UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROJETO DE ENGENHARIA MEDIÇÃO, CÁLCULO E MONITORAÇÃO DE POTÊNCIAS INSTANTÂNEAS PROJETO DE ENGENHARIA APRESENTADO COMO REQUISITO À CONCLUSÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA ALUNO: ALEXANDRE MANOEL DE MEDEIROS BORJA GOMES PROFESSOR ORIENTADOR: RICARDO FERREIRA PINHEIRO CO-ORIENTADOR: MANOEL FIRMINO DE MEDERIOS JÚNIOR Natal, 31 de agosto de 2002. Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA PROJETO DE ENGENHARIA AUTOR: ALEXANDRE MANOEL DE MEDEIROS BORJA GOMES TÍTULO: MEDIÇÃO, CÁLCULO E MONITORAÇÃO DE POTÊNCIAS INSTANTÂNEAS. PROFESSOR ORIENTADOR: RICARDO FERREIRA PINHEIRO PROFESSOR CO-ORIENTADOR MANOEL FIRMINO DE MEDEIROS JÚNIOR ii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel RESUMO Foi desenvolvido um protótipo que mede, calcula e monitora as potências instantâneas em uma planta. Foram usados, um computador padrão IBM-PC, uma placa de conversão AD/DA (PCL-818) e um circuito de amostragem desenvolvido no laboratório. O circuito de amostragem coleta as tensões e correntes, reduz seus valores aos níveis aceitáveis pela placa que converte os dados analógicos (tensões e correntes) para dados digitais, onde um programa elaborado em “ LINGUAGEM C “ realiza os cálculos das potências Reais e Imaginárias em suas componentes constante e oscilante, permitindo subsidiar informações a algum sistema de controle e acionamento ou apresentar, através de interfaces visuais, gráficos do comportamento da planta no tempo. iii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por proporcionar a realização desse trabalho e reger os momentos da minha vida. Agradeço também a minha família por estar ao meu lado na longa jornada que atravessei no decorrer de minha graduação em engenharia elétrica. De um modo especial a minha mãe por ter investido e acreditado na minha formação, minha noiva que esteve ao meu lado nos momentos em que desvie a minha atenção aos estudos e ao meu primo e engenheiro Allan de Medeiros Martins por ter sido modelo na escolha da minha profissão. Pessoas do corpo docente que acompanharam a minha trajetória dentro da universidade merecem minhas lembranças, contudo algumas pessoas merecem ser citadas em especial: os professores Andres Ortiz e Ricardo Ferreira Pinheiro por ter me acolhido quando iniciei as minhas atividades de pesquisador e o professor José Luis que foi meu primeiro contato dentro da instituição, por fim a todos os professores do departamento de engenharia elétrica e de computação que influenciaram positivamente na minha formação. Aos companheiros de curso aos quais dedicamos horas de estudos na longa jornada atravessada e onde de uma certa forma criamos laços quase familiares. Especialmente ao companheiro de laboratório Marcos Santana que esteve disponível com muita paciência sempre que precisei dos seus conhecimentos. iv Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel SUMÁRIO Resumo........................................................................................................................... ii Agradecimentos............................................................................................................. iii Sumário.......................................................................................................................... iv Lista de Figuras............................................................................................................. v Introdução...................................................................................................................... vii Capítulo 1 – Potência Elétrica e Teoria Generalizada das Potências Instantâneas 1.1 – Introdução................................................................................................ 1 1.2 – Tratamento Clássico da Potência Elétrica........................................... 1 1.2.1 – Equações básicas da Potência Elétrica................................... 1 1.2.2 – Componentes da Potência........................................................ 2 1.3 – Teoria Generalizada das Potências Instantâneas................................ 5 1.4 – Conclusão................................................................................................ 8 Capítulo 2 – Protótipo Criado 2.1 – Introdução............................................................................................... 9 2.2 – Diagramas de Blocos............................................................................. 9 2.3 – Circuito de Amostragem........................................................................ 10 2.4 – Placa de Conversão AD/DA................................................................... 12 2.5 – Software Implementado......................................................................... 13 2.6 – Carga Estudada...................................................................................... 16 2.7 – Conclusão............................................................................................... 