Gastão Wagner debate sobre a manutenção do SUS público e universal páginas 4 e 5 Reportagem: como abordar a complexidade do câncer na APS? páginas 8 e 9 Ministério da Saúde comenta as novidades do 2º ciclo do PMAQ página 2 destaques Portarias divulgam valores repassados pelo PMAQ O Ministério da Saúde divulgou em abril a portaria referente à inserção do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) no PMAQ. Também saíram os valores mensais que serão repassados às equipes básicas e aos NASF. Os valores para o CEO serão divulgados ainda em maio. De acordo com a Portaria nº 562, de 4 de abril de 2013, o valor mensal integral do incentivo financeiro do PMAQ-AB é de R$ 8.500,00 por Equipe de Atenção Básica contratualizada; R$ 2.500,00 por Equipe de Saúde Bucal; R$ 5.000,00 por Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Tipo 1; R$ 3.000,00 por NASF Tipo 2 e R$ 2.000,00 por NASF Tipo 3. As equipes vão receber, no momento da adesão, 20% deste valor integral. A partir da classificação alcançada no processo de certificação, vão então receber os percentuais relativos ao seu desempenho: insatisfatório (suspensão dos 20%), mediano ou abaixo da média (mantém-se os 20%), acima da média (ampliação para 60%), muito acima da média (ampliação para 100%). Em Santa Catarina, 100% dos municípios já aderiram ao PMAQ-AB em março. Até o dia 31 de maio, as equipes passam pelo processo de contratualização, em que os gestores indicam quais as equipes efetivamente participarão do programa. Na fase seguinte, é fundamental que aconteçam ações de apoio, educação permanente, monitoramento e avaliação, autoavaliação e outros processos, já que em setembro tem início a avaliação externa. O Ministério da Saúde (MS) lembra que mantém a oferta do instrumento de Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ), com aprimoramentos, como a criação de capítulos sobre o NASF e a Saúde Bucal, e reforça que “os municípios com equipes que participaram do primeiro ciclo do PMAQ devem ter um olhar atento para os resultados, debatendo-os, pois é possível usar essa avaliação para favorecer os processos de gestão e de cuidado na Atenção Básica”, pontua o Coordenador Geral de Gestão da Atenção Básica do Ministério da Saúde, Eduardo Alves Melo. Os resultados estão disponíveis no site do DAB, www.dab. saude.gov.br. Sobre a inserção dos NASF, Eduardo afirma que “haverá reconheci- Revista Radis, nº 127 — Autora: Marina Cotrim / Disponível pelo link: www.ensp.fiocruz.br/ radis/revista-radis/127/cartum/cartum-127 2 telessaúde informa mento e valorização tanto do que deve ser comum a todo NASF — atuação em todos os ciclos de vida, apoio matricial como modo de organização, dentre outros —, quanto dos elementos que são mais singulares, como a dedicação ou vocação de um NASF para as práticas corporais, as práticas integrativas e complementares ou o apoio à organização e gestão do processo de trabalho das UBS”. O AMAQ-NASF SC foi utilizado pelas equipes em 2012 e ainda é referência para este ano. O MS faz um balanço muito positivo do resultado do PMAQ do ano passado, pelo estímulo e valorização de movimentos que buscam analisar e qualificar a Atenção Básica, também pela possibilidade de ampliar o repasse federal de recursos financeiros para os municípios, ou por aquele que considera talvez ter sido o principal efeito do PMAQ: recolocar a Atenção Básica na pauta e na agenda nacional de prioridades do SUS. Destaques do mês! Maio As equipes que se destacaram na participação das atividades de Webconferência e de Segunda Opinião Formativa do Telessaúde SC no último mês foram: - Balneário Camboriú - Benedito Novo - Joinville - Luiz Alves - Vargem Bonita Parabéns! Vocês investem em educação permanente e colaboram com a Atenção Básica! edição 21 maio 2013 cotidiano A experiência do Programa Saúde na Escola em Santa Catarina Prevenção e promoção da saúde, avaliações clínicas e de acuidade visual e auditiva, e atividades de capacitação dos profissionais da educação. Esses são apenas alguns exemplos do trabalho desenvolvido pelas quatro unidades de saúde da família de Monte Carlo nas 18 escolas do município, através do Programa Saúde na Escola (PSE). Desde o ano passado, os profissionais aderiram ao PSE, uma ação intersetorial entre os Ministérios da Saúde (MS) e da Educação que visa a atenção integral (prevenção, promoção e atenção) à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público. As equipes de saúde de Monte Carlo desenvolviam atividades nas escolas desde 2007, e com a adesão ao PSE, esse trabalho se fortaleceu e se consolidou, garante Luciana Becker, enfermeira coordenadora da UBS São José. Por outro lado, o sucesso das ações nas escolas de Monte Carlo dependeram da contrapartida das Secretarias de Saúde e de Educação do município. “Os recursos do governo federal não foram suficientes e houve a necessidade do município investir também”, explica