AMENIZANDO OS EFEITOS COLATERAIS DE QUIMIOTERAPIA E

Propaganda
INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL
Departamento de Ensino
Curso de Formação de Especialista em Homeopatia para Farmacêutico
MONOGRAFIA
Amenizando os efeitos colaterais de quimioterapia e radioterapia com o
uso da homeopatia
Juliana Abreu Lopes
Fábio José de Almeida
Rio de Janeiro
2015
INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL
Departamento de Ensino
Curso de Formação de Especialista em Homeopatia para Farmacêutico
MONOGRAFIA
Amenizando os efeitos colaterais de quimioterapia e radioterapia com o
uso da homeopatia
Juliana Abreu Lopes
Fábio José de Almeida
Orientador: Dra Elisa Maria de Bulhões de Carvalho
.
Rio de Janeiro
2015
Monografia
submetida
como
requisito parcial para obtenção do
certificado de conclusão do Curso
de Formação de Especialista em
Homeopatia para Farmacêutico
INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL
Departamento de Ensino
Curso de Formação de Especialista em Homeopatia para Farmacêutico
MONOGRAFIA
Amenizando os efeitos colaterais de quimioterapia e radioterapia com o
uso da homeopatia
Juliana Abreu Lopes
Fábio José de Almeida
MONOGRAFIA APROVADA EM
/
/
______________________________________
Dra: Elisa Maria de Bulhões Carvalho
Instituto Hahnemanniano do Brasil
(orientadora)
___________________________________________
Tereza Cristina de Andrade Leitão Aguiar - Mestre
Instituto Hahnemanniano do Brasil
(Coordenadora)
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter conquistado mais
esta vitória, aos meus pais pela confiança depositada em mim, ao meu marido
Neves e a filha Júlia pelo apoio recebido nas horas mais difíceis. Gostaria de
agradecer também a minha professora e amiga, Alaíde Rodrigues, por todos os
ensinamentos que pretendo levar por toda a minha vida. Ao mestre, Ilídio
Afonso o meu muito obrigado.
Ao amigo Fábio Almeida um agradecimento especial por ter sido meu
parceiro durante os dois anos de pós e meu companheiro na realização desse
trabalho. Valeu pelas horas de estudos, pelo esforço e pela dedicação. Nós
conseguimos !!!!!!
Por fim, agradeço a esse Instituto, “berço” da Homeopatia para o Brasil,
por nos abrir as portas e pela feliz acolhida. Que Hahnemann continue a
inspirar os diretores, professores e alunos que por ali passarem, despertando
neles a vontade sincera de se aprimorarem a cada dia, intelectual e
moralmente, para melhor servir, de forma a contribuir na parte que lhes toca no
processo da “Arte de Curar” aqueles que necessitam.
“A doença é o resultado do conflito entre o Espírito e a mente”.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇAO
10
2. CÂNCER: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA
11
3. INCIDÊNCIA DE CÂNCER NO BRASIL
12
3.1 Câncer de pulmão
12
3.2 Câncer de próstata
12
3.3 Câncer da cavidade oral
13
3.4 Câncer de estômago
14
3.5 Câncer de colo de útero
14
3.6 Câncer de mama feminina
15
3.7 Leucemia
15
3.8 Câncer de ovário
16
3.9 Câncer de pele
17
3.10 Câncer de tireóide
17
3.11 Tumores pediátricos
18
4. O MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
19
4.1 Euphorbia tirucalli: a planta
20
4.2 Atividade farmacológica e os princípios ativos
21
5. O TRATAMENTO DO CÂNCER
22
6. HOMEOPATIA NO SUPORTE À QUIMIOTERAPIA
24
6.0.1 Arsenicum album
24
6.0.2 Mercurius solubilis
24
6.0.3 Sulphur
24
6.1 Enxaguatório bucal para estomatite induzida por quimioterapia
24
6.1.1 Arnica montana
24
6.1.2 Hamamelis virginiana
25
6.1.3 Atropa belladonna
25
6.1.4 Hepar sulphur
25
6.1.5 Chamomilla
25
6.1.6 Calendula officinalis
25
6.1.7 Achillea millefolium
25
6.1.8 Aconitum napellum
25
6.1.9 Symphytum
25
6.1.10 Bellis perennis
25
6.1.11 Echinacea angustifolia
25
6.1.12 Hypericum
25
7 QUALIDADE DE VIDA EM ONCOLOGIA
25
8 CONCLUSÃO
27
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
28
RESUMO
O câncer é o nome dado a um conjunto de diferentes doenças que tem
em comum o crescimento desordenado de células anormais com potencial
invasivo, cuja origem se dá por condições multifatoriais. O número de pessoas
com câncer no mundo tem aumentado significativamente, sendo considerado
um dos maiores problemas de saúde pública. Apesar de alguns pacientes
terem uma elevada taxa de sobrevida, os tratamentos atuais ainda provocam
muitos efeitos colaterais, influenciando negativamente em sua qualidade de
vida. Dada a incapacidade da medicina tradicional em controlar alguns desses
efeitos, pacientes tem cada vez mais buscado ajuda nas terapias alternativas.
A Homeopatia, como terapia complementar, oferece uma grande contribuição
no tratamento e combate os indesejáveis efeitos adversos. Dentro deste
contexto, esse trabalho cita a utilização de alguns medicamentos homeopáticos
capazes de amenizar e/ou prevenirem sintomas adversos à quimioterapia e a
radioterapia.
Palavras-chave: Câncer; Homeopatia; quimioterapia e radioterapia.
