O conhecimento de universitárias sobre o câncer de mama

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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Enfermagem
Ana Claudia Rodrigues da Cruz Silva
Izabella Bizinelli da Fonseca
Mariana Martins Sanches Barbosa
“SE TOCA MULHER”
O conhecimento de universitárias sobre o câncer de
mama
LINS – SP
2015
Ana Claudia Rodrigues da Cruz Silva
Izabella Bizinelli da Fonseca
Mariana Martins Sanches Barbosa
“SE TOCA MULHER”
O conhecimento de universitárias sobre o câncer de
mama
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Banca Examinadora do Centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium. Curso de
Enfermagem sob a orientação do Prof. Esp.
Paulo Fernando Barcelos Borges e orientação
técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS – SP
2015
Ana Claudia Rodrigues da Cruz Silva
Izabella Bizinelli da Fonseca
Mariana Martins Sanches Barbosa
“SE TOCA MULHER”
O CONHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
para obtenção do título de Graduação em Enfermagem.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Paulo Fernando Barcelos Borges.
Titulação: Enfermeiro Especialista em Unidade de Terapia Intensiva pela
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) e Mestrando em
Enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP
Assinatura:_____________________________________
1ª Prof.(a)_______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
Assinatura:_____________________________________
2ª Prof.(a)_______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
Assinatura: ____________________________________
“A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu
tamanho original.”
Albert Einstein.
Dedicamos esse trabalho aos nossos pais,
com todo amor e gratidão, por sempre nos
guiarem para aos melhores caminhos.
Sem vocês nada disso seria possível.
Ana, Iza e Mari
AGRADECIMENTO
Até o presente momento a caminhada não foi fácil, mas ainda bem que podemos
contar com pessoas maravilhosas, que nos impulsionam e nos motivam a querer
sempre mais, vocês fazem parte de mais essa conquista.
A Deus
Por ter me capacitado e dado forças para vencer as adversidades que encontrei no
caminho, as batalhas foram grandes, mas as benção foram maiores ainda, obrigada
por ter guiado meus passos e mostrar sempre a direção correta
“No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu Venci o mundo” (Jó. 16-33).
Aos meus Pais (João e Creuza)
Obrigada pelo apoio, carinho, confiança e por todo o incentivo que vocês sempre
me ofereceram, todos esses cuidados foram fundamentais para conclusão de mais
esta etapa da minha vida. Sei que sempre acreditaram e que torcem por mim.
Agradeço e compartilho com vocês a mais essa vitória alcançada, pois vocês nunca
desanimaram e deixaram de lutar para que meus objetivos fossem alcançados. Que
Deus sempre os ilumine. Amo vocês!
A alguém especial
Meu amado esposo, Juninho, obrigado por estar ao meu lado nesse momento tão
especial, sei que esses seis anos não foram fáceis nem para mim nem para você, me
desculpe por algumas falhas e ausências, sei que alguns sonhos sofram postergado,
mas tudo isso é para que tenhamos um futuro maravilhoso. Agradeço a Deus todos
os dias por ter colocado alguém tão estão especial como você em minha vida. Amote incondicionalmente!
Aos meus familiares
Obrigada por vocês estarem sempre presentes, quando eu mais precisei, sempre me
motivando e dando forcas para não desistir, amo vocês.
Tia Elenita ( in memorian)
Ela sempre achou linda minha profissão, e sempre me pedia para ser uma excelente
profissional, infelizmente ela foi diagnosticada tardiamente pelo CA de mama, e
hoje já não esta mais ente nos, saudades!
Ao orientador
E professor Paulo, o senhor se fez presente no momento mais importante de nossas
vidas, momento em que nos vimos sem saída, e mesmo assim o senhor vestiu a
camisa, nos motivou e encorajou para novas experiências, obrigada pela confiança.
Aos professores que fizeram parte da minha formação
Por todo ensinamento e experiência deixado por vocês, cada um com seu método
particular e especial de transmitir os conhecimentos que jamais serão esquecidos.
Aos professores dos cursos de exatas e humanas, pois foram super-receptivos e
acolhedores no momento de nossa pesquisa.
Em especial, minha professora e mãezona Vivi, que muitas vezes me apoio, me
dava a sua palavra amiga e estava ali, sempre disposta a ajudar no que fosse
necessário. Você é muito especial vi, vou sempre me lembrar de você.
Ao Ricardo Horita, que nos recepcionou e acolheu no momento de finalizar a
nossa pesquisa;
A Jovira que nos acrescentou muito conhecimento nos prestou assistência sempre
que solicitado, e que queria nos convencer de que a metodologia é linda (rsrs) e
que em meio a tanta correria e cobrança se tornou uma grande amiga.
A dona Edna que sempre esteve presente em minha vida, desde o ensino
fundamental, médio e hoje me ajudando na graduação, saiba que a senhora fez
parte de momentos especiais em minha vida.
Enfim, agradeço a todos que, direta e indiretamente, contribuíram para a obtenção
deste título. O meu muito obrigado!
As Parceiras de monografia
Izabellla e Mariana, e só de imaginar que por algum motivo pensamos que a nossa
amizade poderia ser colocada em risco, devido a toda essa tensão que é o TCC,
pelo contrario só tenho a agradecer vocês por essa parceria, que por sinal foi um
sucesso, e hoje sem duvida nenhuma posso dizer que a nossa amizade só se
fortaleceu nesse ultimo ano. Obrigada meninas, pelo carinho, amizade, entusiasmo,
isso fez toda diferença para alcançarmos mais essa vitória.
Obrigado a todas as pessoas que contribuíram para meu sucesso e para meu
crescimento como pessoa e profissional. Sou o resultado da confiança e da força de
cada um de vocês.
ANA CLAUDIA
AGRADECIMENTO
Ao fim de mais uma etapa conquistada com muito esforço não poderia me esquecer
das pessoas que me trouxeram até aqui e também fazem parte do meu sucesso, a
elas desde já agradeço:
Á Deus
Pela minha vida, e por todas as bênçãos que recebi ao longo da minha
trajetória.
Aos meus pais (Marta e Sergio)
Aos meus pais Marta e Sergio, pela pessoa que me tornei, e por estarem
sempre do meu lado, e me incentivarem todas as vezes que eu pensei em desistir.
Essa vitória é mais de vocês do que minha. Tenho orgulho e serei grata por toda a
minha vida. Amo vocês.
Ao orientador
E professor de estágio, Paulo, por ter nos acolhido quando já não sabíamos
mais o que fazer nos dando certeza de que tudo daria certo. Obrigada pela
confiança, e por todos os ensinamentos ao longo desses anos, mais que um
professor, você é um amigo.
A alguém especial
Meu namorado Vinícius, pela paciência de sempre, e pela ajuda, você fez do
meu ano muito mais especial. Saiba que sempre pode contar comigo na sua vida.
A professora de estágio Viviane
Agradeço-te por tudo, por ter sido professora e amiga, pelos ensinamentos
na profissão e na vida, você é muito especial, sempre vai ter lugar no meu coração.
Ao professor Ricardo Horita,
Pela ajuda que nos foi prestada, para finalizar nosso trabalho.
As Parceiras de monografia
Ana Claudia e Mariana pelo esforço, pelo tempo dedicado e pela coragem de
encarar essa pesquisa, só nós sabemos como a abordagem foi difícil, a vergonha
que sentimos em falar para tantas salas diferentes. Mas o desafio fez a vitória ainda
mais saborosa, e nós conseguimos, vencemos! Muito obrigada pela amizade nesses
5 anos, que orgulho de vocês, evoluíram muito e se tornaram profissionais
maravilhosas. Desejo que vocês sejam muito felizes em suas vidas.
Aos coordenadores e professores dos cursos pesquisados
Muito obrigada por nos receber tão bem e dedicarem se tempo para colaborar com
nosso trabalho.
IZABELLA
AGRADECIMENTO
Á Deus
Agradeço primeiramente por que ele me guia, ilumina e me mantém firme
durante essa caminhada onde me levará à realização do meu sonho.
Aos meus familiares
Obrigado pelo apoio, carinho e compreensão, sem vocês nada disso seria
possível, por várias vezes pensei em desistir, mas graças a vocês eu não cedi.
Obrigada por tudo família.
Á minha tia (in memorian)
Uma universitária que lutou bravamente contra um câncer de mama foi a
grande motivadora em aceitar esse projeto, e tenho certeza que esse trabalho irá
fazer a diferença na vida de muitas mulheres.
As Parceiras de monografia
Ana Cláudia e Izabella, obrigada por me aceitarem nesse trabalho, sem
vocês esse sonho nunca seria possível, não foi fácil mais conseguimos!
Ao meu orientador
Paulo Fernando que aceitou nosso projeto, por todo seu ensinamento e
paciência, que Deus ilumine sempre seus caminhos. Muito obrigada por tudo!
Amigos da Unimed
Meu muito obrigado pela compreensão, paciência e ensinamentos, vocês me deram
força e coragem nos momentos que eu mais precisei minha segunda família.
Aos coordenadores e professores dos cursos pesquisados
De Administração, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia Agronômica e
Pedagogia muito obrigada por permitir que esse trabalho fosse realizado e todas as
alunas que participaram da nossa pesquisa, vocês foram essenciais para a conclusão
desse trabalho.
A todas as pessoas que me ajudaram direta ou indiretamente, meus
agradecimentos pelo incentivo, carinho e compreensão.
MARIANA
RESUMO
Na atualidade, devido a sua grande incidência, o câncer de mama é
considerado um problema de saúde pública que vem fazendo milhares de
mortes por ano no Brasil. A principal causa da morte é o diagnóstico tardio,
pois quando detectado em sua fase inicial a chance de cura é de mais de
90%. Após revisões bibliográficas sentiu-se a escassez de pesquisas voltadas
para a população universitária. Neste sentido o objetivo deste estudo foi
identificar o conhecimento de mulheres universitárias em relação ao câncer de
mama; incentivar as mulheres a hábitos saudáveis de vida, para redução de
fatores de risco do câncer de mama; disseminar a informação sobre câncer de
mama na população acadêmica para que esta seja multiplicadora na
comunidade em geral; e; analisar a eficiência da educação em saúde no
processo de instrumentalização do conhecimento sobre o conceito e
diagnóstico precoce do câncer de mama. A pesquisa se deu em dois
momentos distintos: o primeiro idealizado na aplicação do questionário para
avaliar os aspectos de compreensão sobre o câncer de mama e o segundo
para comparar a eficiência do processo de educação em saúde realizado.
Participaram deste estudo 273 mulheres na primeira instância e na segunda
169. A educação em saúde foi voltada para a prevenção e diagnóstico precoce
dessa patologia. Após análise dos dados conseguiu-se comprovar a eficácia da
educação em saúde e confirmar a hipótese deste estudo, pois houve uma
mudança significativa nas práticas de prevenção e detecção precoce da
doença.
Palavras chave: Câncer de mama, Prevenção e Educação em saúde.
