INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL Departamento de Ensino Curso de Formação de Especialista em Homeopatia para Farmacêutico MONOGRAFIA Amenizando os efeitos colaterais de quimioterapia e radioterapia com o uso da homeopatia Juliana Abreu Lopes Fábio José de Almeida Rio de Janeiro 2015 INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL Departamento de Ensino Curso de Formação de Especialista em Homeopatia para Farmacêutico MONOGRAFIA Amenizando os efeitos colaterais de quimioterapia e radioterapia com o uso da homeopatia Juliana Abreu Lopes Fábio José de Almeida Orientador: Dra Elisa Maria de Bulhões de Carvalho . Rio de Janeiro 2015 Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do certificado de conclusão do Curso de Formação de Especialista em Homeopatia para Farmacêutico INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL Departamento de Ensino Curso de Formação de Especialista em Homeopatia para Farmacêutico MONOGRAFIA Amenizando os efeitos colaterais de quimioterapia e radioterapia com o uso da homeopatia Juliana Abreu Lopes Fábio José de Almeida MONOGRAFIA APROVADA EM / / ______________________________________ Dra: Elisa Maria de Bulhões Carvalho Instituto Hahnemanniano do Brasil (orientadora) ___________________________________________ Tereza Cristina de Andrade Leitão Aguiar - Mestre Instituto Hahnemanniano do Brasil (Coordenadora) AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter conquistado mais esta vitória, aos meus pais pela confiança depositada em mim, ao meu marido Neves e a filha Júlia pelo apoio recebido nas horas mais difíceis. Gostaria de agradecer também a minha professora e amiga, Alaíde Rodrigues, por todos os ensinamentos que pretendo levar por toda a minha vida. Ao mestre, Ilídio Afonso o meu muito obrigado. Ao amigo Fábio Almeida um agradecimento especial por ter sido meu parceiro durante os dois anos de pós e meu companheiro na realização desse trabalho. Valeu pelas horas de estudos, pelo esforço e pela dedicação. Nós conseguimos !!!!!! Por fim, agradeço a esse Instituto, “berço” da Homeopatia para o Brasil, por nos abrir as portas e pela feliz acolhida. Que Hahnemann continue a inspirar os diretores, professores e alunos que por ali passarem, despertando neles a vontade sincera de se aprimorarem a cada dia, intelectual e moralmente, para melhor servir, de forma a contribuir na parte que lhes toca no processo da “Arte de Curar” aqueles que necessitam. “A doença é o resultado do conflito entre o Espírito e a mente”. SUMÁRIO 1. INTRODUÇAO 10 2. CÂNCER: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA 11 3. INCIDÊNCIA DE CÂNCER NO BRASIL 12 3.1 Câncer de pulmão 12 3.2 Câncer de próstata 12 3.3 Câncer da cavidade oral 13 3.4 Câncer de estômago 14 3.5 Câncer de colo de útero 14 3.6 Câncer de mama feminina 15 3.7 Leucemia 15 3.8 Câncer de ovário 16 3.9 Câncer de pele 17 3.10 Câncer de tireóide 17 3.11 Tumores pediátricos 18 4. O MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO 19 4.1 Euphorbia tirucalli: a planta 20 4.2 Atividade farmacológica e os princípios ativos 21 5. O TRATAMENTO DO CÂNCER 22 6. HOMEOPATIA NO SUPORTE À QUIMIOTERAPIA 24 6.0.1 Arsenicum album 24 6.0.2 Mercurius solubilis 24 6.0.3 Sulphur 24 6.1 Enxaguatório bucal para estomatite induzida por quimioterapia 24 6.1.1 Arnica montana 24 6.1.2 Hamamelis virginiana 25 6.1.3 Atropa belladonna 25 6.1.4 Hepar sulphur 25 6.1.5 Chamomilla 25 6.1.6 Calendula officinalis 25 6.1.7 Achillea millefolium 25 6.1.8 Aconitum napellum 25 6.1.9 Symphytum 25 6.1.10 Bellis perennis 25 6.1.11 Echinacea angustifolia 25 6.1.12 Hypericum 25 7 QUALIDADE DE VIDA EM ONCOLOGIA 25 8 CONCLUSÃO 27 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28 RESUMO O câncer é o nome dado a um conjunto de diferentes doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células anormais com potencial invasivo, cuja origem se dá por condições multifatoriais. O número de pessoas com câncer no mundo tem aumentado significativamente, sendo considerado um dos maiores problemas de saúde pública. Apesar de alguns pacientes terem uma elevada taxa de sobrevida, os tratamentos atuais ainda provocam muitos efeitos colaterais, influenciando negativamente em sua qualidade de vida. Dada a incapacidade da medicina tradicional em controlar alguns desses efeitos, pacientes tem cada vez mais buscado ajuda nas terapias alternativas. A Homeopatia, como terapia complementar, oferece uma grande contribuição no tratamento e combate os indesejáveis efeitos adversos. Dentro deste contexto, esse trabalho cita a utilização de alguns medicamentos