DICAS GRAMATICAIS – FCC/2013 Profa. Júnia

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 DICAS GRAMATICAIS – FCC/2013
Profa. Júnia Andrade Viana
[email protected]
face: profajunia
Autora do livro Redação para Concursos Públicos – Ed. Ferreira
Profa. de português e discursivas no Ponto dos Concursos
DISTRIBUIÇÃO DOS ASSUNTOS – PROGRAMA DO TRT/RJ
Ortografia oficial. Acentuação gráfica. Homônimos e parônimos. Flexão
nominal e verbal. Pronomes: emprego, formas de tratamento e
colocação. Advérbios. Conjunções coordenativas e subordinativas.
Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo. Concordância
nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Ocorrência de crase.
Pontuação. Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e
incorretas). Intelecção de texto.
Nesse material, há uma síntese de conhecimentos que sempre são cobrados
nas provas da FCC e que, certamente, serão alvo da prova do TRT RJ.
Lembro a vocês que não se trata de um material completo de português. O
que há são resumos, macetes e modelos de questões da FCC na forma como
abrangem esses assuntos.
Em cada questão, o que está negritado corresponde à resposta correta.
Flexão Verbal:
Verbos: ter, pôr, vir e ver.
Deter, reter, abter, conter = ter
Sobrepor, repor, supor = pôr
Advir, provir, intervir = vir
Rever, antever = ver
Obs 1: prover = ver (somente no presente); nos demais tempos =
abastecer.
Exemplos:
a. Ele provê sua geladeira de frutas/eles proveem (proveem).
b. Ele proveu sua geladeira de frutas/eles proveram...
Obs 2: precaver e reaver são defectivos no presente.
Exemplos: nós precavemos/reavemos
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Vós precaveis/reaveis
Ele precaveu falhas/eles precaveram...
Ele reouve os bens/eles reouveram....
Obs 3: mediar, intermediar e remediar = odiar.
Exemplo: o governo medeia relações entre Argentina e Inglaterra.
Exerc. 1. A flexão de todas as formas verbais está plenamente
adequada na frase:
(A) Os que virem a desrespeitar quem não tem fé deverão merecer o repúdio
público de todos os homens de bem.
(B) Deixar de professar uma fé não constitue delito algum, ao contrário do que
julgam os fanáticos de sempre.
Verbos terminados em –uir = constitui, retribui etc.
(C) Ninguém quererá condenar um ateu que se imbui do valor da ética e da
moral no convívio com seus semelhantes.
(D) Se não nos dispormos a praticar a tolerância, que razão teremos para nos
vangloriarmos de nossa fé religiosa?
(E) Quem requiser respeito para a fé que professa deve dispor-se a respeitar
quem não adotou uma religião.
1. Pronomes:
Obs 1: os pronomes de tratamento estabelecem concordância em terceira
pessoa. Exemplo: Sei que S. Exa., o prefeito, conversou com os pares do
partido dele.
Obs: 2: o,a,os, as = substituem nomes não preposicionados/lhe (s) = para
nomes preposicionados.
Exerc. 2. As decisões mais graves são sempre difíceis: os que devem
tomar tais decisões medem essas decisões pelos mais variados
critérios, avaliam essas decisões conforme algum interesse em vista.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os
elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) as devem tomar - medem-nas - avaliam-nas
(B) devem tomá-las - lhes medem - as avaliam
(C) lhes devem tomar - medem-nas - avaliam-nas
(D) devem as tomar - medem-lhes - avaliam-lhes
(E) devem tomar-lhes - as medem - as avaliam
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2. Concordância verbal:
Obs 1: verbos impessoais (haver, fazer e tratar-se) devem ser empregados no
singular (sozinhos ou em último lugar na locução verbal).
Exemplos:
a. Havia casos de dengue por todo o estado.
b. Deve haver casos...
c. Faz cinco horas que estou esperando atendimento.
d. Deve fazer cinco horas...
e. Trata-se de novas denúncias contra o governo.
Obs 2: verbos + SE (tente reescrever a sentença)
Exemplos:
a. Construíram-se casas populares = casas populares foram construídas.
b. Concorda-se com o gabarito.
Obs 3: os verbos caber, convir e competir costumam ter sujeito oracional e,
por isso, vêm no singular.
Exemplos:
a. Coube aos professores explicar a nova disciplina. (coube isto...)
b. Convém aos policiais que seja feita a prisão desses meliantes. (convém
isto...)
Exerc. 3. A concordância verbal está plenamente observada na frase:
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e materialistas, o
posicionamento de alguns religiosos e parlamentares acerca da educação
religiosa nas escolas públicas.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àqueles que são contra a
obrigatoriedade do ensino religioso, para se reservar essa prática a setores
da iniciativa privada.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, contra os que votam a
favor do ensino religioso na escola pública, consistem nos altos custos
econômicos que acarretarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade de São Paulo vêm
gradativamente aumentando, em proporção maior do que ocorrem com o
número de escolas públicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a regulação natural do
mercado sinalizam para as inconveniências que adviriam da adoção do
ensino religioso nas escolas públicas.