ABSTRACT
Nowadays, due to its high incidence, breast cancer is considered a public
health problem that is causing thousands of deaths per year in Brazil. The main
cause of the death is the late diagnosis because when detected in its early
stages the chance of cure is over 90%. After literature reviews felt the lack of
research aimed at the university population. In this sense the objective of this
study was to identify the knowledge of university women in relation to breast
cancer; encourage women to healthy habits of life to reduce risk factors for
breast cancer; disseminating breast cancer information on the academic
population for it to be multiplying in the wider community; and analyze health
education efficiency in the exploitation process of knowledge on the concept
and early diagnosis of breast cancer. The research took place in two different
moments: the first designed in the questionnaire to assess aspects of
understanding about breast cancer and the second to compare the efficiency of
the health education process carried out. In the first instance the study included
273 women and the second 169. Health education was focused on the
prevention and early diagnosis of this pathology. After analyzing the data we
were able to prove the effectiveness of health education and confirm the
hypothesis of this study because there was a significant change in the practices
of prevention and early detection of disease.
Key words: Breast cancer, prevention and health education.
LISTA DE FIGURAS
Figura1: Anatomia da mama............................................................................. 21
Figura 2: Educação em saúde...........................................................................39
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AEM: Autoexame das mamas.
CA: Câncer
Ca M: Câncer de mama
ECM: Exame clínico das mamas.
INCA: Instituto nacional do câncer.
MS- Ministério da Saúde
N: Número
PNAO: Política nacional de atenção oncológica.
SUS: Sistema único de saúde.
TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UBS- Unidade Básica de Saúde
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 16
CAPÍTULO I - CONHECENDO O CÂNCER DE MAMA .................................. 19
1 DEFINIÇÃO CÂNCER DE MAMA ................................................................. 19
2 ANATOMIA DA MAMA ................................................................................. 20
3 FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA................................................ 22
4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................... 23
5 FATORES DE RISCO ................................................................................... 23
6 TRATAMENTO .............................................................................................. 24
6.1 Radioterapia ............................................................................................... 25
6.2 Quimioterapia.............................................................................................. 26
6.3 Cirurgia ....................................................................................................... 27
CAPÍTULO II - A INCIDÊNCIA DO CA DE MAMA E AS MEDIDAS
PRECOCES DE DETECÇÃO E DIAGNÓSTICO NO CONTEXTO DA
ENFERMAGEM ................................................................................................ 28
1 EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA NO BRASIL E NO MUNDO. ... 28
2 AS POLÍTICAS DE SAÚDE PÚBLICA VOLTADAS PARA A DETECÇÃO
PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA. .............................................................. 29
2.1 Autoexame das mamas .............................................................................. 30
2.2 Exame clínico das mamas .......................................................................... 32
2.3 Mamografia ................................................................................................. 33
3 A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE PREVENÇÃO E
DETECÇÃO PRECOCE DO CA DE MAMA UTILIZANDO A FERRAMENTA
DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE ........................................................................... 34
CAPÍTULO III - A PESQUISA .......................................................................... 37
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 37
1.1 Enquadramento metodológico do estudo ................................................... 37
1.1.1 Tipo de estudo ............................................................................................................. 37
1.1.2 Métodos e Técnicas ................................................................................................... 38
1.1.3 Local da Pesquisa ....................................................................................................... 40
1.1.4 Sujeitos da Pesquisa ................................................................................................. 40
1.2 Resultados e Discussão ............................................................................. 41
1.2 Considerações finais ................................................................................... 54
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 56
CONCLUSÃO ................................................................................................... 57
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 58
APÊNDICES ..................................................................................................... 63
ANEXOS ........................................................................................................... 73
16
INTRODUÇÃO
O câncer é um importante problema de saúde pública em diversos
países, sendo responsável por mais de seis milhões de óbitos a cada ano,
representando cerca de 12% de todas as causas de morte no mundo. Embora
as maiores taxas de incidência de câncer sejam encontradas em países
desenvolvidos, dos dez milhões de casos novos anuais de câncer, cinco
milhões e meio são diagnosticados nos países em desenvolvimento. (WHO,
2012).
Na população feminina a grande incidência se dá ao câncer de mama,
segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, é o mais frequente e a maior causa
de morte na população feminina. Entre os fatores predisponentes de risco
destacam-se mulheres com histórico familiar, principalmente em parente de
primeiro grau antes dos 50 anos, menarca precoce (idade da primeira
menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após 50 anos), primeira
gravidez após os 30 anos, nuliparidade, consumo de álcool, obesidade, entre
outros. (INCA 2007).
A prevenção do câncer de mama seria a principal forma de combate à
doença, através da detecção precoce, sendo esta amparada em duas
estratégias: o diagnóstico precoce e o rastreamento. (SILVA E HORTALE,
2011).
Quanto ao diagnóstico precoce deve ser feita a conscientização da
população e dos profissionais para os sinais e sintomas da doença,
promovendo uma consulta nos serviços de saúde para indivíduos sintomáticos.
Já no rastreamento deve submeter indivíduos assintomáticos a exames de
triagem para detectar o câncer. (SILVA E HORTALE, 2011).
Estudos apontam que o auto-exame das mamas é fundamental para
detectar alterações mamárias, inclusive o câncer.
O autoexame é simples e sem custo, mas ainda é pouco utilizado, talvez
por que não informam sua real eficácia no diagnóstico precoce. Em suma o
autoexame das mamas continua sendo uma das etapas em prevenção e
diagnóstico, apesar de todo avanço tecnológico na área de imagem.
(MARINHO et al , 2002)
17
Este estudo se justifica uma vez que quando um tumor mamário é
detectado em seu estágio inicial, a possibilidade de cura é de mais de 90%,
desta forma é fundamental realizar exames periódicos para que seja possível
esse diagnóstico precoce, sendo que o sucesso do tratamento do câncer de
mama está diretamente relacionado a isso.
Dados obtidos no INCA (2008), as ações educativas são importantes,
pois nem sempre as mulheres terão acesso aos serviços de saúde de forma
rápida e eficaz, uma vez que nosso sistema de saúde ainda está voltado para a
doença instalada, tratamento e reabilitação, ficando relegada, a segundo plano
as ações de promoção e prevenção a saúde. Este apontamento se reforça em
dados do INCA (2008), onde se revela que o diagnóstico tardio pode estar
relacionado à dificuldade de acesso da população aos serviços públicos de
saúde, baixa capacitação dos profissionais envolvidos na atenção oncológica,
incapacidade do sistema público na demanda ou na baixa capacidade dos
gestores municipais e estaduais em definir o fluxo de casos suspeitos em
diferentes níveis de atenção.
Estipulou que para controlar o câncer de mama ações devem ser
executadas em todos os níveis de atenção, e que a assistência deve ser
prestada por uma equipe multidisciplinar, onde o enfermeiro realiza o que lhe é
atribuído (CAVALCANTE, 2013).
Também passou a oferecer a população acesso a procedimentos que
detectam a doença em sua fase inicial, como o rastreamento mamográfico e
exame clínico (SANTOS, KOCH, 2010).
Com o aumento progressivo da epidemiologia do câncer de mama,
temos
como
hipótese
que
as
mulheres
desconhecem
ou
possuem
conhecimento superficial frente a real importância da detecção precoce das
alterações cancerígenas mamárias, impossibilitando um diagnóstico precoce e
discorrendo em tratamento tardio. Acredita-se também que a educação em
saúde seja uma ferramenta imprescindível, influenciando positivamente no
processo de conhecimento e detecção precoce do câncer de mama.
Este estudo foi elaborado com os seguintes objetivos: Identificar o
conhecimento
de
mulheres
universitárias
em
relação
ao
câncer
de
mama; incentivar as mulheres a hábitos saudáveis de vida, para redução de
fatores de risco do câncer de mama; disseminar a informação sobre câncer de
18
mama na população acadêmica para que esta seja multiplicadora na
comunidade em geral e analisar a eficiência da educação em saúde no
processo de instrumentalização do conhecimento sobre o conceito e
diagnóstico precoce do câncer de mama;
Este trabalho está dividido em três capítulos: No primeiro abordamos a
definição e fisiopatologia do câncer de mama, já no segundo aprofundamos
mais sobre a incidência da doença, as medidas precoces de detecção e
diagnóstico no contexto da enfermagem, no terceiro apresentamos a pesquisa
que foi realizada, resultados e discussão. E por fim, proposta de intervenção e
conclusão.
19
CAPÍTULO I
CONHECENDO O CÂNCER DE MAMA
1 DEFINIÇÃO DE CÂNCER DE MAMA
O nosso corpo está em constante mudança, e a cada dia que passa
milhares de células se renovam, e o câncer propriamente dito, é quando as
células começam a se dividir de forma desordenada, e adquirem características
anormais invadindo tecidos e órgãos (FREITAS; TERRA; MERCÊS, 2011).
Apresenta-se como uma massa consistente e dura, de limites mal definidos,
e o tamanho podem variar, de acordo com o tempo de evolução. Este pode se
apresentar móvel ou aderido à pele. A pele das mamas pode não apresentar
nenhuma alteração, ou pode apresentar ulcerações e aspecto diferenciados
(FERNANDES; NARCHI, 2007).
Segundo o (Instituto Nacional do Câncer) o câncer de mama é o segundo
tipo de câncer mais comum no mundo e o que mais vem acometendo as
mulheres, representando 22% dos casos novos a cada ano. Neste tipo de
câncer geralmente o prognóstico é bom, mas como muitas mulheres tem um
diagnóstico tardio, o índice de mortalidade teve um aumento nos últimos anos
(INCA, 2015).
No país, dez mil mulheres morrem todos os anos em virtude do
diagnóstico tardio, principal determinante de intratabilidade do
tumor. Este fato ocorre principalmente porque, em 60% dos
casos, a doença é detectada em estágio avançado (KIM et al.,
2010, p.1378 ).
Estudos comprovam que a precocidade no diagnóstico tem grande
influência sobre a evolução e prognóstico do câncer, subentende-se que o
quanto antes o indivíduo for diagnosticado, mas chance de cura este apresenta
(KIM et al., 2010).
“No Brasil, essa patologia vem atingindo progressivamente um número
maior de mulheres, em faixas etárias cada vez mais baixas, e com taxa de
mortalidade também crescente” (BIM et al., 2010, p.941).
Como nos últimos anos a incidência do câncer de mama praticamente
duplicou, foram criadas algumas estratégias na saúde pública com o intuito de
20
prevenir ou detectar o mais precoce possível o diagnóstico de câncer de
mama, que cada vez mais vem acometendo mulheres jovens (KIM et al., 2010).
Estudos apontam que existem fatores que contribuem para o
aparecimento e desenvolvimento de tumores mamários, conhecendo os
consegue-se aumentar a sobrevida dessas mulheres, e oferecer a elas um
diagnóstico precoce e melhores propostas de cuidados (ROSA; RADÜNZ,
2012, p 1003).
Além de apresentar implicações inerentes a qualquer
adoecimento, o câncer de mama feminino é um dos cânceres
mais temidos, por afetar não apenas o corpo anatômico, mas
principalmente alguns aspectos psicossociais (ALMEIDA;
GUERRA; FILGUEIRAS, 2012).
Sabemos que as mamas tem um valor muito importante na vida da
mulher, pois além de ser uma característica feminina, tem uma grande
importância quando pensamos na questão da sexualidade (OLIVEIRA et al.,
2009).
“Sendo uma doença crônico-degenerativa e considerada um problema
de saúde pública, os impactos do diagnóstico e do tratamento do câncer
podem interferir diretamente no estilo de vida do indivíduo” (KLUTHCOVSKY;
URBANETZ, 2012, p. 454).