17 Capítulo 3 – Analise das Potências Usando o Software 3.1 – Introdução............................................................................................... 18 3.2 – Analise das Formas de Onda................................................................ 18 3.3 – Conclusão............................................................................................... 23 v Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Capítulo 4 – Conclusões e Sugestões Para Futuros Trabalhos 4.1 – Conclusões............................................................................................ 25 4.2 – Sugestões para Futuros Trabalhos..................................................... 25 Referências Bibliográficas........................................................................................... 27 Apêndice A – Principais Rotinas do Software Implementado.................................. 28 vi Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 – Sistema Elétrico Monofásico................................................................... 1 Figura 1.2 – Plano das Potências................................................................................. 4 Figura 1.3 – Tetraedro das Potências.......................................................................... 4 Figura 1.4 – Separação das potências Real Constante e Oscilante......................... 8 Figura 2.1 – Diagrama de Blocos do circuito implementado..................................... 9 Figura 2.2 – Diagrama Esquemático do circuito de amostragem............................. 11 Figura 2.3 – Diagrama Esquemático da fonte de alimentação.................................. 11 Figura 2.4 – Tela Principal do Compativ 2000............................................................. 13 Figura 2.5 – Telas salvar e abrir gráficos.................................................................... 14 Figura 2.6 – Tela para configuração de impressão.................................................... 14 Figura 2.7 – Tela do Editor............................................................................................ 15 Figura 2.8 – Tela de configurações de cores.............................................................. 15 Figura 2.9 – Tela de configuração da placa e dos sinais........................................... 16 Figura 2.10 – Retificador trifásico................................................................................ 17 Figura 3.1 – Tensão R x Corrente R............................................................................. 19 Figura 3.2 – Tensão S x Corrente S.............................................................................. 19 Figura 3.3 – Tensão T x Corrente T.............................................................................. 20 Figura 3.4 – Potência imaginária Zero......................................................................... 20 Figura 3.5 – Potência imaginária alfa........................................................................... 21 Figura 3.6 – Potência imaginária beta.......................................................................... 21 Figura 3.7 – Potência real instantânea......................................................................... 22 Figura 3.8 – Potência real constante x potência real oscilante................................. 23 vii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel INTRODUÇÃO No decorrer dos anos, corrigir os distúrbios eletromagnéticos provocados por cargas e linhas de alimentação tem sido uma preocupação da engenharia elétrica. Bancos de capacitores para corrigir o fator de potência e filtros ativos para eliminar os harmônicos gerados por cargas não-lineares são alguns dos recursos usados. Parte dos estudos para detectar a necessidade e dimensionar a utilização desses recursos pode ser realizada utilizando a “TEORIA GENERALIZADA DAS POTÊNCIAS INSTANTÂNEAS” que fornece embasamento teórico para a elaboração de um sistema capaz de medir, calcular e monitorar potências instantâneas. Essa teoria interpreta a potência fornecida ao sistema como função do tempo e não mais através das formas tradicionais, utilizadas em estudos de regime permanente. As componentes de fase da tensão e corrente, a, b e c são transformadas em componentes α, β e 0 para facilitar a identificação das componentes que não realizam trabalho. Essa transformação permite o cálculo de duas componentes de potência (real e imaginária) , subdividindo-se em duas parcelas cada uma: componentes constantes p(real) eq(imaginária), relacionadas com as tensões e correntes na freqüência fundamental ( 60 Hz ) e as parcelas oscilantes ( ~ p e ~ q ), real e imaginária, respectivamente, qu oscilam numa freqüência fora da fundamental. Somente a parcelap fornece trabalho ao sistema, portanto, as outras parcelas devem ser compensadas. ~ O presente trabalho, apresenta um protótipo capaz de Medir, Calcular e Monitorar Potências Instantâneas, dando utilidade prática ao poder matemático da Teoria Generalizada das Potências