homeopáticos capazes de amenizar e/ou prevenirem sintomas adversos à quimioterapia e a radioterapia. Palavras-chave: Câncer; Homeopatia; quimioterapia e radioterapia. ABSTRACT Cancer is the name given to a set of different diseases that have in common the uncontrolled growth of abnormal cells with invasive potential, whose origin is by multifactorial conditions. The number of people with cancer in the world has increased significantly and is considered one of the greatest public health problems. Although some patients have a high survival rate, current treatments still cause many side effects, influencing negatively on their quality of life. Given the inability of traditional medicine to control some of these effects, patients are increasingly seeking help in alternative therapies. Homeopathy as complementary therapy offers a great contribution in the treatment and combats the undesirable adverse effects. Within this context, this study cites the use of some homeopathic drugs that can mitigate and / or prevent adverse symptoms to chemotherapy and Keywords: Cancer; Homeopathy; chemotherapy and radiotherapy. radiotherapy. LISTA DE ABREVIATURAS OMS - Organização Mundial da Saúde HPV - Papilomavírus humano IHB - Instituto Hahnemanniano do Brasil QV - Qualidade de vida 10 1. INTRODUÇAO Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer está entre as 10 principais causas de morte no mundo. (ALFANO, 2013) O câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 tipos diferentes de doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células anormais com potencial invasivo e sua origem se dá por condições multifatoriais. (INCA, 2014) As células reproduzem a si próprias, dividindo-se num padrão regular, de forma que o crescimento e a reposição dos tecidos no corpo passam a ocorrer. Se a função normal for rompida, haverá um crescimento desordenado das células causando um inchaço ou tumor. (SPEECHLEY et al, 2000) Se o potencial de malignidade for detectado antes das células tornaremse malignas, ou na fase inicial da doença, tem-se uma condição mais favorável para seu tratamento e, consequentemente, para sua cura. (INCA, 2014) O número de casos de câncer tem aumentado de maneira considerável em todo o mundo, configurando-se, na atualidade, como um dos mais importantes problemas de saúde pública. Estima-se que em 2030, a carga global será de 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de mortes. (INCA, 2014) A prevenção e o controle do câncer precisam adquirir o mesmo foco e a mesma atenção que a área de serviços assistenciais, pois o crescente aumento do número de casos novos fará com que não haja recursos suficientes para dar conta das necessidades de diagnóstico, tratamento e acompanhamento. (INCA, 2014) Apesar de alguns pacientes com câncer terem uma elevada taxa de sobrevida, os tratamentos atuais podem provocar efeitos colaterais, influenciando negativamente na qualidade de vida desses pacientes. Dada à incapacidade da medicina tradicional em controlar alguns destes efeitos, 11 pacientes buscam ajuda nas Terapias alternativas complementares. (ALFANO, 2013) Este trabalho tem como objetivo citar a utilização de alguns medicamentos homeopáticos utilizados para amenizar e/ou prevenir efeitos adversos da quimioterapia e da radioterapia. 2. CÂNCER: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA No Brasil, a estimativa para o ano de 2014, que será válida também para o ano de 2015, aponta para a ocorrência de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, reforçando a magnitude do problema do câncer no país. O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil). (INCA, 2014) O câncer é hoje, no Brasil, um problema de saúde pública. O controle e prevenção deverão ser priorizados em todas as regiões, desde as mais desenvolvidas – cultural, social e economicamente – até às mais desiguais. Para enfrentar esse problema de saúde são necessárias ações múltiplas, incluindo: ações de educação para saúde em todos os níveis da sociedade; prevenção orientada para indivíduos e grupos; geração de opinião pública; apoio e estímulo à formulação de legislação específica para o enfrentamento de fatores de risco relacionados à doença; e fortalecimento de ações em escolas e ambientes de trabalho. (INCA, 2014) Por outro lado, é fundamental o monitoramento continuado dos programas de prevenção e controle implementados para combater o câncer e seus fatores de risco, tais como controle do uso do tabaco, redução do consumo de álcool e estímulo à dieta com qualidade nutricional e à prática de atividades físicas regulares. (GUERRA