papilomavírus humano e a eficácia da vacina profilática para

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III SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Data: 23 a 25 DE OUTUBRO DE 2014
PAPILOMAVÍRUS HUMANO E A EFICÁCIA DA VACINA PROFILÁTICA PARA
NEOPLASIA INTRA EPITELIAL CERVICAL
1
2
3
4
FERREIRA, Gabriela ; LUZ, Priscila ; CAUDURO, Rayana ; STELLA, Carolina .
1
Curso
de
Farmácia
do
Centro
Universitário
São
Camilo,
São
Paulo-SP.
[email protected]
2
Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo-SP
3
Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo-SP
4
Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo-SP. Disciplina de Citologia
Palavras-chave: Câncer do colo do útero. HPV. Vacina.
Introdução
Os Papilomavirus Humanos (HPVs) são vírus DNA não envelopados que infectam
preferencialmente o epitélio pavimentos estratificado e são considerados fator necessário para o
desenvolvimento do câncer do colo do útero. As infecções genitais pelo HPV são as doenças
sexualmente transmissíveis mais prevalentes em todo o mundo com cerca de quinhentos mil a um
milhão de novos casos anualmente. No Brasil, cerca de 3 a 5 % da população sexualmente ativa
apresenta doenças HPV-induzidas. O HPV apresenta-se em mais de 100 tipos, com diferentes
potenciais patogênicos e sítios de infecção. Cerca de 15 deles são classificados como de alto risco
oncogênico e estão associados a neoplasias malignas, enquanto os demais são considerados de
baixo risco oncogênico e estão relacionados a verrugas cutâneas e condilomas. Os HPVs tipo 16 e
tipo 18 são os mais frequentemente associados aos casos de câncer do colo do útero, sendo
encontrados em aproximadamente 70% dos tumores diagnosticados. O carcinoma HPV-induzido é
uma doença de evolução lenta que apresenta alterações celulares e tecidas pré-malignas ao longo de
sua progressão. As alterações celulares desenvolvidas por este vírus foram descritas na década de
1940 por Papanicolaou e Traut, que divulgaram o exame citológico como uma ferramenta promissora
na detecção precoce do câncer do colo do útero. Diversos estudos demonstram que a realização de
exames citológicos de rastreamento periódicos diminui significativamente as taxas de incidência e a
mortalidade pelo câncer do colo do útero, mas o difícil acesso da população ao serviço de saúde nas
regiões menos desenvolvidas mantém a mortalidade elevada. A vacina para HPV, recentemente
implantada no programa de vacinação do governo federal brasileiro, representa uma ferramenta
promissora na prevenção das infecções pelo HPV e redução do número de casos de câncer do colo
do útero. Existem duas vacinas profiláticas disponíveis no mercado, ambas as são produzidas a partir
da proteína L1 do capsídeo viral por tecnologia de DNA recombinante, resultando em “partículas
semelhantes aos vírus” ou vírus-like particles (VLP), mas que não possuem DNA e, portanto, não são
infectantes. São capazes de induzir a produção de anticorpos contra os tipos específicos de HPV
contidos na vacina.
Objetivo
Este trabalho tem o objetivo realizar estudo comparativo das vacinas para HPV bivalente e
tetravalente já aprovadas pelos órgãos reguladores disponíveis no mercado, a fim de prevenir a
infecção por HPV com intuito de reduzir o número de pacientes que venham desenvolver câncer do
colo do útero.
Metodologia
O estudo se caracteriza por uma revisão de literatura sistemática, com abordagem dos dados
através da análise da produção de artigos científicos sobre a temática em questão.
Realização
III SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Data: 23 a 25 DE OUTUBRO DE 2014
Resultados e Discussão
A produção de vacina tem sido bastante influenciada pelos avanços tecnológicos e científicos,
com intuito de possibilitar a redução das doenças infecciosas na população. A vacinação esta
classificada como prática primária para redução das doenças, sendo seu principal objetivo é de
prevenir o aparecimento do quadro agudo da doença, dando inicio a uma resposta imunológica.