Instantâneas. O protótipo desenvolvido é capaz de plotar gráficos que visualizam o que não é útil para o sistema de energia elétrica. Faz uso de um computador IBM-PC, uma Placa de Aquisição de dados AD/DA, um circuito de amostragem e um Software que gerencia o sistema. O capítulo 1 apresenta uma abordagem teórica a respeito das definições clássicas das potências elétricas como também uma explanação da Teoria Generalizada das Potências Instantâneas. No capítulo 2, são mencionados detalhes sobre o circuito de amostragem desenvolvido para tratamento dos sinais de tensões e correntes, a placa de conversão (aquisição) dos sinais (que foi a PCL-818 da Advantech, totalmente programável por software), o programa criado em linguagem C++ no compilador Builder C++ (onde é feito o tratamento da comunicação do viii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel computador com a placa e, da interface com o usuário, que inclui: monitoração das formas de onda através de gráficos e suporte para salvar, imprimir e abrir arquivos contendo os gráficos) e, por fim, a descrição e modelagem da carga utilizada no sistema elétrico que foi um retificador trifásico, alimentando um resistor,proporcionando uma carga não linear. No capítulo 3 é analisado, através dos gráficos, como se comportam as tensões, correntes e potências (calculadas com o uso da teoria generalizada das potências instantâneas). Nas conclusões, contidas no capítulo 4 é dado um parecer sobre a eficácia do protótipo e suas perspectivas futuras para aplicação no controle da qualidade da energia da rede elétrica. O apêndice A mostra as principais rotinas do programa desenvolvido. ix Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel CAPÍTULO 1 – POTÊNCIA ELÉTRICA E TEORIA GENERALIZADA DAS POTÊNCIAS INSTANTÂNEAS 1.1 – Introdução Neste capítulo são definidos conceitos sobre a teoria clássica no tratamento das potências elétricas e também sobre a forma alternativa de tratamento matemático através das potências instantâneas, aplicando a Teoria Generalizada das Potências Instantâneas. 1.2 – Tratamento Clássico da Potência Elétrica 1.2.1 - Equações básicas da Potência Elétrica Em um sistema elétrico monofásico como o ilustrado pela Figura 1.1, é possível calcular instantaneamente o fluxo de potência da fonte para a carga como o produto da tensão pela corrente, de acordo com a Equação (1.1). Figura 1.1 – Sistema Elétrico Monofásico p(t) = v(t) . i(t) (1.1) Para o caso de um sistema elétrico monofásico, com fonte de tensão senoidal, carga linear e regime permanente a potência instantânea é dada por: x Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel v(t) = i(t) = 2 Vsenωt (1.2) 2 Isen(ωt - θ) (1.3) Onde: V = Tensão Nominal (RMS) em V; I = Corrente Nominal (RMS) em A; θ = Ângulo de Defasagem entre Tensão e Corrente em rad; ω = 2πf = Freqüência Angular em rad/s; f = Freqüência de oscilação da tensão em Hz. p(t) = v . i = 2 Vsenωt . 2 Isen(ωt - θ) = VIcosθ(1-cos2ωt) - VIsenθ(sen2ωt) (1.4) Para o caso de sistemas elétricos trifásicos equilibrados, denominando as fases de a,b e c, a potência instantânea fornecida é dada por: p(t) = pa(t) + pb(t) + pc(t) = vaia + vbib + vcic (1.5) 1.2.2 - Componentes da Potência Como foi visto na Equação 1.4 a potência instantaneamente entregue ao sistema é composta por duas parcelas: VIcosθ(1-cos2ωt) e VIsenθ(sen2ωt). A primeira parcela pulsa em torno do valor médio (VIcosθ) com a freqüência sendo o dobro da freqüência da rede. Também pode-se observar que ela sempre é positiva. Ela é conhecida como Potência Ativa e é a que realmente produz trabalho útil para o sistema. Conceitualmente, a segunda parcela da potência, cuja amplitude é dada por VIsenθ e oscila em torno do valor médio sendo com o dobro da freqüência da rede, é conhecida como Potência Reativa, originada de cargas reativas como: Indutores, xi Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel capacitores e todas as cargas que acumulam energia. Esta parcela não contribui positivamente para o sistema, ou seja, não produz trabalho, fica circulando na linha de transmissão, representando, portanto, desperdício de energia, já que provoca perdas de energia. Matematicamente os valores clássicos de potência ativa e reativa para sistemas monofásicos são expressos, respectivamente, pelas seguintes equações: P = VIcosθ ∆ Q = VIsenθ (1.6) (1.7) Pode-se observar que estas expressões representam valores médios, portanto, conceituam as potências ativa e reativa clássicas como quantidades de regime permanente. Para o caso de sistemas trifásicos equilibrados, as duas potências (Ativa e Reativa) são definidas como: P = 3VIcosθ ∆ Q = 3VIsenθ (1.8) (1.9) Finalmente pode-se definir outra componente, também importante para o estudo das potências, a potência aparente, que é a potência resultante das componentes ativa e reativa. Analisando a Figura 1.2, ela pode ser melhor visualizada: Figura 1.2 - Plano das Potências Observando a Figura 1.2 fica fácil perceber, pela aplicação do teorema de Pitágoras, que a potência aparente é