MATERIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA

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MATERIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA
Aluno (a):
- 2 º PERÍODO
Data:
Nº:
Unidade Botafogo
Ano: 9º __
Equipe de Linguagens
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO
Frase: É todo e qualquer enunciado, do mais simples ao mais complexo, com sentido
completo. A frase pode ser:
nominal - a que não possui verbo:
verbal - a que possui verbo:
Socorro!
Ajudem-no!
Que linda noite de verão!
A noite está linda!
Oração: É o enunciado organizado em torno de um verbo. A principal característica da
oração não é o sentido completo (ainda que possa ter), mas sim o verbo:
Ele estuda muito. (Uma oração)
Ele quer que sejamos felizes. (Duas orações)
Período: É todo e qualquer enunciado de sentido completo, terminado por pausa gráfica
forte e possuindo pelo menos uma oração. O período pode ser:
1. simples - o que só possui uma oração: Sentíamos o perfume das flores.
2. composto - o que possui mais de uma oração: Alguns cantavam e outros
dançavam.
O período pode ser composto:
a)por coordenação - quando as orações são independentes: O diretor chegou, deu
algumas ordens, saiu em seguida.
b) por subordinação - quando as orações estão subordinadas a uma principal:
Chame aquele menino que está brincando.
SUJEITO E PREDICADO
Sujeito: É o ser (pessoa, animal ou coisa) sobre o qual se faz uma declaração:
Ele está escrevendo cartas.
Classificação do Sujeito
1. SIMPLES - o que possui apenas um núcleo: Minha irmã foi ao mercado.
2. DESINENCIAL, OCULTO ou ELÍPTICO – o que é determinado pela desinência verbal:
És um bom amigo. (= Tu).
3. COMPOSTO - o que possui mais de um núcleo: Pedro e Paulo chegaram agora.
4. INDETERMINADO - o que não de pode ou não se quer determinar. O verbo pode
estar:
a) na 3ª pessoa do plural - equivalente a eles, sem informação a respeito da pessoa:
Quebraram a vidraça.
Observação - na frase "Ela e o irmão saíram cedo; só voltarão à noite", embora o verbo
da segunda oração esteja na 3ª pessoa do plural e o sujeito não esteja expresso,
sabemos qual é o sujeito, pois o pronome eles nos remete a Ela e o irmão, sujeito da 1ª
oração; trata-se apenas de um sujeito desinencial.
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b) na 3ª pessoa do singular (intransitivo, transitivo indireto ou de ligação) com o pronome
SE , que será índice de indeterminação do sujeito: Vive-se bem aqui. / Precisa-se de
operários..
5. ORAÇÃO SEM SUJEITO ou INEXISTENTE - quando a oração é uma simples
anunciação de um fenômeno, é a informação da ocorrência ou existência de algo ou
apenas a indicação de tempo, quantidade ou distância.
Nesse caso, a estruturação expressiva centra-se em verbo considerado impessoal:
Anoiteceu.. / Havia pessoas no jardim... / É uma hora. / São duas horas.
Predicado: É a declaração que se faz sobre o ser:
Alguns garotos gostam de nadar.
Observação - nas orações com sujeito desinencial, indeterminado ou inexistente (oração
sem sujeito), a oração é formada apenas pelo predicado: Estou cansado.
Classificação do predicado
1. PREDICADO VERBAL: o núcleo da informação veiculada pelo predicado está contido
num verbo.
 Joana partiu.
 Eles saíram de casa.
 O viajante caminhava pela estrada.
2. PREDICADO NOMINAL: o núcleo da informação veiculada está contido num nome
(predicativo do sujeito). O verbo, nesse caso, funciona simplesmente como elemento de
ligação entre sujeito e predicado.
 Aprova era difícil.
 O menino estava machucado.
3. PREDICADO VERBO-NOMINAL: a informação está contida em dois elementos: no
verbo e no nome. Dessa forma, o predicado verbo-nominal apresenta dois núcleos.
 O menino chegou ao colégio machucado.
 Os proprietários consideraram a proposta razoável.
Termos Integrantes
a) COMPLEMENTO NOMINAL – são os termos que complementam o nome. O
complemento vem sempre acompanhado de preposição.