Luciana. Ela destacou que a falta de incentivos em recursos humanos para a demanda de ações gera uma sobrecarga aos profissionais das unidades e pode prejudicar a qualidade dos serviços. Segundo Denise Ribeiro Bueno, consultora técnica do MS, as ações do programa já deviam acontecer no próprio cotidiano das equipes e o PSE é algo que vem para maio 2013 edição 21 incentivar e contribuir para a realização dessas práticas. O Ministério apresenta a proposta e é responsável pelas diretrizes e pelo apoio, porém a gestão do programa é feita através de Grupos de Trabalhos Intersetorias (GTI) nas esferas federal, estaduais e municipais. Até 2012, o valor repassado pelo PSE era equivalente a uma parcela anual de uma equipe de saúde da família, multiplicada pela quantidade de equipes pactuadas. Em 2013, a maneira de repasse será outra: o valor será relativo ao percentual de alunos compactuados no momento da adesão ao progra- “Nosso trabalho se fortaleceu e se consolidou com a adesão ao PSE” ma. Em 2012, 87 municípios catarinenses aderiram ao PSE, pactuando ações em 1.348 escolas com 456 equipes de saúde e se comprometendo a realizar ações com 340.866 educandos. Porém, do total de municípios, apenas 47, o que corresponde a 54%, cumpriram no mínimo 70% das metas acordadas. Algumas outras dificuldades encontradas pelas equipes de Monte Carlo no desenvolvimento do Programa estão relacionadas à organização e ao planejamento das atividades, ao preparo dos profissionais para trabalhar com Fonte: Divulgação O sucesso e as dificuldades nas ações com estudantes: o exemplo de Monte Carlo educação em saúde para crianças e à interferência das ações no calendário escolar. Por isso, Denise ressalta que é fundamental a troca de experiências entre profissionais da saúde e educação dos municípios e a participação do GTI Municipal, levantando localmente essas dificuldades. No final de 2012, as equipes de saúde de Monte Carlo avaliaram a superação e o êxito do trabalho executado e também fizeram o planejamento para adesão ao PSE em 2013, que começou com a participação na Semana Saúde na Escola, realizada de 11 a 15 de março. No estado, 164 cidades aderiram à Semana, com 1.641 escolas e 803 equipes de saúde. Neste ano não há critérios elegíveis e todos os municípios estão aptos a participar do PSE. Outra novidade é a inclusão do atendimento a creches e pré-escolas. A adesão deve começar no início de maio e haverá um prazo de 60 dias para a inscrição. Mesmo os municípios que participaram das edições anteriores do programa ou da Semana Saúde na Escola devem se cadastrar novamente. telessaúde informa 3 entrevista Como e por que privatizar não é a solução para os problemas do SUS TI - Como você avalia a forma de gerenciamento e de financiamento atual do SUS? Gastão Wagner - O gerenciamento do SUS tem vários problemas. Alguns são decorrentes do federalismo brasileiro, da dificuldade de integração entre os municípios, os estados e a União, entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais. A autonomia faz com o Ministério tenha algumas prioridades, e os estados e municípios, outras. A tradição clientelista do Estado brasileiro é outro problema sério. Os governantes dos vários níveis da federação fazem alianças com partidos, com grupos políticos, e a moeda de troca costuma ser cargos e diferentes interesses. Isso vem acontecendo no SUS, o que faz com que ele seja formado não por pessoas com capacidade para trabalhar com saúde, mas por aqueles que têm representatividade nos partidos. O terceiro problema é que não houve uma reforma administrativa importante, então as normas da administração direta do Estado brasileiro foram transportadas para o SUS sem nenhuma adaptação, sem considerar as especificidades da saúde. Isso tem emperrado e dificultado licitações, reposições, compra de produtos, contratação de pessoas. Quanto ao financiamento, há um problema grave: nós não temos recursos necessários para o conjunto de responsabilidades sanitárias do SUS. O que temos é um subfinanciamento 4 telessaúde informa Foto: Marina Boechat (Radis, 127) Gastão Wagner, professor do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Unicamp, apresenta evidências sanitárias, indicadores econômicos e contextos políticos que contribuem para a discussão sobre a privatização dos sistemas nacionais de saúde crônico e não há disposição política dos vários governos de fazer um investimento maior no SUS. Assim se faz a gestão da miséria, se é obrigado a priorizar alguns programas, algumas integrações, em detrimento de outros. A sustentabilidade do SUS até agora tem se dado devido a um grau muito grande de exploração dos profissionais do SUS: são mal remunerados, não têm carreira, não têm estabilidade, não têm uma política de aposentadoria adequada. Então o subfinanciamento tem consequências muito negativas. Uma dessas consequências seria a não manutenção e construção de um SUS