Língua Portuguesa - Concurseiro 24 Horas

Propaganda
1|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Aula
Língua
Portuguesa
Prof. Diegho Cajaraville
AULA ??
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
www.concurseiro24horas.com.br
01
2|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
AULA 1
APRESENTAÇÃO..................................................................................................... 5
1.
1.1
Considerações Iniciais................................................................................................. 5
1.2
Desenvolvimento da Matéria........................................................................................ 6
FLEXÕES DOS VESBOS.......................................................................................... 8
2
2.1
Modo............................................................................................................................. 8
2.2
Tempo........................................................................................................................... 8
2.3
Número......................................................................................................................... 10
2.4
Pessoa........................................................................................................................... 10
3
O QUE SÃO FORMAS NOMINAIS?..................................................................... 10
4
É IMPORTANTE SABERMOS A ESTRUTURA DO VERBO?.......................... 11
5.
UMA DAS DESINÊNCIAS APONTA O MODO VERBAL. MAS O QUE É
12
MODO VERBAL?.....................................................................................................
6.
OS TEMPOS DO MODO INDICATIVO................................................................ 13
6.1
Reconhecimento
do
tempo
INDICATIVO........................................
PRESENTE
DO 13
6.1.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 14
6.2
Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO............ 15
6.2.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 15
6.3
Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO................. 16
6.3.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 17
6.4
Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO MAIS-QUEPERFEITO DO
17
INDICATIVO...............................................................................................................
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
3|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
6.4.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 17
6.5
Reconhecimento do Tempo FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO.............. 18
6.5.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 19
6.6
Reconhecimento do Tempo FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO............. 20
6.6.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 21
OS TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO............................................................... 22
7.
7.1
Reconhecimento do Tempo PRESENTE DO SUBJUNTIVO..................................... 22
7.1.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 23
7.2
Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO........... 23
7.2.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 24
7.3
Reconhecimento do Tempo FUTURO DO SUBJUNTIVO......................................... 25
7.3.1 Quando Empregamos Este Tempo Verbal?.................................................................. 26
7.4
Modo Imperativo.......................................................................................................... 27
7.4.1 Reconhecimento do Modo Verbal................................................................................ 27
7.4.2 Correlação.................................................................................................................... 27
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS........................................................................... 30
8.
8.1
Regulares...................................................................................................................... 30
8.2
Irregulares..................................................................................................................... 30
8.3
Anômalos...................................................................................................................... 31
8.4
Defectivos.................................................................................................................... 31
8.5
Abuntantes.................................................................................................................... 31
8.6
Pronominais................................................................................................................. 32
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
4|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
8.7
Reflexivos..................................................................................................................... 32
8.8
Vicários........................................................................................................................ 32
9.
QUESTÕES COMENTADAS.................................................................................
10.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 84
11.
RESUMO DA AULA................................................................................................
84
12.
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS......................................................................
91
13.
GABARITO...............................................................................................................
114
NOTA: Neste material, usaremos a fonte ecológica. Durante a impressão, a fonte faz
buracos nas letras que escreveu! Isso é fascinante por si só, e ainda mais quando nós
percebemos que isso não afeta a legibilidade e geralmente permite poupar 33% de
tinta ou toner.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
39
5|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
1.
Apresentação
Olá pessoal, muito prazer!
Meu nome é Diegho Cajaraville, estarei com você nesta empreitada,ajudando-o a conquistar
a sua tão sonhada vaga no serviço público. Sou formado em letras (Português / Literatura)
atuante em concursos públicos, pré-técnicos e pré-militares há vários anos. Atualmente sou
servidor público federal e ministro aulas de Língua Portuguesa, Redação e Redação Oficial,
para diversos concursos, e é claro, sempre ajudando os concurseiros a desvendar os
mistérios da Língua Portuguesa e com isso a conquistar a tão sonhada no serviço público.
Nosso curso é 100% focado TRE - Rio Grande do Norte, enquanto o edital não sai
iremos focar o nosso estudo para a banca FCC, banca esta muita conhecida no mundo dos
concurseiros. Vou levar para você, os tópicos mais cobrados e as famosas “pegadinhas” que
esta banca adora. Ao meu ver não é nenhum bicho de sete cabeças, comparado a outras
bancas . A FCC adora a parte de MORFOLOGIA, principalmente, VERBO, mas também,
gosta das conjunções, acentuação gráfica. Enfim, não devemos subestimar nenhum tópico.
Ao longo deste curso irei apontando as partes cobradas com mais ênfase por esta banca em
suas provas e também alertarei você querido concurseiro, quanto algumas “maldades” ou
“pegadinhas” que a banca tentará lhe induzir, mas é claro, que você estará ligadíssimo
quanto a isso.
Meu amigo concurseiro e futuro servidor do Ministério Público, pronto para ir em busca de
seu salário:
Cargo
Expectativa de Remuneração
Nível Superior
R$ 8.813,97
Nível Médio
R$ 5.365,92
Lembrem-se essa é uma expectativa de remuneração, mas com certeza a remuneração é
muito maior, além é claro de seus benefícios!!!
Estarei sempre à disposição para qualquer esclarecimento. Não tenha inibição em expor suas
dúvidas, pois só as tem quem estuda, não é mesmo?
Nos exercícios, o concurseiro será apresentado às questões da referida banca, porém se
achar necessário e interessante irei colocar questões de outras bancas para a fixação.
Neste curso teórico também trataremos das novas regras ortográficas, e, em relação isso,
cabe o seguinte aviso. O acordo já está em vigor e, por isso, nada impede que a banca exija
do candidato conhecimento sobre o assunto. Além disso, as bancas já adaptaram suas provas
à nova grafia.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
6|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Com a minha vasta experiência em concursos, sendo como concurseiro ou como professor,
costumo citar aos meus alunos que dois elementos são fundamentais para a preparação de
qualquer candidato são eles: DEDICAÇÃO e HUMILDADE.
Pois aquele que acha que sabe muito, e que não é preciso estudar, uma matéria ou outra,
certamente será aquele que terá bastante dificuldade para conseguir a sua tão sonhada
aprovação.
Nosso objetivo não é tornar-lhes especialistas em Língua Portuguesa, nosso objetivo é
auxiliar os que aqui estão em busca de um melhor desempenho nas provas desta disciplina.
Nosso curso será baseado em teoria e muitas questões comentas. Estudei centenas de provas
de modo a lhe proporcionar o melhor em termos de didática.
Não estude Língua Portuguesa só na última hora e estude pouco. Nossa disciplina tem sido
o diferencial entre aprovação e não aprovação em concursos públicos. As bancas estão
pegando cada vez mais pesado, por isso, estude com afinco e entusiasmo.
Meu querido aluno, leia atentamente a frase motivacional logo abaixo:
― Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado‖
Abraham Lincoln
Abaixo verão como nossas aulas serão distribuídas!
Aula
Data
Assunto
01
30/07/2015
Verbo, Flexão Verbal e Nominal
02
06/08/2015
Emprego de Classes de Palavras
03
13/08/2015
Tipos de Sujeito, Vozes Verbais e Concordância
04
20/08/2015
Sintaxe de Oração (Coordenativas e Subordinativas)
05
21/08/2015
Pontuação
06
27/08/2015
Regência e Crase
07
03/09/2015
Tipologia textual, compreensão e interpretação de texto
08
10/09/2015
Ortografia, Acentuação Gráfica
09
17/09/2015
Colocação Pronominal
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
7|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
É isso que você deve fazer, agora, futuro SERVIDOR !
Veja a imagem abaixo e sonhe com seu futuro emprego.
1.1 Considerações Iniciais
Caros concurseiros, então ao longo do curso iremos focar questões da FCC, mas sempre que
puder irei disponibilizar questões da Cespe, FGV ou de outra Banca..
Estarei sempre à disposição para qualquer esclarecimento. Não tenha inibição em expor suas
dúvidas, pois só as tem, quem estuda, não é mesmo?
O meu objetivo é auxiliar os que aqui estão em busca de ajudá-los a gabaritar a prova de
Língua Portuguesa.
Leia, interprete e mentalize a frase seguinte.
Faça uma reflexão !
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
8|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
É vamos logo ao que interessa: que é a nossa matéria!
Vamos lá, futuros servidores do TRE-RN !
1.2 Desenvolvimento da Matéria
O material desta aula será baseado na teoria e nas questões apresentadas pela
referida banca. A banca Fundação Carlos Chagas tem uma forma bem característica de
cobrar o fundamento gramatical. As provas são muito bem arquitetadas e vale lembrar que a
AGILIDADE do candidato faz a diferença na aprovação. Por isso nosso curso vai lhe dar
toda a base necessária para o bom aproveitamento. Observe pelo nosso cronograma que as
aulas são voltadas ao tipo de questão. Sempre haverá a teoria seguida de exercícios, que são
na realidade as questões de provas anteriores da FCC. Além disso, a cada aula, você terá um
grupo de questões dos assuntos anteriores que vão se somando como uma revisão, além de
alguns esquemas e resumos. Por isso, não se assuste com a quantidade de material, pois
QUEM ESTÁ NA CHUVA É PARA SE MOLHAR!!!
Então, mãos à obra.
VERBO
Chegou a hora da verdade ! Esta aula na minha concepção é uma das mais importantes,
além de ser uma matéria que vem caindo continuamente nos concursos. Então estude com
muito afinco, pois o bom entendimento dela lhe trará bons resultados nas provas.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
9|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Este tópico é característico da banca Fundação Carlos Chagas e, numa prova de Língua
Portuguesa de 20 questões (quantidade média de questões desta banca), encontramos duas
ou três questões que envolvem este tema. A FCC cobra praticamente de quatro formas o
assunto “verbo”:
a) o reconhecimento dos tempos e modos verbais;
b) o emprego desses tempos e modos verbais;
c) a flexão (saber conjugar os verbos) e
d) a articulação de tempo e modo verbal.
Do ponto de vista semântico, o verbo normalmente indica ação ou um processo, mas pode
indicar estado, mudança de estado ou fenômeno natural. Pode indicar também noção de
existência, volição (desejo), necessidade etc.
Do ponto de vista morfológico, o verbo varia em modo, tempo, número e pessoa. As
quatro flexões combinadas formam o que chamamos de conjugação verbal, ou seja, para
atender às necessidades dos falantes, o verbo muda de forma à medida que variamos a ideia
de modo, tempo, número e pessoa.
Do ponto de vista sintático, o verbo tem um papel importantíssimo dentro da frase; sem ele
(explícito ou implícito) não há orações na língua portuguesa, pois o verbo é o núcleo do
predicado. O único caso em que o verbo não é o núcleo do predicado, segundo a gramática
tradicional, é quando há predicado nominal, mas mesmo assim ele está presente
Para entedermos as definições, vamos ao quadro:
Toda vez que eu penso em você, sinto uma coisa diferente.
Os verbos em destaque:
1) indicam uma ideia de ação e percepção ( sensação ou experimentação)
2) variaram em modo, tempo, número, pessoa “saindo” de sua forma nominal (pensar e
sentir),(R – desinência de infinitivo); ambos os verbos estão em primeira pessoa do singular
do presente do indicativo.
3) funcionam como núcleo do predicado verbal, núcleo das orações.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
10|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
.
O verbo é uma palavra que termina em -ar(cantar), -er(beber), -ir(cair) e que pode ser
conjugada, normalmente por meio dos pronomes pessoais do caso reto: Eu, Tu, Ele(1ª,2ª e
3ª do singular) e Nós, Vós, Eles (1ª,2ª,3ª do plural)
Se você acha que identificar verbo é mole, não subestime a conjugação de alguns verbos,
asunto que cai muito em prova, principalmente nas provas da FCC.
2
Flexões dos Verbos
As flexões são: Modo, Tempo, Número e Pessoa
2.1
Modo
É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa
que o usou.
Por exemplo: Nossa! Como isso está bom.
Perceba que o verbo estar se encontra em uma determinada forma indicando certeza,
afirmação, convicção, constatação. Então, dizemos que este “modo” como o verbo se
apresenta indica que o falante põe certeza, verdade no que diz. Este é o famoso modo
INDICATIVO, o modo da certeza, do fato, da verdade!
Os verbos se apresentam nos seguintes MODOS: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo
Ex: Nossa! Como isso está bom. (INDICATIVO: Exprime certeza, fato, verdade)
Espero que esteja gostoso mesmo. (SUBJUNTIVO: Exprime incerteza, dúvida)
Coma este hambúrguer! (IMPERATIVO: Exprime ordem, pedido, sugestão)
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
11|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
2.2
Tempo
É a maneira, como o verbo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo.
Aprenda como o quadro abaixo:
MODO
INDICATIVO
TEMPO
IMPERATIVO
DICA
Presente
Eu estou bem
Conjugue como HOJE
Pretérito Perfeito
Eu estive bem
Conjugue
ONTEM
Pretérito Imperfeito
Eu estava bem
Terminação em -va
Pretérito
Perfeito
SUBJUNTIVO
Exemplos
Mais-que- Eu estivera bem
como
Terminação em -ra
Futuro de Presente
Eu estarei bem
Terminação em -rei
Futuro do Pretérito
Eu estaria bem
Terminação em -ria
Presente
Que eu esteja bem
Conjugue colocando o
“QUE” na frente
Pretérito Imperfeito
Se eu estivesse bem
Conjugue colocando o
“SE” na frente e sua
terminação “sse”
Futuro
Quando eu estiver bem
Conjugue colocando o
“QUANDO” na frente
Afirmativo
Está tu
Não possui a 1ª pessoa
do
singular
e
conjugação é na pessoa
TU e VÓS retirada do
presente do indicativo
sem o “s”
e o resto do presente do
subjuntivo
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
12|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Negativo
2.3
Estejas tu
Não possui a 1ª pessoa
do singular e o resto da
conjugação é a mesma
do presente
do
subjuntivo
Número
Este é fácil: singular e plural
Ex: Eu amo ( 1ª pessoa do singular)
Nós amamos ( 2ª pessoa do plural)
2.4
Pessoa
Fácil também: 1ª pessoa ( EU, NÓS)
2ª pessoa ( TU, VÓS)
3ª pessoa ( ELE, ELES)
3
O que são Formas Nominais?
Muita gente se pergunta por que o infinitivo, o gerúndio e o particípio são chamados de
formas nominais, se eles são verbos. Bom, o motivo disso é porque muitas vezes se
comportam como nomes (substantivo, advérbio e adjetivo). Veja:
 Infinitivo: termina em “r” (cantar, saber, partir). Algumas vezes se comporta como
substantivo em construções do tipo “Amar é viver” (Amor é vida);
“Estudar é bom” (Estudo é bom).
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
13|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
 Gerúndio: normalmente termina em “ndo” (cantando, sabendo, partindo). Algumas
vezes se comporta como advérbio em construções do tipo “Amanhecendo, vou a sua
casa” (valor adverbial de tempo: quando amanhecer);
“Estudando, passarei no concurso” (valor adverbial de condição: se estudar).
 Particípio: (normalmente termina em “ado” ou “ido”: cantado, sabido, partido).
Algumas vezes ocupa valor de adjetivo, em construções do tipo:
“Ele é abençoado”; “Janaína foi demitida”.
4
É Importante Sabermos a Estrutura do Verbo?
Olha, entender a estrutura da palavra nos ajuda a saber seu sentido, sua flexão etc. No caso
dos verbos, entender a sua estrutura nos ajuda a entender a conjugação, que fará diferença
no sentido do verbo no texto. Então, vamos à estrutura do verbo. (NÃO DECORE, procure
apenas entender)
Estrutura das formas verbais:
Há três tipos de morfemas (partes da palavra) que participam da estrutura das formas
verbais: o radical, a vogal temática e as desinências.
 radical – é o morfema que concentra o significado essencial do verbo:
estud-ar
vend-er
permit-ir
am-ar
beb-er
art-ir
cant-ar
escond-er
proib-ir
 Vogal temática – é o morfema que permite a ligação entre o radical e as
desinências. Há três vogais temáticas:
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
14|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
-a- caracteriza os verbos da primeira conjugação: solt-a-r, cant-a-r
-e- caracteriza os verbos da segunda conjugação: viv-e-r, esquec-e-r
O verbo pôr e seus derivados (supor, depor, repor, compor, etc) pertencem à segunda
conjugação, pois sua vogal temática é –e–, obtida da forma portuguesa arcaica poer, do
latim poere.
-i- caracteriza os verbos da terceira conjugação: assist-i-r, decid-i-r
O conjunto formado pelo radical e pela vogal temática recebe o nome de tema. Assim:
cantar
vender
(1ª conjugação)
( 2ª conjugação)
partir
(3ª conjugação)
 Desinências – são morfemas que se acrescentam ao tema para indicar as flexões do
verbo. Há desinências número-pessoais e desinências modotemporais:
Cant-á-sse-mos
can -> radical
á-> vogal temática
sse -> Desinência modo-temporal
mos -> Desinência número-pessoal
Radical: É a base de sentido do verbo
Vogal temática: Indica a conjugação (1ª, 2ª, 3ª)
Desinência número-pessoal : Indica a pessoa do discurso (1ª, 2ª, 3ª) e número (singular ou
plural). É a base de sentido do verbo.
Desinência modo-temporal : Indica o modo (indicativo e subjuntivo) e o tempo verbal
(presente, passado, futuro).
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
15|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Essas desinências serão fundamentais para notarmos em que modos e tempos os verbos
estão e com isso sabermos empregá-los. Mais à frente em nossa aula, faremos a conjugação
do verbo e você terá discriminado cada morfema para entender melhor o processo de
conjugação. Como dissemos, sem decoreba.
5
Uma das Desinências Aponta o Modo Verbal. Mas o que é MODO VERBAL?
Podemos entender os modos verbais como os divisores dos tempos verbais. Cada modo
possui tempos verbais peculiares. Os modos verbais são: o indicativo, o subjuntivo e o
imperativo. Entendê-los é importante para sabermos seu emprego no texto. Veja:
 Indicativo: transmite certeza, convicção:
Ex: Eu estudo todos os dias.
 Subjuntivo: transmite dúvida, incerteza, possibilidade:
Ex: Talvez eu estude ainda hoje.
 Imperativo: transmite ordem, pedido, solicitação, conselho:
Ex: Estude, pois esta matéria é importante para a prova.
Então vejamos a flexão dos verbos em cada tempo e em seguida o emprego do tempo
verbal.
Para fins didáticos, vamos notar algumas letras com contornos diferentes para chamar sua
atenção quanto à estrutura do verbo. Isso é apenas para facilitar seu entendimento da
conjugação.
As letras marcadas em negrito são vogais temáticas, as sublinhadas são desinências
número-pessoais. O morfema entre a vogal temática e a desinência número-pessoal é a
desinência modo-temporal, marcada com itálico.
Estud
(radical)
número-pessoal)
a
(vogal temática)
Prof. Diegho Cajaraville
sse
(desinência modo-temporal)
s
(desinência
[email protected]
16|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
6
Os Tempos de Modo INDICATIVO
Agora, em cada modo verbal, vamos inserir os tempos. O trabalho será o seguinte: cada
tempo será explorado de forma a você simplesmente reconhecê-lo, identificá-lo (isso é alvo
da prova) e em seguida você conhecerá seu emprego (também alvo de muitas provas).
Você vai ver várias questões de prova depois de cada tópico, com o subtítulo “Veja como
caiu nas provas da FCC”. Também vai perceber que em determinado tempo verbal é
rotina a banca cobrar o reconhecimento, noutro é cobrado o emprego. Mas em alguns
tempos verbais a banca não cobra nem o reconhecimento, nem o emprego, por isso você
não vai encontrar questões da FCC em todos os tempos. Isso já nos vai mostrando a que
tempo temos de dar mais atenção no nosso estudo.
6.1
Reconhecimento do tempo PRESENTE DO INDICATIVO
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
6.1.1
Verbo Estudar
Verbo Vender
Verbo Permitir
Eu
estudo
vendo
permito
Tu
estudas
vendes
permites
Ele
estuda
vende
permite
Nós
estudamos
vendemos
permitimos
Vós
estudais
vendeis
permitis
Eles
estudam
vendem
permitem
Quando Empregamos este Tempo Verbal?
 Geralmente se diz que o presente do indicativo é o tempo que indica processos
verbais que se desenvolvem simultaneamente ao momento em que se fala ou escreve:
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
17|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Estou em São Paulo. Não confio nele.