Exerc.4. As normas de concordância verbal estão plenamente acatadas
em: anulado, pois todas estão incorretas.
(A) Aos ateus não se devem dispensar o mesmo tratamento de que foram
vítimas os primeiros adeptos do cristianismo.
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(B) Nunca faltaram aos homens de todas as épocas o recurso das crenças no
sobrenatural e a empolgação pelas artes da magia.
(C) Não se deixam levar pelas crenças transcendentes quem só costuma
atender as exigências do pensamento racional.
(D) Poupem-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador que
se baseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar.
(E) Nunca se abrandaram nos homens e mulheres que não se valem da fé
religiosa a reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus.
Exerc. 5. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de corresponder
nossos valores éticos mais rigorosos.
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas
mais graves decisões.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ......(ocorrer) tomar decisões sem
medir suas consequências.
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) sobrevir
consequências imprevistas e
injustas.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda Gramsci, os
critérios que levam em conta a dor humana.
Exerc.6. O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado no
plural para preencher corretamente a lacuna da frase:
(A) Nem todos discriminam, numa foto, os predicados mágicos que a ela se
...... (atribuir) nesse texto.
(B) Os tempos que ...... (documentar) uma simples foto, aparentemente
congelada, são complexos e estimulantes.
Cuidado, pois essa pedadinha é típica da FCC. Ela induz o aluno a concordar o
verbo com o antecedente do pronome relativo QUE, seguindo uma regra
clássica dos casos de concordância. Mas, nesse tipo de questão, o sujeito
costuma vir depois do verbo.
Essa mesma explicação deve ser entendia para a opção E.
Os sujeitos, nesse caso, foram grifados para ajudar a compreender o processo.
(C) A associação entre músicos e fotógrafos profissionais
...... (remeter) às especificidades de cada tipo de sintaxe.
(D) A poucos ...... (costumar) ocorrer que as fotografias podem enfeixar
admiráveis atributos estéticos, como obras de arte que são.
(E) Imaginem-se os sustos que não ...... (ter) causado aos nativos de tribos
remotas a visão de seus rostos fotografados!
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3. Significado de tempos e modos
Obs. 1: o modo indicativo indica certeza, fato/ o subjuntivo, dúvida, sugestão/
o imperativo indica ordem, conselho, convite etc.
Obs. 2: os tempos simples do modo indicativo
a. Pretérito perfeito = ação concluída*
b. Pretérito imperfeito = ação contínua, duradoura.
c. Futuro do pretérito = possível, provável, hipotético (não é dúvida nem
certeza)
Exemplos:
a. Em 2008, passei no concurso do TJRJ.
b. Ela entrou chorando na igreja quando se casou. Nesse caso, o pretérito
perfeito rompe com a ideia de ação concluída, porque o verbo veio
acompanhado de gerúndio, o que traz ideia de continuidade da ação.
c. Antes eu estudava umas quatro horas, porque tinha a impressão de esse
tempo era o suficiente, já que era pouco instruído.
d. Se não chovesse tanto, eu viajaria ainda nesta semana.
Na prova: cuidado!
a. Seja cuidadoso com seu irmão. Imperativo = conselho.
b. Espero que seja boa para você essa escolha. Subjuntivo = dúvida.
4. Regência e crase
Obs 1: não há crase antes de verbos, palavras masculinas (exceto: aquele,
aquilo), ela, uma, toda, cada, esta, nenhuma, qualquer, esta, essa, V. Exa.
(pronomes de tratamento unissex).
Exerc. 7. Está correto o emprego da expressão sublinhada em:
(A) Os dicionários são muito úteis, sobretudo para bem discriminarmos o
sentido das palavras em cujas resida alguma ambiguidade.
(B) O texto faz menção ao famoso caso das cotas, pelas quais muitos se
contrapuseram por considerá-las discriminatórias.
(C) Por ocasião da defesa de políticas afirmativas, com as quais tantos
aderiram, instaurou-se um caloroso debate público.
(D) Um dicionário pode oferecer muitas surpresas, dessas em que não conta
quem vê cada palavra como a expressão de um único sentido.
(E) Esclarece-nos o texto as acepções da palavra discriminação, pela qual se
expressam ações inteiramente divergentes.
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5. Pontuação
Exerc. 8. A pontuação está plenamente adequada no período:
(A) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso
deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas; há quem não admita
interferência do Estado nas questões de fé, como há quem lembre a obrigação
que ele tem de orientar as crianças em idade escolar.
(B) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do espaço, que o ensino religioso
deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas: há quem não admita
interferência do Estado, nas questões de fé, como há quem lembre, a
obrigação que ele tem de orientar as crianças em idade escolar.
