Memória descritiva Piscina Moreira de Cónegos

Propaganda
PISCINA
MUNICIPAL
MOREIRA
CÓNEGOS
Memória descritiva
1.
INTRODUÇÃO
Esta memória, desenhos e outras peças gráficas anexas constituem-se em Projecto de
Licenciamento de Arquitectura e têm em vista o esclarecimento da proposta de volumetria,
linguagem e distribuição do programa de um projecto para construção de uma piscina
municipal a instalar na freguesia de Moreira de Cónegos no concelho de Guimarães,
conforme as condições expressas no Programa do Concurso.
O estudo do projecto aqui apresentado pretende responder às particulares intenções e
expectativas do Cliente, assim como procura dar resposta ao conjunto de normas e
preocupações das entidades de tutela, particularmente o Instituto Nacional do Desporto e
todas as suas disposições de segurança higio-sanitárias, técnicas e funcionais.
Responde também à procura de um rigor construtivo e formal no sentido de uma solução em
que economia e identidade da linguagem de arquitectura sejam príncipios constantes da
solução.
2.
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
O estudo apresentado prevê, conforme programa base, a construção de 2 tanques de
recreio e aprendizagem com as seguintes dimensões de superfície: um tanque de
16.0mx12.0m correspondendo a uma superfície de água de 192.0m2 e um segundo tanque
com 8.0mx12.0m correspondendo a uma superfície de água de 96.0m2. O total de superfície
de água é de 288.0m2 e a lotação máxima instantânea ou utilização de ponta é de 144
utentes correspondendo a 1 banhista por cada 2.0 m2 de plano de água.
2.1_Caracteristícas programáticas e orgânica funcional do edifício
O edifício consiste numa nave principal com aproximadamente 38mX20m onde se implantam
os referidos “tanques de recreio e aprendizagem” assim como a respectiva zona de cais
envolvente.
Adjacente à nave principal, em dois dos seus lados, desenvolve-se o programa de apoio
obrigatório: serviços de utentes (vestiários, balneários e sanitários) e outros serviços de
apoio como sejam, recepção, sala polivalente, balneários dos professores, posto de
primeiros socorros com acesso directo ao exterior e área de vigilante.
Na concepção destes espaços não se verificam quaisquer tipo de barreiras arquitectónicas
impeditivas da sua utilização por deficientes, crianças ou idosos. Os materiais serão, de
acordo com a legislação, impermeáveis, antiderrapantes e resistentes às acções dos
desinfectantes.
Os vestiários colectivos estão equipados com cacifos individuais e assentos lineares. Em
comunicação directa com aquele espaço localizam-se os blocos de duche com área de
PISCINA
MUNICIPAL
MOREIRA
CÓNEGOS
passagem e secagem contígua. Estão previstos blocos de duche individuais com banco e
cabide, vestiários infantis separados e também áreas de vestiários individuais equipadas
com banco e cabide.
É a partir do átrio de entrada que se gera a lógica de percursos internos do edíficio
demarcando de forma simples a circulação dos utentes da circulação do pessoal de serviço.
O átrio de entrada, através da sua volumetria destaca-se do conjunto e funciona como
elemento de remate e demarcação do acesso principal ao edifício.
O programa “técnico” desenvolve-se num piso inferior (cave) com acesso directo ao exterior
através de um percurso automóvel em rampa. Internamente comunica por escada com o
piso principal do rés-do-chão.
No piso de cave localizam-se as instalações técnicas para tratamento de águas,
climatização, instalações eléctricas e de combate a incêndios assim como uma pequena
área de balneário e arrumos de apoio.
Conforme planta geral de implantação em anexo, prevê-se ainda uma área para
estacionamento automóvel e circulação numa relação directa com o acesso ao edifício e de
ligação à rede viária existente no local.
Em síntese, o programa e as áreas previstas são as que a seguir se discriminam no
quadro de áreas respectivo:
QUADRO
SÍNTESE
DE
PROGRAMA
TIPO DE INFORMAÇÃO
1. UTÊNCIA
2.áREAS (M2)
Valor
DESIGNAÇÃO DO ESPAÇO
1.1Lotação máxima de afluência simultânea de
banhistas
2.1 superfície de plano de água
2.2 área de cais interior
2.3 área do piso técnico e serviços de
2.4 número de lugares de estacionamento
automóvel
3.DIMENSIONAMENTO
3.1 vestiários colectivos (Masc.+Fem.+ Inf.)
DOS SERVIÇOS ANEXOS 3.2 vestiários individuais
3.3 Número máx, de cacifos Previstos
(104+104) - duplos
3.4 duches colectivos e individuais (16un.)
3.5 Instalações Sanitárias e lavabos
Wc homens
Wc senhoras
Wc infantis
Wc deficientes
Urinois (unidades)
Lavatórios homens (unidades)
Lavatórios senhoras (unidades)
Lavatórios infantis (unidades)
Lavatórios deficientes (unidades)
3.6 Balneários dos professores
3.7 Primeiros socorros e vigilante
3.8 arrecadação de materiais e arrumos
3.9 recepção/ administração/direcção
3.10 central técnica (tratamento de
144
288,0m2
378,0m2
358,0m2
39+1 un.
