Simonson et al.,1993). Os sedimentos e vulcânicos (2.45 Ga) do Huronian em Ontario, Canadá são recobertos por sedimentos carbonáticos que foram depositados numa margem continental passiva (Fralick e Miall, 1989). O orógeno New Québec no Canadá registra rifts a 2.17 Ga e uma margem passiva a 2.14 Ga (com quartzitos e recifes carbonáticos) na borda oriental do cráton Superior (Skulski et al, 1993). No escudo do norte do Báltico (2.3 Ga)(Gaal e Gorbatschev) riftes continentais com conglomerados e lavas toleíticas estão sucedidas pelo grupo Jatulian que contém quartzitos basais e carbonatos empilhadas that pass into a slopebasinal fácies de ardósias carbonosas de detritos terrigenos na margem continental passiva da sutura Lulea-Kuopio (Windley, 1992b). O orógeno Wepmay no noroeste do Canadá contém sedimentos clásticos rift-fill e dolomitos estromatolíticos que depositados em uma margem passiva por volta de 1.9Ga (Hoffman, 1988, 1988a). É provável que a ressurgência de águas profundas nos empilhamentos (shelves) parcialmente oxigenados forneceu a principal fonte de ferro e manganês para a grande formação de BIF do tipo Superior e depósitos de manganês japilitic (Button et al., 1982; Veizer, 1988b; Schissel e Aro, 1992). Então, resumindo, existe uma grande evidência (e existem muito mais exemplos) do desenvolvimento mundial de rifteamentos e margens continentais passivas nesse período. Entre 2.4Ga e 1.9Ga, uma principal mudança ocorreu na composição da atmosfera quando o oxigênio livre se tornou abundante – oxyatmoversion (Kirkham e Roscoe, 1994) causando a mudança da pigmentação da matriz dos red-beds para hematita-grain-coat red-beds (Eriksson e Cheney, 1992), o desenvolvimento de palaesols (paleossolos?) ricos em hematita (Wiggering e Beukes, 1990; Roscoe, 1991) e minérios supergenos ricos em hematita nos BIF (Holland e Beukes, 1990). Além disso, o extensivo desenvolvimento de margens passivas permitiu a deposição de evaporitos depois de 1.9 Ga. Isso é importante correlacionar as configurações tectônicas no interior dos continentes, riftes e margens passivas nesse período com o desenvolvimento de hidrosfera, atmosfera e registro sedimentar discutidas mais cedo nesse capítulo. 2.0-1.6 Ga Principal crescimento crustal Dados isotópicos de Nelson e DePaolo (1985) e Patchett e Arndt (1986) sugeriram que principal crescimento crustal foi ao período 1.9-1.7 Ga em cinturões extensivos em uma zona dos orógenos Killarney, Planícies Centrais, Yavapai e Mazatal no sudoeste dos Estados Unidos, para os orógenos Makkovik e Penokian, o orógeno Ketilidian no oeste da Groenlândia, e o orógeno Svecofennian no escudo Báltico. Essas regiões consistem em rochas plutônicas e vulcânicas muito semelhantes as dos arcos de ilhas dos dias de hoje, sendo mais de 80% recém diferenciada da crosta derivada do manto e apenas uma pequena contribuição Arqueana, provavelmente sedimentos reciclados. Esses são os orógenos acrecionários resumidos no capitulo 16, que consiste na colagem de arcos de ilhas amalgamados e prismas sedimentares acrecionários, e que são comparáveis em tipo e origem com os greenstone belts Arqueanos. O orógeno Birimian, 2,1 ga, que ocupou uma vasta área do oeste da África (Abouchami et al., 1990; Milési et al., 1992; Sylvester e Attoh, 1992) e os greenstone belt do Rio Itapicuru, 2,1 ga, no Brasil (Davison et al., 1988) consiste similarmente do novo material de arcos, derivado do manto. Esses orógenos acrecionários possui uma alta porcentagem de granitos de fusão mantélica pós orogênicos, incluindo granitos rapakivi, por causa do material fértil e juvenil com eles foi ideal para autos gruas de fusão parcial (Vielseuf et al., 1990); Windley, 1993b). Durante esse período muitos orógenos