A SETEMIG – Seminário Teológico Ministério da Graça 1. Propósito da Capacitação 2. Pessoas que podem ser capacitadas 3. Duração da capacitação: 5 módulos 4. Duração do 1º módulo: 3ª - Teologia Dispensacional – 18/3; 25/3; 01/4; 08/4; 15/4; 22/4; 29/4; 06/5; 13/5; 20/5; 27/5; 03/6 5ª - Ed. Cristã - 20/3; 27/3; 03/4; 10/4; 24/4; 08/5; 15/5; 22/5; 29/5; 05/6; 12/6 5. Avaliação 100% de frequência – 2,0 Apresentação de trabalho – 3,0 (4,0) Teste – 5,0 (6,0) Entendendo sua Bíblia • Autor: S. Craig MacDonald • Tradutor: Urian Rios Conteúdo Prefácio 1. Hermenêutica - 1 “ Eu consigo ler o que está escrito, mas o que isso quer dizer?” 2. Oikonomia - 13 Uma palavra especial, uma aplicação especial 3. Identificando as Dispensações - 21 Uma visão geral da obra de Deus na História 4. Identificando o início - 44 Determinando quando a presente Dispensação começou 5. O que devo fazer para ser salvo? Salvação no Dispensacionalismo Conteúdo 6. Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes 7. Não queremos que vocês sejam ignorantes O plano de Deus para o Corpo de Cristo 8. Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? 9. Batismo com água Ensino versus tradição 10. O período de Transição Um momento único na história 11. Dispensacionalismo como um sistema Uma visão geral Prefácio Como uma cartilha que introduz a criança à leitura, o objetivo deste livro é introduzir o leitor à análise da Bíblia à luz da Teologia Dispensacional.. Cap. 1 – Hermenêutica A - “Eu consigo ler o que está escrito, mas o que isso quer dizer?” Hermenêutica – Termo grego que significa interpretação. Duas opções: 1ª - Interpretação literal, sem nenhum significado secundário ou simbólico. Ex.: o jornal, a revista, a carta... 2ª - Interpretação simbólica Ex.: o texto literário, a poesia “Minha tia Josephine me escreveu dizendo que foi ao circo a semana passada.” Cap. 1 – Hermenêutica Ao estudar a Bíblia é muito importante que se tenha decidido qual a linha de interpretação se vai adotar. A Bíblia deve ser interpretada literal ou simbolicamente? Ler: página 2, parágrafo 3º, linha 9 até o fim do parágrafo. “Aqui...” Cap. 1 – Hermenêutica B – Nossas opções em ação Is 11:6-7 – E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e a nédia ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará... Interpretando: Interpretação literal – Em algum ponto no futuro, Deus restaurará os animais à condição de paz semelhante à que existia no Jardim do Éden. Interpretação simbólica – Os animais da passagem é uma metáfora. Eles apenas representam a paz e a harmonia que existirão na terra quando o evangelho transformar o coração da humanidade. Cap. 1 – Hermenêutica Obs.: A escolha de qualquer uma das opções não afetará a salvação do indivíduo. A escolha afetará seu entendimento sobre o plano de Deus na história humana e sua obediência à vontade de Deus. Cap. 1 – Hermenêutica C – Fazendo uma escolha A interpretação literal é defendida por Charles Ryrie em seu livro Dispensacionalismo hoje através de três razões: 1. Deus criou o homem dotado de habilidade de comunicar e sempre foi o Seu desejo comunicar-se com ele. Não faz sentido Deus criar uma linguagem literal e usar uma linguagem alegórica, dificultando sua comunicação com o homem. Ex.: Ler 3º parágrafo da página 5. Cap. 1 – Hermenêutica 2. Argumento bíblico – As profecias relacionadas a primeira vinda de Cristo se cumpriram literalmente: Ele nasceu de uma virgem (Is 7:14) na cidade de Belém (Mq 5:2); o salmo 22 prediz Cristo na cruz; foi-lhe dado um túmulo com os ímpios e com os ricos (Is 53:9). Dessa forma as profecias relacionadas ao futuro devem ser entendidas literalmente também. 3. Razão lógica – Se a passagem não significa o que diz e tem uma significação simbólica, quem determina esse significado? Zc 14:4 – Os pés do Senhor estarão sobre o monte das Oliveiras. Cap. 1 – Hermenêutica Em todas culturas e épocas são usadas figuras de linguagem na comunicação do dia a dia. Ex. Estava com tanta fome que poderia comer um boi. No texto bíblico, é preciso determinar o “usus loquendi” (uso da palavra em sua localidade cultural.). Ex.: Sl 23 – O Senhor é meu pastor... Ele me faz repousar em pastos verdejantes... Ex.: As batalhas descritas em Apocalipse que serão travadas com espadas e cavalos. Seriam esses dois termos figuras que representam armas de fogo e tanques de guerra desconhecidos na época? Cap. 1 – Hermenêutica D – Quando usar uma Hermenêutica Literal Israel X Corpo de Cristo A interpretação literal deixa clara a distinção entre Israel e o Corpo de Cristo. Israel = descendentes de Jacó, a nação física Ex 19:5, 6 – Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Estas são as palavras que você dirá aos israelitas.” Rm 9:4, 5 Cap. 1 – Hermenêutica Corpo de Cristo – não físico, não associado a um determinado grupo nacional ou étnico nem limitado a uma terra em particular. Gl 3:28 – Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher... Rm 10:12 – Não há diferença entre judeus e gentios... I Pe 2:9 – Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido... Cap. 1 – Hermenêutica O que usa a interpretação simbólica vê o Corpo de Cristo como uma nova e espiritual Expressão do Israel do Antigo Testamento. As promessas feitas a Israel não foram dadas para serem cumpridas literalmente, mas em sentido figurado e espiritualmente na Igreja e no Corpo de Cristo. A interpretação literal deixa clara a distinção entre Israel e o Corpo de Cristo. O Corpo de Cristo não é Israel espiritualizado. As bênçãos prometidas a Israel continuam a ser só dela. Aquelas que ainda não se cumpriram, acontecerão literalmente em algum momento no futuro. Cap. 1 – Hermenêutica A interpretação literal é a que faz justiça às Escrituras e levanta questões sobre como a mudança de um programa para o outro ocorreu. Isso também implica em que no futuro Deus irá continuar seu relacionamento com Israel para cumprir as promessas feitas a ela. Cap. 2 - OIKONOMIA A – Uma palavra especial, uma aplicação especial Origem etimológica de palavras: Hipopótamo – do grego = cavalo do rio Democracia (palavra conceito) – série de ideias associadas = Relação governamental, onde o poder reside no povo e é exercido por um sistema de eleições livres. OIKONOMIA (palavra conceito) “usus loquendi” de palavras e frases bíblicas Cap. 2 - OIKONOMIA Lc 16 – significado de OIKONOMIA = administração OIKONOMOS = administrador Jesus disse aos seus discípulos: “O administrador de um homem rico foi acusado de estar desperdiçando os seus bens. Então ele o chamou e lhe perguntou: Que é isto que estou ouvindo a seu respeito? Preste contas da sua administração, porque você não pode continuar sendo o administrador. O administrador disse a si mesmo: meu senhor está me despedindo. Que farei? Para cavar não tenho força, e tenho vergonha de mendigar... Já sei o que vou fazer para que, quando perder o meu emprego aqui, as pessoas me recebem em suas casas.” Cap. 2 - OIKONOMIA Usus loquendi de OIKONOMIA 1º - Relação vertical – homem rico e o administrador de bens (subordinado à autoridade do proprietário). Em nossa cultura – Administrador comanda pessoas. 2º - Atribuição de responsabilidades ao administrador pelo seu superior. 3º - Prestação de contas por parte do administrador ao seu superior. 4º - Tomada de decisão por parte do superior em caso de fracasso do administrador. PARTE 1 Parte 2 (OIKONOMOS) Prestação de contas Responsabilidades Cap. 2 - OIKONOMIA Cap. 2 - OIKONOMIA Se o administrador não cumprir suas responsabilidades e for substituído por um novo administrador, a Parte 1 comunicará a este suas responsabilidades específicas: 1º - Algumas das funções do administrador anterior são transferidas para o novo; 2º - Algumas das obrigações anteriores podem ser descontinuadas e portanto o novo oikonomos não seria mais responsável por elas; 3º - Novas funções podem ser adicionadas. O novo administrador será cobrado por seu desempenho neste novo acordo e caso seja infiel, poderá ser destituído também. Esta relação econômica entre homens ricos e administradores era algo normal e cultural nos tempos do Novo Testamento. Cap. 2 - OIKONOMIA A Bíblia usa o termo oikonomia para descrever como Deus lida com a humanidade no transcurso da história humana. Ef 1:10 – De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na Dispensação da Plenitude dos Tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra. oikonomia é trazuduzido como administração ou dispensação. Caracteriza a relação de Deus com a humanidade em um momento ainda no futuro. Ef 3:2, 9 – Se é que tendes ouvido a Dispensação da Graça de Deus, que para convosco me foi dada. v. 9 – E demonstrar a todos qual seja a Dispensação do Mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou. Oikonomia – Relação de Deus com o homem do momento atual. Cap. 2 - OIKONOMIA Um estudo cuidadoso da Bíblia indica várias oikonomias (administrações, dispensações) e cada uma delas possui os 4 aspectos já apresentados. Cap. 2 - OIKONOMIA Dispensacionalismo – Refere-se à forma de Teologia que reconhece várias oikonomias distintas nas Escrituras. Dispensacionalista – É aquele que adota esta forma de teologia. Resumindo A abordagem dispensacional da Bíblia se harmoniza com a interpretação literal. As contradições que alguns veem na Bíblia não precisam ser interpretadas de forma simbólica, mas como mudanças de dispensações. Cap. 2 - OIKONOMIA Ex.: O rito da circuncisão exigido em um período e desnecessário em outro. Deus lida de forma especial e exclusiva com Israel em um momento e, em seguida, coloca-o de lado. A hermenêutica literal resulta em um entendimento dispensacional da Bíblia, e o dispensacionalismo é consistente com uma hermenêutica literal sendo o único sistema que faz justiça às palavras das Escrituras. Cap. 2 - OIKONOMIA A interpretação simbólica afirma que Deus opera um programa contínuo e uniforme (Teologia do Pacto). Interpreta as mudanças na relação de Deus com a humanidade como diferentes metáforas usadas para