Anatomia e Fisiologia Prof:Renato de Oliveira Amaral Curso:Tecnico de Enfermagem INTRODUÇÃO 1-No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres Humanos. O conceito de Fisiologia é a ciência biológica que estuda as funções (físicas, orgânicas, bioquímicas) dos seres vivos. Anatomia (grego = ANATOMÉ = cortar em partes e por definição vem a ser o estudo das partes), enquanto que fisiologia (grego = PHISIS = natureza, função; LOGOS = estudos das funções). O aluno, ao fim desta disciplina deve ser capaz de realizar os procedimentos de enfermagem, com aptidão técnica necessária, baseados em conhecimentos, anatômicos e Fisiológicos adquiridos na disciplina. Unidade 1 Capitulo 1 Fisiologia da Célula Animal (Humana) 2-Celula. Célula, unidade mínima de um organismo, capaz de atuar de maneira autônoma. Alguns organismos microscópicos, como bactérias e protozoários, são células únicas, enquanto os animais e plantas são formados por muitos milhões de células organizadas em tecidos e órgãos. Pode-se classificá-las em células procarióticas e eucarióticas. As primeiras, que incluem bactérias e algas verdes azuladas, são células pequenas, de 1 a 5 µm de diâmetro, e de estrutura simples. O material genético (ADN) não está rodeado por nenhuma membrana que o separe do resto da célula. As células eucarióticas, que formam os demais organismos vivos, são muito maiores (medem entre 10 a 50 µm de comprimento) e têm o material genético envolto por uma membrana que forma um órgão esférico importante chamado de núcleo. Organelas da célula Animal (humana)M : 1. Nucléolo: armazena carga genética 2. Núcleo celular: cromossomos do DNA 3. Ribossomos: faz a síntese de Proteínas 4. Vesículas 5. Ergastoplasma ou Retículo endoplasmático rugoso (RER): transporte de proteínas (há ribossomos grudados nele) 6. Complexo de Golgi armazena e libera as proteínas 7. Microtúbulos 8. Retículo Endoplasmático Liso: transporte de proteínas 9. Mitocôndrias Respiração 10.Vacúolo: existem em célula animal, porém são muito maiores na célula vegetal, serve como reserva energética. 11. Citoplasma 12. Lisossomas: digestão 13. Centríolos: divisão celular Respiração celular: Todos os seres vivos necessitam de energia para viver. A forma de obtenção dessa energia é variada e envolve processos diversos e complexos, conhecidos como metabolismo (transformação). Percebe-se que são reações inversas: a fotossíntese capta a energia solar e a transforma em energia química; a respiração celular, por sua vez, libera a energia captada para ser utilizada nos processos vitais. Os seres fotossintetizantes (plantas), fazem a fotossíntese apenas na presença de luz, o que ocorre normalmente durante o dia, e todas as células dos corpos fazem respiração celular o dia todo, enquanto permanecerem vivas. Obs.: A Respiração celular aeróbica (feita por seres humanos) é uma importante fonte na produção de trifosfato de adenosina (ATP), fonte de energia que mantém as funções vitais do corpo humano. E para que este processo ocorra temos que ter moléculas de glicose. Diferentes origens da glicose utilizada para produção de ATP • As reservas de glicogênio restantes nos músculos • A quebra do glicogênio do fígado em glicose, que chega ao músculo ativo através da corrente sanguínea; • A absorção da glicose dos alimentos no intestino, que chega ao músculo ativo através da corrente sanguínea. Obs.: Em casos extremos (como fome prolongada), as proteínas também podem ser decompostas em aminoácidos e utilizadas para produzir ATP. A respiração aeróbica usaria primeiramente os carboidratos, depois as gorduras e, se necessário, músculo. Sangue: O sangue é um dos três componentes do sistema circulatório, os outros dois, são o coração e os vasos sanguíneos. Ele é responsável pelo transporte, regulação e proteção de nosso corpo. Composição do sangue: Nele encontramos o plasma sanguíneo, responsável por 66% de seu volume, além das hemácias, dos leucócitos e das plaquetas, responsáveis por aproximadamente 33% de sua composição. A maior parte do plasma sanguíneo é composta por água (93%), daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo bastante líquido. Nos 7% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas, hormônios, vitaminas, gás carbônico, sais minerais, lipídios ureia, etc. Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, transportam o oxigênio e o gás carbônico por todo o corpo. Essas células duram aproximadamente 120 dias, após isso, são repostas pela medula óssea. Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são responsáveis pela defesa de nosso corpo. Eles protegem nosso organismo contra a invasão de microrganismos indesejados (vírus, bactérias e fungos). Forma bastante simples, podemos dizer que eles são nossos "soldadinhos de defesa". As plaquetas são fragmentos de células, presentes no sangue, que realizam a coagulação, evitando assim sua perda excessiva de sangue (hemorragia). Elas geralmente agem quando os vasos sanguíneos sofrem danos. Um exemplo simples é o caso de uma picada de agulha, onde se observa uma pequena e ligeira perda de sangue que logo é estancada, isto ocorre graças ao tampão plaquetário. Plaquetas: Plaqueta ou trombócito é um fragmento de célula presente no sangue que é formado na medula óssea. Participa do processo de coagulação sanguínea e sua principal função é formar coágulos, sendo assim evita a perda de sangue, conservando a integridade do sistema circulatório. A pessoa que não produz plaquetas devido a uma doença da medula óssea usa de medicamentos que impedem sua produção ou desenvolvam alguma doença em que o funcionamento das plaquetas é escasso corre o risco de hemorragia, ocasionando a morte, se não for realizada uma transfusão plaquetária. As plaquetas são células discóides desprovidas de núcleo, derivadas dos megarióticos, possuem vida média de dez dias e tamanho de 1,5-3,0 micrometros e seus valores de referência são de 150.000 a 400.000 por mm3 de sangue em adultos e crianças. O aumento das plaquetas pode ser decorrente de doenças mieloproliferativas, mielofibrose, doenças inflamatórias como febre reumática, artrite reumatoide, colite ulcerativa, doenças malignas-carcinomas. A diminuição do número de plaquetas podem ser hereditárias ou adquiridas, secundárias a doenças autoimunes. Células vermelhas do sangue: Hemácias: Nas hemácias encontramos a hemoglobina que é uma proteína constituindo aproximadamente 35% de seu peso. É um pigmento presente no sangue (cor vermelha) responsável por transportar o oxigênio, levando-o dos pulmões aos tecidos de todo o corpo. Além de transportar oxigênio, a hemoglobina também participa do processo de transporte de nutrientes a todas as células do corpo, processo este, no qual o sangue leva os nutrientes e recolhe as substâncias secretadas pelas células, conduzindo-as, posteriormente, para fora do organismo. Para se combinarem com o oxigênio, as hemácias (eritrócitos) precisam de quantidade suficiente, dos níveis de ferro presentes no organismo. A deficiência de ferro no organismo leva a um quadro conhecido como anemia. A hemoglobina é capaz de transportar oxigênio numa quantidade superior a vinte vezes seu volume. Entretanto, quando se une ao monóxido de carbono, ela perde sua capacidade de combinar-se com o oxigênio, o que implicará na perda de sua função e, consequentemente, em possíveis danos ao organismo. O tempo médio de vida dos glóbulos vermelhos é de aproximadamente 120 dias, após este período, eles se degeneram no baço ou no sistema circulatório, contudo, o ferro se reintegra nos novos eritrócitos (hemácias) (glóbulos vermelhos) que se formam na medula óssea. Células brancas do sangue: Célula Branca: É um dos três principais tipos de células no sangue. Há vários tipos de células brancas (isto é, neutrófilos, linfócitos