formados por colisões de blocos continentais (capitulo 16), mas eles não contribuíram significantemente para o crescimento continental (Windley 1992b). Semelhante aos orógenos colisionais modernos na maior parte reativação e redistribuição de material em granitos parcialmente fundidos do fundo da crosta continental. Tais granitos pós orogênicos em orógenos colisionais de empurrões thrustthickened podem ser uma resposta ao adelgamemento litosférico e remoção da cama de limite termal (Turner et al., 1992). Milena Rosa 1.4 – 1.0 Ga. Orógeno Grenvillian O fechamento, através da subducção, de extensos oceanos anteriores deu origem a muitos orógenos colisionais que podem pertencer a um único mega-orógeno de 13.000 km (Hoffman, 1991b). O orógeno grenville no noroeste americano é descrito no capítulo 15 (Rivers et al., 1989; Mezger et al., 1993). Embora não apresente zona de sutura (ocultas por pressões internas), contem um arco de ilhas de 1.28 – 1.25 Ga, cujo espessamento culminou em um colapso extensional (Rivers, 1994). Continuou com o inicio do orógeno Moine na Escócia e o orógeno Sveconrweigian do escudo Báltico (Starmer, 1993). 1 – 0.5 Ga. Dois supercontinentes e Orógenos Pan-Africanos A orogênese Granvilliana levou a formação de um supercontinentelogo depois de 1.0 Ga que incluiu as regiões Baltica, Laurentia, muito do Gondwana, e Siberia (the SWWAT connection of Moores, 1991 e Dalziel, 1991). A separação deste supercontinente deu origem a uma sequencia “de prateleiras”continental no período de 950 – 600 Ma nas margens do Laurentia e Baltica (park, 1992) e no oceano Moçambique, a subducção e o afastamento que iniciaram o cinturão orogênico colisional Moçambique do leste africano (Key et al., 1993) e o orógeno Brasiliano da America do Sul (Brito Neves e Cordani, 1991), e assim a formação de um novo supercontinente de 600 – 500 ma, a separação levou ao oceano Iapetus. Também nessa época a formação de muitos arcos de ilhas que foram amalgamados dentro do escudo Núbio-Arábico. A formação deste arco se iniciou a aproximadamente 870 Ma e a acresção final teve inicio a aproximadamente 550 Ma (Stern, 1994). Murphy e Nance (1991) o denominou de Cinturão Avaloniano – Cadomiano (630 – 550 Ma) comparável aos orogenos periféricos, porque eles podem ter se desenvolvido diante a margem externa de um supercontinente. Durante o Neo Pre-Cambriano teve início um importante aumento na concentração de oxigênio da atmosfera e da hidrosfera (Derry et al., 1992), diversidades de eucariontes, estromatólitos e metazoa surgiram (Capítulo 13). A formação de supercontinentes assistiu ao desenvolvimento das glaciações. As diverssas novas margens continentais passivas e oceanos e conseqüente “upwelling” de correntes ricas em nutrientes que possibilitou a deposição global de apatitas e o rápido desenvolvimento de uma biota com “partes duras”. 0,5 Ma – Presente. Dois ciclos de Wilson e um Supercontinente. O oceano Iapetus fechou dando origem aos orógenos Apapalachian-Caledonian-Variscan e assim ao Supercontinente Pangea PermoTriássico. A quebra através do Mesozóico e do Cenozóico levou a criação dos continentes presentes, que derivaram e colidiram para formar os orógenos como Alpes europeus e o Himalaia. Os diferentes tipos de rochas sedimentares, ígneas e metamórficas que se desenvolveram nos limites de placas durante o crescimento e fechamento dos oceanos Mesozóico-Cenozóico, fornecem a chave para revelar as complexas relações tectônicas encontradas em antigos orógenos. Os Alpes europeus e o Himalaia possuem raízes crustais espessas até ~ 80km, em contraste aos colisionais Paleozóicos do Caledonides e Variscan que faltam raízes crustais e possuem crostas finas por volta de 30km (Meissener, 1986).