A LOCALIZAÇÃO DOS LUGARES NO ESPAÇO GEOGRÁFICO

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Escola E. E. F. M. Félix Araújo – Geografia – Prof° Tibério Mendonça – 1º Ano
A LOCALIZAÇÃO DOS LUGARES NO
ESPAÇO GEOGRÁFICO
 oriente quer dizer que está ao leste;
 sul-oriental que dizer que está ao sudeste;
 sul-ocidental quer dizer que está ao sudoeste;
A
localização de um lugar é definida pelas
coordenadas
geográficas
(latitude
e
longitude) e pela altitude. Sua posição está
ligada ao conjunto de relações que foram
estabelecidas entre esse lugar e os outros lugares,
dentro do espaço geográfico.
Embora o conceito de espaço geográfico
envolva elementos concretos e abstratos, para a
localização de um lugar no espaço precisamos
trabalhar com algo concreto: um local onde podemos
nos mover, levando em conta as direções e a
altitude.
Em geografia, a idéia de direção nos é dada
pela orientação, baseada nos pontos cardeais,
colaterais e subcolaterais, representados na figura
denominada rosa-dos-ventos.
Vale salientar também que existem também
outras denominações para os pontos geográficos a
saber:
 meridional ou austral significa dizer que está ao
sul;
 setentrional ou boreal significa dizer que está ao
norte;
 ocidente quer dizer que está ao oeste;
 norte-oriental quer dizer que está ao nordeste;
 norte-ocidental quer dizer que está ao noroeste.
O Meridiano de Greenwich
Podemos traçar sobre o globo ta
n tos
meridianos quantos desejarmos e qualquer um
deles, junto ao seu antimeridi
ano, estará
dividindo o planeta em duas metades exatamente
iguais. Essa característica tornou necessário
determinar aquele que seria o meridiano de
origem, com base no qual seriam definidas as
posições relativas dos pontos sobre a superfície
terrestre.
Durante muito tempo, cada nação utilizou
como meridiano-base aquele que atravessava a
sua capital. O Brasil utilizava o meridiano do
Observatório do Castelo, no Rio de Janeiro; a
França utilizava o meridiano de Paris; os Estados
Unidos, o meridiano de Washington; o Reino
Unido, o de Greenwich, que pas
sa pelo
observatório de mesmo nome, em Londres; e
assim acontecia em quase todos os outros países.
Essa situação criava inúmeros embaraços nas
relações internacionais, quer nas comunicações e
no comércio, quer, em especial, na navegação
marítima, na época (final do és culo XIX) o
principal meio de transporte entre os continentes.
Em 1884, os Estados Unidos e o Reino
Unido assinaram o Acordo de Washington, pelo
qual os norte-americanos passariam a tomar
Greenwich como seu meridiano eferencial.
r
Pesaram nessa decisão a hegemonia britânica no
mundo, além da necessidade da precisão horária
num país como os Estados Unidos, em que uma
ferrovia transcontinental atravessa, de costa a
costa, cerca de 4 mil quilômetros.
Alguns países opuseram-se à definição de
Greenwich como meridiano principal, entre eles a
França. Foram realizadas várias negociações, até
que foi encontrada uma solução: todos adotariam
Greenwich, e o sistema métrico, cujo padrão é o
metro, seria adotado como o sistema de medidas
internacional. O Reino Unido, a partir de então,
usaria esse sistema em substitu ição ao uso de
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medidas em polegadas. Assim, oficializou-se o
meridiano de Greenwich como o meridiano
inicial para a definição das posições dos pontos
sobre a superfície terrestre on Congresso
Internacional de Geografia realizado em Londres
em 1895.
As coordenadas geográficas
As latitudes e as longitudes
O meridiano de Greenwich e a longitude têm
um papel importante na definição das diferenças de
horas que ocorrem entre vários lugares da Terra.
As coordenadas geográficas ou terrestres são
estabelecidas por linhas imaginárias: os paralelos e
os meridianos. O cruzamento entre o paralelo e o
meridiano de um lugar dará a sua localização exata
na superfície terrestre.
Como você pode notar na figura anterior,
alguns paralelos recebem nomes especiais: trópico
de Câncer e círculo polar Ártico, no hemisfério
norte, e trópico de Capricórnio e círculo polar
Antártico, no hemisfério sul.
Paralelos são linhas imaginárias traçadas
paralelamente ao Equador, círculo máximo que
divide a Terra em dois hemisférios: norte e sul.
Meridianos são linhas imaginárias que
cortam perpendicularmente os paralelos e vão de um
pólo a outro. O ponto de partida para a numeração
dos meridianos é o de Greenwich (que recebe esse
nome porque passa pelo observatório de nome
Greenwich, em Londres) ou meridiano inicial. Esse
meridiano divide a Terra em hemisfério ocidental ou
oeste e hemisfério oriental ou leste.
Longitude é a distância, medida em graus, de
qualquer lugar da Terra ao meridiano de Greenwich.