e monócitos). Os neutrófilos são necessários para combaterem a infecção bacteriana. Os neutrófilos podem diminuir muito após a quimioterapia, causando a neutropenia. Leucócitos (glóbulos brancos): são células especializadas na defesa do organismo, combatendo vírus, bactérias e outros agentes invasores que penetram no corpo. Denomina-se leucocitose o fenômeno em que o número de leucócitos sobe acima de 10.000/mm³ de sangue e leucopenia quando desce abaixo de 2.000/mm³ de sangue. Na leucemia (câncer de leucócitos) encontramos mais de 100 mil leucócitos/mm³ de sangue. A leucocitose geralmente ocorre devido a uma infecção, enquanto a leucopenia predispõe o organismo a infecções. Existem três tipos de linfócitos: os linfócitos B, ou células B; os linfócitos T, ou células T; e as células “natural killer”, células NK. Cada um desses tipos exerce uma função específica no combate a infecções e também no combate ao câncer. Os linfócitos B se originam de uma célula-mãe na medula óssea e amadurecem até se tornarem células especialistas na produção de anticorpos. Quando essas células são ativadas por antígenos (corpos estranhos), elas se proliferam e se diferenciam em plasmócitos, que são células produtoras de anticorpos. Por vezes, algumas células não se diferenciam em plasmócitos, originando a célula B da memória imunitária. Essas células reagem quando o corpo se expõe novamente ao mesmo antígeno. É o que acontece quando pegamos uma doença: podemos ter contato novamente com o antígeno que ela não se manifestará mais, como acontece com a catapora e o sarampo. Os linfócitos T ajudam a defender o organismo de vírus, fungos e algumas bactérias. Formam-se quando as células-mães migram da medula óssea para o timo e são responsáveis pela produção de anticorpos sanguíneos e imunidade celular. É no timo que os linfócitos T aprendem a diferenciar células do organismo de corpos estranhos, mas nem sempre essa educação é eficiente, pois às vezes uma desordem no reconhecimento do próprio organismo leva ao ataque e destruição de determinadas células ou substâncias do próprio organismo, desencadeando as doenças autoimunes, como o diabetes tipo um e a esclerose múltipla. O linfócito T matador, também conhecido como CD8, é especialista em reconhecer e destruir células do organismo que estejam alteradas, impedindo-as de se multiplicar. Ocorre com as células que estão infectadas por vírus. Esses linfócitos também atacam células que sejam estranhas ao organismo da pessoa, sendo um dos principais vilões no transplante de órgãos. Há outro tipo de linfócito chamado de linfócito T auxiliador ou também CD4. Essas células comandam o sistema imunológico, recebendo informações dos macrófagos sobre a presença de antígenos. Ao receberem essa informação, os linfócitos T auxiliadores estimulam os linfócitos B e os linfócitos T matadores a combaterem os antígenos. Se, por algum motivo, os linfócitos T auxiliadores deixarem de atuar, os linfócitos B e linfócitos T matadores deixarão de ser estimulados, ficando o corpo à mercê de corpos estranhos. Uma doença que ataca e destrói os linfócitos T auxiliadores, fazendo com que eles deixem de atuar, é a AIDS. Nessa doença, o vírus ataca e destrói os linfócitos T auxiliadores, fazendo com que não ocorra a ativação dos outros linfócitos. Dessa forma, a pessoa portadora da AIDS adquire infecções que não afetam pessoas saudáveis. Os linfócitos NK têm como seu principal alvo as células tumorais e alguns tipos de micróbios. São células maiores do que os linfócitos B e T que iniciam o combate assim que formadas na medula óssea, não necessitando de maturação, como os linfócitos B e T. Essas células destroem as células infectadas, induzindoas a apoptose (morte celular programada) antes que o vírus tenha chance de se replicar. Monócitos – macrófagos células pertencentes ao sistema mononuclear fagocítico, são considerados como a primeira