Existem duas vacinas profiláticas disponíveis no mercado: A vacina bivalente recombinante
contra HPV 16 e 18, fabricada pela Glaxo Smith Kline. Nome comercial: Cervarix. A vacina
quadrivalente recombinante contra HPV 6, 11, 16 e 18, fabricada pela Merck Sharp & Dohme. Nome
comercial: Gardasil.
Tabela 1: Características específicas das vacinas profiláticas contra o HPV, quadrivalente
06/11/16/18 e bivalente 16/18.
Vacina
profilática
contra o HPV
Quadrivalente
Bivalente
Composição
Dose
administrada
Via
de
administração
Esquema
de
administração
Idade
recomendada
20 μg de HPV 6, 40 μg
de HPV 11, 40 μg de
HPV 16 e 20 μg de
HPV 18 VLP em um
adjuvante de 225 g de
hidroxisulfato
de
alumínio
20 μg de HPV 16 VLP
e 20 μg de HPV 18
VLP num adjuvante de
500 μg de hidróxido de
alumínio com 50 g de
3-deacilato
monofosforil lipídio
0,5 mL
Via
intramuscular
Mês 0, 1 e 6
Mulheres
10 a0s
anos
de
25
0,5 mL
Via
intramuscular
Mês 0, 2 e 6
Mulheres
09 aos
anos
de
26
De acordo com as pesquisas há redução na taxa da eficácia da vacina quando é aplicada
após início da vida sexual, pois já há a possibilidade de infecção por algum tipo de HPV.
A duração da imunidade após a vacinação e a presença mínima de anticorpos para evitar a
doença ainda não estão claras. Estudos comprovam um período de cinco anos após utilização da
vacina profilática, desconhecendo-se ainda a eficácia da vacina em longo prazo, bem como a
necessidade de reforço e periodicidade deste.
As unidades produzidas por engenharia genética, os VLPs, são unidades proteicas, sem
material genético e, portanto, não infecciosas. Possuem perfil de segurança similar a outras vacinas
como tétano ou hepatite B. A recombinação genética é considerada uma técnica que envolve altos
padrões de segurança, e os estudos clínicos.
A porcentagem de segurança é próxima aos 100% na prevenção de lesões pré-cancerosas
do colo do útero, vulva e vagina e para os condilomas genitais.
Recomenda-se também que a vacinação pode ser realizada mesmo com o exame de
Papanicolaou anormal, com verrugas genitais e teste de presença viral positivo, pois protegerá contra
outros tipos de HPV presentes na vacina e que a paciente não tenha adquirido. Pode ser
administrada também em mulheres imunossuprimidas, pois elas possuem maior risco de adquirir a
infecção.
Conclusão
O HPV do tipo 16 e 18 (alto grau oncogênico) são responsáveis pela maioria dos casos de
câncer de colo do útero. Porém a incidência e a mortalidade têm diminuído por diagnóstico precoce,
tratamento das lesões e profilaxia pela vacina.
A produção e o desenvolvimento das vacinas tem sido possível graças aos avanços
tecnológicos e científicos. Foi demostrada a eficácia das vacinas em ensaios clínicos e metanálise,
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mas são necessários estudos de acompanhamento da imunogenicidade para verificar sua efetividade
a longo prazo. Métodos preventivos, realização de exames periódicos e campanhas informativas são
necessários para proporcionar melhores resultados e a conscientização da população sobre o HPV e
suas consequências.
Referências
BORSATTO, A. Z.; VIDAL, M. L. B.; ROCHA, R. C. N. P. Vacina contra HPV e a prevenção do câncer
do colo do útero: Subsídios para a prática. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v.
57,
n.
1,
p.67-74,
jan.
2011.
Disponível
em:
<http://www.inca.gov.br/rbc/n_57/v01/pdf/10_revisao_de_literatura_vacina_hpv_prevencao_cancer_c
olo_utero_subsidios.pdf>. Acesso em: 01 out. 2014.
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16)-associated tumours. Curr Cancer Drug Targets. 2008; 8(3):180-6.
HAMMES, L. S.; NAUD, P. V.; MATOS, J. C.. Reconhecimento pela descoberta do papilomavírus
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