et al, 2005) Novas caraterísticas da sociedade brasileira, unem-se a novos estilos de vida e a exposição, ainda mais intensa, a fatores de risco próprios do mundo 12 contemporâneo em consequência do processo de urbanização populacional, da industrialização e dos avanços da ciência e da tecnologia. Por isso, o Brasil vem sofrendo mudanças em seu perfil demográfico. (INCA, 2014) Esse processo de reorganização global determinou grande modificação nos padrões de saúde-doença no mundo, trazendo uma alteração importante no perfil de morbimortalidade, diminuindo a ocorrência das doenças infectocontagiosas e colocando as doenças crônico-degenerativas, especialmente as doenças cardiovasculares e o câncer. (LAURENTI, 1990) 3. INCIDÊNCIA DE CÂNCER NO BRASIL 3.1 Câncer de pulmão É o câncer mais comum no mundo e, também, a principal causa de morte por neoplasia maligna. (PARKIN et al, 2001) A ocorrência dessa neoplasia expressa a exposição passada ao tabagismo. O tabagismo contribui não somente para o aumento da carga de câncer de pulmão no Brasil, mas também pela incidência de outros tipos de câncer, tais como de laringe, esôfago, boca e faringe. (GUERRA et al, 2005) Outros fatores de risco conhecidos incluem exposição à carcinógenos ocupacionais e ambientais, como amianto, arsênico, radônio e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. (MENEZES, et al, 2002) No Brasil, para 2014, estimam-se 16.400 casos novos de câncer de pulmão entre homens e 10.930 entre mulheres. Tais valores correspondem a um risco estimado de 16,79 casos novos a cada 100 mil homens e 10,75 a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 3.2 Câncer de próstata O câncer de próstata também se sobressai como um importante problema de saúde pública mundial, tendo sido observado, a partir de 1960, um aumento progressivo na sua incidência em vários países. (GUERRA et al, 2005) 13 Aproximadamente 62% dos casos diagnosticados no mundo ocorrem em homens com 65 anos ou mais e a idade é considerada um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata. Até 2015, é esperado que o número de casos novos aumente cerca 60%, isso se deve ao aumento da expectativa de vida mundial. (INCA, 2014) Outro fator importante na etiologia desse tipo de câncer é a dieta. Dietas com base em gordura animal, carne vermelha, embutidos e cálcio têm sido associadas ao aumento no risco de desenvolver câncer de próstata. A obesidade também é fator de risco, em especial para aquelas de comportamento mais agressivo. Em contrapartida, é possível que dietas ricas em vegetais, vitaminas D e E, licopeno e ômega-3 sejam capazes de conferir algum efeito protetor contra o câncer de próstata. (RIBOLI, et al, 2003) Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as regiões do país, com 91,24/ 100 mil no Sul, 88,06/100 mil no Sudeste, 62,55/ 100 mil no Centro-Oeste, 47,46/ 100 mil no Nordeste e 30,16/100 mil no Norte. (INCA, 2014) 3.3 Câncer da cavidade oral Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são: tabagismo, etilismo, infecções por HPV, principalmente pelo tipo 16, e exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). Contudo, entre tais fatores, destacam-se o tabagismo e o etilismo. (INCA, 2014) A dieta também parece exercer um papel importante na prevenção desse tipo de câncer. Alguns estudos de base hospitalar reportam que o aumento da ingestão de frutas e vegetais contribui para a diminuição do risco de desenvolver essa neoplasia. (RIBOLI, et al, 2002) Estimam-se, para o Brasil, no ano de 2014, 11.280 casos novos de câncer da cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres. Tais valores correspondem a um risco estimado de 11,54 casos novos a cada 100 mil homens e 3,92 a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 14 3.4 Câncer de estômago O risco de câncer de estômago relaciona-se a hábitos dietéticos tais como: consumo de aditivos alimentares e elevado teor de sal, que ocasionam inflamação da mucosa gástrica, além de associar-se à infecção por H. pylori. . (GUERRA et al, 2005) Estudos epidemiológicos sugerem que o aumento na ingestão de frutas, legumes e verduras frescas está associado a um baixo risco para o desenvolvimento dessa neoplasia. Já foi reportado que a ingestão diária de 50 gramas de hortaliças (verduras e legumes) e de frutas reduz em 25% e 17%, respectivamente, o risco de desenvolvimento de câncer gástrico. A alimentação saudável pode atuar como um fator protetor, porque frutas, legumes e verduras possuem vitaminas e fitoquímicos com propriedades antioxidantes, como as vitaminas C e E, os carotenoides e os flavonoides. (INCA, 