linha de defesa imunológica. Macrófagos participam da imunidade inata, servindo como células fagocíticas. Essas células surgem na medula óssea e, posteriormente, entram na circulação sanguínea como monócitos sanguíneos. Ao migrarem para vários tecidos, os monócitos se maturam e se diferenciam em. Macrófagos teciduais. Estes macrófagos passam a desempenhar atividades relacionadas ao processamento e apresentação de antígenos. Os macrófagos desempenham um papel importante na modulação da resposta inflamatória. (secreção purulenta). Os neutrófilos fazem parte da porção do sangue responsável pela defesa ou imunidade do organismo. A principal função dos neutrófilos é a fagocitose e destruição de material estranho, especialmente bactérias patogênicas. As etapas necessárias para que seja conseguida a morte bacteriana são: quimiotaxia, aderência, ingestão e digestão. E a interpretação correta da alteração desses valores no sangue pode auxiliar no diagnóstico acertado de algumas doenças. Os valores de neutrófilos estarão acima do desejado, condição conhecida como neutrofilia, quando houver infecções, desordens inflamatórias, diabetes, uremia, eclâmpsia, necrose hepática, leucemia mielóide crônica, policitemia, pós-esplenectomia, anemia hemolítica, hemorragia, queimaduras, gestação, choque elétrico ou câncer maligno. A neutropenia, ou a baixa de neutrófilos ocorre quando existem infecções, anemia aplástica, leucemias agudas, anemia megaloblástica, anemia ferropriva, hipotiroidismo ou cirrose. ESTUDO DIRIGIDO: Questão 1 marque a alternativa correta Defina a função dos Linfócitos ( ) Deixar o Sangue vermelho ( ) Ajudar no crescimento do cabelo ( ) São células de defesa do corpo ( ) São vírus Questão 2 marque a alternativa correta Qual é a principal função das plaquetas ? ( ) Ajudam a evitar sangramentos (hemorragia) ( ) As plaquetas só são encontradas em paciente com dengue. ( ) São usadas para medicar clientes com dengue. ( ) Transportar Oxigênio Questão 3 marque a alternativa correta: Qual é a função das Hemácias ( ) Transporte de Oxigênio e CO2 ( ) Evitar Câimbras ( ) São glóbulos Brancos ( ) Restabelecer o sistema Linfático Questão 4 marque a alternativa correta: Qual a função da trifosfato de adenosina (ATP) ( ) Produzir glicose ( ) Fonte de Energia para o Corpo ( ) Formação dos Ossos ( ) Oxigenação do Sangue Questão 5 Cite 5 alimentos fonte em Glicose. R: Questão 6 Cite um sintoma evidenciado em um paciente com hipoglicemia. R: Questão 7 marque a alternativa correta: O que são organelas. ( ) pequenas estruturas dentro do corpo celular, com funções semelhantes a órgãos no corpo humano. ( ) são vírus. ( ) São bactérias ( ) São Plantas Questão 8 marque a alternativa correta: Cite uma Célula de defesa do corpo que não seja o Linfócito. R: Questão 9 marque a alternativa correta: Qual patologia abaixo é combatida pela pelos Linfócitos NK. ( ) Cefaleia ( ) Células Cancerígenas ( ) Tendinite ( )D.S.T Questão 10 Defina com suas próprias palavras a Função do sistema imunológico ( Células brancas ) e da respiração Celular, com auxilio das Hemácias (Células vermelhas) R: BIBLIOGRÁFIA: ALVES, J.G.; Emergências clínicas; 1. ed., Rio de Janeiro. Rubio, 2007. Andrade, M. M.; Introdução à metodologia do trabalho cientifico; 5ª Ed. São Paulo. Editora Atlas 2001 p.124. GALLO, B. M.; Cuidados Intensivos de Enfermagem, Uma abordagem Holística; 6ª Ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan 1997. POTTER, P. A.; PERRY, A. G.; Grande Tratado De Enfermagem Prática Hospitalar. SP. Santos, 2002. SANTOS, A. L. G. S.; Assistência Humanizada ao Cliente no Centro Cirúrgico, uma Experiência Apoiada a Teoria Humanizada de Paterson e Zbrerad.Revista Nursing, vol.05. SP - São Paulo, 2002. SCARPARO, Ariane Fazzolo; CHAVES , Clarice Aparecida FERRAZ; Lucieli Dias PEDRESCHI; Gabriel , Carmen Silva. 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