ABSTRACT
Cancer is the name given to a set of different diseases that have in common the
uncontrolled growth of abnormal cells with invasive potential, whose origin is by
multifactorial conditions. The number of people with cancer in the world has
increased significantly and is considered one of the greatest public health
problems. Although some patients have a high survival rate, current treatments
still cause many side effects, influencing negatively on their quality of life. Given
the inability of traditional medicine to control some of these effects, patients are
increasingly
seeking
help
in
alternative
therapies.
Homeopathy
as
complementary therapy offers a great contribution in the treatment and combats
the undesirable adverse effects. Within this context, this study cites the use of
some homeopathic drugs that can mitigate and / or prevent adverse symptoms
to
chemotherapy
and
Keywords: Cancer; Homeopathy; chemotherapy and radiotherapy.
radiotherapy.
LISTA DE ABREVIATURAS
OMS - Organização Mundial da Saúde
HPV - Papilomavírus humano
IHB - Instituto Hahnemanniano do Brasil
QV - Qualidade de vida
10
1. INTRODUÇAO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer está entre
as 10 principais causas de morte no mundo. (ALFANO, 2013)
O câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 tipos diferentes
de doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células
anormais com potencial invasivo e sua origem se dá por condições
multifatoriais. (INCA, 2014)
As células reproduzem a si próprias, dividindo-se num padrão regular, de
forma que o crescimento e a reposição dos tecidos no corpo passam a ocorrer.
Se a função normal for rompida, haverá um crescimento desordenado das
células causando um inchaço ou tumor. (SPEECHLEY et al, 2000)
Se o potencial de malignidade for detectado antes das células tornaremse malignas, ou na fase inicial da doença, tem-se uma condição mais favorável
para seu tratamento e, consequentemente, para sua cura. (INCA, 2014)
O número de casos de câncer tem aumentado de maneira considerável
em todo o mundo, configurando-se, na atualidade, como um dos mais
importantes problemas de saúde pública. Estima-se que em 2030, a carga
global será de 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de
mortes. (INCA, 2014)
A prevenção e o controle do câncer precisam adquirir o mesmo foco e a
mesma atenção que a área de serviços assistenciais, pois o crescente
aumento do número de casos novos fará com que não haja recursos
suficientes para dar conta das necessidades de diagnóstico, tratamento e
acompanhamento. (INCA, 2014)
Apesar de alguns pacientes com câncer terem uma elevada taxa de
sobrevida,
os
tratamentos
atuais
podem
provocar
efeitos
colaterais,
influenciando negativamente na qualidade de vida desses pacientes. Dada à
incapacidade da medicina tradicional em controlar alguns destes efeitos,
11
pacientes buscam ajuda nas Terapias alternativas complementares. (ALFANO,
2013)
Este trabalho tem como objetivo citar a utilização de alguns
medicamentos homeopáticos utilizados para amenizar e/ou prevenir efeitos
adversos da quimioterapia e da radioterapia.
2. CÂNCER: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA
No Brasil, a estimativa para o ano de 2014, que será válida também para
o ano de 2015, aponta para a ocorrência de aproximadamente 576 mil casos
novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, reforçando a
magnitude do problema do câncer no país. O câncer de pele do tipo não
melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira,
seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e
reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).
(INCA, 2014)
O câncer é hoje, no Brasil, um problema de saúde pública. O controle e
prevenção deverão ser priorizados em todas as regiões, desde as mais
desenvolvidas – cultural, social e economicamente – até às mais desiguais.
Para enfrentar esse problema de saúde são necessárias ações múltiplas,
incluindo: ações de educação para saúde em todos os níveis da sociedade;
prevenção orientada para indivíduos e grupos; geração de opinião pública;
apoio e estímulo à formulação de legislação específica para o enfrentamento
de fatores de risco relacionados à doença; e fortalecimento de ações em
escolas e ambientes de trabalho. (INCA, 2014)
Por outro lado, é fundamental o monitoramento continuado dos
programas de prevenção e controle implementados para combater o câncer e
seus fatores de risco, tais como controle do uso do tabaco, redução do
consumo de álcool e estímulo à dieta com qualidade nutricional e à prática de
atividades físicas regulares. (GUERRA et al, 2005)
Novas caraterísticas da sociedade brasileira, unem-se a novos estilos de
vida e a exposição, ainda mais intensa, a fatores de risco próprios do mundo
12
contemporâneo em consequência do processo de urbanização populacional,
da industrialização e dos avanços da ciência e da tecnologia. Por isso, o Brasil
vem sofrendo mudanças em seu perfil demográfico. (INCA, 2014)
Esse processo de reorganização global determinou grande modificação
nos padrões de saúde-doença no mundo, trazendo uma alteração importante
no perfil de morbimortalidade, diminuindo a ocorrência das doenças
infectocontagiosas
e
colocando
as
doenças
crônico-degenerativas,
especialmente as doenças cardiovasculares e o câncer. (LAURENTI, 1990)
3. INCIDÊNCIA DE CÂNCER NO BRASIL
3.1 Câncer de pulmão
É o câncer mais comum no mundo e, também, a principal causa de
morte por neoplasia maligna. (PARKIN et al, 2001)
A ocorrência dessa neoplasia expressa a exposição passada ao
tabagismo. O tabagismo contribui não somente para o aumento da carga de
câncer de pulmão no Brasil, mas também pela incidência de outros tipos de
câncer, tais como de laringe, esôfago, boca e faringe. (GUERRA et al, 2005)
Outros fatores de risco conhecidos incluem exposição à carcinógenos