público e de qualidade, como se espera? Gastão Wagner - Esses problemas crônicos reforçam o discurso da inviabilidade do SUS como um sistema público. O município que começa a expandir o SUS no caminho da integralidade passa a ter problemas de prestação de contas por gastar muito com re- cursos humanos. Aí vem a justificativa das terceirizações, da contratação de prestação direta de serviços por entidades privadas, o que aumenta a fragmentação e dificulta a gestão do SUS. Além disso, está na gênese do SUS uma dependência muito grande do setor privado. Uma área da atenção à saúde é privada, que é a saúde suplementar, as cooperativas médicas. Perto de 70% da capacidade hospitalar do SUS é comprada através de contratos e convênios de hospitais privados e filantrópicos. Então o SUS, ao contrário do sistema português, espanhol, inglês e canadense, grandes referências para o Brasil, se apoiou no sistema privado. Por isso, apesar de o Brasil ter, legalmente, um sistema público de saúde, o gasto público é menor que o gasto privado. Nos países que têm sistemas nacionais de saúde, o gasto público de saúde é de 70% a 90%. No Brasil, o mercado privado tem 54% do recurso financeiro para gastar em saúde e atende apenas 25% da população, com um padrão de atendimento igual ou pior ao do SUS. Já o SUS tem 46% e atende no mínimo 70, 75% da população, além de fazer muitas coisas para quem tem saúde suplementar. Então, é uma aberração! Essas soluções de mercado custam mais caro e têm uma eficácia menor. A Inglaterra gasta metade do que os EUA, com resultados muito melhores, se tomarmos a expectativa de vida, o acesso e a inclusão. edição 21 maio 2013 entrevista Mas estão acontecendo mudanças significativas no sistema de saúde da Inglaterra, por exemplo, a caminho da privatização. Por que acontecem se economicamente não valem a pena? Gastão Wagner - A questão é política. A política não se faz com base em evidências econômicas e técnicas apenas, mas sim com base em interesses de luta, e os interesses não são homogêneos. Na Europa nós temos evidências sanitárias a favor dos sistemas nacionais de saúde. Só que em 2008, com a crise financeira, o estado europeu pegou recurso próprio para salvar os bancos, pra pagar juros, etc. Mas na hora de corrigir o déficit dos estados, eles não cortam o pagamento de juros, não repassam ao setor financeiro, e estão cortando em setores como os sistemas nacionais de saúde, os sistemas educacionais, com cortes horizontais de salários, de investimentos, o que tira, da maior parte da população, direitos e benefícios que são históricos. Isso é possível porque os partidos que apoiaram as políticas públicas historicamente ao longo do século XX traíram a história deles mesmos. Então é uma postura conservadora e que tem que ser enfrentada com discursos, com ação política, técnica e legislativa, mas boa parte dos intelectuais da saúde coletiva brasileira estão caindo nesse “canto de sereia”, e aceitando esse discurso de que o SUS não é viável. sistema misto no Brasil, uma integração entre a saúde suplementar, o setor privado, o mercado e o SUS. Quer tornar a liquidação do SUS oficial. Essa comissão tem a maioria de partidos que no passado apoiaram o SUS. É como na Inglaterra, nós vamos ter que lutar contra isso. A presidenta Dilma fez uma reunião com algumas empresas da área de saúde suplementar, e saíram rumores de que haveria um subsídio, que o Estado brasileiro passaria a comprar “A exclusão do SUS significa deixar metade, 60% da população brasileira sem acesso” serviços, que daria isenção fiscal, mais estímulos ainda a esse setor de mercado, enquanto no SUS falta dinheiro, falta recurso e temos um subfinanciamento. Houve uma reação muito forte. De quem partiu essa reação? Gastão Wagner - São profissionais de saúde, suas famílias, e milhões de brasileiros que têm uma dependência muito grande do SUS e que passaram a apostar no sistema. A intelectualidade e algumas entidades profissionais também estão fazendo a defesa do financiamento da Atenção Básica, do crescimento do SUS, da diminuição do clientelismo, do partidarismo, do desvio de recursos, da mudança da formação dos E quais são as ameaças reais professores, dos estudantes. Essa que o SUS sofre? agressão aos sistemas nacionais Gastão Wagner - Há uma comis- de saúde está obrigando o ressão do Senado agora propondo a surgimento do movimento sanireforma do SUS, a criação de um tário, com a mesma composição. maio 2013 edição 21 Nos falta agora uma plataforma unificada, como a 8ª Conferência [Nacional de Saúde] deu naquele tempo. O custo do setor privado é muito alto, é o dobro. Como eles vão estender isso para toda a população brasileira? A exclusão do SUS significa deixar metade, 60% da população brasileira sem acesso. E qual é a contraproposta à privatização? Gastão Wagner - É fazer o que já está definido. Nós já temos uma proposta com relação ao modelo de atenção: o papel da Atenção Básica, a ideia de funcionar em rede, com atendimento de equipe multiprofissional, uso racional de medicamentos, e com um conjunto de diretrizes. No financiamento também temos uma proposta: dobrar os recursos do SUS, tirar recurso de outro tipo de investimento e investir na saúde. Agora, onde há mais polêmica e não há um projeto único, é no modelo de gestão. A gente têm a gestão participativa, mas até onde vão os usuários no controle? Há consenso de que os cargos de gestão do SUS, exceto ministro, secretário e assessores, não deveriam ser de confiança. A gente deveria fazer concursos internos, com mandato, como as universidades fazem. E como é que se integra o sistema federativo brasileiro, se a gente municipalizou demais, fragmentou demais? Que reforma vamos fazer na administração direta? Os sistemas nacionais nasceram para tirar a atenção à saúde do mercado, senão ela se degrada, encarece e medicaliza. Isso é uma conclusão que tem 100 anos, nós temos evidências disso. telessaúde informa 5 click Do doador ao receptor: um gesto que muda vidas Antonio começou a doar sangue por vontade própria, há mais de 20 anos. Costuma doar de duas a três vezes por ano, a maioria vinculadas a alguém. Para ele, doar sangue significa satisfação de poder ajudar outras pessoas. “Se pudesse, doava sangue todos os dias”, completa. Saiba como a doação de sangue faz parte da história de muitas pessoas e transforma destinos No Brasil, 1,8% da população é doadora de sangue SC supre 98,3% da demanda por sangue do estado Antonio Siementcoski 56 anos Tipo Sanguíneo: O- Agradecemos a disponibilidade da equipe do Hemosc Florianópolis que nos recebeu e auxiliou nesta reportagem Mateus Costa de Souza 19 anos Tipo Sanguíneo: O+ Mateus nunca tinha doado sangue. Ele acredita que o principal objetivo do gesto é ajudar quem precisa. “Conheço poucas pessoas da minha idade que doam sangue”, acrescenta. Ele se interessou pela doação através da internet e também por influência do pai, que passou a ser doador após um acidente em que precisou de sangue. 6 telessaúde informa edição 21 maio 2013 click Gilson Tadeu da Rosa 49 anos Tipo Sanguíneo: O- Mesmo após o acidente, o casal continua a andar de moto Neuzi Prado 44 anos Tipo Sanguíneo: A+ Gilson e Neuzi sofreram um acidente de moto no Rio Grande do Sul, em março de 2011. Ambos sofreram esmagamento do membro inferior esquerdo, que resultou na amputação da perna esquerda de cada um. Como houve muitas fraturas, receberam sangue por no mínimo três dias. “Foi muito importante para nós porque era a vida da gente que estava em jogo. Eu só pensava que precisava muito do sangue e que a minha sobrevivência dependia dele”, explica Neuzi. Após o acidente, perceberam a necessidade de doar sangue. “Não sei como funciona depois da amputação, quanto tempo depois posso doar, mas quero contribuir porque vi a importância”, finaliza Gilson. Intervalo entre doações: Mulheres: 3 meses (máximo de 3 doações ao ano) Homens: 2 meses (máximo de 4 doações ao ano) Tipos de doação: Espontânea: por vontade própria Vinculada: direcionada para algum paciente Autóloga: direcionada para si mesmo Etapas da doação: 1º Passo: Recepção e Cadastro Pode doar aquele que: • Tiver idade entre 18 e 67 anos; • O limite de idade para primeira doação é de 60 anos; • O candidato à doação deve estar em boas condições de saúde, sem feridas ou machucados no corpo; • Pesar acima de 50 kg. Não pode doar quem tem ou teve as seguintes doenças: • Hepatite após os 11 anos de idade; • Lepra (Hanseníase); • Hipertireoidismo e tireoidite de Hashimoto; • Doença autoimune; • Doença de Chagas; • AIDS; • Problemas cardíacos (necessita avaliação e declaração do seu cardiologista); • Diabetes; • Câncer. maio 2013 edição 21 2º Passo: Prétriagem 3º Passo: Entrevista Clínica Outras situações impeditivas: • Fez ou faz uso de algumas drogas ilícitas nos últimos 12 meses; • Mantém relações sexuais de risco; • Gestantes ou mulheres que amamentam bebês com menos de 12 meses; • Estiver usando certos medicamentos. Deve aguardar para doar sangue: • Quem fez algum tipo de procedimento dentário - de 1 a 30 dias (de acordo com o procedimento); • Tatuagem e piercing – de 6 meses a 1 ano (passará por avaliação); • Tiver algum desses sintomas (gripe, tosse, dor de garganta, rinite, febre, resfriado) – 7 dias após a cura. Há mais situações em que a pessoa deve aguardar. Para saber essas e outras informações entre no site do Hemosc: www. hemosc.org.br/doacao-de-sangue 4º Passo: Coleta de sangue 5º Passo: Lanche Onde doar em SC: Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc): Blumenau, Canoinhas, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Lages e Tubarão. Nos municípios onde não há hemocentro, o Hemosc atua de duas maneiras: 1. Coletas externas, através de uma unidade móvel. 