ÍNDICE ESTRELAS MÚLTIPLAS E INSTÁVEIS

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OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
ALBINO A. C. DE NOVAES
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ÍNDICE
ESTRELAS MÚLTIPLAS E INSTÁVEIS......................................................................2
SOBRE AS CONTRADIÇÕES E ERROS ...................................................................2
SOBRE AS OBRAS ESPIRITAS.................................................................................8
SOBRE A REVELAÇÃO ...........................................................................................10
OS ESPÍRITOS PODEM TUDO REVELAR? ............................................................13
SOBRE A VIDA EM OUTROS MUNDOS..................................................................15
..........20
.........................29
........................31
VERSÃO ANTERIOR................................................................................................72
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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ESTRELAS MÚLTIPLAS E INSTÁVEIS
Pensar é ter um posicionamento crítico a respeito de cada uma das possibilidades
de saber. É sair da imediatez da experiência situando-a como saber aparente que
necessita ser criticado.
Resumo das palestras realizadas na ADE-RJ e do programa radiofônico “Falando
de Espiritismo” – com Martha Batista (Rádio Rio de Janeiro)
SOBRE AS CONTRADIÇÕES E ERROS
DEUS nos deu julgamento e bom senso para nos servirmos deles. Os Espíritos
superiores são os primeiros a recomendar-nos sempre o procedimento judicatório, e
nos dão com isso prova de sua superioridade. Longe de se formalizarem com a
CRÍTICA, pedem-na incessantemente. Só os Espíritos inferiores pretendem impor
autoridade e fazer aceitar tudo quanto dizem – e dizem, não raro, verdadeiras
utopias – como se a qualidade de Espírito conferisse méritos que não possuem ou
fosse bastante para se fazerem acreditar sob palavra. É que eles sabem muito bem
que tudo têm a perder quando suas palavras são submetidas a exame. (Revue
Spirite – 1860 – pág. 108)
Separar o verdadeiro do falso, descobrir a embustice oculta sob um aparato de
frases empoladas, desmascarar impostores, eis, sem contradita, uma das maiores
dificuldades da Ciência Espírita. Para superá-la é necessário longa experiência,
conhecer todas as velhacarias de que são capazes os Espíritos de baixa classe, ter
muita prudência, ver as coisas com o mais imperturbável sangue frio, e resguardarse, principalmente, do entusiasmo que cega. (Revue Spirite – 1859 – pág. 177)
A verdade, eis a única coisa em mira. A crítica, portanto, deve ser prazeirosamente
aceita pelos Espíritos quando são superiores, pois, de duas uma: ou estão seguros
do que sustentam e têm assim elementos para nos dar em discussão a evidência de
que necessecitamos, ou não estão ainda bem esclarecidos sobre o ponto em estudo
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e podem, discutindo, aprender conosco. A instrução pode ser recíproca. Se os
homens podem instruir-se com os Espíritos, também estes podem instruir-se com os
homens.
O grande critérium do ensinamento dado pelos Espíritos superiores é a Lógica.
Temos motivos para não aceitar levianamente todas as teorias dadas pelos
Espíritos. Quando surge uma teoria nova, fechamo-nos no papel de observador;
fazemos abstração de sua origem espírita, sem nos deixar ofuscar pelo brilho de
nomes pomposos; examinamo-la como se emanasse de simples mortal; procuramos
ver se ela é racional, se dá conta de tudo, se resolve todas as dificuldades. (Revue
Spirite – 1860 – pág. 108)
JULGAMOS.
COMPARAMOS.
TIRAMOS
CONSEQÜÊNCIAS
de
nossas
observações. Seus erros mesmo são para nós ensinamentos. Não fazemos renúncia
de nosso discernimento (Revue Spirite – 1860 – pág. 176). OBSERVAR, JULGAR e
COMPARAR , tal é a regra constante que tenho seguido (Obras Póstumas).
Trabalho com os Espíritos como trabalho com os homens; são para mim do mais
humilde ao mais graduado, instrumentos de meu aprendizado e, não reveladores
predestinados. (Obras Póstumas)
Allan Kardec, quando decidia em prol de uma doutrina, fazia-o com tamanha
segurança que ninguém, encarnado ou desencarnado, seria capaz de levá-lo a
reconsiderar, pois havia eliminado todos os argumentos em contrário.
Muito ao contrário, o “Espiritismo à Brasileira” ou, como queiram, “Às avessas” não
consideram esses cuidados. Convém lembrarmos Dora Incontri em seu livro “Kardec
Educador Rivail” que com muita lucidez afirma: “ ... é preciso considerar que
existem claramente duas tendências no movimento espírita brasileiro: a mais
popular, que se tornou massa de crítica nas últimas décadas, praticada na
maior parte dos centros espíritas e nas obras sociais que levam o rótulo de
espírita,
tem
um
perfil
politicamente
conservador
e
socialmente
assistencialista. Realizando quase um sincretismo com a herança católica,
essa tendência é criticada pela outra face do espiritismo brasileiro,
representada entre outros pelo jornalista e filósofo J. Herculano Pires.” Os que
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se alinham na primeira terão muita dificuldade para compreenderem a seriedade
desta exposição de motivos que nega de forma peremptória a possibilidade de
algum Espírito originário de Capella tenha em qualquer época se exilado na Terra –
suas crenças oscilam entre a fé cega e dogmática ainda presente como marcante
influência católica e a ciência que colocam como fé raciocinada.
Vamos então examinar a questão mais detidamente sem dar importância a
opinião da maioria dos adeptos do primeiro segmento do espiritismo
brasileiro, uma vez que, para a ciência não tem valor algum.
Frontispício da obra “A Caminho da Luz” - a primeira a sustentar a opinião de que
Espíritos originados de Capella tenham se exilado no planeta Terra. No Antilóquio da
obra, o Espírito que se apresenta como sendo Emmanuel, assim se expressa:
(1) "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho"
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A contradição com o frontispício da obra é visível: embora tenha afirmado no
subtítulo que se trata da História da Civilização, ele nega que a obra seja um
trabalho histórico. Outro erro está em afirmar que a história do mundo está
compilada e feita, qualquer historiador pode apresentar fatos que demonstrem
justamente o contrário: a história está sempre sendo reescrita a cada nova
descoberta arqueológica. As interpretações do autor referem-se ao conhecimento
existente na década iniciada em 1930 e que hoje precisam ser revistas.
Há também algumas informações científicas hoje descartadas em função de novas
descobertas e da formulação de novos e mais precisos conceitos. Veremos alguns
exemplos.
Emmanuel no livro A CAMINHO DA LUZ, cap. I, A Gênese planetária, subcap. A
comunidade dos Espíritos Puros
De fato, considera-se que a Terra se formou de uma nebulosa. Uma nebulosa
planetária é um objeto constituído por um invólucro brilhante de gases e plasma,
formado por certos tipos de estrelas no período final do seu ciclo de vida. Não está
de todo relacionada com planetas, uma vez que seu nome resulta de uma suposta
similitude com a aparência que apresenta em muitos casos com planetas gigantes
gasosos. As nebulosas desempenham um importante papel na evolução química
das estrelas e até mesmo das galáxias. É rica em carbono, azoto, oxigênio e cálcio,
originários de nucleossíntese a partir do hidrogênio.
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Outro fato digno de observação no texto extraído do livro “A Caminho da Luz” é a
informação que antecipava a vinda de Jesus à face da Terra, que Espírito poderia
ter tal informação? E onde foi parar a universalidade da informação? É confiável o
que vem de um único Espírito? Um Espírito comum poderia ter o privilégio de
conhecer os designios divinos a ponto de notificar a vinda de um Espírito de tal
envergadura para presidir os destinos espirituais da humanidade planetária?
Emmanuel no livro A CAMINHO DA LUZ, cap. I, A Gênese planetária, subcap. A
Criação da Lua
A origem da Lua é um outro problema. A hipótese atualmente mais aceita, uma vez
que todas as outras foram descartadas por apresentarem grandes senões é
conhecida como “hipótese de grande impacto”, explicada resumidamente assim: um
planetésimo mais ou menos do tamanho de Marte, chocou-se com a Terra logo após
sua formação, destruindo uma grande parte do material que o constituia, além de
uma parte da Terra primitiva. O núcleo férrico, que fazia parte desse planetésimo foi
absorvido pela Terra, enquanto o que restou deu origem à Lua atual. A hipótese do
impacto apresenta vários fatores a seu favor, por exemplo, explica as diferenças
geofísicas existentes entre a Terra e a Lua, bem como as idades diferentes que
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aparentam. A idéia defendida por Emmanuel é que a Lua teria se originada da Terra,
o que é contestado pela ciência.
Emmanuel no livro A CAMINHO DA LUZ, cap. I, A Gênese planetária, subcap. A
solidificação da matéria
Emmanuel desconhece totalmente a posição da ciência em relação à formação da
Terra. O diagrama seguinte demonstra a abundância do hidrogênio no Universo, que
não poderia ter surgido na Terra quando ocorreu a diferenciação da matéria
ponderável. O hidrogênio já existia no momento da formação da Terra, como um dos
elementos da nebulosa.
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O elemento mais abundante no Universo é exatamente o mais leve e simples de
todos: o hidrogênio (1H1), com apenas um próton em seu núcleo. A seguir vem o
hélio (4He2) com dois prótons e 2 nêutrons em seu núcleo. Cerca de 98% da massa
do Universo é constituída desses dois elementos e os outros 2% reúnem todos os
outros elementos químicos.
SOBRE AS OBRAS ESPIRITAS
São apenas alguns dos livros que os defensores da idéia dos Exilados de Capella
citam como referência. Kardec é suficientemente claro quando escreve na
Introdução do livro “A Gênese”:
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Allan Kardec in A GÊNESE, Introdução
Não é exatamente o que pode se esperar das obras ilustradas acima. Os assuntos
tratados em “La Revista Espírita” não deixam qualquer dúvida sobre sua qualidade
duvidosa. Nenhuma delas tem qualquer compromisso com os critérios aplicados por
Kardec na Codificação Espírita: faltam a Universalidade e a aprovação da lógica e
do bom senso.
Os defensores de “Os Exilados de Capella” em sua totalidade não agem como
bons juízes uma vez que opinam sobre coisas que não são de sua competência. Diz
Kardec: “Se quereis construir uma casa, procurais um músico? Se estivésseis
doente vos faríeis cuidar por um arquiteto? Se tivésseis um processo, procuraríeis a
opinião de um dançarino? Enfim, se se trata de uma questão de teologia, a fareis
resolver por um químico ou por um astrônomo? Não; cada um em seu trabalho. As
ciências vulgares repousam sobre as propriedades da matéria que se pode
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manipular à vontade, e os fenômenos que ela produz têm por agentes as forças
materiais.” Uma crença verdadeiramente espírita apóia-se sobre o raciocínio e sobre
os fatos. E os fatos depõem contra a hipótese de que alguns Espíritos tenham vindo
se exilar na Terra, vindos de Capella.
Um grande número de obras, publicadas com o rótulo Espírita não o são de fato,
uma vez que em momento algum foram avaliadas e comparadas com a Codificação
Kardeciana, ou submetidas a mais estrita lógica. O que dizer de uma obra que se
apresenta como sendo inspirada pelo Espírito Erasto, mas que não passa de um
arremedo para encobrir uma teoria defendida há tempos no gênero mais escabroso
de “Eram os Deuses Astronautas?”.
SOBRE A REVELAÇÃO
Allan Kardec in A GÊNESE, cap. I, item 3, Caracteres da Revelação Espírita.
Erasto, em O Livro dos Médiuns, chama a atenção dos dirigentes de grupos,
centros e instituições espíritas, para que sejam cautelosos, vigilantes, estudiosos e
que tenham senso apurado e sagacidade acentuada, para poderem agir com
discernimento quanto a escolha das comunicações autênticas, mas, sobretudo para
tratar respeitosamente os que se deixam iludir, uma vez que, têm a responsabilidade
de esclarecer ao mesmo tempo consolar:
“Na dúvida, abstém-te, diz um sábio provérbio antigo. Não admitais, pois, o que não
for para vós de evidência negável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que
vos pareça duvidosa, passai-a sempre pelo crivo da razão e da lógica. O que o bomsenso e a razão reprovam, rejeitai corajosamente. Mais vale rejeitar dez verdades do
que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa.” (LM, parte II – cap. XX: 30).
