Patologia Cirúrgica macroscopia coloração clivagem desparafinização processamento microtomia inclusão - parafina bloco Exame Histopatológico Exame anatomopatológico é ATO MÉDICO! lâminas microscopia laudo histopatológico Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Fixação Preservar os componentes da amostra tecidual. Proteger o material de dano osmótico (distensão ou retração) Para a imuno-histoquímica: tornar o antígeno insolúvel, mas ainda disponível para a reação com o anticorpo primário. A utilização de solução de formol a 10% tamponado ou formol-salina melhora a imuno-reatividade do material. Se não for possível o preparo de formol tamponado, utilize pelo menos a solução de formol-salina a 10% 100ml de formol + 900 ml de solução fisiológica Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Imuno-histoquímica Método de escolha: IHQ em material fixado em formol e incluído em parafina Vantagens: material coletado e processado convencionalmente: biópsias incisionais e excisionais, “core biopsy”, peças cirúrgicas radicais e preparados citopatológicos. permite utilização de material arquivado por muitos anos. lâminas permantentes custo acessível Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Imuno-histoquímica Receptor de estrogênio marcação nuclear Oncoproteína c-erbB-2 marcação de membrana GFAP marcação citoplasmática Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Imuno-histoquímica Enzima, substrato e cromógeno mais utilizado: peroxidase - H2O2 - DAB (positividade marrom) Padrão de reação nuclear membrana celular citoplasmático etc... Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Imuno-histoquímica Controles da reação (interno e externo) positivo negativo intensidade Controle de qualidade intra-laboratorial externo Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Receptores hormonais Importante fator prognóstico e orientador da terapia: RE + hormonioterapia RE - sem hormonioterapia, quimioterapia (?) RP + maior sobrevida, independente do tratamento utilizado Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Receptores hormonais Quando considerar positivo? toda imunopositividade nuclear com o anticorpo anti receptor de estrogênio deve ser considerada como resultado positivo e indicativa de terapia anti estrogênica para a paciente (NIH - National Institutes of Health, EUA, 2001). Como relatar o resultado? informar o valor percentual das células neoplásicas do componente infiltrante com imuno-positividade nuclear (CAP - Colégio Americano de Patologistas, 1999). Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Receptores hormonais Receptor de estrogênio (negativo) Receptor de estrogênio (25-50%) Receptor de estrogênio (50-75%) Receptor de estrogênio (>75%) Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Receptor de estrogênio Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ – Receptor de progesterona Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Oncoproteína c-erbB-2 / Her2-neu erbB-2: proto-oncogen que codifica o receptor para o fator de crescimento epitelial (EGF-R). Faz parte da família dos receptores de membrana celular. c-erbB-2: oncogen que age através da superprodução de receptores de membrana para o EGF por amplificação gênica. Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Oncoproteína c-erbB-2 / Her2-neu Fator prognóstico: positivo mau prognóstico (maior proliferação e atipias celulares, logo, encurtamento do período livre de metástases e menor sobrevida) Fator preditivo (terapia com Herceptin® / Trastuzumab): 0 ou 1+ = negativo sem imunoterapia 2 + = positivo fraco caso FISH + 3+ = positivo forte imunoterapia imunoterapia Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Oncoproteína c-erbB-2 / Her2-neu Quando considerar positivo e como relatar o resultado? Ausência ou menos de 10% de imunopositividade na membrana citoplasmática das células tumorais = 0 = Negativo Imunopositividade fraca em parte da membrana citoplasmática em mais de 10% das células tumorais = 1+ = Negativo Imunopositividade fraca a moderada em toda a membrana citoplasmática em mais de 10% das células tumorais = 2+ = Fracamente positivo Imunopositividade intensa em toda a membrana citoplasmática em mais de 10% das células tumorais = 3+ = Fortemente positivo Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Oncoproteína c-erbB-2 / Her2-neu A B A. 1+ negativo B. 2+ positivo C. 3+ positivo C Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Oncoproteína c-erbB-2 / Her2-neu Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Proteína p53 Anti-oncogene que induz a células à apoptose ou à correção de erros do DNA. Inativação (por mutações ou bloqueio) leva à perpetuação de células com erros genéticos e DNA instável. Ocorre em pelo menos 50% das neoplasias humanas e em 10-15% dos cânceres de mama. Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Proteína p53 Fator prognóstico: + mau prognóstico (instabilidade do DNA, causando novas mutações, logo, causando maior agressividade tumoral, com encurtamento do período livre de metástases e menor sobrevida) Inativação obsevada através de imunopositividade (acúmulo intranuclear da proteína inativa) Não é orientador de terapia Quando considerar positivo? toda imunopositividade nuclear deve ser considerada como resultado positivo informar o valor percentual das células neoplásicas do componente infiltrante com imuno-positividade nuclear Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Proteína p53 Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Antígeno de proliferação celular Ki67 Considerado o melhor marcador de proliferação celular Fator prognóstico: > 40% mau prognóstico (grande proliferação celular, causando maior crescimento tumoral, com encurtamento do período livre de metástases e menor sobrevida). 100% Ki67 < 40% 50% Ki67 > 40% 0% 12 24 36 48 meses de sobrevida Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Antígeno de proliferação celular Ki67 Não é orientador de terapia Quando considerar positivo? toda imunopositividade nuclear deve ser considerada como resultado positivo informar o valor percentual das células neoplásicas do componente infiltrante com imunopositividade nuclear. Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Nossa experiência: IHQ em 1557 casos consecutivos de câncer de mama, no período de maio de 2005 a abril de 2008 (36 meses) Resultados: índices de imunopositividade encontrados: RE= 66,7% (n=1535) RP= 63,2% (n=1496) c-erbB-2 / Her2-neu= 16,7% (n=1332) Triplo negativo: 16,7% (n=1319) Conclusão: os resultados obtidos estão de acordo com os dados da literatura. Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Receptor de Estrogênio > 75% 50-75% 25-50% 10-25% < 10% Receptor de Progesterona neg > 75% 50-75% 25-50% 10-25% < 10% neg 22% 34% 36% 37% 11% 7% 9% 6% 10% 7% 13% 8% IHQ em 1557 casos consecutivos de câncer de mama, no período de maio de 2005 a abril de 2008 (36 meses) Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Receptores Hormonais RE+ RP+ RE+ RP neg RE neg RP neg c-erbB-2 / Her2-neu RE neg RP+ neg 7% 2+ 3+ 11% 6% 31% 53% 83% 9% IHQ em 1557 casos consecutivos de câncer de mama, no período de maio de 2005 a abril de 2008 (36 meses) Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Permite a Classificação Molecular Baseada nos padrões de imuno-reatividade dos anticorpos anti receptor de estrogênio, receptor de progesterona e oncoproteína c-erbB-2 Her2-neu e citoqueratinas basais (citoqueratinas 5-6, 14 e 17). Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Outras aplicações: definição de invasão Anticorpos para camada basal mioepitelial: calponina, actina de músculo liso, citoqueratinas 5-6, citoqueratina 34 E12, p63, CD10... Actina de musculo liso Citoqueratinas 5-6 Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Calponina Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Outras aplicações: definição de tipo histológico Anticorpo anti Caderina-E é positivo nas carcinomas ductais e negativo nos carcinomas lobulares. Ductos normais remanescentes positivos e tumor negativo= carcinoma lobular Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Outras aplicações: definição de lesões pré-malignas Anticorpos anti Citoqueratina 34bE12 e Citoqueratinas 5-6 são positivos nas lesões hiperplásicas e negativos nas lesões com atipias e nos carcinomas “in situ”. Ducto com alteração de células colunares com atipia (“flat epithelial atypia”, DIN1A) Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica IHQ no câncer de mama Outras aplicações: definição de outros tipos de neoplasias Angiossarcoma – CD31 Angiomiofibroblastoma – CD34 Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Patologia – e o futuro ? Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica Imuno-histoquímica no câncer de mama - Prof. Andréa Rodrigues Cordovil Pires - Fonte Medicina Diagnóstica