2 ANATOMIA DA MAMA
As mamas são estruturas que se localizam na parede anterior do tórax,
são denominadas de glândulas mamárias, compostas por tecido conjuntivo e
tecido adiposo, derivadas do tecido epidérmico, é considerado um anexo
cutâneo (JALDIN; SANTANA, 2006).
Segundo Ribeiro (2014), a mama de uma mulher na fase adulta é
composta por glândulas que produzem leite, estas possuem de 15 a 20 lobos
que são cobertos por tecido adiposo, possuem o canal galactófora, onde se
acumula o leite produzido.
As mamas estão situadas ventralmente aos músculos do peitoral maior,
serrátil anterior e oblíquo externo, estendendo-se da segunda, terceira a sexta
e sétima costelas, e do bordo lateral do esterno à linha axilar anterior. Entre as
mamas, situa-se o sulco intermediário, podendo ser variado dependendo do
volume mamário, abaixo das mamas apresenta-se o sulco inframamário. O
21
tamanho, forma e a firmeza das mamas variam de acordo com a raça, idade,
obesidade e estado de atividade funcional. O tamanho geralmente está
associado à quantidade de tecido adiposo e seu peso varia entre 200 e 400 g
na fase adulta (JALDIN; SANTANA, 2006).
A mama envolve nervos, vasos sanguíneos e a cadeia linfática, estas
drenam a linfa para os linfonodos das cadeias axilar e mamária interna
(BRASIL, 2013).
A pele da mama é denominada delgada, lisa, elástica, sendo
considerada mais clara que a do restante do corpo, porém na sua porção
central, ela se apresenta mais espessa, enrugada, pigmentada, formando o
complexo areolopapilar, este por sua vez é compreendido por duas estruturas,
a aréola e a papila. A aréola é uma área circular, seu tamanho varia de 3 a 6
cm de diâmetro, pigmentada, sua superfície é irregular, e possui folículos
pilosos ao seu redor, contêm glândulas sebáceas, sudoríparas e areolares, que
são conhecidas com glândulas de Montgomery, estes que aumentam de
volume durante a gestação, sendo sua principal função a lubrificação e a
proteção da pele com efeito antibacteriano durante a amamentação (JALDIN;
SANTANA, 2006).
Topograficamente, as mamas são divididas em quadrantes
superiores (lateral e medial), inferiores (lateral e medial) e
região central. A divisão em quadrantes é importante para a
localização e correlação dos achados de exame clínico e de
imagem (BRASIL, 2013, p.83).
Figura1: Anatomia da mama
Fonte: Instituto de Oncomastologia, 2015.
22
3 FISIOPATOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA
O câncer de mama, como já foi descrito, caracteriza-se pela
multiplicação anormal de células de forma incontrolável.
O câncer de mama, em toda sua evolução, geralmente não aparece de
uma hora para outra, desde a primeira célula anormal até um tumor de um
centímetro de diâmetro, que pode ser percebido na palpação, podem decorrer
oito a dez anos, levando esse tumor a demorar muito para dar sinais claros de
sua presença (SABBI, 2002).
O processo de carcinogênese apresenta os estágios de iniciação, fase
onde os genes sofrem ação de fatores cancerígenos; promoção, fase em que a
célula já alterada passa pela ação dos agentes oncopromotores; e progressão,
caracterizada pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula
(BRASIL, 2013).
Na fase de iniciação ocorrem mutações celulares permanentes, e essas
mudanças são significativas até a segunda etapa da carcinogênese
(BRUNNER; SUDDARTH, 2006).
A fase de progressão é aquela em que a doença já se instalou. O tumor
já existente manifesta sua capacidade de invasão e metastização (PITANGA,
2015).
Segundo
INCA
(1996),
nesta
fase
as
células
se
encontram,
geneticamente alteradas, porém ainda não é possível detectar um tumor
clinicamente.
“As lesões precursoras do carcinoma mamário como a hiperplasia
ductal atípica, a neoplasia lobular e carcinoma ductal in situ apresentam
alterações genéticas comuns aos carcinomas.” (BRASIL, 2013, p.86).
As neoplasias lobulares são lesões não invasivas, localizadas
ou extensas, que comprometem a unidade lobular e podem
disseminar-se para os ductos. Recentemente reconhecidas
como lesões precursoras, às neoplasias lobulares constituem
achados incidentais de biópsias da mama, tendem à
multicentricidade e à bilateralidade. O carcinoma ductal in situ é
uma proliferação epitelial neoplásica intraductal que respeita a
barreira da membrana basal. São classificados de baixo e alto
grau, considerando o volume nuclear, a distribuição da
cromatina e as características dos nucléolos. Tal classificação
representa o grau de agressividade da lesão. (BRASIL, p.86,
2013)
23
A Doença de Paget é um tumor raro e a praticamente todas as pacientes
portadoras dessa patologia apresentam um carcinoma subjacente (BRASIL,
2013).
Essas células malignas podem demonstrar propensão para invadir os
tecidos adjacentes e gerar metástase.
Segundo Mohallem & Rodrigues (2007), a metástase é um tumor que
cresce separadamente do tumor secundário. Ele se origina de células do tumor
primário e que foram transportadas para outros locais através dos vasos
linfáticos ou sanguíneos.
O tempo da carcinogênese completa é indeterminado e pode levar anos
até o aparecimento do tumor, mas pode ser interrompido a qualquer momento
se o organismo for capaz de deter a proliferação das células (INCA, 2015).
4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O câncer de mama é geralmente assintomático, e isso é o que dificulta o
diagnóstico precoce, o sinal detectado na maioria das vezes é a presença de
um nódulo endurecido na mama, ou secreção espontânea saindo pelo mamilo.
A dor só ocorre nos casos avançados, e na maioria das vezes, nas lesões
benignas. Nas formas avançadas também pode surgir modificações no aspecto
da pele, que é o conhecido por “casca de laranja”, devido ao aspecto da mama.
Pode também surgir linfonodos palpáveis na axila (INCA, 2015).
As metástases do câncer de mama causam complicações específicas da
localização do tumor, como infecções; redução da mobilidade se ocorrer
metástase ósseas; alterações respiratórias, e distúrbios do sistema nervoso
central (BOUNDY, 2004).
5 FATORES DE RISCO
Segundo Ribeiro (2014) os principais fatores de risco para desenvolver o
câncer de mama são:
a) sexo feminino, sendo só 1% nos homens.
b) Idade acima dos 40 anos.
c) hereditariedade
24
d) alterações nas mamas, como hiperplasia atípica e carcinoma lobular insitu, tem alto risco de desenvolver neoplasia mamária.
e) a nuliparidade e mulheres que tem filhos a partir dos 30 anos.
f) menopausa tardia, após os 55 anos e menarca precoce, antes dos 12
anos.
g) o uso de reposição hormonal durante 5 anos ou mais.
h) mulheres caucasianas.
i) o tecido mamário denso, apresentam maior probabilidade.
j) a ingestão de alimentos ricos em gordura animal e laticínios, obesidade
após a menopausa aumentam de 33-36% o risco do CA de mama.
k) o sedentarismo, a pratica de exercício físico diminui em 10-25%.
l) a ingestão de bebidas alcóolicas, pois aumentam os níveis de
estrógenos endógeno; e
m) alteração no cromossomo 17, onde se localiza o gene HER2, e no
cromossomo 13 onde se localiza o gene BRCA-1.
6 TRATAMENTO
Os cânceres no geral devem ser tratados em centros específicos, com
profissionais qualificados e experientes. Que tenham a capacidade de
diagnosticar, determinar a extensão da neoplasia, tratar, cuidar e prestar uma
assistência de qualidade. Nos últimos anos obtiveram-se avanços na área de
tratamento do câncer, as cirurgias foram reformuladas e surgiram drogas mais
eficazes
no
tratamento
sistêmico.
Hoje
conta-se
com
uma
equipe
multidisciplinar e com isso consegue-se prestar uma assistência e cuidados
individualizados aos pacientes, onde se avalia não só a gravidade da doença,
mas todo o contexto do paciente (BRASIL, 2013).
Quando confirmado o diagnóstico de câncer, a paciente passa por
muitos tratamentos como: quimioterapia, radioterapia, cirurgia, hormonioterapia
e imunoterapia, a indicação vai depender da conduta médica, onde pode se
optar por apenas uma terapia ou combinar terapias entre si (COSTA et al.,
2012).
25
6.1 Radioterapia
É um método capaz de destruir células neoplásicas, utilizando feixes de
radiações ionizantes. A dose pré-calculada de radiação é aplicada, respeitando
um tempo e volume adequado para cada tipo e tamanho de tumor, o intuito é
extirpar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células
normais circunjacentes, à custa das quais se fará a regeneração da área
irradiada (INCA, 2015).
a) segundo Nettina (2011) a radioterapia é uma terapia adjuvante
que
reduz as incidências de recidivas, é utilizada quando se opta por
conservar as mamas. Também pode ser recomendada no pré-operatório
para reduzir as medidas do tumor, para que assim possa opera-lo.
b) pode ser utilizada em pacientes pós-mastectomizadas, quando o tumor é
muito grande e tem grandes extensões, esse procedimento pode
retardar a reconstrução das mamas.
c) um procedimento conservador como a rádio só é contraindicado quando
existem tumores em quadrantes separados, se já faz o uso da terapia ,
gravidez e margens positivas.
d) se a paciente estiver grávida, recomenda-se uma radioterapia exclusiva,
nos primeiros trimestres, já no final da gravidez suspende a radiação,
com o intuito de preservar a mama.
e) quando tem metástases de mamas, essa terapia é muito utilizada para
minimizar dores ósseas.
f) a radiação é uma terapia direcionada, para determinado local, no caso
das mamas, para a parede torácica e nos linfonodos que restaram.
g) a forma como é administrado essa radiação depende muito de cada
caso, podendo variar de uma pessoa para outra.
h) assim como qualquer outro tipo de tratamento pode apresentar efeitos
adversos, pode ocorrer também algumas complicações que vão
necessitar de cuidados após a radiação.
i) existe hoje no mercado um dispositivo que aplica parcialmente a
radiação através de um balão nas mamas, este dispositivo é implantado
cirurgicamente e fica por um tempo, o disparo da radiação é feito duas
26
vezes no dia, cinco vezes por semana. Este procedimento deve ser
realizado como parte de um ensaio prospectivo. Mas ainda esta em fase
de estudos.
6.2 Quimioterapia
A quimioterapia é o uso de medicamentos potentes contra o câncer, ela
pode ser usada antes ou depois, para completar a cirurgia. A quimioterapia tem
efeito sistêmico, em todo o corpo, visando evitar que o tumor retorne ou forme
metástases (BRUNNER; SUDDARTH, 2002).
A administração dos quimioterápicos pode ser feita por via oral,
endovenosa, subcutânea, intramuscular, intracraneal, intratecal ou tópica
(INCA, 2015).
Segundo Sabbi (2002), a quimioterapia é aplicada em três situações:
a) após a cirurgia: Terapia adjuvante. Nas formas iniciais do tumor podem
existir metástases, ou elas podem vir a aparecer, por isso é indicada a
complementação da cirurgia com a quimioterapia. Nessa fase inicial a
quimioterapia traz grande benefício, uma vez que, mesmo que as
metástases existam, elas demoram muito mais a se manifestar;
b) antes da cirurgia: É a situação em que o tumor atingiu um tamanho em
que a cirurgia não está indicada. Com o uso da quimioterapia o tumor
pode reduzir seu tamanho para que seja possível realizar o
procedimento, ou, em alguns casos, pode até desaparecer. É chamada
terapia neoadjuvante;e
c) quando já não há indicação de cirurgia: Paliativa. É indicada quando a
doença já está muito avançada, com metástases, e a possibilidade de
cura já não existe. Nesse caso a quimioterapia só é feita para diminuir os
sintomas ou interromper a progressão da doença.
