Circuitos MVL

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Capítulo 11 – Circuitos MVL
Capítulo 11
Circuitos MVL
11.1 Introdução
Circuitos digitais possuem n valores, n possibilidade de sinal digital, ao qual está associado um determinado valor de tensão (modo de tensão) ou de corrente (modo de corrente). Os valores são nomeados por números, de 0 a n-1; n é a quantia de valores ou a base.



2 valores: n = 2
3 valores: n = 3
4 valores: n = 4
0,1
0,1,2
0,1,2,3
Valores lógicos podem ser expressos por meio de n. Para 4 valores:




0:
1:
2:
3:
n-4
n-3
n-2
n-1
valor mínimo
valor máximo
As tensões associadas aos níveis lógicos 0,1,2 e 3 são V0, V1, V2 e V3, respectivamente. A análise das correntes (I0, I1, I2 e I3) não será apresentada. Um circuito projetado “em
modo de corrente” atribui uma corrente para cada valor lógico. A potência em regime estacionário (permanente) também precisa ser verificada, ela pode não ser a mesma para todos
os valores lógicos. O circuito pode ser projetado para usar o valor lógico que consuma maior potência durante menos tempo.
Em circuitos booleanos, são definidos os seguintes parâmetros:




VIL:
VOL:
VIH:
VOH:
Máxima tensão de entrada para valor “0”.
Máxima tensão de saída para valor “0”.
Mínima tensão de entrada para valor “1”.
Mínima tensão de entrada para valor “1”.
Tais parâmetros abordam a transição entre os níveis “0” e “1”, há, apenas, uma região
de transição. Para circuitos ternários há duas regiões de transição, uma entre os níveis “0” e
“1” e outra entre os níveis “1” e “2”. Para quatro valores, há três regiões. Para “n” valores,
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
179
Capítulo 11 – Circuitos MVL
há “n-1” regiões. Para cada região, é preciso definir aqueles quatro parâmetros. Em muitos
casos, também é necessário definir a corrente para cada parâmetro.
As tensões associadas aos valores não precisam estar igualmente espaçadas entre si.
Pode existir alguma função não linear que defina o valor de tensão para cada valor lógico:
v=f(n); quando se deseja tornar a relação sinal-ruído constante para todos os valores lógicos. Uma função quaternária cujos valores lógicos 0,1,2 e 3 são associados aos níveis de
tensão 0V,1V,2V e 3V, respectivamente, e cuja margem de erro absoluto seja de 0,1V,
proporcionará uma margem de erro de 10% para o valor “1” e de 3,3% para o valor “4”,
quanto menor for o valor lógico, maior será a probabilidade de ocorrer erro. Associando-se
os valores lógicos a uma escala logarítmica de tensões, esse problema não existe.
O conceito de dualidade diz que, para todos os circuitos analógicos e digitais, há um
circuito cujas características são equivalentes, mas invertidas. A porta AND é a dual da
porta OR (tanto em sua funcionalidade como em sua construção). A dualidade também vale
para MVL. Se uma porta utiliza transistores BJT NPN, o seu dual usa transistores BJT
PNP; se uma porta utiliza MOSFET de canal N, o seu dual usa MOSFET de canal P.
180
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
11.2 Deslocadores
Na lógica de Post estendida, há dois deslocadores, BASE e TOPO, sendo um o dual
do outro. Isso significa que, com base no circuito BASE, basta construir o circuito dual para
se obter o TOPO, e vice-versa.
BASE de 2 valores
TOPO de 2 valores
V1
V1
VOUT
VIN
VOUT
VIN
V0
V0
V1
V0
V0
V2
V1
TOPO de 3 valores
BASE de 3 valores
V2
VOUT
VOUT
V1
V1
VIN
V0
V0
V0
V0
V1
V2
TOPO de 4 valores
V3
VOUT
VOUT
V2
V1
V2
BASE de 4 valores
V3
V2
VIN V1
V1
VIN
VIN
V0
V0
V0
V1
V2
V3
V0
V1
V2
V3
Figura 11.1 – Gráficos dos deslocadores.
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
181
Capítulo 11 – Circuitos MVL
Os circuitos dos conectivos, os comparadores de dominância, podem ser construídos
com os mais variados dispositivos, como chaves hidráulicas, pneumáticas e mecânicas, ou
sentenças lógicas; no campo da engenharia elétrica, os dispositivos mais utilizados são:
1. Diodo:
2. BJT:
3. MOSFET:
Para fins didáticos.
Menos usado.
O mais utilizado.