2. Encaminhamento de grupos de doadores para o Hemosc da região. Um trabalho em parceria com as prefeituras. Hospital Universitário: Florianópolis Banco de Sangue Concórdia (particular) telessaúde informa 7 reportagem As faces e contradições do câncer vistas pela Saúde da Família Como abordar a doença na Atenção Básica? Mais da metade dos pacientes com câncer se tratam e voltam para este nível de atenção, que é também onde a prevenção pode acontecer U m jovem casal americano se conheceu e logo se apaixonou. Seis meses depois, noivaram e, em menos de um ano, casaram-se. Após cinco meses vivendo juntos, Jen descobriu que tinha câncer de mama. O marido decidiu, então, fotografar os cinco anos de luta da mulher contra a doença e criar um blog com os registros (http:// migre.me/egych). “Minhas fotos mostram sua vida diária. Elas humanizam a face do câncer na face da minha esposa”, postou Ângelo no blog. Ele conta que queria mostrar que o apoio e a vontade de viver do paciente são essenciais. A Atenção Básica é o nível de atenção que consegue proporcionar às pessoas um cuidado integral. A equipe de saúde da família, próxima da comunidade, cria ações que vão desde a promoção da saúde, a prevenção e o rastre- amento. A demanda para a Atenção Básica é crescente porque há um registro de 12 mil novos casos de câncer por ano só em Santa Catarina (dados podem ser consultados em http://migre.me/ehllo), e cada vez mais pessoas com diagnóstico de câncer estão recebendo alta do serviço especializado de “A Atenção Básica tem papel fundamental no controle do câncer” cuidado e voltando para o atendimento da sua equipe de saúde. “Antes, o paciente tinha alta e não voltava para os cuidados integrais da ESF, por isso temos pessoas há 15 anos usando os serviços do CEPON [Centro de Pesquisas Oncológicas]. Hoje, de 50 a 60% dos pacientes com câncer sobrevivem e, destes, 70 a 80% não apresenta sequelas quando volta para a APS”, relata Senen Hauff, coordenadora do setor de epidemiologia do câncer do CEPON, em Florianópolis. Para a médica, a chave para a recuperação é a comunicação entre o oncologista, na alta complexidade, e o médico, na Atenção Básica. Isso se evidencia quando identificamos que a maior sobrevida de pacientes com câncer acontece em países com sistema de saúde organizado, como o Canadá e a Austrália, de acordo com informações do Concord Study, pesquisa realizada em Londres. Então, o que a Atenção Básica precisa deJen recebe apoio no estágio final do câncer senvolver no que se refere à abor- 8 telessaúde informa dagem do câncer? Abordagem prática Murilo Vieira Coutinho, médico de família e comunidade, trabalha há um ano no Centro de Saúde Canasvieiras, em Florianópolis. Neste tempo, ele teve cerca de dez pacientes com diagnóstico de câncer, três deles em fase terminal, em cuidados paliativos. Ele sentiu na prática a importância da comunicação em diversos níveis. “A comunicação clínica é essencial principalmente com o câncer, pois promove saúde quando o paciente elabora com o médico e a família a abordagem do seu tratamento”. Quando Murilo chegou à comunidade, o marido de uma das moradoras de Canasvieiras já estava em cuidado especializado pelo câncer e logo veio a falecer no CEPON. A mulher ficou revoltada, acreditando ter havido negligência no tratamento do marido. Murilo acredita que nesse caso houve falta de comunicação, pois se ele soubesse antes da evolução do caso, poderia ter preparado a usuária com uma abordagem sobre a despedida, sobre pensar na perda de um ente querido. “Agora que ele faleceu, ela continua fazendo parte dessa comunidade, ela volta para a Atenção Básica, e aí?”, questiona o médico. Murilo relatou também que muitas pessoas vêm até seu consultório querendo um check-up geral e confessam que a razão é o medo de terem câncer um dia. O médico procura orientar que a melhor forma de prevenção são os hábitos de vida saudáveis e plaedição 21 maio 2013 reportagem A empresária Flávia Flores criou um perfil no facebook com dicas para incentivar o resgate da autoestima de mulheres com câncer (http://migre.me/egGpk) neja com a pessoa ações para alcançar isso. Uma opção é o Grupo de Vida Saudável, realizado na unidade por um nutricionista e um profissional de educação física. Para Senen, a Atenção Básica e sua gestão têm papel fundamental no controle do câncer, “desde as ações de promoção da saúde, como a melhora do acesso e redução das iniquidades, empoderamento da população em questões de alimentação saudável e controle do tabagismo, até o rastreamento do Câncer de Colo de Útero, organizado, captando a mulher que nunca realizou o exame ou não realiza com periodicidade, como mulheres com HIV, prostitutas e as de menor escolaridade”. A médica ainda afirma que o rastreamento de Câncer de Colo de Útero é o único que comprovadamente reduz a mortalidade. Rastreamento Juan Gérvas, médico e referência em Atenção Primária, reforça a afirmação de Senen e completa que, para outros cânceres, “o rastreio não