QUESTÕES MOODLE - 2º ANO – 3º BIMESTRE 1. Quando nos referimos ao conceito de liberdade, podemos fazê-lo a partir de diversas perspectivas. Há os que descreem da possibilidade de escolha livre e outros para quem uma pessoa livre é aquela que pensa e age por si própria, não é constrangida a fazer o que não deseja nem é escrava ou prisioneira de seu destino. À respeito da liberdade para os gregos, marque a alternativa correta: a. A concepção de liberdade remonta a Sartre, importante filósofo grego. b. Para Sócrates, virtudes como a justiça, a fortaleza, a temperança e a prudência dependem do conhecimento que delas temos. c. Para os Gregos, alguém é corajoso quando a razão o desorienta e este não enfrenta os desafios da vida. d. Os Gregos são os únicos a refletirem sobre a liberdade na Antiguidade Clássica. GABARITO: B 2. 44 (Enem 2012 - Primeiro Dia) TEXTO I Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979. TEXTO II Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado). Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume a. defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. b. entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. c. são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. d. concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. e. atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. GABARITO: E 3. Santo Agostinho de Hipona (cidade africana) foi o mais importante filósofo da Alta Idade Média. Além de filósofo e teólogo, Agostinho também exercia uma função eclesiástica na cidade citada. Qual função era essa? a) Cônsul b) Cardeal c) Bispo d) Pároco e) Delegado GABARITO: C 4. (Puccamp) Preparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou sozinho". Os deuses pagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidão flagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não gostou, claro. Quem quer ficar sozinho num mundo que não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo de uma teologia, qualquer teologia? (Luiz Fernando Veríssimo. Banquete com os deuses) A compreensão do mundo por meio da religião é uma disposição que traduz o pensamento medieval, cujo pressuposto é a) o antropocentrismo: a valorização do homem como centro do Universo e a crença no caráter divino da natureza humana. b) a escolástica: a busca da salvação através do conhecimento da filosofia clássica e da assimilação do paganismo. c) o panteísmo: a defesa da convivência harmônica de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é parte da substância divina. d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas instituídos pela Igreja e não questionamento das leis divinas. e) o teocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o centro do Universo. GABARITO: E 5. Estamos condenados a ser livres. (Sartre, J. P. O existencialismo é um humanismo) Ao fazer essa afirmação aparentemente paradoxal, Sartre pretende dizer que: a. existem forças transcendentes superiores as nossas e que nos governam, quer o queiramos quer não. b. a liberdade é uma característica essencial dos seres humanos. c. existem relações causais necessárias que regem a realidade conhecida e controlada pela ciência. d. o homem é socialmente determinado a agir de acordo com leis que condicionam suas ações, tornando a liberdade ilusória. e. o todo da realidade, existente em si e por si, age sobre nós e nos insere em sua rede de causas e efeitos. GABARITO: B 6. A excelência moral é (...) um meio-termo entre duas formas de deficiência moral, uma pressupondo excesso e outra pressupondo falta (...). Sua característica é visar às situações intermediárias nas emoções e nas ações. (Aristóteles. Ética a Nicômaco) a. a doutrina do meio-termo, ou justa medida, é um dos princípios fundamentais da ética aristotélica. b. a ação correta do ponto de vista ético deve evitar os extremos, caracterizando-se pelo equilíbrio ou justa medida. c. um vício (ou deficiência moral) é um sentimento ou conduta excessiva ou deficiente. d. a moderação (ou temperança) é a característica do indivíduo equilibrado no sentido ético. e. a sabedoria prática, para Aristóteles, consiste em evitar o meio-termo em todas as nossas ações. GABARITO: E 7. O dever, longe de ser uma imposição externa feita à nossa vontade e nossa consciência, é a expressão de nossa liberdade, isto é, da presença da lei moral em nós (...). Obedecer ao dever é obedecer a si mesmo como ser racional que dá a si mesmo a lei moral. A concepção de liberdade e dever descrita acima refere-se à filosofia moral de a. Sade. b. Foucault. c. Kant. d. Nietzsche. e. Sartre. GABARITO: C 8. (Uenp 2011) O existencialismo é uma corrente filosófica que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjetividade. Ele acredita que a existência precede a essência, ou melhor, que não existe uma essência do humano pré-concebida e eterna, o humano é construído pelas escolhas individuais na história pessoal de cada um. De acordo com o pensamento de Sartre, assinale a alternativa incorreta: a. A consciência humana é um nada que se projeta para se tornar algo, de forma que lançando-se no mundo e sofrendo com ele, se define. O homem será sempre o que fizer de si mesmo. b. De acordo com Sartre, o homem é responsável por suas escolhas e não deve agir com má fé de consciência, que consistiria na simulação de não ser livre, imputando a responsabilidade da felicidade ou infelicidade a causas externas. c. A existência pessoal de alguém é atestada pelo olhar do outro, e isso confirma a dialeticidade da existência humana, de “ser com o outro”. d. A relação com o outro, no pensamento sartreano, é sempre pacífica, não gera crises ou angústias. e. Os outros são todos aqueles que revelam voluntária ou involuntariamente o homem a ele mesmo. GABARITO: D 9. (Ufsj 2012) A angústia, para Jean-Paul Sartre, é a. tudo o que a influência de Shopenhauer determina em Sartre: a certeza da morte. O Homem pode ser livre para fazer suas escolhas, mas não tem como se livrar da decrepitude e do fim. b. a nadificação de nossos projetos e a certeza de que a relação Homem X natureza humana é circunstancial, objetiva, e pode ser superada pelo simples ato de se fazer uma escolha. c. a certificação de que toda a experiência humana é idealmente sensorial, objetivamente existencial e determinante para a vida e para a morte do Homem em si mesmo e em sua humanidade. d. consequência da responsabilidade que o Homem tem sobre aquilo que ele é, sobre a sua liberdade, sobre as escolhas que faz, tanto de si como do outro e da humanidade, por extensão. GABARITO: D 10. (Unioeste 2012) “O que significa aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. (…) O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz. (…) Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de por todo o homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade de sua existência. (…) Quando dizemos que o homem se escolhe a si, queremos dizer que cada um de nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser”. Sartre. Considerando a concepção existencialista de Sartre e o texto acima, é incorreto afirmar que a. o homem é um projeto que se vive subjetivamente. b. o homem é um ser totalmente responsável por sua existência. c. por haver uma natureza humana determinada, no homem a essência precede a existência. d. o homem é o que se lança para o futuro e que é consciente deste projetar-se no futuro. e. em suas escolhas, o homem é responsável por si próprio e por todos os homens, porque, em seus atos, cria uma imagem do homem como julgamos que deve ser. GABARITO: C