2014) Esperam-se 12.870 casos novos de câncer de estômago em homens e 7.520 em mulheres para o Brasil, no ano de 2014. Esses valores correspondem a um risco estimado de 13,19 casos novos a cada 100 mil homens e 7,41 a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 3.5 Câncer de colo de útero O principal fator de risco para o câncer do colo do útero é a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV). Contudo, essa infecção, por si só, não representa uma causa suficiente para o surgimento da neoplasia, faz-se necessária sua persistência. (GUERRA, et al. 2005) Além de aspectos relacionados ao HPV (tipo e carga viral, infecção única ou múltipla), outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos, ainda incertos, que determinam a regressão ou a persistência da infecção e também sua progressão para lesões precursoras ou câncer. (SAMPAIO, et al 2009) 15 Para o ano de 2014, no Brasil, são esperados 15.590 casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 15,33 casos a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 3.6 Câncer de mama feminina Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama são bem conhecidos, como: envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, história familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo, exposição à radiação ionizante e alta densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo da mama). (GUERRA et al, 2005) As taxas de incidência aumentam rapidamente até os 50 anos, e a idade continua sendo um dos mais importantes fatores de risco. Após essa idade, o aumento ocorre de forma mais lenta, o que reforça a participação dos hormônios femininos na etiologia da doença. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. (INCA, 2012) A história familiar de câncer de mama está associada a um aumento no risco de cerca de duas a três vezes para o desenvolvimento desse tipo de neoplasia. Alterações em alguns genes, por exemplo BRCA1 e BRCA2, aumentam o risco de desenvolver câncer de mama, embora essas mutações sejam raras e contribuam para uma parcela mínima de casos de câncer de mama. Cerca de nove em cada 10 casos ocorrem em mulheres sem história familiar. (INCA, 2012) Para o Brasil, em 2014, são esperados 57.120 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 3.7 Leucemia As leucemias surgem a partir do sistema hematopoético e está subdividida em grandes grupos. A primeira divisão está em suas formas aguda e crônica. A leucemia aguda caracteriza-se por um aumento rápido no número 16 de células imaturas do sangue, o que faz com que a medula óssea seja incapaz de reproduzir células sanguíneas saudáveis. Já sua forma crônica caracteriza-se pelo aumento excessivo no número de células maduras anormais da série branca do sangue, levando meses ou até anos para progredir. A segunda divisão se dá de acordo com o tipo celular afetado pelas desordens. Podem surgir nos linfoblastos, resultando em uma doença denominada leucemia linfoide. Quando têm origem nas células granulocíticas e monocíticas, são denominadas leucemias mielóides. (INCA, 2014) Embora as causas para o desenvolvimento de leucemia ainda não sejam bem conhecidas, existem evidências para alguns fatores de risco, como exposição à radiação ionizante, medicamentos utilizados em quimioterapia e exposição ocupacional ao benzeno. (INCA, 2014) Para o Brasil, no ano de 2014, estimam-se 5.050 casos novos de leucemia em homens e 4.320 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,20 casos novos para cada 100 mil homens e 4,24 para cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 3.8 Câncer de ovário O fator de risco mais importante para o desenvolvimento do câncer de ovário é a história familiar de câncer de mama ou ovariano. Mulheres que já desenvolveram câncer de mama e são portadoras de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 possuem um risco aumentado de desenvolver câncer de ovário. Outra condição genética também relacionada a essa neoplasia é a síndrome de Lynch (câncer de cólon hereditário não polipoide). Outros fatores de risco, como terapia de reposição hormonal pós-menopausa, obesidade, tabagismo e nuliparidade podem aumentar o risco de adoecimento por esse câncer. Alguns estudos reportam uma relação direta entre o desenvolvimento do câncer ovariano e a menopausa tardia. (INCA, 2014) A endometriose também é um fator de risco por causar um estado crônico de inflamação. Estudos sugerem que o risco de câncer de ovário dobre 17 em mulheres portadoras de endometriose em comparação às que não têm essa doença. (INCA, 2014) Estimam-se 5.680 casos novos de