dada por: xii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel S2 = P2 + Q2 (1.10) Substituindo, em (1.10), os valores de P e Q das equações (1.6) e (1.7), vem que a magnitude da potência aparente monofásica também pode ser dada pela Equação (1.11). S = VI (1.11) Contudo, a análise feita anteriormente não leva em consideração a presença de correntes e tensões que circulam em freqüências fora da fundamental. Com o crescimento de cargas não lineares essas componentes não podem ser desprezadas. Com isso, a potência aparente passa a ser definida segundo o Tetraedro de potências [Watanabe, 1991] apresentado na Figura 1.3. Figura 1.3 -Tetraedro das Potências Pode-se observar agora que matematicamente, a potência aparente é dada pela soma vetorial das três componentes: Potência Ativa; Potência Reativa e Potência devido às componentes nas freqüências dos Harmônicos (fora da fundamental). S2 = P2 + Q2 + H2 xiii (1.12) Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel 1.3 – Teoria Generalizada das Potências Instantâneas Em artigo publicado em 1983, Akagi e outros apresentaram a Teoria Generalizada das Potências Instantâneas, através da qual mostraram ser possível trabalhar com grandezas instantâneas na analise de sistemas elétricos. Logo em seguida verificou-se a aplicabilidade da mesma como ferramenta na monitoração e controle de energia elétrica com estudos do próprio [Akagi, 1983], e de vários outros autores, como, [Furuhashi, 1990] e [Watanabe, 1991]. A Teoria Generalizada das Potências Instantâneas interpreta a potência fornecida ao sistema como função do tempo e não mais através das formas tradicionais. As componentes de fase, a, b e c são transformadas em componentes α, β e 0 a fim de facilitar a identificação das parcelas que não realizam trabalho. Essa transformação permite o cálculo de duas potências que se subdividem em duas componentes: componentes constantes (p eq ), devido às tensões e correntes na p e ~ q ), que são freqüência fundamental ( 60 Hz ) e as componentes oscilantes ( ~ componentes que oscilam numa freqüência fora da fundamental. Somente a p fornece trabalho ao sistema, portanto, as outras parcelas devem ser eliminadas do sistema de transmissão. O cálculo dessas parcelas passa pela etapa de transformação de variáveis, conforme a Equação (1.13): f a ( wt ) f ( wt ) = b f c ( wt ) 2 . 3 1 2 1 2 1 2 1 1 2 1 − 2 − 0 f 0 ( wt ) 3 . f α( wt ) 2 f ( wt ) 3 β − 2 (1.13) E segue pela etapa do cálculo da potência instantânea que, para um sistema trifásico: v0 = (va + vb + vc) / vα =( 3 2/3 ) [(va – 0.5x(vb + vc)] Vβ = [( 2)/2](vb – vc) xiv (1.14) (1.15) (1.16) Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel i0 = (ia + ib + ic) / iα = ( 3 2/3 ) [(ia – 0.5x(ib + ic)] Iβ = [( 2)/2](ib – ic) p(t) = pα + pβ + p0 = vαiα + vβiβ + v0i0 = ~ p+p (1.17) (1.18) (1.19) (1.20) Onde as tensões e correntes (v e i) são funções do tempo. Essa potência é conhecida como potência real instantânea, que equivale à potência ativa da teoria clássica. Já a potência reativa, que recebe a denominação de potência imaginária instantânea, pode ser obtida através do produto vetorial das tensões e correntes dos três eixos ortogonais resultando: q→ = q0 → + q′α→ + q′′β→ (1.21) q q = vαiβ – vβiα = q + ~ (1.22) onde: q′+ ~ q′ (1.23) q ′′ q′′ = v0iα – vαi0 = q ′′ + ~ (1.24) q′ = vβI0 – v0iβ = Para efeito de correção usando técnicas de controle é necessário separar das demais componentes a potência útil, que origina-se da freqüência fundamental (60 Hz): Potência Real Constante. As potências que se originam da Potência Imaginária e das freqüências indesejadas (harmônicos) ou desequilíbrios (Potência Real Oscilante e Potência Imaginária Oscilante) não produzem trabalho. Fica claro que a Potência Real Constante deve ter o seu fornecimento mantido pelo sistema e, as demais, precisam ser compensadas. Como foi visto anteriormente em (1.20) e (1.22) a (1.24), o que se tem são grandezas instantâneas, logo, deve-se calcular as potências constante e oscilante. Para isso foi usado um método estatístico [Pinheiro, 1996]. Conhecido como Método da Autocorrelação, que fundamenta-se na seguinte expressão matemática: T 1 + p (t ) = lim ∫ T2 p (t ). p (t + τ ).dτ t →∞ T − 2 xv (1. 25) Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Que, discretizada para ser utilizada em computador digital, torna-se: p (t ) = 1 k=N ∑ p(k ). p(k + k1 ).