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A missão dos espíritas fica claramente definida quando Erasto afirma: “... cuidado,
porque entre os chamados para o Espiritismo, muitos se desviaram da senda!
Atentai, pois, no vosso caminho e buscai a verdade”. (LM – parte II – cap. XX: 04)
Acrescentamos ainda alguns esclarecimentos dados por Kardec com base em uma
comunicação obtida a respeito do caminho a ser trilhado até que a doutrina espírita
conquiste sua maturidade: “Os espíritas esclarecidos devem se felicitar com o fato
de as falsas e contraditórias idéias se revelarem neste período inicial, pois que são
combatidas, arruínam-se e se esgotam no decorrer da infância do Espiritismo. Uma
vez purgado de quanto haja de indesejável, ele cintilará com um brilho mais vivo e
caminhará com um passo mais firme até que tenha alcançado o seu pleno
desenvolvimento.” Mais adiante ele acrescenta: “... dessas dissidências, basta
observar o quanto se passa. Em que se apóiam elas? Em opiniões individuais que
podem reunir algumas pessoas, pois não há idéia, por mais absurda que seja, que
não encontre participante.”
“De resto o erro leva consigo, quase sempre, o seu remédio. E o seu reino, por outro
lado nunca é eterno. Cedo ou tarde, enceguecido por uns poucos sucessos
efêmeros, faz-se vítima de uma espécie de vertigem e curva-se ante as aberrações
que precipitam sua queda. Deplorais as excentricidades de certos escritos
publicados sob a cobertura do Espiritismo. Pelo contrário, devereis abençoá-los,
uma vez que é por esses excessos mesmos que o erro se perde. O que é que vos
choca nesses escritos? O que é que vos ocasiona repulsa e, muitas vezes, vos
impede de lê-los até o fim? Exatamente o que fere, violentamente, o vosso bom
senso! Se a falsidade das idéias não fosse bastante evidente, bastante chocante,
talvez elas mesmas vos deixaríeis prender, enquanto que os erros tão manifestos ,
ferindo-vos constituíram-se em contravenenos.” (Viagem Espírita em 1862)
Por que nos preocuparmos com os erros?
Segundo Kardec, esses erros provêm quase sempre de Espíritos levianos –
podendo, portanto existir algumas raras exceções. Ele adverte que entre eles se
encontram os pseudo sábios, que se comprazem vendo editadas suas fantasias e
utopias e isso por homens que conseguiram enleiar a ponto de fazê-los aceitar de
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olhos fechados, tudo quanto lhes debitam, oferecendo alguns poucos grãos de boa
qualidade em meio ao joio – fato comum, principalmente entre os médiuns neófitos.
Não nos esqueçamos que o livro “A Caminho da Luz” foi escrito em 1938, quando
o médium ainda era inexperiente e não contava com a supervisão segura de críticos
tal como aconteceu com a Codificação Espírita.
O Codificador faz ainda uma observação de estrema relevância: “Isso me leva a
dizer algumas palavras sobre as comunicações mediúnicas. A sua publicação tanto
pode ser útil, se feita com discernimento, quanto perniciosa, em caso contrário.
”Quando um Espírito apresenta um ditado isolado e que não tem como se verificado
imediatamente pela ciência ou pela racionalidade da prova é preciso que se tome
um cuidado especial: “Não haveria nenhum inconveniente em publicar-se essas
espécies de comunicações , se as fizessem acompanhar de comentários, seja para
refutar os erros, seja para lembrar que constituem a expressão de uma opinião
individual, da qual não se assume absolutamente a responsabilidade. Assim, talvez
revelasses um lado instrutivo, pondo a descoberto a que aberrações de idéias
podem se entregar certos Espíritos. Mas publicá-las pura e simplesmente,
apresentá-las como expressão da verdade e garantir a autenticidade das
assinaturas, que o bom senso não pode admitir, nisso está o inconveniente!” Não
há como contestar Kardec em suas judiciosas, precisas e cuidadosas observações,
trata-se da pedra de toque que sempre foi desprezada no primeiro alinhamento do
Espiritismo à brasileira, o que se identifica mais com o catolicismo, a ponto de
reeditar a infalibilidade de médiuns e de espíritos que tenham se consagrado por
seus feitos. Mais uma vez recorremos ao nosso referencial maior: “No interesse da
doutrina convém, pois, fazer uma escolha muito severa em semelhantes casos e pôr
de lado, com cuidado, tudo quanto pode, por uma causa qualquer, produzir uma
ruim impressão ...” e, mais ainda: “O Espiritismo sério se faz patrono, com alegria e
apressuramento, de toda obra realizada com critério, qualquer que seja o país de
onde provém, mas que igualmente, repudia todas as publicações excêntricas .
Todos os espíritas que, de coração, vigiam para que a doutrina não seja
comprometida, devem, pois, sem hesitação, denunciá-las, tanto mais porque, se
algumas delas são produto da boa fé, outras constituem trabalho dos próprios
inimigos do Espiritismo, que visam desacreditá-lo e poder motivar acusações contra
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ele. Eis porque, repito, é necessário que saibamos distinguir aquilo que a doutrina
espírita aceita daquilo que ela repudia.”
(Viagem Espírita em 1862)
OS ESPÍRITOS PODEM TUDO REVELAR?
(A Gênese – cap. I)
Não se justifica nenhuma reação adversa quanto às nossas ponderações
arrazoadas quando constituem um juízo centrado na mais estrita lógica doutrinária
espírita, perfeitamente de acordo com as obras balizadoras – únicas quando se trata
de traçar a linha metodológica a ser seguida no trabalho da crítica espírita. Por hora
estamos apresentando as referências doutrinárias como ponto de partida para a
defesa das idéias que abraçamos, antes de desenvolvermos as razões científicas
que por si bastariam para provar a impossibilidade de existência de exoplanetas e
conseqüentemente de vida orgânica em qualquer das estrelas capelinas existentes.
(A Gênese – cap. I)
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É absurdo supor que um Espírito seja infalível, ou seja, que não possa errar num ou
noutro ponto. Não existe médium perfeito, capaz de servir de intermediário ideal
para garantir a fidedignidade da mensagem transmitida: o animismo, em maior ou
menor intensidade, é um escolho que convém não descartar em semelhantes casos.
Não há como identificar de forma precisa a interferência do médium em qualquer
comunicação, isto sem contar a ilusão que pode acometer o médium quanto à
origem de suas idéias. Nenhum Espírito superior sentir-se-á minimizado pela crítica,
ao contrário, compreendê-la-á, ficará feliz pela prova de zelo e cuidado que se toma
com os postulados espíritas. Se o assunto não fosse de tamanha importância,
Kardec não se preocuparia em repetir suas advertências revelando tantos cuidados,
em outras obras:
Emmanuel in "A CAMINHO DA LUZ", capítulo I, subcapítulo "A Solidificação da
Matéria"
Por acaso, quando se trata de identificar qual, ou quais mundos são habitados por
inteligências algo semelhantes aos dos humanos terráqueos, não se trata de guiar
descobertas que competem à Ciência? Não envereda o autor espiritual por
caminhos que fogem à sua competência? Não vejo razão alguma para
desprezarmos Kardec tão somente por se tratar de um trabalho de crítica que afeta
Emmanuel e seu famoso médium. Mais uma vez citamos Erasto: “É necessário
distinguir as comunicações verdadeiramente sérias das comunicações falsamente
sérias, o que nem sempre é fácil, porque é graças à própria gravidade da linguagem
que certos Espíritos presunçosos ou pseudo-sábios tentam impor as suas idéias
mais falsas e os sistemas mais absurdos. E, para se fazerem mais aceitos e se
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darem maior importância, eles não têm escrúpulos de se adornar com os nomes
mais respeitáveis e mesmo os mais venerados.” Allan Kardec muito insistiu num
ponto, que convém relembrarmos: “Já dissemo-lo cem vezes: PARA NÓS A
OPINIÃO DE UM ESPÍRITO, SEJA QUAL FOR O NOME QUE A TRAGA, TEM
APENAS O VALOR DE UMA OPINIÃO PESSOAL. Nosso critério está na
concordância universal, corroborada por uma lógica rigorosa, para as coisas que
não podemos controlar com os próprios olhos. De que nos serviria prematuramente
dar uma doutrina como verdade absoluta, se, mais tarde, devesse ela ser combatida
pela generalidade dos Espíritos?
Ecoa em nossas mentes, sem cessar, as recomendações que foram inseridas na
Codificação, não por acaso, ou apenas para preencher lacunas em algumas páginas
mas, para nos mantermos atentos com “... os ditados mentirosos e astuciosos,
emanados de uma turba de Espíritos enganadores, imperfeitos e maus.” E exortou a
todos “... a desconfiar das comunicações que têm um caráter de misticismo, ou que
prescrevem cerimônias e atos bizarros porque então há um motivo legítimo de
suspeita”, pois, “quando uma verdade deve ser revelada à Humanidade, é, por
assim dizer, instantaneamente comunicada em todos os grupos sérios que possuem
médiuns sérios.” Mas a seriedade, o histórico revelador de muitos anos dedicados à
causa espírita, tanto no aspecto social e assistencial como em sua divulgação e
propagação, não se apresenta como elemento que possa garantir qualquer
infalibilidade no campo das idéias.
Os Espíritos, de fato, não podem tudo revelar e não são infalíveis. Usar o argumento
de que são Espíritos perfeitos é outro erro de juízo cuja fragilidade fica evidente
quando indagamos sobre uma questão de mérito: pode uma criança no rudimento
de seus estudos de aritmética julgar a excelência de um Doutor ou de um PHD em
álgebra abstrata ou em Cálculo avançado? Claro que não. Do mesmo modo como é
possível, Espíritos ainda tão primários, julgar a excelência de algum outro Espírito
classificando-o como perfeito ou como próximo da perfeição, se não dispõe do
conhecimento indispensável que lhe garanta um referencial de perfeição somente do
conhecimento de outro Espírito perfeito e de Deus?
SOBRE A VIDA EM OUTROS MUNDOS
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“Que pensaríeis de um homem que se erigisse em censor de uma obra literária sem
conhecer literatura? De um quadro sem ter estudado pintura? É de uma lógica
elementar que o crítico deva conhecer, não superficialmente, mas a fundo, aquilo de
que fala. Sem o que sua opinião não tem valor.” – Allan Kardec (O que é o
Espiritismo).
Para tratar de assuntos de Astronomia o mínimo exigido é que o crítico tenha um
conhecimento razoável da ciência, principalmente de sua metodologia. Astronomia
significa, etimologicamente falando, “a Lei das Estrelas” (do Grego: άστρο + νόµος),
qualquer que seja o juízo que se deseja apresentar. É uma ciência que envolve a
observação e a explicação de eventos que ocorrem fora dos domínios da Terra.
Estuda a origem planetária, a evolução e propriedades físicas e químicas de tudo
que pode ser observado direta ou indiretamente no espaço cósmico, bem como
todos os processos que os envolvem.
“Para combater um cálculo, é preciso opor-lhe outro cálculo, mas, para isso, é
preciso saber calcular. O crítico não deve se limitar a dizer que tal coisa é boa ou
má; é preciso que ele justifique sua opinião por uma demonstração clara e
categórica, baseada sobre os próprios princípios da arte ou da ciência. Como poderá
fazê-lo quem ignora esses princípios? Poderíeis apreciar as qualidades e os defeitos
de uma máquina se vós não conheceis a mecânica?”
Nossa crítica é orientada com base no pensamento kardeciano. Não deixaremos de
examinar todas as ponderações que venham a ser feitas em oposição ao que
defendemos, mas abraçaremos com cuidado e zelo
às que venham a ser
formuladas por estudiosos das “Leis das Estrelas”, desde que constituam tentativas
para nos provar qualquer erro.
A EXOBIOLOGIA É A CIÊNCIA QUE ESTUDA A POSSIBILIDADE DA VIDA EM
OUTROS MUNDOS.
Com a descoberta de planetas em órbita de outras estrelas, não se pode deixar de
imaginar sobre a possibilidade da existência de vida além do nosso sistema solar.
Apesar de não ter sido encontrada ainda qualquer evidência de vida extra-planetária,
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e todo o conhecimento sobre organismos e processos biológicos estar limitado ao
que se tem acesso na Terra, existe uma série de hipóteses e especulações que
podem ser criadas para se tentar prever como a vida se desenvolveria e se
adaptaria em outras esferas planetárias.
