A paisagem, o Cenário e os Elementos Contidos de Forma Distribuída

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Jornal Geografia Aplicada
Vol. 6 Nº 4 - Primeira quinzena de maio 2012
Áreas de
Atuação:
Desastres
Ambientais
Circulação
Erosão
Formação
de pessoal em
t é c n i c a s
ambientais
Disseminação
da Informação
Geográfica
A paisagem, o Cenário e os Elementos Contidos de
Forma Distribuída: aleatoriamente ou ordenadamente
A paisagem é um conceito que pode ser visto como síntese, pois designa o sentido
como significando o conjunto de elementos expostos num dado lugar ou região.
Os elementos estão postos e justapostos de forma espontânea, ou seja, natural,
ainda existem fatores não percebidos de forma elementar, mas cujos indícios
e vestígios demonstram sua participação no estabelecimento dos elementos
da paisagem concorrendo para sua aparente forma desorganizada. Pag. 2
Sistema de Esgotamento Sanitário e a Qualidade
Ambiental Urbana
À medida que as cidades vão se desenvolvendo
e com a concentração humana torna-se maior
o seu centro urbano, as soluções individuais
para remoção e destino do esgoto doméstico,
como as fossas sépticas, devem dar lugar
Nesta Edição:
às soluções de caráter coletivo denominado
sistema de esgoto, que deverão receber o esgoto
bruto (afluente) e submetê-lo a um tratamento,
O Uso de Sacolas
e o mesmo depois de tratado (efluente),
Plásticas
passa ser disposto convenientemente, sem
causar danos ao meio ambiente. Pa g . 5
Pag. 6 e 7
Relatório de
Viagem: Piancó -
Álbum: flora do cariri paraibano no município de
Camalaú - Projeto Coleção do Acervo Paulo Rosa Pag. 10
Retirada de Areia
no Rio Piancó e
Visita Elementar
a Área de Pesquisa
de Antonio
Pag. 8 e 9
Editoração e arte
Pag. 14
Endereço eletrônico: http://geografiaaplicada.blogspot.com/
E-mails: [email protected] - [email protected]
2 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
A paisagem, o Cenário e os Elementos Contidos de Forma Distribuída:
aleatoriamente ou ordenadamente
Por Paulo Rosa
Fransuelda Vieira de Farias
Cleytiane Santos da Silva
A paisagem é um conceito
que pode ser visto como síntese,
pois designa o sentido como
significando o conjunto de
elementos expostos num dado
lugar ou região. Os elementos
estão postos e justapostos de
forma espontânea, ou seja,
natural, ainda existem fatores
não percebidos de forma
elementar, mas cujos indícios
e vestígios demonstram sua
participação no estabelecimento
dos elementos da paisagem,
que não acontece, porém com a
paisagem artificial, pois esta se
organiza a partir das ideologias
pré-estabelecidas como fatores
nem
sempre
aparentes.
O
cenário
contido
numa dada paisagem se dá
por força natural, elementos
que justapõem de maneira
espontânea e ou por força
artificial, nesse caso os
elementos semelhantes, fruto
de repartições arbitrárias que
são feitas na paisagem. O
cenário dentro da paisagem
deixa de ser uma particularidade
e passa a ser também uma
Síntese, por isso transforma-se
No tocante aos elementos
que compõem o cenário de uma
paisagem este quando oriundo
de uma contingência espontânea
vão se estabelecendo de
maneira
adequada
aos
suprimentos disponíveis e daí
em diante se inicia a interação
entre o indivíduo e o meio.
Nesse momento é importante
ter o conhecimento, mesmo que
teórico, de questões conceituais
que envolvem o processo social e
diretamente a situação ecológica.