câncer do ovário para o Brasil, no ano de 2014, com um risco estimado de 5,58 casos a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 3.9 Câncer de pele O câncer de pele apresenta-se sob três principais formas: carcinoma espinocelular (ou epidermóide), carcinoma basocelular e melanoma. (ATHAR, et al, 2006) Os carcinomas basocelular e epidermóide são também conhecidos como câncer de pele não melanoma, tipo mais frequentes de câncer de pele e câncer mais frequente na população de pele clara. A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para o surgimento dos cânceres de pele melanoma e não melanoma. O carcinoma epidermóide ocorre quase exclusivamente em áreas expostas continuamente à radiação solar, enquanto o carcinoma basocelular pode ocorrer em áreas do corpo expostas à radiação solar de forma intermitente. Para o melanoma, a presença de numerosos nervos cutâneos aumenta o risco. (ATHAR, et al, 2006) Esperam-se 98.420 casos novos de câncer de pele não melanoma nos homens e 83.710 nas mulheres no Brasil, em 2014. Esses valores correspondem a um risco estimado de 100,75 casos novos a cada 100 mil homens e 82,24 a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 3.10 Câncer de Tireoide Os tipos morfológicos mais comuns de câncer de tireoide são os adenocarcinomas papilares (cerca de 50% a 80%), seguido dos adenocarcinomas foliculares (de 10% a 40%) e dos adenocarcinomas medulares (de 5% a 15%). (INCA, 2014) 18 O aumento do uso de ultrassom e biópsia guiada por imagem para detecção de doença subclínica é uma possível explicação para essa tendência de aumento nas taxas de incidência. (INCA, 2014) Na maioria dos estudos, tem sido observada a associação entre o câncer de tireoide e histórias de doenças benignas da tireoide. Em função das taxas de incidência dessa neoplasia serem cerca de duas a três vezes maiores em mulheres do que em homens, alguns estudos sugerem que fatores hormonais poderiam explicar esse excesso. A síntese de hormônios da tireoide necessita da presença de iodo. A deficiência crônica e o excesso nutricional de iodo no organismo levam à hiperplasia e à hipertrofia dos elementos foliculares (excesso de hormônio de estimulação da tireoide – TSH). Esse fenômeno pode estar associado a um maior risco no desenvolvimento do câncer de tireoide, em especial nas mulheres. (INCA, 2014) Esperam-se, no ano de 2014, para o Brasil, 1.150 casos novos de câncer de tireoide para o sexo masculino e 8.050 para o sexo feminino, com um risco estimado de 1,15 casos a cada 100 mil homens e 7,91 casos a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014) 3.11 Tumores pediátricos Esses cânceres têm, na sua maioria, curtos períodos de latência, são mais agressivos, crescem rapidamente, porém respondem melhor ao tratamento e são considerados de bom prognóstico. (INCA, 2008) O tipo de câncer infantojuvenil mais comum na maioria das populações é a leucemia (cerca de 25% a 35%). Os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum em países desenvolvidos. Já nos países em desenvolvimento, são o segundo, ficando atrás apenas das leucemias. Os tumores de sistema nervoso ocorrem principalmente em crianças menores de 15 anos, com um pico na idade de 10 anos. Estima-se que cerca de 8% a 15% das neoplasias pediátricas sejam representadas por esse grupo, sendo o mais frequente tumor sólido na faixa etária pediátrica. (INCA, 2008) 19 Estimam-se, para o Brasil, no ano de 2014, 394.450 casos novos de câncer, excluindo-se os tumores de pele não melanoma. As regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 5.600 e 2.790, respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.350 casos novos), CentroOeste (1.280 casos novos) e Norte (820 casos novos). (INCA, 2014) 4. O MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO Os medicamentos homeopáticos são preparados principalmente a partir de substâncias vegetais, animais e minerais, infinitesimalmente diluídos em soluções hidroalcoólicas, é esperado que haja muita controvérsia sobre sua eficácia e mecanismo de ação. Existem hipóteses para explicar o fenômeno homeopático e modelos para o mecanismo de ação do medicamento dinamizado. (CESAR, 1999) Os medicamentos homeopáticos ajudam a acelerar a recuperação estimulando a força vital, que, embora afetada, é capaz de se restabelecer. A força vital é estabelecida de energia e ela livra o corpo da doença, ajudando-o a retornar ao estado saudável. (LOCKIE et al, 2008) Os homeopatas escolhem um medicamento que combine de forma mais exata ao quadro de sintomas, por isso a avaliação homeopática leva em conta o caráter da