Segundo o INCA (2015) o tempo de tratamento varia de acordo com o
caso e o tipo de tumor, e pode causar vários efeitos colaterais, como: fraqueza,
diarreia, perda de peso, aumento de peso, feridas na boca, quedas de cabelo e
pelos do corpo, náuseas e vômitos.
27
6.3 Cirurgia
O método cirúrgico pode ser de duas formas: conservador, onde é
retirado apenas o tumor, ou a mastectomia, onde ocorre à retirada da mama e
a retirada dos linfonodos, o procedimento cirúrgico tem a função prognóstica e
terapêutica (INCA, 2015).
Segundo Ribeiro (2013) o procedimento cirúrgico para o tratamento do
câncer de mama é muito comum, e pode variar conforme a classificação do
tumor:
a) tumorectomia (cirurgia conservadora): apenas a retirada do tumor e
algum tecido circundante;
b) mastectomia poupadora de pele: é removido a glândula mamária, porém
poupa a pele que a reveste, assim facilita a reconstrução mamária;
c) mastectomia simples e total: é realizado a remoção de toda a mama,
com preservação dos músculos peitorais;
d) mastectomia radical modificada ou mastectomia de Patey: é removido
toda mama e os gânglios axilares, porém é preservado os músculos
peitorais; e
e) mastectomia radical ou mastectomia radical de Halsted: é realizado
aremoção total da mama, músculos peitorais e os gânglios axilares,
estetipo de cirurgia não vem sendo utilizada atualmente, por ser muito
extensa há um risco elevado de causar deformação do peito e ombro.
28
CAPÍTULO II
A INCIDÊNCIA DO CA DE MAMA E AS MEDIDAS PRECOCES DE
DETECÇÃO E DIAGNÓSTICO NO CONTEXTO DA ENFERMAGEM
1 EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA NO BRASIL E NO MUNDO.
Segundo o INCA (2015), o câncer de mama é o que mais acomete
mulheres sem contar com câncer de pele não melanoma, sendo a causa mais
frequente de óbitos em mulheres, ocupando a quinta posição por câncer em
geral.
No Brasil as taxas de mortes são elevadas, provavelmente por ser uma
doença diagnosticada em estágio avançado, podendo ter altas chances de cura
se o diagnóstico for precoce (BRASIL, 2011).
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres
em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em
países desenvolvidos. Cerca de 1,67 milhões de casos novos dessa
neoplasia foram esperados para o ano de 2012, em todo mundo, o
que representa 25% de todos os tipos de câncer diagnosticado nas
mulheres. Suas taxas de incidência variam entre as diferentes regiões
do mundo, com as maiores taxas em 2012 na Europa Ocidental
(96/100 mil) e as menores taxas na África Central e na Ásia Oriental
(27/100 mil) (INCA, 2014).
Em 2014 foram estimados 57.120 novos casos de câncer de mama no
Brasil, estima-se 56 ocorrências para cada 100 mil mulheres, e para 100 casos
em mulheres, apenas um homem terá a doença (INCA, 2015).
Estimativas no ano de 2014 para os cânceres que mais acometem
mulheres, exceto o de pele não melanoma são: câncer de mama 20,8%,
câncer de cólon e reto 6,4%, câncer de colo de útero 5,7%, câncer de traqueia,
brônquio e pulmão 4,0%, glândula tireoide 2,9%, estômago 2,7%, corpo do
útero 2,2%, ovário 2,1%, linfoma não Hodgkin 1,8% e leucemias 1,6%
(BRASIL, 2015).
Na região norte do Brasil o câncer do colo de útero acomete mais as
mulheres, ficando em segundo lugar o câncer de mama (INCA, 2015).
29
2 AS POLÍTICAS DE SAÚDE PÚBLICA VOLTADAS PARA A DETECÇÃO
PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA.
Nos anos 80 o Brasil já sentia a necessidade de controlar o câncer de
mama e começou a promover estratégias para observar a saúde da mulher de
uma maneira mais ampla, com isso criou programas que ofertavam uma
atenção maior à saúde da mulher (INCA, 2015).
Com o passar dos anos esses programas vieram ganhando cada vez
mais incentivos e melhorias, e passaram a ser moldados de acordo com o perfil
epidemiológico do nosso país.
Nos dias de hoje existem ações voltadas ao câncer de mama que tem
por objetivo a promoção e prevenção da saúde, sendo a promoção um
determinante muito importante, pois tem como principal objetivo, ampliar o
conhecimento da população e incentivar práticas saudáveis. Diante de uma
população bem informada estima-se uma melhoria na qualidade de vida e
diminuição das doenças e agravos. Já a prevenção do Câncer de mama, está
intimamente relacionada a reconhecer e detectar os fatores de risco, embora
não seja possível mudar nossa genética, é muito importante nos atentarmos
aos fatores que podem ser modificáveis, para que diminua as chances de
desenvolver o câncer de mama (INCA, 2015).
Na teoria, prevenir o câncer consiste em reduzir ao mínimo ou
eliminar a exposição aos agentes carcinogênicos, além de minimizar
a suscetibilidade individual aos efeitos destes agentes. Para isso, a
população deve ser informada sobre os comportamentos de risco, os
sinais de alerta e a frequência da prevenção (OLIVEIRA et al, 2012).
O câncer de mama é a neoplasia maligna que mais tem afetado as
mulheres na atualidade, com isso o Ministério da Saúde tem preconizado que
algumas medidas sejam adotadas (SILVA et al, 2014).
Estipulou que para controlar o câncer de mama ações devem ser
executadas em todos os níveis de atenção, e que a assistência deve ser
prestada por uma equipe multidisciplinar, onde o enfermeiro realiza o que lhe é
atribuído (CAVALCANTE, 2013).
Também passou a oferecer a população acesso a procedimentos que
detectam a doença em sua fase inicial, como o rastreamento mamográfico e
exame clínico (SANTOS, KOCH, 2010).
30
Segundo Grillo (2013) para que as estratégias que foram traçadas
tenham sucesso e atendam as expectativas, é necessário que toda uma equipe
seja mobilizada, como os profissionais da saúde e gestores, sendo de extrema
importância que cada um assuma seus respectivos papéis com muita
responsabilidade, visando sempre à melhoria do que foi proposto.
2.1 Autoexame das mamas
Estudos apontam que a realização do AEM traz muitos benefícios, como
a detecção de nódulos ainda pequenos, além de ser um método simples, de
fácil execução e sem custo (BRITO et al, 2010).
Em países mais desenvolvidos o AEM é uma prática pouco utilizada,
pois não causa impacto sobre a mortalidade. Mas no Brasil ainda se preconiza
esse procedimento, pois se subentende que a mulher consegue detectar
rapidamente alguma anormalidade em seu próprio corpo (FRANÇA et al,
2012).
A realização do AEM faz parte de todo um processo educacional em
saúde, onde a equipe de enfermagem deve sempre orientar as mulheres sobre
a real importância em detectar o câncer de mama precocemente, e aproveitar o
momento da consulta para mostrar a forma correta de realizar o AEM em casa
(BATISTON, 2009).
O autoexame das mamas não é indicado como um método de
rastreamento, pois é a própria mulher que se toca, com o objetivo de encontrar
alguma alteração e conhecer mais o próprio corpo. Recomenda-se que o
autoexame seja realizado mensalmente de 7 a 10 dias após o período
menstrual, pois nesses dias as mamas estão indolores e menos consistentes.
Já as mulheres histerectomizadas, que estão no climatério ou amamentando,
quando não ocorre menstruação deve se escolher um dia e sempre realizar o
autoexame no mesmo dia de cada mês. (FERNANDES, NARCHI, 2007).
O autoexame das mamas não substitui o exame clínico realizado por um
profissional capacitado, mas é tão importante quanto (BRASIL, 2008).
Segundo orientações do Ministério da Saúde, o AEM deve ser realizado
em dois tempos: inspeção em frente ao espelho e palpação digital das mamas
em decúbito dorsal. (MENDES; SILVEIRA; SILVA, 2013, p.14).
31
Inspeção em frente ao espelho:
a) a mulher deve se posicionar em frente ao espelho, com os braços
alinhados ao longo do corpo e observar as mamas;
b) elevar e lateralizar os braços e volte à posição inicial, e observe se há
alguma alteração no contorno das mamas;
c) é importante observar se existe presença de retrações, abaulamentos,
simetria e saída espontaneamente de líquido.
Palpação das mamas:
a) na posição deitada, elevar uma mão sobre a cabeça, e com a outra
palpar a mama oposta a mão que examina. Repetir o procedimento na
outra mama;
b) recomenda-se que toda a mama seja inspecionada e palpada, exerça
um pouco de pressão nos dedos, para sentir o tecido que se encontra
abaixo da pele, pois assim facilita na detecção de massas palpáveis;
c) é muito importante descrever as características que se palpou, em
relação a tamanho, mobilidade, localização e contorno.
Movimentos:
a) deve-se realizar movimentos circulares com as polpas digitais do 2º, 3º e
4º dedos da mão como se tivesse contornando as extremidades de uma
moeda. A região da aréola e da papila (mamilo) deve ser palpada e não
comprimida. No caso da mulher mastectomizada deve-se palpar a
parede do tórax, a pele e a cicatriz cirúrgica;
b) quadrante: a mão vai da base da mama em direção à papila e volta.
c) Vertical: os dedos caminham para cima e volta para baixo cobrindo toda
a mama.
Expressão
a) Com delicadeza, aperte o mamilo a procura de fluidos papilares. Repita
o procedimento na outra mama (FERNANDES, NARCHI, 2007).
Embora o AEM seja um método que pode ser realizado com facilidade,
estudos tem investigado o conhecimento, a frequência e a maneira como é
realizado pelas mulheres, e os índices tem mostrado que menos da metade da
população realiza o AEM regularmente (BRITO, 2010).
32
2.2 Exame clínico das mamas
Em abril de 2004 o instituto Nacional de câncer (INCA), passou a
recomendar que o exame clínico das mamas (ECM) deve ser realizado em
todas as consultas clínicas, e em todas as faixas etárias, sendo um cuidado
rotineiro para a saúde da mulher (STEIN, 2009).
No momento da consulta o profissional deve aproveitar e informar a
paciente sobre o câncer de mama, a importância de se detectar precocemente,
quais os sinais e sintomas característicos, e também ter um olhar clínico sobre
os relatos de sinais e sintomas que a paciente está se queixando.
Independente das queixas o ECM deve incluir inspeção estática, inspeção
dinâmica, palpação das mamas, gânglios axilares e supra claviculares
(BRASIL, 2013).
Na inspeção estática o profissional consegue observar sinais sugestivos
de câncer, nesta etapa a paciente pode estar sentada com os braços
pendentes ou com os braços levantados sobre a cabeça. Na inspeção
dinâmica o profissional pede que a mulher levante e abaixe os braços, que
realize contração da musculatura peitoral, e realize uma compressão sobre o
quadril com uma mão de cada lado.