Allan Kardec in nota à resposta da questão 55 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Precisamos responder a muitas perguntas antes de apresentarmos qualquer
conclusão, negando ou aceitando, a existência de vida orgânica em um exoplaneta.
A seguir apresentaremos alguns fatos importantes na tentativa de respondermos
uma a uma cada questão proposta.
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Se a estrela não se encontra na seqüência principal não será suficientemente
estável para possuir um sistema planetário, onde algum de seus componentes
possa estar numa zona habitável. O diagrama Hertzsprung-Russel, ou de forma
simplificada, diagrama HR mostra algumas relações gerais entre as estrelas e
possíveis ciclos de queima que estariam ocorrendo em seus interiores. Na figura
acima, a seqüência principal aparece indicada por V, é onde se encontra o nosso
Sol (na faixa alaranjada), justamente a faixa que indica a presença das estrelas que
queimam hidrogênio. Na faixa IV, as estrelas queimam hélio produzindo carbono e
oxigênio. Capella encontra-se
na seqüência III onde as gigantes amarelas
esgotaram praticamente todo o hélio que tinham a queimar e já iniciam a queima do
carbono, evoluindo rapidamente para a faixa II, das gigantes vermelhas.
Ainda é um desafio para os astrônomos o estudo da evolução estelar numa escala
de milhões ou bilhões de anos, pois nossa vida útil na Terra não vai muito além de
50 anos. Com o diagrama HR podemos ter muitas respostas: basta observar todos
os tipos de estrelas existentes em todas as suas fases evolutivas possíveis, e tais
estrelas podem perfeitamente estar ajustadas no diagrama HR. Pesquisadores
desenvolvem teorias sobre como são as peças do quebra-cabeça que, uma vez
montado, justamente com as teorias físicas, poderá informar sobre a vida de uma
estrela. Capella é uma estrela muito conhecida, principalmente pela sua localização
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e grandeza – está perfeitamente determinada no diagrama HR, onde não deixa
qualquer dúvida sobre suas características mais relevantes. O diagrama HR e suas
variações, serve para correlacionar e deduzir parâmetros estrelares que são, em
geral, muito difíceis de serem obtidos diretamente.
Numa estrela como Betelgeuse não
há
como
estável.
pensar
num
sistema
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Estrelas turbulentas, não estáveis,
geralmente,
distâncias
despejam
jatos
elevadas
de
a
grandes
plasma
temperaturas.
a
Inviabiliza
qualquer forma de vida orgânica,
mesmo porque a quantidade de Raio
X seria mortal.
Dependendo do tamanho e da massa
da estrela, jatos de plasmas podem
ultrapassar em muito a distância de
200 UA e sua
superar
temperatura pode
milhões de graus Kelvin,
inviabilizando a existência de uma
zona habitável.
Mas nós não existiríamos se não
houvesse o carbono, o oxigênio e
tantos outros elementos que nos
constituem
e
contribuem
para
a
riqueza da Terra e do Universo.
Onde
foram
criados
esses
elementos? O Sol não é responsável
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por isso, pois tais elementos em sua
superfície já estavam lá à época de
seu nascimento.
O diagrama ao lado mostra como
ocorre a captura de plasma por uma
componente de
um sistema duplo. Fato semelhante ocorre com as duas estrelas principais do
sistema capelino. A seguir temos uma imagem impressionante de Capella onde se
pode ver com absoluta clareza o que acabamos de afirmar.
No Sistema Capella (Alpha-Aurigae) temos como estrelas principais uma BINÁRIA
DO TIPO SPECTROSCOPIC, duplamente alinhada. Com a estrela Aa ligeiramente
mais maciça, evoluindo mais rapidamente e um pouco mais fria que sua
companheira Ab. Ambas se apresentam em seu primeiro ascendente para uma
gigante vermelha. A estrela Aa já iniciou a fusão de seu hélio interno no carbono,
pois a baixa quantidade de lítio em sua superfície é indicativa de uma diluição por
um envelope inteiramente convectivo.
Pelo fato da estrela Aa ser mais maciça ela
uma força gravitacional maior e o efeito da ma
ocasiona em Ab gera maior turbulência, o que p
um deslocamento de plasma no sentido da es
menor massa para a de maior massa. Em n
compara à Terra tanto em matéria de estab
como em sua linha evolutiva. Veja você mesmo
ao lado.
A estrela de maior massa encontra-se na parte
Nossa vida é devida, parcialmente, ao Sol, q
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fornece luz, a radiação que nos aquece e tem m
a Terra em sua órbita estável por mais de 4 bilh
anos. Mas, não existiríamos sem a química
carbono, o oxigênio, o hidrogênio e tantos
elementos que nos constituem e contribuem
riqueza da Terra e do Universo. E qual a
desses elementos? Por certo não é o Sol respo
direto por cada um deles, a gênese e a evolu
cada substância primitiva é mais remota.
Nesta imagem temos uma bela visão das
estrelas-mães de Capella
Os átomos, ou elementos, a partir dos quais somos formados, em boa parte, foram
criados em outras estrelas. A nebulosa que deu origem ao sistema solar é um
subproduto da evolução de algum outro sistema mais complexo. As partes mais
internas das estrelas funcionamcomo poderosas “fornalhas” nucleares, responsável
pelos processos de fusão de núcleos de elementos, transformando-os em novos
núcleos ou novos elementos: é o que chamamos de nucleossíntese.
Não existe somente a fusão como
explicação para a gênese do elemento
químico. Outros processos podem criar
muitos elementos em várias etapas.
Assim, cada estrela, cada sistema, tem
uma
função
bem
determinada
na
gênese da vida no Universo e mais do
que isso são pontes para a evolução
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
ALBINO A. C. DE NOVAES
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de todos os sistemas como num
processo
de
“eterna
reciclagem
natural”. As estrelas de maior massa
terminam suas vidas com uma colossal
explosão
Nessa
chamada
explosão,
de
a
super-nova.
maioria
dos
elementos é criada para compor outros
corpos
que por sua vez executam suas funções no Universo. Nossos corpos resultam de
uma fase desse processo. É assim, em síntese, que a base química da vida é
formada e não pode ser diferente em parte alguma, pois resulta de um procedimento
natural que se aplica onde quer que haja vida. Não há uma química especial para
cada planeta ou uma química privilegiada para “abençoar” um ou outro astro, ela é
universal como as leis naturais. Com a explosão esses novos elementos são
distribuídos no espaço e para serem utilizados de acordo com o ambiente e
concentração. Os restos podem formar novas estrelas e novos planetas misturados
à poeira e aos gases já existentes de explosões anteriores e que constituem o meio
interestelar.
Quando dizemos que a Química do Universo é única temos uma razão científica
para isso: a própria estrutura física do elemento químico. Um átomo ou elemento
químico é constituído por um núcleo atômico que em geral está acompanhado de
elétrons em sua volta. Os núcleos têm prótons e nêutrons, a menos do elemento
mais simples que é o hidrogênio. O homem elaborou modelos eletrônicos para
melhor compreender as ligações dos átomos na formação das substâncias
compostas.
O diagrama abaixo mostra de forma muito precisa o que vem acontecendo com as
estrelas-mães conhecidas como Alpha Aa e Alpha Ab Aurigae ou mais vulgarmente
conhecidas como Capella.
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O XMM RGS SPECTRUM de Capella demonstra o atual estágio evolutivo da
Química estelar do par de estrelas gigantes – qualquer especialista em análise
spectral ou um astrofísico experiente poderá concluir que o sistema atualmente
encontra-se na fase final da queima do Hélio, já iniciando a queima do Carbono fato
indicado pelas linhas de emissão do ferro.
Quando nos referimos a um elemento químico seguido de um número, tal número,
corresponde ao número de massa que é numericamente dado por A=Z+N onde Z
designa o número de prótons ou o número atômico; N é o número de nêutrons do
núcleo atômico. Os nomes dos diferentes elementos químicos (hidrogênio, hélio,
nitrogênio, carbono, etc.) mudam de acordo com o número de prótons em seus
núcleos. Assim, por exemplo, temos na seqüência: Hidrogênio (Z=1 ou 1 próton),
Hélio (Z=2 ou 2 prótons), Lítio (Z=3 ou 3 prótons), Berílio (Z=4 ou 4 prótons), Boro
(Z=5 ou 5 prótons), Carbono (Z=6 ou 6 prótons) e assim sucessivamente até os
Mendelevium (Z=101 ou 101 prótons), Nobélio (Z=102 ou 102 prótons) e Laurêncio
(Z=103 ou 103 prótons). Existem mais 23 elementos obtidos em laboratórios
elevando a lista até 126. Não há qualquer buraco na Tabela Periódica, o que nos
leva a concluir que todos os elementos químicos até Z=126 foram descobertos e que
outros não há, pois não pode existir número atômico fracionário: portanto, não existe
outra Química no Universo – ela é única!
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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A vida orgânica não tem como existir com uma química diferente, ao contrário do
que muitos pensam ingênuamente. Se não há corpos carnais não tem qualquer
sentido de se falar em REENCARNAÇÃO.
Além dos elementos químicos ou dos átomos, considera-se a existência das
subpartículas e uma combinação delas (em condições apropriadas) pode dar origem
ao elemento químico mais simples que se conhece: o hidrogênio. Entre eles citamos
os Léptons , Quarks e os Bósons Intermediários.
No quadro seguinte apresentamos uma lista mostrando inclusive a simbologia
universal utilizada para as subpartículas.
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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Para melhor visualização, do EXOSAT, extraímos a distribuição das linhas de Ferro
de Capella, lembrando que 1 angstron corresponde a 10-10m.
Entretanto, a corona mais profunda, quente da estrela Aa é muito mais variável do
que aquela da estrela Ab. Os spectros ultravioletas extremos das estrelas Aa e Ab
indicam a presença de linhas de emissão de ferro Fe XV ao Fe XXIV (a mais).
***
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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Demonstração de como funciona a nucleossíntese
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Imagens
estrela
da
próxima
(Ab)
Capella
obtidas
quatro
de
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pelos
detetores
ASCA.
Os
detectores Solidstate
do
Spectrometer
da
imagem
latente
(SIS)
operados
foram
na
modalidade
acoplada
cargas
quatro
do
dispositivo (CCD).
Em cada imagem
dos detectors do
Spectrometer da imagem latente do gás, a fonte da calibração do ferro pode
ser vista na borda do campo visual.
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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O SPECTRUM GRATING é dado forma olhando o número dos raios X detectados
ao longo do “arco-iris raio X”. O spectrum grating pode revelar as linhas individuais
das emissões de raio X por uma variedade de elementos e seus íons, por exemplo,
linhas do Fe e do Ne (néon) são vistos na figura ao lado. Esta região de energia
corresponde à indicada pela caixa branca seguinte e mais no spectrum de ACIS
dado no slide anterior. O spectrum verde é dos gratings do megohm e o spectrum
vermelho é dos gratings de HEG.
DO “DIAGNÓSTICO PLASMA”
Os raios X vistos aqui são criados pelos átomos aquecidos à temperatura de milhões
de graus. Nestas altas temperaturas, os elétrons exteriores do átomo são
“descartados” para outros átomos mais afastados; o átomo é um íon positivamente
carregado e é parte de um plasma de alta temperatura.
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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Medindo a intensidade, o fluxo, das diferentes linhas emissoras, obtemos
informações sobre o estado do plasma. As relações das linhas de fluxo do mesmo
íon dependem da temperatura e da densidade, enquanto que os íons diferentes
informam sobre o estado de ionização. Uma investigação mais abrangente pode ser
feita na composição e na quantificação química envolvendo o sistema.