ocupacionais e ambientais, como amianto, arsênico, radônio e hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos. (MENEZES, et al, 2002)
No Brasil, para 2014, estimam-se 16.400 casos novos de câncer de
pulmão entre homens e 10.930 entre mulheres. Tais valores correspondem a
um risco estimado de 16,79 casos novos a cada 100 mil homens e 10,75 a
cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014)
3.2 Câncer de próstata
O câncer de próstata também se sobressai como um importante
problema de saúde pública mundial, tendo sido observado, a partir de 1960, um
aumento progressivo na sua incidência em vários países. (GUERRA et al,
2005)
13
Aproximadamente 62% dos casos diagnosticados no mundo ocorrem em
homens com 65 anos ou mais e a idade é considerada um fator de risco para o
desenvolvimento do câncer de próstata. Até 2015, é esperado que o número de
casos novos aumente cerca 60%, isso se deve ao aumento da expectativa de
vida mundial. (INCA, 2014)
Outro fator importante na etiologia desse tipo de câncer é a dieta. Dietas
com base em gordura animal, carne vermelha, embutidos e cálcio têm sido
associadas ao aumento no risco de desenvolver câncer de próstata. A
obesidade também é fator de risco, em especial para aquelas de
comportamento mais agressivo. Em contrapartida, é possível que dietas ricas
em vegetais, vitaminas D e E, licopeno e ômega-3 sejam capazes de conferir
algum efeito protetor contra o câncer de próstata. (RIBOLI, et al, 2003)
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata
é o mais incidente entre os homens em todas as regiões do país, com 91,24/
100 mil no Sul, 88,06/100 mil no Sudeste, 62,55/ 100 mil no Centro-Oeste,
47,46/ 100 mil no Nordeste e 30,16/100 mil no Norte. (INCA, 2014)
3.3 Câncer da cavidade oral
Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são:
tabagismo, etilismo, infecções por HPV, principalmente pelo tipo 16, e
exposição à radiação UVA solar (câncer de lábio). Contudo, entre tais fatores,
destacam-se o tabagismo e o etilismo. (INCA, 2014)
A dieta também parece exercer um papel importante na prevenção
desse tipo de câncer. Alguns estudos de base hospitalar reportam que o
aumento da ingestão de frutas e vegetais contribui para a diminuição do risco
de desenvolver essa neoplasia. (RIBOLI, et al, 2002)
Estimam-se, para o Brasil, no ano de 2014, 11.280 casos novos de
câncer da cavidade oral em homens e 4.010 em mulheres. Tais valores
correspondem a um risco estimado de 11,54 casos novos a cada 100 mil
homens e 3,92 a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014)
14
3.4 Câncer de estômago
O risco de câncer de estômago relaciona-se a hábitos dietéticos tais
como: consumo de aditivos alimentares e elevado teor de sal, que ocasionam
inflamação da mucosa gástrica, além de associar-se à infecção por H. pylori. .
(GUERRA et al, 2005)
Estudos epidemiológicos sugerem que o aumento na ingestão de frutas,
legumes e verduras frescas está associado a um baixo risco para o
desenvolvimento dessa neoplasia. Já foi reportado que a ingestão diária de 50
gramas de hortaliças (verduras e legumes) e de frutas reduz em 25% e 17%,
respectivamente, o risco de desenvolvimento de câncer gástrico. A alimentação
saudável pode atuar como um fator protetor, porque frutas, legumes e verduras
possuem vitaminas e fitoquímicos com propriedades antioxidantes, como as
vitaminas C e E, os carotenoides e os flavonoides. (INCA, 2014)
Esperam-se 12.870 casos novos de câncer de estômago em homens e
7.520 em mulheres para o Brasil, no ano de 2014. Esses valores correspondem
a um risco estimado de 13,19 casos novos a cada 100 mil homens e 7,41 a
cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014)
3.5 Câncer de colo de útero
O principal fator de risco para o câncer do colo do útero é a infecção
pelo papiloma vírus humano (HPV). Contudo, essa infecção, por si só, não
representa uma causa suficiente para o surgimento da neoplasia, faz-se
necessária sua persistência. (GUERRA, et al. 2005)
Além de aspectos relacionados ao HPV (tipo e carga viral, infecção
única ou múltipla), outros fatores ligados à imunidade, à genética e ao
comportamento sexual parecem influenciar os mecanismos, ainda incertos, que
determinam a regressão ou a persistência da infecção e também sua
progressão para lesões precursoras ou câncer. (SAMPAIO, et al 2009)
15
Para o ano de 2014, no Brasil, são esperados 15.590 casos novos de
câncer do colo do útero, com um risco estimado de 15,33 casos a cada 100 mil
mulheres. (INCA, 2014)
3.6 Câncer de mama feminina
Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama são
bem
conhecidos,
como:
envelhecimento,
fatores
relacionados à
vida
reprodutiva da mulher, história familiar de câncer de mama, consumo de álcool,
excesso de peso, sedentarismo, exposição à radiação ionizante e alta
densidade do tecido mamário (razão entre o tecido glandular e o tecido adiposo
da mama). (GUERRA et al, 2005)
As taxas de incidência aumentam rapidamente até os 50 anos, e a
idade continua sendo um dos mais importantes fatores de risco. Após essa
idade, o aumento ocorre de forma mais lenta, o que reforça a participação dos
hormônios femininos na etiologia da doença. Cerca de quatro em cada cinco
casos ocorrem após os 50 anos. (INCA, 2012)
A história familiar de câncer de mama está associada a um aumento no
risco de cerca de duas a três vezes para o desenvolvimento desse tipo de
neoplasia. Alterações em alguns genes, por exemplo BRCA1 e BRCA2,
aumentam o risco de desenvolver câncer de mama, embora essas mutações
sejam raras e contribuam para uma parcela mínima de casos de câncer de
mama. Cerca de nove em cada 10 casos ocorrem em mulheres sem história
familiar. (INCA, 2012)
Para o Brasil, em 2014, são esperados 57.120 casos novos de câncer
de mama, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres.