 Na verdade, o presente do indicativo vai muito além. Pode também expressar
processos habituais, regulares, ou aquilo que tem validade permanente:
Tomo banho todos os dias.
Durmo pouco.
Todos os cidadãos são iguais perante a lei.
A Terra gira em torno do Sol.
 Pode também ser empregado para narrar fatos passados, conferindo-lhes atualidade.
É o chamado presente histórico:
No dia 17 de dezembro de 1989, pela primeira vez em quase trinta anos, o povo
brasileiro elege diretamente o presidente da República. Iludida pelos meios de
comunicação, a população não percebe que está diante de um farsante. Mas a
verdade não demora a chegar. O presidente-atleta logo mostra quem é. Seu braço
direito, PC Farias, saqueia o país. Forma-se uma Comissão Parlamentar de
Inquérito, que investiga as atividades ilícitas da dupla. Em alguns meses, os
escândalos apurados são tantos, que só resta ao aventureiro renunciar.
 O presente também pode ser usado para indicar um fato futuro próximo e de
realização tida como certa:
Daqui a pouco, a gente volta.
Embarco no próximo sábado.
 Utilizado com valor imperativo, o presente constitui uma forma delicada e
familiar de pedir ou ordenar alguma coisa:
Artur, agora você se comporta direitinho.
Depois, vocês resolvem esse problema para mim.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
18|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
6.2
Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
Verbo Estudar
Verbo Vender
Verbo Permitir
Eu
estudava
vendia
permitia
Tu
estudavas
vendias
permitias
Ele
estudava
vendia
permitia
Nós
estudávamos
vendíamos
permitíamos
Vós
estudáveis
vendíeis
permitíeis
Eles
estudavam
vendiam
permitiam
Perceba as desinências modo-temporais “-va” (primeira conjugação) e “-ia”
(segunda conjugação).
6.2.1
Quando Empregamos este Tempo Verbal?
 Esse tempo tem várias aplicações. Pode transmitir uma ideia de continuidade,
de processo que no passado era constante ou frequente:
Estavam todos muito satisfeitos com o desempenho da equipe.
Entre os índios, as mulheres plantavam e colhiam; os homens caçavam e
pescavam.
Naquela época, eu almoçava lá todos os dias.
 Ao nos transportarmos mentalmente para o passado e procurarmos falar do que então
era presente, também empregamos o pretérito imperfeito do indicativo:
Eu admirava a paisagem. A vida passava devagar. Quase nada se movia.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
19|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Uma pessoa aparecia aqui, um cão latia ali, mas, no geral, tudo era muito quieto.
 É usado para exprimir o processo que estava em desenvolvimento quando da
ocorrência de outro:
O Sol já despontava quando a escola entrou na passarela.
A torcida ainda acreditava no empate quando o time levou o segundo gol.
Pode substituir o futuro do pretérito, tanto na linguagem coloquial como na literária:
Se ele pudesse, largava tudo e ficava com ela.
“Se eu fosse você, eu voltava pra mim.”
 Pode relacionar-se com verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo (o qual será visto
adiante) em orações substantivas.
Esperava-se que o artista cantasse e dançasse.
6.3
Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
Verbo Estudar
Verbo Vender
Verbo Permitir
Eu
estudei
vendi
permiti
Tu
estudaste
vendeste
permitiste
Ele
estudou
vendeu
permitiu
Nós
estudamos
vendemos
permitimos
Vós
estudastes
vendestes
permitistes
Eles
estudaram
venderam
permitiram
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
20|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
6.3.1
Quando Empregamos este Tempo Verbal?
 O pretérito perfeito simples exprime os processos verbais concluídos e localizados
num momento ou período definido do passado:
Em 1983, o campeão brasileiro da Segunda Divisão foi o Juventus.
Os primeiros imigrantes italianos chegaram ao Brasil no século antepassado.
 O pretérito perfeito composto exprime processos que se repetem ou prolongam até o
presente:
Tenho visto coisas em que ninguém acredita.
Os professores não têm conseguido melhores condições de trabalho.
6.4
Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO MAIS-QUEPERFEITO DO INDICATIVO
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
Verbo Estudar
Verbo Vender
Verbo Permitir
Eu
estudara
vendera
permitira
Tu
estudaras
venderas
permitiras
Ele
estudara
vendera
permitira
Nós
estudáramos
vendêramos
permitíramos
Vós
estudáreis
vendêreis
permitíreis
Eles
estudarem
venderam
permitiram
Perceba a desinência modo-temporal “-ra” átona. Note que essa desinência, na segunda
pessoa do plural, varia para “-re”.
6.4.1
Quando Empregamos este Tempo Verbal?
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
21|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
O pretérito-mais-que-perfeito exprime um processo que ocorreu antes de outro processo
passado:
Era tarde demais quando ela percebeu que ele se envenenara.
O fato de ele ter-se envenenado é anterior ao fato de ela ter percebido. Envenenara é, por
isso, mais-que-perfeito, ou seja, mais velho que o perfeito (percebeu).
Na linguagem do dia-a-dia, usa-se muito pouco a forma simples do pretérito mais-queperfeito; é comum, entretanto, na linguagem formal, bem como em algumas expressões
cristalizadas (―Quem me dera!‖, ―Quisera eu...‖).
Prefere-se na linguagem cotidiana o pretérito mais-que-perfeito do indicativo composto. Ele
é constituído do verbo “ter” ou “haver” empregados no tempo pretérito imperfeito do
indicativo (tinha ou havia), seguidos do particípio. Veja:
Ele disse que tinha (havia) pegado o dinheiro pela manhã. (= pegara)
Quando usado no lugar do futuro do pretérito do indicativo ou do pretérito imperfeito do
subjuntivo, o mais-que-perfeito simples confere solenidade à expressão:
―E, se mais mundo houvera, lá chegara.‖ (Camões)
Compare com:
E, se mais mundo houvesse, lá chegaria.
6.5
Reconhecimento do Tempo FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
Verbo Estudar
Prof. Diegho Cajaraville
Verbo Vender
Verbo Permitir
[email protected]
22|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Eu
estudarei
venderei
permitirei
Tu
estudarás
venderás
permitirás
Ele
estudará
venderá
permitirá
Nós
estudaremos
venderemos
permitiremos
Vós
estudareis
vendereis
permitireis
Eles
estudarão
venderão
permitirão
Perceba a desinência modo-temporal “-ra” tônica. Note que essa desinência em algumas
pessoas do discurso varia para “-re”.
6.5.1
Quando Empregamos este Tempo Verbal?
 O futuro do presente simples expressa basicamente processos tidos como certos ou
prováveis, mas que ainda não se realizaram no momento em que se fala ou escreve:
Estarei lá no próximo ano.
Jamais a terei a meu lado.
 Pode-se usar esse tempo com valor imperativo, com tom enfático e categórico:
―Não furtarás!‖
Você ficará aqui a noite toda.
 Em outros casos,essa forma imperativa parece mais branda e sugere a necessidade de
que se adote certa conduta:
Você compreenderá a minha atitude.
Pagarás quando puderes.
 O futuro do presente simples também pode expressar dúvida ou incerteza em relação
a fatos do presente:
Ela terá atualmente trinta e cinco anos.
Será Cristina quem está lá fora?
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
23|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
 Quando expressa circunstância de condição, o futuro do presente se relaciona com o
futuro do subjuntivo para indicar processos cuja realização é tida como possível:
Se tiver dinheiro, pagarei à vista.
Se houver pressão popular, as reformas sociais virão.
 Quando este tempo for composto, isto é, o verbo auxiliar for “ter” ou “haver” no
tempo futuro, seguido de outro verbo no particípio, por exemplo (terei estudado), ele
expressa um fato ainda não realizado no momento presente, mas já passado em
relação a outro fato futuro. Isso acontece por influência da forma nominal particípio:
Quando estivermos lá, o dia já terá amanhecido.
Quando eu voltar ao trabalho, você já terá entrado em férias.
 O futuro do presente simples é muito pouco usado na linguagem cotidiana. Em seu
lugar, é normal o emprego de locuções verbais com o infinitivo, principalmente as
formadas pelo verbo ir:
Vou chegar daqui a pouco.
Estes processos vão ser analisados pelo promotor.
6.6
Reconhecimento do Tempo FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
Verbo Estudar
Verbo Vender
Verbo Permitir
Eu
estudaria
venderia
permitiria
Tu
estudarias
venderias
permitirias
Ele
estudaria
venderia
permitiria
Nós
estudaríamos
venderíamos
permitiríamos
Vós
estudaríeis
venderíeis
permitiríeis
Eles
estudariam
venderiam
permitiriam
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
24|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Perceba a desinência modo-temporal “-ria”. Note que essa desinência, na segunda pessoa do
plural, varia para “-rie”.
6.6.1
Quando Empregamos este Tempo Verbal?
 O futuro do pretérito simples expressa processos posteriores ao momento passado a
que nos estamos referindo:
Concluí que não seria feliz ao lado dela.
Muito tempo depois, chegaria a sensação de fracasso.
 Também se emprega esse tempo para expressar dúvida, incerteza ou hipótese em
relação a um fato passado:
Estariam lá mais de vinte mil pessoas.
Ela teria vinte anos quando gravou o primeiro disco.
Se ela conversasse menos, teria facilidade na matéria.
 Usado no lugar do presente do indicativo, o pretérito imperfeito denota cortesia:
Queria pedir-lhe uma gentileza.
 Esse tempo também expressa dúvida sobre fatos passados:
Teria sido ele o mentor da fraude?
 O futuro do pretérito simples expressa processos posteriores ao momento passado a
que nos estamos referindo:
Concluí que não seria feliz ao lado dela.
Muito tempo depois, chegaria a sensação de fracasso.
 Quando expressa circunstância de condição, o futuro do pretérito se relaciona com o
pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar processos tidos como de difícil
concretização:
Se ele quisesse, tudo seria diferente.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
25|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Viveria em outro lugar se pudesse.
 O futuro do pretérito composto expressa um processo encerrado posteriormente a
uma época passada que mencionamos no presente:
Partiu-se do pressuposto de que às cinco horas da tarde o comício já teria sido
encerrado.
Anunciou-se que no dia anterior o jogador já teria assinado contrato com outro
clube.
 Quando expressa circunstância de condição, o futuro do pretérito composto se
relaciona com o pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo, exprimindo processos
hipotéticos ou de realização desejada, mas já impossível:
Se ele me tivesse procurado antes, eu o teria ajudado.
O país teria melhorado muito se tivessem sido feitos investimentos na educação e na
saúde.
7
Os tempos do modo SUBJUNTIVO
7.1
Reconhecimento do Tempo PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
Verbo Estudar
Verbo Vender
Verbo Permitir
Eu
estude
venda
permita
Tu
estudes
vendas
permitas
Ele
estude
venda
permita
Nós
estudemos
vendamos
permitamos
Vós
estudeis
vendais
permitais
Eles
estudem
vendam
permitam
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
26|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
27|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Dica: insira o advérbio “talvez” antes deste tempo verbal (talvez eu estude). Isso
sempre ajuda.
É importante lembrar que a vogal temática “a” se transforma em desinência modo-temporal
“e” no presente do subjuntivo. Se houver vogal temática “e” ou “i”, naturalmente teremos
desinência modo-temporal “a” no presente do subjuntivo. Veja:
Presente do indicativo
Presente do subjuntivo
Nós estudamos
Talvez nós estudemos
Nós vendemos
Talvez nós vendamos
Nós partimos...
Talvez nós partamos
(vogal temática)
(desinência modo-temporal)
Não importa o nome, mas sim a modificação destas vogais!!!!!
7.1.1
Quando Empregamos este Tempo Verbal?
O presente do subjuntivo normalmente expressa processos hipotéticos, que muitas vezes
estão ligados ao desejo, à suposição:
―Quero que tudo vá para o inferno!‖
Suponho que ela esteja em Roma.
Caso você vá, não deixem que o explorem.
Talvez ela não o ame mais.
7.2
Reconhecimento do Tempo PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
28|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
Verbo Estudar
Verbo Vender
Verbo Permitir
Eu
estudasse
vendesse
permitisse
Tu
estudasses
vendesses
permitisses
Ele
estudasse
vendesse
permitisse
Nós
estudássemos
vendêssemos
Permitíssemos
Vós
estudásseis
vendêsseis
permitísseis
Dica
:
Eles
estudassem
vendessem
permitissem
insira
a conjunção “se” antes deste tempo verbal (se eu estudasse). Isso sempre ajuda. Perceba a
desinência modo-temporal “-sse”.
7.2.1
Quando Empregamos este Tempo Verbal?
 O imperfeito do subjuntivo expressa processo de limites imprecisos, anteriores ao
momento em que se fala ou escreve:
Fizesse sol ou chovesse, não dispensava uma volta no parque.
Os baixos salários que o pai e a mãe ganhavam não permitiam que ele estudasse.
 O imperfeito do subjuntivo é o tempo que se associa ao futuro do pretérito do
indicativo quando se expressa circunstância de condição ou concessão:
Se ele fosse politizado, não votaria naquele farsante.
Embora se esforçasse, não conseguiria a simpatia dos colegas.
 Também se relaciona com os pretéritos perfeito e imperfeito do indicativo:
Sugeri-lhe que não vendesse a casa.
Esperava-se que todos aderissem à causa.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
29|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
 Também é importante observarmos o verbo auxiliar neste tempo verbal, juntando-se
a um verbo no particípio, formando um tempo composto (pretérito mais-que-perfeito
composto do subjuntivo). Ele expressa um processo anterior a outro processo
passado:
Esperei que tivesse exposto completamente sua tese para contrapor meus
argumentos.
 Esse tempo pode associar-se ao futuro do pretérito simples ou composto do
indicativo quando são expressos fatos irreais e hipotéticos do passado:
Se me tivesse apresentado na data combinada, já seria funcionário da empresa.
Mesmo que ela o tivesse procurado, ele não a teria recebido.
Veja como caiu na prova da FCC!!!
MPE - SE 2010 Superior
Ao girar uma manivela, o movimento era multiplicado, pelo que o helicóptero se levantava e só
se detinha quando o braço da gente cansava.
Reescrevendo-se a frase acima, reiniciando-a com o segmento Se eu girasse uma manivela, as
outras formas verbais deverão ser na ordem dada:
(A) seria - levantara - detera - cansara
(B) fosse - levantasse - deteria - cansara
(C) seria - levantasse - detesse - cansasse
(D) fora - levantara - detivesse - cansar
(E) seria - levantaria - deteria - cansasse
7.3
Reconhecimento do tempo FUTURO DO SUBJUNTIVO
Pronomes Pessoais
do Caso Reto
Verbo Estudar
Prof. Diegho Cajaraville
Verbo Vender
Verbo Permitir
[email protected]
30|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Eu
estudar
vender
permitir
Tu
estudares
venderes
permitires
Ele
estudar
vender
permitir
Nós
estudarmos
vendermos
permitirmos
Vós
Estudardes
venderdes
permitirdes
Eles
estudar
vender
permitir
Dica: insira a conjunção “quando” antes deste tempo verbal (quando eu estudar). Isso
sempre ajuda. Perceba a desinência modo-temporal “-r”.
7.3.1 Quando Empregamos este Tempo Verbal?
 Na forma simples, indica fatos possíveis, mas ainda não concretizados no momento
em que se fala ou escreve:
Quando comprovar sua situação, será inscrito.
Quem obtiver o primeiro prêmio receberá bolsa integral.
Se ela for a Siena, não quererá mais sair de lá.
 Esse tempo normalmente se associa ao futuro do presente do indicativo quando se
expressa circunstância de condição:
Se fizer o regime, emagrecerá rapidamente.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
31|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
 O futuro do subjuntivo composto expressa um processo futuro que estará terminado
antes de outro, também futuro:
Quando tiverem concluído os estudos, receberão o diploma.
Iremos embora depois que ela tiver adormecido.
 Na forma simples, indica fatos possíveis, mas ainda não concretizados no momento
em que se fala ou escreve:
Quando comprovar sua situação, será inscrito.
Quem obtiver o primeiro prêmio receberá bolsa integral.
Se ela for a Siena, não quererá mais sair de lá.
 Esse tempo normalmente se associa ao futuro do presente do indicativo quando se
expressa circunstância de condição:
Se fizer o regime, emagrecerá rapidamente.
 O futuro do subjuntivo composto expressa um processo futuro que estará terminado
antes de outro, também futuro:
Quando tiverem concluído os estudos, receberão o diploma.
Iremos embora depois que ela tiver adormecido.
7.4
Modo Imperativo
7.4.1 Reconhecimento do Modo Verbal
 Imperativo Afirmativo: a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa do plural
são retiradas diretamente do presente do indicativo, suprimindo-se o –s final: tu
estudas – estuda tu; vós estudais – estudai vós. As formas das demais pessoas são
exatamente as mesmas do presente do subjuntivo.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
32|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Lembre-se de que não se conjuga a primeira pessoa do singular no modo imperativo;
 Imperativo Negativo: todas as pessoas são idênticas às pessoas correspondentes do
presente do subjuntivo, excluindo-se a primeira pessoa do singular.
7.4.2 Correlação
A correlação entre tempos e modos verbais, ou uniformidade modo-temporal, se dá por
meio dá ligação semântica entre os verbos de um período composto por subordinação de
modo que haja uma harmonia de sentido na frase em que os verbos se encontram.
Ex: “Caso eu tivesse dinheiro, faço um curso.”
No exemplo acima há uma boa relação de sentido entre os verbos? O verbo ter está no
pretérito imperfeito do subjuntivo (tivesse), indicando hipótese, certo? O outro verbo, fazer
está no presente do indicativo, indicando certeza e ação atual, certo? Podemos misturar
hipótese e certeza na mesma frase? Faz sentido? CLARO QUE NÃO!
Acho que você já começou a entender. É preciso que determinados tempos e modos verbais
se complementem na frase para que ela tenha um sentido harmônico, e isso se deve muito à
correlação entre tempos e modos verbais. Veja como o exemplo acima deveria ficar para ter
o sentido desejado:
Ex: Caso eu tivesse dinheiro, faria um curso.
Tivesse: hipótese. Faria: hipótese. Opa!!! Diegho. Agora eu estou começando a entender !!!
Assim eu espero!! Rs!!
Existem três modos verbais: INDICATIVO, SUBJUNTIVO, IMPERATIVO. Existem três
noções temporais: PASSADO, PRESENTE E FUTURO.
Diegho, além de dois verbos de mesmo tempo e modo poderem se combinar, existe m
outras combinações possíveis? Sim é claro. Logo a seguir vou colocar uma tabela com as
correlações. Não decore essa tabela, mas sim perceba a relação entre os sentidos, acho muito
mais fácil desse jeito, mas cada um de seu jeito de estudo.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
33|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Esse assunto é bem frequente em provas, principalmente provas da FCC!!!
Iniciando, na oração principal, com o tempo PRESENTE.
 presente do indicativo + presente do indicativo
Ex: Hoje eu sei que tenho chances com aquela mulher.
 presente do indicativo + pretérito perfeito
Ex: Hoje eu sei que tive chances com aquela mulheres.
 presente do indicativo + pretérito perfeito composto do indicativo
EX: Hoje ela sabe que tenho lutado por nosso amor
Iniciando, normalmente na oração principal, com o tempo PRETÉRITO.
 pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do indicativo
Ex: Notei que você ia me apresentar àquela mulher.
 pretérito perfeito + pretérito mais-que-perfeito-do indicativo
Ex: Notei que você o apresentara àquela mulher.
 pretérito perfeito + pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo
Ex: Notei que você o havia apresentado àquela mulher.
 Pretérito perfeito + futuro do pretérito
Ex: Disseram que ela seria apresentada a mim.
 pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo
Ex: Se eu passasse por ela, apresentaria a você.****
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
34|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Iniciando, na oração principal, com o tempo FUTURO
 Futuro do pretérito + pretérito imperfeito do subjuntivo
Ex: Desejaria que me apresentasse àquela mulher.
 Futuro do pretérito do indicativo+ pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo
Ex: Gostaria que você tivesse visto àquela mulher.
 Futuro do presente do indicativo+pretérito perfeito
Ex: Nós obteremos aquilo que nos propuseram.