Todos nós estamos expostos a este tipo de radiação, sem muita escolha, um
exemplo disso é a presença de monitores de computador e televisores. Estas são
fontes clássicas de emissão de raio X, em pequena quantidade, é verdade, mas não
deixa de ser. Os aparelhos mais recentes possuem dispositivos para evitar a
emissão desta radiação, uma vez que ela não é muito benéfica para a vida humana,
o que lhes conferem maior segurança. Nos monitores e aparelhos de TV, existe um
dispositivo que emite e acelera elétrons, que são levados a colidirem contra um
anteparo (a tela), ocorrendo um freiamento dos elétrons, produzindo assim, radiação
X. Recebemos raio X do Sol, mas ocorre uma “filtragem” na atmosfera
suficientemente densa e muito pouco chega a atingir o solo do planeta. Como vimos,
os raios X são perigosos, muitas doenças são causadas por radiação. O problema é
que os raios X são uma forma de radiação ionizante. Quando a luz normal atinge um
átomo, ela não muda esse átomo de maneira significativa. Mas quando raios X
atingem um átomo, ele pode expulsar elétrons desse mesmo átomo para criar um
ION, ou seja, um átomo eletricamente carregado. Então, os elétrons livres entram
em colisão com outros átomos para criar mais ÍONS. A carga elétrica de um íon
pode gerar uma reação química anormal no interior das células. Entre outras coisas,
a carga pode quebrar as cadeias de DNA e desenvolver uma série de mutações. Se
várias células morrerem em decorrência, tipos variados de doenças podem ocorrer.
No caso de mutação a célula pode se tornar cancerígena e produzir um tipo de
câncer letal que pode se espalhar rapidamente por todo o organismo. Caso a
mutação ocorra em um espermatozóide ou em um óvulo, pode originar defeitos
congênitos graves.
Um mundo exposto a grandes emissões de raios X não tem como desenvolver
qualquer forma de vida, pelo que acabamos de expor. O SPECTRUM GRATING é
conclusivo: as componentes Aa e Ab de Capella, juntas representam uma perigosa
fonte de raios X – cerca de 10000 vezes maior que o nosso Sol. Se um planeta
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como a Terra existisse a 150 milhões de quilômetros das duas gigantes amarelas
seria necessária uma atmosfera extremamente densa o que também inviabilizaria a
vida sobre sua superfície. Eis aí mais um entrave à existência de qualquer forma de
vida orgânica nas cercanias de Capella.
***
Pesquisadores de diversos centros observacionais do mundo têm procurado
exoplanetas e estruturas proto-planetárias, através da variação fotométrica, durante
os eventuais trânsitos dos satélites colocados em órbita da Terra.
COROT é um deles – tem como alvo cerca de 30 estrelas jovens com idade de 5 a
10 Myr. A linha do lítio 670.7nm permite selecionar estrelas na faixa de idade
desejada. Os alvos devem ser preferencialmente estrelas G e K de rotação elevada.
Sistema Solar: modelo ideal
Sistemas
múltiplos
como
Capella
dificilmente
apre
formação planetária. Temos encontrado planetas em s
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duplos e em sistemas triplos, mas não se conhece plane
sistemas quádruplos e muito menos nos que abrigam
estrelas num raio de 1 ly, como em Capella.
De acordo com as observações, a probabilidade de se en
planetas em sistemas simples como o nosso Sol, é bem m
que em sistemas duplos e triplos e
altamente
improvável
em
sistemas
com
um
número
maior
de
estrelas.
Provavelmente este é o motivo pelo qual NENHUM PLANETA TENHA SI SIDO
ENCONTRADO EM QUALQUER DAS NOVE FORMAÇÕES ESTELARES DE
CAPELLA.
Não existe vida orgânica sem planetas!
Em Capella encontramos estrelas como:
Anãs vermelhas (frias) – são mais comuns no Universo - possuem baixa
luminosidade – localizadas no diagrama HR na extremidade inferior da seqüência
principal. Temperatura típica = 2700 K; raio = 0,1 R☼, Massa = 0,1 M☼; densidade
em torno de 100 vezes a densidade do Sol.
Anãs marrons - estrelas de menor massa - muito baixa luminosidade, estrelas
fracas, difíceis de serem detectadas. Classificadas em 1975 pela Astrônoma
americana Jill Cornell Tatter. São proto-estrelas, massa < 0,08 M☼ - nunca
queimarão
hidrogênio,
nunca
atingirão
a
seqüência
principal.
Elas
têm
aproximadamente 13 a 60 Mjup; com uma temperatura efetiva de 1000 K. São
conhecidas mais de 150 e uma delas no sistema α Aurigae.
Anãs brancas – encontram-se na margem inferior do diagrama HR.
As componentes anãs não são muito maiores do que a Terra.
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De acordo com o glossário do Observatório
Nacional assim se apresenta o sistema Capella
ou Alpha Aurigae:
Principais Características
•
É um sistema de estrelas múltiplas que
contém pelo menos 9 estrelas
•
Este sistema brilhante está no Hemisfério
Norte, a 45o da estrela Polaris, que é a estrela
polar do norte.
•
Ela está na constelação de Auriga
Alguns objetos interessantes em Capela:
Estrelas
•
As duas estrelas mais brilhantes em Capela são um sistema de estrelas
binárias.
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•
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Elas são ambas amarelas, como o nosso Sol, com massas 2,6 e 2,7 vezes a
massa do Sol.
•
Uma delas é 9 vezes maior do que o Sol e a outra é 12 vezes maior.
•
Cada uma delas libera, aproximadamente, 78 vezes a luz liberada pelo Sol.
•
Estas duas estrelas estão a aproximadamente 43 anos-luz da Terra
Não há qualquer indicação de formação planetária.
Aspecto da superfície de Aa Capella.
As componentes do sistema Alpha Aurigae (Capella)
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Esquema mostrando a ejeção de plasma das estrelas principais de Capella
As duas gigantes amarela de Capella são, respectivamente, do tipo espectral G8III
e G0III - no diagrama HR é colocada numa posição fora da seqüência principal.
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***
A emissão de plasma e matérias estelares têm grande dimensão e alcance quando
se trata de estrelas massivas e turbulentas como as gigantes amarelas de Capella.
O Sol com cerca de 6 bilhões de anos é considerada uma estrela de idade mediana
e estável. Teve tempo suficiente para realizar todos os ciclos – se um planeta
rochoso estiver na posição certa, dificilmente deixará de completá-los. E foi o que
aconteceu: a Terra reúne todas as condições.
Diferentemente, Capella é uma estrela muito jovem, sua idade estimada é de 525
milhões de anos. Mas seu ciclo de vida será muito menor do que o do Sol, pois
possui aproximadamente 2,7 Msol . A outra componente apresenta massa 2,6 Msol .
As outras estrelas do sistema são anãs brancas, anãs vermelhas e uma anã
marrom, que é na verdade uma proto-estrela e suas massas são consideravelmente
menores do que a massa solar.
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De acordo com Hummel e outros (1994) as estrelas Aa e de Ab são separadas por
cerca de 0.730 UA (108 milhões de quilômetros) e movem-se com uma órbita
circular (e= 0.000), com um período de somente 104.0 dias e uma inclinação orbital
aproximadamente de 137.2° dA - perspectiva de um observador na terra. As duas
estrelas brilhantes têm um outro par nas proximidades são as componentes não
ofuscantes C e D em uma separação atual de aproximadamente 11.000 AUs, ou uns
0.17 light-years. As outras componentes na região do sistema, estão um pouco mais
afastadas indo até a faixa limítrofe de 1 ly.
Aa Capella numa escala comparativa com outras estrelas mostra a diferença de
tamanho com o nosso Sol.
Por que os exilados não vieram de Capella? Apontaremos alguns fatores que
demonstram ser falsa a idéia de vida orgânica em qualquer das esferas capelinas.
PRIMEIRO FATOR: A IDADE DO SISTEMA.
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A evolução de uma estrela depende de sua
massa. As proto-estrelas com massa inferior a
0,06 massa solar nunca se tornarão quentes o
suficiente para dar início a reações nucleares.
Aquelas com massa entre 0,06 e l ,4 massa solar
passam rapidamente para a seqüência principal e
podem permanecer nela por pelo menos 10
bilhões de anos.
Quando o hidrogênio disponível se esgota, o
núcleo se contrai, o que aumenta sua temperatura
para 100 milhões de graus Celsius. Nessas
condições, o hélio pode começar uma reação de
fusão e a estrela se expande, tornando-se uma
gigante
vermelha.
Finalmente,
as
camadas
externas da estrela são expelidas, formando uma
nebulosa planetária. O núcleo então se comprime
e a estrela se toma uma pequena anã branca.
Estrelas com massas solares de l ,4 a 4,2
evoluem mais rápido e morrem mais jovens,
permanecendo na seqüência principal por
cerca de um milhão de anos, antes de passar
a gigante vermelha. A temperatura continua a
aumentar, enquanto elementos mais pesados
são sintetizados, até que o ferro é produzido a
700 milhões de graus Celsius. A estrela se
desintegra em uma grande explosão e se
transforma em supernova, espalhando uma
imensa nuvem de poeira e gás, em cujo centro
permanece uma pequena estrela de nêutrons
que gira muito rápido e é extremamente densa:
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l cm3 tem massa de cerca de 250 milhões de
toneladas.
Cientistas
do
MIT
(Instituto de Tecnologia
de
Massachusetts)
descobriram uma espécie
de poeira e rocha ao
redor de um pulsar, um
corpo celestial que surge
em
conseqüência
dos
restos da explosão de
uma estrela.
É
dessa
nascem
Existe
forma
os
uma
que
planetas.
grande
possibilidade da Terra ter
nascido
assim,
juntamente com a Lua.
Usando
o
telescópio
infravermelho Spitzer da
Nasa, cientistas do MIT
observaram a radiação
liberada pelo disco de
destroços ao redor de um
pulsar jovem, a 13.000
anos-luz
da
Terra.
O
pulsar já foi uma estrela
gigante,
que
numa
supernova
anos.
"morreu"
explosão
há
100.000
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Não houve tempo suficiente para a formação de planetas rochosos indispensáveis
ao processo de “geração progressiva” que conduziria até o primeiro ser vivo sobre
sua superfície.
Quando Capella se formou há 525 milhões de anos, segundo descobertas recentes
na China e em várias regiões do mundo, já ocorria na Terra um surto evolutivo de
diversas espécies animais. Os precursores de todas as criaturas modernas estavam
lá. Há 3,5 bilhões de anos, as algas e seres microscópicos como as bactérias se
espalhavam por vários recantos da Terra e foram dominantes por um período que
corresponde a cerca de 90% da história da vida planetária. As provas de sua
presença vão sendo desenterradas em todos
os continentes. Segundo os
pesquisadores, a natureza não age de maneira lenta e gradual como se poderia
pensar. A revolução do período Cambriano deve ter durado apenas 5 milhões de
anos, quando ainda o sistema Capellino se “desprendia” da nebulosa. Os primeiros
ancestrais dos homens muito provavelmente
já caminhavam nas savanas
africanas. Para a eclosão da vida orgânica é indispensável a existência de um
planeta rochoso e além disso, uma combinação química perfeita num ambiente
propício; coisas que são possíveis somente com uma suficiente e necessária
maturação do ambiente – o que não pode ser conseguido de um momento para o
outro.
Na Terra, as condições para o surgimento dos primeiros homídios não foram as
mesmas em todos os continentes. Rift Valley é a região que se mostrou favorável e
onde muito provavelmente ocorreu a origem do homem, foi a África Oriental,
justamente a que se encontra entre o Nilo, o Zambeze e o Oceano Indico, a sul do
maciço Etíope. Acredita-se – e há muitos indícios que corroboram para que assim
tenha sido e que confirmam a teoria de que a especialização geográfica é a única
forma de evolução possível para os animais superiores. Em princípio, pois, deveria
ser possível reconstruir as árvores genealógicas das descendências segundo os
mapas paleográficos que indicam as barreiras fausnísticas.
A separação entre os grandes primatas e os africanos se deverá situar entre os 25 e
os 20 milhões de anos, em decorrência da progressiva aridificação da Arábia e da
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Somália, assim como, mais tarde, pelo avanço do Mar Vermelho. Cerca de 3 milhões
de anos separam o AUSTRALOPITHECUS do homem atual e 14 milhões de anos
deste para o KENYAPITHECUS.
SEGUNDO FATOR: NÃO HÁ QUALQUER PLANETA
Foi detectado apenas uma formação protoplanetária que tanto pode dar origem a um
planeta do tipo jupiteriano com massa muito superior a cinco vezes nosso gigante
gasoso e várias estrelas anãs de tipos variados – anãs brancas, vermelhas e
marrom. Não há qualquer possibilidade de vida orgânica sem a existência de um
planeta rochoso.