Os processos ecológicos que
permitem a expansão ou
contração da vida natural, por
isso a vida vai acontecendo
Disseminação de castanholas e mangueiras na Cidade Universitária – Campus I UFPB
Fonte: Monografia de graduação de Mauro Barreto da Silva/2008
concorrendo para sua aparente
forma desorganizada. Por isso,
a paisagem aparenta uma forte
desorganização, pois ela é a
justaposição dos elementos, de
maneira adequada aos fatores
implícitos e cuja busca natural
pelo equilíbrio é que a delineia. O
em representação, isto é, em
forma. Tem-se então a forma
de um fundo, por exemplo, o
mapa é a forma geográfica que
representa o fundo, que é o
real, e este objeto passa a ser
representado, por isso acaba
substituindo o fundo, que é o real.
de
maneira
justaposta
espontaneamente, assim sendo
os processos podem ser entre
indivíduos da mesma espécie
são as relações intra-específicas:
sociedade e colônia consideradas
harmônicas;
canibalismo
e
competição
consideradas
3 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
A paisagem, o Cenário e os Elementos Contidos de Forma Distribuída:
aleatoriamente ou ordenadamente
desarmônicas, pois ocorre
danos para um dos envolvidos
e entre indivíduos de espécies
diferentes e, existem as relações
inter-específicas: mutualismo,
inquilinismo, protocooperação
e comensalismo que são
harmônicas;
predatismo,
parasitismo,
amensalismo
e competição que são as
relações
desarmônicas.
as relações entre o mundo da
fauna (que é predominante)
e o mundo da flora que
aparece de maneira rarefeita.
Para compreendermos
os processos de interação, é
importante que tenhamos em
mente as relações ecológicas
que ocorrem fazendo com
que as espé
cies estejam
em crescimento, regulação
Na primeira imagem, sementes dispersas que poderão ser levdadas pelas
águas da chuvas. Na outra, semente roída provavelmente por morcegos.
Na natureza existem diversos
elementos que juntos permitem
a existência da vida, podemos
citar a temperatura, radiação,
pressão atmosférica, ventos,
umidade do ar e precipitações,
como também os fatores,
como são comuns ouvirmos
falar em certas espécies que
só se desenvolvem em lugares
áridos com pouca precipitação
sendo o caso da Caatinga no
Brasil, e das áreas desertas
em diversas partes do mundo,
outras espécies dependem das
diferenças do relevo, nas áreas
mais el evadas se desenvolvem
musgos, algas, mas a vida se faz
presente em todos os ambientes,
uns com maior presença e
outros lugares com menor
presença. No caso dos desertos
a diferença se estabelece a
partir da diminuição significativa
da diversidade, principalmente
ou declínio, o meio ambiente
e os recursos existentes
que
vão
influenciar
na
espacialização dos indivíduos.
Em ecologia alguns
conceitos
são
de
suma
importância para o estudo das
interrelações e se aplicam a
outras ciências que se ocupam
do estudo de distribuição e
disseminação dos indivíduos,
um deles é população que
vem a ser os indivíduos de
uma espécie dentro de uma
determinada área. Em qualquer
caso, a população tem uma
relação espacial, a qual significa
que dentro de suas fronteiras
geográficas, os indivíduos vivem
principalmente dentro de partes
de habitats adequados, e suas
abundâncias podem variar
com respeito da alimentação
com maior fartura, predadores,
locais de ninho, e outros fatores
ecológicos dentro do habitat.
Podemos assim anunciar que
uma população apresenta quatro
propriedades
significativas:
distribuição,
disseminação,
densidade
e
dispersão.
Observando a população
e ou a comunidade estabelecida
no espaço terrestre é ainda
conveniente observar alguns
aspectos em que os indivíduos da
população e consequentemente
as
próprias
comunidades
nem
sempre
encontram-se
agrupadas, isso por conta tanto
do
superpovoamento
como
também da superpopulação,
tanto em um caso como no
outro essas situações estão
diretamente ligadas às questões
de suprimentos e ou insumos para
a existência tanto das questões
relativas
às
necessidades
primárias
como
também
aquelas ligadas diretamente
aos desejos, nesse caso nos
referimos aos seres humanos.
A relação entre o individuo,
a população e a comunidade
estão diretamente proporcionais
aos insumos tanto materiais
como espiritual logo isso pode
vir a interferir no agrupamento
desses indivíduos, assim sendo a
partir desse momento em que os
insumos começam a escassear
é necessário buscar pelo lado
de fora da comunidade para não
interromper o abastecimento.