pessoa, os níveis de estresse, o estilo de vida, o nível de exercícios, a dieta, as preferências alimentares, o histórico médico familiar e os efeitos de fatores gerais, como o clima, resultando, assim, num quadro exclusivo de sintomas. (LOCKIE et al, 2008) Os medicamentos de baixa potência são utilizados, em geral, para tratar doenças agudas, ao passo que potências mais altas são utilizadas na prescrição constitutiva para enfermidades crônicas. (LOCKIE et al, 2008) A técnica de preparo de medicamentos homeopáticos foi estabelecida por Hahnemann há 200 anos. Tendo vivido até os 88 anos, Hahnemann foi experimentando novas propostas clínicas, conjugadas com modificações no preparo dos medicamentos. Vários discípulos difundiram a Homeopatia pelo 20 mundo, sem conhecer a 6ª edição do Organon, publicada mais de 100 anos após sua morte. (CESAR, 1999) O uso de plantas é comum na homeopatia. A família Euphorbiaceae, principalmente do gênero Euphorbia, tem sido popularmente difundido para o tratamento de uma variedade de doenças de natureza infecciosa, tumoral e inflamatória. (AVELAR, 2010) Nas Farmacopeias encontramos alterações nos métodos e nas substâncias estabelecidas por Hahnemann. Poucos países possuem Farmacopeias Homeopáticas Oficiais: Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Índia, Chile, México e Brasil. O fato de estarmos entre os países que possuem Farmacopeia, mostra o desenvolvimento desta terapêutica entre nós e torna o medicamento oficial no país, porém isto não significa que o medicamento seja padronizado. A padronização e normatização do próprio atendimento médico homeopático passam pelo conhecimento e normatização do medicamento, importante instrumento desta terapêutica. (CESAR, 1999) 4.1 Euphorbia tirucalli – a planta A Euphorbia tirucalli, também conhecida como cientificamente como Euphorbia rhipsaloides Lem, Euphorbia entheurodoxa, Euphorbia viminalis Mill, Euphorbia gymnoclada Boiss, Anthrothamus tirucalli (L). Klotzsch e Carcke, Euphorbia gaeyi Constantin ex Gallaud, Euphorbia Iaro Drake, Euphorbia media N. E. Br, Euphorbia sureziana croizat, Euphorbia tirucalli var rhipzaloides (Willd) Chev, Euphorbia scoparia N. E. Br. É popularmente conhecida como avelós, labirinto, cassoneira, mata verruga, cabelo-do-diabo, árvore de São Sebastião, cachorro pelado, coroa de Cristo entre outros. (COSTA, 2011) O avelós é originário da África e pertence à família das Euphorbiaceae. A planta pode atingir até sete metros de altura e quinze centímetros de diâmetro, apresenta galhos cilíndricos, verticulados e duros. Apresenta flores com coloração amarelada ou esverdeada, porém o período de duração das mesmas é curto. Apresenta fruto capsular, com três cavidades cobertos de pêlos, sementes lisas e ovóides. (COSTA, 2011) 21 4.2 Atividade farmacológica e os princípios ativos O látex do avelós é ácido e cáustico e se administrado em excesso pode causar intoxicação. (COSTA, 2011) Na medicina popular, o látex extraído de qualquer parte das plantas do gênero Euphorbia é considerado tóxico. Vários estudos realizados com a Euphorbia tirucalli mostraram que esta espécie apresenta substâncias tóxicas e enzimas proteolíticas. (COSTA, 2011) O extrato etanólico total de partes aéreas (caule e látex) de Euphorbia tirucalli é composto de: triterpenóide, o tirucalol, com atividade anti-inflamatória e em diterpenóides de reconhecida atividade antitumoral promotora de desacoplamento mitocondrial, ambos presentes no látex. Apresenta caule rico em taninos e em flavonóides, cujas reconhecidas atividades antioxidantes sugerem neutralizar os efeitos tóxicos e irritantes dos diterpenóides do látex. (MALFACINI;VARRICCHIO, 2010) Alguns desses princípios ativos apresentam atividades preventivas contra o câncer, principalmente o câncer de mama, de pulmão, cervical, de colo, de esôfago e de boca. Apresenta também ação antibactericida, antisséptica, antitumoral, laxativa e anti-inflamatória. (LAINETTI et al, 1979) Essas atividades biológicas exercidas pelos princípios ativos comprovam o motivo pelo qual a Euphorbia tirucalli é tão usada no tratamento de tantas doenças. (LAINETTI et al, 1979) VARRICCHIO et al. 2000, objetivando avaliar os resultados clínicos do emprego terapêutico do avelós dinamizado em pacientes portadores de diversos tipos de câncer (sem especificação do tipo), paralelamente ao tratamento convencional (cirurgia, quimioterapia e radioterapia), realizou uma pesquisa investigando 60 pacientes com câncer, entre agosto de 1998 e abril de 1999, no serviço ambulatorial do Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB). O avelós