As anãs marrons não são incomuns:
A tecnologia observacional nos dias atuais está equipada para descobrir até mesmo
pequenos planetas semelhantes à Terra e se existisse algum no sistema Capella,
muito provavelmente ele já teria sido encontrado.
PARIS, 24 abr (AFP) - Um planeta "do tipo terrestre habitável", capaz de abrigar vida
extraterrestre, foi detectado pela primeira vez por uma equipe de astrônomos em um
sistema planetário extra-solar, segundo um estudo publicado na revista Astronomy
and Astrophysics.
Além disso, acrescentou, "seu raio seria 1,5 vezes o da Terra", o que indicaria "ou
uma constituição rochosa (como na Terra), ou uma superfície coberta de oceanos".
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A gravidade em sua superfície é 2,2 vezes a da superfície da Terra, e sua massa
muito fraca (5 vezes a da Terra).
Descoberto com o telescópio "Harps" de 3,6 m do Observatório Espacial Europeu
(Eso) da Silla, no Chile, este planeta orbita em 13 dias em torno da estrela Gliese
581 (Gl 581), da qual está 14 vezes mais próximo do que a distância da Terra para o
Sol.
Planeta descoberto na órbita de HD49674
TERCEIRO FATOR: A EXISTÊNCIA DE PLANETA ROCHOSO
Se
existisse
algum planeta
ele deveria se
encontrar
na
chamada
“zona
habitável”,
como
demonstramos
abaixo para o
nosso sistema
solar.
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Ao lado temos uma boa sugestão de leitura
para um conhecimento mais razoável sobre as
estrelas. O que tem levado muitas pessoas à
defesa intransigente e fanática dos exilados de
Capella é a ignorância científica.
Se
tivesse
sido
possível
algum
planeta
semelhante à Terra ter orbitado Capella Aa ou
Ab, durante sua juventude, provavelmente teria
sido reduzido em breve tempo à cinzas.
Atualmente, as zonas habitáveis de Capella Aa
ou Ab são mais distantes externamente do que
a distância orbital média entre estas duas
estrelas. (Se considerarmos como únicas
estrelas do sistema, a órbita de um planeta
“algo semelhante” à Terra, em torno de Aa,
seria centrada atualmente em torno do AU 8.7
-- justo dentro das distâncias orbitais de
Saturno no sistema solar, e para a órbita da
zona habitável de Ab teríamos algo em torno
de AU 7.8, entre as distâncias orbitais de
Jupiter e Saturno.) E somente poderia ter
ocorrido
durante
um
tempo
muito
curto
levando-se em conta a combinação das fases
das duas estrelas no presente. Se levarmos
em conta a combinação do par Aab a zona
habitável avança para algo em torno de 12,5
AU externamente ao binário.
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A Terra é um planeta rochoso , bem como todos os
planetas interiores.
Sob certos pontos de vista, não seria errado afirmar que
o terceiro planeta a partir do Sol é duplo, isto é, são dois
planetas girando em torno de um centro comum de
gravidade. Não é assim que costumamos nos referir a
Terra e a Lua, mas esta seria uma possível forma de
classificação.
O motivo é simples. Terra e Lua (assim como Plutão e
seu único satélite, Caronte) apresentam a maior
correlação de massa de todo o Sistema Solar.
Normalmente os satélites têm milhares, às vezes
milhões de vezes menos massa que seus planetas. No
sistema Terra-Lua a correlação de massa é1/81 (isto é, a
Lua tem 81 vezes menos massa que a Terra).
Sem planetas a vida orgânica é impossível, portanto, a atenção dos astrônomos
volta-se para os sistemas que apresentam as condições satisfatórias ao
desenvolvimento de planetas. Nem todas as estrelas possuem planetas. O interesse
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por Capella é pequeno, uma vez que a possibilidade de existência de planetas em
condições de habitabilidade encontrar-se descartada.
QUARTO FATOR: A QUÍMICA ADEQUADA
ELEMENTOS QUÍMICOS
Um átomo ou elemento químico, é constituído por um núcleo atômico que em geral
está acompanhado de elétrons à sua volta, Os núcleos têm prótons e nêutrons, com
exceção do tipo mais simples de hidrogênio, que tem somente um próton. Os
elétrons ocupam o que chamamos de orbitais e formam um arranjo eletrônico, que é
diferente para cada átomo. As propriedades e combinações químicas podem ser
entendidas por meio de diversos arranjos eletrônicos, que são indicados na Tabela
Periódica dos elementos.
A Química é UNIVERSAL, não existe outra química – os elementos químicos são
únicos, não podem existir outros além dos que conhecemos na Terra. A Tabela
Periódica está completa.
QUINTO FATOR: TER PELO MENOS UMA ESTRELA-MÃE
Preferencialmente uma estrela-mãe, pois sistemas duplos e triplos dificilmente
apresentam a estabilidade necessária, mesmo existindo planetas, as condições
ideais para a existências de seres orgânicos superiores são difíceis de obter.
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Astrônomos do Observatório Europeu Austral,
instalado no Chile, descobriram recentemente
uma dupla de planetas desgarrados ou seja,
sem estrela-mãe. Os dois planetas permanecem
ligados um ao outro pela força gravitacional, têm
massa 7.MJupiter e foi detectado a 400 Ly do
nosso sistema solar. Seus descobridores, Ray
Jayawardhana (Universidade de Toronto) e
Valentin Ivanov (Observatório Europeu Austral)
divulgaram a descoberta no site
“Science
Express” da revista “Science”, cujos créditos
atribuímos
a
informação.
Uma
descoberta
recente mostra que existem planetas errantes,
isto é sem estrelas. (Ao lado temos uma
concepção artística produzida com os dados
coletados e armazenados nos computadores do
Observatório Europeu Astral (EFE/ESO).
Planeta descoberto em órbita da estrela HD49674, na constelação de Aurigae, a
uma distância de 0,05 UA (cerca de 7.500.000 km) desta estrela. Sua massa
corresponde a cerca de 0,15 da massa de Júpiter ou seja 40 vezes a massa da
Terra. Ele não está sozinho, pois, foram encontradas outras possíveis massas
planetárias com uma dimensão semelhante à de Netuno - planetas gasosos.
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O Sistema Solar é o nosso exemplo máximo de sistema estável.
Capella é um sistema complexo com duas estrelas amarelas gigantes em seu
coração, orbitando um centro de gravidade comum a cada 104 dias. Estes dois
astros não estão sozinhos – são acompanhados pelo menos por sete ou oito outras
estrelas.
***
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“Eu não demorei a observar que as nossas comunicações mediúnicas refletiam
simplesmente nossas idéias pessoais, e que Galileu por mim, e que os habitantes de
Júpiter por Sardou, são estranhos a estas produções inconscientes dos nossos
espíritos” (Flammarion – 1923)
“Há espíritas de uma fé cega, que estão certos de estar em comunicação com os
Espíritos. Não há argumentação entre eles. Não me perdoam de não partilhar de
forma alguma de suas certezas, que se tornam crenças religiosas em suas casas.
Mas há entre estes, outros que compreendem que apenas o método científico nos
pode conduzir ao conhecimento da verdade. Estes se tornaram meus amigos”
(Flammarion – 1911).
PODEMOS
CONFIAR
EM
TODAS
AS
INFORMAÇÕES PUBLICADAS NA REVISTA
ESPÍRITA?
Certamente que não.
Confira no livro “A
Gênese” de Allan Kardec em sua Introdução:
“Os mesmos escrúpulos presidiram à redação
de nossas obras, de tal forma que podemos
dizê-lo
segundo
o
Espiritismo,
porque
estamos certos de sua conformidade ao
ensino geral dos Espíritos. Acontece com
esta a mesma coisa, e assim podemos, por
motivos
semelhantes,
dá-la
como
complemento às precedentes, com exceção,
todavia, de algumas teorias hipotéticas, que
tivemos o cuidado de indicar como tais, o que
não deve ser consideradas senão como
opiniões pessoais, até que sejam confirmadas
ou contraditadas a fim de não fazer pesar sua
responsabilidade sobre a doutrina.
Ademais, os leitores assíduos da Revue
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
ALBINO A. C. DE NOVAES
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Spirite terão ali encontrado, em esboço, a
maior parte das
idéias desenvolvidas nesta última obra, como o fizemos nas precedentes. A Revue
representa para nós, muitas vezes, um terreno de ensaio destinado a sondar a
opinião dos homens e dos Espíritos a respeito de certos princípios, antes de admitilos como partes constitutivas da doutrina.
Não há a menor possibilidade de Júpiter ser habitado.
Júpiter é o maior e o primeiro entre os planetas gigantes. Teve seu nome inspirado
no deus grego Zeus, rei do Olimpo. Sua composição básica é o hélio e o hidrogênio,
muito similar à de estrelas como o Sol. Costumo dizer com algum exagero que é
uma “estrela que não deu certo”.
Estatísticas de Júpiter
Massa (kg)
1.900e+27
Massa (Terra = 1)
3.1794e+02
Raio equatorial (km)
71,492
Raio equatorial (Terra = 1)
1.1209e+01
Densidade média (gm/cm^3)
1.33
Distância média ao Sol (km)
778,330,000
Distância média ao Sol (Terra = 1)
5.2028
Período de rotação (dias)
0.41354
Período orbital (dias)
4332.71
Velocidade orbital média (km/seg)
13.07
Excentricidade orbital
0.0483
Inclinação do eixo (graus)
3.13
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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Inclinação orbital (graus)
1.308
Gravidade à superfície no equador (m/seg^2)
22.88
Velocidade de escape no equador (km/seg)
59.56
Albedo geométrico visual
0.52
Magnitude (Vo)
-2.70
Temperatura média das nuvens
-121°C
Pressão atmosférica (bars)
0.7
Composição atmosférica
Hidrogénio
90%
Hélio
10%
Júpiter apresenta um núcleo muito quente e libera para o espaço o triplo da energia
que recebe do Sol. Esse planeta só não é uma estrela como o Sol porque sua
massa é insuficiente para elevar sua pressão e a temperatura dos gases a ponto de
produzir reações termonucleares. Caso isso ocorresse ele poderia ser considerado
um sistema solar em miniatura e o nosso Sol seria um sistema duplo. Não houve
massa suficiente para a nebulosa que deu origem ao Sol e aos planetas viesse a
formar uma estrela irmã do Sol, mas conseguiu formar planetas gigantes como
Júpiter e Saturno.
Imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA,
em 13 de Fevereiro de 1995. A imagem mostra uma vista
detalhada de um aglomerado único de três tempestades
brancas de forma oval a sudoeste (abaixo e à esquerda) da
Grande Mancha Vermelha de Júpiter.
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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A sonda Voyager 1 obteve esta fotografia de Júpiter e dois dos
seus satélites (Io, à esquerda, e Europa, à direita) em 13 de
Fevereiro de 1979. Nesta vista, Io está a cerca de 350,000
quilómetros (220,000 milhas) acima da Grande Mancha
Vermelha de Júpiter, enquanto Europa está a cerca de
600,000 quilómetros (373,000 milhas) acima das nuvens de
Júpiter. Júpiter estava a cerca de 20 milhões de quilómetros
(12.4 milhões de milhas) da sonda no momento desta
foto.(CortesiaNASA/JPL)
Em detalhe as quatro maiores luas de Júpiter: Io, Europa,
Ganímedes e Calixto. O planeta possui mais de 60 outros
satélites.
O núcleo de Júpiter é minúsculo em relação ao seu grande tamanho – corresponde
a apenas 4% de sua massa total e é recoberto por uma grossa camada de
hidrogênio líquido metálico , com uma espessura perto de 50 km. Seu campo
magnético é cerca de 12 vezes maior que o da Terra e sua atmosfera é composta
de de hidrogênio e hélio e tudo indica que tem 200 km de espessuara. Sua rotação
é bem mais rápida, pois leva somente 9 horas e 50 minutos para completar uma
voltaem si mesmo, o que ocorre a uma velocidade de 12 km/s e sua translação é
descrita em quase 12 anos terrestres. Sua pressão é 3 milhões de vezes maior do
que a da Terra nas proximidades do núcleo denso onde o calor chega a 68000 K.