Na palpação é muito importante não examinar só as mamas, mas
também as cadeias ganglionares axilares e supra claviculares, sendo a axilar
com a paciente sentada. O braço deve estar homolateralizado e relaxado
apoiado no antebraço do examinador, ainda sentada com a cabeça semi-fletida
e com uma inclinação lateral, examina-se as supra claviculares.
Em decúbito dorsal e a mão sobre a cabeça, inicia-se a palpação das
mamas, utilizando as polpas digitais do 2º, 3º e 4º dedos, deve-se aplicar três
tipos de pressão sobre a mama, leve, media e profunda. Importante palpar a
aréola e mamilo e observar se existe a presença de alguma crosta ou
secreção, no momento da palpação observa-se a coloração, temperatura e
textura (BRASIL, 2013).
Após o ECM, o profissional comunicará a paciente sobre as medidas
que devem ser tomadas. Deve-se registrar qualquer alteração, encaminhar e
comunicar o médico sobre os achados. Não perder a oportunidade de
incentivar a paciente a se cuidar, a realizar o AEM. (NETTINA, 2011).
33
É importante salientar que o ECM deve ser realizado por profissionais
treinados e capacitados, sendo este enfermeiro ou médico, pois é um exame
que merece muita atenção e capacitação, pois existem nódulos de até 1cm que
podem ser detectados através do ECM.( INCA, 2015).
2.3 Mamografia
“A mamografia é um dos métodos mais efetivos para diagnóstico
precoce de tumores malignos. Com esta tecnologia, pode-se detectar entre
85% e 95% de casos de câncer de mama em mulheres maiores de 50 anos”
(RAMOS; DIMENSTEIN; LEDERMAN, 2010).
Estudos apontam que o rastreamento mamográfico conseguiu reduzir
cerca de 30% os óbitos por câncer de mama, o exame é indicado como
rastreamento para mulheres assintomáticas e para as sintomáticas como um
meio de confirmação do diagnóstico. A mamografia tem ajudado a reduzir a
mortalidade por câncer de mama, pois essa tecnologia ajuda a antecipar cerca
de dois anos, o diagnóstico. Com isso se detecta a doença em sua fase inicial
e inicia precocemente o tratamento o tornando mais eficaz, diminui os danos
estéticos, morbidade e melhora o prognóstico do paciente (SANTOS,
CHUBACI, 2011).
Segundo Novaes e Mattos (2009), diante de um consenso para controlar
o câncer de mama, o Brasil preconiza que a mamografia seja realizada a cada
dois anos, em mulheres de 50 a 69 anos.
Para mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos a mamografia só é
recomendada caso haja alguma alteração no exame clínico das Mamas, essas
mulheres não fazem parte do grupo rastreado, porque geralmente ainda
possuem mamas muito densas (INCA, 2015).
Em pacientes que apresentam histórico de câncer na família, a
mamografia deve ser realizada anualmente, a partir dos 35 anos (SANTOS,
CHUBACI, 2011).
A mamografia é um exame realizado através de um mamógrafo, que
emite baixas doses de raio-X, que capitam duas imagens de cada mama,
sendo uma crânio podal e outra médio lateral (NETTINA, 2011).
34
Durante o exame as mamas são comprimidas para reduzir a quantidade
de radiação que vai ser absorvida pelo tecido e separa o tecido suprajacente.
Existem instituições que são credenciadas pelo American College of Radiology,
sendo essa as indicadas para realizar a mamografia, pois elas contam com
equipamentos e quadro de funcionários capacitados para realizar o
procedimento. Mas embora sejam credenciadas podem ocorrer resultados
falso-negativo.
Se a mulher estiver grávida não há indicação para realizar o exame, e se
tiver mamas muito densas, como as mais jovens também não tem indicação.
Existem dois tipos de mamografia, de filme e digital, as duas utilizam
raio-x para obter as imagens. O que muda é que a digital é semelhante a uma
fotografia digital, existem alguns casos em que a digital apresenta mais
vantagens, como idade menor que 50 anos, mamas densas e premenopausadas, pois facilita a visualização (NETTINA, 2011).
É muito importante ressaltar que é um procedimento simples, mas que
pode causar certo desconforto devido a compressão, leva cerca de 15 min para
realização da mamografia.
A paciente deve ser orientada na consulta anterior ao exame a não
utilizar nenhum tipo de hidratante, desodorante, nas mamas nem nas axilas.
É muito importante conversar com a paciente, esclarecer as dúvidas,
explicar a importância do procedimento e explicar que os benefícios são muito
grandes e que a dose de radiação chega a ser insignificante (NETTINA, 2011).
3 A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE PREVENÇÃO E
DETECÇÃO PRECOCE DO CA DE MAMA UTILIZANDO A FERRAMENTA
DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
O câncer de mama é considerado um problema de saúde pública no
Brasil, uma vez que é uma das principais causas de mortalidade feminina. Seu
controle foi aprimorado a partir da construção da Política Nacional de Atenção
Oncológica (PNAO) no final de 2005, por meio da portaria 2439/GM que
estabeleceu as diretrizes para o controle, com foco na promoção de saúde até
os cuidados paliativos com o câncer, seguindo os princípios do SUS (ABREU
apud LEAO; PINTO; BRAGA, 2008).
35
Dos novos casos de neoplasias no ano, 22% corresponde ao câncer de
mama, e as taxas de mortalidade continuam elevadas, provavelmente por
conta do diagnóstico tardio. Entre as 10 principais causas de morte por câncer
em mulheres, o de mama ocupa a primeira posição nos óbitos. (BRASIL, 2015)
A detecção precoce do câncer de mama seria a melhor forma de reduzir
essa mortalidade, já que a doença quando diagnosticada em seu estágio inicial
têm bom prognóstico e grandes chances de cura. Aqui se destaca a
importância do Autoexame das mamas, que pode ser realizado pela própria
mulher em sua casa sem a necessidade de procurar o serviço de saúde, o
exame clínico das mamas e a mamografia.
Segundo Lourenço et al. (2013) são muito escassas as pesquisas sobre
a atuação da enfermagem diante do câncer de mama, existem poucos artigos
disponíveis.
Sabe-se que muitas vezes essas mulheres podem não ter informação
sobre a relevância desses exames, já que a mídia trata esporadicamente sobre
o assunto, normalmente em tempos de campanhas voltadas a prevenção do
câncer. Vale lembrar que as condições socioculturais também influenciam na
percepção dessas mulheres.
Diante disso a educação em saúde entra como ferramenta de
propagação do conhecimento.
A concepção de educação em saúde está atrelada aos conceitos de
educação e de saúde. Tradicionalmente é compreendida como
transmissão de informações em saúde, com o uso de tecnologias
mais avançadas ou não, cujas críticas têm evidenciado sua limitação
para dar conta da complexidade envolvida no processo educativo.
Concepções críticas e participativas têm conquistado espaços e
compreendem a educação em saúde como desenvolvida para
alcançar a saúde, sendo considerada como “um conjunto de práticas
pedagógicas de caráter participativo e emancipatório, que perpassa
vários campos de atuação e tem como objetivo sensibilizar,
conscientizar e mobilizar para o enfrentamento de situações
individuais e coletivas que interferem na qualidade de vida” (SALCI et
al., 2015,p.225).
O enfermeiro deve atuar como multiplicador do saber, levando
informações sobre a doença, sobre seu impacto na vida, tratamento e chances
de cura relacionada com o rastreamento e diagnóstico precoce.
“Na linha de cuidados do câncer, a atenção primária à saúde tem
responsabilidade quanto às ações de promoção, prevenção, detecção precoce
36
e cuidados paliativos, ou seja, em todos os níveis de prevenção da história
natural da doença” (ABREU et al., 2008, p.212).
A atenção primária, que seriam as UBS, tem como função a
disponibilização de informações para população, usando estratégias para
atingir o publico alvo. Devem ser utilizadas maneiras diferenciadas para levar
essas mulheres até o serviço de saúde, realizando busca ativa e palestras de
conscientização. (CARVALHO e TONANI et al. apud LEÃO; PINTO; BRAGA,
2008).
A Unidade Básica de Saúde deve estar organizada para receber e
realizar o exame clínico das mamas das mulheres, solicitar exames
mamográficos nas mulheres com situação de risco, receber resultados e
encaminhar aquelas cujo resultado mamográfico ou cujo exame clínico
indiquem necessidade de maior investigação (BRASIL, 2006).
O exame clínico das mamas é realizado pelo profissional médico ou
enfermeiro capacitado, ele visa detectar alterações, caso algo seja encontrado
recorre-se a exames complementares para diagnóstico. Nesse momento o
enfermeiro tem uma boa oportunidade de educar a população feminina, se
aproximar mais desse público, ensinar sobre prevenção, fatores de risco e
como realizar o autoexame das mamas (BRASIL, 2006).
Portanto, observa-se que a principal assistência que cabe ao enfermeiro
diante do câncer de mama é a educação em saúde, pois somente a detecção
precoce é capaz de reduzir os danos e a alta taxa a mortalidade referente a
essa doença.
37
CAPÍTULO III - A PESQUISA
1 INTRODUÇÃO
A busca incessante de compreender as vertentes de atuação da
enfermagem no contexto de prevenção e detecção precoce do câncer de
mama
associada
à
alta
incidência
mundial
e
nacional
motivou
o
desenvolvimento desta pesquisa que teve como objetivos: Identificar o
conhecimento de mulheres universitárias em relação ao câncer de mama;
analisar a eficiência da educação em saúde no processo de instrumentalização
do conhecimento sobre o conceito e diagnóstico precoce do câncer de mama;
disseminar a informação sobre câncer de mama na população acadêmica para
que esta seja multiplicadora na comunidade em geral; e; incentivar as mulheres
a hábitos saudáveis de vida, para redução de fatores de risco do câncer de
mama.
Para tanto, este estudo seguiu os preceitos da resolução 466/12, sendo
submetido para apreciação do Comitê de Ética e pesquisa, e teve parecer
favorável sob o nº 1.043.095, datado pela relatoria em 25/05/2015. E todos os
depoentes aceitaram participar de forma espontânea, após a explicação sobre
o projeto e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
1.1
Enquadramento metodológico do estudo
Posteriormente à escolha do conteúdo de pesquisa, evidenciou-se a
necessidade de uma metodologia que abordasse o contexto estudado acerca
do tema e objetivos propostos. Neste sentido, foi realizada uma revisão da
literatura disponível, traçando este estudo como descritivo, exploratório com
abordagem quantitativa comparativa.
1.1.1 Tipo de estudo
Para Richardson et al (1999), o método quantitativo, sustenta-se pela
valorização do quantitativo, possibilitando mensurar as coletas de dados, no
demonstrativo numérico e tratamento destes números por técnicas estatísticas.
38
Para Gil (2008), as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a
descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis. Ainda segundo o autor, esse tipo
de pesquisa é utilizado para estudar as características de um determinado
grupo: idade, sexo, raça, origem, escolaridade, ocupação, estado de saúde
entre outros (GIL, 2008).
1.1.2
Métodos e Técnicas
Para alcançar os objetivos traçados, utilizou-se de um instrumento
semiestruturado que foi elaborado pelos autores mediante levantamento
literário que permeavam os aspectos da prevenção e detecção do câncer de
mama (APÊNDICE A). Este instrumento continha 12 questões fechadas, de
múltipla escolha.