∆t N * ∆t k =1 (1.26) Onde: ∆ t é o passo da simulação; N é o numero das últimas medições de p(k) e p(k+k1) que são armazenadas; k1 é o passo da auto-correlação; p(k) é o valor da potência real instantânea no k-ésimo passo da simulação anterior ao atual; p(k+k1) é o valor de p, k1 passos de integração após p(k) e, p (t) é o valor estimado para p no atual passo de integração. Uma outra forma de fazer essa separação, proposta por [Akagi, 1986] e que também tem sido utilizada por alguns pesquisadores, faz uso do tratamento analógico de sinais. Neste caso, um filtro passa-baixas elimina as componentes de alta freqüência (harmônicos) de (p). Na saída do filtro tem-se a potência real constante como mostra a Figura 1.4: Figura 1.4 - Separação das potências real constante e oscilante. xvi Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel 1.4 – Conclusão No Capítulo 1, foram apresentados a definição clássica da potência elétrica e os conceitos básicos da Teoria Generalizada das Potências Instantâneas, que fornecem embasamento suficiente para tratamento de grandezas instantâneas em sistemas elétricos. Foram definidas as potências instantâneas e apresentadas suas componentes destinadas ao trabalho útil e as componentes que resultam de perturbações, as quais são indesejáveis e devem ser compensadas. Usando esse recurso foi possível desenvolver um projeto utilizando ferramentas computacionais para calcular, medir e monitorar a potência elétrica em suas componentes instantâneas. xvii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel CAPÍTULO – 2 – PROTÓTIPO CRIADO 2.1 – Introdução Neste capítulo serão apresentados os passos que resultaram no desenvolvimento do projeto em sua parte experimental. O circuito de amostragem, a placa de aquisição, o software desenvolvido e a carga estuda são apresentados e discutidos. 2.2 – Diagrama de Blocos A Figura 2.1 apresenta, em diagrama de blocos, o sistema implementado: Figura 2.1 – Diagramas de Blocos do CKT Implementado. xviii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Grosso modo, o diagrama de blocos da Figura 2.1 mostra que o circuito de amostragem intercala a carga e a fonte (rede elétrica trifásica), já que os valores de tensão e corrente devem ser medidos (tratados) pelo circuito de amostragem e, logo após, entregues à placa. Cada parte que forma o sistema será explanada a seguir. 2.3 – Circuito de Amostragem O circuito de amostragem tem por finalidade reduzir os valores de tensão para torna-los compatíveis com os níveis de tensão operacionais da placa de aquisição e do computador digital, e, além disso, tratar as correntes para que possam ser transferidas à placa de conversão. A placa trabalha com níveis de tensão que variam de –10 a +10V, por isso, usou-se três transformadores (um para cada fase) de +/- 4.5V tensão de secundário e, em cada ramo, um divisor de tensão composto por um resistor fixo e um variável. A tensão recebida pela placa é a tensão em cima dos terminais do resistor variável ( trimpot ). Isso permite que se altere o valor da tensão recebida pela placa variando a resistência do trimpot, para calibrar as três tensões. O Valor de tensão aplicado à placa é função do valor de entrada. Traduzindo matematicamente: VPLACA = K . VREDE (2.1) Onde: K = (4.5 / 220 * Rvariável )/ ( Rvariável + Rfixo ) Rfixo = 1000 Ω As correntes (ia, ib e ic) são coletadas por sensores que fornecem nas suas saídas, níveis de corrente relativos às correntes que por eles circulam. Assim, esses valores são introduzidos na placa. Também existe um coeficiente que relaciona a corrente de entrada com a tensão na placa. O arranjo das correntes também está submetido a um divisor de tensão que calibra seus níveis, através dos resistores variáveis. Na Figura 2.2 visualiza-se o diagrama esquemático do circuito de amostragem: xix Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Figura 2.2– Diagrama esquemático do circuito de amostragem Observa-se também que a corrente é coletada por sensores do tipo efeito Hall (SEH), e tais componentes requerem uma alimentação simétrica de +/-15v. Para isto, foi desenvolvida uma fonte, constituída por um retificador a diodos, cujo diagrama esquemático está mostrado na Figura 2.4: Figura 2.3 – Diagrama esquemático da fonte de alimentação 2.4 – Placa de Conversão AD/DA Como citado anteriormente, a função da placa é converter os dados analógicos que são as tensões e as correntes da rede trifásica para sinais digitais compatíveis com o computador. xx Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel A placa utilizada foi o modelo PCL-818 da ADVANTECH. Seus recursos são controlados via software e os drivers oferecidos suportam três linguagens de programação: Basic, C, Pascal. Em busca de uma maior velocidade foi utilizado um modo de conversão alternativo: a conversão foi feita em ASSEMBLER e inclusa dentro do código fonte C, utilizando o compilador Builder C++. Essa decisão tornou a conversão bem mais rápida já que as rotinas em assembler, apesar de serem mais trabalhosas e possuírem um código fonte maior quando comparados a linguagens de alto nível, geram uma arquivo executável mais rápido. As características da placa são listadas abaixo: Velocidade de Conversão: 100khz Canais de Conversão A/D: 16 com terra comum e 8 com terra diferencial. Tensão de Trabalho: +/-0.1; +/-1v; +/-2v; +/-5v e +/-10v (com um máximo momentâneo de 30v ) Modos de Conversão: software, DMA e Interrupção. Foram utilizados 6 canais com terra comum ( 3 tensões e 3 correntes), tensão de trabalho de +/-5v, conversão por Software e DMA. O processo de conversão por DMA é utilizado em ocasiões onde necessita de alta velocidade pois é um processo que não depende do processador para converter os dados. Sem usar o processo por DMA conseguiu-se um tempo de amostragem de 30µs(trinta micro segundos) com o código assembler. A intenção é converter por DMA e diminuir significativamente o tempo. 