A Civilização Grega A Grécia Atual País europeu localizado ao sul da Península Balcânica Relevo montanhoso e clima seco – somente 1/3 do território pode ser usado na agricultura (cultivavam tabaco, algodão, figo, maçã, e azeitonas) Nos deixaram uma grande quantidade de cultura material (pinturas, esculturas vasos, templos, entre outros) Língua atual é derivada do grego antigo. Grécia: território favorecido pelo mar Podemos dividir a Grécia em três partes: 1. Sul da Península dos Bálcãs: Grécia Continental (Verde) 2. Península do Peloponeso: Grécia Peninsular (Rosa) 3. Ilhas do Mar Egeu: Grécia insular (Laranja) Século VIII a.C. expansão pra as regiões ao sul da Península Itálica (Magna Grécia), da França até a Península Ibérica e na região do Mar Negro Litoral grego e bastante recortado, com baías e portos naturais Por isso, a pesca e o comércio marítimo vão ser muito importantes. Períodos da História Grega Período o Bronze Pré Homérico Séculos XX-XII a. C. Cultura Cretense ou minóica Entre os séculos XX e XVI a. C. floresceu na ilha de Creta, uma importante civilização, semelhante ao Egito e a Mesopotâmia. Com luxuosos palácios, o mais importante era o de Cnossos, moravam os reis que controlavam grandes extensões de terras, onde trabalhavam muitos camponeses. Tributos pagos em produção Produziam Trigo e cevada, azeite, e vinho Produziam artesanato de vidro, cerâmica e bronze A posição geográfica de Creta facilitava o comércio com o Egito, Oriente Médio e Europa. Controlaram o comércio entre estas regiões Comercializavam marfim, pedras preciosas e metais (ouro, prata, chumbo, cobre e estanho) Religião e sociedade cretense Acreditavam em uma deusa chamada de Grande Mãe ligada à terra e à fertilidade. Acreditavam em deuses menores ligados e animais e consideram o Touro um animal sagrado Alimentação era diversificada: pão, peixes, queijo, cerveja e vinho. Mulheres participam da vida social – funções administrativas e religiosas Grande preocupação com o corpo Grécia nos primeiros tempos Como o território é montanhoso e com poucas áreas férteis a ocupação era muito trabalhosa. A civilização grega se desenvolveu com diversas cidades independentes (Cidades Estado ou Pólis). Assim, não houve unificação política entre elas. A civilização da Grécia antiga se define pela existência de uma cultura em comum que ligavam as cidades. A agricultura era realizadas nas encostas das montanhas ou em vales dos rios. Eram cultivados oliveiras, vinhas, trigo e cevada. As atividades marítimas eram intensas Formação do povo Grego Primeiros habitantes eram povos pastores seminômades chamados de Pelasgos. Por volta do século XX a.C. povos de origem Indo-Europeia, vindos do norte do Mar Negro invadem a Península Balcânica. Os primeiros a chegar foram os Aqueus, que fundara cidade como Tirinto, Argos e Micenas. o contato entre a cidade de Micenas e os cretenses, fez com que esta cidade absorvesse conhecimentos de cerâmica, artesanato de bronze, ouro, prata e marfim. No século XV a.C. Micenas se desenvolveu muito e passou a se expandir. Em 1400 a.C. Micenas invade Creta conquistando suas principais cidade, inclusive Cnossos. Assim, Micenas toma para si controle do comércio no Mar Egeu, mantendo relações comerciais com o Egito. Ruína de templo em Micenas Sociedade Micênica Sociedade Micênica estava organizada em torno de um palácio, onde o rei e uma aristocracia guerreira mantinha o poder sobre uma população de camponeses. Distribuíam azeite, peles e cerâmica para várias cidades, trazendo produtos que precisavam. Para expandir seu comércio para o Mar Negro as cidades micênicas se uniram para combater tróia que se localizava em importante ponto estratégico, que permitiria o controle do comercio no Mar Negro. Esta guerra está descrita no poema Ilíada, atribuído a Homero. 