121,5m2
5,4m2
208 Un.
30,5m2
3un.
3un.
2un.
2un.
3un.
3un.
4un.
2un.
2un.
21,5m2
21,8m2
12,4m2
27,3m2
360,0m2
PISCINA
MUNICIPAL
MOREIRA
CÓNEGOS
águas,climatização..)
ÁREAS
DE
CONSTRUÇÃO
POR
PISO
Piso
Técnico
Área bruta de construção
494,0m2
Piscina e
1446,0m2
Total dos
1940,0m2
Coberturas
1596,5m2
(cave)
2.2_Localização / acessibilidades
O edifício implanta-se numa área de boa acessibilidade na freguesia de Moreira de
Cónegos, próximo ao nó de acesso à E.N. 105, Km 37,9.
A sua topografia caracteriza-se por possuir uma pendente acentuada de Norte para Sul. A
sua inserção, na estrutura viária existente, será garantida por a construção de um novo
arruamento estruturante.
O local de implantação reúne condições de fácil acesso às redes de infra-estruturas e
serviços urbanos, nomeadamente às redes de abastecimento e distribuição de água potável,
condução de esgotos pluviais e domésticos, distribuição de energia eléctrica, distribuição de
gás e serviços de recolha de resíduos sólidos. O local garante ainda condições de
comunicação e de fácil acesso aos meios de socorro e de emergência.”
2.3_Imagem do edifício
Para um programa que se pretende funcional e optimizado e com valores orçamentais de
custo controlado, propõe-se uma imagem simples, também “funcional”, claramente
identificadora da qualidade do programa e da qualidade de cada espaço.
Foi opção uma linguagem funcionalista que traduza a orgânica funcional do edifício. A nave
é claramente identificada quer pela sua volumetria quer pelo seu tratamento no revestimento
exterior que será necessariamente diferenciada da restante volumetria. Todas as fachadas
para a rua são “contidas” com excepção do acesso principal que será claramente
identificado. A área da nave principal terá fenestrações envidraçadas em toda a sua
envolvente, a um nível superior, que garante nível óptimo de iluminação e conforto.
2.4_Aspectos construtivos
Para o vão da nave principal e tendo em conta o programa, a dimensão do vão, as
dificuldades construtivas, comportamento mecânico e resistência, propõe-se as asnas em
madeira lamelada apoiada em elementos estruturais de suporte constituídos por pilares em
betão armado.
De resto o projecto adoptou uma tecnologia construtiva corrente composta na sua estrutura
por pórticos de betão armado que suportam lajes maciças de betão armado de pavimento e
de coberturas.
PISCINA
MUNICIPAL
MOREIRA
CÓNEGOS
As alvenarias interiores e parte das alvenarias exteriores serão em tijolo cerâmico vazado e
blocos de cimento.
Os materiais de revestimento para os alçados exteriores são, em síntese, os seguintes:
Para todas as superfícies de envasamento do edifício ao nível do rés-do-chão optou-se por
materiais de maior durabilidade e de revestimento natural. Deste modo e conforme indicação
os desenhos do projecto prevê-se a utilização de cerâmico esmaltado verde água (24x5,5
cm) e placagem de mármore “Bateig Azul”.
As paredes exteriores do volume elevado correspondente à nave da piscina serão para
reboco térmico com acabamento tipo estanhado (Seciltek PK2).
Todas as caixilharias exteriores serão em alumínio anodizado com corte térmico e vidro
duplo.
A cobertura da nave será para revestimento a chapa de alumínio lacada, sendo as restantes
coberturas planas para revestimento a lajetas de betão.
Serão asseguradas todas as infra-estruturas necessárias ao bom funcionamento do
equipamento a que se destina; quer ao nível das redes de abastecimento de água e
saneamento, quer ao nível das redes de electricidade, instalações telefónicas, mecânicas e
de ventilações.
Esclarece-se ainda que o projecto considera e implementará medidas de eficiência
energética no que se refere à utilização de painéis solares térmicos; balastros electrónicos
de baixo consumo; bombas de calor de 4 vias (sistema “freecolling”); materiais de isolamento
no edifício de acordo com o regulamento térmico RCCTE; monitorização do equipamento
previsto assim como, será implementada uma gestão de control inteligente e uma
optimização dos meios humanos e técnicos.
O projecto respeita ainda as disposições do REGULAMENTO GERAL DAS EDIFICAÇÕES
URBANAS (RGEU), e outra legislação vigente aplicável, nomeadamente o DECRETO
REGULAMENTAR Nº 5/97 de 31 de MARÇO e DIRECTIVA DO CONSELHO NACIONAL DA
QUALIDADE – CNQ – 23/93.
Guimarães, 26 de Outubro de 2009
P'la EQUIPA DE TRABALHO
O técnico responsável
(Manuel Augusto Ramalho Antunes)
Arquitecto, FAUP
Download