Correlações que mais aparecem em provas, principalmente da FCC!
 presente do indicativo + presente do subjuntivo
Ex: Não é certo que você assedie as pessoas.
 pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo
Ex: Esperei durante horas que você ligasse.
 futuro do subjuntivo + futuro do presente
Ex: Quando os governantes resolverem ser honestos, serei o primeiro a elevá-los
 pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo
Ex: Se fôssemos pessoas bonitas, cometeríamos erros?
DICA: Estude a correspondência entre os tempos simples e compostos !
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
35|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
8.
Classificação dos Verbos
A classificação dos verbos depende de suas características morfossintáticas.
8.1
Regulares
O radical e as desinências permanecem inalterados
Ex: Verbo amar
Eu amo
Tu amas
Ele ama
Nós amamos
Vós amais
Eles amam
8.2
Irregulares
Tenham muito cuidado com estes aqui! Percebe-se a irregularidade normalmente na 1ª
pessoa do singular do presente do indicativo, pois o radical ou as desinências são alteradas.
Ex: Verbo caber
Eu
caibo ( olha a mudança no radical)
Tu
cabes
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
36|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Ele cabe
Nós cabemos
Vós cabeis
Eles cabem
8.3
Anômalos
Estes Apresentam mais de um radical diferente, existem dois apenas Ir e ser. O verbo ser
tem origem nos verbos latinos e por isso apresenta radicais diferentes
Ex: Eu sou
Tu és
8.4
Defectivos
São verbos que não apresentam conjugação completa. Tal defeito ocorre no presente do
indicativo e do subjuntivo e no imperativo
8.5
Abundantes
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
37|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
São verbos que possuem duas ou mais formas na mesma parte da conjugação. Geralmente
isso ocorre no particípio.
Ex: Havemos ou hemos; haveis ou heis ; construis ou constróis
8.6
Pronominais
São verbos pronominais aqueles que estão sempre acompanhados de um pronome, o qual
pode apresentar valor reflexivo, valor recíproco em voz verbal. Já essencialmente
pronominais são verbos que não podem ser conjugados sem a presença do pronome oblíquo
átono, o famoso POA, com função de parte integrante do verbo. É como se esse pronome
fizesse parte do radical. Entende?
Ex: Ele queixou-se do patrão
8.7
Reflexivos
Os verbos reflexivos são um subtipo dos verbos pronominais, pois são conjugados com um
pronome oblíquo átono. No entanto, com são transitivos diretos e transitivos diretos e
indireto, sempre acompanhados de pronomes reflexivos, os quais exercem obrigatoriamente
função sintática de objeto direto ou indireto.
8.8
Vicários
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
38|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
São aqueles que substituem outros verbos, evitando a repetição. Normalmente são vicários
os verbos ser e fazer. Normalmente vêm acompanhados de um pronome demonstrativo o.
Ex: João vinha muito aqui, mas há anos que não o faz. ( o faz = vem aqui)
9.
Questões Comentadas
Questão 1 - TRF 2ª R 2007 - Analista
Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em
aparecer, desafiando constantemente as previsões “científicas”. Considerada a frase
acima, em seu contexto, é correto afirmar que a forma verbal desafiando expressa
noção de “tempo”.
Comentário: O gerúndio é uma forma nominal que, em determinado contexto, pode
transmitir valor adverbial. A noção de tempo é adverbial, porém o contexto mostra uma
circunstância de modo. A liberdade teima em aparecer como? Assim, o gerúndio
“desafiando” transmite circunstância adverbial de modo e não de tempo, como pedia a
questão.
Gabarito: ERRADO
Questão 2 - Prova: TRF 2ª R 2007 - Analista
Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie humana. A
frase acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva: Vencer constitui emprego do
infinitivo como substantivo, emprego também exemplificado por “Recordar é viver”,
que equivale a “A recordação é vida”.
Comentário: O infinitivo é uma forma nominal que, em determinado contexto, pode
transmitir valor substantivo. É o caso do infinitivo empregado nesta questão. Podemos
entender o substantivo aí empregado como “O vencimento de limitações tem sido...”.
Gabarito: CERTO
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
39|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 3 - Defensoria Pública SP 2010 - Superior
A memória ajuda a definir quem somos. O verbo flexionado nos mesmos tempo e
modo em que se encontram os grifados acima está também grifado na frase:
(A) ... para que possa interpretar...
(B) Cientistas brasileiros e americanos demonstraram ser possível apagar ...
(C) ... tornou-se uma preocupação central nas sociedades modernas ...
(D) ... que as células do cérebro não se regeneravam.
(E) O experimento indica que ....
Comentário: Os verbos “ajuda” e “somos” encontram-se no tempo presente do indicativo.
Na alternativa (A), “possa” está no presente do subjuntivo, o qual será visto adiante.
Na alternativa (B), o verbo “demonstraram” encontra-se no pretérito perfeito do indicativo,
o qual será visto posteriormente.
Na alternativa (C), o verbo “tornou-se” também se encontra no pretérito perfeito do
indicativo.
Na alternativa (D), o verbo “regeneravam” encontra-se no pretérito imperfeito do indicativo,
o qual será visto adiante.
A alternativa (E) é a correta, pois “indica” também se encontra no presente do indicativo.
Gabarito: E
Questão 4 - TRT 12ª R 2010 Técnico
Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas ... . O verbo
flexionado nos mesmos tempos e modos em que se encontra o grifado acima está em:
(A) ... explicava ela ...
(B) Novelas vivem de conflitos.
(C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no seu dia a dia ...
(D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em concorrência –
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
40|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
(E) Mas eles são bons só na vida privada.
Comentário: O verbo “dizia” possui a desinência modo-temporal “-ia” (segunda
conjugação), a qual indica o tempo pretérito imperfeito do indicativo.
A alternativa (A) é a correta, pois “explicava” também se encontra no tempo pretérito
imperfeito do indicativo. Perceba que a desinência modo-temporal de 1ª conjugação é “-va”;
já a da segunda e da terceira é “-ia”.
Na alternativa (B), o verbo “vivem” encontra-se no presente do indicativo.
Na alternativa (C), o verbo “empolgue” encontra-se no presente do subjuntivo, o qual será
visto adiante.
Na alternativa (D), o verbo “deveriam” encontra-se no futuro do pretérito do indicativo, o
qual será visto adiante.
Na alternativa (E), o verbo “são” encontra-se no presente do indicativo.
Gabarito: A
Questão 5 - TRT 20ª R 2006 Técnico
Considere as formas verbais saem e saía. A mesma relação existente entre ambas,
quanto à flexão, está no par
(A) vão e foi.
(B) estão e estava.
(C) fogem e fugiu.
(D) dirigem e dirigira.
(E) trabalham e trabalharia.
Comentário: O verbo “saem” encontra-se no tempo presente do indicativo e “saía”, no
pretérito imperfeito do indicativo. Perceba a desinência modo-temporal (-ia) nos ajudando
no reconhecimento do tempo pretérito imperfeito do indicativo.
Na alternativa (A), “vão” (presente do indicativo) e “foi” (pretérito perfeito do indicativo).
O pretérito perfeito será visto adiante.
A alternativa (B) é a correta, pois os verbos “estão” e “estava” encontram-se
respectivamente nos tempos presente do indicativo e pretérito imperfeito do indicativo,
respectivamente.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
41|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Na alternativa (C), “fogem” (presente do indicativo) e “fugiu” (pretérito perfeito do
indicativo).
Na alternativa (D), “dirigem” (presente do indicativo) e “dirigira” (pretérito mais-queperfeito do indicativo). Este tempo será visto adiante.
Na alternativa (E), “trabalham” (presente do indicativo) e “trabalharia” (futuro do pretérito
do indicativo. Este tempo será visto adiante.
Gabarito: B
Questão 6 - Metrô SP 2008 Técnico
Na estrutura “... onde se expandia ...”, o verbo flexionado nos mesmos tempo e modo
que os do grifado acima está também grifado na frase:
(A) ... que revolucionou os transportes...
(B) ... a era ferroviária teve início em 1854...
(C) ... cuja construção causou maior comoção...
(D) ... a Noroeste deveria constituir o trecho brasileiro de uma transcontinental...
(E) ... o que se buscava...
Comentário: O verbo “expandia” é da terceira conjugação e por isso a desinência modotemporal “-ia” nos mostra que o verbo está no pretérito imperfeito do indicativo, assim
como a alternativa (E): “buscava”; porém este verbo é da primeira conjugação, por isso a
desinência modo-temporal é “-va”. Veja o tempo dos outros verbos: “revolucionou”, “teve”
e “causou” estão no pretérito perfeito do indicativo, já o verbo “deveria” encontra-se no
futuro do pretérito do indicativo.
Gabarito: E
Comentário: O verbo “fazia” possui a desinência modo-temporal de segunda conjugação “ia” e isso nos mostra o tempo pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “aguardava”
encontra-se com a desinência modo-temporal de primeira conjugação “-va”, por isso
também está no pretérito imperfeito do indicativo. Veja os outros verbos: “ouvir”
(infinitivo), “embarcou” (pretérito perfeito do indicativo), “passara” (pretérito mais-queperfeito do indicativo), “bastaram” (pretérito perfeito do indicativo).
Gabarito: E
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
42|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 8 - TJ PI Analista 2010
Enquanto isso, Karzai falava que os serviços de inteligência... . A frase cujo verbo está
flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima é:
(A) Não sabia o coronel Vician que, imediatamente, Stada...
(B) Durante oito dias, os funcionários da Emergency ficaram incomunicáveis.
(C) O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala da administração...
(D) O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007...
(E) A ligação completou-se com um soldado britânico...
Comentário: O verbo “falava” possui a desinência modo-temporal de primeira conjugação
“-va” e isso nos mostra o tempo pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “sabia”
encontra-se com a desinência modo-temporal de segunda conjugação “-ia”, por isso também
está no pretérito imperfeito do indicativo. Veja os outros verbos: “ficaram”, “consistiu” e
“completou” (pretérito perfeito do indicativo) e “remonta” (presente do indicativo).
Gabarito: A
Questão 9 - MPE - SE 2010 Superior
Nas antigas aristocracias, o que se ...... da imagem pública de um indivíduo ...... que ela
...... aos parâmetros de honra e decoro que ...... a vida da corte. Haverá correta
articulação entre os tempos verbais caso se preencham as lacunas da frase acima, na
ordem dada, com as seguintes formas verbais:
(A) esperava - era - correspondesse - regiam
(B) esperava - era - correspondia - regessem
(C) esperou - é - correspondia - regem
(D) esperara - seria - corresponda - regiam
(E) espera - é - correspondesse - regeram
Comentário: Este tipo de questão naturalmente é resolvida por eliminação das alternativas.
Logo de cara se vê que não combinam os verbos “esperou” / “é”; “esperara”/ “seria”. Por
isso se eliminam as alternativas (C) e (D). Note também que os verbos no presente “espera”
e “é” não combinam com “correspondesse”, que se encontra no pretérito imperfeito do
subjuntivo.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
43|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Assim, eliminamos a alternativa (E). Perceba que a expressão “Nas antigas aristocracias”
posiciona o momento no passado em que os processos verbais “esperar”, “ser”,
“corresponder” e “reger” transmitem ação continuada no passado, por isso o tempo pretérito
imperfeito do indicativo vai predominar. Assim:
Nas antigas aristocracias, o que se esperava da imagem pública de um indivíduo era que ela
correspondesse aos parâmetros de honra e decoro que regiam a vida da corte.
Os verbos “esperava”, “era” e “regiam” transmitem certeza, por isso estão no pretérito
imperfeito do indicativo. Já o verbo “correspondesse” transmite incerteza, por isso está no
pretérito imperfeito do subjuntivo, o qual será visto adiante.
Gabarito: A
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
44|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 10 - SEFAZ - SP 2010 - Fiscal de rendas
1 Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as
vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar
uma mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:
— Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
— Quem?
— Me esqueceu o nome dele.
Leitor obtuso, se não percebeste que ―esse homem que briga lá fora‖ é nada menos
que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces. A
mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito
pormenor misterioso, muita auréola, muita lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o
retrato do Messias do sertão, e foi comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as
folhas do dia. Não sabe o nome do Messias; é ―esse homem que briga lá fora‖. A
celebridade, caro e tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará
por entrar na memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma
pequena, naturalmente filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da
estalagem, ou no quarto em que residirem.
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana,
1897. In Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 1997, p. 763)
Considerado o contexto, está correto o que se afirma em:
(A) (linha 1) Estava comprando indica, entre ações simultâneas, a que se estava
processando quando sobrevieram as demais.
(B) (linha 12) dera exprime ação ocorrida simultaneamente a disseram (linha 11).
(C) (linha 16) acabará por entrar expressa um desejo.
(D) (linha 17) levava designa fato passado concebido como permanente.
(E) (linha 18) residirem exprime fato possível, mas improvável.
Comentário: Percebemos que um dos empregos do tempo pretérito imperfeito do indicativo
é para exprimir o processo que estava em desenvolvimento quando da ocorrência de outro.
Justamente isso foi cobrado nesta prova. Houve ocorrência de ações simultaneamente no
passado (“vi”, “chegar” e “dizer”), enquanto outra estava em desenvolvimento (estava
comprando). A ação continuada do pretérito imperfeito (estava) foi ampliada pelo uso do
gerúndio (comprando). Note, assim, que a alternativa (A) é a correta.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
45|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Na alternativa (B), o verbo “dera” marca ação que ocorreu antes de “disseram”. Ações
simultâneas são aquelas que ocorrem ao mesmo tempo. Por isso, há erro nesta questão.
Na alternativa (C), “acabará por entrar” não expressa um desejo, mas sim uma possível
consequência.
Na alternativa (D), perceba que o pretérito imperfeito do indicativo transmite processo em
desenvolvimento no passado, mas não como permanente.
Na alternativa (E), há fato possível e provável.
Gabarito: A
Questão 11 - SEFAZ - SP 2010 - Fiscal de rendas
Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias palavras o que a mulher disse
ao vendedor, a formulação que, em continuidade à frase ... quando vi chegar uma
mulher simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderia corretamente ao
padrão culto escrito é:
(A) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá fora.
(B) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que brigava lá fora.
(C) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
(D) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá fora.
(E) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria lá fora.
Comentário: Note que a fala da personagem (“uma mulher simples”) encontra-se no
presente do indicativo. Os verbos estão sendo usados nesse tempo para retratar o que está
em desenvolvimento naquele momento. Este é o chamado discurso direto.
Porém, o pedido da questão faz com que a fala da personagem seja contada pelas próprias
palavras do narrador. Perceba que o que ele vai contar ocorreu no dia anterior (Conheci
ontem). Então aquilo que era presente para o personagem (a mulher), para o narrador será
passado, pois o fato ocorreu um dia antes.
Assim, no lugar do presente do indicativo (utilizado pelo personagem), o narrador deve usar
o pretérito imperfeito do indicativo, pois o emprego deste verbo marca aquilo que se
encontrava em desenvolvimento em determinado momento do passado (ontem). Então a
reconstrução correta é a da alternativa (B), com os verbos “trazia” e “ brigava” no pretérito
imperfeito do indicativo (marca certeza no passado), e o verbo “desse” no pretérito
imperfeito do subjuntivo, o qual marca incerteza, pois foi feito um pedido que pode ser
negado (“pedir ao vendedor” ...).
Gabarito: B
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
46|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 12 - TJ PE 2007 Técnico
Na frase “... a aceleração é uma escolha que fizemos.”, o verbo flexionado nos mesmos
tempo e modo em que se encontra o grifado acima, está em:
(A) E quem disse que ...
(B) ... queremos mais velocidade.
(C) ... deixam as coisas mais rápidas.
(D) ... cujos sintomas seriam a alta ansiedade ...
(E) Os primeiros modelos se moviam a vinte centímetros ...
Comentário: O verbo “fizemos” encontra-se no tempo pretérito perfeito do indicativo.
A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “disse” está também no pretérito perfeito do
indicativo.
Vejamos os tempos e modos de cada verbo das alternativas: “queremos” (presente do
indicativo); “deixam” (presente do indicativo); “seriam” (futuro do pretérito do indicativo);
“moviam” (pretérito imperfeito do indicativo).
Gabarito: A
Questão 13 - TRT 20ª R 2002 Analista
A queda foi maior do que os especialistas haviam projetado no início da década.
O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica, no contexto,
(A) uma incerteza em relação a um fato hipotético.
(B) um fato consumado dentro de um tempo determinado.
(C) a repetição de um fato até o momento da fala.
(D) uma ação passada anterior a outra, também passada.
(E) uma ação que acontece habitualmente.
Comentário: Perceba que a alternativa (D) é a correta, pois a locução verbal “haviam
projetado” encontra-se no tempo pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. Por
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
47|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
isso, entende-se que esta locução verbal é o passado de outro tempo passado, marcado pelo
verbo “foi”.
Na alternativa (A), caberia qualquer tempo do modo subjuntivo.
Na alternativa (B), fala-se do tempo pretérito perfeito do indicativo.
Na alternativa (C), fala-se do tempo pretérito perfeito composto (tenho estudado) e da
locução verbal “vir” + gerúndio (venho estudando).
Na alternativa (E), fala-se do tempo presente do indicativo.
Gabarito: D
Questão 14
Prova: TRE TO 2011 Analista
Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca
entendeu por que eu escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de uma
família distinta. O verbo grifado na frase acima pode ser substituído, sem que se altere
o sentido e a correção originais, e o modo verbal, por:
(A) escolheria.
(B) havia escolhido.
(C) houvera escolhido.
(D) escolhesse.
(E) teria escolhido.
Comentário: Vimos que o verbo no tempo pretérito mais-que-perfeito simples é pouco
usado na linguagem cotidiana e muitas vezes preferimos usar este tempo em sua forma
composta. A estrutura da forma composta é “tinha ou havia + particípio”. Assim, a
alternativa (B) é a correta, pois “havia escolhido” é o pretérito mais-que-perfeito composto
do indicativo, por isso pode substituir o verbo “escolhera”, o qual também se encontra no
mesmo tempo verbal.
Gabarito: B
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
48|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 15 - TRT 2ª R 2008 técnico
Considere a flexão verbal em viviam -vivem -viverão. A mesma sequência está
corretamente reproduzida nas formas:
(A) queriam - querem - quiserão.
(B) davam - dão - dariam.
(C) exigiram - exigem - exigerão.
(D) punham - põem - porão.
(E) criam - criavam - criarão.
Comentário: A sequência dada no pedido da questão é a dos tempos pretérito imperfeito do
indicativo, presente do indicativo e futuro do presente do indicativo, respectivamente. Na
alternativa (A), “queriam” (pretérito imperfeito do indicativo), “querem” (presente do
indicativo) e “quererão” (futuro do presente do indicativo). A forma “quiserão” não existe.
Na alternativa (B), “davam” (pretérito imperfeito do indicativo), “dão” (presente do
indicativo) e “dariam” (futuro do pretérito do indicativo).
Na alternativa (C), “exigiram” (pretérito perfeito do indicativo), “exigem” (presente do
indicativo) e “exigirão” (futuro do presente do indicativo). A forma “exigerão” não existe.
A alternativa (D) é a correta, pois os verbos “punham”, “põem” e “porão” mantêm,
respectivamente, os mesmos tempos verbais que os mencionados no pedido da questão.
Na alternativa (E), “criam” (presente do indicativo), “criavam” (pretérito imperfeito do
indicativo) e “criarão” (futuro do presente do indicativo).
Gabarito: D
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
49|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 16 - TRT 23ª R 2007 Técnico
Fragmento do texto: No cenário mais catastrófico do aquecimento global, traçado pelo
cientista inglês James Lovelock, a humanidade precisaria migrar para os polos e para o
alto das montanhas, onde a neve e o gelo remanescentes garantiriam um clima mais frio
no verão. Seria uma espécie de volta ao berço. Foi no clima rigoroso da última glaciação
na Europa, que só terminou 11.500 anos atrás, que o homem moderno desenvolveu os
conceitos de família, de religião e de convivência social, os alicerces da civilização atual.
... a humanidade precisaria migrar para os polos e para o alto das montanhas, onde a
neve e o gelo remanescentes garantiriam um clima mais frio no verão.
O emprego das formas verbais grifadas acima indica, considerando-se o contexto,
(A) hipótese passível de ser realizada no futuro.
(B) desejo de realização de um fato quase impossível.
(C) situação dificilmente alcançável, no cenário traçado.