1200 a.C os palácios micênicos forma destruídos. Os dórios se estabelecem em Creta e na Grécia peninsular e jônios e Eólios ocupam a Grécia continental Período Homérico Séculos XII – IX a.C. Invasão dos Dórios 1100 a.C os Dórios invadem violentamente a Grécia. Possuíam armas de ferro, e destruíram as cidades de Micenas e Tirinto A invasão dos dórios fez com que muitos habitantes do Peloponeso fugissem, dando Origem a Primeira Diáspora Grega. Dirigiram-se para ilhas do Mar Egeu e litoral da Ásia Menor estabelecendo algumas colônias A economia concentrou-se nas atividades agrícolas e na produção para subsistência, havendo um declínio do comércio marítimo. As trocas comerciais tornaram-se escassas. A vida ruralizou-se e a sociedade esteve organizada em pequenas comunidades familiares conhecidas como genos. As comunidades gentílicas funcionavam em unidades de produção autônomas, lideradas por um patriarca – o pater-famílias – incluindo seus familiares, escravos, parentes, hóspedes, e pessoas que de uma forma ou de outra trabalhavam para ele. A produção era feita coletivamente e seu resultado era distribuído pelo senhor entre seus membros. Do genos à Cidade-Estado A invasão dos dórios provocou o fim do poder dos reis. Aristocracia manteve o controle sobre a população Dentro da aristocracia vários gené buscavam controlar o poder. Genos é uma família aristocrática formada por seus membros e dependentes (escravos ou livres), além da própria propriedade (gado, terras, casas) sob a autoridade do chefe da família. Chefe do genos mais poderoso era o rei da comunidade. Rei governava com a ajuda de uma assembléia de guerreiros, que discutiam assuntos do interesse de toda a comunidade Todos os aristocratas eram considerados iguais. Essa forma de governar deu origem a Pólis PÓLIS: comunidade de cidadãos livres que se auto governam. Possuem assembléias, magistrados e conselhos que preparam os assuntos a serem discutidos Com o passar do tempo, houve um aumento da população dos genos. Entretanto, a produção agrícola não conseguiu acompanhar esse crescimento. Havia carência de terras férteis e as técnicas de produção eram rudimentares. As comunidades gentílicas foram-se desintegrando e as terras, antes coletivas, passaram por um processo de divisão. Muitos ficaram sem terra. As diferenças sociais cresceram. A sociedade reorganizou-se. Várias tribos uniram-se e o poder passou a se concentrar na figura do eupátrida, grande proprietário de terras. Por volta do século VIII a.C., as antigas comunidades deram lugar a pequenos Estados independentes: as cidades-Estado. A pólis era formada pelo centro urbano e arredores, incluindo os campos, aldeias e povoados. Seus habitantes eram chamados de cidadãos. O governo de cada cidade-Estado, em princípio, era exercido por um rei. Com o passar do tempo, as assembleias formadas por representantes das famílias mais ricas foram ganhando importância e a monarquia foi substituída pela aristocracia ("governo dos melhores"). As diferentes pólis não chegaram a formar um único Estado centralizado, tendo, no entanto, uma cultura em comum: conservavam os mesmos costumes, falavam a mesma a língua e tinham a mesma religião. As atividades econômicas, a partir do desenvolvimento das cidades-Estado, se diversificaram. As trocas comerciais ficaram mais intensas. O artesanato, a metalurgia e a produção de vinho e azeite foram impulsionados. Nesse processo não foram poucas as tensões na sociedade. Lembre-se de que transcorria um processo de crescimento populacional e de divisão de terras que produzia muitos descontentamentos. Deve-se considerar também que a diversificação das atividades econômicas deu origem a novos grupos sociais, tornando mais complexa a composição da sociedade grega. A expansão Colonial Grega Entre os Séculos IX e VIII a.C. a população cresceu rapidamente e as terras agrícolas tornaram-se insuficientes. Divisão de terras entre os membros da gené (pai para os filhos) foi diminuindo o tamanho das terras Os aristocratas mantinham mais terras que os camponeses que se viam obrigados a trabalhar para eles. Camponeses acabaram endividados, tornando-se em alguns casos, escravos. O que gerou tensões sociais Uma forma de se obter terras foi fundar colônias em outras regiões do Mar Mediterrâneo – chamadas de Apoikiai (afastamentos das cidades) Cidades mães forneciam produtos manufaturados (tecidos, azeites, ânforas) e recebiam trigo, ferro e outros produtos. A expansão colonial não resolveu os problemas, pois os a aristocracia de cada cidade enriquecia cada vez mais o que agravou