(INCA, 2014)
3.7 Leucemia
As leucemias surgem a partir do sistema hematopoético e está
subdividida em grandes grupos. A primeira divisão está em suas formas aguda
e crônica. A leucemia aguda caracteriza-se por um aumento rápido no número
16
de células imaturas do sangue, o que faz com que a medula óssea seja
incapaz de reproduzir células sanguíneas saudáveis. Já sua forma crônica
caracteriza-se pelo aumento excessivo no número de células maduras
anormais da série branca do sangue, levando meses ou até anos para
progredir. A segunda divisão se dá de acordo com o tipo celular afetado pelas
desordens. Podem surgir nos linfoblastos, resultando em uma doença
denominada leucemia linfoide. Quando têm origem nas células granulocíticas e
monocíticas, são denominadas leucemias mielóides. (INCA, 2014)
Embora as causas para o desenvolvimento de leucemia ainda não sejam
bem conhecidas, existem evidências para alguns fatores de risco, como
exposição à radiação ionizante, medicamentos utilizados em quimioterapia e
exposição ocupacional ao benzeno. (INCA, 2014)
Para o Brasil, no ano de 2014, estimam-se 5.050 casos novos de
leucemia em homens e 4.320 em mulheres. Esses valores correspondem a um
risco estimado de 5,20 casos novos para cada 100 mil homens e 4,24 para
cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014)
3.8 Câncer de ovário
O fator de risco mais importante para o desenvolvimento do câncer de
ovário é a história familiar de câncer de mama ou ovariano. Mulheres que já
desenvolveram câncer de mama e são portadoras de mutações nos genes
BRCA1 e BRCA2 possuem um risco aumentado de desenvolver câncer de
ovário. Outra condição genética também relacionada a essa neoplasia é a
síndrome de Lynch (câncer de cólon hereditário não polipoide). Outros fatores
de risco, como terapia de reposição hormonal pós-menopausa, obesidade,
tabagismo e nuliparidade podem aumentar o risco de adoecimento por esse
câncer. Alguns estudos reportam uma relação direta entre o desenvolvimento
do câncer ovariano e a menopausa tardia. (INCA, 2014)
A endometriose também é um fator de risco por causar um estado
crônico de inflamação. Estudos sugerem que o risco de câncer de ovário dobre
17
em mulheres portadoras de endometriose em comparação às que não têm
essa doença. (INCA, 2014)
Estimam-se 5.680 casos novos de câncer do ovário para o Brasil, no ano
de 2014, com um risco estimado de 5,58 casos a cada 100 mil mulheres.
(INCA, 2014)
3.9 Câncer de pele
O câncer de pele apresenta-se sob três principais formas: carcinoma
espinocelular (ou epidermóide), carcinoma basocelular e melanoma. (ATHAR,
et al, 2006)
Os carcinomas basocelular e epidermóide são também conhecidos
como câncer de pele não melanoma, tipo mais frequentes de câncer de pele e
câncer mais frequente na população de pele clara. A exposição excessiva ao
sol é o principal fator de risco para o surgimento dos cânceres de pele
melanoma e não melanoma. O carcinoma epidermóide ocorre quase
exclusivamente em áreas expostas continuamente à radiação solar, enquanto o
carcinoma basocelular pode ocorrer em áreas do corpo expostas à radiação
solar de forma intermitente. Para o melanoma, a presença de numerosos
nervos cutâneos aumenta o risco. (ATHAR, et al, 2006)
Esperam-se 98.420 casos novos de câncer de pele não melanoma nos
homens e 83.710 nas mulheres no Brasil, em 2014. Esses valores
correspondem a um risco estimado de 100,75 casos novos a cada 100 mil
homens e 82,24 a cada 100 mil mulheres. (INCA, 2014)
3.10 Câncer de Tireoide
Os tipos morfológicos mais comuns de câncer de tireoide são os
adenocarcinomas
papilares
(cerca
de
50%
a
80%),
seguido
dos
adenocarcinomas foliculares (de 10% a 40%) e dos adenocarcinomas
medulares (de 5% a 15%). (INCA, 2014)
18
O aumento do uso de ultrassom e biópsia guiada por imagem para
detecção de doença subclínica é uma possível explicação para essa tendência
de aumento nas taxas de incidência. (INCA, 2014)
Na maioria dos estudos, tem sido observada a associação entre o
câncer de tireoide e histórias de doenças benignas da tireoide. Em função das
taxas de incidência dessa neoplasia serem cerca de duas a três vezes maiores
em mulheres do que em homens, alguns estudos sugerem que fatores
hormonais poderiam explicar esse excesso. A síntese de hormônios da tireoide
necessita da presença de iodo. A deficiência crônica e o excesso nutricional de
iodo no organismo levam à hiperplasia e à hipertrofia dos elementos foliculares
(excesso de hormônio de estimulação da tireoide – TSH). Esse fenômeno pode
estar associado a um maior risco no desenvolvimento do câncer de tireoide, em
especial nas mulheres. (INCA, 2014)
Esperam-se, no ano de 2014, para o Brasil, 1.150 casos novos de
câncer de tireoide para o sexo masculino e 8.050 para o sexo feminino, com
um risco estimado de 1,15 casos a cada 100 mil homens e 7,91 casos a cada
100 mil mulheres. (INCA, 2014)
3.11 Tumores pediátricos
Esses cânceres têm, na sua maioria, curtos períodos de latência, são
mais agressivos, crescem rapidamente, porém respondem melhor ao
tratamento e são considerados de bom prognóstico. (INCA, 2008)
O tipo de câncer infantojuvenil mais comum na maioria das populações é
a leucemia (cerca de 25% a 35%). Os linfomas correspondem ao terceiro tipo