(D) certeza da realização de uma ação, a depender de certa condição.
(E) dúvida real, com base em fatos históricos.
Tome nota: A palavra "polo" estava, na prova original, escrita com acento gráfico (pólo).
Porém, para nos habituarmos com a nova reforma ortográfica, retiramos esse acento gráfico.
Comentário: O emprego do tempo futuro do pretérito do indicativo denota hipótese.
Observando-se o contexto, percebe-se que foi feita uma suposição de acordo com o cenário
idealizado pelo autor do texto, por isso cabe a este tempo verbal a ideia de hipótese passível
de ser realizada no futuro; pois é o que o autor visualiza. Na alternativa (B), há erro, pois,
como dito anteriormente, houve uma suposição (uma catástrofe do aquecimento global).
Disso foi gerada uma hipótese, não cabendo a interpretação de um desejo.
Na alternativa (C), há erro, pois vimos que o futuro do pretérito indica uma possibilidade de
se realizar a ação na circunstância colocada pelo autor. Ao dizer que é dificilmente
alcançável, há choque com o argumento do texto.
Na alternativa (D), há erro, porque não houve certeza.
Na alternativa (E), há erro, pois não se desenvolveu ideia de dúvida real.
Gabarito: A
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
50|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 17 - TJ PE 2007 Técnico
Fragmento do texto: Tudo mudou quando Galileu provou, em 1610, que o telescópio
permitia enxergar mundos que, sem ele, permaneceriam desconhecidos para sempre: a
realidade material não se limitava ao imediatamente visível. Era inegável – mesmo que
alguns tenham se recusado a acreditar – que Galileu havia descoberto quatro luas
girando em torno de Júpiter, que jamais haviam sido vistas antes.
Na estrutura ―... que, sem ele, permaneceriam desconhecidos para sempre ...‖, o
emprego da forma verbal grifada acima indica, no contexto,
(A) prolongamento de um fato que se realiza até o momento presente.
(B) admiração concreta por ter sido possível a realização de um fato.
(C) ideia aproximada a realizar-se num futuro próximo.
(D) possibilidade de realização de um fato, na dependência de uma condição.
(E) declaração real com limites imprecisos de tempo.
Tome nota: A palavra "ideia" estava, na prova original, escrita com acento gráfico (idéia).
Porém, para nos habituarmos com a nova reforma ortográfica, retiramos esse acento gráfico.
Comentário: Note a condição expressa em “sem ele”. Naturalmente teremos como
resultado uma hipótese. Isto é, se não existisse o telescópio, os vários mundos
permaneceriam desconhecidos para sempre. Isso seria possível, na dependência da condição
de não existirem os telescópios. Por isso a alternativa (D) é a correta.
Na alternativa (A), há erro, pois o prolongamento de um fato que se realiza até o momento
presente é típico do pretérito perfeito composto (tenho feito exercícios). Naturalmente essa
situação não é encontrada no texto.
Na alternativa (B), há erro, pois não há uma admiração concreta evidenciada no texto, nem
este seria o motivo de se empregar o futuro do pretérito do indicativo.
Na alternativa (C), a expressão “a realizar-se num futuro próximo” denota iminência da
situação, quase certeza. Não é isso que o texto provoca.
Na alternativa (E), não há declaração real, há apenas uma hipótese.
Gabarito: D
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
51|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 18 - Metrô SP 2008 Técnico
Fragmento do texto: No Brasil a era ferroviária teve início em 1854 e, embora houvesse
pontos de vista contrários à construção de ferrovias, foram vencidos pela visão de que a
chegada das locomotivas transformaria vastas áreas atrasadas em modernos centros de
produção. As construções se concentraram no período que vai até 1920, e na época a
estrada de ferro mais importante era a Central do Brasil, que ligava o Rio de Janeiro a
São Paulo e a Belo Horizonte.
Na estrutura “... foram vencidos pela visão de que a chegada das locomotivas
transformaria vastas áreas atrasadas em modernos centros de produção.‖, o emprego da
forma verbal grifada acima assinala, no contexto,
(A) fato concreto.
(B) hipótese provável.
(C) dúvida real.
(D) condição básica.
(E) finalidade específica.
Comentário: Pelo que já vimos na teoria do emprego deste tempo verbal e nas outras
questões, fica claro que “transformaria” denota hipótese provável.
Gabarito: B
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
52|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 19 - TRT 8ª R 2010 - Analista
Rita
No meio da noite despertei sonhando com minha filha Rita. Eu a via nitidamente, na
graça de seus cinco anos.
Seus cabelos castanhos – a fita azul – o nariz reto, correto, os olhos de água, o riso
fino, engraçado, brusco...
Depois um instante de seriedade; minha filha Rita encarando a vida sem medo, mas
séria, com dignidade.
Rita ouvindo música; vendo campos, mares, montanhas; ouvindo de seu pai o pouco, o
nada que ele sabe das coisas, mas pegando dele seu jeito de amar – sério, quieto,
devagar.
Eu lhe traria cajus amarelos e vermelhos, seus olhos brilhariam de prazer. Eu lhe
ensinaria a palavra cica, e também a amar os bichos tristes, a anta e a pequena cutia;
e o córrego; e a nuvem tangida pela viração.
Minha filha Rita em meu sonho me sorria – com pena deste seu pai, que nunca a teve.
(Rubem Braga. 200 Crônicas escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro. Record, 1998, p.200)
O emprego de um mesmo tempo e modo verbal em traria, brilhariam e ensinaria, no
penúltimo parágrafo do texto,
(A) indica que tais ações foram efetivamente realizadas enquanto a filha do autor
ainda vivia, isto é, antes da morte dela aos cinco anos de idade.
(B) denota o desejo do autor de ver tais ações realizadas no futuro, quando a filha
atingir a idade de cinco anos.
(C) enfatiza a tristeza do autor por não ter mais a guarda da criança, o que é revelado
apenas no último parágrafo do texto.
(D) sugere que o sonho nada mais é que a lembrança de ações recém realizadas
durante o estado de vigília do autor.
(E) antecipa a revelação feita no último parágrafo de que a filha do autor nunca
existiu, sendo tais ações apenas hipotéticas.
Comentário: A hipótese marcada pelas ações no futuro do pretérito do indicativo é
confirmada pela última frase, por meio da expressão “que nunca a teve”. Esta expressão nos
revela que a filha nunca existiu. Se ele a tivesse, naturalmente a expressão “...traria cajus
amarelos e vermelhos, seus olhos brilhariam de prazer. Eu lhe ensinaria a palavra cica...”
teria o tempo verbal trocado para o futuro do presente do indicativo “trarei cajus amarelos e
vermelhos, seus olhos brilharão de prazer e eu lhe ensinarei a palavra cica”; pois seria algo
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
53|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
possível de execução. O fato de a filha não existir enfatiza que há apenas hipótese, por isso
o uso dos verbos no futuro do pretérito do indicativo.
Gabarito: E
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
54|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 20 - TRF 1ªR 2011 – Técnico
Texto:
De dezembro de 1951 a abril de 1974, a aventura brasileira de Elizabeth
Bishop estendeu-se por 22 anos – alguns deles, os anos finais, vividos em Ouro Preto,
sobretudo após a morte de Lota de Macedo Soares, sua companheira, em 1967. A
cidade não tomou conhecimento da grande escritora americana, cujo centenário de
nascimento se comemorou dias atrás. Nós, os então jovens escritores de Minas,
também não. Hoje leitor apaixonado de tudo o que ela escreveu, carrego a frustração
retroativa de ter cruzado com Elizabeth em Ouro Preto sem me dar conta da
grandeza de quem ali estava, na sua Casa Mariana – estupenda edificação por ela
batizada em homenagem à poeta Marianne Moore, sua amiga e mestra. Consolam-me
as histórias que saltam de seus livros e, em especial, da memória de seus (e meus)
amigos Linda e José Alberto Nemer, vinhetas que juntei na tentativa de iluminar
ainda mais a personagem retratada por Marta Goes na peça Um Porto
para Elizabeth. Algumas delas:
* Ela adorava aquela casa, construída entre 1698, dois anos após a descoberta
do ouro na região, e 1711, quando Ouro Preto foi elevada à condição de vila.
Comprou-a em 1965 e não teve outra na vida, a não ser o apartamentinho de Boston
onde morreria em 1979. Tinha, dizia, “o telhado mais lindo da cidade”, cuja forma lhe
sugeria “uma lagosta deitada de bruços”. Bem cuidada, a casa, agora à venda,
pertence aos Nemer desde 1982.
* “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth ao poeta Robert Lowell, “porque
tudo lá foi feito ali mesmo, à mão, com pedra, ferro, cobre e madeira. Tiveram que
inventar muita coisa – e tudo está em perfeito estado há quase 300 anos”.
(Humberto Werneck. “Um porto na Montanha”. O Estado de S. Paulo.
Cidades/Metrópole. Domingo, 13 de fevereiro de 2011, C10)
No segundo parágrafo, a forma verbal que designa um evento posterior à época em
que a poeta viveu no Brasil é:
(A) adorava.
(B) foi elevada.
(C) Comprou-a.
(D) morreria.
(E) Tinha.
Comentário: Vimos na letra “e” do emprego do futuro do pretérito do indicativo que este
tempo verbal expressa processos posteriores ao momento passado a que nos estamos
referindo. Justamente isso foi pedido na questão.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
55|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Perceba que houve a ação de comprar determinada no passado (Comprou-a em 1965). O
verbo “morreria”, no futuro do pretérito do indicativo, mostra que esta situação ocorreu
depois, isto é, um futuro no passado.
Gabarito: D
Questão 21 - TRT 16ª R 2009 técnico
Olhemos, agora, por exemplo...
O verbo flexionado de forma idêntica à do grifado acima está também grifado na
frase:
(A) Observamos sinais evidentes de que o clima no planeta deriva de um sistema
bastante desregulado.
(B) Chegamos, sem dúvida, a uma situação crítica em relação às condições climáticas
no país.
(C) Vemos, no momento, situações extremas de seca ou de excesso de chuvas.
(D) Devemos ser solidários com os desabrigados pelas inundações.
(E) Façamos nossa parte, agindo como cidadãos conscientes da necessária preservação
das florestas.
Comentário: O verbo “olhemos” encontra-se “e”, que não é a vogal temática, pois esse
verbo no infinitivo mostra a vogal temática “a”: mostrar. Assim, esse verbo estará no
presente do subjuntivo ou no imperativo afirmativo, pois se encontra na primeira pessoa do
plural e sabemos que nesta pessoa as duas formas são iguais e não possuem a vogal
temática.
Apesar de ser apenas uma frase, percebemos em “olhemos” uma motivação à realização de
algo. Isso cabe ao imperativo.
Assim, o único verbo que se enquadra nisso é “façamos”. Note que seu infinitivo é “fazer”.
Sua vogal temática “e” também não aparece na construção “façamos”, por isso podemos
entender como imperativo, haja vista produzir o mesmo emprego do verbo “olhemos”.
Veja que os outros verbos sublinhados estão no presente do indicativo, pois conservam a
vogal temática do infinitivo (observar.“observamos”, chegar.“chegamos”, ver.“vemos”,
dever.“devemos”). Por tudo isso, a
alternativa correta é a (E).
Gabarito: E
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
56|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 22 - TRT 18ª R 2008 técnico
Pode ser assim e seria ótimo.
... mesmo que não se possa traçar uma correlação direta e linear entre uma coisa e outra.
Considere as formas verbais grifadas acima. A correlação existente entre elas está
corretamente reproduzida no par:
(A) fala - falava
(B) escrevia - escreveria
(C) está - esteve
(D) denota - denotaria
(E) traz - traga
Comentário: Os verbos “Pode” e “possa” estão respectivamente nos tempos presente do
indicativo e presente do subjuntivo. Note que os verbos “possa” e “traga” admitem o
advérbio “talvez”. Isso marca a identificação do presente do subjuntivo. Como os verbos
“pode” e “traz” estão no presente do indicativo, a alternativa correta é a (E).
Veja os outros: “fala” (presente do indicativo), “falava” (pretérito imperfeito do indicativo);
“escrevia” (pretérito imperfeito do indicativo), “escreveria” (futuro do pretérito do
indicativo); “está” (presente do indicativo), esteve (pretérito perfeito do indicativo); denota
(presente do indicativo), “denotaria” (futuro do pretérito do indicativo).
Gabarito: E
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
57|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 23 - TRE TO 2011 Técnico
Na frase “A intenção é a de que o filme contribua para a educação ...”, o verbo
flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:
(A) ... e, agora, busca-se patrocínio.
(B) A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aprovou o projeto ...
(C) ... o longa-metragem apresentará cenas de flagrantes de tráfico ...
(D) ... que queiram se aprofundar no tema.
(E) ... e, por isso, será oferecido para estabelecimentos de ensino.
Comentário: Note que o verbo “contribua” admite o advérbio “talvez” (talvez contribua).
Assim, este verbo está no presente do subjuntivo. O mesmo ocorre com o verbo “queira”
(talvez queira). Assim, a alternativa correta é a (D). Veja os outros tempos: “busca”
(presente do indicativo), “aprovou” (pretérito perfeito do indicativo), “apresentará” e “será”
estão no futuro do presente do indicativo.
Gabarito: D
Questão 24 - TRT 24ª R 2011 Técnico
Prova: TRT 24ª R 2011 Técnico
...hoje, talvez não sejamos intrinsecamente mais belos do que outras gerações...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima
está também grifado na frase:
(A) Na sociedade moderna sempre haverá expectativa de que nos considerem
atraentes.
(B) Vestida de modo atraente, ela tentava despertar mais admiração naquele
encontro.
(C) Todos imaginavam que estivessem devidamente preparados para a reunião
festiva.
(D) O ideal de beleza se altera no decorrer das épocas, fato atestado em muitas obras
de arte.
(E) Para nos sentirmos bem, é necessário cultivar certas qualidades, como a simpatia.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
58|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Comentário: Veja o advérbio “talvez” na frase. Isso já nos mostra que o verbo está no
presente do subjuntivo. O advérbio pode estar junto ao verbo “considerem” (talvez
considerem). Pronto, a alternativa correta é a (A). Veja os outros tempos: “tentava”
(pretérito imperfeito do indicativo), “estivessem” (pretérito imperfeito do subjuntivo),
altera” (presente do indicativo), “sentirmos” (infinitivo pessoal).
Gabarito: A
Questão 25 - TRE RN 2011 Técnico
É comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se ...... para um universo mágico
e ...... a identidade de uma personagem admirada, ...... um super-herói ou uma figura
da realeza.
Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está
em:
(A) transportem – assumam – seja
(B) transportam – assumiriam – sendo
(C) transportariam – assumiriam – seria
(D) transportam – assumem – seja
(E) transportem – assumem – seria
Comentário: Veja a ideia de suposição marcada pelo emprego da expressão “É comum
que”. Perceba que intuitivamente nós não conseguimos inserir outro tempo verbal que não
seja o presente do subjuntivo. Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
59|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 26 - TRT 18ª R 2008 técnico
ragmento do texto: São números que começam a preocupar a própria indústria de
produção de equipamentos nessas áreas. Divulgado o último relatório, as principais
produtoras criaram um sistema conjunto para aumentar a eficiência de hardwares e
softwares. Pensam em novas formas de suprimento de energia, talvez a solar, em
substituição ao tipo de corrente nos centros armazenadores de informações e em avisos
que advirtam sobre os problemas de estocagem ilimitada de informações, imagens ou
som.
... e em avisos que advirtam sobre os problemas de estocagem ilimitada de informações,
imagens ou som.
O emprego da forma verbal denota, no contexto,
(A) fato concreto.
(B) suposição viável.
(C) dúvida real.
(D) comparação possível.
(E) finalidade de uma ação.
Comentário: Note que o verbo “advirtam” encontra-se no presente do subjuntivo. Este
tempo verbal é empregado normalmente com sentido de dúvida, possibilidade, incerteza.
Perceba que na alternativa (A) fato concreto é normalmente indicado com verbo no presente
do indicativo ou no pretérito perfeito do indicativo. A alternativa (B) é a correta, pois se
subentende na expressão suposição viável a ideia de dúvida, incerteza. Note que a
alternativa (C), com a expressão dúvida real, nada tem relação com este tempo verbal.
Perceba que as alternativas (D) e (E) não estão corretas, porque não há relação de
comparação, nem de finalidade no contexto.
Gabarito: B
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
60|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 27 - TRT 24ª R 2006 Técnico
Fragmento do texto: De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente, cerca de 100 espécies desaparecem todos os dias da face do planeta, sendo o
comércio ilegal uma de suas principais causas. Estima-se que, no Brasil, esse tráfico seja
responsável pela retirada de 38 milhões de animais por ano, apesar de saber-se que a
cada dez animais retirados da natureza, apenas um sobrevive.
... esse tráfico seja responsável pela retirada de 38 milhões de animais por
ano...
O uso da forma verbal grifada na frase acima, considerando-se o contexto, indica
(A) uma realidade presente e concreta.
(B) uma hipótese provável.
(C) um fato desejado no presente.
(D) uma dúvida sem razão de ser.
(E) uma ação futura.
Comentário: O verbo no tempo presente do subjuntivo transmite possibilidade, incerteza,
dúvida. Corroborado pelo verbo “Estima-se”, “seja” marca uma hipótese provável.
Na alternativa (A), uma realidade presente e concreta é transmitida pelo presente do
indicativo.
Na alternativa (C), fato é algo concretizado, realizado. Se é desejado, não é fato, é
suposição, hipótese.
Na alternativa (D), o contexto não mostra a irracionalidade da dúvida.
Na alternativa (E), uma ação futura é empregada pelo futuro do presente do indicativo.
Gabarito: B
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
61|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 28 - TRE AC 2003 - Técnico
Fragmento de texto:
A Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, voltou para as capas de jornais,
devido ao desmatamento na região, que chegou a diminuir nos últimos anos, mas
voltou a crescer. Segundo o índice do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
25.500 quilômetros quadrados de floresta sumiram em 2002, valor 40% maior do que
em 2001. É mais do que a área de Sergipe. O índice é preliminar, mas poucos duvidam
de que seja próximo do verdadeiro. O temor é que o quadro piore ainda mais em
2004.
O temor é que o quadro piore ainda mais em 2004. (final do parágrafo)
O tempo e modo verbais em que se encontra a forma grifada acima indicam ação
(A) concreta, num tempo presente.
(B) futura, em relação a um tempo passado.
(C) real, dependendo de certa condição.
(D) provável, dentro de certo tempo.
(E) passado, em relação a um tempo futuro.
Comentário: O verbo “piore” encontra-se no tempo presente do subjuntivo e, como vimos,
este tempo é empregado para transmitir dúvida, possibilidade. Como esse processo verbal
tem limite no tempo “em 2004”, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
62|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 29 - MPE - SE 2010 Superior
Ao girar uma manivela, o movimento era multiplicado, pelo que o helicóptero se
levantava e só se detinha quando o braço da gente cansava.
Reescrevendo-se a frase acima, reiniciando-a com o segmento Se eu girasse uma
manivela, as outras formas verbais deverão ser, na ordem dada:
(A) seria - levantara - detera - cansara
(B) fosse - levantasse - deteria - cansara
(C) seria - levantasse - detesse - cansasse
(D) fora - levantara - detivesse - cansar
(E) seria - levantaria - deteria - cansasse
Comentário: Para “matar” a questão, observe que o verbo no pretérito imperfeito do
subjuntivo combina com o futuro do pretérito do indicativo. Como a reescrita já possui
verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo (girasse), naturalmente os verbos
correlacionados a ele deverão estar no futuro do pretérito do indicativo. Com isso,
eliminam-se as quatro primeiras alternativas, restando a (E) como correta.
Veja:
Se eu girasse uma manivela, o movimento seria multiplicado, pelo que o helicóptero se
levantaria e só se deteria quando o braço da gente cansasse.
Gabarito: E
Questão 30 - TRT 24ª R 2006 Técnico
O verbo grifado em cada uma das alternativas, que está flexionado de maneira
idêntica à do verbo também grifado na frase acima, é:
(A) Estamos sempre dispostos a esclarecer suas dúvidas.
(B) Aqui nós nos propomos a trabalhar com responsabilidade e cortesia.
(C) Espere até sua senha ser apontada por um de nossos atendentes.