foi empregado na forma homeopática líquida e na dinamização drenadora de 30CH e na dinamização reguladora e curativa de 30DH, cinco gotas uma ou duas vezes ao dia por 30 dias. Durante o estudo, observou-se 22 que os pacientes portadores de neoplasia de linhagem monoclonal apresentam uma evolução mais satisfatória do que os portadores de neoplasia de linhagem policlonal. Em 10 casos (16,6%) observou-se a regressão completa da doença; em 9 casos (15%) observou-se a regressão parcial ou total da doença; em 25 casos (46,6%) observou-se um alivio parcial dos sintomas, com ou sem regressão da doença; em 6 casos (10%) não se observou nenhuma resposta terapêutica; em 4 casos (6,7%) ocorreu a piora do quadro clínico; e em 6 casos (10%) ocorreu a incidência de óbitos. (VARRICCHIO et al. 2000) 5. O TRATAMENTO DO CÂNCER O objetivo da quimioterapia baseia-se na eliminação completa de todas as células neoplásicas, além de terapêuticas que utilizam procedimentos cirúrgicos e radioterapia. Esses tratamentos visam à cura do paciente quando se tem uma neoplasia localizada; por outro lado, se a neoplasia não está localizada (metástase) ou não pode erradicá-la por motivos diversos, a terapêutica passa a ser paliativa, ou seja, busca a redução do tamanho do tumor, a redução das células neoplásicas, o alívio dos sintomas e, consequentemente, o aumento da expectativa de vida com certa qualidade. (OLIVEIRA, 2011) As complicações orais decorrentes da terapia utilizada no tratamento do câncer ocorrem em aproximadamente 90% dos pacientes tratados portadores de cânceres de cabeça e pescoço e em 40% dos pacientes que recebem quimioterapia para tratamento de neoplasias malignas em outros sítios. (ARISAWA et al, 2005) A quimioterapia pode provocar efeitos colaterais, dentre eles, os efeitos neurológicos, como sonolência, cefaleia, paralisia motora, confusão mental, dor nos membros inferiores, rigidez na nuca, convulsão e, em casos raros, pode produzir um estado de depressão e coma. Efeitos cardiovasculares associados à falência do miocárdio e hipotensão; fibrose pulmonar, podendo causar sintomas como tosse seca, dispneia e febre, perda de peso, ruídos em bases pulmonares, calafrios, mal-estar e cefaleia são sintomas observados. Efeitos gastrintestinais como dores na região da garganta e mucosite e complicações 23 urológicas também podem ocorrer afetando diretamente o endotélio urinário, podendo ocorrer sangramento urinário. Finalmente, efeitos nas células lábeis que por apresentarem características de rápida divisão celular são muito sensíveis à ação dos quimioterápicos ocasionando eritema, dor, urticária, queimação intensa e necrose provocada por extravasamentos das drogas aplicadas. Pode-se observar, ainda, hiperpigmentação do trajeto como reações tardias, trombose, escurecimento das veias e alopecia. (ARISAWA et al, 2005) No Brasil, o Sistema TNM classifica os tumores malignos com base na extensão anatômica da doença. As categorias T (primário – graduação T0 a T4), N (características dos linfonodos – graduação de N0 a N3) e M (presença de metástase – graduação M0 a M1) encontram-se agrupadas em combinações preestabelecidas. Os estágios são variáveis (de I a IV), e podem ser graduados numérica ou alfabeticamente – expressa o nível de evolução e comprometimento dos linfonodos. Quando uma categoria não pode ser avaliada, utiliza-se o símbolo “X”. (OLIVEIRA, 2011) Figura 1: Principais efeitos colaterais que acometem os pacientes em tratamento de radioterapia e quimioterapia. (ARISAWA et al, 2005) A escolha da conduta terapêutica não está baseada somente nas comprovações científicas, mas também nos valores pessoais, sociais e culturais de cada indivíduo. A medicina não-convencional é um fator 24 significativo no tratamento de pacientes, especialmente em países pobres e em desenvolvimento. (ALFANO, 2013) Como o câncer atinge uma parcela muito grande da população, tratamentos que visam diminuir esta incidência serão sempre oportunos. (COSTA, 2011) 6. HOMEOPATIA NO SUPORTE À QUIMIOTERAPIA O tratamento é visto como possibilidade de luta contra a doença e recuperação. O período entre o diagnóstico e o início do tratamento deve ser o mais breve possível. A espera pela intervenção terapêutica pode gerar aflição, stress e ansiedade, podendo influenciar de maneira desfavorável tanto no sucesso do tratamento quanto na evolução da doença. O câncer, assim como toda doença grave, ocasiona além de sofrimento, transformação na vida da pessoa, de seus familiares e amigos. Assim, a procura e a utilização de métodos não-convencionais, têm crescido muito, auxiliando o paciente tanto no enfrentamento do diagnóstico, quanto no tratamento, podendo contribuir com a melhora da qualidade de vida. (RICHARDSON et al, 2000) Abaixo, os principais medicamentos homeopáticos utilizados para tratamento de reações adversas em terapia anticâncer: 6.0.1- Arsenicum album: Aftas, úlceras de mucosa, com salivação algumas vezes sanguinolenta aliviada por bebidas mornas ou quentes. (LOCKIE et al, 2008) 6.0.2- Mercurius solubilis: Inflamação e ulcerações em toda a mucosa bucal que pioram à noite. (JOUANNY et al, 2009). 