Lua

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A Terra um Planeta muito Especial: Formação do Sistema Solar
A Terra um Planeta muito Especial: Formação do Sistema Solar
A Lua (do latim Luna) é o único satélite natural da Terra, situando-se a uma
distância de cerca de 384.405 km do nosso planeta.
O feixe de luz, representado pela linha amarela, mostra o período que a
luz leva para seguir da Terra para a Lua: 1.255 segundos
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Teorias para a formação da Lua:
1. Fissão
2. Captura
3. Co-acreção
4. Ejeção do Anel ou Colisão
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Teoria da Fissão
A Lua foi uma parte da Terra e de
algum modo separou-se dela nos
primórdios da história do sistema
solar.
O atual leito do Oceano Pacífico é o
local mais provável para representar
a parte da Terra da qual se desprendeu a Lua.
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Teoria da Captura
A Lua ter-se-ia formado
separadamente da Terra e
posteriormente foi capturada
pelo campo gravitacional da
Terra.
Etapas principais do hipotético processo de captura da Lua pela Terra:
1) A Lua é um planeta em órbita próxima da Terra.
2) A órbita da Lua é fortemente deformada pelo campo gravitacional da Terra.
3) A Lua passa a orbitar a Terra.
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Teoria da Co-acreção
Também chamada de teoria da
Condensação Conjunta, Coformação, Formação Conjunta ou
ainda Diferenciação.
Nesta hipótese, a Lua e a Terra
condensaram-se (agregaram-se)
juntas da nuvem original que
formaram o Sistema Solar.
Etapas principais do hipotético processo de co-formação da Lua e da Terra:
1) Uma nuvem de gases e poeira orbita o sistema solar na órbita do que mais tarde
seria o sistema Terra-Lua.
2) A nuvem inicia uma agregação em um ponto central, mais massivo, que será a Terra
e num anel que formará a Lua.
3) A agregação continua e o anel que formará a Lua começa a se agregar em um ponto
que será a Lua.
4) A agregação encerra-se com a formação da Terra e da Lua.
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Teoria da Ejeção do Anel ou Colisão ("Big Splash“)
Esta teoria também é chamada de teoria da grande colisão ou até
popularmente, como teoria Big Splash.
Um planetesimal do tamanho de Marte (chamado de Theia) colidiu com a Terra,
ejetando grande volume de matéria.
Um disco de material orbitante foi formado. Este material eventualmente
condensou-se para formar a Lua em órbita ao redor da Terra.
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Esta hipótese apresenta sustentação pelas modelagens
computacionais para o comportamento de momento, de
rotação e translação, do sistema Terra-Lua.
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A Lua apresenta três movimentos básicos:
a rotação em torno do seu eixo,
a translação ao redor da Terra
a translação em torno do Sol, acompanhando o nosso Planeta.
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O período de translação (o chamado mês lunar, base dos calendários judaico
e muçulmano) é de 27 dias, 7 horas e 43 minutos (geralmente referido
arredondado a 28 dias).
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Sem rotação não há lado oculto da Lua.
Se a Lua não tivesse um período
de rotação não teria um lado
permanentemente oculto dos
olhares terrestres.
Se assim fosse o outro lado da
Lua ia sendo alterado à medida
que a Lua nos contorna, como
mostrado na imagem, em que o
ponto vermelho e o ponto azul
estão em lados oposto da Lua.
Claramente se mostra que o
ponto vermelho começa por
estar no que seria o lado oculto
da Lua mas que ao longo da
trajetória Lunar esse lado passa a
ser o lado visível.
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Mas havendo rotação de facto, o lado
oculto da Lua permanece afastado dos
olhares terrestres.
O ponto vermelho situa-se no lado
oculto da Lua e assim permanece ao
longo de toda a trajetória lunar.
É claro que para que isso possa ocorrer
tem de existir uma completa sincronia
entre o movimento de rotação e
translação.
De facto ambos os movimentos têm exactamente 27 dias, 3 horas e 43 minutos.