Se olharmos os indivíduos
de maneira natural, logo
espontânea, surgem acidentes
geográficos que se tornam
verdadeiras barreiras para serem
transpostas, porém o animal
inclui-se aqui o homem, eles são
os maiores responsáveis pela
dispersão dos indivíduos. No
caso em que há a intervenção do
4 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
A paisagem, o Cenário e os Elementos Contidos de Forma Distribuída:
aleatoriamente ou ordenadamente
homem, podemos dizer que há
uma distribuição dos indivíduos
no espaço, nesse caso quando
ocorre o planejamento da
ocupação do solo, porém
quando surge o fenômeno
da difusão dos indivíduos no
vermelha). Num outro olhar
podemos ver diversas situações
espontâneas em que esses
indivíduos estão dispersos por
dentro dos corpos florestais, isso
por conta tanto das quedas por
conta do amadurecimento dos
humana, como por exemplo a
distribuição e o adensamento
dos aparelhos de ar condicionado
(AR) na Cidade Universitária
do Campus I da UFPB. Numa
leitura que foi feita pelos alunos
de Geografia Física Aplicada,
pudemos inicialmente distinguir
Distribuição da população ordenada de termo higrometro no campus I da UFPB
espaço, seja ele planejado ou
aleatório, podemos indicar
que há uma disseminação.
Não resta dúvida que houve
uma disseminação desses
indivíduos,
essa
situação
não foi decorrente de uma
situação aleatória, pois houve
a contribuição humana por
conta dos agrupamentos a
que eles estão dispostos,
tanto as mangueiras (cor roxa)
como as castanholas (cor
frutos (sementes) e que logo são
arrastados pelas torrentes para
outros lugares como também
pela ação efetiva de morcegos. Não vamos aqui nos ater somente
a elementos com vida, podemos
também ter o olhar sobre outras
situações em que os indivíduos
são distribuídos por conta do
poder de locação destes em
relação à necessidade ideológica
de consumo, nesse caso estamos
nos referindo as de origem
entre os aparelhos de AR a
diferença entre eles: aparelhos
tradicionais e os atuais, SPLIT.
Pudemos constatar que em
2010 o maior adensamento
se encontrava no Centro de
Ciências Exatas e da Natureza.
Esse adensamento é fruto de
uma distribuição estabelecida
pela força da disseminação
que podemos considerar como
sendo centripta, ou seja a força
e é de dentro como atrator.
5 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
Sistema de Esgotamento Sanitário e a Qualidade Ambiental Urbana
Por Cleytiane Santos da Silva
degradações não venham a
ocorrer se torna necessário que
os municípios possuam infraestrutura urbana necessária
para que não se venha a afetar
a sua qualidade ambiental
urbana, como uma boa estrutura
de mobilidade urbana, rede
de drenagem pluvial, um bom
sistema de esgotamento sanitário
e ambiental e tecnologias da
informação e comunicação.
À medida que as cidades
vão se desenvolvendo e com a
concentração humana tornase maior o seu centro urbano,
as soluções individuais para
remoção e destino do esgoto
várias partes por onde as águas
residuárias necessitam passar
até serem lançadas novamente
As águas residuais
na natureza, sendo eles: Rede
ou residuárias são todas
Coletora de Esgoto, Estações
as águas descartadas que
Elevatórias de Esgotos e Estação
resultam da utilização humana
de Tratamento de Esgoto - ETE.
em vários processos. Sendo
Essas partes estruturam um
assim, águas residuárias são
mesmo sistema, mas possuem
provenientes das residências
funções diferenciadas, sendo
(banheiros, cozinhas, lavagem
elas: Rede coletora de esgoto
de pavimentação doméstica),
- coletar as águas residuárias
industriais
(processos
tendo inicio nos coletores prediais
de fabricação, limpeza e
até as estações, sejam elas
manutenção das dependências e
elevatórias ou de tratamento;
instrumental), infiltração (águas
estações elevatórias de esgotos
que infiltrem nos coletores
– bombear as águas residuárias
existentes
subterrâneos)
trazidas pela rede para um nível
e urbanas (lavagem de
topográfico
mais
pavimentos
elevado;
e
estação
e
regas).