Para atender os critérios de inclusão desta pesquisa, os sujeitos
deveriam ser maiores de 18 anos, cursando no mínimo o segundo semestre
das áreas de Pedagogia, engenharia agronômica, Direito, Ciências Contábeis e
Administração, pois acredita-se que as acadêmicas desses cursos não tem
acesso a informação, já que em sua grade não existe disciplinas que
contemplem a matéria de oncologia.
Os respetivos cursos foram comunicados mediante seus coordenadores
e solicitado autorização para coleta de dados.
A coleta de dados discorreu em dois momentos distintos. Inicialmente as
alunas foram orientadas sobre os objetivos deste estudo e a necessidade de
aceitação mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido - TCLE (ANEXO A). As alunas que aceitaram, responderam o
questionário e foram orientadas sobre o novo encontro que seria uma
reaplicação do questionário. Após a aplicação do questionário foi realizada uma
educação em Saúde com o tema: “SE TOCA MULHER”: o conhecimento de
universitárias sobre o Câncer de Mama (figura 2) em forma de palestra que
levou de 10 a 15 minutos conforme proposta deste estudo e após uma semana
elas foram submetidas a uma nova avaliação mediante o mesmo questionário
aplicado no primeiro momento. Após a coleta de dados, os resultados serão
39
apresentados mediante o uso da estatística descritiva, acompanhada de
gráficos representativos.
Figura 2: Educação em saúde
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
40
1.1.3 Local da Pesquisa
A pesquisa foi realizada no Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium de Lins, nos cursos de direito, administração, pedagogia, engenharia
agronômica e ciências contábeis.
1.1.4 Sujeitos da Pesquisa
Conforme apresentado, os sujeitos do estudo foram convidados a
participar da nossa pesquisa mediante a assinatura do TCLE. Na primeira
etapa,
participaram
de
forma
voluntária
273
universitárias,
ou
seja,
responderam o questionário e participaram do processo de educação em
saúde. A faixa etária deste grupo estudado variou de 18 a 57 anos. Abaixo,
segue a divisão gráfica orientada por curso a que correspondem:
GRÁFICO 1: Universitárias segundo CURSO
Participação no Primeiro Questionário
n= 273
26%
30%
20%
ADMINISTRAÇÃO
PEDAGOGIA
ENGENHARIA
CONTÁBEIS
DIREITO
12%
12%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
No segundo momento, indicado pela reaplicação do questionário
com intuito de analisar a eficiência da educação em saúde, tivemos a
representatividade de universitárias conforme apresenta-se no gráfico 2:
41
GRÁFICO 2: Universitárias segundo CURSO
Participação do Segundo Questionário
n= 169
30%
26%
20%
ADMINISTRAÇÃO
PEDAGOGIA
ENGENHARIA
CONTÁBEIS
DIREITO
12%
12%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Conforme evidenciado, temos como participantes deste estudo 273
universitárias no primeiro momento e de 169 participantes na segunda
avaliação. Para tanto, os indicadores serão apresentados mediante a
comparação proporcional, levando-se em conta os valores percentuais como
válidos para discussão. A diferença encontrada no quantitativo de participantes
nas duas fases pode ser justificada pelo período de coleta de dados ser
simultâneo a semana de provas institucionais além do simpósio e recesso
escolar que aconteceram também neste momento.
1.2 Resultados e Discussão
Para
melhor
contextualização
dos
temas,
os
resultados serão
apresentados mediante a representação gráfica, sendo que será utilizada a
referência “A” para os resultados adquiridos no primeiro momento e a
referência “B” para os dados obtidos após o processo de educação em saúde.
Esta referência será seguida do número correspondente da questão abordada.
O questionário foi elaborado em dois eixos, o primeiro eixo tinha como
intencionalidade a obtenção de dados sócio demográficos das participantes. O
eixo 02 foi idealizado mediante levantamento literário específico, direcionando
e avaliando o conhecimento das universitárias sobre as medidas de detecção
precoce além das condutas de prevenção da doença.
42
Neste estudo, quanto questionadas sobre o perfil sócio demográfico
obteve-se: a idade das participantes variando de 18 a 57 anos, sendo a maioria
delas com idade inferior a 30 anos, com cor predominantemente descrita como
branca (66%) e parda (28%), seguidas de preta (4%) e amarela (2%).
De acordo com a literatura, as mulheres brancas tem fator de risco
elevado para o desenvolvimento do câncer de mama (REZENDE et al., 2009).
Segundo o INCA 2013, a neoplasia mamária é rara em mulheres
jovens, representando 5 a 7 % dos casos. Uma vez atingidas na idade jovem,
apresentam um pior prognóstico, porque, na maioria das vezes a paciente é
sintomática e o diagnóstico é feito em um estágio avançado da doença.
Isso significa que as ações de detecção precoce do câncer de mama
devem abranger todas as idades, conscientizando as mulheres da
importância de realizar o autoexame, obtendo esclarecimentos para
que estas possam envolver-se, ativamente, no processo de
autocuidado, transformando, assim, seus hábitos de saúde, já que os
melhores índices de sobrevida estão relacionados à detecção precoce
deste tipo de câncer (BRASIL, 2002).
Quando questionadas sobre o histórico familiar de câncer de mama, os
dados apresentados demonstraram o fator de risco conforme gráfico 3:
250
GRÁFICO 3
PREVALÊNCIA DE HISTÓRICO FAMILIAR DE CA DE
MAMA
208
200
150
100
50
N=273
18
5
25
0
Avó
Irmã/mãe
Outros
Não teve
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Em relação ao histórico familiar, 2% da amostra (05 universitárias)
relataram a prevalência de câncer de mama em mães ou irmãs, o que sugere
fator de risco claro para desenvolvimento da doença bem como adoção de
medidas de prevenção e/ou detecção precoce.
43
Na tentativa de compreender a perspectiva da participante sobre a
importância do autoexame das mamas, ficou evidente a falta da prática que é
descrita pela literatura como primordial na detecção precoce do câncer de
mama.
GRAFICO 4
QUESTÃO 1- Sobre o autoexame das mamas.
A
B
59%
14%
0%
0%
27%
0%
A- Já realizei, acho muito importante
B - Já ouvi falar, mas nunca realizei
C - Já ouvi falar, mas não sei como é realizado
D - Não acho importante
E - Não sei dizer
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Em países como no Brasil onde os métodos de diagnóstico são de difícil
acesso, o autoexame das mamas tem um papel importante no diagnóstico
precoce da neoplasia mamária, sendo de extrema valia o acesso à informação
e maneira correta de realizar o mesmo (MARINHO et al, 2003).
Diante do exposto, fica claro o impacto da educação em saúde na
realização do autoexame das mamas (Gráfico 4), além da amplitude para o
conhecimento adquirido conforme dados dos itens B e C respectivamente.
Quando questionadas sobre sua visão referente aos fatores que levam a
não realização do autoexame das mamas pelas mulheres, obtiveram-se os
seguintes resultados:
44
GRÁFICO 6
QUESTÃO 2 - Qual(is) fator(es) abaixo levam as
mulheres a não realizar o auto exame das
mamas?
9%
0%
14%
38%
23%
16%
A - Medo e/ou vergonha
B - Falta de tempo
C - Desconhecimento/falta de informação
D - Ter boa saúde
E - Outros
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Conforme evidenciado, as mulheres designam o medo e/ou a vergonha
como barreiras na prática do autoexame, acompanhada pela falta de tempo e
desconhecimento da técnica adequada para execução do exame.
Estudos mostram a resistência e dificuldade de inserção do autoexame
das mamas, mas também apresentam que muitas mulheres tem vontade de
aprender a maneira ideal de realizar o procedimento (SILVA, et al, 2009)
Pensando nos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de
mama, as participantes trouxeram as seguintes perspectivas:
45
GRÁFICO 7
QUESTÃO 3- Em sua opinião quais dos fatores
abaixo aumentam o risco de desenvolver o
câncer de mama?
A
0%
7%
B
0%
14%
61%
18%
A - Ter vários parceiros sexuais
B - Histórico de câncer de mama na família
C - Sentir dores nas mamas frequentemente
D - Ter a presença de nódulos mamários em alguns dias do mês
E - Fazer uso de anticoncepcional e não menstruar normalmente
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Mediante os gráficos apresentados, em um status de comparação, ficou
notória a eficiência da educação em saúde (gráfico 7) como quebra de
conceitos inadequados além de proporcionar conhecimento para designar os
fatores de risco associados ao aparecimento da doença. Nesta questão, a
alternativa que demonstraria o conhecimento adquirido nesta vertente seria a
letra “b”, sendo o histórico familiar apontado como grande contribuinte na
esfera fisiopatológica.
“Já está bem estabelecido que a história familiar de Ca de mama coloca
a mulher em um grupo de risco aumentado para o desenvolvimento da doença”
(BATISTON et al, 2011, p.167).
46
GRÁFICO 9
QUESTÃO 4 - Qual o melhor período para realizar
o autoexame das mamas?
A
B
2%
2%
2%
9%
16%
67%
A - No período menstrual.
C - Depois do período menstrual (7 dias após).
E - Nenhum dos períodos apresentados.
B - Antes do período menstrual (7 dias antes).
D - Sempre que achar necessário.
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Quando questionadas sobre o período adequado para a realização do
autoexame das mamas, no primeiro momento 67% das entrevistadas
responderam a alternativa “D” - sempre que achar necessário, já quando
questionadas após a educação em saúde 75% responderam corretamente
assinalando a alternativa “C” – após o período menstrual (7 dias após).
Como afirma Marinho et al., (2003) o autoexame é recomendado a todas
as mulheres a partir da primeira menstruação, e deve ser realizado entre o 7° e
o 10° dia do ciclo menstrual, quando as mamas se apresentam mais flácidas e
indolores.
47
GRÁFICO 11
QUESTÃO 5- Quando deve ser realizado o auto
exame das mamas?
A
0%
B
0%
10%
27%
20%
44%
A - Semanalmente.
C - Anualmente.
E - Não é necessário.
B - Mensalmente.
D - sempre que achar necessário.
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Ao serem questionadas sobre quando deveria ser realizado o
autoexame das mamas, no primeiro momento 44% das universitárias
acreditavam que este deveria ser realizado uma vez ao ano. Já no segundo
momento após a educação em saúde a diferença foi notória quando 69%
assinalaram a alternativa correta que diz que o autoexame das mamas deve
ser realizado mensalmente.
Acredita-se que ao realizar o autoexame das mamas mensalmente, a
mulher tem a capacidade de observar alguma alteração ou anormalidade que
indique a presença de nódulo maligno, possibilitando assim um bom
prognostico (INCA, 2015).
48
GRÁFICO 13
QUESTÃO 6- Quem pode ser acometido
pelo câncer de mama?
A
1%
B
0%
0%
22%
0%
70%
A - Homem e mulher
B - Somente o homem.
C - Somente Mulheres.
D - Mulheres com mais de 60 anos.
E - Somente mulheres jovens.
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Ao observarmos o gráfico 13, nota-se que a educação em saúde teve
uma grande relevância nos resultados, onde no primeiro momento, poucas
participantes tinham conhecimento sobre o acometimento do CA de mama em
homens, apenas 22%, já no segundo momento atingiu-se o objetivo proposto,
onde os resultados aumentaram significativamente, 93%.
Embora seja raro, o câncer de mama também acomete os homens,
totalizam apenas 1% do total de casos da doença (INCA, 2015).