O deslocamento, na grande maioria das topologias de circuitos, é gerado por três alternativas, dependendo do tipo de dispositivo empregado:
1. VJ:
2. VBE:
3. VGS:
Queda de tensão no diodo polarizado diretamente.
Queda de tensão na junção direta do BJT saturado.
Queda de tensão entre porta e fonte do MOSFET triodo.
Para cada valor lógico, é atribuído um valor de tensão. Os gráficos mostram que a
porta TOPO requer um nível de tensão acima daquele atribuído ao maior valor lógico, e a
porta BASE requer um nível de tensão abaixo daquele atribuído ao menor valor lógico. Isso
dificulta o emprego das duas portas no mesmo circuito. A seguir, exemplos de atribuição de
valores de tensão, nos quais as tensões aumentam de 1 em 1V.
Dois valores
BASE TOPO
0
0
GND
1
0
V0
2
1
V1
2
2
VDD
Três valores
BASE TOPO
0
0
GND
1
0
V0
2
1
V1
3
2
V2
3
3
VDD
Quatro valores
GND
V0
V1
V2
V3
VDD
BASE TOPO
0
0
1
0
2
1
3
2
4
3
4
4
Tabela 11.1 – Exemplo de atribuição de valores de tensão [V].
Os gráficos também mostram que, para uma determinada faixa de tensão de entrada, a
tensão na saída segue a da entrada, deslocada. Nessa faixa, atua o circuito de deslocamento,
cuja função é a de adicionar (TOPO) ou subtrair (BASE) uma tensão. No circuito de deslocamento, o sinal é injetado em um terminal de um dispositivo, podendo ser:
1. Catodo (TOPO) ou anodo (BASE) de um diodo.
2. Base de um BJT.
3. Porta de um MOSFET.
182
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
VJ,VBE e VGS definem a diferença de tensão entre níveis lógicos consecutivos.
Na outra faixa, a tensão de saída não segue mais a da entrada, permanece constante na
tensão do menor nível lógico (TOPO) ou do maior nível lógico (BASE). Nessa faixa, atua o
circuito de comutação, cuja função é a de comparar a tensão fornecida pelo circuito de deslocamento com a tensão do menor nível lógico (TOPO) ou do maior nível lógico (BASE);
se essa diferença atinge certo patamar (tensão de comutação), o circuito de comutação entra
em ação e leva a saída para o menor nível lógico (TOPO) ou o maior nível lógico (BASE).
Trata-se da comutação realizada pelo operador MOD usado na definição dos deslocadores.
Os valores de VJ, VBE ou VGS não são os mesmos para os do circuito de deslocamento. A
tensão de comutação é determinada, de forma ideal, segundo os critérios a seguir:


TOPO:
BASE:
Média entre o valor de tensão do maior nível lógico e VDD.
Média entre o valor de tensão do menor nível lógico e GND.
Os valores de VJ, VBE ou VGS são, então:


TOPO:
BASE:
Tensão de comutação.
Valor de tensão do maior nível menos a tensão de comutação.
Com base nessas definições, e utilizando a atribuição de tensões da tabela 11.1, são
determinados os valores dos módulos de VJ, VBE ou VGS (tabela 11.2). Para BJTs PNP e
MOSFETs de canal P, esses valores são negativos. O projeto deve levar em consideração a
não linearidade desses valores; por exemplo, o deslocamento provocado com aplicação de
V0 não é, exatamente, o mesmo provocado com V1.
Dois
Três Quatro
valores valores valores
Deslocamento
Comutação
1
1,5
1
2,5
1
3,5
Tabela 11.2 – Determinação o módulo de VJ, VBE ou VGS [V].
11.3 Conectivos
Na lógica de Epstein, há dois conectivos, Mínimo e Máximo, sendo um o dual do outro. Com base no circuito Mínimo, basta construir o circuito dual para se obter o Máximo, e
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
183
Capítulo 11 – Circuitos MVL
vice-versa. Na lógica booleana, é mais fácil construir as portas NAND e NOR do que as
portas AND e OR. O circuito mais simples fornece os conectivos deslocados, NAND e
NOR, e, para obter os conectivos puros, AND e OR, é preciso incorporar um deslocador. O
mesmo vale para circuitos MVL. Os conectivos mais simples são o Mínimo deslocado e o
Máximo deslocado. Os dois conectivos sofrem deslocamentos antagônicos; o Mínimo sofre
deslocamento TOPO e o Máximo sofre deslocamento BASE, formando, assim, as portas
Mínimo-TOPO e Máximo-BASE, abreviadas para MINTOPO e MAXBASE.
TOPO
A
/A
Mínimo

