archaea

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CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA
CELULAR E REPRODUÇÃO DAS
BACTÉRIAS
AULA TEÓRICA 2
CONTEÚDO:
• CÉLULA PROCARIÓTICA
• CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
• ESTRUTURA DAS CÉLULAS
PROCARIÓTICAS
- estruturas externas
- parede celular
- estruturas internas
• REPRODUÇÃO BACTERIANA
TIPOS CELULARES
O exame cuidadoso da estrutura interna das
células permite diferenciá-las em 2 tipos
estruturais:
- PROCARIÓTICAS – apresentam estrutura interna
mais simples e são desprovidas de organelas envoltas
por membranas;
- EUCARIÓTICAS – geralmente maiores e de maior
complexidade estrutural, exibindo a presença de
organelas delimitadas por membranas.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE CÉLULAS
PROCARIONTES E EUCARIONTES:
PRINCIPAIS DIFERENÇAS OBSERVADAS
NOS PROCARIONTES :
• Seu material genético (DNA) não está envolvido por uma membrana –
ele é um cromossomo circular;
• Não possui organelas revestidas por membrana;
• Seu DNA não está associado a proteínas histonas;
• Sua parede celular quase sempre contém o polissacarídeo
PEPTIDEOGLICANO;
• Usualmente se dividem por FISSÃO BINÁRIA – o DNA é duplicado e a
célula se divide em duas – envolve menos estruturas e processos que a
divisão celular eucariótica.
CLASSIFICAÇÃO DE CARL WOESE (1990)
EUBACTERIA
ARCHAEA
EUCARYA
Achaea é tão distante em termos evolutivos de Eubacteria quanto o é de Eucarya
DIFERENÇAS ENTRE OS DOMÍNIOS
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:
• MARGULIS E SCHWARTZ (1998)
reconhece a principal divisão entre os
organismos do planeta separando-os em dois
super-reinos: Prokarya (procariontes) e Eucarya
(eucariontes);
• CAVALIER-SMITH (2004)
Reconhece seis reinos: Bacteria, Chromista,
Protozoa, Fungi, Plantae e Animalia.
EUBACTERIA E ARCHAEA
• Serão descritos como os domínios de bactérias;
• A aula será dividida em:
- Bactéria (Eubacteria)
- Arquebactéria (Archaea)
BACTÉRIA
Membrana plasmática
Mesossomo
Parede celular
Cápsula
Fímbrias
Ribossomos
Nucleóide
Flagelo
Plasmídeos
TAMANHO, FORMA E ARRANJO
DAS CÉLULAS BACTERIANAS
• A maioria das bactérias varia de 0,2 a 2 µm de
diâmetro e de 2 a 8 µm de comprimento;
• Elas possuem algumas formas básicas:
- cocos (esféricos)
- bacilos (bastão)
- espiral
FORMA E ARRANJO DAS CÉLULAS
BACTERIANAS
• COCOS
São redondos, mas podem ser
ovais, alongadas ou achatadas
em uma das extremidades;
Quando as células se dividem
para se reproduzir podem
permanecer unidas umas às
outras: diplococos,
estreptococos, tétrades,
sarcinas, estafilococos.
FORMA E ARRANJO DAS CÉLULAS
BACTERIANAS
• BACILOS
Se dividem ao longo de seu
eixo, assim existem menos
agrupamentos que de cocos
A maioria dos bacilos se
apresentam isolados, mas
podem se apresentar em
pares diplobacilos, ou em
cadeias estreptobacilos.
FORMA E ARRANJO DAS CÉLULAS
BACTERIANAS
• ESPIRAIS
Possuem uma ou mais curvaturas – nunca são retas:
VIBRIÕES – parecem uma vírgula
ESPIRILOS – forma helicoidal
(como saca-rolhas) e corpo
bastante rígido
ESPIROQUETAS – forma
helicoidal e flexível
FORMA E ARRANJO DAS CÉLULAS
BACTERIANAS
OUTRAS FORMAS CELULARES:
Células em forma de estrela:
Ex: Stella
Células em forma quadrada:
Ex: Haloarcula
(arquibactéria halofílica)
FORMA DAS CÉLULAS
• Geneticamente a maioria das bactérias são
MONOMÓRFICA – mantém uma única forma
• Uma série de condições ambientais, entretanto,
podem modificar a forma de algumas espécies –
PLEOMÓRFICAS – podem ter muitas formas;
- Essa característica pode dificultar a identificação do
microrganismo.