49
GRÁFICO 15
QUESTÃO 7 - Qual a idade indicada para a
realização da mamografia?
A
B
1%
24%
17%
1%
0%
59%
A - 35 a 45 anos
C - Somente depois dos 60 anos
E - Qualquer idade
B - A partir dos 40 anos
D - 45 a 59 anos
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Mediante ao questionamento sobre a idade correta de realização da
mamografia, antes da educação em saúde 59% assinalaram como resposta
correta a alternativa “B”, que apresenta como idade ideal para a realização da
mamografia após 40 anos de idade, e no segundo momento passando para
62%. Porém 25% das mulheres ainda acreditam que a mamografia tem deve
ser realizada entre 35 e 45 anos, e assinalaram a alternativa “A”.
50
GRÁFICO 17
QUESTÃO 8 - O que a mamografia
detecta?
A
2%
0%
B
0%
7%
0%
91%
A - câncer de pele
B - câncer de mama e colo de útero
C - câncer de pulmão
D - câncer de mama
E - câncer de mama e de pele
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Analisando os gráficos apresentados onde foi questionado o que a
mamografia detecta, no primeiro momento 91% das mulheres responderam CA
de mama, 7% CA de mama e colo do útero e 2% CA de pele. Já no segundo
momento 94% acreditam que a mamografia detecta o CA de mama, porém 6%
continuam acreditando que o CA de colo de útero também pode ser detectado
através desse exame.
A mamografia é uma radiografia da mama, que detecta lesões mamárias
em seu estagio inicial. Estudos mostram que a introdução da mamografia
reduziu em média 30% dos óbitos de câncer (SANTOS; CHUBACI, 2011).
51
GRÁFICO 19
QUESTÃO 9- Mulheres na menopausa devem
realizar autoexame das mamas?
A
0%
2%
B
0%
0%
21%
76%
A - Só se quiserem.
B - Sim, devem fazer o exame normalmente.
C - Não, mulheres na menopausa não apresentam risco de desenvolver câncer de mama
D - Só se for pedido pelo médico.
E - Somente se estiverem sentindo dor nas mamas.
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Ao comparar as duas amostras A e B, fica evidenciado que embora a
maioria das participantes apresentasse uma opinião formada sobre a
importância do autoexame das mamas em mulheres menopausadas, no
segundo momento obteve-se um aumento, passando de 76% para 95%,
reafirmando a eficácia da educação continuada.
É necessário ressaltar a importância de mulheres menopausadas
realizar o autoexame das mamas, pois não existe limite de idade para cuidar da
saúde ginecológica ( SANTOS; CHUBACI, 2011).
52
GRÁFICO 21
QUESTÃO 10 - Mulheres com histórico de câncer
de mama na família (mãe e irmã) deve fazer
acompanhamento a partir de que idade?
A
1%
B
10%
13%
0%
19%
56%
A - 40 anos
B - 45 anos
C - 25 anos
D - 30 anos
E - 35 anos
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Mediante as amostras apresentadas sobre a idade em que a mulher que
tem CA de mama na família deve começar o acompanhamento, no primeiro
momento somente 13% acreditava que a idade deveria ser 35 anos, já no
segundo momento esse número subiu para 33%. Porém observou-se que
devido o grande numero de informações que elas receberam referente a
idades, pode ter ocorrido algum erro de interpretação, pois a alternativa “C”,
teve grandes índices nos dois momentos.
“As mulheres pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de
desenvolver câncer de mama devem fazer exame clinico das mamas e
mamografia anual a partir dos 35 anos” (INCA, 2015).
53
GRÁFICO 23
QUESTÃO 11- O exame clinico das mamas deve
ser realizado a partir de que faixa etária?
A
B
0%
1%
0%
34%
39%
25%
A - A partir dos 20 anos
B - A partir dos 35 anos
C - A partir dos 40 anos
D - A partir dos 45 anos
E - A partir dos 50 anos
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Após análise das amostras A e B, observa-se que no primeiro momento
quando questionadas sobre a faixa etária correta 39% assinalaram a alternativa
apropriada, no segundo questionamento esse número aumentou para 46%,
sendo esse resultado de grande valia, pois o exame clinico das mamas é
preconizado pelo MS como um método de rastreamento.
54
GRÁFICO 25
QUESTÃO 12- Mulheres com prótese de silicone
podem realizar a mamografia?
A
0%
3%
B
1%
14%
7%
76%
A - Sim, normalmente
B - Não, a prótese pode estourar.
C - Não, elas fazem ultrassonografia.
D - Somente se quiserem, não é necessário.
E - Somente se a mulher for idosa.
NR
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
Embora a maioria tivesse assinalado a resposta correta no primeiro momento,
nota-se que a porcentagem aumentou de 76% para 96% no segundo momento.
Recomenda-se que mulheres que fazem uso de prótese de mamária,
realize a mamografia com a mesma frequência que mulheres que não utilizam
prótese (LOUVEIRA et al, 2003).
1.2 Considerações finais
Observa-se que a estratégia de intervenção proposta foi bem sucedida,
uma vez que se conseguiu desenvolver a metodologia empregada e atingir o
objetivo sugerido. No primeiro momento na maioria das questões notou se a
falta de conhecimento das mulheres sobre a patologia, os métodos de
prevenção e detecção precoce entre outros.
No segundo momento após a educação em saúde as amostras tiveram
resultados satisfatórios, e após a comparação desses dados nota-se que a falta
de informação muitas vezes leva a paciente a ter tratamento mais invasivo e
55
severo e consequentemente essa mulher muitas vezes não terá um bom
prognóstico.
Diante disso ressalta-se a necessidade de criar uma proposta de
intervenção em relação à atuação do enfermeiro na educação em saúde.
Sentiu-se também a necessidade de disseminar cada vez mais as informações
sobre o câncer de mama. E cabe ao profissional enfermeiro atrair para si
mesmo a responsabilidade de educar.
A metodologia aplicada foi de grande valia para informar, esclarecer e
orientar a população alvo a respeito da prevenção e da detecção precoce do
câncer de mama. O fato foi comprovado após avaliação dos gráficos, que
mostrou a importância da educação em saúde.
56
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Perante os resultados obtidos nessa pesquisa, fica evidente a
importância da educação em saúde, pois através dos dados alcançados
observa-se que os resultados foram significativos.
Devido ao tema ter despertado grande interesse das entrevistadas,
acredita-se na importância da continuidade deste trabalho, através de um
projeto de extensão, a fim de orientar as futuras universitárias.
Embora os homens não tenham respondido os questionários, a
presença deles não foi descartada durante as orientações, pois se espera que
eles sejam multiplicadores das informações para as mulheres do seu convívio.
Anseia-se que esta pesquisa ultrapasse os muros da faculdade, levando
a informação para toda a comunidade, facilitando a prevenção e possibilitando
o diagnóstico precoce.
57
CONCLUSÃO
Conforme evidenciado os objetivos desse trabalho foram atingidos, pois
após analise estatística verificou-se a escassez de informações das
acadêmicas, e que após uma breve orientação que realizamos a melhora do
conhecimento das universitárias foi visível.
Acredita-se que as informações serão difundidas e multiplicadas para a
comunidade, uma vez que as participantes mostraram interesse e foram bem
participativas durante as orientações.
Neste sentido, espera-se também que a educação em saúde seja uma
ferramenta imprescindível, que influenciará positivamente no processo de
conhecimento e detecção precoce do câncer de mama. Aumentando assim as
chances de cura, através de um diagnóstico precoce.
Com isso, observa-se que o enfermeiro tem papel fundamental na
educação em saúde, pois ele é quem direciona a equipe e as ações que serão
tomadas a fim de detectar e prevenir o CA de mama.
Sugere-se a continuidade de pesquisas voltadas para o câncer de mama
com foco na educação em saúde, tendo em vista que o melhor tratamento é a
prevenção.
58
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RIBEIRO, J.I. Carcinoma da mama: estado-da-arte, 2014. Dissertação
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62
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Revista Panam Salud Publica, v.5, n.1, p.366, 2012.
63
APÊNDICES
64
APÊNDICE A- Questionário
QUESTIONÁRIO
EIXO 1 – PERFIL SOCIO DEMOGRÁFICO
Idade:______ Curso:_________________________ Semestre: _______
Situação conjugal: ( ) solteira ( ) amasiada ( ) divorciada ( ) viúva ( ) casada
Cor: ( ) Branca ( ) Parda ( ) Amarela ( ) Preta/Negra
Trabalha fora de casa? ( ) Sim ( ) Não. Cidade que reside: _____________
Alguma pessoa da sua família já teve câncer de mama? ( ) Sim ( ) Não
Se sim, quem? ( ) mãe ( )avó ( )irmã ( ) tia ( )prima ( ) outros:______________
EIXO 2 – AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE CÂNCER DE MAMA
1. Sobre o autoexame das mamas:
a) ( ) Já realizei, acho muito importante.
b) ( ) Já ouvi falar, mas nunca realizei.
c) ( ) Já ouvi falar, mas não sei como é realizado.
d) ( ) Não acho importante.
e) ( ) Não sei dizer.
2. Qual(is) fator(es) abaixo levam as mulheres a não realizar o auto exame
das mamas?
a) ( ) Medo e/ou vergonha.
b) ( ) Falta de tempo.
c) ( ) Desconhecimento/falta de informação.
d) ( ) Ter boa saúde.
e) ( ) Outros:_________________________________________________
3. Em sua opinião quais dos fatores abaixo aumentam o risco de desenvolver
o câncer de mama?
a) ( ) Ter vários parceiros sexuais.
b) ( ) Histórico de câncer de mama na família.
c) ( ) Sentir dores nas mamas frequentemente.
d) ( ) Ter a presença de nódulos mamários em alguns dias do mês.
e) ( ) Fazer uso de anticoncepcional e não menstruar normalmente.
65
4. Qual o melhor período para realizar o autoexame das mamas?
a) ( ) No período menstrual.
b) ( ) Antes do período menstrual (7 dias antes).
c) ( ) Depois do período menstrual (7 dias após).
d) ( ) Sempre que achar necessário.
e) ( ) Nenhum dos períodos apresentados.
5. Quando deve ser realizado o auto exame das mamas?
a)( ) Semanalmente.
b)( ) Mensalmente.
c) ( ) Anualmente.
d)( ) sempre que achar necessário.
e)( ) Não é necessário.
6. Quem pode ser acometido pelo câncer de mama?
a) ( ) Homem e mulher.
b) ( ) Somente o homem.
c) ( ) Somente Mulheres.
d) ( ) Mulheres com mais de 60 anos.
e) ( ) Somente mulheres jovens.
7. Qual a idade indicada para a realização da mamografia?
a) ( ) 35 a 45 anos
b) ( ) A partir dos 40 anos
c) ( ) Somente depois dos 60 anos
d) ( ) 45 a 59 anos
e) ( ) Qualquer idade
8. O que a mamografia detecta?
a) ( ) câncer de pele
b) ( ) câncer de mama e colo de útero
c) ( ) câncer de pulmão
d) ( ) câncer de mama
e) ( ) câncer de mama e de pele
66
9. Mulheres na menopausa devem realizar autoexame das mamas?
a) ( ) Só se quiserem.
b) ( ) Sim, devem fazer o exame normalmente.
c) ( ) Não, mulheres na menopausa não apresentam risco de desenvolver
câncer de mama.
d) ( ) Só se for pedido pelo médico.
e) ( ) Somente se estiverem sentindo dor nas mamas.