descrever as mesmas verdades espirituais. Há unidade na maneira como Deus nos trata, mas não necessariamente uniformidade. Quantas são as oikonomias encontradas na Bíblia e quais são suas respectivas funções? Cap. 3 – Identificando as Dispensações A – Uma visão geral da obra de Deus na História Inspirado pelo Espírito Santo, a apóstolo Paulo utiliza o termo oikonomia para descrever como Deus lida com a humanidade no transcurso da história. Charles Ryrie (Dispensacionalismo Hoje) define oikonomia como “uma distinta economia (administração, dispensação) no desenvolvimento do propósito de Deus.” Cap. 3 – Identificando as Dispensações No estudo da Bíblia é importante: Perceber cada uma das dispensações com suas características e responsabiliades peculiares. Saber em que parte do plano de Deus devemos nos situar para entendermos quais as nossas responsabilidades . Entender que com a mudança de uma oikonomia para outra algumas instruções são continuadas, outras são removidas e outras adicionadas. Embora alguns pensem que o dispensacionalista descarta partes da Bíblia, o apóstolo Paulo afirma: Toda a Escritura é inspirada por Deus (II Tm 3:16). Cap. 3 – Identificando as Dispensações Benefícios de estudar porções das Escrituras direcionadas a outras dispensações: Aprendemos sobre a Pessoa (atributos e natureza) e obra de Deus no decorrer da história humana; Percebemos que muitos dos comandos de Deus se aplicam a diferentes dispensações. Ex.: homicídio, casamento misto... B – Uma série de dispensações Comandos verticais, comandos horizontais Dispensação Dispensação Dispensação Dispensação Dispensação Cap. 3 – Identificando as Dispensações Dispensações Inocência Nome Teste Encher, dominar, não comer Comeu Fracasso Expulso, sofrimento e Julgamento suor, morte Adão e Eva Parte 2 Dispensação: Inocência Responsabilidades: Povoar a terra e dominar animais. Comer frutos e legumes. Guardar o sábado (Gn 2:3). Instituição do casamento (Gn 2:24). Não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. ............................................................................. Promessa de redenção – Gn 3:15; Gn 3:21 Instituição de sacrifício – Gn 3:21 (salvação garantida) Cap. 3 – Identificando as Dispensações Dispensações Inocência Consciência Teste Encher, dominar, não comer Obedecer à consciência. Fracasso Comeu maldade Dilúvio Julgamento Expulso, sofrimento e suor, morte Parte 2 Adão e Eva Humanidade Nome Dispensação: Consciência Gn 3:22 – O homem, conhecedor do bem e do mal. Responsabilidades: Povoar a terra e dominar animais. Comer frutos e legumes. Guardar o sábado (Gn 2:3). Instituição do sacrifício. Guiar-se pela consciência – Gn 4:7. Dispensação: Consciência Mistura, pelo casamento, entre os filhos de Deus e os filhos dos homens – Gn 6:2 Multiplicação da maldade na terra – Gn 6:5. Arrependeu-se o Senhor – Gn 6:6. Misericórdia e paciência do Senhor (120 anos) Gn 6:3. I Pe 3:20; II Pe2:5. Deus envia o dilúvio – Gn 7:10-12, 18-24. O princípio da consciência continua. Cap. 3 – Identificando as Dispensações Inocência Consciência Governo Humano Teste Encher, dominar, não comer Obedecer à consciência. Encher e dominar Fracasso Comeu maldade Reunidos em Babel Dilúvio Julgamento Expulso, sofrimento e suor, morte Confusão das Línguas Adão e Eva Humanidade Humanidade Nome Parte 2 Dispensação: Governo Humano Responsabilidades: Povoar a terra e dominar animais. Guardar o sábado (Gn 2:3). Prática do sacrifício. Guiar-se pela consciência – Gn 4:7. Multiplicar-se sobre a terra – Gn 8:17; 9:1. Carne animal é adicionada à dieta – Gn 9:6. Proibição de comer o sangue de animal – Gn 9:4. Instituição da pena capital (justiça ao culpado de assassinato feita pelo homem; autoridade do homem sobre o homem). Dispensação: Governo Humano Gn 11:1, 4 – Decisão de não se espalharem sobre a terra. Sem – pai dos semitas ou asiáticos Cão – pai dos africanos Jafé – pai da raça branca O princípio do governo humano continua até a 2ª vinda de Jesus para estabelecer o Reino. Rm 13:1-7; I Pe 2: 13-17 Cap. 3 – Identificando as Dispensações Inocência Consciência Governo Humano Promessa Encher, Obedecer à dominar, não consciência. comer Encher e dominar Habitar em Canaã Comeu maldade Reunidos em Babel Mudaram para o Egito. Expulso, sofrimento e suor, morte Dilúvio Confusão das Línguas 400 anos de Escravidão Adão e Eva Humanidade Humanidade Abraão e seus descendentes N T F J P2 Dispensação: Promessa Deus traça a linhagem de Cristo (Sem – Tera Abrão....). Chamado de Abrão – Gn 12 Início de uma nação. Dispensação: Promessa Deus promete a Abrão: a) Uma terra nacional – Gn12:1; 13:14, 15. b) Promessa de redenção nacional e universal – Gn 12:3; 22:18; Gl 3:16, 29. c) Promessa de numerosos descendentes que irão compor uma grande nação. Aliança Abraâmica – incondicional – Gn 12:1-3; 15:7-17; 17:19 Deus confirmou a promessa através de aliança costumeira na época: as partes contratantes se punham cada uma em uma das extremidades do animal dividido e passavam por entre as metades. Assim expressavam que “se não cumprir minha parte do pacto, posso ser cortado em pedaços como este sacrifício”. Neste caso, somente o Senhor passou, em forma de um forno fumegante e uma tocha, pois sua aliança era unilateral, uma iniciativa divina, e somente ele poderia cumpri-la. Deste contrato desencadeia o Programa Profético centralizado na nação de Israel. Dispensação: Promessa Duas vezes Abrão sai de Canaã – Gn 12:10-20; Gn 20. Profecia sobre a escravidão no Egito – Gn 15:13-16 Escravidão no Egito – Ez 20:8-10 Instituição da circuncisão – Gn 17:10 A promessa com referência a terra é desenvolvida no Contrato Palestino (Aliança Palestina) – Ez 11:17; Ez 20:39-42; Am 9:14, 15; Dt 30:3-5; Js 1:3, 4. A promessa referente à redenção é engrandecida no Novo Contrato (Nova Aliança) – Dt 30:6-8; Jr 31:31-40; Ez 11:19-20. A promessa a respeito de uma grande nação, com dinastias, trono e Rei é aumentada no Contrato Davídico (Aliança Davídica) – II Sm 7:11, 13, 16, 24; I Rs 2:45. Dispensação: Promessa Responsabilidades: Povoar a terra e dominar animais. Guardar o sábado (Gn 2:3). Prática do sacrifício. Guiar-se pela consciência – Gn 4:7. Multiplicar-se sobre a terra – Gn 8:17; 9:1. Dieta animal – Gn 9:6. Proibição de comer o sangue de animal – Gn 9:4. Uso da pena capital (justiça ao culpado de assassinato feita pelo homem; autoridade do homem sobre o homem). Permanecer em Canaã. Cap. 3 – Identificando as Dispensações N T Inocência Consciência Governo Humano Promessa Lei Encher, dominar, não comer Obedecer à consciência. Encher e dominar Habitar em Canaã.. Obedecer a Deus. Comeu maldade Reunidos em Babel Mudaram para o Egito Expulso, sofrimento e suor, morte Dilúvio Confusão das Línguas 400 anos de Escravidão Postos de Lado Adão e Eva Humanidade Humanidade Abraão e seus descendentes Israel F J P2 Dispensação: Lei Ex 19:5-6 – Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Estas são as palavras que você dirá aos israelitas. Propriedade peculiar – reino de sacerdotes – nação santa I Pe 2:9 – Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido... Resposta do povo: Ex 19:8 – Tudo o que o Senhor falou faremos. Dispensação: Lei Iniciada no monte Sinai – Êxodo 20. Composta de mais de 600 mandamentos (a lei moral, a lei cerimonial, o serviço do tabernáculo, as festas, medidas de saúde). Dura mais de 1500 anos (de Êxodo 19 a Atos 8). Dada exclusivamente a Israel. As outras nações podiam se achegar a Deus, mas só através de Israel. Dispensação: Lei Dt 7:6 – Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há. Rm 9:4-5 - ... Deles é a adoção de filhos; deles é a glória divina, as alianças, a concessão da lei, a adoração no templo e as promessas. Deles são os patriarcas, e a partir deles se traça a linhagem humana de Cristo, que é Deus acima de tudo, bendito para sempre! Amém. Dispensação: Lei Quando desobedeciam à lei, os judeus eram punidos com castigos, perdas de bênçaos (Lv 26; Dt 28), mas não perdiam a herança que era incondicional. Ler as passagens. A lei era um sistema de obras e obras não salvam (Gl 2:16, 21; 3:6-9; Rm 8:3 A lei serviu para mostrar que o homem é pecador – Gl 3:24-25 A desobediência na Aliança Mosaica não invalidava a Aliança Abraâmica (uma terra nacional, redenção nacional e universal, uma grande nação). Rm 3:23 – PORQUE TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS. A lei era um arranjo temporário até que viesse Jesus, a semente da mulher prometida em Gn 3:15 (Gl 3:19). Dispensação: Lei Aliança Davídica – II Sm 7:12-16 a) b) c) d) O filho (Salomão sucederá Davi). O trono de Salomão será estabelecido para sempre. O direito do trono ficará sempre na dinastia de Davi. Jesus Cristo cumprirá esta profecia. Este reino foi oferecido nos Evangelhos. João Batista pregava: Arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus (Mt 3:2). Os discípulos pregavam a mesma mensagem – Mt 10:5-7; 15:24. Este reino foi oferecido no livro de Atos. Pedro ofereceu este reino – At 3:13-20. Estevão também o anunciou – At 7. Dispensação: Lei Em resposta ao oferecimento do reino, os judeus: Prenderam os apóstolos e mataram Estevão – At 4:1-3; 5:17, 18, 40; 6:8-15; 7:58. Responsabilidades: ??? Seria a perfeita obediência a esses mandamentos o teste para esta oikonomia? Cap. 3 – Identificando as Dispensações Inocência Consciência Governo Humano Promessa Lei Graça Encher, Obedecer à dominar, não consciência. comer Encher e dominar Habitar em Canaã. Obedecer a Deus. Aceitar a Salvação Comeu maldade Reunidos em Babel Mudaram para o Egito. Expulso, sofrimento e suor, morte Dilúvio Confusão das 400 anos de Línguas Escravidão Adão e Eva Humanidade Humanidade Rejeitar a Salvação. Postos de Lado Abraão e seus Israel descendentes Tribulação Humanidade Dispensação: Graça ou Mistério Conversão de Saulo – At 9 Início das viagens missionárias de Paulo – At 13 Período de Transição – At 13 a 28 Gl 3:28, 29- Nisto não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa. Rm 10:12 – Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos os que o invocam. Dispensação: Graça ou Mistério O mistério não está na salvação do gentio. O mistério está no fato de que Deus está tratando com o gentio e judeu em pé de igualdade e formando o chamado Corpo de Cristo. Atos 16:31 – Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. Nada mais é exigido do ser humano além de crer para ter a salvação. Cap. 3 – Identificando as Dispensações Inocência Consciência Governo Humano Promessa Lei Graça Reino Milenar Encher, dominar, não comer Obedecer à consciência. Encher e dominar.. Habitar em Canaã Obedecer à Deus. Aceitar a Salvação. Submeter-se ao Reino. Comeu maldade Reunidos em Babel Mudaram para o Egito. Rejeitar o Reino. Rejeitar a Salvação. Rebelar-se sob Satanás. Expulso, sofrimento e suor, morte Dilúvio Confusão das Línguas 400 anos de Escravidão Postos de Lado Tribulação Destruídos em uma Batalha Adão e Eva Humanidade Humanidade Abraão e seus descendentes Israel Humanidade Humanidade Dispensação: Reino Milenar Depois do arrebatamento, Deus retomará o Programa Profético – Tribulação – “Tempo de Angústia para Jacó” (Jr 30:7), que durará sete anos (septuaginta semana de Daniel – Dn 9:27). Propósito da Tribulação: a) Castigar Israel e prepará-la para entrar no Milênio; b) Castigar os gentios pelo tratamento desprezível que deram aos judeus ao longo dos séculos. Dispensação: Reino Milenar Os grandes personagens da Tribulação: a) A besta – governador mundial que que receberá poder e autoridade de satanás – Ap 13:1-10. b) O falso profeta – líder religioso que também recebe poder de satanás – Ap 13:11-18. Neste período, satanás realizará seu desejo de governar o mundo. Apesar das calamidades de Apocalipse(caps. 6-9; 16), o Evangelho do Reino será pregado por um remanescente judaico e muitos serão salvos (Mt 24:14). Dispensação: Reino Milenar Após Tribulação, Cristo voltará (2ª vinda) para estabelecer Seu reino – Ap 20:1-6. A besta e o falso profeta serão lançados vivos dentro do lago de fogo – Ap 20:20 – e satanás será preso por mil anos – Ap 20:1-3. Israel voltará a desfrutar de todos os privilégios – Zc 8:20-23 – e Deus cumprirá a promessa de um reino. Dispensação: Reino Milenar O Reino Milenar - Ez 36:24-28 Será um período de: Paz – Is 32:17-18; 60:18 Gozo – Zc 10:6-7 Santidade – Sf 3:11,13 Glória – IS 24:23 Conforto – Is 49:13; 51:3 Dispensação: Reino Milenar Justiça – Is 9:7 Pleno conhecimento – Is 11:1-2; Instrução – Jr 3;14-15 A Maldição (Gn3:17-19) será removida – Is 65:25; 11:6-9 Ausência de doença – Is 33;24; Jr 30;17; Ez 34:16 Cura dos deformados – Is 29:17-19; 35:3-6 Proteção – Jr 23:5, 6; 32:37; Opressão não haverá – Is 42:6,7 Longevidade – Is 65:20 Dispensação: Reino Milenar Prosperidade econômica – Zc 8:12, 13; Ez 34:26-31; Is 60:11 A luz aumentada – Is 30:26 Idioma único – Sf 3:9 Adoração unida – Zc 8:20-23 A presença de Deus manifestada abundantemente– Zc 2:10-13; Ez 37:26-28 Ao final do milênio, satanás será solto e comandará uma rebelião contra o Rei – Ap 20:7-10. Satanás será derrotado e lançado para sempre no lago de fogo. O Grande Trono Branco – Ap 20:11-15 Cap. 4 – Identificando o início A – Determinando quando a presente Dispensação começou As palavras ditas por Jesus têm mais autoridade do outras porções das Escrituras? Pelo fato de ser chamado cristão devo obedecer aos ensinos de Jesus durante seu ministério terreno? Cap. 4 – Identificando o início B – Horizontal ou vertical? Sendo que a Bíblia trata do plano de Deus para todas as dispensações, ao estudar a Bíblia devemos perguntar: O que está escrito? Para quem foi escrito? Esta verdade é horizontal ou vertical? A maneira mais fácil de determinar se uma instrução é vertical é verificando se ela é anulada ou alterada de alguma forma em uma dispensação posterior. Ex.: A alimentação do homem – Gn 9:3; Dt 14; II Tm 4:4-5 Cap. 4 – Identificando o início Os ensinos de Jesus são aplicáveis para nos hoje? Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus – Lc 20:25. Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura – Mc 16:15. Amai a vossos inimigos – Lc 6:27. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé – Jo 9:7. Cap. 4 – Identificando o início Quando ocorreu a mudança da Dispensação da Lei para a Dispensação da Graça? A resposta a esta pergunta vai determinar como entendemos a vontade de Deus para nós hoje. Cap. 4 – Identificando o início Sempre que uma mudança ocorre, todas as instruções dadas a partir desse ponto até o final desta dispensação, sejam verticais ou horizontais, são mandatórias para os crentes desta dispensação. Instruções anteriores podem ou não se aplicar a nós, dependendo se são horizontais ou verticais. Cap. 4 – Identificando o início Ministério público de Jesus Ministério de Jesus pós-ressurreição Dispensação da Lei Pregação de Pedro no início de Atos Pregação e ensino de Paulo Dispensação da Graça Quando ocorreu a mudança dispensacional? Cap. 4 – Identificando o início C – Identificando o momento da mudança Igreja Igreja em nosso vocabulário – Refere-se a uma congregação cristã e o lugar onde se reúnem. Igreja na Bíblia – eclésia No 1º século (eclésia) – grupo de pessoas reunidas para um propósito específico. At 19:32 – Lucas usa eclésia para descrever uma multidão tumultuosa em Éfeso. Em At 7:38 – Estevão utiliza o termo para se referir a Israel no Antigo Testamento. Hb 2:12 faz citação do Sl 22:22 usando eclésia ao referir-se a Israel. Mt 16:18 - ... Você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja... At 2:47 ... E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja... Não é possível determinar o início da Dispensação da Graça pela palavra igreja. Cap. 4 – Identificando o início Musterion – Mistério = segredo O apóstolo Paulo usa o termo Musterion para descrever a presente dispensação na qual Deus não mais lida com Israel como Seu povo especial, mas lida com toda a humanidade de forma igualitária. Comparar: Dt 7:6 – Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu para que fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há. Cl 3:11 – Onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre, mas Cristo é tudo em todos. Cap. 4 – Identificando o início A salvação dos gentios era prevista, mas sempre através de Israel. Em nenhuma passagem profética do Velho Testamento há qualquer indicação de que Deus iria colocar Israel de lado e lidar com judeu e gentio em igualdade de condições. A igualdade entre judeus e gentios, formando a igreja que é Seu corpo era um segredo conhecido apenas por Deus até que Ele decidiu revelá-lo – Ef 3:9; Cl 1:25-27; Gl 1:11, 12; Rm 16:25. Em que momento tem início a Dispensação da Graça? Em algum momento entre At 9 (conversão de Saulo) e At 13 (início das viagens missionárias de Paulo). Cap. 4 – Identificando o início Observar: At 9:15 – Disse-lhe, porém o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. Gl 1:15, 18 – Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar se Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue. Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco. Depois passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro, e fiquei com ele quinze dias. Cap. 4 – Identificando o início D – Observando os contrastes Profecia X Mistério Profecia – Tudo o que envolve o cumprimento de profecias feitas a Israel está dentro dos limites da Dispensação da Lei (Mt 2:5, 17; Mt 24:15; At 2:16, 17). Mistério (segredo) – Estava oculto em Deus – Ef 3:9. A Igreja Corpo de Cristo não está no Velho Testamento, nem nos Evangelhos (Ministério de Jesus), nem nos primeiros oito capítulos de Atos ( ministério de Pedro). Cap. 4 – Identificando o início Ministério de Jesus – dirigido aos judeus – Mt 23:2, 3. O ministério de Pedro – dirigido aos judeus – At 2:22. A ocasião que os reuniu – festa de Pentecostes (festa judaica). Sua mensagem: oferecimento do reino. Tudo nos Evangelhos e nos primeiros oito capítulos de Atos diz respeito à Lei. Devemos ler os Evangelhos e a primeira parte de Atos com cuidado para não aplicar a nós verdades verticais destinadas a Israel. Cap. 4 – Identificando o início A Igreja Corpo de Cristo começou com o apóstolo Paulo e em suas cartas estão os princípios para nós desta Dispensação. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? A – Salvação no dispensacionalismo A maioria dos estudantes da Bíblia usa a interpretação literal nas partes históricas do Velho Testamento. É em passagens proféticas que se dá o impasse entre interpretação literal ou alegórica. Teologia do pacto – vê a história humana como um único bloco: o Corpo de Cristo como continuação do Israel do Velho Testamento – o que é dito a Israel também se aplica ao Corpo de Cristo, incluindo as promessas sobre eventos futuros. A 2ª vinda de Cristo e o reino milenar deve ser entendido figuradamente visando ensinar sobre o reino de Cristo na vida do crente. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? A Teologia do pacto acusa o dispensacionalista de ensinar vários métodos de salvação; que estes variam de dispensação para dispensação. Na dispensação da lei, a salvação era por praticar a lei ou pelas obras, contrário a Gl 3:11. Razões que levam a essa crítica: 1. Alguns dispensacionalistas ensinam que a morte substitutiva de Cristo era parte do mistério revelado a Paulo e que a salvação antes desta dispensação vinha da obediência à lei. 2. Nome dado à presente dispenação “Dispensação da Graça” (Ef 3:2) leva alguns a concluirem que antes a salvação não era pela graça de Deus, mas pelas obras. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Resposta: 1. Paulo ensinou a incapacidade da lei de produzir justificação – Rm 3:20. 2. Paulo chama a presente dispensação de Dispensação da Graça, não porque a graça de Deus aparece pela primeira vez, mas porque ela se manifesta em escala infinitamente maior. Ef 2:12, 13 – Naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Os dispensacionalistas acreditam que os remidos de todas as dispensações são salvos pela graça de Deus através de fé e não pelas obras. Então o Dispensacionalismo e a Teologia do Pacto estão de acordo sobre como a humanidade tem recebido a salvação ao longo da história? Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Não, pois outra questão relacionada com a salvação é a revelação progressiva, ou seja: De uma dispensação para outra acontecem alterações de responsabilidades (responsabilidades mantidas, excluídas, ou adicionadas) como resultado de uma nova revelação de Deus a parte 2. Depois do pecado de Adão e Eva – Deus deu a estes os termos e condições para a Dispensação da Consciência; Revelou que tinha um plano para a salvação (a semente da mulher feriria a cabeça da serpente e a serpente, o calcanhar da semente da mulher – Gn 3:15). Deus deu a Noé as responsabilidades para a Dispensação do Governo Humano; Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? A Abraão foi dito que todos os povos da terra seriam abençoados por meio dele, indicando que o Salvador viria através de sua descendência. Deus deu a Moisés as responsabilidades para a Dispensação da Lei. Em Gn 49:10 é revelado que o Redentor viria da tribo de Judá (O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes até que venha aquele a quem ele pertence e a Ele as nações obedecerão). Aos profetas - Is 7:14 – o Salvador viria em carne por meio do nascimento virginal. Em Mq 5:2 – é revelado que o nascimento do Salvador seria em Belém. Com a morte de Jesus na cruz – a completa imagem da salvação ficou clara, pois Jesus disse: Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Lc 24:44-47 – Foi isso que eu lhes falei enquanto ainda estava com vocês: Era necessária que se cumprisse tudo o que a meu respeito está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras. E lhes disse: Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Paulo diz que as ordenanças do Velho Testamento são sombras do que haveria de vir, a realidade encontra-se em Cristo – Cl 2:17. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? À medida que a revelação acontecia, ia ficando claro para a humanidade os meios pelos quais Deus proveria plena expiação para o pecado. A salvação pela fé na morte, sepultura e ressurreição de Jesus foi revelada progressivamente, atingindo total clareza somente depois da obra redentora ter sido consumada. A Teologia do Pacto – acreditando em uniformidade (Deus sempre teve um só povo e sempre lidou com ele da mesma maneira.), afirma que toda verdade revelada é conhecida em todas as eras. Adão e todos os santos do Velho Testamento conheciam o quadro completo da obra redentora de Cristo, tanto quanto nós hoje conhecemos. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Logo, quando interrogado “Como os indivíduos são salvos?” – O teólogo do pacto afirma: As pessoas de todas as eras são salvas por crer que Cristo morreu pelos seus pecados. O dispensacionalista responde: pela graça de Deus, por meio da fé. No entanto o objeto da fé muda. Desde a cruz o objeto da fé tem sido a obra redentora de Cristo. Antes da cruz o objeto da fé era outro. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? B – A Salvação antes da cruz Rm 3:23 – O salário do pecado é a morte. Hb 9:22 – De fato, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não há remissão. A primeira morte, o primeiro derramamento de sangue registrado nas Escrituras – dos animais mortos por Deus logo depois de Adão e Eva pecarem (Gn3:21). Caim e Abel ofertam ao Senhor. Abel ofereceu sacrifício de sangue. Noé e os patriarcas ofereceram sacrifícios de sangue. A Lei estabelece instruções específicas sobre sacrifícios; uma delas dizia que o ofertante devia estender as mãos sobre a cabeça do animal, indicando que a culpa do ofertante era transferida para o animal. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Os santos do Antigo Testamento eram salvos quando ofereciam um sacrifício de sangue adequado, crendo pela fé que Deus aceitaria o seu sacrifício. Hb 10:4 – Porque é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados. Gl 4:4, 5 – Mas, quando chegou a plenitude dos tempo, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei, a fim de redimir os que estavam sob a Lei, para que recebêssemos a adoção de filhos. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? A redenção foi sempre pela graça mediante a fé em um substituto sacrificial. Antes da cruz o objeto da fé era o animal oferecido. A partir da cruz o objeto da fé é Jesus, o sacrifício perfeito. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? C – Salvação e o teste dispensacional Em todas as dispensações, com exceção da atual, é possível alguém falhar no teste dispensacional e ainda ser redimido porque a salvação estava ligada com o sangue que era derramado no lugar do indivíduo. D – Porque é importante É importante entender a diferença entre a salvação individual e o teste dispensacional. Alguns elementos estão relacionados com a salvação e não tem ligação nenhuma com as dispensações. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Ex.: A habitação do Espírito Santo – No Velho Testamento, o Espírito não habitava permanentemente em ninguém porque a salvação não havia sido consumada. Ele descia sobre as pessoas para ajudá-las em tarefas específicas e terminadas as tarefas ou quando as pessoas se desqualificavam, Ele as deixava. Davi orou: Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito – Sl 51:11. Saul, Sansão também experimentaram a habitação temporária do Espírito Santo. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Só depois da morte e ressurreição de Jesus os crentes experimentam o completo perdão dos pecados (Cl 2:13); são justificados pelo seu sangue (Rm 5:9) e livres de qualquer condenação (Rm 8:1). A partir daí passam a ter a habitação permanente do Espírito . Rm 8:9 - ... Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Deus escolheu o exato momento para derramar o Seu Espírito sobre os crentes – na Festa de Pentecostes em Atos 2, depois da morte, ressurreição e ascensão de Cristo. O próprio Cristo disse: Jo 16:7 – Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei. Cap. 5 – O que devo fazer para ser salvo? Muitos dispensacionalistas identificam o início da presente dispensação em Atos 2 (descida do Espírito Santo) porque a habitação do Espírito é uma verdade salientada por Paulo. I Co 6:19 – Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos. No entanto, a habitação do Espírito está relacionada com a salvação e não com a Dispensação do Mistério. O Mistério é que Deus está lidando com judeu e gentio de forma igual e colocando-os no mesmo corpo (Corpo de Cristo). Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes A – Duas visões do futuro “pois aquele que prometeu é fiel” – Hb 10:23. Apesar de não dar todos os detalhes, Deus cumprirá o que prometeu com respeito aos eventos futuros. Escatologia – parte da teologia que se concentra em eventos futuros. Significa últimos. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Teologia do pacto – Vê as promessas de Deus sobre eventos futuros como expressões alegóricas. Passagens proféticas interpretadas como visando ensinar verdades espirituais. Teologia dispensacional – Vê de forma literal as promessas de Deus sobre eventos futuros. O que Deus prometeu a Israel, Ele cumprirá literalmente. O que Deus prometeu ao Corpo de Cristo, ele também cumprirá literalmente. Por ser o povo especial de Deus, a Israel foi dado: uma terra, a lei, o sacerdócio, o templo, um sistema de culto, os profetas (Rm 9:4, 5). Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Agenda futura de Deus para Israel Israel será o centro espiritual e político do mundo, quando o Messias vier (2ª vinda) para estabelecer o seu reino a partir de Jerusalém. A 2 ª vinda de Cristo ocorrerá quando Israel estiver sob o mais feroz ataque de toda sua história como nação. Vejam, o dia do Senhor virá, quando no meio de vocês os seus bens serão divididos. Reunirei todos os povos para lutarem contra Jerusalém; a cidade será conquistada, as casas saqueadas e as mulheres violentadas. Metade da população será levada para o exílio, mas o restante do povo não será tirado da cidade (Zc 14:1, 2). Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes O profeta Daniel descreve este período como um tempo de angústia como nunca houve. Durará uma semana (sete anos). É também chamado de Tribulação (Dn 12:1, 9:27; Ap 7:14). Quando tudo parecer sem esperança para Israel, o Messias voltará. A vinda do Messias e seu reino era a grande esperança de Israel. Os profetas predisseram isto. Is 9:7 – Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos exércitos fará isso. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Zc 8:22, 23 – E muitos povos e nações poderosas virão buscar o Senhor dos Exércitos em Jerusalém e suplicar o seu favor. Assim diz o Senhor dos exércitos: “Naqueles dias, dez homens de todas as línguas e nações agarrarão firmemente a barra das vestes de um judeu e dirão: Nós vamos com você porque ouvimos dizer que Deus está com o seu povo. João Batista anunciou: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo”. Jesus disse que o reino dos céus estava próximo – Mt 4:17. Os discípulos se mantiveram fiéis porque criam que Jesus era o Messias e que traria o reino a Israel. Quando perguntado, Jesus explicou aos discípulos sobre os eventos futuros – Mt 24 e 25. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Quando Cristo foi preso e morto, os discípulos ficaram desapontados porque não entendiam que antes do estabelecimento do reino Jesus precisava morrer – Jo 3:14, 15; Mc 8:31. Depois da ressurreição, Cristo passou 40 dias ensinandolhes sobre o reino de Deus. At 1:6, 7– Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel? At 1:10-11 – Este mesmo Jesus que dentre vós foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir. Os discípulos esperavam que esta volta de Jesus ocorresse logo, daí o oferecimento do reino nos primeiros capítulos de Atos. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Primeira vinda do Messias Segunda vinda do Messias ascensão Reino Messiânico Tribulação Quanto tempo entre as duas vindas de Cristo? Cristo não lhes deu resposta. A única coisa que lhes competia era ensinar que o reino estava próximo. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes B – Implicações desta agenda Antes do continuar a observação nos primeiros capítulos de Atos é importante observar: O ministério de Cristo ocorreu sob a Dispensação da Lei – Jesus proclamou ser o Cristo prometido; foi circuncidado; guardava os sábados e as festas sagradas... A morte de Cristo não representava o fracasso da desta dispensação, pois o teste da Dispensação da Lei era obedecer plenamente a Deus (Ex 19:5). Israel recusou a aceitar que Jesus era o Messias prometido; rejeitou a Jesus e a sua mensagem – Jo 8:37, 42-47; 10:24-26; 12:37-41. Na cruz, Cristo orou: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” – Lc 23:34. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes C - Avançando para o clímax Voltando para os primeiros capítulos de Atos: Após a ascensão de Cristo, os discípulos voltaram para Jerusalém, como tinham sido instruídos – At 1:4, 5. Era preciso encontrar um substituto para Judas para que os doze tronos fossem ocupados no reino – Mt 19:28. Atos 2 – A descida do Espírito Santo tem a ver com a obra salvífica de Cristo e não com o início da Igreja Corpo de Cristo. Os presentes naquele contexto eram judeus e prosélitos – At 2:5, 11, 14 ,22. O que estava acontecendo era cumprimento da profecia de Joel – At 2:16, 17. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Pedro afirma n verso 36 – Portanto, todo Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo. Mensagem de Pedro – Arrependam-se e sejam batizados para remissão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo – At 2:38. Em Atos 3, Pedro curou um paralítico e mais uma vez dirigiu-se a eles com israelitas – 3:12. Pedro afirma que a crucificação já estava prevista – 3:18. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Qual deveria ser a resposta de Israel? Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor, e ele mande o Cristo, o qual lhes foi designado, Jesus – 3:18-20. Ler 3:24, 25 Qual a resposta dos judeus? Rejeitaram o reino e prenderam os apóstolos (a primeira de muitas) – AT 4:1-3. Discurso de Estevão, rejeição de sua mensagem e apedrejamento – At 7. Ver 7:57 Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Tudo nos primeiros capítulos de Atos diz respeito à Dispensação da Lei e ao oferecimento do Reino. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes D – Um paralelo histórico A história dos doze espias X oferecimento do reino – ler pag. 86 1º e 2º parágrafos. Os primeiros capítulos de Atos dizem respeito aos últimos dias da Dispensação da Lei. Israel passou quase 1500 anos desfrutando de posição privilegiada e quando o reino é oferecido, rejeitou. Por esta razão Deus colocou a nação de lado para começar uma nova dispensação que não havia sido antes mencionada. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Assim como outra geração tomou posse da terra prometida, outra geração de Israel, no futuro, receberá o reino. E – Conclusão A Dispensação da Graça interrompe o programa profético, a Dispensação da Lei, por isso é chamada parentética ( ) e possui agenda diferente, ou seja, um futuro, uma esperança diferente. Cap. 6 – Vislumbrando o futuro Dispensações diferentes, futuros diferentes Primeira vinda do Messias ascensão Segunda vinda do Messias Dispensação da Graça Tribulação Reino do Messias Cântico Os reis da terra se prostrarão Ante a ti, Senhor Sim os poderosos virão a Ti e confessarão O teu poder, Senhor Não apenas de palavras, reina hoje – bis Reina hoje, reina hoje Entre nós, Senhor Reina hoje, reina hoje Entre nós, Senhor Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes A – O plano de Deus para o Corpo de Cristo Os crentes de Tessalônica receberam prontamente a pregação de Paulo e converteram-se dos ídolos a Deus. Devido ao grande número de convertidos em Tessalônica, os judeus, contrários à mensagem de Paulo, passaram a persegui-los, o que ocasionou a fuga do apóstolo com seu companheiro Silas depois de ter estado ali por apenas três semanas. Preocupado com o bem-estar espiritual dos recémconvertidos, Paulo enviou Timóteo para fortalecê-los na nova fé. Alguns meses depois, enviou também duas cartas (I e II Tessalonicenses) com verdades referentes ao Corpo de Cristo. O conhecimento sobre o futuro do Corpo de Cristo que os crentes de Tessalônica precisavam ter, nós também precisamos. Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes B – Agenda de Deus para o Corpo de Cristo Arrebatamento = Ser removido para um lugar diferente. Verdades sobre o arrebatamento Como outros aspectos da Dispensação da Graça, a agenda para o Corpo de Cristo era um mistério revelado por Deus a Paulo e diferente da agenda para Israel. Fonte em que Paulo se baseia – Palavra do Senhor – I Ts 4:15. Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes Cristo trará com ele os membros do Corpo de Cristo que já morreram. Estes ressuscitarão primeiro – I Ts 4:16. Anastasis = levantar outra vez (Receber um novo corpo, sem pecado e semelhante ao corpo glorificado de Cristo.). Os vivos serão transformados e arrebatados para o encontro com o Senhor nos ares – v 17. A vinda de Cristo será acompanhada pela voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus – v 16. Estaremos para sempre com o Senhor – v17. Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes Consolem-se uns aos outros com essas palavras – v 18. I Co 15:51-52 Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes arrebatamento Cristo e os que com Ele vierem. ascensão Ressurreição 2ª vinda do Messias 1ª Ressurreição Dispensação da Graça os vivos Tribulação Reino Messiânico Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes C – Diferenças e semelhanças significativas Diferenças: 1. Os salvos encontra-se-ão com o Senhor nos ares, nas nuvens (arrebatamento)– I Ts 4:17. O Messias virá até a terra, no Monte das Oliveiras (2ª vinda) Zc 14:4. 2. O arrebatamento é fonte de consolo – I Ts 4:13, 18. A 2ª vinda está associada a um período de muita aflição – Mt 24:29. 3. O arrebatamento ocorrerá num abrir e fechar de olhos – I Co 15:52. A 2ª vinda será vista por todos – Mt 24:27, 30. Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes 4. Não há nenhum sinal para indicar o arrebatamento. A 2ª vinda será acompanhada por mudanças visíveis no sol, na lua e nas estrelas – Mt 24:29. 5. O arrebatamento faz parte do Mistério revelado a Paulo – I Co 15:51. A 2ª vinda faz parte do programa profético – Zc 8:3; Mt 24, 25. Semelhanças 1. Um toque de trombeta é associado com ambos – Mt 24:31; I Co 15:52. 2. Ambos contêm uma ressurreição – ? 3. Ambos falam em retirada: no arrebatamento, a retirada dos salvos; na profecia – a retirada em julgamento – Mt 24:40, 41; 4:17. Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes D – Alguns benefícios da distinção 1. Protege-nos de confundir a agenda de Deus para nós. Ex.: guerras e rumores de guerras, fome terremotos, tremenda perseguição (Mt 24:6). Há crentes que dizem que isto já está acontecendo e o arrebatamento está próximo. O que está acontecendo são coisas normais de um mundo afetado pelo pecado. A calamidade da Tribulação será muito maior. Não há sinais que antecedem o arrebatamento. Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes 2. O Corpo de Cristo não passará pela Tribulação – I Ts 1:10; 5:9 A Grande Tribulação = “o dia da Sua ira”, “ o ardor da Sua ira”, “furor e ira do Deus Todo Poderoso”, “a ira futura, etc. (Sl 2:5; Is 9:19, 13:9; Sf 1:14-15; Ap 15:1, 16:1, 19, 19:15). Retirado de I Ts – C. Stam Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes E – Conclusão A Bíblia deixa muitas das nossas perguntas sem respostas: Será que o resto perceberá que desaparecemos? Será que nossos corpos serão deixados para trás ou irão acompanhar-nos no Arrebatamento? Que idade aparentará ter o nosso novo corpo? A idade que tínhamos ao morrer? Cap. 7 – Não queremos que vocês sejam ignorantes É necessário distinguir cuidadosamente entre a agenda de Deus para Israel, que culmina com o Reino Messiânico, e a agenda para o Corpo de Cristo, que culmina com o Arrebatamento. A Dispensação da Graça, incluindo o Arrebatamento, era um mistério revelado ao apóstolo Paulo. Saber isso nos ajuda a entender tanto o que ele escreve para o Corpo de Cristo quanto o que os profetas e Cristo dizem para Israel. Então se verá o Filho do Homem Vindo nas nuvens com poder e glória Porque assim como o relâmpago Que sai do oriente e se mostra no ocidente Assim há de ser A vinda do Filho do Homem Retirado de: I Tessalonicenses – cap v – C. R. Stam I Ts 5:1 – mas acerca... VER “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo” (II Co 5:10). a) Não seremos julgados para salvação ( Rm 5:1; 8:1). b) Nosso desempenho como crente é que será julgado – Nossas obras – (I Co 3:11-15). Nosso julgamento para receber galardões vai envolver dois aspectos: a questão do serviço e a questão da conduta. Retirado de: I Tessalonicenses – cap v – C. R. Stam 1. A questão do serviço – I Co 3:10-17 “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele...” (3:10). A Igreja Corpo de Cristo deve ser construída tendo como base os princípios da Dispensação da Graça revelados ao apóstolo Paulo (Ef 3:1-3; At 20:24; Ef 1:3, 22-23). rei – cabeça // pai – professor – doutor - amigo “... Mas veja cada um como edifica sobre ele” (3:10). “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm 2:15). Retirado de: I Tessalonicenses – cap v – C. R. Stam 2. A questão de conduta – II Co 5:10-11 “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo... Assim sabendo o temor (reverência) que se deve ao Senhor, persuadimos os homens...” O Senhor sabe tudo sobre nós: nossos atos, nossos pensamentos, nossos motivos... Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? A – Uma importante palavra grega Além da preocupação com os mortos, os tessalonicenses tinham recebido uma carta falsa que dizia ser de Paulo afirmando que eles já estavam na Tribulação. Como estavam sendo duramente perseguidos por causa da nova fé, acreditaram na carta. II Ts 2:2 – Não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profeta, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já estivesse chegado. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Paulo os informa sobre a salvação – II Ts 2:13; Garante-lhes que o Corpo de Cristo não passará pela Tribulação – I Ts 1:10; 5:9; Recomenda que observem a assinatura nas saudações no final de suas cartas – II Ts 3:17. Saemeion = sinal Algo perceptível pelos sentidos (ver, tocar, cheirar, ouvir...) e garante autenticidade ao item em questão. A carta falsa que eles tinham recebido não tinha esta garantia de autenticidade. I Co 1:22 – Os judeus pedem sinais miraculosos, e os gregos procuram sabedoria. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Os judeus exigiam milagres que serviam como forma de autenticação. Jo 2:18 – Então os judeus lhe perguntaram: que sinal miraculoso o Senhor pode mostrar-nos como prova da sua autoridade para fazer tudo isso? Jo 2:23 – Enquanto estava em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome. Jo 4:48 – Disse-lhe Jesus: se vocês não virem sinais e maravilhas, nunca crerão. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Jo 6:2 – E grande multidão continuava a segui-lo, porque vira os sinais miraculosos que ele tinha realizado nos doentes. Jo 6:30 – Então lhe perguntaram: que sinal mostrarás para que o vejamos e creiamos em Ti? Que farás? Jo – 20:30-31 – Jesus pois operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? B – Dois tipos de milagres 1. Milagre direto – Quando o próprio Deus realiza algo fora das leis naturais, sem o uso de qualquer outro agente. Ex.: a transformação da mulher de Ló em estátua de sal, o dilúvio, a gravidez de Sara, a sarça ardente... 2. Milagres indiretos – obra de Deus fora das leis naturais, mas que Ele usa um agente para executar o milagre. Ex.: Moisés fez sair água da rocha. Elias ressuscitou dos mortos o filho da viúva. Os milagres de Jesus (Parte da comissão que recebera do Pai.). Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Que propósito Deus teria ao realizar um milagre indireto quando Ele poderia realizá-lo diretamente? Um milagre indireto serve como um saemeion, que autentica a mensagem de quem o executa. Onde, na Bíblia, encontramos o primeiro milagre indireto? Com o chamado de Moisés para tirar o povo da escravidão do Egito. Deus instrui Moisés a realizar três milagres: a vara que se transforma em serpente; a mão com lepra e a água tirada do Nilo que se tornava em sangue. Estes três sinais (saemeion) serviram como garantia de autenticidade para que os judeus cressem que Moisés havia sido chamado por Deus para tal tarefa. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Nenhum milagre indireto tinha ocorrido até Moisés. Mas assim que Deus iniciou Seu relacionamento com Israel, milagres indiretos passaram a ser um aspecto importante de Sua metodologia. Quando um milagre era realizado para fins de autenticação, o milagre não era, em si mesmo, o aspecto mais importante do que estava ocorrendo. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? O aspecto mais importante era a mensagem que deveria ser anunciada. No caso do chamado de Moisés, a mensagem era que Deus os libertaria da escravidão no Egito e os conduziria à terra prometida. Os milagres de Jesus foram para provar que ele era quem afirmava ser: o Messias prometido. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Pedro disse no dia de Pentecostes: ...Jesus de Nazaré foi aprovado por Deus diante de vocês por meio de milagres, maravilhas e sinais... – At 2:22. Pedro curou um coxo de nascença (At 3) para autenticar seu sermão diante dos judeus que o ouviam. C – Apenas um hoje Deus continua a realizar milagres hoje? A resposta é um cauteloso sim. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Milagres diretos – sim Milagres indiretos – não Quando Deus colocou Israel de lado, Ele abandonou a metodologia que usava com esta nação. Portanto Deus não está fazendo milagres através de agentes humanos hoje. Comissão para Israel – Mc 16:15-18 Comissão para o Corpo de Cristo – II Co 5:14-20 D – Sim, mas o que dizer de... Se Deus não está fazendo milagres por meio de pessoas, como explicar as evidências em contrário? Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? O que deve ter prioridade para o cristão: a Bíblia ou a experiência? Ler: pg. 112, 1º parágrafo (Será a Escritura o juiz...) Em se tratando da verdade, a Bíblia deve ter a última palavra. Se a Bíblia diz uma coisa e a minha experiência parece indicar outra, devo encontrar uma outra explicação para a minha experiência, nunca outra explicação para o ensino claro da Bíblia. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Explicação para o que ocorre: 1. Engano, como ocorre em números de mágica. 2. Disfunção psicológica. Os milagres indiretos, nas Escrituras, estão associados a alguma coisa, geralmente com a finalidade de autenticar, aos judeus, a mensagem de um servo de Deus. Os supostos milagres realizados hoje são, em si, o evento central, ou seja, não estão associados a alguma mensagem, e quando não ocorre, a causa é a falta de fé do beneficiário. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? E – A questão das línguas Falar em línguas hoje = sons incompreensíveis, tidos como linguagem celestial, representando a habitação do Espírito Santo. Base bíblica – o derramamento do Espírito Santo em Atos 2 Observações: O que ocorreu em At 2:1-13 estava dentro do contexto da Dispensação da Lei. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Judeus e prosélitos estavam em Jerusalém para celebrar uma das três festas anuais prescritas pela Lei de Moisés. Pedro se refere a eles: varões judeus (v. 14), varões israelitas (v. 22). Os discípulos falaram em línguas reais (v. 9-11) e não uma língua celestial. Conclusões: 1. Os discípulos falaram línguas reais, desconhecidas para eles, enquanto hoje os que falam em língua, dizem falar uma língua celestial. 2. O milagre de Pentecostes foi direcionado aos judeus e serviu como autenticação para a mensagem dos apóstolos que começaram a proclamar Jesus – o Messias de Israel. 3. A descida do Espírito Santo em Atos 2 era o cumprimento da profecia de Joel – At 2:16-18; Jl 2:28, 29). Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? O apóstolo Paulo diz: As línguas são um sinal para os descrentes – I Co 14:22. Os judeus pedem sinais – I Co 1:22. Portanto, o dom de línguas não faz parte da ordem de Deus para a Dispensação da Graça. Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? Se o dom de línguas não é parte da presente ordem de Deus, como explicar o que acontece hoje? Será a nossa experiência o juiz da Escritura, ou irá Comportamento aprendido a Escritura julgar nossa experiência? Fenômeno psicológico Um dos artigos de fé do mormonismo Religiões primitivas Religiões orientais Cap. 8 – Milagres no Dispensacionalismo Deus continua a realizá-los? F – Conclusão Não é o objetivo do autor julgar qualquer membro do Corpo de Cristo, mas compreender melhor a Palavra de Deus e fazer Sua vontade. Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja corretamente a Palavra da Verdade – II Tm 2:15. Qualquer experiência baseada na emoção, além de não fortalecer minha relação com Deus, mais cedo ou mais tarde, trará uma decepção. Milagres indiretos que faziam parte do relacionamento de Deus com Israel foram colocados de lado juntamente com este relacionamento. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição A – Livre associação de palavras Computador – casa – banana – batismo Ao ouvir a palavra batismo, a maioria das pessoas dá a mesma resposta (batismo – água). As várias denominações têm opiniões diferentes sobre o assunto batismo com água: 1. Alguns batizam crianças, outros apenas adultos; 2. Alguns espargem água, outros derramam água na cabeça e ainda outros mergulham a pessoa completamente; Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição 3. Em algumas igrejas o batismo é opcional, enquanto que em outras é requisito para tornar-se membro e ainda outros acreditam ser necessário para a salvação. Poucos questionam se é algo que devemos fazer. A confusão sobre batismo com água, na maioria das vezes, surge da associação das palavras água e batismo. A Bíblia menciona inúmeros batismos, muitos sem nenhuma relação com água. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição Mt 3:11 – Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. Lc 12:50 – Mas tenho que passar por um batismo, e como estou angustiado até que ele se realize! (batismo de morte) I Co 10:2 – Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar (Israel batizado em Moisés e não na água). Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição Água Espírito Santo Fogo Batismo Morte Moisés Qual o significado básico da palavra batismo? Um batismo é algo que produz uma mudança completa e permanente no objeto batizado. Com exceção da água, todos as palavras mencionadas acima representam uma mudança completa e permanente. Nos dias do Novo Testamento a palavra batismo tinha este sentido (No 1º século, a palavra batismo era usada para descrever o tingimento de tecido.). Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição Portanto, quando ouvirmos a palavra batismo não devemos pensar em água, mas em uma mudança profunda e permanente. B – Qual é a origem do Batismo? Substantivo grego – baptismos Forma verbal – baptizo A palavra batismo é uma transliteração do grego. Transliteração – transfere sons e caracteres de uma palavra de uma língua para outra, mas nunca o significado da palavra. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição Sendo uma transliteração, a palavra batismo não transmite a ideia de mudança completa e permanente, nem aparece no Antigo Testamento, já que este foi escrito em hebraico. O Antigo Testamento possui diversos batismos com termos hebraicos, traduzidos para o português com o sentido de molhar e lavar. O sistema ritual judaico possuía vários batismos com água. Ex.: bacia de água no tabernáculo, onde os sacerdotes se lavavam antes de qualquer cerimônia – Ex 30:17-21; Purificação com água de objetos contaminados – Lv 11:32. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição Os fariseus acrescentaram outros batismos. Mc 7:3, 4 – Os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar as mãos cerimonialmente, apegando-se, assim, à tradição dos líderes religiosos. Quando chegam da rua, não comem sem antes se lavarem. E observam muitas outras tradições, tais como o lavar de copos, jarros e vasilhas de metal. Quando viram João batizando, pela primeira vez, não se surpreenderam, nem perguntaram: O que está fazendo?, mas Por que batiza? 200 anos antes de Cristo poucos judeus dispersos liam as Escrituras porque não entendiam o hebraico – Tradução do Antigo Testamento para o grego. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição A tradução da palavra grega baptismos foi usada em suas diversas formas: 1. Para descrever uma cerimônia religiosa, como em Lv 4:6, 17; 2. Purificação de objetos – Lv 11:32; 3. Significado não religioso – Rt 2:14. O conceito de batismo não aparece pela primeira vez em Mateus. Batismo com água era parte importante da lei mosaica, um ritual judaico. As sinagogas possuem mikveh, onde os judeus são imersos diversas vezes e por diferentes razões, de acordo com os mandamentos da lei mosaica e séculos de tradição judaica. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição C – Batismo com água como uma cerimônia Revisão do que foi dito: 1 – A palavra batismo descreve uma mudança completa e permanente. 2 – Batismo com água é uma cerimônia judaica originada na Lei Mosaica e em seu sistema ritual. Mudança completa e permanente – batismo com fogo, com o Espírito Santo, de morte Batismo com água – Não produz mudança completa e permanente. Como pode ser considerado um batismo? Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição Resposta: conceito de cerimônia Hb 9: 9, 10 – Isso é uma ilustração para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios não podiam dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa. Eram apenas prescrições que tratavam de comida e bebida e de várias cerimônias de purificação com água (batismos); essas ordenanças exteriores foram impostas até o tempo da nova ordem. Cl 2:16, 17 – Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição Rm 6:3, 4 – Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. O batismo com água é uma cerimônia judaica; não produz mudança completa e é sombra do batismo real e permanente na morte de Cristo – Rm 6:6, 7. Ef 4:4-6 – Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição I Co 12:13 – Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. Na presente Dispensação há apenas um batismo: o Espírito Santo batizando no Corpo de Cristo no momento da conversão. Este batismo produz mudança completa e permanente. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição D – Mais detalhes sobre passagens chave O batismo ritual com água não tem lugar nesta Dispensação, no entanto igrejas insistem nesta prática, baseando-se no seguinte: a. Temos que ser seguidores de Jesus, e Jesus se batizou. Jesus também foi circuncidado, guardou o sábado... Ao ser batizado por João, Cristo disse que isto era necessário para cumprir toda justiça – Mt 3:15. Jesus Cristo desempenha três ofícios: profeta, sumo sacerdote e rei. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição Paralelo entre um somo sacerdote e Jesus: 1. Um sacerdote iniciava suas funções aos 30 anos (Nm 4:46, 47) – Jesus iniciou seu ministério aos 30 anos. 2. Um sacerdote iniciava sua funções com uma cerimônia de ordenação, incluindo lavagem (Ex 29) – Jesus iniciou seu ministério com a cerimônia do batismo com água. Não podemos seguir o exemplo de Jesus porque não desempenhamos a mesma função. b. A segunda passagem usada para tentar convencer da necessidade do batismo é Mt 28:19, 20 – Grande Comissão – As instruções dadas naquele momento foram dirigidas aos discípulos, foram instruções verticais no período da Dispensação da Lei. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição c. A terceira passagem é At 2:38 – Nesta passagem, Pedro está oferecendo o reino prometido pelos profetas a Israel. Tudo nesta passagem é coerente com a Dispensação da Lei e com a relação de Deus com Israel. Cristo disse: ....ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a judeia e Samaria, e até aos confins da terra. A mensagem que deveria chegar aos gentios partiria de Jerusalém, de dentro para fora, evidenciando a prioridade judaica. E – Batizar ou não batizar Paulo diz que há um só batismo para hoje e este é o batismo do Espírito Santo que coloca a pessoa no Corpo de Cristo e produz mudança completa e permanente. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição A maioria dos crentes experimentam dois: o batismo no Corpo de Cristo e o batismo com água. O batismo com água é algo sem consequência? É algo pelo qual deveriam pedir perdão ou algo intermediário entre os dois extremos? Resp. Depende da importância que se dá a ele. 1. Algumas igrejas afirmam que o batismo com água é essencial para a salvação (até especificam o método). Isto está em contradição com o fato de que somos salvos pela fé sem as obras – Ef 2:8, 9; Tt 3:5. Cap. 9 – Batismo com água ensino versus tradição 2. Outras tornam o batismo com água um requisito para adesão como membro. Dizem que servem de testemunho de uma realidade interior. Nos tempos de Paulo, havia pessoas que faziam o mesmo com a cerimônia da circuncisão ou coma guarda do sábado. Isto se torna legalismo e cria classes de pessoas dentro da igreja local. 3. Outros, ainda, interpretam o batismo com água como um ato voluntário e não necessário para a salvação ou para se tornar membro. Um ato para testemunhar publicamente a fé em Cristo do novo convertido. Neste caso: Não há base bíblica para isto; Isto pode gerar confusão sobre a salvação; Em vez de um ritual, pode-se testemunhar verbalmente e através de uma vida transformada. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Introdução Cesta de roupa feita pelo autor Uma teologia para ser considerada boa precisa ser consistente com as Escrituras. A – Uma questão de cronologia Deus lidou com a humanidade através de várias dispensações. Na atual, Dispensação do Mistério, judeus e gentios estão em igualdade de condições perante Deus. Vários dos métodos utilizados por Deus foram também colocados de lado como milagres indiretos, batismo com água... Ao Corpo de Cristo também foi destinado um futuro diferente. Aparente falha grave – Se milagres indiretos e batismo com água não foram destinados ao Corpo de Cristo, por que está registrado em Atos que Paulo praticou tudo isso? Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Período de Transição – Por ser poderoso, Deus escolheu fazer a mudança da Dispensação da Lei para a Dispensação da Graça através de um processo de transição. O livro de Atos do capítulo 9 ao 28 registra esta transição. O período de transição – 35 a 62 d.C. – corresponde: Conversão de Saulo Três viagens missionárias Viagem a Roma, onde foi preso Durante esses 28 anos, Paulo escreveu: Gálatas, I e II Tessalonicenses, I e II Coríntios e Romanos. Epístolas da prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon. Liberto, viajou mais, escreveu I Timóteo e Tito (epístolas pastorais). Novamente preso – II Timóteo (epístola pastoral). Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história A T O S 1ª viagem Crucificação e ascensão apedrejamento de Estevão conversão de Saulo 30 32 35 3ª viagem concílio de Jerusalém libertação e viagens prisão de Paulo chegada nova prisão a Roma e martírio 2ª viagem 47 49 50 52 57 60 63 Tiago 68 I Tm Gálatas I, II Coríntios, I, II Romanos Tessalonicenses Ef I, II Pe, Fp Judas Co Fm 90 I, II, III Jo Tito II TM Ap Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Num estudo comparativo das cartas do período de transição com as cartas da prisão e epístolas pastorais percebe-se a mudança de metodologia: At 14:8-10 – Paulo curou um coxo de nascença. At 16 – Paulo expulsou um espírito de uma menina escreva. At 19:11, 12 – Deus fazia milagres extraordinários por meio de Paulo de modo que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e colocados sobre os enfermos. Estes eram curados de suas doenças, e os espíritos malignos saiam deles. At 20 – Paulo ressuscita Êutico que caiu de uma janela. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Fp 2:25-30 – Epafrodito quase morreu por causa de uma doença. I Tm 5:23 – Paulo aconselha Timóteo a tomar um pouco de vinho por causa do estômago. II Tm 4:20 – Paulo diz: Deixei Trófimo doente em Mileto. B – Israel demanda por autenticação Por quase 1500 anos Deus lidou com Israel, tendo-a como nação especial, favorecida, e com isto a nação se tornou presunçosa, teve problema em aceitar que havia crucificado seu Messias como também que agora Deus estava colocando Israel de lado para lidar em igualdade de condições com todas as nações. Para eles o que Paulo pregava era uma heresia. Ainda assim, Deus permitiu que Paulo praticasse milagres indiretos para autenticar sua mensagem diante dos judeus. Por esta razão, no início de seu ministério, sempre que Paulo chegava em uma cidade, primeiro ia à sinagoga. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Atos 18 descreve a fundação da igreja de Corinto que aconteceu num contexto marcado por fortes raízes judaicas: Crispo, um dos primeiros convertidos era chefe da sinagoga. Sóstenes, seu substituto, também se converteu. Em II Co 12:12 – O próprio Paulo diz: As marcas de um apóstolo – sinais, maravilhas e milagres – foram demonstrados entre vocês, com grande perseverança. C – A demanda de Israel suprida I Co 1:22 – Diz que os judeus demandam sinais e embora Deus os tivesse colocado de lado, autenticou temporariamente a mensagem de Paulo por meio de sinais miraculosos por causa dos mesmos – Rm 15:18, 19. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Depois de atravessar o império romano, pregando o evangelho de Jerusalém a Roma, Deus removeu essa metodologia de sinais. A demanda dos judeus por sinais foi suprida e sua persistente rejeição recaiu sobre suas cabeças. Paulo fala aos judeus sobre sua rejeição em Antioquia da Pisídia – At 13:46; Corinto – At 18:6 e em Roma – At 28:28. De todos os ensinos de Paulo para o Corpo de Cristo, apenas um, em I Co 12 a 14 aborda milagres indiretos: poderes milagrosos, cura, língua e interpretação de línguas. Paulo minimiza o papel das línguas na igreja e chega a dizer que as línguas cessarão – 13:18. Paulo os prepara para o momento em que Deus iria remover os milagres indiretos como forma de autenticar sua mensagem referente à igualdade dos gentios. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Nas epístolas da prisão e nas pastorais nenhuma menção é feita a qualquer milagre indireto. Nas pastorais, escritas a homens em posição de liderança, nenhuma recomendação relacionada a execução de milagre indireto é feita. D – A prática paulina do batismo com água Por que Paulo batizou já que o ritual do batismo com água não serve como meio de autenticação para validar sua mensagem? São poucos os casos de batismos realizados por ele: Em Atos 16 – Ele batiza Lídia e sua casa – judia convertida; Mais adiante em Atos 16 – Ele batiza o carcereiro de Filipos e sua família; Atos 18 – Paulo batiza convertidos em Corinto; Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Atos 19 – Ele talvez tenha batizado algumas pessoas que foram discípulos de João Batista. Neste caso, a incerteza está na pontuação do verso 5 – At 19:4, 5 – Disse Paulo: O batismo de João foi um batismo de arrependimento. Ele dizia ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus. Ouvindo isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus. Paulo não inclui o batismo com água como parte do processo de conversão – comparar At 2:38 com At 16:31. O ministério de Paulo e o evangelho que ele pregou não envolvem cerimônias judaicas. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Explicação para o fato de Paulo distanciar-se do batismo como parte da experiência de conversão, com também para as poucas vezes que batizou – I Co 1:1417 – Dou graças a Deus por não ter batizado nenhum de vocês, exceto Crispo e Gaio; de modo que ninguém pode dizer que foi batizado em meu nome. (Batizei também os da casa de Estéfanas; além destes, não me lembro se batizei alguém mais.) Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho, não, porém, com palavras de sabedoria humana, para que a cruz de Cristo não seja esvaziada. Mt 28:19 – Cristo ordenou aos discípulos a fazerem discípulos e batizar. Paulo, no entanto diz que não foi enviado para batizar. O batismo com água não fazia parte da comissão de Paulo. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Por que então Paulo batizou? Por causa do período de transição. O último registro de Paulo batizando é em sua 2ª viagem missionária (Atos 16 – 19), mas o contexto é judaico. No início de seu ministério, Paulo praticou milagres indiretos e rituais judaicos para comunicar aos judeus o seu evangelho, depois do período de transição ele já não usa esta metodologia e afirma: Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho – I Co 1:17. Deus determinou um só batismo para esta dispensação – Ef 4:5 – o batismo do Espírito Santo que nos coloca no Corpo de Cristo – I Co 12:13. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história E – Outra questão transicional Será que Deus mudou de imediato da Dispensação da Lei para a Dispensação da Graça ou Ele eliminou gradualmente a antiga Dispensação, enquanto simultaneamente introduzia a atual? Isto se refere aos crentes salvos antes e que ainda estavam vivos após Paulo receber a revelação do Mistério. Ex.: Os convertidos durante a pregação de Pedro em Atos 2 foram transferidos para o Corpo de Cristo ou Deus os manteve sob os termos e condições da Dispensação da Lei? Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história Atos 1 Atos 9 Dispensação da Lei Atos 28 Dispensação da Graça X 0u Atos 1 Dispensação da Lei X Atos 9 Atos 28 Dispensação da Graça Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história 1º diagrama – Transição (Deus continuou a Dispensação da Lei até que morresse o último crente salvo antes da revelação do Mistério. 2º diagrama – Deus mudou de imediato da Dispensação da Lei para a Dispensação da Graça e todos os crentes salvos antes da revelação do Mistério foram colocados no Corpo de Cristo. Ex.: Pedro – (Seguindo o 1º diagrama) escreveu suas cartas aos judeus sob o cenário da Lei. Pedro – (Seguindo o 2º diagrama) Ele tornou-se membro do Corpo de Cristo, suas cartas então são totalmente aplicáveis ao Corpo de Cristo. Cap. 10 – O Período de Transição Um momento único na história F – Conclusão O livro de Atos começa com Pedro e seu ministério a Israel e termina com Paulo e o Corpo de Cristo como o centro da obra de Deus. Sem este pano de fundo histórico não seria possível entender o que Paulo escreveu em suas cartas. Cap 11 – Dispensacionalismo como um sistema A – Uma visão geral Fundamento do Dispensacionalismo: interpretação literal ou normal das Escrituras. Conclusão da interpretação literal: Deus lida com a humanidade de maneiras diferentes, em épocas diferentes. Termo utilizado por Paulo para descrever os diferentes relacionamentos de Deus: oikonomia ou dispensação. Através do entendimento do conceito inserido em oikonomia, conclui –se: a história humana é, na verdade, uma série de dispensações com verdades horizontais e verticais. Dispensação da Graça – não inclui algumas das características do relacionamento de Deus com Israel sob a Dispensação da Lei. Cap 11 – Dispensacionalismo como um sistema Questões sobre o Dispensacionalismo 1. Quais são os benefícios do dispensacionalismo? 2. Quais são algumas das críticas feitas contra o sistema? 3. As críticas são válidas? 4. Qual o papel do dispensacionalismo em nossa vida cristã? 5. O dispensacionalismo contribui para o nosso objetivo de fazer a vontade de Deus ou é um sistema teológico árido sem qualquer valor prático, a não ser como tópico para discussões acadêmicas? Cap 11 – Dispensacionalismo como um sistema B – Benefícios do Dispensacionalismo 1384 – primeira versão da Bíblia em inglês – direção de John Wycliffe 1522 – tradução da Bíblia para a linguagem cotidiana das pessoas – Martinho Lutero e William Tyndale Apesar de termos algumas traduções diferentes da Bíblia em nossa língua, muitas pessoas ainda alegam não lê-la ou estudá-la por ser esta de difícil interpretação e deixam sob o clero a responsabilidade de lhes dizer o que a Bíblia diz, o que significa. Cap 11 – Dispensacionalismo como um sistema O Dispensacionalismo reivindica que a Bíblia significa exatamente o que diz. Com exceção das figuras de linguagem, o que está escrito na Bíblia é o que Deus quer dizer. O Dispensacionalismo responde as aparentes contradições encontradas nas Escrituras. O que é visto como uma contradição é o resultado de Deus lidar com a humanidade de forma diferente em momentos diferentes. Somos gratos pela liderança que Deus colocou sobre nós para nos ensinar a Bíblia, no entanto, todos podemos estudá-la porque a Bíblia significa exatamente o que diz. Cap 11 – Dispensacionalismo como um sistema O Dispensacionalismo nos ajuda a evitar alguns erros que, em casos extremos, podem ser muito perigosos. Ex.: Obedecer a algum comando da Lei; Teonomia ou Reconstrucionismo (adaptação do sistema legal americano ao sistema de governo Teocrático). O apóstolo Paulo não nos instrui a adotar um governo teocrático, mas um governo democrático – Rm 13:1-7); Alegorizar as Escrituras. O Dispensacionalismo oferece orientação em meio a uma desconcertante variedade de perspectivas sobre a vida cristã e adoração. Ex.: um grupo adota batismo por imersão, outro por aspersão; uma igreja adota línguas e curas, outra não, etc. Cap 11 – Dispensacionalismo como um sistema Não dá para conciliar os dois sistemas (Lei, Graça), afirmando ser a vontade de Deus. Unidade às custas da verdade é um caminho perigoso. C – Críticas aos Dispensacionalismo 1. O Dispensacionalismo é um sistema recente e, portanto, não faz parte da crença histórica da igreja (Ver último parágrafo da pág. 162 até fim do tópico). John Nelson Darby – primeiro a apresentar um Dispensacionalismo elaborado e sistematizado. Período entre os pais da igreja e Darby – “Idade das Trevas”. Cap 11 – Dispensacionalismo como um sistema Os pais da igreja ( Justino Mártir – 110-165 d. C., Irineu – 130-200 d. C., Clemente de Alexandria – 150-220 d. C.) fazem referência, em seus escritos, às diferentes formas como Deus lidou com a humanidade em diferentes períodos da história. 2. A Teologia Dispensacional descarta grande parte da Bíblia, considerada irrelevante para os cristãos de hoje. Toda Escritura é inspirada por Deus.... II Tm 3:16-17. Acusação de sermos ultra dispensacionalista por parte dos que começam o Corpo de Cristo em Atos 2. Verdades horizontais estão presentes em toda Bíblia. Cada página da Bíblia nos ensina sobre a natureza e os métodos de Deus. Cap 11 – Dispensacionalismo como um sistema 3. O Dispensacionalismo é divisivo e possui um histórico de dividir igrejas. D – E daí? A teologia Dispensacional torna a Bíblia compreensível para as pessoas comuns, portanto: Devemos tornar-nos leitores regulares da Palavra de Deus; Devemos ser pessoas graciosas; Devemos ser pessoas alegres – Rm 8:18.