0
1
0
0
0
0
1
BASE
1
0
A
A/
0
1
1
0
Máximo

0
1
1
0
1
MINTOPO
0
0
1

0
1
1
1
1
0
1
1
1
1
0
1
2
2
3
3
0
1
0
1
1
1
2
0
1
2
2
3
0
1
2
3
2
1
2
3
3
2
1
2
3
0
MAXBASE

0
1
0
1
0
1
0
0
Tabela 11.3 – Dois valores
TOPO
TOPO
A
/A
0
1
BASE
1
2
2
0
Mínimo

0
1
2
0
0
0
0

0
1
2
0
2
1
0
2
1
Máximo
1
0
1
1
2
0
1
2
MINTOPO
0
1
1
1
A
A/
1
1
2
2

0
1
2
0
0
1
2
1
1
1
2
2
2
2
2

0
1
2
0
2
0
1
1
0
0
1
Tabela 11.4 – Três valores
BASE
0
1
Mínimo

0
1
2
3
0
0
0
0
0
2
1
1
1

0
1
2
3
0
1
1
1
1
A
A/
0
3
1
0
2
1
3
2
1
1
1
2
3
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
2
1
1
1
2
3
2
2
2
2
Máximo
MINTOPO
MAXBASE
2
1
2
0
A
/A
1
1
2
2
2