- Rhizobium e Corynebacterium
ESTRUTURAS EXTERNAS À
PAREDE CELULAS
• São elas:
- glicocálice
- flagelos
- filamentos axiais
- fímbrias
- pili
GLICOCÁLICE
(revestimento de açúcar)
• Termo geral usado para as substâncias que
circundam as células;
• Polímero viscoso e gelatinoso – situado
externamente à parede celular e é composto
de POLISSACARÍDEOS, POLIPEPTÍDEOS ou
ambos.
• Sua composição química varia amplamente de
acordo com a espécie
GLICOCÁLICE
• Se a substância é organizada e está
firmemente aderida à parede – o glicocálice é
descrito como uma CÁPSULA.
• Se a substância não é organizada e está
fracamente aderida à parede celular, o
glicocálice é descrito como uma CAMADA
VISCOSA.
CÁPSULA
- Pode ser importante na VIRULÊNCIA
BACTERIANA – protegem as células
patogênicas da fagocitose pelas células de
defesa do hospedeiro (glóbulos brancos);
- Permite a fixação da bactéria a várias
superfícies – pedras em rios com
correnteza, raízes de plantas, entes
humanos, implantes médicos, canos de
água e outras bactérias;
Cápsula ao redor de células de
espécies de Streptococcus
- Pode servir de fonte de nutrição,
degradando-a e utilizando os açúcares
quando os depóstios de energia estão
baixos;
- Pode proteger a célula de desidratação.
FLAGELO (chicote)
Longos apêndices
filamentosos que propelem as
bactérias;
3 parte básicas:
-filamento: contém a
proteínas flagelina (região
mais longa e externa);
-Alça ou gancho: adere o
filamento ao anel fixo na
membrana da bactéria;
-Corpo basal: ancora o
flagelo à parede celular e à
membrana plasmática (haste
central inserida em anéis)
FLAGELOS
Bactéria monotríquia
Bactéria anfitríquia
Bactéria lofotríquia
Bactéria peritríquia
MOVIMENTAÇÃO DA CÉLULA
Tipos de movimentação de
células monotríquias
Esquema ilustrando a
movimentação de bactérias
peritríquias
ESTÍMULOS À MOVIMENTAÇÃO
• TAXIA: movimento da bactéria para perto ou
longe de um estímulo particular
- QUIMIOTAXIA: estímulo químico
- FOTOTAXIA: estímulo de luz
As bactérias apresentam receptores em várias
localizações – captam estímulos e a
informação é passada para os flagelos.
FILAMENTO AXIAL
-Estrutura de motilidade exclusiva das
bactérias ESPIROQUETAS;
-FILAMENTOS AXIAIS ou
ENDOFLAGELOS – feixes de fibrilas
que se originam nas extremidades das
células, sob a bainha externa, e fazem
uma espiral em torno da célula.
-A rotação dos filamentos produz um
movimento da bainha externa que
propele os espiroquetas em um
movimento espiral (saca-rolhas)
FÍMBRIAS E PILI
• Bactérias gram-negativas;
• Apêndices semelhantes a pêlos – mais curtos e
mais finos que os flagelos;
• Usados para fixação e não para motilidade;
• Consistem de uma proteína denominada PILINA
distribuída de modo helicoidal em torno do eixo
central.
FÍMBRIAS
• Podem ocorrer nos pólos da célula ou estar
homogeneamente distribuídos em toda a superfície
da célula bacteriana;
• Assim como o glicocálice, permitem aderir a
superfícies.
Quando a bactéria sofre mutação e
perde as fímbrias, é incapaz de
causar doença;
Neisseria gonorrhoeae (agente
causal da gonorréia) – utiliza
fímbrias para colonizar as
membranas mucosas).
PILI
São mais longos que as fímbrias, havendo apenas
um ou dois por célula.
Os Pilus unem-se às células bacterianas na
preparação para a transferência de DNA de uma
célula para outra.
São denominados
Pili sexuais.
PAREDE CELULAR
• Estrutura complexa, semi-rígida, responsável pela
forma da célula;
• Circunda a membrana plasmática, frágil subjacente,
protegendo-a e ao interior da célula;
• A principal função é prevenir a ruptura da célula em
condições de alta pressão de água no interior da
célula;
• Serve de ponto de ancoragem dos flagelos;
• Importante clinicamente – contribui para a virulência
de alguns grupos bacterianos, e também é local de
ação de alguns antibióticos;
• Usada para diferenciar os principais tipos de
bactérias.
COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA
PAREDE CELULAR
• A parede celular é composta de uma rede
macromolecular denominada
PEPTIDEOGLICANA (ou Mureína);
• Petideoglicana consiste de um dissacarídeo
repetitivo unido por polipeptídeos para
formar uma rede que circunda e protege a
célula.
COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
DA PAREDE CELULAR
• PORÇÃO DISSACARÍDICA:
composta de monossacarídeos denominados
- N-acetilglicosamina (NAG)
- Ácido N-acetilmurâmico (NAM)
Moléculas alternadas de NAG e NAM são ligadas
para formar um “esqueleto” de carboidratos.
COMPOSIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
DA PAREDE CELULAR
• PORÇÃO PEPTÍDICA:
Composta de polipeptídeos que são ligados através de filas
adjacentes às moléculas dissacarídicas;
CADEIAS LATERAIS DE TETRAPEPTÍDEOS – quatro aminoácidos
unidos aos NAM no esqueleto;
As cadeias laterais paralelas de tetrapeptídeos podem ser
ligadas diretamente uma às outras ou unidas por uma
PONTE CRUZADA PEPTÍDICA – cadeia curta de aminoácidos.
PEPTIDEOGRLICANO – GRAM (-)
PEPTIDEOGLICANO GRAM (+)
PAREDE CELULAR
GRAM-POSITIVAS
• Consiste de MUITAS CAMADAS DE
PEPTIDEOGLICANO – estrutura espessa e rígida;
• Contém ÁCIDOS TEICÓICOS – basicamente
formados de um álcool (glicerol ou ribitol) e
fosfato;
• 2 classes:
- ÁCIDO LIPOTEICÓICO – ligado à membrana plasmática.
- ÁCIDO TEICÓICO DA PAREDE- ligado à camada de
peptideoglicano.
FUNÇÕES DOS ÁCIDOS TEICÓICOS
• Devido sua carga negativa (fosfato), podem ligar e
regular o MOVIMENTO DE CÁTIONS para dentro e
fora da célula;
• Podem assumir um papel no CRESCIMENTO DA
CÉLULA, impedindo a ruptura extensa da parede e
possível lise;
• Fornecem boa parte da ESPECIFICIDADE
ANTIGÊNICA da parede – tornando possível a
identificação das bactérias por certos testes
laboratoriais.
GRAM-POSITIVOS
Esquema ilustrando o espesso peptideoglicano de bactérias Gram positivas
PAREDE CELULAR
GRAM-NEGATIVAS
• Consistem de uma ou algumas camadas de
peptideoglicana e uma MEMBRANA EXTERNA;
• A peptideoglicana está ligada a lipoproteínas na
membrana externa e está no ESPAÇO
PERIPLASMÁTICO (espaço entre a membrana
externa e a membrana plasmática);
• NÃO CONTÉM ÁCIDOS TEICÓICOS
GRAM-NEGATIVOS
Esquema da parede celular de organismos Gram-negativos
ESPAÇO PERIPLASMÁTICO
• Entre a membrana externa e a membrana
citoplasmática;
• Contém uma alta concentração de enzimas de
degradação e proteínas de transporte.
MEMBRANA EXTERNA
• Consiste de LIPOPOLISSACARÍDEOS (LPS) e
FOSFOLIPÍDEOS.
• Tem várias funções especializadas:
- Carga negativa forte: evasão da fagocitose e da
ação do complemento (mecanismos de defesa);
- Fornece barreira a certo antibióticos, enzimas,
detergentes, metais pesados, corantes, etc.
MEMBRANA EXTERNA
- A membrana externa não fornece uma barreira
para todas as substâncias, pois os nutrientes
devem atravessá-la para manter o metabolismo
da célula;
- A permeabilidade da membrana externa é
devida a proteínas denominadas PORINAS;
MEMBRANA EXTERNA
LIPOPOLISSACARÍDEOS (LPS) fornece características
importantes:
- Polissacarídeos O: atuam como antígenos e são
úteis para diferenciar as espécies de gram-negativas
(função similar ao ácido teicóico nas gram-positivas);
- Lipídeo A: é uma endotoxina – tóxica quando
presente na corrente sanguínea do hospedeiro ou no
trato gastrointestinal. Causa febre e choque.