diminui o sofrimento, a dor e a morte”. Em palestra em Florianópolis, ele apresentou dados de que nos Estados Unidos o aumento de rastreamentos fez crescer a incidência de cânceres (de próstata, melanoma, mama, etc), mas diminuiu pouco a mortalidade. “Estamos produzindo câncer?”, lançou Gérvas a pergunta, repondendo-a em seguida: ”a questão é que nem todos os cânceres matam. Muitos, observados geneticamente, não progridem, nunca matam e, em alguns casos, desaparecem”. Por exemplo, 60% dos cânceres de próstata e 50% dos de mama em mulheres mais jovens nunca matariam e poderiam maio 2013 edição 21 regredir espontaneamente. Murilo conta que quando uma mulher chega para consulta e solicita exame mamográfico, por exemplo, ele observa primeiro os fatores de risco e busca explicar que, para além desses fatores, existe um contexto biopsicossocial, que também influencia na chance de adoecimento. “A pré-ocupação gera sofrimento, por isso, todos profissionais de saúde devem estar preparados para questionamentos sobre o câncer, e quanto maior o tempo na mesma comunidade, com as mesmas pessoas, mais fácil será promover saúde para elas, fazê-las refletir”, pontua o médico, que lembra ter aprendido sobre a abordagem prática do câncer apenas na residência. Para Senen, não é só na residência que se deve falar sobre o câncer, mas também nos currículos universitários. “O câncer é um desafio na nossa cultura, gera a ideia de que temos que fazer algo. É verdade, mas às vezes, fazer algo sem planejamento e tranquilidade pode gerar iatrogenia e sofrimento psíquico maior”, completa Murilo. Outras iniciativas em SC A decisão sobre qual a face do câncer vai ser encarada é uma via de mão dupla: depende do paciente e também da equipe de saúde da família. Em Florianópolis, a administradora Flávia Flores (foto acima), diagnosticada com câncer de mama há seis meses, decidiu mudar o foco da doença e criou uma página no facebook (http://migre.me/egGpk) para compartilhar informações de beleza e bem-estar com outros pacientes. Visite e conheça! Em Seara, na região oeste do estado, a equipe de enfermagem da unidade organiza, há um ano, o grupo Recomeçar, para pacientes com câncer. O grupo acontece a cada dois meses e trabalha com café e prosa. “O Recomeçar é aberto e às vezes recebe até a família dos pacientes”, conta Juliana Foralosso, coord. de Atenção Básica do município. Para ela, o maior desafio atual é chamar as pessoas para participarem do grupo, e, por isso, o apoio dos agentes comunitários é essencial. telessaúde informa 9 teleconsultoria Ações educativas com plantas medicinais A ESF1 e o NASF de Ipira so- conhecimento científico. Dessa e as contraindicações. licitaram uma teleconsul- forma, foi realizada uma segunParalelamente ao trabalho toria frente à diversidade da consultoria de sensibilização com o Telessaúde SC e com o de espécies vegetais e à dificul- sobre a importância e a valori- Horto Didático do HU, a equipe dade de estabelecer estratégias zação das plantas medicinais na está realizando discussões com a de interação entre o saber po- APS, buscando desmistificar a Pastoral da Saúde de Concórdia/ pular e o técnico-científico, para “ideia de que toda planta é tóxi- SC para aprofundar o conheciconseguir estruturar rodas de ca”. Em um segundo momento foi mento das ACS (área urbana e conversa, cartilhas educativas e um horto de plantas medicinais. Inicialmente, foi orientado que as ACS e os profissionais de saúde fizessem um levantamento das plantas utilizadas ou que as famílias tinham nos quintais como medicinais. Nessa busca, a equipe conversou com a Dona Selanira Antunes de Mattos, conhecida como Vó Sela, de 95 anos. Ela relatou durante a visita domiciliar da A equipe de Ipira conseguiu estruturar rodas de conversa após ajuda da teleconsultoria ACS Helenamar, que “quando era criança e morava em uma proposto que a equipe realizasse rural). Também fazem discussões chácara muito distante, onde uma oficina de reconhecimento com as senhoras do Clube de não havia posto de saúde, nem das plantas medicinais, com a Mães Novo Milênio, para o uso médicos e nem farmácia, quan- participação do Dr. Cesar Paulo adequado de plantas medicinais. do eu e meus irmãos ficávamos Simionato, médico responsável Daniella Tofolo, apoiadora da doentes, minha mãe fazia uso de pelo Horto Didático do Hospi- equipe 1, relata que é muito grachás caseiros, como o cidró (para tal Universitário/HU, articulado tificante verificar a forma como dor de cabeça, gripe e calmante), pela teleconsultora Gisele Da- o processo de trabalho com as o alecrim (calmante e para pro- mian. Nesse encontro on-line, plantas medicinais está aconteblemas de estôcada trabalhador cendo. “Foi possível identificar a mago) e a maçanilevou uma muda riqueza de se organizar um espalha (para baixar a de planta medici- ço de troca de saberes para consfebre). Minha mãe nal para ser iden- trução conjunta