de tratamento de
De acordo
esgoto – promover
com a Lei Federal
o tratamento do
nº 6.938, de
afluente para que
31 de agosto
o mesmo possua
de 1981, no art
características
3º, parágrafo III
necessárias
a
que dispões da
serem depuradas
Política Nacional
ao longo do curso
do Meio Ambiente:
d’água onde será
poluição
é
a
descartado.(fig.1)
degradação
Portanto,
tornada
qualidade
se
de
suma
a m b i e n t a l
importância para
resultante
de
os
municípios
atividades
a
existência
que direta ou
Sistema
de
esgotamento
sanitário.
Fonte:
adaptado
Barros,
1995
de um Sistema
indiretamente:
de
esgotamento
prejudiquem
a
saúde, a segurança e o bem estar doméstico, como as fossas sanitário, para que os municípios
da população; criem condições sépticas, devem dar lugar às possam fazer um melhor
adversas
as
atividades soluções de caráter coletivo planejamento quanto à ampliação
sociais e econômicas; afetem denominado sistema de esgoto, dessa rede, promovendo assim
desfavoravelmente a biota que deverão receber o esgoto a diminuição das soluções
(vida); afetem as condições bruto (afluente) e submetê-lo a individuais para remoção e
estéticas ou sanitárias do um tratamento, e o mesmo depois destino do esgoto doméstico
meio ambiente; e Lancem de tratado (efluente), passa ser e a própria manutenção de
vazamentos
que
materiais ou energia em disposto convenientemente, sem possíveis
desacordo com os padrões causar danos ao meio ambiente. vierem a existir na rede que
Um
sistema
de possam acarretar contaminação
ambientais
estabelecidos. saneamento
é
composto
por
e degradação a um corpo d’água.
Para
que
essas
6 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
O Uso de Sacolas Plásticas
Por Edivan Ribeiro de Moura
Maria Odete T. do Nascimento
A crescente importância dada a responsabilidade
sócio-ambiental nos últimos
anos deve-se em grande parte
a crescente conscientização do
fato de que cada um dos seres
humanos compartilha mútuas
responsabilidades pelo presente e pelo futuro, devendo
por tanto usufruir de forma responsável dos recursos naturais, que são bens de uso
comum a disposição de todos
hoje e legar as próximas gerações um meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial a sadia qualidade de vida.
Uma das grandes preocupações
mundiais atualmente é com o
destino das sacolas plásticas,
que no Brasil começaram a ser
oferecidas gratuitamente no final da década de 1980 pela rede
de comércio varejista, definido
pela Amercican Marketing Association como sendo “uma
unidade de negócio que compra mercadorias de fabricantes, atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente a
consumidores finais e, eventualmente, a outros consumidores”.
Com o passar do tempo, as
sacolas plásticas caíram no
gosto popular, principalmente
da classe de baixa renda, que
logo passou a reutilizá-las para
o acondicionamento do lixo, já
que não tinha o hábito de comprar sacos apropriados para tal
finalidade. O uso indiscriminado
das sacolas de polietileno passou então a ser um problema.
Segundo o Ministério do Meio
Ambiente, “o aparente baixo
custo das sacolas plásticas para
o consumidor final, oculta o alto
custo coletivo, tanto nos aterros
e “lixões” por sua demorada degradação, quanto pelo forte impacto ambiental em outros espaços e aspectos da natureza”.
A cidade de João Pessoa não
foge a essa realidade, pois algumas empresas do setor supermercadista como é o caso
do Carrefour e Bem Mais localizado no bairro Bancários na
zona sul pessoensse, cenário
desta pesquisa, possuem programas de incentivo ao uso
das sacolas retornáveis em
detrimento do hábito de aceitar as sacolas de polietileno.
Neste sentido e com essa preocupação o presente estudo teve
por objetivo levantar questionamentos e apontar possíveis
soluções para o grave problema
acarretado pelo uso indiscriminado de sacolas plásticas oferecidas gratuitamente pela rede
de comércio varejista. Assim a
sacola de polietileno ganhou
popularidade como embalagem
por ser resistente, impermeável,
durável e de baixo custo, qualidades estas que são também
um problema ao final de sua
vida útil, pois acabam sendo
reutilizadas
principalmente
como sacos para lixo causando
sérios prejuízos ambientais.