Um planeta gigante e gasoso como Júpiter, que não possui superfície sólida, não
apresenta qualquer possibilidade de abrigar alguma forma de vida, ainda mais se
levarmos em conta sua pressão extremamente alta – cerca de 3 milhões de vezes
maior que a verificada na Terra. Não existem formas de vida orgânica sem o
concurso do carbono e com base centrada apenas no hidrogênio e no hélio, que são
os elementos quase únicos do planeta. É uma quimera pensar em formas de vida
“com uma química diferente”, pois outra química não há: reafirmamos, a química que
conhecemos na Terra é universal uma vez que não são possíveis outros elementos
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
ALBINO A. C. DE NOVAES
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primitivos – a tabela periódica não apresenta nenhum buraco a ser completado.
Podemos ter variações da matéria numa
incomensurável combinação desses
elementos para formar um sem número de substâncias; mas não há como se obter
“substâncias orgânicas” sem a base carbônica ou sem o silício. Se esses elementos
que não existem ainda formados no planeta, não temos como admitir a ocorrência
de vida orgânica mesmo a mais rudimentar.
O grande oceano que recobre todo o planeta, consituído de
hidrogênio
líquido e escuro, forma um campo condutor
elétrico como qualquer metal, com a peculiaridade de não
oferecer qualquer resitência à passagem de correntes, como
se fosse uma placa de cerâmica.
O que alguns planetas apresentam em matéria de
substâncias, em outros simplesmente não existe.
Enquanto na Terra, sonha-se com a produção de
hidrogênio em laboratório e que seja supercondutor a
altas temperaturas, o que levaria a uma revolução na
indústria eletrônica, em Júpiter, o hidrogênio metálico é
elemento tão abundante que dele se origina o campo
magnético do planeta, que não poderia deixar de ser o
maior de todo o sistema solar. Por outro lado, torna a
vida orgânica totalmente inviável.
É gigantesca a atração gravitacional de Júpiter. Chega a
afetar o próprio cinturão de asteróides, onde se concentram
milhares de pedaços de astros – que não chegaram a se
formar
completamente
ou
que
tenham
resultado
de
fragmentação por colisões. Os fragmentos foram confinados a
determinadas órbitas por causa da influência gravitacional de
Júpiter. Foto ao lado - IO
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Júpiter possui anéis. Os anéis de Júpiter foram descobertos somente em março de
1979, através da sonda norte-americana Voyager I, que constatou-se ser um
sistema de anéis de partículas sólidas que circundam o planeta na região equatorial.
A faixa principal do anel tem aproximadamente 6.800 km de largura e está a 50 mil
km acima das camadas de nuvens superiores do planeta.
Os anéis são praticamente impossíveis de se observar da terra devido à baixa
densidade das partículas que o compõe aliado ao forte brilho do planeta. Mesmo
assim, quatro dias após sua descoberta pela sonda, e conhecendo-se as condições
atmosféricas ao seu redor, os anéis foram confirmados a partir de observações
. Tabela: Composição da Atmosfera Joviana
Molécula
Quantidade
Relativa a H2
Variação
Medida por:
com
*Módulo
a Altitude
**Espectro (e)
H2
1
m,e
HD
0,00005
m,e
He
0,156
m,e
CH4
0,0021
m,e
CH3D
0,0000003
m,e
NH3
0,0003
sim
m,e
H2O
0,00014
sim
m,e
H2S
0,000077
sim
m
PH3
0,0000005
sim
m,e
CO
0,000000003
e
GeH4
0,0000000007
e
AsH3
0,0000000003
e
(m)
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Por várias vezes a Revista Espírita publicou
sob a forma de artigos, mensagens atribuídas
aos Espíritos contendo relatos sobre a vida
em outros planetas do sistema solar. São
várias
páginas
contendo
descrições
de
extraterrestres, seus costumes, moradias,
alimentação
e
meios
de
transporte
e
comunicação. Vejamos o que dizem a
respeito dos seres de Júpiter: “a conformação
física é quase igual à nossa, mas menos
densa e com um peso específico menor”. A
informação é fantasiosa e constitui a opinião
de um único Espírito. O conhecimento que
temos hoje da química do planeta gigante é
suficiente para negar qualquer possibilidade
de que possam existir tais seres, pois teriam
de ter em seu organismo um elemento
fundamental: o carbono, que é a base
orgânica do homem da Terra, e seguramente,
Júpiter não tem carbono suficiente. Além do
que, a pressão
atmosférica altíssima do planeta impossibilita a formação de qualquer ser orgânico
em sua superfície. Nem mesmo o ambiente de seus satélites pode ser considerado
favorável, se levarmos em conta sua atmosfera composta de gases nocivos à vida
humana. O que se espera, em termos biológicos, de seres muito parecidos
conosco?
Victorien Sardou, jovem literato contemporâneo de Kardec, desenhou diversas
cenas jupiterianas. Ele apresentou-se como um desenhista sem habilidade e que
sob a influência de um habitante de Júpiter, que alguns séculos antes havia morado
na Terra, onde fora oleiro e chamara-se Bernard Palissy. Pois bem, sob a influência
de Palissy, Sardou, fez não um, mas vários desenhos e um grande número de
pinturas, todas retratando aspectos bizarros do que dizia ser paisagens da vida em
Júpiter e também em Saturno, retratando também personagens e cenas do dia-a-
OS EXILADOS NÃO SÃO DE CAPELA
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dia, descrevendo detalhes do corpo físico de seus habitantes. Sobre a atmosfera de
Júpiter, disse Sardou, ser ela diferente da Terra, mais etérea, parecendo-se mais ao
vapor e a matéria como conhecemos quase não existe. Vai aqui uma contradição
com a descrição apresentada tanto para o “homem” de Júpiter como para suas
habitações e plantas que ele afirma serem semelhantes às nossas, com uma textura
tão delicada a ponto de quase torná-las transparentes.
Os Espíritos também escrevem ficção e relatam suas opiniões
como se estivessem encarnados. Desse modo é natural que
descrevam ambientes, seres e coisas que são produtos de
suas fantasias.
O planeta Saturno é outro que a literatura atribuída aos
Espíritos considera como habitado por seres humanos
especiais. No entanto, é um planeta inóspito, com uma
temperatura média de -180 °C. Entre os 8 planetas é o único que apresenta uma densidade menor do que a água. Um
dia em Saturno dura apenas 10 horas e 33 minutos, de acordo com as informações
enviadas pela sonda espacial Cassini, em 2004. Seu movimento de translação é
executado em 29,4 anos terrestres, com uma velocidade orbital em torno de 35,5
km/s. O planeta é composto predominantemente por hidrogênio e hélio,
apresentando traços de metano e amônea. Seu interior em muito se assemelha com
o de Júpiter, formado por um pequeno núcleo e uma espessa camada de hidrogênio
líquido – não há, portanto, uma crosta sólida. Na atmosfera, os ventos podem
alcançar uma velocidade próxima de 1800 km/h.
Allan Kardec apenas apresentou o tema para discussão na Revista Espírita. Não
podemos descartar a influência do Astrônomo Francês – aliás considerado um dos
maiores do mundo no século XIX – Camille Flamarion. Tudo que se refere na
literatura espírita que se seguiu no Brasil, fazendo menção às naves espaciais, ufos,
exilados de Capella, planetas especiais, etc., não passa de fantasia sem qualquer
apoio na Codificação Kardeciana, que recomenda um estudo mais pormenorizado e
o cuidado de se acompanhar a Ciência, em seu esforço evolutivo, como vimos no
início deste trabalho.
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***
A ciência acadêmica não acredita em discos voadores, mas acredita em vida
extraterrestre inteligente. Segundo os cientistas, não existem evidências que
amparem a idéia de seres de outros planetas visitarem a Terra nem de que exista
vida inteligente no sistema solar fora da Terra. As grandes distâncias entre as
estrelas e a limitação das velocidades que os corpos podem adquirir tornam
extremamente improváveis tais visitas.
Nas últimas décadas, porém, têm sido travadas discussões, constantemente
atualizadas, sobre a probabilidade de vida extraterrestre. Por todo o mundo, milhões
de dólares anuais são gastos em pesquisas que buscam a detecção de sinais
emitidos por civilizações inteligentes extraterrestres.
O grande avanço tecnológico característico de nossa época pode estar nos levando
a passos largos para a detecção desses sinais que, uma vez captados, confirmando
a existência de vida extraterrestre inteligente, podem vir a alterar significativamente
a sociedade humana atual.
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Rádio Telescópio de Arecibo (Porto Rico) - O maior do mundo
Têm sido enviados pouquíssimos sinais codificados para o espaço, sem obedecer a
nenhum programa ou estratégia; de uma maneira quase simbólica. Em 1974, foi
transmitida uma mensagem do Observatório de Arecibo, em Porto Rico. Essa
mensagem é uma codificação simples de uma figura descrevendo o sistema solar,
os componentes importantes para a vida, a estrutura do DNA e a forma humana.
Essa mensagem foi transmitida na direção do aglomerado globular de estrelas M13,
que se encontra a 25.000 anos-luz da Terra.
A doutrina espírita tem sua posição firmada em relação à vida em outros mundos,
como veremos adiante. Hoje o conceito de vida é muito diferente do que se pensava
nos meios científicos há uma ou duas décadas atrás. Mas o que se encontra em O
Livro dos Espíritos é, de certa forma, surpreendentemente atual.
DIGREÇÕES SOBRE O CONCEITO DE VIDA
Nietzsche afirma que “... nosso corpo é apenas uma estrutura social de muitas
almas (...)
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A vida é um conceito com numerosas faces. Pode-se referir ao processo em curso
do qual os seres vivos são uma parte; ao espaço de tempo entre o nascimento de
um organismo e a condição duma entidade que nasceu e ainda não morreu; e aquilo
que faz com que um ser vivo esteja… vivo. Metafisicamente, a vida é um processo
constante de relacionamentos.
A definição de vida de Francisco Varela e Humberto Maturana – amplamente usada
por Lynn Margulis – é a de um sistema autopoiético ou seja que se gera a sim
próprio, de base aquosa, limites lipoproteicos, metabolismo de carbono, replicação
mediante ácidos nucléicos e regulação protéica, um sistema de retornos negativos
inferiores subordinados a um positivo superior . (J. theor. Biol. 2001)
Uma característica útil sobre a qual se pode basear uma definição de vida é a da
descendência modificada: a capacidade de uma dada forma de vida de gerar
descendentes semelhantes aos progenitores, mas com a possibilidade de alguma
variação devida ao acaso. A descendência modificada é por si própria suficiente
para permitir a evolução, desde que a variação entre descendentes confira
diferentes
probabilidades
de
sobrevivência.
Ao
estudo
desta
forma
de
hereditariedade dá-se o nome de genética. Em todas as formas de vida conhecidas
(excluindo os priões, que não são considerados seres vivos, mas incluindovirus e
iróides, que também não o são), o material genético consiste principalmente em
DNA ou no outro ácido nucleico comum, RNA. Uma outra excepção pode ser o
código de certas formas de vírus e programas informáticos criados através de
programação genética, mas a questão de programas informáticos poderem ser
considerados seres vivos, mesmo sob esta definição, é ainda um assunto
controverso.
Na visão da Astrobiologia: até a data atual a Terra é o único planeta do universo
conhecido por humanos a sustentar a vida. A questão da vida noutros locais do
universo permanece em aberto, mas análises como a equação de Drake têm sido
usadas para estimar a probabilidade dela existir. Das inúmeras reivindicações de
descoberta de vida noutros locais do universo, nenhuma sobreviveu a escrutíneo
científico. O mais próximo que a ciência moderna chegou de descobrir vida
exoplanetária ou extraterrestre, é a evidência fóssil de possível vida bacteriana em
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Marte (via meteorito ALH84001). Atualmente a atenção dos pesquisadores encontrase concentrada em planetas e que se crêem possuírem ou terem possuído em
alguma época, água no estado líquido. Dados recentes dos veículos da NASA como
Spirit e Opportunity apóiam a teoria de que Marte teve no passado água em sua
superfície, a partir de possíveis indícios de erosão em seu solo. As luas de Júpiter
são também consideradas bons candidatos, especialmente Europa, que parece ter
oceânos de água líquida, e indícios de uma boa quantidade de carbono, além de ser
rochosa. A vida que pode existir não vai além da microcelular. Citamos neste
trabalho, o único planeta descoberto até agora potencialmente habitável: Gliese
581C. Em todos os casos até agora estudados, ainda não se pode concluir pela
existência de vida, trata-se apenas de estudos que se concentram na possibilidade
de se encontrar a química adequada ao desenvolvimento da vida.