GRAM-NEGATIVOS
Esquema da parede celular de organismos Gram-negativos
COLORAÇÃO DE GRAM
• É uma técnica de coloração utilizada para corar
diferencialmente bactérias com base na composição
química e integridade da sua parede celular;
• Consoante a cor que adquirem, são classificados em grampositivos (roxo) ou gram-negativos (vermelho);
• Tal método se deve ao médico dinamarquês Hans Christian
Joachim Gram (1853-1938);
• Geralmente as bactérias gram-negativa são mais
patogênicas, possuindo ainda lipopolissacarídeos na sua
membrana exterior, que agravam a infecção.
TÉCNICA DE GRAM
1.
2.
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5.
6.
7.
8.
9.
Confeccionar o esfregaço;
Corar com violeta de cristal por 60 segundos;
Lavar com esguicho de água destilada;
Cubrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60 segundos;
Lavar com esguicho de água destilada;
Descorar com álcool a 95%, ou acetona, 10-20 segundos;
Lavar com esguicho de água destilada;
Corar com safranina por 20 segundos
Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio.
Resultados: Gram (+) coram de roxo,
Gram (-) coram de rosa
COLORAÇÃO DE GRAM
Gram-negativas:
- Vibrão colérico;
- Colibacilo;
- Salmonelas
Pseudomonas aeruginosa: Bacilos gram-negativos
Gram-positivas
- Estreptococos;
- Estafilococos;
- Enterococos.
Staphylococcus aureus: Cocos gram-positivos
Gram +
Bacteria
Gram-
CÉLULAS COM PAREDES
CELULARES ATÍPICAS
• Certos tipos de células não possuem parede
celular ou apresentam muito pouco material
característico;
• Bactérias do gênero Mycoplasma
• Bactérias do domínio Archaea
Mycoplasma
• São bactérias muito pequenas (0,3µm) – que
podem crescer e se reproduzir fora de células vivas
de hospedeiros;
• Devido ao seu tamanho e por não terem paredes
celulares, passa por filtros bacterianos – já foram
confundidos com vírus;
• Suas membranas plasmáticas destacam-se por
possuírem lipídeos denominados ESTERÓIS –
ajudam a proteger a célula de lise osmótica.
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
NUCLEÓIDE
ÁREA NUCLEAR – contém uma única
molécula circular longa de DNA de fita dupla
(cromossomo bacteriano)
PLASMÍDEOS – elementos
genéticos extracromossômicos
(replicação independente)
DNA Cromossomal
– DNA circular
– Super enrrolado.
–Não há processamento de mRNA
– A transcrição é ligada à tradução.
RIBOSSOMOS
INCLUSÕES
Grânulos de POLISSACARÍDEOS
FORMAÇÃO DE ESPOROS
A- el ADN se duplica y enrolla alrededor del eje central (filamento axial)
B- Uno de los cromosamas se rodea de membrana plasmática.
C- el protoplasto es rodeado por la célula madre
D- se sintetizan las cubiertas de la espora.
E- se elimina agua, se forma estructura resistente al calor.
F- se libera la espora por lisis de la célula madre.
En B. subtilis 6-7 horas, 50 genes.
ESTRUTURA DO ESPORO
GERMINAÇÃO DE ENDÓSPOROS
REPRODUÇÃO
REPRODUÇÃO ASSEXUADA – DIVISÃO BINÁRIA OU CISSIPARIDADE
TRANSFERÊNCIA GÊNICA
CONJUGAÇÃO
•Transferência de DNA diretamente de uma bactéria doadora para
uma receptora através de um tubo denominado PILI SEXUAL
(conecta o citoplasma de duas bactérias);
• Os pili estão presentes apenas em bactérias F+ (portadoras de um
plasmídio denominado F (de fertilidade), e essas são as doadoras
de DNA.;
•As que não possuem o plasmídio F atuam como receptoras, sendo
chamadas de F-
TRANSFERÊNCIA GÊNICA
TRANSDUÇÃO
• Transferência indireta de segmentos de moléculas de DNA
de uma bactéria para outra, através de bacteriófagos;
• Estes podem eventualmente incorporar pedaços do DNA
bacteriano, e ao infectar outra bactéria, podem transmitir a
ela os genes bacterianos que transportavam.
TRANSFERÊNCIA GÊNICA
TRANSFORMAÇÃO
• Absorção de moléculas ou fragmentos de moléculas de
DNA que estejam dispostas no ambiente, proveniente de
bactérias mortas e decompostas;
• A célula bacteriana transformada passa a apresentar novas
características hereditárias, condicionadas pelo DNA
incorporado;
• Este não precisa ser de bactérias da mesma espécie; em
princípio, qualquer tipo de DNA pode ser capturado se as
condições forem adequadas. Entretanto, um DNA capturado
só será introduzido no cromossomo bacteriano se for
semelhante ao DNA da bactéria receptora.