2.5 – Software Implementado O software criado foi desenvolvido em Linguagem de Programação C++, usando xxi Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel para isso o compilador “Builder C++” da Borland. Neste software, batizado de COMPATIV 2000, estão inclusos todo o gerenciamento da Placa, os cálculos da Teoria Generalizada das Potências Instantâneas (bem como um filtro digital que separa a potência real constante da oscilante), a monitoração das formas de ondas, entre elas as potências,e, a interface com usuário ( salvar, imprimir e abrir gráficos). Na Figura 2.4 temos a tela principal do programa: Figura 2.4 – Tela principal do COMPATIV 2000. A área onde se encontra a tela de exibição das formas de onda e suas legendas, constitui o principal elemento de comunicação do Compativ com o usuário. Através da barra de menus pode-se acessar funções úteis como, abrir arquivos, salvar gráficos, imprimir com o menu Arquivo. A função salvar gráficos foi utilizada na construção desse relatório. A Figura 2.5 apresenta a estrutura das telas de salvar e abrir gráficos: Figura 2.5 – Telas de Abrir e Salvar Gráficos Outra importante função do menu Arquivo é a de imprimir gráfico. È importante ressaltar que as opções do menu Arquivo fazem referência ao conteúdo da tela de exibição dos sinais. Portanto quando abrimos um arquivo com extensão BMP, ele será mostrado nos limites da tela de exibição. xxii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel A opção de imprimir do menu Arquivo assim como as outras funções citadas estão no padrão dos programas da Microsoft. Figura 2.6 – Tela para configurações de impressão Um pequeno editor foi criado a fim de servir como suporte às aplicações principias do software. Um exemplo da aplicação do editor foi no tratamento da figura (Gráficos), onde se necessitou fazer um pequeno círculo em um ponto da curva (forma de onda da potência). Na Figura 2.7 visualiza-se seu corpo que fica na parte superior direita da tela principal. Figura 2.7 – Tela do Editor. O menu Configurar possui dois submenus: Configurar canais e cores. O submenu cores ilustrado na Figura 2.8 define a maquiagem de cores da tela principal, tela de exibição e eixos da tela de exibição. xxiii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Figura 2.8 – Tela de configuração de cores. O outro submenu, configurar canais é mais importante e serve para especificar qual grandeza será plotada na área de exibição, a cor da mesma, o ganho da placa, entre outros. xxiv Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Figura 2.9 – Tela de configuração 2.6 – Carga Estudada A escolha de um retificador trifásico como carga deu-se devido à não linearidade que o mesmo apresenta, com isso produzindo harmônicos, o que foi bastante interessante para o aparecimento das potências oscilantes (Teoria Generalizada das Potências Instantâneas). Para fazer circular a corrente foi adicionado um resistor de 500Ω como carga para o retificador. Na Figura 2.10 temos o diagrama esquemático do retificador. xxv Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Figura 2.10 – retificador Trifássico. 2.7 – Conclusão Toda a implementação do projeto foi desenvolvida no laboratório de controle de processos do Leca. A montagem do circuito de amostragem foi feita em circuito impresso e acomodado sobre uma base. A programação da placa e a criação do software (Compativ 2000) despendeu a maior parte dos esforços e do tempo. xxvi Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel CAPÍTULO – 3 – ANALISE DAS POTÊNCIAS USANDO O SOFTWARE 3.1 – Introdução Nesse capítulo serão apresentadas aos resultados obtidos em relação ao comportamento das grandezas instantâneas diante da carga estudada. Utilizando o Compativ pode-se visualizar como se comportam as tensões, correntes e potências. 3.2 – Analise das formas de onda Na Figura 3.1 temos a tensão na fase a x Corrente na fase a. Observa-se que as duas componentes fundamentais estão em fase. A corrente está em escala de 1 ampere por divisão e a tensão em 150 volts por divisão. Verifica-se que a tensão possui valor de pico por volta de 320 v conforme pode ser observado na Figura 3.1 o que comprova a veracidade da monitoração, pois, para a tensão da rede elétrica que possui valor eficaz de 220 volts seu valor de pico é 220 2 = 311 volts. A corrente possui pico de aproximadamente 1 ampere, também esperado devido ao valor de pico da tensão nos terminais da à carga de 500ohms, chegar a 500 volts. Outro ponto importante é que a corrente não é senoidal. Isso comprova a existência de harmônicos devido à retificação. xxvii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Figura 3.1 – Tensão a x Corrente a. As figuras 3.2 e 3.3 mostram, para as fases b e c, o mesmo que a Figura 3.1, com a diferença de defasagem de 120° comum aos