Para a realização deste estudo
foi necessário a utilização de alguns instrumentos de pesquisa,
tais com: um levantamento bibliográfico abordando a temática
selecionada, a identificação de
estabelecimentos comerciais no
bairro dos bancários na cidade
de João Pessoa, que já realizam
uma prática de incentivo a substituição das sacolas plásticas
em suas lojas e a colaboração
de 30 consumidores, selecionados aleatoriamente, que responderam um questionário, conten-
do perguntas objetivas e diretas
sobre o perfil do entrevistado,
seus hábitos como consumidor e
o grau de consciência ambiental.
Quando perguntados se levavam
ao supermercado algum meio
próprio para trazer as compras,
a grande maioria declarou que
não. Já quando perguntados se
achava que o uso abusivo de
7 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
O Uso de Sacolas Plásticas
sacolas plásticas poderia acarretar algum problema, a excesão
de apenas um dos entrevistados, todos foram unanimes em
dizer que sim, inclusive apontado possíveis problemas como:
poluição dos rios, dos mares,
plastico no meio ambiente.
Esses resultados mostram
claramente que existe certo grau
de consciência a respeito dos
problemas acarretados pelas
sacolinhas de plástico, mesmo
assim ir às compras e trazêlas em sacolas plásticas virou
algo corriqueiro, quase natural
e porque não dizer cultural. A
explicação para tal fato deve-se
ao comodismo, pois as sacolas
são distribuídas gratuitamente,
e como ficou constatado pela
pesquisa 100% dos consumidores entrevistados declararam que acabam reutilizandoas, principalmente como sacos
para acondicionamento de lixo.
Diante dos questionamentos
a respeito da proibição da distribuição gratuita das sacolas
em supermercados e qual seria
a atitude dos clientes a essa
imposição, verificou-se que a
grande maioria dos entrevistados concorda com adoção de
tais medidas e o mais interessante foi perceber que a maioria
revelou não fazer nenhuma restrição ou não haveria maiores
resistência caso o poder público
realmente fizesse valer a lei que
proíbe a distribuição das sacolas plásticas pela rede varejista.
Nesse estudo foi possível perceber que existe arraigado no
inconsciente coletivo das pessoas - independente de sua
faixa etária, do seu grau de instrução ou do poder aquisitivo
do indivíduo - a percepção dos
graves problemas acarretados
ao meio ambiente pelo uso indiscriminado das sacolas plásticas. Essa considerável conscientização ambiental deve-se ao
do solo, intupimento da rede fato de uma maior divulgação
de drenagem urbana e ainda por parte da mídia, a cerca dos
ainda a difícil decomposição do grandes problemas ambientais
enfrentados pela humanidade
hoje. Notadamente as grandes
redes de supermercados utilizam o marketing do uso das
sacolas retornáveis ou caixas de
papelão em lugar das sacolas
plásticas, passando a idéia de
empresa socialmente responsável e ecologicamente correta
e que precisa da colaboração
de sua clientela nessa missão.
Mesmo com todo esse apelo da
mídia e do setor de marketing
das lojas de varejo, constata-se
que a maioria dos clientes não se
sente sensibilizados o bastante
para mudar de hábito, já que a
maioria dos entrevistados afirma
que não utilizam um meio próprio
para trazer suas compras do supermercado, ou seja, continuam
dependendo das sacolas de
plástico para tal finalidade. Esse
comportamento deve-se ao fato
da comodidade e praticidade do
uso das sacolas plásticas, distribuídas gratuitamente pela rede
varejista com a funcionalidade
original de acondicionamento
das compras, logo são reutilizadas para outras finalidades.