6.0.3- Sulphur: Aftas sobre a mucosa, estomatite que é agravada por bebidas quentes. Lábios vermelhos, brilhantes, secos e ardentes. (LATHOUD, 2001) 6.1- Enxaguatório bucal para a estomatite induzida por quimioterapia: 6.1.1- Arnica montana: Hálito fétido e odor pútrido da boca; eructos ofensivos com cheiro de ovos podres. (LATHOUD, 2001) 25 6.1.2- Hamamelis virginiana: Mucosa faríngea distendida e azulada; hemorragia da faringe com agravação pelo calor. (LATHOUD, 2001) 6.1.3- Atropa belladonna: Abcessos gengivais. Espasmos da garganta e sensação de secura da mucosa esofágica e que melhoram pelo calor. (LATHOUD, 2001) 6.1.4- Hepar sulphur: Inchaço e inflamação das gengivas que estão dolorosas ao toque e sangram facilmente. (LATHOUD, 2001) 6.1.5- Chamomilla: Língua fendida, vermelha, ou com uma camada amarelada e espessa. Aftas na língua e que melhora pelo calor. (JOUANNY et al, 2009). 6.1.6- Calendula officinalis: É eficaz gargarejo para úlceras bucais e dor de garganta e também ajuda a controlar o sangramento após extração de dentes. (LATHOUD, 2001) 6.1.7- Achillea millefolium: Apresenta ação antimicrobiana. (JOUANNY et al, 2009). 6.1.8- Aconitum napellum: Sensação de adormecimento nos lábios. Amígdalas inchadas e secas e mucosas vermelhas. (LATHOUD, 2001) 6.1.9- Symphytum: Apresenta ação cicatrizante e anti-inflamatória. (JOUANNY et al, 2009). 6.1.10- Bellis perennis: É útil na prevenção de infecções e no tratamento de abcessos. (LATHOUD, 2001) 6.1.11- Echinacea angustifolia: Apresenta ação anti-inflamatória, antibacteriana e antitumoral; imunoestimulante. (JOUANNY et al, 2009). 6.1.12- Hypericum: Amígdalas inflamadas e inchadas com pequenas úlceras superficiais branco-amareladas. (LATHOUD, 2001) 7 QUALIDADE DE VIDA EM ONCOLOGIA: A Organização Mundial da Saúde (OMS), definiu a qualidade de vida (QV) como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da 26 cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. (ALFANO, 2013) A melhoria da QV torna-se, cada vez mais importante no contexto das práticas assistenciais e também para as políticas públicas de saúde. A avaliação da QV do paciente oncológico, nos dias atuais, é um importante recurso para investigar os resultados do tratamento na perspectiva do paciente. (ALFANO, 2013) Por volta da década de 60, estudos e trabalhos científicos demonstraram que, uma vida emocional saudável e criativa constitui como fator de proteção contra doença e desempenha um importante papel na evolução favorável do câncer após tratamento. (ALFANO, 2013) A melhoria da QV torna-se, cada vez mais importante no contexto das práticas assistenciais e também para as políticas públicas de saúde. (ALFANO, 2013) A adesão do paciente ao tratamento homeopático não se dá apenas pela melhora da saúde, mas também pelo vínculo de confiança médicopaciente e a consciência do indivíduo no processo de cura. (NOGUEIRA et al, 2009) 27 8 CONCLUSÃO: Existem evidências comprovando a eficácia do tratamento homeopático para amenizar ou prevenir efeitos adversos da quimioterapia e radioterapia. Entretanto, a conscientização da comunidade médico-científica, bem como da população é parte decisiva para a utilização da homeopatia clássica como complementar a terapia convencional de cuidado ao câncer para benefício e qualidade de vida do paciente. Para que isso se torne realidade, são necessários mais estudos e publicações que comprovem a efetividade farmacoterapêutica dos medicamentos homeopáticos, bem como a divulgação dos resultados. Somente assim, teremos uma melhor compreensão e aceitação desta terapêutica. 28 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALFANO, A. C. C; Padrão do uso de terapias alternativas/complementares por pacientes com câncer de mama metastático em quimioterapia e sua influência na qualidade de vida. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde, na Fundação PIO XII – Hospital de Câncer de Barreto). 2013. ARISAWA, E. A. L.; SILVA, C. M. O. M. SILVA, CARDOSO, C. A. C.; LEMOS, N. R. P.; PINTO, M. C. 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