Os filhos da paz têm coração reto

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ESTUDO 26: OS FILHOS DA PAZ TÊM CORAÇÃO RETO
Sl 139.23-24: Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as
minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo te ofende, e dirige-me
pelo caminho eterno.
Comece este estudo contando a história de como a Igreja iniciou-se em Jerusalém e
aos poucos foi se expandindo. O livro de Atos dos Apóstolos conta como se deu esta
expansão. Atos 8 conta do trabalho do evangelista Filipe na região de Samaria, onde
muitas pessoas se converteram a Jesus. A partir do verso 9, temos a história de um
homem chamado Simão que, antes de se converter, era envolvido com feitiçaria e
desfrutava de prestígio junto ao povo (cf. vs. 9 e 10).
Este Simão também se converteu, deixando as práticas malignas. Quando os
apóstolos Pedro e João foram conferir o desenvolvimento da Igreja em Samaria, este
Simão ousou oferecer dinheiro aos apóstolos para também participar do ministério,
para ser capaz de impor as mãos sobre as pessoas... (v. 19). Ocorre que a resposta
de Pedro foi muito dura: “Pereça você com seu dinheiro! Você pensa que pode
comprar o dom de Deus com dinheiro? Você não tem parte nem direito algum neste
ministério, porque o seu coração não é reto diante de Deus” (vs. 20 e 21).
Observe a parte da resposta de Pedro que está sublinhada acima. Simão, embora
convertido e batizado, não poderia participar do ministério porque seu coração não era
reto diante de Deus. Sugiro que você pergunte aos presentes e dê oportunidade a eles
de opinarem acerca do que significa “ter um coração reto diante de Deus”.
Um coração reto significa ter a alma e o caráter como o de Deus. Para Deus esta é
a principal característica de uma pessoa. Lembre-se de quando o Senhor escolheu o
jovem Davi, filho mais novo de Jessé, para ser rei de Israel. O profeta Samuel precisou
ser lembrado por Deus de que Ele não vê como o homem vê. Ele observa o coração
(cf. I Sm 16.7).
Davi tanto sabia que para Deus o coração (a alma e o caráter) é mais importante que
num de seus Salmos mais queridos ele registrou esta oração (Sl 139.23 e 24). Nestes
versos temos a oração de quem não abre mão de ser um homem segundo o coração
de Deus.
O apóstolo Pedro foi ainda mais específico com relação a Simão. Além de denunciar
que ele não tinha um coração reto (curado, tratado), acrescentou: “pois vejo que você
está cheio de amargura e preso pelo pecado” (Atos 8.23). Um coração cheio de
amargura e enlaçado pelo pecado não pode agradar a Deus.
As pessoas presentes a sua célula precisam ser desafiadas a buscarem um coração
reto diante de Deus. Assim como Pedro fez para com Simão, chame estas pessoas a
se arrependerem de seus pecados (cf. Atos 8.22). É o arrependimento sincero que
quebra os laços que o pecado produz e que prendem a alma da pessoa.
Uma pessoa cheia de amargura é difícil de relacionar-se. Amargura deixa a pessoa,
claro, amarga. Amargura é uma prisão da alma. Surge quando não conseguimos lidar
com uma situação produzida por outrem. Quando não aceitamos uma perda, uma
ofensa ou somos rejeitados. Simão precisava livrar-se de toda a amargura que enchia
seu coração para poder desfrutar do nível de bênção que Deus tinha para lhe dar.
Novamente aproveitando o exemplo do rei Davi, temos o Salmo 142, que ele compôs
quando estava na Caverna de Adulão. O relato das coisas tremendas e dos
quatrocentos homens que se uniram a Davi em Adulão encontra-se em I Samuel 22. O
rei Saul já havia patrocinado diversas injustiças para com Davi. Ele teria muitos
motivos para abrigar em seu coração muita mágoa. Porém, de acordo com o Salmo
142.7, Davi orou assim em Adulão: “Livra a minha alma da prisão, e renderei glórias
ao teu nome”. Foi depois desta oração rejeitando a prisão da alma pela amargura que
os quatrocentos homens vieram para serem liderados por Davi.
Conclua este estudo conclamando os presentes a pedirem ao Senhor um coração reto
diante dEle. Leve-os a se expressarem diante do Senhor, rejeitando o pecado e toda
prisão na alma. Ajude-os a orar rejeitando toda amargura, mediante a liberação de
perdão.
Dê oportunidade aos novos de se entregarem a Jesus.
Na unção da prosperidade dos fiéis,
Bispo Paulo R. Petrizi
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