de câncer mais comum em países desenvolvidos. Já nos países em
desenvolvimento, são o segundo, ficando atrás apenas das leucemias. Os
tumores de sistema nervoso ocorrem principalmente em crianças menores de
15 anos, com um pico na idade de 10 anos. Estima-se que cerca de 8% a 15%
das neoplasias pediátricas sejam representadas por esse grupo, sendo o mais
frequente tumor sólido na faixa etária pediátrica. (INCA, 2008)
19
Estimam-se, para o Brasil, no ano de 2014, 394.450 casos novos de
câncer, excluindo-se os tumores de pele não melanoma. As regiões Sudeste e
Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 5.600 e 2.790,
respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.350 casos novos), CentroOeste (1.280 casos novos) e Norte (820 casos novos). (INCA, 2014)
4. O MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO
Os medicamentos homeopáticos são preparados principalmente a partir
de substâncias vegetais, animais e minerais, infinitesimalmente diluídos em
soluções hidroalcoólicas, é esperado que haja muita controvérsia sobre sua
eficácia e mecanismo de ação. Existem hipóteses para explicar o fenômeno
homeopático e modelos para o mecanismo de ação do medicamento
dinamizado. (CESAR, 1999)
Os medicamentos homeopáticos ajudam a acelerar a recuperação
estimulando a força vital, que, embora afetada, é capaz de se restabelecer. A
força vital é estabelecida de energia e ela livra o corpo da doença, ajudando-o
a retornar ao estado saudável. (LOCKIE et al, 2008)
Os homeopatas escolhem um medicamento que combine de forma mais
exata ao quadro de sintomas, por isso a avaliação homeopática leva em conta
o caráter da pessoa, os níveis de estresse, o estilo de vida, o nível de
exercícios, a dieta, as preferências alimentares, o histórico médico familiar e os
efeitos de fatores gerais, como o clima, resultando, assim, num quadro
exclusivo de sintomas. (LOCKIE et al, 2008)
Os medicamentos de baixa potência são utilizados, em geral, para tratar
doenças agudas, ao passo que potências mais altas são utilizadas na
prescrição constitutiva para enfermidades crônicas. (LOCKIE et al, 2008)
A técnica de preparo de medicamentos homeopáticos foi estabelecida por
Hahnemann há 200 anos. Tendo vivido até os 88 anos, Hahnemann foi
experimentando novas propostas clínicas, conjugadas com modificações no
preparo dos medicamentos. Vários discípulos difundiram a Homeopatia pelo
20
mundo, sem conhecer a 6ª edição do Organon, publicada mais de 100 anos
após sua morte. (CESAR, 1999)
O uso de plantas é comum na homeopatia. A família Euphorbiaceae,
principalmente do gênero Euphorbia, tem sido popularmente difundido para o
tratamento de uma variedade de doenças de natureza infecciosa, tumoral e
inflamatória. (AVELAR, 2010)
Nas Farmacopeias encontramos alterações nos métodos e nas
substâncias
estabelecidas
por
Hahnemann.
Poucos
países
possuem
Farmacopeias Homeopáticas Oficiais: Estados Unidos, França, Alemanha,
Inglaterra, Índia, Chile, México e Brasil. O fato de estarmos entre os países que
possuem Farmacopeia, mostra o desenvolvimento desta terapêutica entre nós
e torna o medicamento oficial no país, porém isto não significa que o
medicamento seja padronizado. A padronização e normatização do próprio
atendimento médico homeopático passam pelo conhecimento e normatização
do medicamento, importante instrumento desta terapêutica. (CESAR, 1999)
4.1 Euphorbia tirucalli – a planta
A Euphorbia tirucalli, também conhecida como cientificamente como
Euphorbia rhipsaloides Lem, Euphorbia entheurodoxa, Euphorbia viminalis Mill,
Euphorbia gymnoclada Boiss, Anthrothamus tirucalli (L). Klotzsch e Carcke,
Euphorbia gaeyi Constantin ex Gallaud, Euphorbia Iaro Drake, Euphorbia
media N. E. Br, Euphorbia sureziana croizat, Euphorbia tirucalli var rhipzaloides
(Willd) Chev, Euphorbia scoparia N. E. Br. É popularmente conhecida como
avelós, labirinto, cassoneira, mata verruga, cabelo-do-diabo, árvore de São
Sebastião, cachorro pelado, coroa de Cristo entre outros. (COSTA, 2011)
O avelós é originário da África e pertence à família das Euphorbiaceae. A
planta pode atingir até sete metros de altura e quinze centímetros de diâmetro,
apresenta galhos cilíndricos, verticulados e duros. Apresenta flores com
coloração amarelada ou esverdeada, porém o período de duração das mesmas
é curto. Apresenta fruto capsular, com três cavidades cobertos de pêlos,
sementes lisas e ovóides. (COSTA, 2011)
21
4.2 Atividade farmacológica e os princípios ativos
O látex do avelós é ácido e cáustico e se administrado em excesso pode
causar intoxicação. (COSTA, 2011)
Na medicina popular, o látex extraído de qualquer parte das plantas do
gênero Euphorbia é considerado tóxico. Vários estudos realizados com a
Euphorbia tirucalli mostraram que esta espécie apresenta substâncias tóxicas e
enzimas proteolíticas. (COSTA, 2011)
O extrato etanólico total de partes aéreas (caule e látex) de Euphorbia
tirucalli é composto de: triterpenóide, o tirucalol, com atividade anti-inflamatória
e em diterpenóides de reconhecida atividade antitumoral promotora de
desacoplamento mitocondrial, ambos presentes no látex. Apresenta caule rico
em taninos e em flavonóides, cujas reconhecidas atividades antioxidantes
sugerem neutralizar os efeitos tóxicos e irritantes dos diterpenóides do látex.