(D) Esperamos que você esteja satisfeito com nosso atendimento.
(E) Nosso atendimento personalizado busca o esclarecimento de possíveis dúvidas.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
63|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Comentário: Note que o verbo “Saiba” encontra-se no imperativo afirmativo, pois há uma
solicitação feita diretamente a quem se dirige a mensagem.
Nas alternativas (A), (B) e (E), os verbos “Estamos”, “propomos” e “busca” encontram-se
no presente do indicativo.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “Espere” encontra-se também no modo
imperativo afirmativo, pelo mesmo motivo visto acima.
Na alternativa (D), o verbo “esteja” encontra-se no presente do subjuntivo.
Gabarito: C
Questão 31 - TRF 5ª R 2003 Analista
O emprego e a posição dos pronomes sublinhados estão adequados na frase:
(A) Se queres a paz, não se descuide: se prepara para a guerra.
(B) Se quiserdes a paz, não vos descuideis: preparai-vos para a guerra.
(C) Se quer a paz, não te descuide: te prepara para a guerra.
(D) Se quereis a paz, não se descuidem: preparai-se para a guerra.
(E) Se queremos a paz, não descuidemo-nos: nos preparemos para a guerra.
Comentário: A questão é basicamente resolvida tendo em vista a estrutura de montagem do
imperativo afirmativo e negativo.
Na alternativa (A), a base é a segunda pessoa do singular (“tu”), tendo em vista a flexão
“queres”. Assim, o verbo “descuidar” no imperativo negativo é “não te descuides” e o
imperativo afirmativo do verbo “preparar” é “prepara”. Veja a frase corretamente escrita:
Se queres a paz, não te descuides: prepara-te para a guerra. A alternativa (B) é a correta,
pois a base é a segunda pessoa do plural (“vós”), tendo em vista a flexão “quiserdes”.
Assim, o verbo “descuidar” no imperativo negativo é “não vos descuideis” e o imperativo
afirmativo do verbo “preparar” é “preparai”. Esta frase não precisa ser reescrita, pois já está
correta.
Na alternativa (C), a base é a terceira pessoa do singular (“você”), tendo em vista a flexão
“quer”. Assim, o pronome correto é “se”, o verbo “descuidar” no imperativo negativo está
corretamente flexionado e o imperativo afirmativo do verbo “preparar” é “prepare”. Veja a
frase corretamente escrita:
Se quer a paz, não se descuide: prepare-se para a guerra.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
64|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Na alternativa (D), a base é a segunda pessoa do plural (“vós”). O verbo “querer” está
flexionado erradamente, pois seu futuro do presente do indicativo é “querereis”, mesmo
assim este tempo não cabe neste contexto, o qual exige a flexão no futuro do subjuntivo
“quiserdes”. O verbo “descuidar” no imperativo negativo deve se flexionar “descuideis”, e o
imperativo afirmativo do verbo “preparar” está corretamente conjugado e o erro está no
pronome, que deve ser “vos”. Veja a frase corretamente escrita:
Se quiserdes a paz, não vos descuideis: preparai-vos para a guerra.
Na alternativa (E), a base é a primeira pessoa do plural (“nós”). Os verbos estão
corretamente flexionados e o contexto admite o verbo “querer” no presente do indicativo. O
erro nesta alternativa é a colocação pronominal, a qual veremos mais adiante em nossas
aulas. Veja a frase corretamente escrita:
Se queremos a paz, não nos descuidemos: preparemo-nos para a guerra.
Gabarito: B
Questão 32 - TRT 18ª R 2008 - Analista
É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o
decepcionarei.
(A) tu possas -confies -te
(B) Vossa Excelência podeis -confiei -vos
(C) tu possas -confia -te
(D) vós possais -confiem -vos
(E) Sua Senhoria podeis -confiai -vos
Comentário: Para melhor visualização da questão, vamos articular a frase com os
pronomes de segunda pessoa do singular (tu) e do plural (vós) e de terceira pessoa do
singular (você) e do plural (vocês). Não cabe neste contexto o pronome “nós”. Veja também
que o pronome de tratamento “Vossa Excelência” se encaixa ao pronome de terceira pessoa
do singular.
Tu:
É importante que tu possas contar com minha amizade; confia nela; que eu não te
decepcionarei.
Você:
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
65|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela; que eu não o
decepcionarei.
Vossa Excelência:
É importante que Vossa Excelência possa contar com minha amizade; confie nela; que eu
não o decepcionarei.
Vós:
É importante que vós possais contar com minha amizade; confiai nela; que eu não vos
decepcionarei.
Vocês:
É importante que vocês possam contar com minha amizade; confiem nela; que eu não os
decepcionarei.
Compare as flexões dos verbos no imperativo afirmativo e negativo com a estrutura
anteriormente colocada na teoria.
Gabarito: C
Questão 33 - SEFAZ - SP 2010 - Fiscal de rendas
... crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces.
Trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima está em total conformidade
com o padrão culto escrito em:
(A) creia-me que é ainda mais obtuso do que parece.
(B) crede-me que é ainda mais obtuso do que parecei.
(C) crê-me que é ainda mais obtuso do que parece.
(D) creia-me que é ainda mais obtuso do que parecei.
(E) crede-me que és ainda mais obtuso do que parecei.
Comentário: Veja que o verbo “crê” está conjugado na segunda pessoa do singular do
imperativo afirmativo. Esta forma verbal é construída, retirando o “s” da segunda pessoa do
singular do presente do indicativo (tu crês). Para formarmos a terceira pessoa deste
imperativo, devemos copiar a terceira pessoa do presente do subjuntivo (talvez eu creia).
Assim, o verbo correto é “creia”. Para facilitar, veja todas as pessoas do discurso no
imperativo afirmativo: crê tu, creia você, creiamos nós, crede vós, creiam vocês. Com isso,
eliminamos as alternativas (B), (C), (E).
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
66|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Na frase do pedido da questão, os verbos “és” e “pareces” estão no presente do indicativo e
na segunda pessoa do singular. Como se deve passar para a terceira pessoa do singular, suas
formas serão “é” e “parece”, por isso a correta é a alternativa (A).
Gabarito: A
Questão 34 - TRE RN 2011 Técnico – Apoio Especializado
Texto:
João e Maria
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês (...)
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Chico Buarque e Sivuca
I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do
advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito
imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado.
II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos grifados
estão flexionados no mesmo modo.
III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente agora já
não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resultante, sem
alterar o contexto, será teríamos.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
Comentário: Veja o comentário de cada frase. A frase I está errada, porque, na música,
“agora” é um advérbio de tempo, o qual marca um determinado momento do passado. Este
advérbio é usado normalmente com ideia de tempo presente, porém houve esta mudança de
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
67|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
valor justamente porque os verbos estão no pretérito imperfeito do indicativo (“era”,
“falava”, etc.).
A frase II está certa, porque os verbos “Finja” e “dê” estão no modo imperativo afirmativo.
A frase III está errada porque a primeira pessoa do plural do verbo “tinha” é “tínhamos”
(pretérito imperfeito do indicativo). O verbo colocado na questão (teríamos) está no futuro
do pretérito do indicativo.
Gabarito: B
Questão 35 - TRT 4ª R 2006 - Analista
O leitor que percorrer crônicas do velho Braga saberá que ele não precisaria mesmo
dizer nada além do que já disse.
Na frase acima, está correta a articulação entre os tempos verbais sublinhados, assim
como também estaria no caso da seguinte seqüência:
(A) percorrerá - terá sabido - precisasse - dissesse
(B) percorresse - saberá - precise - tenha dito
(C) percorresse - saberia - precisava - dissera
(D) percorreu - soubera - precisasse - disse
(E) percorrera - sabia - precise - dissesse
Comentário: Veja a combinação (futuro do subjuntivo: percorrer / futuro do presente do
indicativo: saberá). Isso já leva você a combinar o pretérito imperfeito do subjuntivo
(percorresse) com o futuro do pretérito do indicativo (saberia). Assim, a alternativa (C) está
de acordo com a combinação. Note que a ação de “dizer” ocorre antes de “ele não precisar”.
Se este verbo já está no passado, cabe ao verbo “dizer” o tempo pretérito mais-que-perfeito:
dissera. Assim, está correta a alternativa (C).
Já resolvemos a questão. Se você quer ter certeza de que acertou, pode confirmar pela
eliminação das alternativas. Veja: Não há combinação entre “percorrerá” e “terá sabido”,
por isso se elimina a alternativa (A). O tempo pretérito imperfeito do subjuntivo
(“percorresse”) não combina com o futuro do presente do indicativo (“saberá”). Com isso,
elimina-se a alternativa (B).
Note que “saber” ocorre depois de o leitor “percorrer”, por isso “soubera” (pretérito maisque-perfeito do indicativo) não cabe neste contexto. Eliminase, com isso, a alternativa (D).
Sabendo-se que o ato de “percorrer” ocorre antes de o leitor “saber”, cabe o tempo pretéritomais-que-perfeito do indicativo e naturalmente o verbo “sabia” fica no pretérito imperfeito
do indicativo. Porém essas ações no passado não admitem o verbo “precise” no presente do
subjuntivo. Por isso, deve-se eliminar também a alternativa (E).
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
68|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Gabarito: C
Questão 36 - TJ PE 2007 – Oficial de Justiça
O autor reconhece que ...... de forma diferente, mas isso ...... de quem ...... seu
interlocutor.
Haverá plena e adequada correlação entre tempos e modos verbais na frase acima
caso as lacunas sejam preenchidas, respectivamente, por:
(A) poderá vir a falar - teria dependido - fosse
(B) poderia falar - dependerá - fosse
(C) falava - dependia - venha a ser
(D) falava - dependeu - seja
(E) poderia falar - dependeria - viesse a ser
Comentário: “Matando” a questão rapidamente, observe a correlação 2. Os verbos
“poderia”, “dependeria” e “viesse” fazem a combinação ideal. Assim, a alternativa (E) é a
correta. Mas, se você não “pescou” ainda, vamos observar as outras alternativas.
Na alternativa (A), o verbo “poderá” está no futuro do presente do indicativo. Isso elimina a
possibilidade de os verbos “teria” e “fosse” estarem corretos.
Na alternativa (B), o verbo “poderia” está no futuro do pretérito do indicativo. Isso elimina
a possibilidade de o verbo “poderá” estar correto.
Na alternativa (C), os verbos “falava” e “dependia” estão no pretérito imperfeito do
indicativo e eles não se correlacionam com o presente do subjuntivo (venha).
Na alternativa (D), os verbos “falava” e “dependeu” não se correlacionam neste contexto,
mas o pior é inserir o verbo “seja” que está no presente do subjuntivo.
Gabarito: E
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
69|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 37 - SEFAZ SP 2010 – Agente Fiscal
Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte do que é importante.
Alterando-se as formas verbais da frase acima, a correlação entre as novas formas ainda
estará em conformidade com o padrão culto escrito em:
(A) olharia - deixava passar - foi
(B) olhasse - deixaria passar - é
(C) olhe - deixava passar - seja
(D) olharia - deixou passar - fosse
(E) olhar - deixou passar - era
Comentário: A frase original possui os verbos “olha”, “deixa” e “é” no presente. Eles
expressam uma realidade, certeza. Na reconstrução pedida na questão, a banca quis que o
candidato observasse que haveria uma suposição. Essa suposição poderia ser expressa por
mais três tempos verbais: o presente do subjuntivo, o futuro do subjuntivo e o pretérito
imperfeito do subjuntivo.
Assim, observando-se as correlações básicas 1, 2 e 3; entendemos que a suposição não
deverá partir do futuro do pretérito (olharia), mas dos tempos acima negritados. Por isso,
eliminamos as alternativas (A) e (D).
Partindo-se da correlação 3, o presente do subjuntivo “olhe” deveria correlacionar-se com o
futuro do presente do indicativo (deixará). O verbo “deixava” faz com que a alternativa (C)
esteja errada.
Partindo-se da correlação 1, observamos que o futuro do subjuntivo “olhar” necessita
correlacionar-se com o futuro do presente do indicativo (deixará). O verbo “deixou”
também faz com que a alternativa (E) esteja errada.
Sobra a alternativa (B) como correta, partindo-se da correlação 2, pois o verbo “olhasse”, no
pretérito imperfeito do subjuntivo, faz com que o resultado seja o futuro do pretérito do
indicativo (deixaria). A expressão “é importante” continua expressando a certeza, a qual
cabe no contexto.
Gabarito: B
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
70|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 38 - TRT 24ª R 2003 Analista
Está adequada a articulação entre os tempos verbais na frase:
(A) Caso venha a ser considerado nocivo à comunidade, o programa “Nheengatu”
deverá ter sido proibido pelas autoridades.
(B) A menos que fosse nocivo o conteúdo veiculado pelo programa “Nheengatu”, não
há razões para que se o houvera proibido.
(C) Se o conteúdo veiculado pelo programa “Nheengatu” vier a se revelar nocivo, só
assim se pudesse cogitar de proibir sua transmissão.
(D) No caso de que o programa “Nheengatu” se caracterizasse por transmitir idéias
nocivas à comunidade, cabe cogitar sua proibição.
(E) A menos que o conteúdo veiculado pelo programa “Nheengatu” possa ser
considerado nocivo à comunidade, não há razões para que se venha a proibi-lo.
Comentário: Nas frases reescritas, note que os verbos em negrito e sublinhados foram os
modificados, e os verbos apenas sublinhados foram a base da articulação modo-temporal.
Na alternativa (A), perceba que “venha a ser considerado” projeta algo futuro, já a locução
“deverá ter sido proibido” transmite imprecisão sobre algo que supostamente já ocorreu.
Portanto há incoerência na articulação dos tempos e modos verbais. Com base na correlação
3, o ideal seria: Caso venha a ser considerado nocivo à comunidade, o programa
“Nheengatu” deverá ser proibido pelas autoridades.
Na alternativa (B), o verbo “fosse” nos leva a entender a correlação 2, devendo haver
combinação fosse/havia/houvesse proibido. A menos que fosse nocivo o conteúdo veiculado
pelo programa “Nheengatu”, não haveria razões para que se o houvesse proibido.
Na alternativa (C), tomando por base a correlação 1, o ideal seria: Se o conteúdo veiculado
pelo programa “Nheengatu” vier a se revelar nocivo, só assim se poderá cogitar de proibir
sua transmissão.
Na alternativa (D), com base na correlação 2, o ideal seria: No caso de que o programa
“Nheengatu” se caracterizasse por transmitir ideias nocivas à comunidade, caberia cogitar
sua proibição.
Perceba que a alternativa (E) é a correta, tendo em vista que todos os verbos transmitem
uma noção futura, com verbos combinados no presente do indicativo e do subjuntivo.
A menos que o conteúdo veiculado pelo programa “Nheengatu” possa ser considerado
nocivo à comunidade, não há razões para que se venha a proibi-lo.
Gabarito: E
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
71|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 39 - TRT 24ª R 2003 Analista
Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:
(A) Se Cabral tivesse gritado alguma coisa quando houvesse de avistar o monte
Pascoal, certamente não foi “terra ã vishta”.
(B) Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas tornava-se comum e traços
de um passavam a impregnar o outro.
(C) À mistura dessas influências tinham vindo se somar as imigrações, que gerassem
diferentes sotaques.
(D) Mas o grande momento de constituição de uma “língua brasileira” passou a estar
sendo o século XVIII, quando se explorara ouro em Minas Gerais.
(E) A língua começou a uniformizar e a ficar exportando traços comuns para o Brasil
inteiro pelas rotas comerciais que a exploração de ouro teve de estar criando.
Comentário: Nas frases reescritas, note que os verbos em negrito e sublinhados foram os
modificados, e os verbos apenas sublinhados foram a base da articulação modo-temporal.
Na alternativa (A), tomando por base a correlação 2, note que os verbos “tivesse” e
“houvesse” (no pretérito imperfeito do subjuntivo) fazem com que o verbo “foi” flexione-se
no futuro do pretérito do indicativo (seria). Veja: Se Cabral tivesse gritado alguma coisa
quando houvesse de avistar o monte Pascoal, certamente não seria “terra ã vishta”.
A alternativa (B) é a correta, pois os verbos estão no pretérito imperfeito do indicativo,
marcando processos continuados no passado. Na ausência da educação formal, a mistura de
idiomas tornava-se comum e traços de um passavam a impregnar o outro.
Na alternativa (C), há necessidade de uma combinação de processos verbais continuados no
passado, por isso os verbos devem ficar no pretérito imperfeito do indicativo. À mistura
dessas influências tinham vindo se somar as imigrações, que geravam diferentes sotaques.
Na alternativa (D), a locução “passou a estar sendo” é um vício de linguagem, chamada de
gerundismo, pois é uma construção extensa e desnecessária tendo em vista que a língua
possui construções menores e mais eficientes para marcar o tempo, como por exemplo:
“passou a ser”. Veja que o momento em que isso é explorado é o século XVIII e esta ação
durou no tempo passado, cabendo, portanto, o pretérito imperfeito do indicativo “explorava”
e não o pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Veja: Mas o grande momento de
constituição de uma “língua brasileira” passou a ser o século XVIII, quando se explorava
ouro em Minas Gerais.
Na alternativa (E), novamente o vício de linguagem gerundismo foi explorado. Não há
necessidade dos gerúndios “exportando” e “criando”, antecipados de verbos no infinitivo. A
locução verbal “começou a uniformizar” está paralela ao verbo “exportar”, então o correto é
“começou a uniformizar e a exportar”. Para evitar o gerundismo da outra locução verbal,
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
72|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
basta retirar o verbo “estar” e mudar a forma nominal gerúndio para infinitivo do último
verbo: “teve de criar”. Veja:
A língua começou a uniformizar e a exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas
comerciais que a exploração de ouro teve de criar.
Gabarito: B
Questão 40 - TRT 19ª R 2008 Analista
Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:
(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já não podia
ser considerado um hipócrita.
(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores morais que eles
imporão aos outros.
(C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servisse de controle
dos demais cidadãos.
(D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracterizava-se um ato
típico do moralizador.
(E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões morais que eles
próprios não respeitam.
Comentário: Nas frases reescritas, note que os verbos em negrito e sublinhados foram os
modificados, e os verbos apenas sublinhados foram a base da articulação modo-temporal.
Na alternativa (A), a locução verbal “vier a respeitar” encontra-se no futuro do subjuntivo,
isso faz com que a locução verbal “podia ser considerado” fique no futuro do presente do
indicativo (poderá ser considerado), conforme a correlação 1. O verbo “impusera” encontrase no pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Esse tempo verbal é utilizado em contraste a
outro verbo também no passado, algo que não ocorreu neste excerto. O verbo “impor”
poderia ser flexionado no presente ou no passado. Se o moralizador vier a respeitar o padrão
moral que ele impôs/impõe, já não poderá ser considerado um hipócrita.
Na alternativa (B), a combinação correta neste caso é a seguinte: os dois verbos no futuro do
presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo. Os moralizadores sempre
haverão (haveriam) de desrespeitar os valores morais que eles imporão (imporiam) aos
outros.
Na alternativa (C), a melhor combinação seria pretérito imperfeito do subjuntivo (servisse)
com o futuro do pretérito do indicativo (teria sido), conforme a correlação 2. A pior barbárie
teria sido aquela em que o rigor dos hipócritas servisse de controle dos demais cidadãos.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
73|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Na alternativa (D), o verbo “haja” transmite ideia de possibilidade no presente do
subjuntivo. Se há possibilidade, então também se entende uma ideia futura. Assim, não
combina com este tempo verbal o pretérito imperfeito do indicativo, mas o futuro do
presente ou até o presente do indicativo, conforme se nota na correlação 3. Desde que haja a
imposição forçada de um padrão moral, caracterizarse-á (caracteriza-se) um ato típico do
moralizador.
A alternativa (E) é a correta, pois os verbos estão no presente do indicativo e do subjuntivo,
os quais combinam coerentemente. Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor
padrões morais que eles próprios não respeitam.
Gabarito: E
Questão 41 - TRT 18ª R 2008 Analista
Está adequada a correlação entre os tempos e modos verbais na frase:
(A) Ainda recentemente, não se poderia imaginar que uma viagem de ônibus venha a
ser tão atribulada.
(B) A cada vez que se colocar um filme no ônibus, a expectativa seria a de que todos
passam a ouvir tiros e gritos.