0
1
2
3
0
0
1
2
3
MAXBASE

0
1
2
3
0
3
0
1
2
1
0
0
1
2
Tabela 11.5 – Quatro valores
O fato dos circuitos dos conectivos incorporarem automaticamente os deslocadores é
uma vantagem, pois, a partir deles, obtém-se os deslocadores, o que não é possível com os
conectivos puros.
Uma vez que as portas para os conectivos oferecem, naturalmente, um deslocamento,
a porta BASE é a porta MAXBASE reduzida para uma entrada e a porta TOPO é a porta
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Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
MINTOPO reduzida para uma entrada. A porta “Mínimo” precisa ser gerada com uma porta MINTOPO seguida de uma porta TOPO (3 valores) ou duas portas TOPO (4 valores);
não é recomendado juntar a porta MINTOPO com uma porta BASE, pois, além dessas portas usarem arquiteturas antagônicas, fato que complica o projeto do circuito integrado, ainda existe a possibilidade dessas portas usares níveis de tensão diferentes, fato verificado nas
simulações. O mesmo vale para a porta MAXBASE.
11.4 Sub-circuitos e simbologia
Para que circuitos possam ser construídos com as portas MAXBASE e MINTOPO
sem ter que redesenhar os sub-circuitos dessas portas, elas podem ser gravadas como subcircuitos, e ser representadas por blocos, como sendo um único componente. Da mesma
forma que nos circuitos binários, uma pequena circunferência desenhada na saída simboliza
um deslocamento. Na porta, MAXBASE o deslocamento é BASE e, na porta MINTOPO, o
deslocamento é TOPO. Os símbolos foram tirados da lógica booleana com base no fato de
que MVL, para dois valores, coincide com a lógica booleana. Os deslocadores BASE e
TOPO recebem o mesmo símbolo, por isso, nos circuitos, devem vir acompanhadas de seus
respectivos nomes.
BASE
MAXBASE
Máximo
TOPO
MINTOPO
Mínimo
Figura 11.2 – Simbologia utilizada em circuitos digitais (mínimo, máximo e deslocador).
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
185
Capítulo 11 – Circuitos MVL
As portas MAXBASE e MINTOPO não podem ser construídas no mesmo circuito,
possuem níveis de tensão diferentes. Também não se pode obter a porta MINTOPO a partir
da porta MAXBASE e vice-versa pelo teorema de De Morgan, pois este teorema pode ser
aplicado para a lógica aberta (Lukasiewicz) e fechada (Post), mas essas portas não pertencem a nenhuma destas lógicas, pois utilizam o conceito de máximo e mínimo da lógica aberta e os deslocadores BASE e TOPO da lógica fechada, é a mistura das duas lógicas.
Figura 11.4 –
Portas MAXTOPO e MINBASE.
Figura 11.3 –
Portas MAXBASE e MINTOPO.
As portas MAXTOPO e MINBASE são obtidas da adição de uma (3 valores) ou duas
(4 valores) portas BASE à porta MAXBASE e da adição de uma (3 valores) ou duas
(4valores) portas TOPO à porta MINTOPO As portas MAXTOPO e MINBASE são obtidas
da adição de uma (3 valores) ou duas (4 valores) portas BASE à porta MAXBASE e da
adição de uma (3 valores) ou duas (4valores) portas TOPO à porta MINTOPO. Com mais
um deslocador, pode-se, ainda, obter as portas MÁXIMO e MÍNIMO.
186
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
11.5 Implementação da lógica de Post entendida
A partir da porta MINTOPO3, são obtidos ALFA3, BETA3 e GAMA3. A partir da porta
MINTOPO4, são obtidos ALFA4, BETA4, GAMA4 e DELTA4.
Figura 11.5a – Simulação das portas lógicas (circuitos implícitos) ternárias.
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
187
Capítulo 11 – Circuitos MVL
Figura 11.5 – Simulação das portas lógicas (circuitos implícitos) quaternárias.
Figura 11.6 – As portas ALFA, BETA GAMA e DELTA (circuitos explícitos).
188
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
11.6 Deslocadores em malha aberta
Os deslocadores em malha aberta são
um conjunto de m portas lógicas de n valores,
em série, com apenas uma entrada. Este dispositivo é bastante útil na determinação do
tempo de atraso das portas e dos erros nos
níveis de tensão propagados.
Figura 11.7 – Gráfico do último estágio do deslocador MAXBASE4.
Figura 11.8 – Deslocadores de dois e três valores.
Figura 11.9 – Deslocadores de quatro valores.
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
189
Capítulo 11 – Circuitos MVL
11.7 Exemplo
Implementar a função:
C = ( /A a B/ ) b ( ( //A c /B ) d A/ )
Figura 11.10 – A tabela-verdade
Figura 11.11 – O circuito do exemplo.
Figura 11.12 – O gráfico do exemplo, obtido no LMVS e no Waveform Analyser do Spice.
Os dois gráficos coincidem. O circuito funciona corretamente. O circuito fornece o
mesmo resultado fornecido pelo software LMVS, mostrando que os circuitos apresentados
são coerentes com a teoria algébrica. Qualquer função de três e quatro valores pode ser simulada utilizando o mesmo procedimento.
190
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
11.8 Circuitos seqüenciais
Os circuitos mostrados e os programas simuladores correspondem à lógica combinacional, na qual o tempo não é levado em consideração. Serão apresentados circuitos seqüenciais; há estados temporais, uma sucessão de estados, uma seqüência no tempo, cujo
espaçamento é dado pelo pulso de relógio (clock).
11.9 Flip Flop RS assíncrono (FF RS)
Os circuitos seqüenciais mais simples são os biestáveis (dois valores), há, apenas, dois
estados estáveis. Para três valores, os triestáveis e, para quatro valores, os quadriestáveis.
Para n valores, tem-se os n-estáveis, que correspondem a uma sucessão de n portas (para n
valores) em série, com uma realimentação da saída na entrada. O biestável mais simples é o
RS (Reset-Set), um pulso na entrada “R” coloca a saída em valor “0”, um pulso na entrada
“S” coloca a saída em valor “1”. Usando a porta NAND (MINTOPO para dois valores), o
pulso é negativo (valor mínimo). Usando a porta NOR (MAXBASE para dois valores), o
pulso é positivo (valor máximo). Para MVL, (n-estáveis), a nomenclatura muda. O nome
Set x indica que, se tal entrada receber um pulso, a saída irá para o valor lógico x.