(MALFACINI;VARRICCHIO, 2010)
Alguns desses princípios ativos apresentam atividades preventivas contra
o câncer, principalmente o câncer de mama, de pulmão, cervical, de colo, de
esôfago e de boca. Apresenta também ação antibactericida, antisséptica, antitumoral, laxativa e anti-inflamatória. (LAINETTI et al, 1979)
Essas atividades biológicas exercidas pelos princípios ativos comprovam
o motivo pelo qual a Euphorbia tirucalli é tão usada no tratamento de tantas
doenças. (LAINETTI et al, 1979)
VARRICCHIO et al. 2000, objetivando avaliar os resultados clínicos do
emprego terapêutico do avelós dinamizado em pacientes portadores de
diversos tipos de câncer (sem especificação do tipo), paralelamente ao
tratamento convencional (cirurgia, quimioterapia e radioterapia), realizou uma
pesquisa investigando 60 pacientes com câncer, entre agosto de 1998 e abril
de 1999, no serviço ambulatorial do Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB). O
avelós foi empregado na forma homeopática líquida e na dinamização
drenadora de 30CH e na dinamização reguladora e curativa de 30DH, cinco
gotas uma ou duas vezes ao dia por 30 dias. Durante o estudo, observou-se
22
que os pacientes portadores de neoplasia de linhagem monoclonal apresentam
uma evolução mais satisfatória do que os portadores de neoplasia de linhagem
policlonal. Em 10 casos (16,6%) observou-se a regressão completa da doença;
em 9 casos (15%) observou-se a regressão parcial ou total da doença; em 25
casos (46,6%) observou-se um alivio parcial dos sintomas, com ou sem
regressão da doença; em 6 casos (10%) não se observou nenhuma resposta
terapêutica; em 4 casos (6,7%) ocorreu a piora do quadro clínico; e em 6 casos
(10%) ocorreu a incidência de óbitos. (VARRICCHIO et al. 2000)
5. O TRATAMENTO DO CÂNCER
O objetivo da quimioterapia baseia-se na eliminação completa de todas
as células neoplásicas, além de terapêuticas que utilizam procedimentos
cirúrgicos e radioterapia. Esses tratamentos visam à cura do paciente quando
se tem uma neoplasia localizada; por outro lado, se a neoplasia não está
localizada (metástase) ou não pode erradicá-la por motivos diversos, a
terapêutica passa a ser paliativa, ou seja, busca a redução do tamanho do
tumor, a redução das células neoplásicas, o alívio dos sintomas e,
consequentemente, o aumento da expectativa de vida com certa qualidade.
(OLIVEIRA, 2011)
As complicações orais decorrentes da terapia utilizada no tratamento do
câncer ocorrem em aproximadamente 90% dos pacientes tratados portadores
de cânceres de cabeça e pescoço e em 40% dos pacientes que recebem
quimioterapia para tratamento de neoplasias malignas em outros sítios.
(ARISAWA et al, 2005)
A quimioterapia pode provocar efeitos colaterais, dentre eles, os efeitos
neurológicos, como sonolência, cefaleia, paralisia motora, confusão mental, dor
nos membros inferiores, rigidez na nuca, convulsão e, em casos raros, pode
produzir um estado de depressão e coma. Efeitos cardiovasculares associados
à falência do miocárdio e hipotensão; fibrose pulmonar, podendo causar
sintomas como tosse seca, dispneia e febre, perda de peso, ruídos em bases
pulmonares, calafrios, mal-estar e cefaleia são sintomas observados. Efeitos
gastrintestinais como dores na região da garganta e mucosite e complicações
23
urológicas também podem ocorrer afetando diretamente o endotélio urinário,
podendo ocorrer sangramento urinário. Finalmente, efeitos nas células lábeis
que por apresentarem características de rápida divisão celular são muito
sensíveis à ação dos quimioterápicos ocasionando eritema, dor, urticária,
queimação intensa e necrose provocada por extravasamentos das drogas
aplicadas. Pode-se observar, ainda, hiperpigmentação do trajeto como reações
tardias, trombose, escurecimento das veias e alopecia. (ARISAWA et al, 2005)
No Brasil, o Sistema TNM classifica os tumores malignos com base na
extensão anatômica da doença. As categorias T (primário – graduação T0 a
T4), N (características dos linfonodos – graduação de N0 a N3) e M (presença
de metástase – graduação M0 a M1) encontram-se agrupadas em
combinações preestabelecidas. Os estágios são variáveis (de I a IV), e podem
ser graduados numérica ou alfabeticamente – expressa o nível de evolução e
comprometimento dos linfonodos. Quando uma categoria não pode ser
avaliada, utiliza-se o símbolo “X”. (OLIVEIRA, 2011)
Figura 1: Principais efeitos colaterais que acometem os pacientes em
tratamento de radioterapia e quimioterapia. (ARISAWA et al, 2005)
A escolha da conduta terapêutica não está baseada somente nas
comprovações científicas, mas também nos valores pessoais, sociais e
culturais de cada indivíduo. A medicina não-convencional é um fator
24
significativo no tratamento de pacientes, especialmente em países pobres e em
desenvolvimento. (ALFANO, 2013)
Como o câncer atinge uma parcela muito grande da população,
tratamentos que visam diminuir esta incidência serão sempre oportunos.