Dessa forma, existe um grande
contrasenso entre ter a consciência do problema causado pelas
sacolas plásticas e a tomada efetiva de atitude por parte do cliente para amenizá-lo. A solução
para esse impasse parece estar
na adoção de medidas por parte
do poder público, impedindo a
distribuição gratuita das sacolas
e ao mesmo tempo incentivando
novos hábitos como o uso das
sacolas retornáveis, do papel ou
das variedades de sacolas feitas
com materiais oxibiodegradáveis,
hidrossolúveis e biodegradáveis,
já encontradas no mercado e
que tem um tempo menor de decomposição no meio ambiente.
8 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
Relatório de Viagem: Piancó - Retirada de Areia no Rio Piancó e Visita
Elementar a Área de Pesquisa de Antonio(orientando)
Por Paulo Rosa
Saímos de João Pessoa ás
5:30 de sábado (21/04/2012),
chegamos a Piancó as 11:00
horas, almoçamos e ao meio
dia fomos para o rio verificar a
retirada de areia. Da ponte que
passa por cima do rio pudemos
ver como a retirada está sendo
feita. O garimpo se encontra
ção chegou ao esgotamento por
isso foi abandonada, essa foi
a informação que recebemos.
Fomos atrás da primeira
área de exploração, porém não
conseguimos chegar ao rio, pois
a propriedade estava trancada,
nesse caso resolvemos descer
mais pela picada viscinal, entre
em que Antonio nos anunciou
como sendo onde ocorre a prática da caça e que ele já tem presenciado essa atividade no lugar.
O ponto em que Antonio tem ido
e verificado o fato fica a 17km
de Piancó, a estrada é mais uma
picada aberta para os carros da
Energisa passarem para colo-
no leito em que o rio passa no
período de chuvas, está sendo utilizada uma retroescavadeira, que estava abastecendo
as propriedades rurais. Passamos pela Caatinga arbustiva arbórea, descemos em direção
ao rio, porém não o alcançamos,
car o posteamento para levar
energia às propriedade locais.
Chegamos ao local que é
a sede da fazenda do Sr. Anto-
duas caçambas de dois eixos.
As informações orais
que recebemos é que o proprietário da exploração já havia
abandonado outra área e que
agora se encontra a montante
da ponte, aproximadamente
200 m. A outra área abandonada, está distando aproximadamente 1 km a juzante do
ponto atual. Porém a explora-
mas nesse caminho pudemos
ver a riqueza de vozes da natureza, inclusive foi o lugar que mais
avistamos falcões. Ainda nesse
caminho conseguimos fotografar outros pássaros que estavam
bem à vista e prontos para serem capturados pela imagem.
Pegamos a estrada de volta a Piancó e nos dirigimos para
a Serra de Santo Antonio, área
nio, lá pudemos visitar o entorno e registrar a base da Serra.
Havia no local um senhor que
nos deu várias informações,
porém mais adiante outro senhor chegou morador de lá nos
fins de semana e nos deu várias
informações sobre a caça que
está sendo feita por caçadores
que chegam ao lugar de motocicleta e por lá ficam a noite
9 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
Relatório de Viagem: Piancó - Retirada de Areia no Rio Piancó e Visita
Elementar a Área de Pesquisa de Antonio(orientando)
para a prática da atividade,
que pelo visto não é feito
para a sobrevivência e sim
para o esporte, ou seja,
para o entretenimento.
Como observação do lugar,
pudemos constatar que
com a pouca chuva que
ocorreu no dia anterior, a
Caatinga arboreceu e ficou
viçosa, muitas vozes de
animais foram ouvidas,
acreditamos então que o
Potencial ecológico ai
nda está bastante ativo.
Pudemos ver que há armadilhas como arapucas para pegar siriema;
houve informações orais
sobre a fauna que existe por lá como lobo
guará, gatos do mato
até pequenos veados.
Equipe: Paulo, Maria e
Antonio (orientando)
10 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
Álbum: flora do cariri paraiba
Projeto
11 ● JORNAL GEOGRAFIA APLICADA
ano no município de Camalaú
o Coleção - Flora do Cariri Paraibano
Acervo Paulo Rosa
Jornal Geografia
Aplicada
Responsável: Paulo Rosa
Edição: Ivonaldo Lacerda
Editoração: Ivonaldo Lacerda
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U n i v e r s i d a d e
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Évora em Portugal Foto: Liése Carneiro 2011
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