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Latitude é a distância, medida em graus, de
qualquer lugar da superfície terrestre ao Equador.
 Trópico de Câncer – a 23° 27’ de latitude norte;
 Trópico de Capricórnio – a 23° 27’ de latitude sul;
 Círculo Polar Ártico – a 66° 33’ de latitude norte;
 Círculo Polar Antártico - a 66° 33’ de latitude sul.
A intersecção da latitude com a longitude nos
dá a localização de qualquer lugar da superfície da
Terra.
O sistema GPS
GPS é a sigla da expressão Global
Positioning System (Sistema de Posicionamento
Global). A expressão refere-se ao sistema
desenvolvido na década de 1960 pelo Departamento
de Defesa dos EUA, com fins mi
litares, e
posteriormente disponibilizado para os civis. O GPS
captura sinais de alguns dos satélites artificiais que
foram colocados em órbita, segundo o projeto
Navstar. A aparelho calcula a posição dos satélites
por meio de sinais e determina com exatidão a
posição de qualquer objeto na superfície da Terra,
fornecendo para isso as coordenadas geográficas e a
altitude do lugar.
A União Européia pretende colocar em
funcionamento um concorrente do GPS, o Galileo
Satellite System, que contará com 30 satélites e
deverá estar concluído este ano de 2008.
Os trópicos e os círculos polares são
importantes porque servem de limite para as zonas
da Terra. Essas zonas são chamadas assim para
destacar a influência da insolação ou luminosidade
solar
e
porque
há
uma
inclinaç
ão
de
aproximadamente 23°. Veja o quadro abaixo.
As zonas térmicas da Terra
Você já sabe que os meridianos e os
paralelos são indicados por graus de circunferências
e que algumas dessas linhas recebem nomes
especiais. É o caso da linha do Equador e do
meridiano de Greenwich, que são as coordenadas
iniciais, isto é, 0°.
Além do Equador, há outros paralelos que
recebem nomes próprios, pois ão
s
muito
importantes. São eles:
Essa inclinação favorece, associada ao
movimento de translação da Terra, o surgimento das
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estações do ano caracterizado pelos solstícios e
equinócios.
A latitude é um fator importantíssimo para
explicar as diferenças térmicas, isto é, as diferenças
de temperatura na superfície terrestre. Geralmente as
temperaturas diminuem do Equador para os pólos.
Assim, quanto menor a latitude, maior a
temperatura, e vice-versa. As áreas de altas latitudes,
ou seja, mais distantes do Equador, são mais frias
que as de baixas latitudes.
É importante saber que essas diferenças de
temperatura são aproximadas, não absolutas. Em
geral as áreas temperadas são mais frias que as
equatoriais e mais quentes que as polares, mas há
exceções. Existem áreas muito frias situadas dentro
da zona tropical e áreas quentes, dentro da zona
temperada. Porque além da latitude outros fatores
influenciam na temperatura, como a altitude.
 Zona tropical: é a faixa, das baixas latitudes,
localizadas entre os trópicos. Por isso, também
chamada de zona intertropical. Caracteriza-se por
receber mais intensamente a luz solar, pois nela os
raios do Sol incidem verticalmente, ficando “a pino”
ao meio-dia. Como o calor da superfície terrestre
vem do Sol, é fácil concluir que esta é em média a
zona mais quente do nosso planeta.
 Zonas temperadas: são zonas localizadas em
latitudes médias, compreendidas entre o trópico e o
círculo polar, tanto no hemisfério norte como no
hemisfério sul. Nessas zonas, os raios do Sol nunca
ficam realmente “a pino”, pois incidem de modo
mais ou menos inclinado. Quando maior o
afastamento em relação ao Equador, maior será a A influência da altitude
inclinação dos raios solares, o que reduz a
quantidade de luz e calor recebidos do Sol. Assim,
De maneira geral, a temperatura diminui com
as zonas temperadas são menos quentes e iluminadas a altitude. Essa diminuição é de cerca de 0,6°C a
que a zona tropical.
cada 100 m. Assim, considerando as características
do relevo da superfície terrestre, com áreas baixas e
 Zonas polares: são as zonas de altas latitudes, áreas elevadas, regiões de latitudes semelhantes
localizadas além dos círculos polares, tanto no podem ter temperaturas bem diferentes. Por
hemisfério norte como no hemisfério sul. Essas exemplo, o monte Quênia, com 5.211m de altitude
zonas recebem os raios do Sol muito inclinados e, localizado no país de mesmo nome (que é
portanto, muito fracos. Por causa disso, são muito atravessado pela linha do equador), apresenta as
frias. Há períodos do ano em que o Sol nem aparece. chamadas neves eternas e clima frio de montanha.
As demais áreas do país apresentam clima tropical,
com duas estações bem definidas: uma de chuvas
(no verão) e outra de seca (no inverno).
A maior parte do território brasileiro, por
exemplo, situa-se na zona intertropical. Daí porque
no Brasil, em geral, predominam temperaturas
elevadas.
A importância da latitude
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