Untitled - Bertrand

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FICHA TÉCNICA
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Portugueses no Golfo Pérsico
Mapa do Golfo Pérsico
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Apresentação
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À Descoberta do Golfo Pérsico
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Introdução
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Para melhor conhecer o Golfo
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Considerações históricas
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Herança material e imaterial
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Marcas portuguesas no Golfo
65
%LEOLRJUDÀD
123
5
Portugueses no Golfo Pérsico
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Portugueses no Golfo Pérsico
PA R A M E L H O R C O N H E C E R
O GOLFO PÉRSICO
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Portugueses no Golfo Pérsico
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Portugueses no Golfo Pérsico
O Golfo Pérsico, também chamado de Golfo da Arábia, localizado no Sudoeste Asiático, é
uma extensão do oceano Índico situada entre a
Península Arábica e o sudoeste do Irão (antiga
Pérsia). Trata-se de um mar interior, com uma
área de, aproximadamente, 239 600 km2, cujos
limites são a foz dos rios Tigre e Eufrates, o estreito de Ormuz e o Golfo de Omã. O Golfo
Pérsico possui um comprimento de 990 km,
variando a sua largura entre os 340 e os 55 km
no estreito de Ormuz. Esta extensão de mar (na
realidade, trata-se de um braço de mar) do oceDQRÌQGLFREDQKDR,UmRRV(PLUDWRVÉUDEHV
Unidos, Omã, a Arábia Saudita, Qatar, Kuwait
e Iraque, bem como a ilha do Bahrein.
A profundidade das águas do Golfo Pérsico raramente ultrapassa os 90 m, alcançando o
ponto mais profundo à sua entrada e em localidades isoladas a sudeste, podendo atingir os
110 m. Por outro lado, as águas do golfo apresentam um elevado nível de salinidade devido
ao facto de os rios Tigre, Eufrates e Karun seUHPIUDFRVDÁXHQWHV
Com temperaturas elevadas na maior parte
do ano, embora os invernos possam ser bastante frios, em especial a noroeste, predomina no
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Portugueses no Golfo Pérsico
Golfo Pérsico o clima desértico normal: com
raras precipitações, grande evaporação, alta humidade e temperaturas médias anuais que variam entre 13 o C e 37 o C, ultrapassando os 49 o C
durante a estação seca.
As altas temperaturas e a elevada salinidade
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oceano Índico.
Até à descoberta de petróleo no Irão, em 1908,
a região do Golfo Pérsico era conhecida pela indústria da pesca de pérolas tradicionais, pelo cultivo e pelo pastoreio, para além da produção de
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Portugueses no Golfo Pérsico
outros produtos menores, como o ocre vermelho das ilhas do Sul.
Com a descoberta do petróleo, o Golfo Pérsico e as suas zonas costeiras tornaram-se de
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aproximadamente dois terços da reserva estimada existente no mundo e um terço das reservas
de gás natural. Para além disso, constituiu-se
uma via de transporte por excelência para grandes petroleiros, sendo ainda estratégico para as
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Portugueses no Golfo Pérsico
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Portugueses no Golfo Pérsico
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petróleo oriundas dos países vizinhos.
A relação de Portugal com o Golfo Pérsico
inicia-se no século XVI, no período das grandes
navegações e expansão marítima portuguesa, seguindo a rota de exploração do navegador Vasco
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dos portugueses no Golfo Pérsico durou cerca
de 150 anos, tendo como marcos principais a
conquista do estreito de Ormuz, em 1507, e a
sua perda, em 1622.
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Golfo Pérsico, o controlo da zona de Ormuz
permitia o domínio de algumas das rotas mais
importantes do comércio asiático, que vinham
desde o oceano Índico, atravessavam o golfo, e
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Simultaneamente, impôs-se como um entreposto incontornável no cruzamento de algumas das
rotas terrestres que ligavam a Europa, o Médio
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Pérsia (atual Irão) corria mundo e Ormuz surgia,
nas palavras de muitos autores, como a melhor
maneira de alcançar tais preciosidades.
É, por isso, natural que aqui os portugueses
tivessem visto um mundo de oportunidades e,
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Portugueses no Golfo Pérsico
essencialmente, um porto vital para assegurar a
manutenção do seu Império Asiático e, consequentemente, a posição hegemónica que ocupavam naqueles mares. Além disso, a presença
portuguesa em Ormuz permitia a intervenção
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destas rotas, uma vez que, consolidada a Rota
do Cabo, uma boa parte da valiosa mercadoria
oriental passaria a chegar à Europa através de
Lisboa.
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numa região com um potencial estratégico tão
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e no Golfo Pérsico assegurava vantagens políticas e económicas demasiado fortes – era um
objetivo que convencia facilmente os europeus
do Norte a juntarem-se à campanha persa contra o reino de Ormuz, dominado então pelos
capitães portugueses.
Assim, com a perda do reino de Ormuz para
os ingleses e persas em 1622, há mais de quatro
séculos, iniciou-se o declínio dos contactos profundos e regulares dos portugueses com as populações locais. Além disso, os ingleses não só
expulsaram os portugueses da região, mas também se esforçaram por apagar a memória da sua
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Portugueses no Golfo Pérsico
passagem pelo Golfo, sempre no receio de que o
capital cultural e histórico deixado na região pela
presença portuguesa pudesse ser usado como
forma de desestabilizar o seu próprio poder.
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Pérsico constitui um fenómeno interessante de
observar no contexto da lusofonia, abrangendo
importantes vestígios da arquitetura portuguesa
militar e religiosa, garantindo com isso a curiosidade e empatia que ainda aí podemos encontrar por Portugal.
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