sistemas trifásicos. Figura 3.2 – Tensão b x Corrente b. xxviii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Figura 3.3 – Tensão c x Corrente c Conforme foi dito no Capítulo 1, a potência imaginária distribui-se vetorialmente em três eixos ortogonais. As Figuras 3.4, 3.5 e 3.6 ilustram tais potências. Figura 3.4 – Potência Imaginária Zero. xxix Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Figura 3.5 – Potência Imaginária Alfa. Figura 3.6 – Potência Imaginária Beta. Como seria de esperar, devido à analogia com a potência reativa da teoria clássica, as potências imaginárias nos três eixos oscilam entre valores negativos e positivos, indicando que a mesma flui na linha de transmissão ora em um sentido ora em outro. xxx Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel A figura 3.7 ilustra a Potência Real Instantânea que é a soma de duas outras, a potência real constante que produz trabalho e potência real oscilante (indesejada, logo tem que ser corrigida). Figura 3.7 – Potência Real Instantânea. Essas duas parcelas são separadas, originado a Potência Real constante e a Potência Real Oscilante. A separação é feita usando o método da autocorrelação, num processo de filtragem digital por software. A Potência Real Constante devidamente filtrada pode ser observada na Figura 3.8 verificando-se que a mesma possui valor positivo, como não poderia deixar de ser, pois, é a única parcela que produz trabalho útil ao sistema. xxxi Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Figura 3.8 – Potência Real Constante x Potência Real Oscilante. 3.3 – Conclusão Observando as figuras do Capítulo 3, especialmente as potências, pode-se observar, nas Figuras 3.4, 3.5 e 3.6, referentes às potências imaginárias zero, alfa e beta, respectivamente, que os seus valores ora são negativos e ora são positivos, devido à característica de ser uma potência reativa que flui na linha. Em relação à potência real, suas duas componentes, uma oscilante e outra constante, fica claro na Figura 3.8 qual a componente da potência que realmente produz trabalho, que é a potência real constante que fica na parte superior do gráfico indicando valores positivos. Observa-se que a potência real constante possui uma pequena oscilação devido ao passo da simulação (ver figura 1.26 do capítulo 1) ser pequeno. Contudo aumentando-se esse passo consegue-se diminuir essa oscilação, porém seu aumento retardar o processamento. O ponto ótimo, conforme [Pinheiro,1996] é um passo de simulação de 16ms. Deve-se frizar também que grandezas a serem comparadas uma com a outra terão que ser plotadas na mesma tela, conforme visto nas figuras 3.1, 3.2 e 3.3 onde se comparou a tensão em cada fase com suas respectivas correntes. Essa analogia deve ser feita, pois o software desenvolvido não armazena valores . O sistema calcula e plota instantaneamente, depois descarta o valor medido. xxxii mede, Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel CAPÍTULO 4 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS 4.1 – Conclusões Os resultados obtidos com o protótipo superaram as expectativas, pois o mesmo apresentou alto desempenho na conversão dos dados (AD/DA) em virtude da implementação do código em linguagem Assembler. Os resultados obtidos com a velocidade de conversão foram o ponto mais alto do projeto. Foi alcançada uma velocidade de conversão de 30KHz. Também a perspectiva de aumentar essa velocidade é grande, pois o modo de conversão utilizado pelo Compativ 2000, foi por software, modo que é inferior ao modo de conversão por DMA. Também se deve ressaltar que os ensaios de monitoração das formas de ondas feitos no COMPATIV 2000 coincidiram com o que dizia a teoria. Diante de tudo isso podemos concluir que o protótipo criado é uma ferramenta poderosa para a monitoração de fator de potência e harmônicos. Levando em consideração que, agregada a ele, pode ser implementada uma técnica de controle, o sistema aqui desenvolvido pode ser uma primeira parte de um sistema de controle de cargas (para filtros ativos, por exemplo) que objetive compensar reativos, harmônicos e desequilíbrios. 4.2 – Sugestões para Futuros Trabalhos Armazenagem de dados para plotar gráficos contendo informações simultaneamente medidas, utilizando como, por exemplo, um banco de dados devidamente elaborado para armazenar e selecionar dados. xxxiii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Desenvolver sistema de controle realimentado, fechando a malha aberta que se inicia com a medição e monitoramento das potências instantâneas. Implementar o modo de conversão por DMA no Compativ 2000 para aumentar ainda mais a velocidade de conversão e dar mais autonomia a placa, pois neste modo ela não utiliza o processador para buscar os dados convertidos que ficam alocados nos endereços da memória. xxxiv Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [Pinheiro, 1996] – Pinheiro, Ricardo Ferreira; Teoria Generalizada das Potências Instantâneas – Apostila ; Departamento de Engenharia Elétrica – UFRN. [Akagi, 