do conhecimentomava chá de fotificada, como to, com o entusiasmo, a união e lha de lima e chá poejo, malva, hor- o compromisso do grupo com o de alcachofra para telã, capim cidrei- projeto”, completa Daniella. pressão alta”. ra, melissa, arnica, Integrantes da Equipe 1 Essa aproximacavalinha, insulina, de Ipira: Isabel (secretária de ção da equipe entre outras. Foi saúde), Ana Claudia (médica), com a comunidiscutido com o Daniela de Paris (enfermeidade motivou o grupo a nomen- ra), Jociméri (dentista), Karine grupo a continuar clatura científica, (ASB), Marcelo (farmacêutico a resgatar o saber o nome popular, do NASF), Helenamar, Maria, popular e a aproa forma de utiliza- Terezinha, Adelise, Eliane e Anfundar e buscar o Vó Sela: toma chás desde criança ção, as indicações dréia (ACS). 10 telessaúde informa edição 21 maio 2013 segunda opinião Pergunta destaque do mês: saúde mental T enho muita dificuldade em retirar medicamentos em pacientes que fazem uso crônico de antidepressivos. Alguns utilizam o mesmo medicamento há 30 anos, sem adesão adequada. Basta falar em cessar o tratamento que eles voltam a ter os supostos sintomas de 30 anos atrás. Pretendo iniciar um grupo com pacientes com depressão, a fim de conversar sobre diferenças entre transtornos de humor e tristezas inerentes à vida, mas não sei qual é a forma mais adequada de retirar o medicamento daqueles que eu acho que nem têm o diagnóstico de depressão. Temos visto muito o uso inadequado de benzodiazepínicos e antidepressivos. Há estratégias distintas para cada um deles, mas em comum temos a necessidade de estabelecer vínculo de confiança e continuidade no cuidado. Poucos pacientes aceitarão mudança de tratamento em uma primeira consulta, mas a sensibilização pode começar já no primeiro contato. A OMS (2) sugere que o uso de benzodiazepínicos não ultrapasse 2 a 4 semanas. Seu uso gera dependência, levando ao uso de maiores doses ao longo do tempo e síndrome de abstinência. Para a retirada de benzodiazepínicos, a melhor técnica, e mais amplamente reconhecida como efetiva, é a retirada gradual da medicação, sendo recomendada mesmo para pacientes que usam doses terapêuticas (1). Esta técnica é de baixo custo e facilmente exequível e tem menor índice de sintomaio 2013 edição 21 mas, com isto, maior sucesso na retirada. Alguns médicos preferem reduzir um quarto da dose por semana; outros negociam com o paciente um prazo, que gira em torno de 6 a 8 semanas, mas pode durar até mais de 10 semanas. É de grande valia oferecer esquemas de redução das doses por escrito, com desenhos dos comprimidos e datas subsequentes de redução. Pacientes que não conseguem concluir o plano de redução gradual podem se beneficiar da troca para um agente de meia-vida mais longa, como o diazepam. A carbamazepina pode ser uma medicação adjuvante na retirada gradual de benzodiazepínicos, particularmente em pacientes recebendo benzodiazepínicos de meia-vida curta, mas estudos controlados maiores são necessários para confirmar seu potencial benefício, determinar melhor os efeitos adversos e identificar quando seu uso clínico é indicado. Pode ser usada na dose de 200 a 800mg/dia/oral. No uso de longo prazo de antidepressivos, devemos perguntar quais são as preocupações do paciente ao se abordar a retirada do medicamento. Uma preocupação comum é o retorno dos sintomas iniciais. Estar aberto ao suporte rápido caso isto ocorra e ser flexível à diminuição e retirada conforme a possibilidade indi- vidual de cada paciente pode dar mais segurança ao mesmo (3). Grupos de apoio e psicoterapia podem ajudar. Sendo a criação de um grupo na sua unidade uma excelente iniciativa. Categoria da Evidência: Grau D Profissional solicitante: Médico Teleconsultor: Equipe Telessaúde SC Evidências e Referências: 1. Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Associação Brasileira de Psiquiatria. Tratamento da Fase Aguda do Acidente Vascular Cerebral. 2008. Disponível em: http:// www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/004.pdf ou http://www. projetodiretrizes.org.br/novas_diretrizes.php. 2. OMS/WONCA. Integração da saúde mental nos cuidados de saúde primários: uma perspectiva global, 2009. Disponível em: http://www. who.int/eportuguese/publications/ Integracao_saude_mental_cuidados_primarios.pdf. 3. Protocolo Saúde Mental de Florianópolis. Disponível em: http://portal. pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/ 05_08_2011_9.41.44.1bf62fa463bec5 495279a63c16ed417f.pdf telessaúde informa 11 maio/2013 Eventos O Seminário Internacional “Inovações na Atenção Primária à Saúde: lições aprendidas Brasil e Portugal” ocorre neste mês no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Serão discutidos temas como a governança clínica, a contratualização e avaliação de desempenho e a melhoria do acesso e qualidade. As inscrições são gratuitas e limitadas. Quando? De 06/05 a 07/05 de 2013 Onde: IMS/UERJ Mais informações: http://www.obsnetims.org.br Filmes Políticas de Saúde no Brasil: Um século de luta por direito à Saúde (2007) A excêntrica família de Antonia (1995) O documentário conta a trajetória das políticas de saúde no país e sua articulação com a história política brasileira. Mostra também os mecanismos criados para a implementação dessas políticas, como a criação do SUS. O documentário aborda como a saúde era considerada, no início do séc. XX, um dever da população e como essa relação se inverteu, passando a ser avaliada como um direito do cidadão e um dever do Estado. Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1996, o longa metragem conta a saga familiar de três gerações de mulheres, comandada pela matriarca Antonia, de 90 anos. O filme fala ainda de força, beleza e escolhas que desafiam o tempo. “A excêntrica família de Antonia” foi definido como uma celebração da vida, da morte e da liberdade e põe em prova os valores e convicções de cada um. Livros A publicação Adolescer é uma parceria entre a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e o Ministério da Saúde. A revista apresenta de que forma os profissionais podem tratar de assuntos difíceis de serem trabalhados com os adolescentes, como drogas, depressão, suicídio, violência e sexualidade. Aborda também a complexidade dos agravos à saúde dos jovens e as multidimensionalidades do processo de adolescer. Além da parte teórica, a publicação oferece metodologias práticas, com dinâmicas de aprendizagem para o trabalho educativo com esse público alvo. “Adolescer” é uma boa dica para quem participa do programa Saúde na Escola ou para quem trabalha com a intersetorialidade com as escolas. Você pode descobrir mais sobre a revista no link: http://www.abennacional.org.br/revista/sumario.html telessaúde informa informa 12 telessaúde edição edição 20 21 abril maio2013 2013 agenda Programação de webs de Maio 08/05 15/05 Saúde da Criança na Atenção Básica - 15h PMAQ -15h Palestrante: Halei Cruz / Pediatra Resumo: O cuidado à saúde da criança na Atenção Básica se apóia em ações como: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento; promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável; atenção às doenças prevalentes; imunizações; prevenção e atenção adequada aos acidentes e maus tratos e vigilância dos óbitos infantis e fetais. Palestrantes: Mari Ângela Freitas e Maria Catarina Rosa / GEABS Resumo: Orientações sobre a 2ª Etapa de Adesão, Contratualização e Recontratualização das Equipes de Atenção Básica ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), 2º Ciclo/2013. 22/05 Primeiros cuidados com a mãe e o recémnascido - 15h Palestrante: Luana Nilson / Enfermeira Resumo: A web vai abordar o papel da equipe de Atenção Básica/Saúde da Família junto à mãe, ao recém-nascido e à família após o nascimento, e quais os primeiros passos para o estabelecimento de vínculo e seguimento do cuidado. 29/05 Experiência de cuidado ao recém-nascido de alto risco na AB - Município de Joinville - 15h Palestrante: Fátima Mucha (pediatra) / Viviane Korovsky (enfermeira) Resumo: Falará do Programa Bebê Precioso, que tem como ações acompanhar as crianças que após o nascimento necessitam de internação na UTI e realizar visitas da equipe de Saúde no hospital e no domicílio. WORKSHOP 02/05 - médicos 16/05 - odontólogos 23/05 - médicos Cuidados com a gestante e seu companheiro - 16h Palestrante: Fernanda Lazzari / Médica de Família e Comunidade Resumo: A proposta deste workshop é abordar diferentes pontos que fazem parte do cuidado pré-natal pelo médico de família, já que este é um momento importante para formação de vínculo com a gestante e seu companheiro e para seguimento longitudinal à gestação. Cuidado à saúde bucal do idoso na Atenção Básica - 16h Palestrante: Ana Lúcia S. Ferreira de Mello / Cirurgiã-dentista Resumo: Os serviços de saúde bucal para idosos têm algumas singularidades que influenciam nas ações e serviços e na organização do processo de trabalho dos profissionais da AB. Deve-se considerar aspectos estomatognáticos relevantes e suas modificações durante o processo de envelhecimento e, assim, adotar abordagens a partir de estratégias. Tracoma - 16h Palestrante: Astor Grumann Júnior/ Médico oftalmologista Resumo: O tracoma é uma afecção inflamatória crônica da conjuntiva e das córneas, que em decorrência das infecções repetidas, pode levar a cicatrizes na conjuntiva palpebral. Em casos mais graves evoluem para sequelas, provocando lesões corneanas importantes, podendo produzir cegueira. Expediente: Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto, redação, diagramação e edição: Marina Veshagem, Thaine Teixeira e Camila Peixer Design e iIustração: Vanessa de Luca Orientação: Luise Lüdke, Luana Gabriele Nilson e Thaís Titon de Souza Reportagem fotográfica e revisão: Camila Peixer maio 2013 edição 21 telessaúde informa