(C) Os que usam fone de ouvido talvez não imaginem que uma chiadeira irritante
fique a atormentar os ouvidos do vizinho.
(D) Quem não quiser conhecer os detalhes da vida doméstica de alguém, há de tapar
os ouvidos quando tocava o celular.
(E) Muita gente não distingue a versão eletrônica de uma sinfonia que tocasse no
celular da versão original que um Mozart tem criado.
Comentário: As frases já foram reescritas com correção. Os verbos em negrito foram os
corrigidos e os que estão apenas sublinhados marcam a base do raciocínio e foram mantidos
no tempo original. Note que não há somente uma única forma de combinação. Abaixo segue
a sugestão do professor, que é apenas uma possibilidade. O que importa é a combinação
entre os verbos.
Na alternativa (A), a locução verbal possui o verbo no futuro do pretérito do indicativo,
então o verbo da outra oração terá o verbo auxiliar no pretérito imperfeito do subjuntivo,
conforme correlação 2. Ainda recentemente, não se poderia imaginar que uma viagem de
ônibus viesse a ser tão atribulada.
Na alternativa (B), perceba que o verbo “colocar” encontra-se no futuro do subjuntivo,
naturalmente os verbos das outras orações deverão também ficar no futuro ou até mesmo no
presente do subjuntivo, pois este também transmite a possibilidade de execução, como o
futuro do indicativo, conforme correlação 1.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
74|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
A cada vez que se colocar um filme no ônibus, a expectativa será a de que todos passem a
ouvir tiros e gritos.
A alternativa (C) é a correta, pois os verbos se encontram no presente do indicativo (usam) e
no presente do subjuntivo (imaginem e fique). Os que usam fone de ouvido talvez não
imaginem que uma chiadeira irritante fique a atormentar os ouvidos do vizinho.
Na alternativa (D), o verbo auxiliar “quiser” encontra-se no futuro do subjuntivo, assim os
verbos das outras orações também ficarão no futuro do presente do indicativo (haverá) e
futuro do subjuntivo (tocar). Note que às vezes o verbo no presente do subjuntivo ou do
indicativo pode ter valor de futuro, mas isso vai depender sempre do contexto. Por exemplo,
o verbo “haverá” poderia também ser “há”, conforme visto na correlação 1. Quem não
quiser conhecer os detalhes da vida doméstica de alguém, haverá de tapar os ouvidos
quando tocar o celular.
Na alternativa (E), perceba que os processos verbais “distinguir” e “tocar” fazem parte do
presente, o que ocorre hoje em dia. Já quanto ao tempo marcado pela criação da versão
original de Mozart, sabemos que é o passado. Assim, o verbo “tocasse” tem que ser
transposto para o presente do indicativo (toca) e “tem criado” deve ser transposto para o
pretérito perfeito do indicativo, pois foi ação perfeitamente acabada.
Muita gente não distingue a versão eletrônica de uma sinfonia que toca no celular da versão
original que um Mozart criou.
Gabarito: C
Questão 42 - TRT 2ª R 2008 Analista
Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta
extremamente expressivo.
(B) Embora anime seu amigo, o autor não revelara plena convicção de que um juiz
podia ser um grande poeta.
(C) O autor logo recebera em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe
prometeu enviar.
(D) Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viria a toldar o
estilo preciso e depurado dos versos.
(E) Ainda que busque entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o
autor não os tinha encontrado.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
75|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Comentário: Nas frases reescritas, note que os verbos em negrito e sublinhados foram os
modificados, e os verbos apenas sublinhados foram a base da articulação modo-temporal.
A alternativa (A) é a correta, pois o futuro do pretérito em “teria suspeitado” gera a locução
verbal “viesse a se revelar”, conforme a correlação 2.
O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta extremamente
expressivo.
Na alternativa (B), o verbo no pretérito mais-que-perfeito é empregado quando há dois
processos no passado e o autor quer mostrar que um deles ocorreu ainda antes do outro no
passado. Ao vermos o verbo “revelara”, ele não ocorreu antes que “podia ser”. Assim, o
mais-que-perfeito deveria ser substituído, por exemplo, por “revelou” (pretérito perfeito do
indicativo). Note que não houve plena convicção sobre o juiz, por isso o tempo verbal para a
última locução verbal deve transmitir hipótese, o que normalmente é feito com o tempo
futuro do pretérito do indicativo (poderia), mas que não é errado utilizar-se o pretérito
imperfeito do indicativo (podia) com esse valor.
Embora anime seu amigo, o autor não revelou plena convicção de que um juiz podia ser um
grande poeta.
Na alternativa (C), note que primeiro o amigo “prometera”, depois o autor “recebeu”. O uso
combinado do pretérito perfeito com o mais-que-perfeito na questão estava trocado. Por isso
houve erro.
O autor logo recebeu em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometera enviar.
Na alternativa (D), perceba que a combinação neste caso é a mudança apenas no modo,
preservando-se o tempo. Veja:
O verbo “notava” no pretérito imperfeito do indicativo leva a locução verbal ao pretérito
imperfeito do subjuntivo (viesse a toldar).
Se fosse no presente do indicativo levaria ao presente do subjuntivo (não se nota qualquer
traço bacharelesco que venha a toldar...).
Se fosse no futuro do presente do indicativo, teríamos (não se notará qualquer traço
bacharelesco que vier a toldar...)
Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viesse a toldar o estilo
preciso e depurado dos versos.
Na alternativa (E), o contexto pede ações no passado. Assim, haverá a combinação do
pretérito imperfeito do subjuntivo (buscasse) com o pretérito imperfeito do indicativo
(tinha) ou com o futuro do pretérito do indicativo (teria), conforme correlação 2.
Ainda que buscasse entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor
não os tinha encontrado.
Gabarito: A
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
76|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 43 - CEAL 2008 Advogado
Os tempos e os modos verbais apresentam-se adequadamente articulados na
frase:
(A) Fôssemos todos atores, o culto das aparências será a chave que nos libertasse do
nosso destino.
(B) Os atores sempre nos enganarão, a cada vez que encarnarem os personagens de
que costumam se fantasiar.
(C) Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaríamos todos
preocupados com o papel que desempenhemos.
(D) Desde idos tempos os atores gozariam de uma admiração que só não será maior
por conta da desconfiança que temos de todo fingimento.
(E) O autor estaria convencido de que nosso vizinho seja capaz de fingir tão bem
quanto um ator, quando tivesse desfilado com um carro que não é seu.
Comentário: Nas frases reescritas, note que os verbos em negrito e sublinhados foram os
modificados, e os verbos apenas sublinhados foram a base da articulação modo-temporal.
Na alternativa (A), o verbo “Fôssemos”, no pretérito imperfeito do subjuntivo, leva os
verbos “seria” e “libertaria” ao futuro do pretérito do indicativo, conforme correlação 2.
Fôssemos todos atores, o culto das aparências seria a chave que nos libertaria do nosso
destino.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “enganarão”, no futuro do presente do indicativo,
levou o próximo verbo ao futuro do subjuntivo (encarnarem), conforme correlação 1. O
verbo “costumam” encontra-se no presente do indicativo, pois este pode combinar com o
futuro, haja vista estar numa oração adjetiva que caracteriza o ser em sua rotina,
regularidade, apresentado pelo verbo “costumam”. Por isso é a correta.
Os atores sempre nos enganarão, a cada vez que encarnarem os personagens de que
costumam se fantasiar.
Na alternativa (C), naturalmente o verbo que se encontra no futuro do subjuntivo levará o
próximo para o futuro do presente do indicativo, conforme correlação 1.
Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaremos todos preocupados com
o papel que desempenhemos.
Na alternativa (D), foi mostrado um tempo passado em que a ação se prolonga no tempo,
por isso o ideal seria o pretérito imperfeito do indicativo (gozavam). Assim, a admiração
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
77|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
torna-se uma hipótese, por isso o verbo “seria” no futuro do pretérito do indicativo. O verbo
“temos” no presente, contextualmente, não incorre em erro gramatical, pois pode-se ainda
ter a desconfiança de todo fingimento. Desde idos tempos os atores gozavam de uma
admiração que só não seria maior por conta da desconfiança que temos de todo fingimento.
Na alternativa (E), perceba que se começa a frase com uma suposição, hipótese. Assim, a
locução verbal “estaria convencido” combina com o futuro do pretérito “seria”. Da mesma
forma, a locução verbal “tivesse desfilado” combina com “fosse”, todos no pretérito
imperfeito do subjuntivo, conforme a correlação 2.
O autor estaria convencido de que nosso vizinho seria capaz de fingir tão bem quanto um
ator, quando tivesse desfilado com um carro que não fosse seu.
Gabarito: B
Questão 44 - TCM - CE 2010 Superior
Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) Fossem todos os funcionários públicos grandes escritores, estará comprovada a
tese de que a rotina acabe por levar ao ato criativo.
(B) Sugere-se no texto que, mesmo quando um funcionário não é exemplar em sua
função, pode ainda assim ser um grande ficcionista ou poeta.
(C) Se Machado de Assis e outros não tivessem sido bons funcionários e geniais
escritores, debilita-se a tese defendida nessa crônica.
(D) Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas repartições,
haviam-se disposto a cultivar seus respectivos gêneros.
(E) Ao escreverem boas páginas de literatura, os funcionários criavam laços de
cumplicidade com os leitores que venham a cativar.
Comentário: O verbo base será apenas sublinhado, enquanto os que forem mudados serão
também negritados.
Na alternativa (A), note a necessidade da correlação 2 entre os dois primeiros verbos.
Porém, há de se notar que a “tese” é caracterizada por uma oração que deve transmitir
verdade atual (a rotina acaba por levar ao ato criativo). Fossem todos os funcionários
públicos grandes escritores, estaria comprovada a tese de que a rotina acaba por levar ao ato
criativo.
A alternativa (B) é a correta, pois se mantêm os verbos no presente do indicativo, marcando
atualidade. Sugere-se no texto que, mesmo quando um funcionário não é exemplar em sua
função, pode ainda assim ser um grande ficcionista ou poeta.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
78|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Na alternativa (C), observando-se a correlação 2, perceberíamos o erro, assim: Se Machado
de Assis e outros não tivessem sido bons funcionários e geniais escritores, debilitar-se-ia a
tese defendida nessa crônica.
Na alternativa (D), a locução verbal “haviam disposto” está, na realidade, no tempo pretérito
mais-que-perfeito composto, o qual deve marcar o passado do passado. Pelo contexto,
vimos que o processo verbal de “dispor-se a cultivar” ocorreu depois do processo verbal
“eram atingidos”. Assim, o ideal é permanecer os verbos no pretérito imperfeito do
indicativo. Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas repartições,
dispunham-se a cultivar seus respectivos gêneros.
Na alternativa (E), cabe a correlação 1. Veja: Ao escreverem boas páginas de literatura, os
funcionários criarão laços de cumplicidade com os leitores que venham a cativar.
Gabarito: B
Questão 45 - MPE - SE 2010 Superior
Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) As grandes paixões nos moverão, assim, para muito perto do desequilíbrio,
quando já não o fossem, em sua fúria.
(B) Experimentáramos a certeza de que aquela grande e única alegria não pudesse
compensar as muitas tristezas que sobrevieram.
(C) Se desclassificados, tornar-nos-emos alvo da galhofa dos argentinos, e só nos resta
esperar que também eles não se classificarão.
(D) Os que nunca vierem a sentir o peso trágico de uma derrota também não seriam
capazes de ter experimentado o júbilo de uma vitória.
(E) Quem se exalta com um simples jogo de futebol habilita-se, também, a vir a se
exaltar com outros prazeres simples da vida.
Comentário: O verbo base será apenas sublinhado, enquanto os que forem mudados serão
também negritados.
Na alternativa (A), o verbo “moverão” está no futuro do presente do indicativo, o que força
o verbo “forem” para o futuro do subjuntivo, conforme a correlação 1. As grandes paixões
nos moverão, assim, para muito perto do desequilíbrio, quando já não o forem, em sua fúria.
Na alternativa (B), o verbo “Experimentáramos” não combina com os outros tempos
verbais, pois essa ação não ocorreu antes das outras no passado, por isso não cabe o
pretérito mais-que-perfeito do indicativo. O ideal é a substituição pelo presente ou pretérito
perfeito do indicativo: Experimentamos. Com isso, a locução verbal necessita de um verbo
auxiliar no pretérito imperfeito do indicativo (podia), pois a ideia aí expressa transmite algo
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
79|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
não pontual, mas duradouro, típico desse tempo verbal. Note que a pontualidade no tempo
ocorre com o verbo “sobrevieram”, corretamente empregado no pretérito perfeito do
indicativo. Experimentamos a certeza de que aquela grande e única alegria não podia
compensar as muitas tristezas que sobrevieram.
Na alternativa (C), os verbos “tornar-nos-emos” e “classificarão”, no futuro do presente do
indicativo, levam o verbo “resta” também para o mesmo tempo: restarão. Se
desclassificados, tornar-nos-emos alvo da galhofa dos argentinos, e só nos restará esperar
que também eles não se classificarão.
Na alternativa (D), a locução verbal no futuro do subjuntivo “vierem a sentir” leva o
próximo verbo para o futuro do presente do indicativo: serão. Os que nunca vierem a sentir
o peso trágico de uma derrota também não serão capazes de ter experimentado o júbilo de
uma vitória.
A alternativa (E) é a correta, pois os verbos no presente do indicativo “exalta” e “habilita”
combinam com o infinitivo “vir”. Quem se exalta com um simples jogo de futebol habilitase, também, a vir a se exaltar com outros prazeres simples da vida.
Gabarito: E
Questão 46 - TRT 4ª R 2006 - Analista
Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) E teria determinado que ela tivesse reinado sobre a sua criação, uma vez que fosse
sua obra mais bem acabada.
(B) E acabou determinando que ela haveria de reinar sobre a sua criação, visto que
era a sua obra mais bem acabada.
(C) E determinara que ela houvesse de reinar sobre a sua criação, pois haverá de ter
sido sua obra mais bem acabada.
(D) E foi determinando que ela estivesse reinando sobre a sua criação, sendo sua obra
mais bem acabada.
(E) E tinha determinado que ela reinara sobre a sua criação, dado que estivesse sendo
sua obra mais bem acabada.
Gabarito: B
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
80|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 47 - TRF 5ª R 2008 Analista
Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) Nem bem o autor acabou de ler o texto daquele blog e encontrara nele idéias que
se assemelhassem às suas.
(B) Se todos fossem otimistas de coração, não haverá razão para que se lamente o
pessimismo que se aloje na consciência.
(C) Por mais que o autor insistiu em sua tese, eu não deixava de manter a clássica
divisão entre pessimistas e otimistas.
(D) Se o marido continuasse a insistir em ameaçar a esposa que julgasse traí-lo,
certamente os policiais terão tomado enérgicas providências.
(E) Uma vez transmitida a notícia de que o presidente do pequeno país asiático sofrera
um atentado, houve grandes e indignados protestos.
Gabarito: E
Questão 48 - TJ PE 2007 Analista
Está inteiramente correta a articulação entre os tempos e modos verbais da frase:
(A) A pesquisa de Johnson analisou um fenômeno que constituísse uma verdadeira
obsessão que caracterize o homem moderno: o fascínio pela TV.
(B) Caso fiquemos muito tempo no zapping, estaríamos demonstrando certa agitação
íntima que caracterizasse nosso estado de insatisfação.
(C) Sugere-se, nessa pesquisa, que o fato de nos aprisionarmos em nossa sala de TV
fosse o responsável pela nossa predisposição a que cometêramos atos violentos.
(D) Mesmo que não apresente grandes novidades em relação a pesquisas já realizadas,
a de Johnson dá corpo à tese de que a exposição contínua à tela de TV torna-nos mais
violentos.
(E) Se de fato viéssemos a nos contentar com o que somos, as inúmeras janelas abertas
pela TV não terão a mesma força de atração que as pesquisas demonstrassem.
Gabarito: D
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
81|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 49 - TCM CE 2010 Analista
Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) Fossem todos os funcionários públicos grandes escritores, estará comprovada a
tese de que a rotina acabe por levar ao ato criativo.
(B) Sugere-se no texto que, mesmo quando um funcionário não é exemplar em sua
função, pode ainda assim ser um grande ficcionista ou poeta.
(C) Se Machado de Assis e outros não tivessem sido bons funcionários e geniais
escritores, debilita-se a tese defendida nessa crônica.
(D) Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas repartições,
haviam-se disposto a cultivar seus respectivos gêneros.
(E) Ao escreverem boas páginas de literatura, os funcionários criavam laços de
cumplicidade com os leitores que venham a cativar.
Gabarito: B
Questão 50
Prova: TRT 24ª R 2011 Analista
Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as seguisse do
que a da sociedade na qual fossem observadas.
(B) As leis de perfeição tinham por objeto mais a bondade dos homens que as seguir do que
a da sociedade na qual serão observadas.
(C) As leis de perfeição terão por objeto mais a bondade dos homens que as tivessem
seguido do que a da sociedade na qual terão sido observadas.
(D) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as siga do que a
da sociedade na qual têm sido observadas.
(E) As leis de perfeição terão tido por objeto mais a bondade do homem que viesse a seguilas do que a da sociedade na qual fossem observadas.
Gabarito: A
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
82|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 51
Prova: Colégio Pedro II – Médico – Clínica Médica
“„Acreditamos que, em
saúde requeira nossos
breve,
já
poderá
ser
implementado
caso
o
sistema de
serviços...‟”
A forma verbal destacada, se conjugada na mesma pessoa acima, mas no tempo futuro do
modo subjuntivo, deverá ser:
A) Requerer
B) Requereres
C) Requiseres
D) Requiser
E) Requiserdes
Gabarito: A
Comentário:
Futuro do Subjuntivo
Quando eu requerer
Quando tu requereres
Quando ele requerer
Quando nós requerermos
Quando vós requererdes
Quando eles requererem
10.
Considerações Finais
Caros alunos! Espero que tenham gostado de nossa aula 1 e que juntos possamos terminar
essa jornada! Será dessa maneira que conduziremos nossas aulas, muita teoria, muitos
esquemas e várias questões.
É isso ae pessoal !
Por hoje é só. Pratique bastante para que possamos gabaritar este assunto nas provas, pois
como já mencionei não é nenhum bicho de sete cabeças. Espero você na próxima aula para
massacrar o bicho papão da Língua Portuguesa para concursos.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
83|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Um abraço Professor Diegho Cajaraville. Qualquer dúvida é só enviar um e-mail para
[email protected], que estarei à sua disposição para tirar as
dúvidas.
Vamos com tudo, futuros servidores do TRE-RN !!!
11.
Resumo da Aula
VERBO
Chegou a hora da verdade ! Esta aula na minha concepção é uma das mais importantes,
além de ser uma matéria que vem caindo continuamente nos concursos. Então estude com
muito afinco, pois o bom entendimento dela lhe trará bons resultados nas provas.
Este tópico é característico da banca Fundação Carlos Chagas e, numa prova de Língua
Portuguesa de 20 questões (quantidade média de questões desta banca), encontramos duas
ou três questões que envolvem este tema. A FCC cobra praticamente de quatro formas o
assunto “verbo”:
a) o reconhecimento dos tempos e modos verbais;
b) o emprego desses tempos e modos verbais;
c) a flexão (saber conjugar os verbos) e
d) a articulação de tempo e modo verbal.
Do ponto de vista semântico, o verbo normalmente indica ação ou um processo, mas pode
indicar estado, mudança de estado ou fenômeno natural. Pode indicar também noção de
existência, volição (desejo), necessidade etc.
Do ponto de vista morfológico, o verbo varia em modo, tempo, número e pessoa. As
quatro flexões combinadas formam o que chamamos de conjugação verbal, ou seja, para
atender às necessidades dos falantes, o verbo muda de forma à medida que variamos a ideia
de modo, tempo, número e pessoa.
Do ponto de vista sintático, o verbo tem um papel importantíssimo dentro da frase; sem ele
(explícito ou implícito) não há orações na língua portuguesa, pois o verbo é o núcleo do
predicado. O único caso em que o verbo não é o núcleo do predicado, segundo a gramática
tradicional, é quando há predicado nominal, mas mesmo assim ele está presente
Para entedermos as definições, vamos ao quadro:
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
84|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Toda vez que eu penso em você, sinto uma coisa diferente.
