Nebulosas e a evolução de estrelas Uma vez que a estrela está formada, existe uma série de fatores a ser considerada para entender o que acontece com a estrela deste ponto em diante. MASSA – quanto combustível a estrela tem para realizar fusão de núcleos de H em núcleos de He ? LUMINOSIDADE – qual a taxa de consumo da energia liberada pelas reações nucleares? TEMPERATURA – é fator preponderante na luminosidade L∝ R T 2 4 O diagrama HR é um gráfico de temperatura e luminosidade que é usado para representar as estrelas quanto a essas características essenciais. Estrelas que se formam com muita massa têm temperaturas elevadas e alta luminosidade. Consomem muita energia para manterem-se acesas. Spica, alpha virgo Luminosidade: 13 400 * Sol Massa: 10.9 * Sol Diâmetro: 7.34 * Sol Temperatura: 22 400 K Já estrelas que se formaram com menos massa têm temperatura e luminosidade menos elevadas e não consomem tanta energia para se manterem acesas. Já vimos que a fonte de energia que mantêm as estrelas acesas tem origem no processo de fusão nuclear que ocorre no centro das estrelas. Enquanto uma estrela funde H em He, dizemos que a estrela está na “seqüência principal” Representação de estrelas da seqüência principal, por grupo espectral. mas o combustível uma hora acabará, e então? As estrelas ao saírem da seqüência principal podem seguir diversos caminhos. De acordo com sua massa, ao término do H para ser convertido em He, a estrela terá uma determinada morte. Vejamos mais detalhadamente cada estágio de evolução possível. As mortes das estrelas Já vimos nas tabelas anteriores que, de acordo com sua massa, ao fim da sequência principal, as estrelas seguem caminhos distintos. Vamos espiar cada um desses possíveis caminhos. Ao término do H para ser convertido em He no caroço, a estrela não suporta o peso das camadas mais internas que colapsam, aumentando a temperatura e realizando fusão nas camadas mais externas da estrela. A partir daí aumenta a luminosidade e há maior liberação de energia. A estrela se expande de modo que as camadas mais externas ficam mais frias. É o estágio gigante vermelha. Betelgeuse – gigante vermelha. Dependendo das possibilidades térmicas da estrela, esse processo vai se repetindo até que o núcleo dela se torne de um elemento pesado demais para ser fundido. Se a estrela não for muito gordinha, a fusão vai só até He em C no seu caroço e depois ela expulsa todas as suas camadas externas, virando uma nebulosa planetária. Nebulosa planetária, um dos estágios da morte de estrelas como o Sol Depois da fase de nebulosa planetária, em que os seus restos de camadas vão se desfazendo, ela se torna uma anã branca, que é uma estrela muito quente e muito densa. Não há mais reações nucleares neste estágio. Sirius B – abaixo, à esquerda, anã branca companheira de Sirius A Concepção artística de uma anã branca, cuja parte mais central é um diamante gigantesco. 1 colherinha de anã branca = 1 Tonelada Mas se a estrela for mais gordinha, a ponto de fundir C em O no caroço, etc - quando o ciclo chega ao fim, a expulsão é ainda mais violenta que em uma nebulosa planetária, é a chamada supernova. Supernova observada em 1987 na Grande Nuvem de Magalhães O que sobra de uma supernova costuma ser uma estrela de nêutrons – objeto muito quente e que tem grande rotação. Mas se a estrela for massuda mesmo, capaz até de formar Fe nas suas reações nucleares, a queda das camadas sobre o centro ao fim do combustível é violenta demais e forma-se um buraco negro. Concepção artística de um buraco negro. O buraco negro é um objeto tão denso, tão denso, tão denso... (muita massa num volume muito pequeno) que a velocidade de escape é maior que a velocidade da luz.