Ex.: Estou fazendo a leitura do texto.
Ela tinha necessidade de comida.
OBS: Para diferenciar o complemento do adjunto adnominal:
-
o adjunto estabelece função ativa em relação ao nome, enquanto o complemento
estabelece uma relação de passividade;
o adjunto pode, na maioria das vezes, ser substituído por um adjetivo;
o complemento, geralmente, não aparece depois de substantivos concretos:
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A natureza é uma esplêndida criação de Deus. (criação divina –adjunto adnominal)
A criação do jardim se deu de forma equivocada. (complemento nominal)
b) AGENTE DA PASSIVA – é o termo que designa o ser que pratica a ação sofrida pelo
sujeito. Normalmente vem introduzido pela preposição por ou de.
Ex.: “Um jornal é lido por muita gente.” (Carlos Drummond)
O homem foi mordido pelo cachorro.
“Ele dela é ignorado.” (Fernando Pessoa)
c) COMPLEMENTO VERBAL – são os termos que acompanham o verbo. Podem ser de
dois tipos:
Objeto Direto - quando o verbo for transitivo direto, ou seja, quando não está
acompanhado de preposição.
Ex.: “Não quero dinheiro.” (Tim Maia)
“Os jornais nada publicaram.” (Carlos Drummond)
OBS.: Qualquer classe gramatical pode exercer a função de objeto, passando então a ser
considerada um substantivo formado por derivação imprópria.
Ex.: “Eu só quero amar.” (Tim Maia)
amar – verbo substantivado por exercer função de objeto
“O outrora compúnhamos.” (Fernando Pessoa)
outrora – advérbio substantivado por exercer função de objeto
Objeto Indireto – quando o verbo for transitivo indireto, ou seja, quando está
acompanhado de proposição.
Ex.: “Vou pedir para você voltar.” (Tim Maia)
“Precisava de um amigo (...)” (Carlos Drummond)
OBS.: Alguns verbos podem ter dupla transitividade.
Ex.: Ela deu um presente (objeto direto) à sua mãe (objeto indireto).
d) PREDICATIVO DO OBJETO – termo que modifica o objeto direto ou indireto.
Ex.: “Uns a nomeiam primavera.” (Carlos Drummond)
a – objeto direto
primavera – predicativo do objeto
OBS.: Para não confundir com o adjunto adnominal:
Ele julgou o menino muito novo para tanta responsabilidade.
muito novo - predicativo do objeto (ação é concomitante à adjetivação)
Ele julgou o menino loiro.
loiro – adjunto adnominal (adjetivo que qualifica um estado permanente do objeto)
Termos acessórios
a) ADJUNTO ADNOMINAL – termo de valor adjetivo que especifica ou qualifica um
substantivo, qualquer que seja a função deste.
Ex.: “Menino vadio, eu canto pra Deus proteger-te.” (Caetano Veloso)
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As seguintes classes geralmente exercem função de adjunto:
 Artigo (definido ou indefinido):
Ex.: “O ovo é a cruz que a galinha carrega na vida.” (Clarice Lispector)
 Pronome adjetivo:
Ex.: Minha namorada está na janela.
“Eu quero é que esse sangue torto feito faca corte a carne de vocês.” (Belchior)
 Numeral:
Ex.: Duas menina chegaram atrasadas.
O adjunto pode também ser representado por uma oração adjetiva:
Ex.: Era um menina que tinha os cabelos loiros.
b) APOSTO – termo de caráter nominal que explica um outro termo.
Ex.: Eles, os pobres desesperados, tinham uma euforia de fantoches. (F. Namora)
A verdade é esta: não estou mais interessado nisso.
c) VOCATIVO – termo que serve para invocar, chamar ou nomear alguém ou alguma
coisa.
Ex.: “Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)
d) ADJUNTO ADVERBIAL – termo de valor adverbial que denota circunstância do fato
expresso pelo verbo.
Ex.: “Aqui não passa ninguém.”
Ela estava em casa. (locução adverbial de lugar)
Os advérbios podem denotar:
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causa;
companhia;
dúvida;
fim;
instrumento;
intensidade;
lugar;
matéria;
meio;
modo
negação;
tempo.
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