10. Mulheres com histórico de câncer de mama na família (mãe e irmã) deve
fazer acompanhamento a partir de que idade?
a) ( ) 40 anos
b) ( ) 45 anos
c) ( ) 25 anos
d) ( ) 30 anos
e) ( ) 35 anos
11. O exame clinico das mamas deve ser realizado a partir de que faixa etária?
a) ( ) A partir dos 20 anos
b) ( ) A partir dos 35 anos
c) ( ) A partir dos 40 anos
d) ( ) A partir dos 45 anos
e) ( ) A partir dos 50 anos
12. Mulheres com prótese de silicone podem realizar a mamografia?
a) ( ) Sim, normalmente.
b) ( ) Não, a prótese pode estourar.
c) ( ) Não, elas fazem ultrassonografia.
d) ( ) Somente se quiserem, não é necessário.
e) ( ) Somente se a mulher for idosa.
67
APÊNDICE B- Tabelas da pesquisa
Tabela - Autoexame das mamas
QUESTAO 1- A
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
27% 59%
DIREITO
31% 50%
CONTABEIS
43% 41%
ENGENHARIA
26% 65%
ADMINISTRAÇÃO
24% 65%
TOTAL
30% 57%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
C
14%
19%
12%
9%
10%
12%
QUESTÃO 1- B
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
29% 71%
DIREITO
43% 57%
CONTABEIS
48% 48%
ENGENHARIA
29% 71%
ADMINISTRAÇÃO
40% 58%
TOTAL
40% 59%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
D
0%
0%
0%
0%
0%
0%
C
0%
0%
3%
0%
0%
1%
E
0%
0%
3%
0%
0%
1%
D
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
2%
1%
Tabela: Fatores para não realizar o autoexame
QUESTÃO 2- A
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
46% 19%
DIREITO
44% 10%
CONTABEIS
26% 31%
ENGENHARIA
30% 22%
ADMINISTRAÇÃO
48% 21%
TOTAL
41% 21%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
C
27%
44%
47%
48%
38%
40%
D
E
16% 11%
13% 2%
22% 2%
17% 0%
15% 0%
16% 2%
QUESTÃO 2- B
CURSOS
A
B
C
D
PEDAGOGIA
38% 14% 38% 19%
DIREITO
48% 5% 41% 9%
CONTABEIS
36% 21% 45% 9%
ENGENHARIA
29% 5% 48% 19%
ADMINISTRAÇÃO
26% 10% 54% 6%
TOTAL
36% 11% 46% 11%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
E
0%
0%
0%
0%
4%
1%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
68
Tabela: Fatores de risco para o câncer de mama
QUESTÃO 3- A
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
0% 92% 27%
DIREITO
0% 73% 23%
CONTABEIS
0% 81% 16%
ENGENHARIA
0% 78% 52%
ADMINISTRAÇÃO
0% 75% 21%
TOTAL
0% 75% 21%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
D
E
22% 11%
6% 2%
9% 2%
22% 4%
22% 3%
22% 3%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
QUESTÃO 3- B
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
0% 95% 5%
DIREITO
0% 95% 0%
CONTABEIS
0% 94% 12%
ENGENHARIA
0% 86% 14%
ADMINISTRAÇÃO
0% 76% 18%
TOTAL
0% 76% 18%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
D
0%
5%
6%
0%
6%
6%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
Tabela: Dia para realizar autoexame das mamas
QUESTÃO 4- A
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
3% 16% 22%
DIREITO
6% 10% 19%
CONTABEIS
2% 5% 16%
ENGENHARIA
4% 4% 26%
ADMINISTRAÇÃO
0% 8% 11%
TOTAL
2% 9% 16%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015.
D
54%
60%
71%
65%
73%
67%
E
5%
2%
0%
0%
2%
2%
NR
0%
2%
7%
0%
1%
2%
QUESTÃO 4- B
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
0% 5% 95%
DIREITO
2% 7% 80%
CONTABEIS
0% 0% 94%
ENGENHARIA
0% 10% 71%
ADMINISTRAÇÃO
6% 10% 52%
TOTAL
2% 7% 75%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
D
0%
11%
6%
14%
30%
15%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
2%
1%
69
Tabela: Período para realizar autoexame das mamas
QUESTÃO 5- A
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
8% 19% 49%
DIREITO
0% 31% 40%
CONTABEIS
16% 16% 36%
ENGENHARIA
22% 17% 52%
ADMINISTRAÇÃO
8% 18% 47%
TOTAL
10% 20% 44%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
D
E
24% 0%
27% 0%
33% 0%
13% 0%
29% 0%
27% 0%
NR
0%
2%
0%
0%
0%
0%
QUESTÃO 5- B
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
0% 90% 5%
DIREITO
0% 86% 9%
CONTABEIS
0% 76% 12%
ENGENHARIA
10% 38% 33%
ADMINISTRAÇÃO
8% 52% 24%
TOTAL
4% 69% 17%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
D
5%
5%
12%
19%
24%
14%
NR
0%
0%
0%
0%
2%
1%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
Tabela: Quem pode ser acometido pelo Ca mama
QUESTÃO 6- A
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
35% 0% 59%
DIREITO
29% 0% 71%
CONTABEIS
19% 0% 79%
ENGENHARIA
30% 0% 70%
ADMINISTRAÇÃO
14% 0% 69%
TOTAL
22% 0% 70%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
D
5%
0%
0%
0%
2%
1%
QUESTÃO 6- B
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
100% 0% 0%
DIREITO
100% 0% 0%
CONTABEIS
94% 0% 6%
ENGENHARIA
90% 0% 10%
ADMINISTRAÇÃO
84% 0% 16%
TOTAL
93% 0% 7%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
E
0%
0%
2%
0%
0%
0%
D
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
70
Tabela: Idade para realizar mamografia
QUESTÃO 7- A
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
24% 68%
DIREITO
19% 42%
CONTABEIS
12% 55%
ENGENHARIA
13% 70%
ADMINISTRAÇÃO
17% 64%
TOTAL
17% 59%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
C
0%
0%
0%
0%
0%
0%
D
3%
2%
0%
0%
2%
1%
E
5%
33%
43%
17%
17%
24%
QUESTÃO 7- B
CURSOS
A
B
C
D
E
PEDAGOGIA
52% 38% 0% 0% 10%
DIREITO
20% 57% 0% 0% 23%
CONTABEIS
15% 79% 0% 0% 6%
ENGENHARIA
24% 62% 0% 10% 5%
ADMINISTRAÇÃO
26% 64% 2% 0% 8%
TOTAL
25% 62% 1% 1% 11%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
NR
0%
4%
0%
0%
0%
1%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
Tabela: O que a mamografia detecta
QUESTÃO 8- A
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
0%
3%
DIREITO
0%
2%
CONTABEIS
0%
9%
ENGENHARIA
0%
4%
ADMINISTRAÇÃO
0%
8%
TOTAL
0%
6%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
C
0%
0%
0%
0%
0%
0%
D
92%
98%
86%
91%
91%
91%
E
3%
0%
5%
4%
1%
2%
NR
3%
0%
0%
0%
0%
0%
QUESTÃO 8- B
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
0% 10%
DIREITO
0%
5%
CONTABEIS
0%
0%
ENGENHARIA
0% 10%
ADMINISTRAÇÃO
0%
8%
TOTAL
0%
6%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
C
0%
0%
0%
0%
0%
0%
D
90%
95%
100%
90%
92%
94%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
71
Tabela: Menopausadas e o AEM
QUESTÃO 9-A
CURSOS
A
B
C
D
PEDAGOGIA
0%
95% 0% 5%
DIREITO
0%
98% 0% 2%
CONTABEIS
98%
0% 2% 0%
ENGENHARIA
0% 100% 0% 0%
ADMINISTRAÇÃO
1%
95% 0% 3%
TOTAL
21% 76% 0% 2%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
QUESTÃO 9-B
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
0%
95% 0%
DIREITO
2%
98% 0%
CONTABEIS
0% 100% 0%
ENGENHARIA
0%
86% 5%
ADMINISTRAÇÃO
2%
92% 0%
TOTAL
1%
95% 1%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
E
0%
0%
0%
0%
1%
0%
D
5%
0%
0%
10%
6%
4%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
0%
0%
Tabela: Histórico da família acompanhamento
QUESTÃO 10- A
CURSOS
A
B
C
PEDAGOGIA
14%
0% 59%
DIREITO
4%
0% 65%
CONTABEIS
7%
0% 62%
ENGENHARIA
13%
4% 43%
ADMINISTRAÇÃO
13%
0% 51%
TOTAL
10%
0% 56%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
QUESTÃO 10- B
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
0%
0%
DIREITO
2%
0%
CONTABEIS
0%
0%
ENGENHARIA
5%
5%
ADMINISTRAÇÃO
8%
2%
TOTAL
4%
1%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
D
16%
10%
17%
26%
22%
19%
E
11%
21%
14%
13%
10%
13%
C
43%
59%
52%
48%
52%
52%
D
5%
7%
6%
10%
20%
11%
NR
0%
0%
0%
0%
2%
1%
E
52%
32%
42%
33%
18%
33%
NR
0%
0%
0%
0%
2%
1%
72
Tabela: Idade para ECM
QUESTÃO 11- A
CURSOS
A
PEDAGOGIA
30%
DIREITO
42%
CONTABEIS
52%
ENGENHARIA
35%
ADMINISTRAÇÃO
36%
TOTAL
39%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
B
27%
35%
16%
30%
23%
25%
QUESTÃO 11- B
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
43% 29%
DIREITO
52% 14%
CONTABEIS
52% 21%
ENGENHARIA
43% 29%
ADMINISTRAÇÃO
38% 20%
TOTAL
46% 21%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
C
43%
25%
31%
30%
38%
34%
D
0%
0%
0%
4%
1%
1%
E
0%
0%
0%
0%
1%
0%
NR
0%
0%
0%
0%
1%
0%
C
D
E NR
14% 14% 0% 0%
30% 5% 0% 0%
27% 0% 0% 0%
19% 5% 5% 0%
38% 0% 2% 2%
28% 4% 1% 1%
Tabela: Silicone x mamografia
QUESTÃO 12- A
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
68% 11%
DIREITO
85%
2%
CONTABEIS
62%
9%
ENGENHARIA
78%
9%
ADMINISTRAÇÃO
81%
7%
TOTAL
76%
7%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
QUESTÃO 12- B
CURSOS
A
B
PEDAGOGIA
100% 0%
DIREITO
100% 0%
CONTABEIS
100% 0%
ENGENHARIA
90%
0%
ADMINISTRAÇÃO
90%
2%
TOTAL
96%
1%
Fonte: Silva, Fonseca, Barbosa, 2015
C
16%
8%
22%
13%
10%
14%
C
0%
0%
0%
10%
6%
3%
D
0%
0%
0%
0%
0%
0%
D
3%
4%
7%
0%
2%
3%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
E
0%
0%
0%
0%
0%
0%
NR
3%
0%
0%
0%
2%
1%
NR
0%
0%
0%
0%
2%
1%
73
APÊNDICE C: Orientação em saúde apresentada as acadêmicas
74
75
ANEXOS
76
ANEXO A - Carta de aprovação Comitê de Ética
77
78
ANEXO B - Termo de consentimento livre e esclarecido
79
80
81
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