ARCHAEA
Microrganismos isolados a partir de uma série
de ambientes considerados extremamente
inóspitos, quase que incompatíveis com a
presença de seres vivos;
•
•
•
•
Temperaturas bastante elevadas (< 100°C),
extrema acidez (pH próximo a 2),
altas salinidades (cerca de 10 a 15%)
ausência completa de oxigênio
Árvore filogenética do domínio
Archaea
Filo Crenarchaeota
• Composto por organismos hipertermófilos
(Thermoproteus, Pyrolobus e Pyrodictium),
compreendendo os organismos capazes de crescer
nas maiores temperaturas conhecidas;
• São, em sua maioria, quimiolitotróficos
autotróficos;
• Neste grupo há também organismos isolados (mas
ainda não cultivados em laboratório) de ambientes
frios, tais como águas oceânicas.
Filo Euryarchaeota
Filo fisiologicamente diverso, sendo composto por
dois grupos:
• 1) as archaea metanogênicas, que são anaeróbias,
(Methanococcus, Methanobacterium e
Methanosarcina), encontradas em ambientes de
condições extremas;
• 2) as halofílicas extremas, que são aeróbias
(Halobacterium, Halococcus).
Filo Korarchaeota
• Composto quase que somente por isolados
identificados apenas a partir do
sequenciamento de 16S rRNA, sendo
considerado um grupo de hipertermófilos;
• Até o momento, poucos espécimes de
Korarchaeota foram cultivados em laboratório.
Nanoarchaeum equitans
• Nova espécie de archaea apresentando características
bastante distintas, quando comparada aos demais
membros desse domínio;
• Encontrada em associação com outra archaea
(Igniococcus sp.);
• Morfologia arredondada e bastante diminuto,
apresentando cerca de 400 nm de diâmetro e um
pequeno genoma, de 0,5 Megabases;
• Sugere-se que tal organismo seja classificado em um
novo filo, proposto como Nanoarchaeota
ESTRUTURA CELULAR DAS
ARCHAEA
• Podem ser esféricas, bacilares, espiraladas,
achatadas, quadradas, discóides e muitas
vezes de morfologia irregular ou pleomórficas;
• Suas dimensões são extremamente variáveis,
de 0,1 a 15 µm, com alguns filamentosos
atingindo 200 µm.
PAREDE CELULAR
• Apresenta composição e estruturação
extremamente variáveis;
• Esta variabilidade sugere que o ancestral
comum seria desprovido de parede, sendo as
diversas paredes resultantes de evolução
independente, de acordo com os diferentes
ambientes e grupos de archaea.
Diferentes composições de parede
celular presentes em Archaea.
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
Corresponde a uma estrutura única, apresentando
composição química e arranjo totalmente diferentes das
membranas citoplasmáticas de quase todas as bactérias
e de todos eucariotos.
MEMBRANA
BACTERIA
ARCHAEA
EUCARYA
PROTEÍNAS
alto
alto
Baixo
COMPOSIÇÃO
LIPIDEOS
Fosfolipídeos
Sulfolipídeos, glicolipídeos,
hidrocarbonetos ramificados,
isoprenoides, fosfolipídeos
Fosfolipídeos
ESTRUTURA
LIPIDEOS
Cadeia linear
Cadeia ramificada
Cadeia linear
LIGAÇÃO
LIPIDEOS
éster
éter (di e tetraeter)
éster
CROMOSSOMO
• Semelhante ao cromossomo das eubactérias,
uma vez que é único e, na maioria dos casos,
circular;
• Por outro lado, sua organização é semelhante
aos eucariotos, uma vez que observam-se
proteínas (do tipo histona) associando-se ao
DNA, atuando na manutenção da estrutura e
afetando também a expressão gênica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ATLAS, R.M. Principles of Microbiology. 2a.
ed.Wm. C. Brown Publishers, Dubuque, EUA.
1298p., 1997.
• MADIGAN, M.T., MARTINKO, J.M., PARKER, J.
Microbiologia de Brock. São Paulo: Prentice Hall,
2004.
• TORTORA, G.J., FUNKE, B.R., CASE, C.L.
Microbiologia. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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