os problemas sociais. Colônias gregas após a segunda diáspora Período Arcaico Séculos IX-V a.C. A vida Política na Grécia Antiga - Atenas De acordo com a lenda, após vencer o Minotauro, Teseu fundou Atenas na Península da Ática. Entretanto, a origem desta cidade esteve, na verdade, relacionada ao agrupamento de diversos povos que viveram na região. Absorvidos pelos jônios, fixaram-se nas proximidades de uma acrópole por volta do século X a.C. Os gregos costumavam dedicar cada cidade a um deus. A deusa Palas Atena seria a escolhida por essa cidade, que dela retirou seu nome – Atenas. Até o século VIII a.C., os atenienses dedicaram-se basicamente à agricultura. A partir daí, as atividades comerciais e marítimas passaram a ter mais destaque, ocasionando várias mudanças na vida da cidade, inclusive quanto à sua organização política, ampliando a participação dos cidadãos nas decisões. Originalmente, grandes proprietários rurais, os eupátridas dominavam a política. Em suas terras trabalhavam escravos e homens livres. Havia também pequenos proprietários de terras, os georgoi, que lutavam com dificuldades, tendo, muitas vezes, que se endividar com os eupátridas. Aqueles que não conseguiam pagar suas dívidas tornavam-se escravos. A essa organização social correspondia um governo monárquico, cujo rei era o basileus. A aristocracia eupátrida pouco a pouco conseguiu aumentar seu poder, restringindo o do rei. Atenas passou-se a viver numa oligarquia na qual o poder era exercido pela aristocracia. Assim, o rei deixou de existir e passou a ser apenas um dos 9 Arcondes – funcionários dos estado escolhidos anualmente. O movimento de colonização efetuado pela Grécia fora de seu território no século VIII a.C. deu oportunidade a Atenas de expandir o comércio, assim como o artesanato. Novos grupos sociais surgiram, relacionados a essas atividades. Mercadores e artesãos, ao lado dos camponeses, aumentaram o número daqueles que contestavam o poder da aristocracia. Desta crise política, originaram-se reformas que encaminharam a construção de um novo tipo de governo, inédito até então: a democracia. Democracia ateniense No século VII a.C. a população de Atenas revoltou-se contra a aristocracia. Os eupátridas encarregaram Drácon de fazer reformas para acalmar as camadas populares. Disso resultou a elaboração do código draconiano, que tornou as leis, agora escritas, acessíveis a todos cidadãos. Depois dele Sólon fez reformas um pouco mais profundas. Aboliu a escravidão por dívidas, estabeleceu o voto censitário (pessoas mais pobres puderam votar na Ekklésia – assembléia de cidadãos), estimulou o desenvolvimento do comércio e do artesanato, entre outras medidas. Solón também criou a Boulé: um conselho composto por 500 cidadãos escolhidos pela Ekklésia. Este conselho elaborava leis que eram votadas na ekklésia (Assembléia popular) Solon fortalece a Ekklésia e a Boulé com um sorteio para o preenchimento das magistraturas. Ou seja, o cidadão rico ou pobre poderia participar das decisões políticas de Atenas. Coube a Clístenes, reformador de origem aristocrata, encaminhar a implantação definitiva da democracia ateniense. Na reforma que fez (508 a.C. – 507 a.C.), além de eliminar a influência das famílias eupátridas, Clístenes procurou estender a participação política a todos os cidadãos. Estabeleceu salário para todos aqueles que exercessem funções públicas. As decisões políticas passaram a ser feitas pela Assembléia dos Cidadãos ou do Povo ( a Ekklésia), que votava as leis preparadas pela Bulé, também chamada de Conselho dos Quinhentos. Sociedade ateniense Em Atenas somente uma pequena parcela do população tinha direto a participar da vida política Somente os homens, adultos folhos de pais atenienses podiam votar nas assembléias e ser magistrados. Os cidadão mais ricos eram os grandes proprietários de terras – viviam nas cidades e se dedicavam a política, a filosofia e exercícios físicos. Cidadãos menos ricos possuíam oficinas e poucos escravos ou eram donos de pequenas terras agrícolas. Haviam cidadãos que trabalhavam em troca de salários Estrangeiros, mulheres, crianças e escravos NÃO eram considerados cidadãos Divisão política em Atenas