(COSTA, 2011)
6. HOMEOPATIA NO SUPORTE À QUIMIOTERAPIA
O tratamento é visto como possibilidade de luta contra a doença e
recuperação. O período entre o diagnóstico e o início do tratamento deve ser o
mais breve possível. A espera pela intervenção terapêutica pode gerar aflição,
stress e ansiedade, podendo influenciar de maneira desfavorável tanto no
sucesso do tratamento quanto na evolução da doença. O câncer, assim como
toda doença grave, ocasiona além de sofrimento, transformação na vida da
pessoa, de seus familiares e amigos. Assim, a procura e a utilização de
métodos não-convencionais, têm crescido muito, auxiliando o paciente tanto no
enfrentamento do diagnóstico, quanto no tratamento, podendo contribuir com a
melhora da qualidade de vida. (RICHARDSON et al, 2000)
Abaixo, os principais medicamentos homeopáticos utilizados para
tratamento de reações adversas em terapia anticâncer:
6.0.1- Arsenicum album: Aftas, úlceras de mucosa, com salivação algumas
vezes sanguinolenta aliviada por bebidas mornas ou quentes. (LOCKIE et al,
2008)
6.0.2- Mercurius solubilis: Inflamação e ulcerações em toda a mucosa bucal
que pioram à noite. (JOUANNY et al, 2009).
6.0.3- Sulphur: Aftas sobre a mucosa, estomatite que é agravada por bebidas
quentes. Lábios vermelhos, brilhantes, secos e ardentes. (LATHOUD, 2001)
6.1- Enxaguatório bucal para a estomatite induzida por quimioterapia:
6.1.1- Arnica montana: Hálito fétido e odor pútrido da boca; eructos ofensivos
com cheiro de ovos podres. (LATHOUD, 2001)
25
6.1.2-
Hamamelis
virginiana:
Mucosa
faríngea
distendida
e
azulada;
hemorragia da faringe com agravação pelo calor. (LATHOUD, 2001)
6.1.3- Atropa belladonna: Abcessos gengivais. Espasmos da garganta e
sensação de secura da mucosa esofágica e que melhoram pelo calor.
(LATHOUD, 2001)
6.1.4- Hepar sulphur: Inchaço e inflamação das gengivas que estão dolorosas
ao toque e sangram facilmente. (LATHOUD, 2001)
6.1.5- Chamomilla: Língua fendida, vermelha, ou com uma camada amarelada
e espessa. Aftas na língua e que melhora pelo calor. (JOUANNY et al, 2009).
6.1.6- Calendula officinalis: É eficaz gargarejo para úlceras bucais e dor de
garganta e também ajuda a controlar o sangramento após extração de dentes.
(LATHOUD, 2001)
6.1.7- Achillea millefolium: Apresenta ação antimicrobiana. (JOUANNY et al,
2009).
6.1.8- Aconitum napellum: Sensação de adormecimento nos lábios. Amígdalas
inchadas e secas e mucosas vermelhas. (LATHOUD, 2001)
6.1.9- Symphytum: Apresenta ação cicatrizante e anti-inflamatória. (JOUANNY
et al, 2009).
6.1.10- Bellis perennis: É útil na prevenção de infecções e no tratamento de
abcessos. (LATHOUD, 2001)
6.1.11- Echinacea angustifolia: Apresenta ação anti-inflamatória, antibacteriana
e antitumoral; imunoestimulante. (JOUANNY et al, 2009).
6.1.12- Hypericum: Amígdalas inflamadas e inchadas com pequenas úlceras
superficiais branco-amareladas. (LATHOUD, 2001)
7 QUALIDADE DE VIDA EM ONCOLOGIA:
A Organização Mundial da Saúde (OMS), definiu a qualidade de vida
(QV) como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da
26
cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. (ALFANO, 2013)
A melhoria da QV torna-se, cada vez mais importante no contexto das
práticas assistenciais e também para as políticas públicas de saúde. A
avaliação da QV do paciente oncológico, nos dias atuais, é um importante
recurso para investigar os resultados do tratamento na perspectiva do paciente.
(ALFANO, 2013)
Por volta da década de 60, estudos e trabalhos científicos demonstraram
que, uma vida emocional saudável e criativa constitui como fator de proteção
contra doença e desempenha um importante papel na evolução favorável do
câncer após tratamento. (ALFANO, 2013)
A melhoria da QV torna-se, cada vez mais importante no contexto das
práticas assistenciais e também para as políticas públicas de saúde. (ALFANO,
2013)
A adesão do paciente ao tratamento homeopático não se dá apenas
pela melhora da saúde, mas também pelo vínculo de confiança médicopaciente e a consciência do indivíduo no processo de cura. (NOGUEIRA et al,
2009)
27
8 CONCLUSÃO:
Existem evidências comprovando a eficácia do tratamento homeopático
para amenizar ou prevenir efeitos adversos da quimioterapia e radioterapia.
Entretanto, a conscientização da comunidade médico-científica, bem
como da população é parte decisiva para a utilização da homeopatia clássica
como complementar a terapia convencional de cuidado ao câncer para
benefício e qualidade de vida do paciente.
Para que isso se torne realidade, são necessários mais estudos e
publicações
que
comprovem
a
efetividade
farmacoterapêutica
dos
medicamentos homeopáticos, bem como a divulgação dos resultados.
Somente assim, teremos uma melhor compreensão e aceitação desta
terapêutica.
28
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALFANO, A. C. C; Padrão do uso de terapias alternativas/complementares
por pacientes com câncer de mama metastático em quimioterapia e sua
influência na qualidade de vida. Dissertação (Mestrado em Ciências da
Saúde, na Fundação PIO XII – Hospital de Câncer de Barreto). 2013.
ARISAWA, E. A. L.; SILVA, C. M. O. M. SILVA, CARDOSO, C. A. C.; LEMOS,
N. R. P.; PINTO, M. C. Efeitos colaterais da terapia antitumoral em pacientes
submetidos à quimioterapia e radioterapia. Revista Biociência. Taubaté. V.11,
n.1-2. P 55-61, jan/jun. 2005.
ATHAR, M. et al. Hedgehog signaling in skin development and cancer.
Experimental Dermatology, v. 15, n. 9, p. 667-677, 2006.