Esta sincronia permite então que a Lua mantenha um lado oculto e um lado visível
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Comparação entre Terra e Lua
Características
Terra
Lua
12 750
3 470
Superfície (km 2)
5,10 x 10 8
3,79 x 10 7
Volume (km 3)
8,69 x 10 12
1,76 x 10 11
1
0.11
Gravidade (m / s 2)
9,81
1,62
Densidade média
5.5
3. 3
Período de translação (dias)
365
27.3
23.9 (horas)
27.3 (dias)
+ 15
-200 a + 130
Crosta , Manto, Núcleo
Crosta , Manto, Núcleo
O2, CO2, N2
Ausente
Diâmetro (km)
Massa (unidade 0 1)
Período de rotação
Temperatura à superfície ºC
Estrutura interna
Atmosfera
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1. Indique as razões pelas quais a Lua pode ser classificada como um planeta telúrico
A Lua possui uma estrutura interna diferenciada semelhante à da Terra
A crosta da Lua tem 68km de espessura média e varia
essencialmente entre 0 por baixo do Mar das Crises
até 107 km a Norte da cratera Korolev no "lado
negro" lunar. Por baixo da crosta está um manto e
provavelmente um pequeno núcleo (com mais ou
menos 340 km de raio e 2% da massa da Lua).
Ao contrário da Terra, no entanto, o interior da Lua já
não está activo.
O centro de massa da Lua está afastado do seu centro geométrico uns 2 km
na direção da Terra.
A crosta é também mais fina no lado mais perto da Terra.
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1. Indique as razões pelas quais a Lua pode ser classificada como um planeta telúrico
A Lua possui uma composição química semelhante à da Terra
Quimicamente é composta principalmente por
silicatos, compostos formados por silício,
oxigénio, metais e, eventualmente, hidrogénio.
Análises parecem comprovar que a Lua, é formada
pela crosta composta de basaltos;
o manto médio, que é formado pelo mesmo material da crosta, mas que sofre alterações
devido ao aquecimento provocado pelos grandes impactos que deram origem aos mares;
o manto inferior é composto de material no estado plástico;
o núcleo que é constituído basicamente de ferro, pouco níquel e talvez enxofre.
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O centro de massa da Lua está afastado do seu centro geométrico uns 2 km
na direção da Terra.
A crosta é também mais fina no lado mais perto da Terra.
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Formação da crosta anortesítica da Lua
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2. Fundamente essa afirmação. As rochas da Lua não apresentam muitos sinais de
alteração, ao contrário das rochas da Terra
A alteração da superfície lunar é pouco significativa uma vez que a Lua não possui
água no estado líquido nem atmosfera, logo não ocorre erosão hidráulica nem eólica
Não possui atmosfera devido à reduzida massa e
força de gravidade.
Não apresenta atividade sismológica – planeta
geologicamente inativo.
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O lado visível da Lua. (NASA)
O lado oculto da Lua, nos infravermelhos.
(NASA)
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A Lua, além dos mares e continentes lunares, possui ainda outras formações
típicas da sua superfície, como é o caso das crateras de impacto, do rególito
e dos mascons.
Mosaico multiespectral da Lua, revela as
diferentes composições químicas das rochas
lunares. NASA
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Mares lunares
São superfícies planas e baixas constituídas por rochas escuras de natureza
vulcânica (basaltos), razão pela qual refletem apenas 6% a 7% da luz solar
incidente.
Estas regiões ocupam cerca de um terço da superfície lunar e predominam na
sua face visível.
Com idades relativamente recentes (da ordem dos 3160 M.a.), devem ter
resultado de atividade vulcânica induzida pelos impactos que a Lua terá
sofrido após a sua fase de formação.
Esses materiais vulcânicos teriam preenchido algumas depressões existentes,
originando essas zonas planas.
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Continentes lunares
São zonas altas e acidentadas, formadas essencialmente por anortosito
e refletem cerca de 18% da luz do Sol que nelas incide. Predominam
na face oculta.