EXPLICANDO A EQUAÇÃO DE FRANK DRAKE
Em 1961, Frank Drake, astrônomo norte-americano, atual diretor do Instituto SETI,
publicou uma equação que pretende fornecer o número de civilizações inteligentes e
que desenvolveram tecnologia em nossa galáxia. Essa equação ficou conhecida
como equação de Frank Drake. Sábado próximo, como acontece todo primeiro
sábado do mês, o Observatório Astronômico da UFMG na Serra da Piedade (OAP)
estará aberto ao público com uma programação onde dará especial atenção ao tema
vida extraterrestre e a essa equação.
Frank Drake
------------------
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N=ExPxSxVxIxTxC
Na equação temos as seguintes variáveis:
N é o número de civilizações comunicantes em nossa galáxia
E é o número de estrelas que se formam por ano na nossa galáxia
P é a fração, dentre as estrelas formadas, que possui sistema planetário
S é o número de planetas com condições de desenvolver vida por sistema
planetário
V é a fração desses planetas que de fato desenvolve vida
I é a fração, dentre os planetas que desenvolvem vida, que chega a vida inteligente
T é a fração, dentre os planetas que chegam a vida inteligente, que desenvolve
tecnologia
C é a duração média, em anos, de uma civilização inteligente.
Podemos chegar a um resultado equivalente ao obtido por Drake, partindo da
análise química do universo, fazendo uma estimativa dos percentuais dos elementos
químicos indispensáveis à constituição das moléculas orgânicas mais simples.
COMO SURGIU A VIDA NA TERRA
Ninguém sabe exatamente como surgiu a vida na Terr
pode-se ter uma idéia a partir de um experimento bem su
realizado por Stanley Miller, fotografado ao lado do apare
que foram simuladas as condições atmosféricas supost
predominantes na Terra primitiva.
Na verdade, as substâncias ditas orgânicas são muito ante
presença do ser humano na Terra. Acredita-se que as mo
orgânicas primitivas, formadas há cerca de 3,5 bilhões de
deram origem aos primeiros seres unicelulares em nosso pl
Uma das teorias que se baseiam nessa idéia é a de Stanley Miller, cientista que
efetuou a experiência que vamos resumir abaixo.
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Miller manteve o aparelho funcionando por alguns dias e verificou que a
acumulada
em
sua
base continha
água
moléculas orgânicas semelhantes às da
biomoléculas presentes nos seres vivos atuais. Ele manteve o aparelho em
funcionamento por alguns dias e verificou que a água acumulada na base do
aparelho continha moléculas orgânicas semelhantes às da biomoléculas presentes
nos seres vivos atuais.
A – A mistura de gases introduzida no sistema simulava a atmosfera primitiva da
Terra, assim constituída: CH4, NH3, H2.
B- A circulação de água fria simulava o resfriamento dos gases nas grandes
altitudes atmosféricas.
C- As descargas elétricas aplicadas na mistura de gases simulavam os raios das
tempestades.
D- A água acumulada na base do aparelho simulava os mares e lagos primitivos
E- O aquecimento do líquido presente no aparelho simulava o calor reinante na
crosta terrestre, com a formação de vapor d’água.
Lembramos que, a inexistência de planetas em Capella, é motivo suficiente para
descartarmos qualquer similitude com a Terra, ao contrário do que afirma Emmanuel
no livro “A Caminho da Luz”.
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Emmanuel no livro "A CAMINHO DA LUZ", cap. III, "As raças adâmicas",
subcap. "Um mundo em transições".
Que afinidades poderiam existir entre Capella, um sistema múltiplo de estrelas e a
Terra, um dos planetas do sistema Solar?
A maioria, entre os adeptos espíritas, sustenta sua crença na opinião de Emmanuel,
utilizando como muletas os estudos de Kardec publicados no livro A Gênese, que
por sua vez baseia-se nas idéias do famoso astrônomo francês Camille Flamarion e
em algumas mensagens da Revista Espírita que não passam de esboço aberto à
discussão pública. A propósito da Revista Espírita convém não desconsiderar a
advertência do Codificador inserida na introdução do livro A Gênese:
“Ademais, os leitores assíduos da Revue Spirite terão ali encontrado, em
esboço, a maior parte das idéias desenvolvidas nesta última obra, como o
fizemos nas precedentes. A Revue, representa para nós, muitas vezes, um
terreno de ensaio destinado a sondar a opinião dos homens e dos Espíritos a
respeito de certos princípios, entes de admiti-los como partes constitutivas da
doutrina.” (– Introdução do livro “A Gênese” – Allan Kardec)
Ora, se o que foi publicado na Revista Espírita tinha a utilidade de servir à
apreciação de todos os envolvidos com a Doutrina dos Espíritos, convém não aceitar
como verdade nada que não tenha sido submetido aos mais rigorosos critérios de
exame. É o que se pode esperar de qualquer doutrina que se apresente com caráter
científico.
Dadas as circunstâncias que envolvem as publicações ditas espíritas pós-Kardec ,
podemos considerá-las todas em muito semelhantes, quanto à finalidade, à Revista
Espírita: CAMPO DE ENSAIO DESTINADO A SONDAR A OPINIÃO DOS
HOMENS. Partindo desse ponto entendemos porque Kardec (também no livro A
Gênese) afirma ser a Codificação Espírita uma obra inacabada e aberta, mais ainda:
indica como metodologia segura para sua continuidade, os critérios abalizados do
Espírito Erasto, nunca antes aplicados em qualquer outra época do movimento
espírita brasileiro. Precisamos rever a classificação dada a muitas obras tidas como
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complementares ou subsidiárias uma vez que não contemplam os referenciais
kardecianos.
A resposta é bem simples: ignoram Kardec!
Ser espírita significa ser cuidadoso e racional, porque, conhecendo as relações das
coisas, avalia e raciocina. De acordo com o padre e filósofo italiano, Antonio
Genovesi, século XVIII, “A verdade se defende com a verdade, não com a
violência e palavras injuriosas.” Nenhuma violência é maior para um filósofo do
que a censura à sua palavra – silenciá-lo sobre qualquer pretexto é a arma vil
somente utilizada pelos fracos e ignorantes.
Segundo Allan Kardec “Toda idéia nova vem, necessariamente, suplantar uma
idéia velha. Se ela é falsa, ridícula e impraticável, ninguém lhe dá importância,
pois, instintivamente, compreende-se que não tem vitalidade. Deixam-na
morrer de morte natural. Se é justa e fecunda, ela atemoriza aqueles que , a
qualquer título, por orgulho ou interesse material, estiverem interessados em
manter a idéia antiga. Estes a combaterão, e, com tanto ardor quanto melhor
perceberem o perigo, que representa aos seus interesses.”
Temos sido combatidos por muitos dirigentes espíritas e proibidos de tratar desse
assunto “incômodo” e contrário aos interesses das editoras que publicam livros
mediúnicos e revistas espíritas que vendem muitos milhares de exemplares; na
maioria dos centros espíritas como na emissora de rádio que divulga o Espiritismo
no Rio de Janeiro a prática não é diferente. Revelam profunda ignorância científica e
doutrinária a cerca do que trata Kardec no livro “A Gênese” que apenas estudam ou
lêem superficialmente sem entender muitas vezes.
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E o que fizeram os Espíritas quando, entre 17 de agosto e 21 de setembro de 1938,
foram apresentados os rascunhos do livro “A Caminho da Luz”? Simplesmente se
dispuseram a publicá-los sem qualquer exame, sem submetê-los a qualquer forma
de apreciação que não fosse a de seus editores, motivados por interesses que não
podemos precisar.
Não podem alegar sequer desconhecimento dos critérios da crítica espírita bem
fundamentada, pois Kardec não deixou qualquer dúvida, neste ponto de interesse
pela segurança da doutrina ele, mais uma vez foi preciso.
Da primeira edição de O Livro dos Espíritos extraímos:
(a) Porque esse ensinamento não é privilégio de nenhum indivíduo, mas dado a
todos que empreguem o mesmo meio (a mediunidade).
(b) Porque aqueles que o transmitem e os que o recebem não são individualidades
passivas, dispensadas do trabalho de “observação” e de “pesquisa”.
(c) Porque tais pessoas não renunciam à faculdade de julgar nem ao livre arbítrio.
(d) Porque o controle não lhes é absolutamente interdito, antes, pelo contrário,
recomendado.
(e) Porque, enfim, a Doutrina Espírita não foi ditada em todos os pontos, nem
imposta à crença cega.
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(f) Porque ela é “deduzida” pelo trabalho do homem, da “observação” dos fatos, que
os Espíritas põem sob seus olhos, e das “instruções” que eles lhe dão, instruções
que ele estuda, comenta e compara, e das quais tira, pessoalmente, conseqüências
e aplicações.
Apontem-nos um único trabalho sério de pesquisa investigativa sobre a informação
dada por Emmanuel, publicado em qualquer época, que contemple todos os itens
recomendados acima por Kardec , é o desafio lançado a todos que dotados de
senso apurado abraçam a doutrina espírita com amor à verdade.
Q.180 – Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpo semelhante ao
nosso?
R- Sem dúvida, eles têm corpos porque é preciso que o Espírito esteja
revestido de matéria para poder agir sobre a matéria; mas esse envoltório é
mais ou menos material de acordo com o grau de pureza a que chegaram os
Espíritos, e é isso que diferencia os mundos que devemos percorrer. Há várias
moradas na casa de nosso Pai e muitos graus, portanto. Alguns sabem disso e
estão conscientes aqui na Terra; outros nada sabem. (LE – cap. IV)
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Não resta dúvida que a resposta dada pelos Espíritos fala da existência de vida
orgânica que será tão diferenciada quanto o grau de cada mundo e não de uma vida
constituída por uma química especial não existente na Terra: uma outra química
como costumam dizer – não conhecem química! Entendemos como revestimento
de matéria os elementos orgânicos que disseminam a vida. Se não fosse assim
ficaria sem sentido o comentário de Kardec introduzido na Q. 182:
“A duração da vida nos diferentes mundos parece ser proporcional ao grau de
superioridade física e moral desses mundos (...)”
Somente para a vida orgânica pode-se estabelecer uma durabilidade, pois ela é
efêmera em qualquer mundo material.
Q.183- Passando de um mundo a outro o Espírito passa por uma nova infância?
R- A infância é, em toda parte, uma transição necessária, porém não é em toda
parte assim precária como entre vós.
A questão 183 também é conclusiva: os Espíritos falavam de vida orgânica.
"Os seres orgânicos são aqueles que têm, em si mesmos, uma fonte de
atividades íntima que lhes dá a vida. Eles nascem, crescem, reproduzem-se
por si mesmos e morrem. São dotados de órgãos especiais para realizarem os
diferentes atos da vida e que são apropriados às suas necessidades de
conservação. Nessa classe estão compreendidos os homens, os animais e as
plantas.
Os seres inorgânicos são todos aqueles que não têm vitalidade, nem
movimento próprio e não se formam senão pela agregação da matéria. Tais
são os minerais, a água e as plantas."
A teoria do “Buraco de Minhoca” pode ser um
alternativa para demonstrar a irrelevância do espa
processos imigratórios dos Espíritos.
Durante a palestra que tive a ventura de faz
auditório do QG da Polícia Militar do Rio de Jane
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os auspícios da ADE-RJ (Associação dos Divulgad
Espiritismo
do
Rio
de
Janeiro)
surgiram
questionamento sobre a natureza dos
Capella, pois alguns chegaram
a sustentar que essa existência poderia ter uma constituição, digamos,
imponderável.
Mesmo que fosse assim, a informação de Emmanuel estaria
contrariada, pois ele fala de uma humanidade que atingiu um estágio superior de
evolução, portanto, de Espíritos encarnados. Não pode haver encarnação sem corpo
carnal, do contrário seria outra coisa.
Outras questões se apresentam interessantes para o nosso exame, desta feita,
extraídas da primeira edição de O Livro dos Espíritos.
Q.34 /LE-1ª– Pelo corpo físico o Homem é SER ORGÂNICO análogo aos
animais, sujeitos às mesmas precisões e dotado dos mesmos instintos para as
prover. Seu corpo fica submisso à mesma lei de decomposição, e a sua
constituição, mesmo, o tornaria inferior a muitos dentre eles se não fora
suprida pela superioridade da sua inteligência.