(C) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso,
deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas, há quem não admita
interferência do Estado nas questões de fé, como há quem lembre a obrigação:
que ele tem de orientar as crianças em idade escolar.
(D) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso
deve, ou não, ocupar dentro, ou fora, das escolas públicas; há quem não
admita interferência, do Estado, nas questões de fé; como há quem lembre a
obrigação, que ele tem de orientar as crianças em idade escolar.
(E) Muito se debate, nos dias de hoje acerca do espaço que o ensino religioso
deve, ou não, ocupar dentro ou fora das escolas públicas: há quem não admita
interferência do Estado, nas questões de fé, como há quem lembre, a
obrigação, que ele tem de orientar as crianças, em idade escolar.
6. Correlação verbal
Obs 1: é favorável à boa correlação verbal a frase que possui mais
aproximação entre os tempos verbais/ é favorável também a combinação entre
o pret. imperfeito do subjuntivo (-sse) e futuro do pretérito (-ria)
Obs 2: evite tempos compostos (ter ou haver + particípio), pois estes
normalmente se correlacionam mal com outros verbos.
Exerc. 9. Está inadequada a correlação entre tempos e modos verbais
no seguinte caso:
(A) Muitos se lembrariam da alegria voraz com que eram disputadas as
toneladas da vítima.
(B) Foi salva graças à religião ecológica que andava na moda e que por um
momento estabelecera uma trégua entre todos.
(C) Um malvado sugere que se dê por perdida a batalha e comecemos logo a
repartir os bifes.
(D) Depois de se haver debatido por três dias na areia da praia a jubarte
acabara sendo salva por uma traineira que vinha socorrê-la.
(E) Já informado do salvamento da baleia, o cronista teve um sonho em que o
animal lhe surgiu com a força de um símbolo.
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Exerc. 10. Transpondo-se para a voz passiva a frase Sempre haverá
quem rejeite a interferência do Estado nas questões religiosas,
mantendo-se a correta correlação entre tempos e modos verbais, ela
ficará:
(A) Terá havido sempre quem tem rejeitado que o Estado interferisse nas
questões religiosas.
(B) A interferência do Estado nas questões religiosas sempre haverá de ser
rejeitada por alguém.
(C) Sempre haverá de ter quem rejeite que o Estado interferisse nas questões
religiosas.
(D) A interferência do Estado nas questões religiosas sempre tem encontrado
quem a rejeita.
(E) As questões religiosas sempre haverão de rejeitar que o Estado venha a
interferir nelas.
7. Voz Passiva
Obs 1: verbo + Se (passível de reescrita) = passiva sintética ou pronominal:
Obs 2: Verbo Ser + verbo principal no particípio = passiva analítica.
Exemplos:
a. Concluíram-se as obras do Maracanã.
b. As obras do Maracanã foram concluídas.
8. Conjunções
É melhor memorizar cada conjunto, porque as mais cobradas são as seguintes:
Conclusivas: por isso, logo, portanto, por conseguinte, pois (quando vem após
o verbo).
Adversativas: mas, porém, no entanto, entretanto, todavia, contudo.
Causais: porquanto, na medida em que, visto que, já que, uma vez que,
porque, como, por, devido a.
Concessivas: embora, apesar de, por mais que, ainda que, mesmo que,
malgrado, conquanto, posto que, a despeito de.
Finais: para (que), a fim de (que).
9. Parônimos e homônimos
Homônimos = som e/ou forma iguais. Exemplos: colher (verbo)/colher
(substantivo);
certas
(pronome
indef.)/certas
(adjetivo)/
porquê
(substantivo)/porque (conjunção causal).
Parônimos = formas parecidas (ou seja, diferentes).
Exemplos:
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a. Mandato/mandado
b. Absorver/absolver
c. Infligir/infringir
Formas parônimas e homônimas mais empregadas nas provas da FCC:
1. De encontro a = contra algo/ ao encontro de = a favor de...
2. Infringir = desobedecer/infligir = aplicar a...
3. SEÇÃO = setor , unidade espacial;
CESSÃO
=
o
ato
de
ceder
(doar
algo);
SESSÃO= termo vinculado à ideia de reunião, assembleia.
4. Acender = iluminar, pôr fogo.
Ascender = subir, elevar.
5. Deferir = aceitar/diferir = adiar, diferenciar.
6. Uso dos porquês
a. Ele não sabe o porquê de sua ausência (trata-se de substantivo; perceba
que há a presença de um determinante – o artigo definido).
b. Explique por que você não veio. (é indicativo de motivo, causa)
c. Por que você não veio? (início de pergunta)
d. Não sei a razão por que você não veio. (=pela qual)
e. Não sei porquê, mas você não veio. (pausado em pontuação)
****
BOA PROVA!
Por professora Junia Andrade, autora do livro Redação para Concursos. Rua das Marrecas, 15 – Centro – CEP 20031-120. Rio de Janeiro – RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202
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