Encontram-se densamente marcados por crateras de impacto que
datam da época da formação da Lua. Nestas estruturas encontram-se,
portanto, as rochas mais antigas.
A área ocupada pelos continentes corresponde a dois terços da área
total da Lua.
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Mares Lunares versus Continentes Lunares
MARES LUNARES
CONTINENTES LUNARES
- Relevo plano
- Relevo acidentado
- Ocupam 1/3 da área total
- Ocupam 2/3 da área total
- Têm tonalidades escuras
- Têm tonalidades claras
- Refletem pouca luz ( 7 %)
- Refletem mais luz (ap. 18%)
- São mais recentes
- São mais antigos
- Têm menos crateras
- Têm mais crateras
- São constituídos por basalto
- São constituídos por anortositos
- Predominam na face visível
- Predominam na face oculta
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Crateras de Impacto
Apresentam forma circular e diâmetro variável e são depressões que se
encontram dispersas, existindo quer nos mares quer nos continentes lunares.
O rebordo das crateras é sobrelevado e no centro surgem formações cónicas
resultantes das ondas de descompressão que se geram após os impactos.
Nem todas as crateras foram ocupadas por magmas, apresentando-se muitas
delas preenchidas por um material que foi fundido e fragmentado.
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Crateras de Impacto
A cratera Oresme tem 76 km de
diâmetro e foi criada na período
Nectárico durante o último
grande bombardeamento.
Esta cratera fica no lado oculto
da Lua a noroeste do polo sul
lunar.
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Formação de crateras de impacto
Temperaturas e pressões na zona
de impacto meteorítico.
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Formação de crateras
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Mascons
São regiões rochosas de massa muito concentrada, existentes nos mares lunares e
detetadas por anomalias gravimétricas. Têm origem em lavas basálticas de elevada
densidade provenientes do manto lunar.
Mascons assinalados com a cor
vermelha.
Admite-se que os mascons estejam relacionados com a ascensão de lava
basáltica, de elevada densidade, proveniente do manto lunar, que preencheu
depressões originadas pelos impactos de corpos celestes. O termo "mascons"
é a abreviatura do inglês mass concentrations.
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Rególito
Material sólido não consolidado que cobre a rocha subjacente, resultante de
contrações e dilatações que experimentam os minerais lunares devido às
grandes amplitudes térmicas que suportam.
MATERIAL VÍTREO aparece nesta
fotografia da poeira lunar
coletada pela Apollo11.
O rególito lunar é um material pulverulento, desde um pó fino até blocos de
vários metros de diâmetro, solto, de cor acinzentada, com numerosas esferas
vitrificadas que resultaram do arrefecimento de rocha fundida após um impacto
meteorítico.
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Editoria: Exploração Espacial
Segunda-feira, 20 Julho 2009 - 09h55
20 de Julho. Há 40 anos o Homem descia
na superfície da Lua
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Cerca de 90 litros de água sob
forma de gelo congelado há
bilhões de anos estavam
escondidos em cratera lunar.
A descoberta foi feita graças à
missão Lcross, iniciais de Lunar
Crater Observation and Sensing
Satellite, que bombardeou a Lua
no dia 9 de Outubro de 2009.
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Afinal, será mais do que gelo, nos pólos, no terreno seco
da Lua.
A superfície lunar tem partículas de água.
Três missões lunares encontraram claras evidências de
água, que está aparentemente concentrada nos pólos e
foi possivelmente formada por ventos solares.
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A explicação para a existência de
água na superfície da Lua vem,
ironicamente, da ação do Sol.
Provavelmente, átomos de
hidrogénio existentes no vento solar
combinam-se com o oxigénio de
materiais presentes no solo lunar,
desta maneira é possível formar OH
e H2O.
Mas, os dados da sonda Deep Impact revelaram que havia um ciclo
de criação e destruição da água.
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A água deve formar-se nos períodos em que o Sol bate rasante na superfície
lunar, o que acontece pela manhã e ao fim do dia.
Conforme o Sol vai subindo, a água criada momentos antes evapora, mas volta a
formar-se com o entardecer.
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