AVELAR,
B.A.
Detecção
in
vitro
de
citocinas
intracitoplamáticas
(interferon gama, fator de necrose tumoral, interleucina 4 e interleucina
10) em leucócitos humanos tratados com extrato bruto de Euphorbia
tirucall.
Dissertação
(Mestrado).
Programa
Multicêntrico
em
Ciências
Fisiológicas da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Diamantina, 2010.
BALBONI, T.A.; VANDERWERKER, L.C., BLOCK, S.D.; PAULK, M.E.;
LATHAN, C,S.; PETEET, J.R.; PRIGERSON, H.G; Religiousness and
spiritual support among advanced cancer patients and associations with
end-of-life treatment preferences and quality of life. J Clin Oncol 25 (5):555560. 2007
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nácional de Câncer José Alencar
Gomes da Silva – INCA. Estimativa/2014 Incidência de Câncer no Brasil.
Rio de Janeiro. 2014. disponível em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2014>
Acesso: 10 dez. 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nácional de Câncer José Alencar
Gomes da Silva – INCA. Perfil da morbimortalidade brasileira do câncer da
mama. Informativo vigilância do câncer, n. 2, jan./abr. 2012.
29
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nácional de Câncer José Alencar
Gomes da Silva – INCA. Câncer na criança e no adolescente no Brasil:
dados dos registros de base populacional e de mortalidade. Rio de Janeiro:
INCA, 2008.
BRASIL.
Ministério
da
Saúde.
Secretaria
de
Vigilância
em
Saúde.
Departamento de Análise da Situação de Saúde. Sistema de informações
sobre
mortalidade
(SIM).
Brasília,
DF:MS,
2013.
Disponível
em:
<http://www.datasus.gov.br>. Acesso em: 10 dez. 2014.
CORREA, A. D.; BATISTA, R. S.;
QUINTAS, L. E. M. Similia Similibus
Curentur: notação histórica da medicina homeopática.
Rev Ass Med
Brasil. 43(4). 347-51. 1997.
CESAR, A. T.; O medicamento homeopático nos serviços de saúde.
Dissertação. (Doutorado em Saúde Pública – Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo) São Paulo, 1999.
COSTA, S. C.; Estudo do uso do Avelós (Euphorbia tirucalli) no
tratamento de doenças humanas: uma revisão.
Dissertação (Graduação em Ciências Biológicas Universidade Estadual da
Paraíba). Campina Grande. 2011.
GUERRA, M. R.; GALLO, C.V.M; MENDONÇA, G. A. S. Risco de Câncer no
Brasil: tendências e estudo epidemiológicos mais recentes. Revista Brasileira
de Cancerologia. 51 (3), 227-234. p232. 2005.
JOUANNY, J; POITEVIN, B; SAINT-JEAN, Y. Farmacologia e Matéria Médica
Homeopática. São Paulo. Editora Organon. 2009.
LAINETTI, R.; BRITO, N. R. S. A cura pelas ervas e plantas medicinais
brasileiras. Rio de Janeiro. Editora Ediouro. 1979.
LATHOUD, J. Estudos de Matéria Médica Homeopática. São Paulo. Editora
Organon. 2001.
30
LAURENTI, R. Transição demográfica e transição epidemiológica. Anais
do 1° Congresso Brasileiro de Epidemiologia. ABRASCO. Rio de Janeiro.
1990.
LOCKIE, A.; GEDDES, N. Guia Completo de Homeopatia. São Paulo. Ed.
Ática. 2008.
MALFACINI, S. da S.;VARRICCHIO, M.C.B.N. Considerações sobre a
possibilidade da homeopatia como tratamento complementar adaptógeno
em
afecções
benignas
de
mama.
Disponível
em:
<http://www.sbmastologia.com.br/downloads/avancos_na_mastologia/afeccoes
_benignas_de_mama_e_padronizacao_de_sud_adaptogena.pdf>. Acesso: 14
dez. 2014.
MENEZES, Ana M. B. et al. Risco de câncer de pulmão, laringe e esôfago
atribuível ao fumo. Revista de Saúde Pública, v. 36, n. 2, p. 129-134, 2002.
NOGUEIRA, V. A. S.; GROPPO, F. C.; MARQUES, L. A. M.; MIALHE, F. L.
Brazilian Homeopathic Journal. Rio de Janeiro. V.11, n.1, p 55-56. 2009.
OLIVEIRA, I. Princípios da Farmacologia Básica em Ciências Biológicae
da Saúde. São Pulo. Editora Rideel. 2011.
RIBOLI, E.; NORAT, T. Epidemiologic evidence of the protective effect of fruit
and vegetables on cancer risk. American Journal of Clinical Nutrition, v. 78,
n. 3, p. 559S-569S, Suplemento. 2003.
RICHARDSON M A, SANDERS T, PALMER J L, GREISINGER S E,
Complementary/Alternative medicine use in a comprehensive câncer and the
implications for oncology, J Clin Oncol 18 (13); 2505-2514, 2000.
SAMPAIO, L. C.; ALMEIDA, C. F. Vitaminas antioxidantes na prevenção do
câncer do colo uterino. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 55, n. 3, p.
289-296, 2009.
PARKIN, D. M.; BRAY, F.; FERLY, J.; PISANI, P. Stimating the world cancer
burden: Globocan 2000. Int J Cancer. 94 (2), 153-156. 2001.
31
VARRICCHIO, M.C.B.N. ; PINTO, L. F.; ANDRADE, E.M.; PELLAGIO, S.S.
Emprego do Avelós (Euphorbia tirucalli) dinamizado no tratamento do cancer.
Revista Brasileira de Homeopatia. Rio de Janeiro. 6 (1):64-67. 2000.
Download