Os verbos em destaque:
1) indicam uma ideia de ação e percepção ( sensação ou experimentação)
2) variaram em modo, tempo, número, pessoa “saindo” de sua forma nominal (pensar e
sentir),(R – desinência de infinitivo); ambos os verbos estão em primeira pessoa do singular
do presente do indicativo.
3) funcionam como núcleo do predicado verbal, núcleo das orações.
.
O verbo é uma palavra que termina em -ar(cantar), -er(beber), -ir(cair) e que pode ser
conjugada, normalmente por meio dos pronomes pessoais do caso reto: Eu, Tu, Ele(1ª,2ª e
3ª do singular) e Nós, Vós, Eles (1ª,2ª,3ª do plural)
Se você acha que identificar verbo é mole, não subestime a conjugação de alguns verbos,
asunto que cai muito em prova, principalmente nas provas da FCC.
2
Flexões dos Verbos
As flexões são: Modo, Tempo, Número e Pessoa
O que são Formas Nominais?
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
85|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Muita gente se pergunta por que o infinitivo, o gerúndio e o particípio são chamados de
formas nominais, se eles são verbos. Bom, o motivo disso é porque muitas vezes se
comportam como nomes (substantivo, advérbio e adjetivo). Veja:
 Infinitivo: termina em “r” (cantar, saber, partir). Algumas vezes se comporta como
substantivo em construções do tipo “Amar é viver” (Amor é vida);
“Estudar é bom” (Estudo é bom).
 Gerúndio: normalmente termina em “ndo” (cantando, sabendo, partindo). Algumas
vezes se comporta como advérbio em construções do tipo “Amanhecendo, vou a sua
casa” (valor adverbial de tempo: quando amanhecer);
“Estudando, passarei no concurso” (valor adverbial de condição: se estudar).
 Particípio: (normalmente termina em “ado” ou “ido”: cantado, sabido, partido).
Algumas vezes ocupa valor de adjetivo, em construções do tipo:
“Ele é abençoado”; “Janaína foi demitida”.
4
É Importante Sabermos a Estrutura do Verbo?
Olha, entender a estrutura da palavra nos ajuda a saber seu sentido, sua flexão etc. No caso
dos verbos, entender a sua estrutura nos ajuda a entender a conjugação, que fará diferença
no sentido do verbo no texto. Então, vamos à estrutura do verbo. (NÃO DECORE, procure
apenas entender)
Estrutura das formas verbais:
Há três tipos de morfemas (partes da palavra) que participam da estrutura das formas
verbais: o radical, a vogal temática e as desinências.
 radical – é o morfema que concentra o significado essencial do verbo:
estud-ar
vend-er
Prof. Diegho Cajaraville
permit-ir
[email protected]
86|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
am-ar
beb-er
art-ir
cant-ar
escond-er
proib-ir
 Vogal temática – é o morfema que permite a ligação entre o radical e as
desinências. Há três vogais temáticas:
-a- caracteriza os verbos da primeira conjugação: solt-a-r, cant-a-r
-e- caracteriza os verbos da segunda conjugação: viv-e-r, esquec-e-r
O verbo pôr e seus derivados (supor, depor, repor, compor, etc) pertencem à segunda
conjugação, pois sua vogal temática é –e–, obtida da forma portuguesa arcaica poer, do
latim poere.
-i- caracteriza os verbos da terceira conjugação: assist-i-r, decid-i-r
O conjunto formado pelo radical e pela vogal temática recebe o nome de tema. Assim:
cantar
vender
(1ª conjugação)
( 2ª conjugação)
partir
(3ª conjugação)
 Desinências – são morfemas que se acrescentam ao tema para indicar as flexões do
verbo. Há desinências número-pessoais e desinências modotemporais:
Cant-á-sse-mos
can -> radical
á-> vogal temática
sse -> Desinência modo-temporal
mos -> Desinência número-pessoal
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
87|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Radical: É a base de sentido do verbo
Vogal temática: Indica a conjugação (1ª, 2ª, 3ª)
Desinência número-pessoal : Indica a pessoa do discurso (1ª, 2ª, 3ª) e número (singular ou
plural). É a base de sentido do verbo.
Desinência modo-temporal : Indica o modo (indicativo e subjuntivo) e o tempo verbal
(presente, passado, futuro).
Essas desinências serão fundamentais para notarmos em que modos e tempos os verbos
estão e com isso sabermos empregá-los. Mais à frente em nossa aula, faremos a conjugação
do verbo e você terá discriminado cada morfema para entender melhor o processo de
conjugação. Como dissemos, sem decoreba.
5
Uma das Desinências Aponta o Modo Verbal. Mas o que é MODO VERBAL?
Podemos entender os modos verbais como os divisores dos tempos verbais. Cada modo
possui tempos verbais peculiares. Os modos verbais são: o indicativo, o subjuntivo e o
imperativo. Entendê-los é importante para sabermos seu emprego no texto. Veja:
 Indicativo: transmite certeza, convicção:
Ex: Eu estudo todos os dias.
 Subjuntivo: transmite dúvida, incerteza, possibilidade:
Ex: Talvez eu estude ainda hoje.
 Imperativo: transmite ordem, pedido, solicitação, conselho:
Ex: Estude, pois esta matéria é importante para a prova.
Então vejamos a flexão dos verbos em cada tempo e em seguida o emprego do tempo
verbal.
Para fins didáticos, vamos notar algumas letras com contornos diferentes para chamar sua
atenção quanto à estrutura do verbo. Isso é apenas para facilitar seu entendimento da
conjugação.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
88|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
As letras marcadas em negrito são vogais temáticas, as sublinhadas são desinências
número-pessoais. O morfema entre a vogal temática e a desinência número-pessoal é a
desinência modo-temporal, marcada com itálico.
Estud
(radical)
número-pessoal)
6
a
(vogal temática)
sse
(desinência modo-temporal)
s
(desinência
Os Tempos de Modo INDICATIVO
Agora, em cada modo verbal, vamos inserir os tempos. O trabalho será o seguinte: cada
tempo será explorado de forma a você simplesmente reconhecê-lo, identificá-lo (isso é alvo
da prova) e em seguida você conhecerá seu emprego (também alvo de muitas provas).
Você vai ver várias questões de prova depois de cada tópico, com o subtítulo “Veja como
caiu nas provas da FCC”. Também vai perceber que em determinado tempo verbal é
rotina a banca cobrar o reconhecimento, noutro é cobrado o emprego. Mas em alguns
tempos verbais a banca não cobra nem o reconhecimento, nem o emprego, por isso você
não vai encontrar questões da FCC em todos os tempos. Isso já nos vai mostrando a que
tempo temos de dar mais atenção no nosso estudo.
7
Os tempos do modo SUBJUNTIVO
8
Classificação dos Verbos
A classificação dos verbos depende de suas características morfossintáticas.
12.
Questões sem Comentários
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
89|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 1 - Prova: TRF 2ª R 2007 - Analista
Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em aparecer,
desafiando constantemente as previsões “científicas”. Considerada a frase acima, em seu
contexto, é correto afirmar que a forma verbal desafiando expressa noção de “tempo”.
Questão 2 - Prova: TRF 2ª R 2007 - Analista
Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie humana. A frase
acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva: Vencer constitui emprego do infinitivo
como substantivo, emprego também exemplificado por “Recordar é viver”, que equivale a
“A recordação é vida”.
Questão 3 - Prova: Defensoria Pública SP 2010 - Superior
A memória ajuda a definir quem somos. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em
que se encontram os grifados acima está também grifado na frase:
(A) ... para que possa interpretar...
(B) Cientistas brasileiros e americanos demonstraram ser possível apagar ...
(C) ... tornou-se uma preocupação central nas sociedades modernas ...
(D) ... que as células do cérebro não se regeneravam.
(E) O experimento indica que ....
Questão 4 - Prova: TRT 12ª R 2010 Técnico
Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom nas novelas ... . O verbo flexionado
nos mesmos tempos e modos em que se encontra o grifado acima está em:
(A) ... explicava ela ...
(B) Novelas vivem de conflitos.
(C) Talvez por isso a democracia não nos empolgue tanto, no seu dia a dia ...
(D) – que deveriam existir nos dois ou mais lados em concorrência –
(E) Mas eles são bons só na vida privada.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
90|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 5 - Prova: TRT 20ª R 2006 Técnico
Considere as formas verbais saem e saía. A mesma relação existente entre ambas, quanto à
flexão, está no par
(A) vão e foi.
(B) estão e estava.
(C) fogem e fugiu.
(D) dirigem e dirigira.
(E) trabalham e trabalharia.
Questão 6 - Prova: Metrô SP 2008 Técnico
Na estrutura “... onde se expandia ...”, o verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que
os do grifado acima está também grifado na frase:
(A) ... que revolucionou os transportes...
(B) ... a era ferroviária teve início em 1854...
(C) ... cuja construção causou maior comoção...
(D) ... a Noroeste deveria constituir o trecho brasileiro de uma transcontinental...
(E) ... o que se buscava...
Questão 7 - Prova: TRE RN 2011 Técnico
Na frase “... como fazia em noites de trovoadas.”, o verbo flexionado nos mesmos tempo e
modo em que se encontra o grifado acima está em:
(A) Ao ouvir as notícias...
(B) ... D. João embarcou na carruagem...
(C) ... que passara a madrugada...
(D) ... bastaram algumas semanas...
(E) ... que o aguardava...
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
91|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 8 - Prova: TJ PI Analista 2010
Enquanto isso, Karzai falava que os serviços de inteligência... . A frase cujo verbo está
flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima é:
(A) Não sabia o coronel Vician que, imediatamente, Stada...
(B) Durante oito dias, os funcionários da Emergency ficaram incomunicáveis.
(C) O flagrante preparado consistiu numa blitz em sala da administração...
(D) O móvel dessa urdidura remonta a março de 2007...
(E) A ligação completou-se com um soldado britânico...
Questão 9 - Prova: MPE - SE 2010 Superior
Nas antigas aristocracias, o que se ...... da imagem pública de um indivíduo ...... que ela ......
aos parâmetros de honra e decoro que ...... a vida da corte. Haverá correta articulação entre
os tempos verbais caso se preencham as lacunas da frase acima, na ordem dada, com as
seguintes formas verbais:
(A) esperava - era - correspondesse - regiam
(B) esperava - era - correspondia - regessem
(C) esperou - é - correspondia - regem
(D) esperara - seria - corresponda - regiam
(E) espera - é - correspondesse - regeram
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
92|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 10 - Prova: SEFAZ - SP 2010 - Fiscal de rendas
1
Conheci ontem o que é celebridade. Estava comprando gazetas a um homem que as
vende na calçada da Rua de S. José, esquina do Largo da Carioca, quando vi chegar uma
mulher simples e dizer ao vendedor com voz descansada:
— Me dá uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
— Quem?
— Me esqueceu o nome dele.
Leitor obtuso, se não percebeste que ―esse homem que briga lá fora‖ é nada menos
que o nosso Antônio Conselheiro, crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces. A
mulher provavelmente não sabe ler, ouviu falar da seita de Canudos, com muito pormenor
misterioso, muita auréola, muita lenda, disseram-lhe que algum jornal dera o retrato do
Messias do sertão, e foi comprá-lo, ignorando que nas ruas só se vendem as folhas do dia.
Não sabe o nome do Messias; é ―esse homem que briga lá fora‖. A celebridade, caro e
tapado leitor, é isto mesmo. O nome de Antônio Conselheiro acabará por entrar na
memória desta mulher anônima, e não sairá mais. Ela levava uma pequena, naturalmente
filha; um dia contará a história à filha, depois à neta, à porta da estalagem, ou no quarto
em que residirem.
(Machado de Assis, Crônica publicada em A semana,
1897. In Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 1997, p. 763)
Considerado o contexto, está correto o que se afirma em:
(A) (linha 1) Estava comprando indica, entre ações simultâneas, a que se estava
processando quando sobrevieram as demais.
(B) (linha 12) dera exprime ação ocorrida simultaneamente a disseram (linha 11).
(C) (linha 16) acabará por entrar expressa um desejo.
(D) (linha 17) levava designa fato passado concebido como permanente.
(E) (linha 18) residirem exprime fato possível, mas improvável.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
93|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 11 - Prova: SEFAZ - SP 2010 - Fiscal de rendas
Se o cronista tivesse preferido contar com suas próprias palavras o que a mulher disse ao
vendedor, a formulação que, em continuidade à frase ... quando vi chegar uma mulher
simples e pedir ao vendedor com voz descansada, atenderia corretamente ao padrão culto
escrito é:
(A) que desse uma folha que traria o retrato desse homem que briga lá fora.
(B) que lhe desse uma folha que trazia o retrato daquele homem que brigava lá fora.
(C) que lhe dê uma folha que traz o retrato desse homem que briga lá fora.
(D) que me dê uma folha que traz o retrato desse homem que brigaria lá fora.
(E) que: Dê-me uma folha que traz o retrato daquele homem que brigaria lá fora.
Questão 12 - Prova: TJ PE 2007 Técnico
Na frase “... a aceleração é uma escolha que fizemos.”, o verbo flexionado nos mesmos
tempo e modo em que se encontra o grifado acima, está em:
(A) E quem disse que ...
(B) ... queremos mais velocidade.
(C) ... deixam as coisas mais rápidas.
(D) ... cujos sintomas seriam a alta ansiedade ...
(E) Os primeiros modelos se moviam a vinte centímetros ...
Questão 13 - Prova: TRT 20ª R 2002 Analista
A queda foi maior do que os especialistas haviam projetado no início da década.
O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica, no contexto,
(A) uma incerteza em relação a um fato hipotético.
(B) um fato consumado dentro de um tempo determinado.
(C) a repetição de um fato até o momento da fala.
(D) uma ação passada anterior a outra, também passada.
(E) uma ação que acontece habitualmente.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
94|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 14 - Prova: TRE TO 2011 Analista
Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu
por que eu escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta. O
verbo grifado na frase acima pode ser substituído, sem que se altere o sentido e a correção
originais, e o modo verbal, por:
(A) escolheria.
(B) havia escolhido.
(C) houvera escolhido.
(D) escolhesse.
(E) teria escolhido.
Questão 15 - Prova: TRT 2ª R 2008 técnico
Considere a flexão verbal em viviam -vivem -viverão. A mesma sequência está
corretamente reproduzida nas formas:
(A) queriam - querem - quiserão.
(B) davam - dão - dariam.
(C) exigiram - exigem - exigerão.
(D) punham - põem - porão.
(E) criam - criavam - criarão.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
95|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 16 - Prova: TRT 23ª R 2007 Técnico
Fragmento do texto: No cenário mais catastrófico do aquecimento global, traçado pelo
cientista inglês James Lovelock, a humanidade precisaria migrar para os polos e para o
alto das montanhas, onde a neve e o gelo remanescentes garantiriam um clima mais frio no
verão. Seria uma espécie de volta ao berço. Foi no clima rigoroso da última glaciação na
Europa, que só terminou 11.500 anos atrás, que o homem moderno desenvolveu os
conceitos de família, de religião e de convivência social, os alicerces da civilização atual.
... a humanidade precisaria migrar para os polos e para o alto das montanhas, onde a neve
e o gelo remanescentes garantiriam um clima mais frio no verão.
O emprego das formas verbais grifadas acima indica, considerando-se o contexto,
(A) hipótese passível de ser realizada no futuro.
(B) desejo de realização de um fato quase impossível.
(C) situação dificilmente alcançável, no cenário traçado.
(D) certeza da realização de uma ação, a depender de certa condição.
(E) dúvida real, com base em fatos históricos.
Questão 17 - Prova: TJ PE 2007 Técnico
Fragmento do texto: Tudo mudou quando Galileu provou, em 1610, que o telescópio
permitia enxergar mundos que, sem ele, permaneceriam desconhecidos para sempre: a
realidade material não se limitava ao imediatamente visível. Era inegável – mesmo que
alguns tenham se recusado a acreditar – que Galileu havia descoberto quatro luas girando
em torno de Júpiter, que jamais haviam sido vistas antes.
Na estrutura ―... que, sem ele, permaneceriam desconhecidos para sempre ...‖, o emprego
da forma verbal grifada acima indica, no contexto,
(A) prolongamento de um fato que se realiza até o momento presente.
(B) admiração concreta por ter sido possível a realização de um fato.
(C) ideia aproximada a realizar-se num futuro próximo.
(D) possibilidade de realização de um fato, na dependência de uma condição.
(E) declaração real com limites imprecisos de tempo.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
96|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 18 - Prova: Metrô SP 2008 Técnico
Fragmento do texto: No Brasil a era ferroviária teve início em 1854 e, embora houvesse
pontos de vista contrários à construção de ferrovias, foram vencidos pela visão de que a
chegada das locomotivas transformaria vastas áreas atrasadas em modernos centros de
produção. As construções se concentraram no período que vai até 1920, e na época a
estrada de ferro mais importante era a Central do Brasil, que ligava o Rio de Janeiro a
São Paulo e a Belo Horizonte.
Na estrutura “... foram vencidos pela visão de que a chegada das locomotivas
transformaria vastas áreas atrasadas em modernos centros de produção.‖, o emprego da
forma verbal grifada acima assinala, no contexto,
(A) fato concreto.
(B) hipótese provável.
(C) dúvida real.
(D) condição básica.
(E) finalidade específica.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
97|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 19 - Prova: TRT 8ª R 2010 - Analista
Rita
No meio da noite despertei sonhando com minha filha Rita. Eu a via nitidamente, na graça
de seus cinco anos.
Seus cabelos castanhos – a fita azul – o nariz reto, correto, os olhos de água, o riso fino,
engraçado, brusco...
Depois um instante de seriedade; minha filha Rita encarando a vida sem medo, mas séria,
com dignidade.
Rita ouvindo música; vendo campos, mares, montanhas; ouvindo de seu pai o pouco, o
nada que ele sabe das coisas, mas pegando dele seu jeito de amar – sério, quieto, devagar.
Eu lhe traria cajus amarelos e vermelhos, seus olhos brilhariam de prazer. Eu lhe ensinaria a
palavra cica, e também a amar os bichos tristes, a anta e a pequena cutia; e o córrego; e a
nuvem tangida pela viração.
Minha filha Rita em meu sonho me sorria – com pena deste seu pai, que nunca a teve.
(Rubem Braga. 200 Crônicas escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro. Record, 1998, p.200)
O emprego de um mesmo tempo e modo verbal em traria, brilhariam e ensinaria, no
penúltimo parágrafo do texto,
(A) indica que tais ações foram efetivamente realizadas enquanto a filha do autor ainda
vivia, isto é, antes da morte dela aos cinco anos de idade.
(B) denota o desejo do autor de ver tais ações realizadas no futuro, quando a filha atingir a
idade de cinco anos.
(C) enfatiza a tristeza do autor por não ter mais a guarda da criança, o que é revelado
apenas no último parágrafo do texto.
(D) sugere que o sonho nada mais é que a lembrança de ações recém realizadas durante o
estado de vigília do autor.
(E) antecipa a revelação feita no último parágrafo de que a filha do autor nunca existiu,
sendo tais ações apenas hipotéticas.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
98|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 20 - Prova: TRF 1ªR 2011 – Técnico
Texto:
De dezembro de 1951 a abril de 1974, a aventura brasileira de Elizabeth Bishop
estendeu-se por 22 anos – alguns deles, os anos finais, vividos em Ouro Preto, sobretudo
após a morte de Lota de Macedo Soares, sua companheira, em 1967. A cidade não tomou
conhecimento da grande escritora americana, cujo centenário de nascimento se comemorou
dias atrás. Nós, os então jovens escritores de Minas, também não. Hoje leitor apaixonado de
tudo o que ela escreveu, carrego a frustração retroativa de ter cruzado com Elizabeth em
Ouro Preto sem me dar conta da grandeza de quem ali estava, na sua Casa Mariana –
estupenda edificação por ela batizada em homenagem à poeta Marianne Moore, sua amiga e
mestra. Consolam-me as histórias que saltam de seus livros e, em especial, da memória de
seus (e meus) amigos Linda e José Alberto Nemer, vinhetas que juntei na tentativa de
iluminar ainda mais a personagem retratada por Marta Goes na peça Um Porto
para Elizabeth. Algumas delas:
* Ela adorava aquela casa, construída entre 1698, dois anos após a descoberta do
ouro na região, e 1711, quando Ouro Preto foi elevada à condição de vila. Comprou-a em
1965 e não teve outra na vida, a não ser o apartamentinho de Boston onde morreria em
1979. Tinha, dizia, “o telhado mais lindo da cidade”, cuja forma lhe sugeria “uma lagosta
deitada de bruços”. Bem cuidada, a casa, agora à venda, pertence aos Nemer desde 1982.