Dois valores:
Set 0 Set 1

Três valores:
Set 0 Set 1 Set 2

Quatro valores:
Set 0 Set 1 Set 2 Set 3

N valores:
Set 0 Set 1 Set 2 Set 3 ...
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Set n-1
191
Capítulo 11 – Circuitos MVL
ReSet
Set
Figura 11.13 – FF RS com NAND.
Set
ReSet
Figura 11..14 – FF RS com NOR.
Figura 11.15 – FF RS com MAXBASE2 e MINTOPO2.
192
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
Figura 11.16 – FF RS com MAXBASE3 e MINTOPO3.
Figura 11.17 – FF RS com MAXBASE4 e MINTOPO4.
Set 3
Set 0
Set 0
Set 3
Set 1
Set 2
Set 2
Set 1
Figura 11.18 – Gráfico do FF RS com MAXBASE4 MINTOPO4, respectivamente.
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
193
Capítulo 11 – Circuitos MVL
Set 3
A ordem com a qual os es-
Set 0
tímulos são fornecidos ao circuito
Set 1
não altera a função de cada entra-
Set 2
da do circuito, o estado anterior
não é levado em consideração.
Figura 11.19 – Gráfico do FF RS com MAXBASE4 com o estímulo diferente.
11.10 FF tipo D (datum)
É preciso apresentar sobre o RS síncrono, também chamado de RS com controle.
Figura 11.20 – FF RS síncrono.
Um n-estável mais interessante é o do tipo D, que possui apenas uma entrada. Este
flip-flop garante que sempre estará funcionando corretamente, para qualquer valor lógico
de entrada. Ele elimina a vulnerabilidade do FF RS com relação ao problema de receber o
comando Set e ReSet ao mesmo tempo. O FF D é obtido a partir do RS, e, tal como o RS,
também possui a versão síncrona (ou com controle). No primeiro circuito, abaixo, o sinal
de saída aparece complementado; para corrigir isso, adiciona-se mais um inversor, mostra-
194
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
do no segundo circuito (uma alternativa é ligar a carga na saída não complementada, no nó
“D” logo acima do nó “/D”.
Figura 11.21 – FF tipo D.
Redesenhando o circuito, obtém-se o primeiro desenho da figura abaixo. Este circuito
pode ser aperfeiçoado, conforme o segundo desenho. O terceiro desenho é a forma usual,
com a diferença de que a conexão entre a saída da porta 6 e a entrada da porta 3, presente
no primeiro circuito, é mantida, surgindo, então, a necessidade de se usar uma porta de três
entradas. Essas redundâncias aumentam a rapidez do circuito.
Figura 11.22 – FF tipo D em outras formas(3,10).
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
195
Capítulo 11 – Circuitos MVL
Estes circuitos são formados por três etapas, cada uma consistindo em uma linha.
1.
A primeira linha é uma rede de deslocamentos sucessivos que acompanha o
sinal de entrada. Está sempre em sincronia com este sinal.
2.
A segunda linha é um separador, uma ponte entre a primeira parte e a segunda
parte. Por meio do pulso de clock, o sinal da primeira parte é transferido para a segunda
parte (refresh rate).
3.
A terceira linha contém o sinal amostrado da entrada, colhido em uma transição do pulso de clock. Enquanto outra transição não acontece, para que a amostragem
aconteça, o sinal fica retido.
circuito pode ser expandido para MVL.
Figura 11.23 – FF D com MAXBASE2 e MINTOPO2.
196
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
Capítulo 11 – Circuitos MVL
Figura 11.24 – FF D com MAXBASE3 e MINTOPO3.
Figura 11.25 – Gráficos dos FFs tipo D síncronos com MAXBASE2 e MINTOPO2.
Marco Aurélio Seluque Fregonezi
197
Capítulo 11 – Circuitos MVL
Figura 11.26 – FF D com MAXBASE4 e MINTOPO4.
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