1986] – Akagi, H. Kanazawa, Y. Fujita e A. Nabae; Generalized Theory of Instantaneous Reactive Power and its Application; Eletrical Engineering in Japan, Vol. 103, Nº 4, 1983. [Furuhashi, 1990] – Furuhashi, T.; Okuma, S. e Uchikawa, Y.; “A Study on the Theory of Instantaneous Reactive Power”; IEEE Trans. On Industrial Electronics, Vol. 37, N°1, February, 1990. [Watanabe, 1991] – Watanabe, E. H. e Stephan, R. M., “Potência Ativa e Reativa Instantâneas em Sistemas Elétricos com Fontes e Cargas Genéricas”; Revista da SBA: Controle e Automação, Vol. 3, N°1, março/abril, 1991. [Mateus, 1998] – Mateus, César Augusto; C++ Builder 3 Guia Prático; Editora Erica. [Manual, 1999] – Manual da Placa PCL – 818 – Advantech. xxxv Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Apêndice A – Principais Rotinas do Software Implementado O COMPATIV 2000 contém milhares de linha de código fonte. Por isso será mostrada apenas parte das principais rotinas: Rotina: Inicializar a Placa asm { mov dx,309h // ajusta modo de gatilho no caso mov al,00000100b //software; out dx,al mov dx,308h // limpa interrupção mov al,1 out dx,al mov dx,302h // Base + 2 -> Seleciona o canal mov al,80 // do 0 ao 5 out dx,al } Rotina: Converte dados AD/DA – (apenas uma conversão) asm { // ajusta a faixa do ganho para +-5v mov dx,301h mov al,_ganho out dx,al //; clear interrupt (para certificar que vai comecar uma nova leitura) mov dx,308h mov al,0 out dx,al //; Triger AD colocando qualquer valor em [port+0] mov dx,300h // este ato é o gatilho por software mov al,0 out dx,al reread: xxxvi Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel mov dx,300h add dx,8 in al,dx mov status,al and status,10h // : realiza a conjunção de operadores bit a bit. cmp status,10h je reread xor ax,ax // xor realiza um OU exclusivo. para zera ax mov dx,300h add dx,0 in al,dx mov adl,ax and al,00001111b mov canal,al mov ax,adl shr ax,4 and ax,0000000000001111b mov dtl,ax xor ax,ax mov dx,300h add dx,1 in al,dx mov adh,ax mov ax,adh shl ax,4 and ax,111111110000b mov adt,ax mov ax,dth add ax,dtl fld _vmax fld _mvmax fsub fild adt fmul fild _4096 fdiv fld _mvmax fadd fstp sinal } // fim do asm Rotina: Calcula Potências //Componentes simétricas das tensões V0[h] = (tensao_R[h] + tensao_S[h] + tensao_T[h]) / sqrt(3.0); xxxvii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Valfa[h] = sqrt(2.0 / 3.0) * (tensao_R[h] - 0.5 * (tensao_S[h] + tensao_T[h])); //Valfa[i] = sqrt(2.0 / 3.0) * tensao_R[i] - 0.5 * (tensao_S[i] + tensao_T[i])/sqrt(2.0 / 3.0); Vbeta[h] = (sqrt(2.0) / 2.0) * (tensao_S[h] - tensao_T[h]); //Componentes simétricas das correntes I0[h] = (corrente_R[h] + corrente_S[h] + corrente_T[h]) / sqrt(3.0); Ialfa[h] = sqrt(2.0 / 3.0) * (corrente_R[h] - 0.5 * (corrente_S[h] + corrente_T[h])); // Ialfa[i] = sqrt(2.0 / 3.0) * corrente_R[i] - 0.5 * (corrente_S[i] + corrente_T[i])/sqrt(2.0 / 3.0); Ibeta[h] = (sqrt(2.0) / 2.0) * (corrente_S[h] - corrente_T[h]); //Potências p[h] = Valfa[h] * Ialfa[h] + Vbeta[h] * Ibeta[h] + V0[h] * I0[h]; q0[h] = (Valfa[h] * Ibeta[h]) - (Vbeta[h] * Ialfa[h]) ; qalfa[h] = (Vbeta[h] * I0[h]) - (V0[h] * Ibeta[h]); qbeta[h] = (V0[h] * Ialfa[h]) - (Valfa[h] * I0[h]); Rotina: Calcula Potência Real Constante e Oscilante p_constante[l] = (p_constante[l] + p[l]*p[l+2])/459; p_oscilante[l] = p[l] - p_constante[l]; Rotina: Plota Forma de Onda tensao_plota_R[z].y = (-tensao_R[z]*123)/Form_Principal->divisao1_tensao_R + 123; tensao_plota_R[z].x = z; Form_Principal->Grafico->Canvas->Pen->Color = Form_Principal->cor_do_canal1; Form_Principal->Grafico->Canvas->Polyline(tensao_plota_R,458); Rotina: Salvar Gráficos void __fastcall TForm_Principal::Salvar_Como_MenuClick(TObject *Sender) { if (Salvar_Dialogo->Execute()) { CurrentFile = Salvar_Dialogo->FileName; xxxviii Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel Salvar_MenuClick(Sender); } } Rotina: Abrir Gráficos void __fastcall TForm_Principal::Abrir_MenuClick(TObject *Sender) { if (Abrir_Dialogo->Execute()) { Grafico->Stretch = true; CurrentFile = Abrir_Dialogo->FileName; Grafico->Picture->LoadFromFile(CurrentFile); } Salvar_Menu->Enabled = true; Salvar_Como_Menu->Enabled = true; Imprimir_Menu->Enabled = true; Imprimir_Setup_Menu->Enabled = true; Salvar_Botao->Enabled = true; Imprimir_Botao->Enabled = true; } Rotina: Imprimir Gráficos void __fastcall TForm_Principal::Imprimir_MenuClick(TObject *Sender) { TRect pri, seg; pri = Rect(292,594,1208,1086); seg = Rect(0,0,916,492); Printer()->BeginDoc(); Printer()->Canvas->Font->Color = clBlack; Printer()->Canvas->Font->Size = 12; Printer()->Canvas->TextOut(640,500,"COMPATIV 2000" ); Printer()->Canvas->Font->Color = cor_do_canal1; Printer()->Canvas->TextOut(292,1100,Edit1->Text + " ---------- Divisão = " + Edit7->Text+Label9>Caption); Printer()->Canvas->Font->Color = cor_do_canal2; Printer()->Canvas->TextOut(292,1150,Edit2->Text + " ---------- Divisão = " + Edit8->Text+Label10- >Caption); Printer()->Canvas->CopyRect(pri, Grafico->Canvas, seg); Printer()->EndDoc(); } xxxix Projeto de Engenharia – Alexandre Manoel xl