* “Gosto de Ouro Preto”, explicou Elizabeth ao poeta Robert Lowell, “porque tudo
lá foi feito ali mesmo, à mão, com pedra, ferro, cobre e madeira. Tiveram que inventar
muita coisa – e tudo está em perfeito estado há quase 300 anos”.
(Humberto Werneck. “Um porto na Montanha”. O Estado de S. Paulo. Cidades/Metrópole.
Domingo, 13 de fevereiro de 2011, C10)
No segundo parágrafo, a forma verbal que designa um evento posterior à época em que a
poeta viveu no Brasil é:
(A) adorava.
(B) foi elevada.
(C) Comprou-a.
(D) morreria.
(E) Tinha.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
99|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 21 - Prova: TRT 16ª R 2009 técnico
Olhemos, agora, por exemplo...
O verbo flexionado de forma idêntica à do grifado acima está também grifado na frase:
(A) Observamos sinais evidentes de que o clima no planeta deriva de um sistema bastante
desregulado.
(B) Chegamos, sem dúvida, a uma situação crítica em relação às condições climáticas no
país.
(C) Vemos, no momento, situações extremas de seca ou de excesso de chuvas.
(D) Devemos ser solidários com os desabrigados pelas inundações.
(E) Façamos nossa parte, agindo como cidadãos conscientes da necessária preservação das
florestas.
Questão 22 - Prova: TRT 18ª R 2008 técnico
Pode ser assim e seria ótimo.
... mesmo que não se possa traçar uma correlação direta e linear entre uma coisa e outra.
Considere as formas verbais grifadas acima. A correlação existente entre elas está
corretamente reproduzida no par:
(A) fala - falava
(B) escrevia - escreveria
(C) está - esteve
(D) denota - denotaria
(E) traz - traga
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
100|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 23 - Prova: TRE TO 2011 Técnico
Na frase “A intenção é a de que o filme contribua para a educação ...”, o verbo flexionado
nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em:
(A) ... e, agora, busca-se patrocínio.
(B) A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aprovou o projeto ...
(C) ... o longa-metragem apresentará cenas de flagrantes de tráfico ...
(D) ... que queiram se aprofundar no tema.
(E) ... e, por isso, será oferecido para estabelecimentos de ensino.
Questão 24 - Prova: TRT 24ª R 2011 Técnico
...hoje, talvez não sejamos intrinsecamente mais belos do que outras gerações...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está
também grifado na frase:
(A) Na sociedade moderna sempre haverá expectativa de que nos considerem atraentes.
(B) Vestida de modo atraente, ela tentava despertar mais admiração naquele encontro.
(C) Todos imaginavam que estivessem devidamente preparados para a reunião festiva.
(D) O ideal de beleza se altera no decorrer das épocas, fato atestado em muitas obras de
arte.
(E) Para nos sentirmos bem, é necessário cultivar certas qualidades, como a simpatia.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
101|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 25 - Prova: TRE RN 2011 Técnico
É comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se ...... para um universo mágico e ......
a identidade de uma personagem admirada, ...... um super-herói ou uma figura da realeza.
Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está
em:
(A) transportem – assumam – seja
(B) transportam – assumiriam – sendo
(C) transportariam – assumiriam – seria
(D) transportam – assumem – seja
(E) transportem – assumem – seria
Questão 26 - Prova: TRT 18ª R 2008 técnico
Fragmento do texto: São números que começam a preocupar a própria indústria de
produção de equipamentos nessas áreas. Divulgado o último relatório, as principais
produtoras criaram um sistema conjunto para aumentar a eficiência de hardwares e
softwares. Pensam em novas formas de suprimento de energia, talvez a solar, em
substituição ao tipo de corrente nos centros armazenadores de informações e em avisos
que advirtam sobre os problemas de estocagem ilimitada de informações, imagens ou som.
... e em avisos que advirtam sobre os problemas de estocagem ilimitada de informações,
imagens ou som.
O emprego da forma verbal denota, no contexto,
(A) fato concreto.
(B) suposição viável.
(C) dúvida real.
(D) comparação possível.
(E) finalidade de uma ação.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
102|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 27 - Prova: TRT 24ª R 2006 Técnico
Fragmento do texto: De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente, cerca de 100 espécies desaparecem todos os dias da face do planeta, sendo o
comércio ilegal uma de suas principais causas. Estima-se que, no Brasil, esse tráfico seja
responsável pela retirada de 38 milhões de animais por ano, apesar de saber-se que a cada
dez animais retirados da natureza, apenas um sobrevive.
... esse tráfico seja responsável pela retirada de 38 milhões de animais por
ano...
O uso da forma verbal grifada na frase acima, considerando-se o contexto, indica
(A) uma realidade presente e concreta.
(B) uma hipótese provável.
(C) um fato desejado no presente.
(D) uma dúvida sem razão de ser.
(E) uma ação futura.
Questão 28 - Prova: TRE AC 2003 - Técnico
Fragmento de texto:
A Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, voltou para as capas de jornais, devido ao
desmatamento na região, que chegou a diminuir nos últimos anos, mas voltou a crescer.
Segundo o índice do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 25.500 quilômetros
quadrados de floresta sumiram em 2002, valor 40% maior do que em 2001. É mais do que a
área de Sergipe. O índice é preliminar, mas poucos duvidam de que seja próximo do
verdadeiro. O temor é que o quadro piore ainda mais em 2004.
O temor é que o quadro piore ainda mais em 2004. (final do parágrafo)
O tempo e modo verbais em que se encontra a forma grifada acima indicam ação
(A) concreta, num tempo presente.
(B) futura, em relação a um tempo passado.
(C) real, dependendo de certa condição.
(D) provável, dentro de certo tempo.
(E) passado, em relação a um tempo futuro.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
103|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 29 - Prova: MPE - SE 2010 Superior
Ao girar uma manivela, o movimento era multiplicado, pelo que o helicóptero se levantava
e só se detinha quando o braço da gente cansava.
Reescrevendo-se a frase acima, reiniciando-a com o segmento Se eu girasse uma
manivela, as outras formas verbais deverão ser, na ordem dada:
(A) seria - levantara - detera - cansara
(B) fosse - levantasse - deteria - cansara
(C) seria - levantasse - detesse - cansasse
(D) fora - levantara - detivesse - cansar
(E) seria - levantaria - deteria - cansasse
Questão 30 - Prova: TRT 24ª R 2006 Técnico
O verbo grifado em cada uma das alternativas, que está flexionado de maneira idêntica à do
verbo também grifado na frase acima, é:
(A) Estamos sempre dispostos a esclarecer suas dúvidas.
(B) Aqui nós nos propomos a trabalhar com responsabilidade e cortesia.
(C)Espere até sua senha ser apontada por um de nossos atendentes.
(D) Esperamos que você esteja satisfeito com nosso atendimento.
(E) Nosso atendimento personalizado busca o esclarecimento de possíveis dúvidas.
Questão 31 - Prova: TRF 5ª R 2003 Analista
O emprego e a posição dos pronomes sublinhados estão adequados na frase:
(A) Se queres a paz, não se descuide: se prepara para a guerra.
(B) Se quiserdes a paz, não vos descuideis: preparai-vos para a guerra.
(C) Se quer a paz, não te descuide: te prepara para a guerra.
(D) Se quereis a paz, não se descuidem: preparai-se para a guerra.
(E) Se queremos a paz, não descuidemo-nos: nos preparemos para a guerra.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
104|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 32 - Prova: TRT 18ª R 2008 - Analista
É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu não o
decepcionarei.
(A) tu possas -confies -te
(B) Vossa Excelência podeis -confiei -vos
(C) tu possas -confia -te
(D) vós possais -confiem -vos
(E) Sua Senhoria podeis -confiai -vos
Questão 33 - Prova: SEFAZ - SP 2010 - Fiscal de rendas
... crê-me que és ainda mais obtuso do que pareces.
Trocando a segunda pela terceira pessoa, a frase acima está em total conformidade com o
padrão culto escrito em:
(A) creia-me que é ainda mais obtuso do que parece.
(B) crede-me que é ainda mais obtuso do que parecei.
(C) crê-me que é ainda mais obtuso do que parece.
(D) creia-me que é ainda mais obtuso do que parecei.
(E) crede-me que és ainda mais obtuso do que parecei.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
105|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 34 - Prova: TRE RN 2011 Técnico – Apoio Especializado
Texto:
João e Maria
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
(...)
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Chico Buarque e Sivuca
I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do advérbio
agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito designam
fatos transcorridos no tempo passado.
II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos grifados estão
flexionados no mesmo modo.
III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente agora já não
[email protected]
tinhaProf.
medoDiegho
e AchoCajaraville
que a gente nem tinha nascido,
a forma verbal resultante, sem alterar o
contexto, será teríamos.
106|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 35 - Prova: TRT 4ª R 2006 - Analista
O leitor que percorrer crônicas do velho Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer
nada além do que já disse.
Na frase acima, está correta a articulação entre os tempos verbais sublinhados, assim como
também estaria no caso da seguinte seqüência:
(A) percorrerá - terá sabido - precisasse - dissesse
(B) percorresse - saberá - precise - tenha dito
(C) percorresse - saberia - precisava - dissera
(D) percorreu - soubera - precisasse - disse
(E) percorrera - sabia - precise - dissesse
Questão 36 - Prova: TJ PE 2007 – Oficial de Justiça
O autor reconhece que ...... de forma diferente, mas isso ...... de quem ...... seu interlocutor.
Haverá plena e adequada correlação entre tempos e modos verbais na frase acima caso as
lacunas sejam preenchidas, respectivamente, por:
(A) poderá vir a falar - teria dependido - fosse
(B) poderia falar - dependerá - fosse
(C) falava - dependia - venha a ser
(D) falava - dependeu - seja
(E) poderia falar - dependeria - viesse a ser
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
107|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 37 - Prova: SEFAZ SP 2010 – Agente Fiscal
Quem olha a evolução dessa perspectiva deixa passar a maior parte do que é importante.
Alterando-se as formas verbais da frase acima, a correlação entre as novas formas ainda
estará em conformidade com o padrão culto escrito em:
(A) olharia - deixava passar - foi
(B) olhasse - deixaria passar - é
(C) olhe - deixava passar - seja
(D) olharia - deixou passar - fosse
(E) olhar - deixou passar - era
Questão 38 - Prova: TRT 24ª R 2003 Analista
Está adequada a articulação entre os tempos verbais na frase:
(A) Caso venha a ser considerado nocivo à comunidade, o programa “Nheengatu” deverá
ter sido proibido pelas autoridades.
(B) A menos que fosse nocivo o conteúdo veiculado pelo programa “Nheengatu”, não há
razões para que se o houvera proibido.
(C) Se o conteúdo veiculado pelo programa “Nheengatu” vier a se revelar nocivo, só assim
se pudesse cogitar de proibir sua transmissão.
(D) No caso de que o programa “Nheengatu” se caracterizasse por transmitir idéias nocivas
à comunidade, cabe cogitar sua proibição.
(E) A menos que o conteúdo veiculado pelo programa “Nheengatu” possa ser considerado
nocivo à comunidade, não há razões para que se venha a proibi-lo.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
108|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 39 - Prova: TRT 24ª R 2003 Analista
Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:
(A) Se Cabral tivesse gritado alguma coisa quando houvesse de avistar o monte Pascoal,
certamente não foi “terra ã vishta”.
(B) Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas tornava-se comum e traços de
um passavam a impregnar o outro.
(C) À mistura dessas influências tinham vindo se somar as imigrações, que gerassem
diferentes sotaques.
(D) Mas o grande momento de constituição de uma “língua brasileira” passou a estar sendo
o século XVIII, quando se explorara ouro em Minas Gerais.
(E) A língua começou a uniformizar e a ficar exportando traços comuns para o Brasil
inteiro pelas rotas comerciais que a exploração de ouro teve de estar criando.
Questão 40 - Prova: TRT 19ª R 2008 Analista
Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase:
(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já não podia ser
considerado um hipócrita.
(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores morais que eles imporão
aos outros.
(C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servisse de controle dos
demais cidadãos.
(D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracterizava-se um ato típico
do moralizador.
(E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões morais que eles próprios
não respeitam.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
109|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 41 - Prova: TRT 18ª R 2008 Analista
Está adequada a correlação entre os tempos e modos verbais na frase:
(A) Ainda recentemente, não se poderia imaginar que uma viagem de ônibus venha a ser
tão atribulada.
(B) A cada vez que se colocar um filme no ônibus, a expectativa seria a de que todos
passam a ouvir tiros e gritos.
(C) Os que usam fone de ouvido talvez não imaginem que uma chiadeira irritante fique a
atormentar os ouvidos do vizinho.
(D) Quem não quiser conhecer os detalhes da vida doméstica de alguém, há de tapar os
ouvidos quando tocava o celular.
(E) Muita gente não distingue a versão eletrônica de uma sinfonia que tocasse no celular da
versão original que um Mozart tem criado.
Questão 42 - Prova: TRT 2ª R 2008 Analista
Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) O autor nunca teria suspeitado que seu amigo viesse a se revelar um poeta
extremamente expressivo.
(B) Embora anime seu amigo, o autor não revelara plena convicção de que um juiz podia
ser um grande poeta.
(C) O autor logo recebera em casa o último livro de poemas que seu amigo lhe prometeu
enviar.
(D) Naqueles poemas não se notava qualquer traço bacharelesco que viria a toldar o estilo
preciso e depurado dos versos.
(E) Ainda que busque entrever algum excesso de formalismo nos poemas do amigo, o autor
não os tinha encontrado.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
110|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 43 - Prova: CEAL 2008 Advogado
Os tempos e os modos verbais apresentam-se adequadamente articulados na
frase:
(A) Fôssemos todos atores, o culto das aparências será a chave que nos libertasse do nosso
destino.
(B) Os atores sempre nos enganarão, a cada vez que encarnarem os personagens de que
costumam se fantasiar.
(C) Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaríamos todos preocupados
com o papel que desempenhemos.
(D) Desde idos tempos os atores gozariam de uma admiração que só não será maior por
conta da desconfiança que temos de todo fingimento.
(E) O autor estaria convencido de que nosso vizinho seja capaz de fingir tão bem quanto um
ator, quando tivesse desfilado com um carro que não é seu.
Questão 44 - Prova: TCM - CE 2010 Superior
Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) Fossem todos os funcionários públicos grandes escritores, estará comprovada a tese de
que a rotina acabe por levar ao ato criativo.
(B) Sugere-se no texto que, mesmo quando um funcionário não é exemplar em sua função,
pode ainda assim ser um grande ficcionista ou poeta.
(C) Se Machado de Assis e outros não tivessem sido bons funcionários e geniais escritores,
debilita-se a tese defendida nessa crônica.
(D) Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas repartições,
haviam-se disposto a cultivar seus respectivos gêneros.
(E) Ao escreverem boas páginas de literatura, os funcionários criavam laços de
cumplicidade com os leitores que venham a cativar.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
111|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 45 - Prova: MPE - SE 2010 Superior
Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) As grandes paixões nos moverão, assim, para muito perto do desequilíbrio, quando já
não o fossem, em sua fúria.
(B) Experimentáramos a certeza de que aquela grande e única alegria não pudesse
compensar as muitas tristezas que sobrevieram.
(C) Se desclassificados, tornar-nos-emos alvo da galhofa dos argentinos, e só nos resta
esperar que também eles não se classificarão.
(D) Os que nunca vierem a sentir o peso trágico de uma derrota também não seriam capazes
de ter experimentado o júbilo de uma vitória.
(E) Quem se exalta com um simples jogo de futebol habilita-se, também, a vir a se exaltar
com outros prazeres simples da vida.
Questão 46 - Prova: TRT 4ª R 2006 - Analista
Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) E teria determinado que ela tivesse reinado sobre a sua criação, uma vez que fosse sua
obra mais bem acabada.
(B) E acabou determinando que ela haveria de reinar sobre a sua criação, visto que era a sua
obra mais bem acabada.
(C) E determinara que ela houvesse de reinar sobre a sua criação, pois haverá de ter sido
sua obra mais bem acabada.
(D) E foi determinando que ela estivesse reinando sobre a sua criação, sendo sua obra mais
bem acabada.
(E) E tinha determinado que ela reinara sobre a sua criação, dado que estivesse sendo sua
obra mais bem acabada.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
112|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 47 - Prova: TRF 5ª R 2008 Analista
Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) Nem bem o autor acabou de ler o texto daquele blog e encontrara nele idéias que se
assemelhassem às suas.
(B) Se todos fossem otimistas de coração, não haverá razão para que se lamente o
pessimismo que se aloje na consciência.
(C) Por mais que o autor insistiu em sua tese, eu não deixava de manter a clássica divisão
entre pessimistas e otimistas.
(D) Se o marido continuasse a insistir em ameaçar a esposa que julgasse traí-lo, certamente
os policiais terão tomado enérgicas providências.
(E) Uma vez transmitida a notícia de que o presidente do pequeno país asiático sofrera um
atentado, houve grandes e indignados protestos.
Questão 48 - Prova: TJ PE 2007 Analista
Está inteiramente correta a articulação entre os tempos e modos verbais da frase:
(A) A pesquisa de Johnson analisou um fenômeno que constituísse uma verdadeira
obsessão que caracterize o homem moderno: o fascínio pela TV.
(B) Caso fiquemos muito tempo no zapping, estaríamos demonstrando certa agitação
íntima que caracterizasse nosso estado de insatisfação.
(C) Sugere-se, nessa pesquisa, que o fato de nos aprisionarmos em nossa sala de TV fosse o
responsável pela nossa predisposição a que cometêramos atos violentos.
(D) Mesmo que não apresente grandes novidades em relação a pesquisas já realizadas, a de
Johnson dá corpo à tese de que a exposição contínua à tela de TV torna-nos mais violentos.
(E) Se de fato viéssemos a nos contentar com o que somos, as inúmeras janelas abertas pela
TV não ter
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
113|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
Questão 49 - Prova: TCM CE 2010 Analista
Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) Fossem todos os funcionários públicos grandes escritores, estará comprovada a tese de
que a rotina acabe por levar ao ato criativo.
(B) Sugere-se no texto que, mesmo quando um funcionário não é exemplar em sua função,
pode ainda assim ser um grande ficcionista ou poeta.
(C) Se Machado de Assis e outros não tivessem sido bons funcionários e geniais escritores,
debilita-se a tese defendida nessa crônica.
(D) Poetas e ficcionistas, quando eram atingidos pela rotina das antigas repartições,
haviam-se disposto a cultivar seus respectivos gêneros.
(E) Ao escreverem boas páginas de literatura, os funcionários criavam laços de
cumplicidade com os leitores que venham a cativar.
Questão 50 - Prova: TRT 24ª R 2011 Analista
Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase:
(A) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as seguisse do
que a da sociedade na qual fossem observadas.
(B) As leis de perfeição tinham por objeto mais a bondade dos homens que as seguir do que
a da sociedade na qual serão observadas.
(C) As leis de perfeição terão por objeto mais a bondade dos homens que as tivessem
seguido do que a da sociedade na qual terão sido observadas.
(D) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as siga do que a
da sociedade na qual têm sido observadas.
(E) As leis de perfeição terão tido por objeto mais a bondade do homem que viesse a seguilas do que a da sociedade na qual fossem observadas.
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
114|114
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RN – PRÉ EDITAL
Língua Portuguesa – Aula 01
13.
Gabarito
1) E
2) C
3) E
4) A
5) B
6) E
7) E
8) A
9) A
10) A
11) B
12) A
13) D
14) B
15) D
16) A
17) D
18) B
19) E
20) D
21) E
22) E
23) D
24) A
25) A
26) B
27) B
28) D
29) E
30) C
31) B
32) C
33) A
34) B
35) C
36) E
37) B
38) E
39) B
40) E
41) C
42) A
43) B
44) B
45) E
46) B
47) E
48) D
49) B
50) A
Até a próxima pessoal !!
Prof. Diegho Cajaraville
[email protected]
Download