SAÚDE Cidade teve 16 casos suspeitos de doenças transmitidas pelo Aedes prefeitura de santa maria, divulgação lizie antonello [email protected] Se algum santa-mariense ainda não se deu conta do quanto cada ação de prevenção contra o Aedes aegypti é importante, aí vai o alerta: Santa Maria já teve 16 casos suspeitos de dengue, febre amarela, febre chikungunya e zika vírus neste ano. Todos foram registrados em janeiro, e a maioria deles, na primeira quinzena do mês. Todos deram negativo para as doenças. Fevereiro ainda não teve caso suspeito no município. O dado impressiona porque representa 130% a mais do que em janeiro do ano passado, quando foram registradas sete suspeitas. A diferença está no fato de que, entre as notificações de janeiro de 2016, dois casos foram confirmados como sendo de dengue. Em ambos, o vírus foi contraído fora do Estado. Em todo o ano passado, a cidade teve 129 suspeitas de uma dessas doenças. Do total, 16 foram confirmadas após análise laboratorial e constatadas como situações em que o vírus foi contraído fora do Rio Grande do Sul. Outras 113 foram descartadas. Entre os casos deste ano, seis são homens, e 10, mulheres. As idades variam entre 20 e 60 anos. Um não é de Santa maria e apenas estava na cidade durante o mês, e outros oito viajaram nesse período. As suspeitas são identificadas da seguinte forma: quando uma pessoa é atendida em uma unidade ou hospital da rede pública ou privada da cidade com sintomas que se assemelham aos de FISCALIZAÇÃO Equipes da Vigilância Ambiental fazem varreduras em busca de focos do mosquito uma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o médico solicita um exame de comprovação e o caso é notificado à Vigilância em Saúde do município. A partir daí, o trabalho é desenvolvido em duas frentes: uma equipe da Vigilância Epidemiológica recebe as amostras de sangue coletadas dos pacientes, separa o soro e envia ao Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre. A análise pode levar de três a 15 dias, dependendo da demanda no laboratório. Enquanto isso, funcionários do setor de Epidemiologia começam um trabalho de investigação. Eles vão à casa da pessoa com suspeita da doença para saber se a pessoa viajou recentemente e se tem um outro local que frequenta, entre outras informações relevantes. De forma simultânea, assim que um caso é identificado como suspeito, outra equipe, a da Vigi- Mestranda oferece pilates gratuito para idosos A profissional de Educação Física Thuane Macedo está em busca de idosos que queiram fazer aulas gratuitas de pilates. Os voluntários serão objeto de estudo do seu mestrado em Gerontologia, elaborado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Para participar, é necessário ter entre 65 e 79 anos, não fazer exercício físico regularmente e residir em Santa Maria. Não há restrição de gênero. Aos interessados, que se enquadrarem nos pré-requisitos 18 de participação, serão ofertadas duas sessões por semana, no laboratório de Aprendizagem Motora da UFSM. Em princípio, os encontros serão nas tardes de segunda e quinta-feira, pelo período de dois ou três meses. O laboratório fica no campus Camobi da Federal, e a pesquisadora avisa que não há transporte para levar os idosos até o local. O estudo vai avaliar coordenação motora fina, atenção e concentração, visão periférica e tempo de reação dos idosos. Assim, pessoas com condições como Mal de Parkinson, Alzheimer ou alguma doença demencial não poderão participar. Idosos com problemas que diminuam o campo de visão, como glaucoma, ou perda total da visão e audição também não devem se candidatar. Já as que usam óculos, lente ou aparelho auditivo podem participar. – O propósito é avaliar o resultado real do pilates em sedentários. Então, pessoas muito ativas não poderão participar QUINTA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2017 do estudo. Não é só quem pratica exercícios físicos que é considerado ativo. Quem faz toda a limpeza de casa sozinho, por exemplo, ou quem costuma se locomover muito a pé, também é considerado ativo – esclarece. Interessados em participar ou quem quiser indicar um voluntário deve entrar em contato até o dia 20 de fevereiro pelo telefone (55) 98438-4184, pelo e-mail thuanelopesmacedo@hotmail. com ou pelo Facebook Thuane Lopes Macedo. lância Ambiental, entra em ação. Os agentes aproveitam os sete primeiros dias a partir da notificação (período em que a doença ainda não é transmissível) para fazer a varredura no entorno da casa onde mora a pessoa com suspeita. São verificados possíveis focos do mosquito, coletadas amostras e larvas, que são analisadas no laboratório do setor em Santa Maria. – Como somos uma cidade infestada, é feita uma análise bem aprofundada dos casos suspeitos – explica Alexandre Streb, Superintendente da Vigilância em Saúde. As 16 pessoas com suspeita registrada neste ano moravam nos bairros Camobi, na Região Leste, Tomazzeti, na Região Sul, Nossa Senhora de Lourdes, Medianeira, Nonoai, no Centro Urbano, Carolina, na Região Norte, Km 3, Itararé e João Goulart, na Região Nordeste. Esta regionalização dos casos, é mais uma dificuldade que o setor de combate ao mosquito enfrenta, além do déficit de agentes. São 16, sendo que dois estão em férias, dois estão no setor administrativo, restando 12 para fazer o trabalho de campo em toda a extensão do município. – Toda a vez que chega uma notificação, priorizamos esse caso porque se houver o vírus circulando na cidade, como temos o mosquito, ele pode propagar a doença. Lembrando que Santa Maria tem o mosquito mas não tem o vírus – diz o coordenador de Campo da Vigilância Ambiental, Denoide Mezeck. Vacinação contra a febre amarela A partir de segunda-feira, uma equipe da Vigilância Epidemiológica percorrerá a área rural de Santa Maria para vacinar os moradores contra a febre amarela. A equipe também fará um senso nos locais para verificar quem já se vacinou contra a doença e imunizar a população que ainda não recebeu a primeira dose. A vacinação ocorrerá, até o dia 13 de março, em seis distritos (São Valentim, Santa Flora, Passo do Verde, Palma, Ar-