Q.80/LE-1ª – A passagem pela vida material é necessária à purificação dos
Espíritos. Para se instruir e melhorar, devem suportar todas as tribulações da
existência corporal. A encarnação lhes é imposta, seja como expiação para
uns, seja como missão para outros.
Tudo se encadeia em a Natureza; o mesmo tempo que a alma se depura pela
reencarnação, concorre também, sob tal forma, ao cumprimento dos
desígnios da Providência.
Q.132/LE-1ª – Os Espíritos que habitam outros Mundos possuem envoltórios
semelhantes aos nossos?
R- Sem dúvida têm envoltórios, porque é preciso que a alma fique revestida de
corpo; todavia esse envoltório é mais ou menos carnal segundo o grau de
pureza alcançado pelos Espíritos, e isto é que demarca a diferença dos
Mundos que haveremos de percorrer; porque:
habitan
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“Existem muitas moradas em casa de Nosso Pai e portanto muitos degraus.
Uns o sabem, e disto têm consciência na Terra, e outros estão em condição
absolutamente inversa.”
Poderíamos acaso conhecer exatamente o estado físico e moral de outros Mundos?
R- Nós, Espíritos, não poderíamos responder senão conforme o grau em que
estiverdes; isto significa que não devemos revelar tais coisas a todos, e que
nem todos estão em estado de as compreender e ficariam perturbados.
Q.55 – LE/2ª: Todos os globos que circulam no espaço são habitados?
R- Sim, e o homem da Terra está longe de ser, como ele crê, o primeiro em
inteligência, em bondade e em perfeição. Todavia, há homens que se crêem
muito fortes, que imaginam que somente seu pequeno globo tem o privilégio
de abrigar seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que Deus criou o
Universo só para eles.
Q. 181- Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpo semelhante ao
nosso?
R- Sem dúvida, eles têm corpos porque é preciso que o Espírito esteja
revestido de matéria para poder agir sobre a matéria; mas esse envoltório é
mais ou menos material de acordo com o grau de pureza a que chegaram os
Espíritos, e é isso que diferencia os mundos que devemos percorrer. Há
muitas moradas na casa de nosso Pai e muitos graus, portanto. Alguns sabem
disso e estão conscientes aqui na Terra; outros nada sabem.
Conclusão:
Sem planeta não há corpos, não há Espíritos reencarnados e, conseqüentemente,
não há exilados de Capella.
Foi perguntado ao Chico: Que pode o irmão dizer-nos a respeito do astro que se
avizinha, segundo a predição de Ramatís?
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Chico Xavier: - Esclarece nosso orientador espiritual que o assunto alusivo à
aproximação de um Planeta ou de Planetas, da zona - ou melhor, da aura da Terra deve, naturalmente, basear-se em estudos científicos, que possam saciar a
curiosidade construtiva das novas gerações renascentes no mundo.
O problema, desse modo, envolve acurados exames, com a colaboração da
ciência e da observação de nossos dias. Razão por que pede ele que não nos
detenhamos na expressão física dos acontecimentos que se avizinham, para
marcar
maiores
acontecimentos
- acontecimentos esses
de
natureza
espetacular - na transformação do plano em que estamos estagiando, no
presente século.
Afirma nosso amigo que o progresso da óptica e das ciências matemáticas será
portadora, naturalmente, de ilações, conclusões da mais alta importância para os
nossos destinos, no futuro próximo.
Logicamente o mesmo crivo precisa ser aplicado à Emmanuel no que informa
através de seu livro “A Caminho da Luz” e a qualquer outro Espírito que produza
alguma literatura científica ou mesmo, doutrinária.
Bibliografia:
À Luz das Estrelas, Lilia Irmeli Arany-Prado, DP&A editora, Rio de Janeiro, 2006.
A Instituição da Lógica, Antonio Genovesi, PUC/RIO – Conselho Federal de
Cultura, Editora Documentário – 1977
A Ciência Através dos Tempos, Attico Chassot, Editora Moderna, 1994.
O Novo Espírito Científico, G. Bahelard, Biblioteca Tempo Universitário I2, Edições
Tempo Brasileiro, 1968.
Metodologia Científica, João Álvaro Ruiz, Editora Atlas, 1985
Classical Mechanics, T. W. Kibble, McGraw-Hill Publishing Company Limited,
London, 1970
Convite à Filosofia, Marilena Chaui, Editora Ática, São Paulo, 1995
Fisica, Volume 4 – Ótica e Física Moderna, Paul Tipler, Livros Técnicos e
Científicos, Rio de Janeiro – 1995
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Química e Sociedade – PeQuis – Wildson Luiz P. dos Santos, Gerson de Souza
Mól. Roseli Takako Matsunaga e outros, Editora Nova Geração, 2006
Viagem Espírita em 1862, Allan Kardec, Tradução de Wallace Leal V. Rodrigues, O
Clarim Casa Editora.
A Gênese, Allan Kardec, Tradução de Victor de Tollendal Pacheco, Editora LAKE,
São Paulo.
A Caminho da Luz – História da Civilização à Luz do Espiritismo – Francisco
Cândido Xavier - Federação Espírita Brasileira – Rio de Janeiro – 1938
O Pensamento de Erasto – Discípulo de São Paulo – Erasto de Carvalho Prestes
– Editora Mandarino LTDA. – Niterói – 1994
O Céu e o Inferno – Allan Kardec – Federação Brasileira – Rio de Janeiro – 1995
A Revolução do Espírito – Perspectivas da Ciência Espírita – Edição eletrônica –
André Henrique – Natal (Rio Grande do Norte) – 2000
O Primeiro Livro dos Espíritos de Allan Kardec – Texto em fac-simile – Versão
em face do Primeiro Centenário – Silvino Canuto de Abreu – Companhia Editora
Ismael – São Paulo - 1957
Dados científicos:
Dr. Rami Rekola
Tuorla Observatory
FI-21500 Piikkiö
Finland
www.epsilon-lyrae.de - zurück zur Galerie
The Ritter Observatory Public Archive of Spectra of α Aurigae
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http://www.daviddarling.info/encyclopedia/ETEmain.html
Aurigae – berço estelar
galaxymap.org/drupal/book/print/1
Glenn Schneider - Publication List
Durham University AstroSoc
Express yourself » AstroSoc Forum
Uma boa parte do trabalho resultou de 30 anos de observações diretas que realizei
e também do intercâmbio mantido com alguns pesquisadores fora do país.
Também será feita uma leitura mais apurado de todo o texto com objetivo de corrigir
os erros de gramática, de exposição e prováveis erros científicos. Aceito sugestões
para tornar o texto mais inteligível para o leigo em assuntos de astrofísica e de
metodologia científica.
Espero que este material tenha alguma utilidade para algumas pessoas, como as
que têm me assistido em algumas palestras sempre muito concorridas e
interessadas em conhecer os detalhes científicos e doutrinários que envolvem a
questão.
Meu fraterno abraço.
Albino A. C. de Novaes
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VERSÃO ANTERIOR
EMMANUEL – “A CAMINHO DA LUZ” – Francisco Cândido Xavier – p.33 –
Federação Espírita Brasileira. A obra foi escrita com base nas anotações atribuídas
aos exercícios da psicografia realizados entre as datas de 17 de agosto a 21 de
setembro de 1938. Vamos extrair apenas os trechos mais importantes para
fundamentar nossos comentários.
Do capítulo III
AS RAÇAS ADÂMICAS. O SISTEMA DE CAPELA.
“Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsaram em seus
estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação de Cocheiro,
que recebeu na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros,
que nos são mais vizinhos, da sua trajetória pelo infinito, faz-se acompanhar,
igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do ilimitado. A
sua luz gasta 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se desse modo,
já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000
quilômetros por segundo.”
Capela ou Alfa Aurigae é, comprovadamente, um sistema de estrelas múltiplas que
contém pelo menos 9 estrelas; duas delas são tidas como “gigantes amarelas”,
com massa 2,6 e 2,7 vezes a massa do Sol e com dimensões que ultrapassam em
9 e 16 vezes o tamanho do Sol. Não são estrelas que podem ser consideradas
estáveis. Cada uma delas libera, aproximadamente, 78 vezes a luz liberada pelo
Sol – tal variação corresponde à quantidade de radiação, inclusive de raio X por
efeito do calor. Encontra-se a aproximadamente 43 anos luz. Este sistema está no
Hemisfério Norte, a 45º da estrela Polaris que é a estrela polar do norte. Até a
década de 60 os astrônomos pensavam ser uma estrela de formação simples, mas
a aplicação de novos métodos de observação, entre eles a espectroscopia,
revelaram tratar-se de um sistema complexo de várias estrelas que foram sendo
descobertas uma a uma.
Abaixo exibimos uma gravura para compararmos as dimensões de algumas
estrelas conhecidas, entre elas uma das estrelas do agrupamento principal –
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denominado binário – que constitui o Sistema Capela.
A gravura exibe a maior das estrelas que compõe Capela ou Alfa Aurigae como
costuma ser chamada entre os astrônomos, cerca de 16 vezes maior que o Sol. É
uma fonte de raio X potencialmente maior do que a que representa a estrela do
Sistema Planetário onde vive o homem. Se essa gigante amarela fosse colocada
no lugar do Sol, a Terra, mantendo sua posição seria inteiramente calcinada, pois
precisaria de uma atmosfera muitíssimas vezes mais densa do que a que tem
atualmente. Mesmo com a Terra colocada a uma distância de 1,5 bilhões de
quilômetros a vida seria muito pouco provável – e isto se não considerarmos o fato
de se tratar de um sistema múltiplo.
Uma estrela binária é um par de estrelas em órbita em torno de um centro de
gravidade comum sob a ação de sua atração gravitacional mútua. As estrelas
binárias são algumas vezes chamadas de estrelas duplas e as estrelas individuais
do sistema são chamadas de componentes. Tais pares de estrelas, dos quais há
vários tipos são extremamente comuns, chega-se a afirmar que constituem cerca
de 68% de todas as estrelas conhecidas do Universo; os outros 32 % seriam
distribuídos entre as estrelas múltiplas e um pequeno percentual de estrelas
simples como o Sol. Uma binária visual quando vista por meio de um telescópio,
aparece como um par distinto de estrelas, com sua separação e orientação
variando ao longo dos anos. Em um sistema binário eclipsante cada estrela
regularmente provoca um eclipse na outra e isto resulta em variações periódicas no
brilho total. Uma binária espectroscópica tem componentes que estão muito
próximas para que possam ser vistas como estrelas separadas. À medida que a
estrela descreve sua órbita em torno de sua companheira, ela praticamente está se
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movendo em direção à Terra – em termos relativos – ou afastando-se dela.
Examinado seu espectro, o Efeito Doppler pode ser usado para medir as mudanças
em seu movimento. Uma binária de polarização exibe mudanças periódicas na
polarização de sua luz. Em tais binárias, à medida que as estrelas se movimentam
em suas órbitas iluminam o gás e a poeira existentes no espaço entre elas, e o
ângulo com o qual a luz colide com esta matéria muda periodicamente. Desta
maneira a luz espalhada é polarizada. A figura seguinte mostra um exemplo de
estrelas binárias, para que se possa ter uma idéia das características visuais de um
sistema como os que estamos descrevendo; nem todos os sistemas binários
podem ser fotografados com suas estrelas componentes separadas, em geral dada
a proximidade uma da outra, apresentam-se ao telescópio como sendo apenas
uma; tal fato certamente enganou aqueles que deram informações ao médium que
serviu de intermediário ao Espírito Emmanuel que, por sua vez também deve ter-se
baseado em informações pouco precisas de astrônomos desencarnados, já que a
ele próprio não coube constatar o engano.
A figura que utilizamos, a título de ilustração, mostra o sistema binário Alfa
Centauri. É o conjunto estelar mais próximo do Sol, distante cerca de 4,5 anos-luz.
É importante ressalta que as estrelas duplas têm muita dificuldade em abrigar
qualquer forma de vida, tal qual conhecemos, devido à instabilidade das órbitas de
seus planetas e as características gerais que envolvem seus componentes.
Grandes variações de temperaturas decorrentes das catastróficas atividades
estelares despejariam a distâncias que cobririam todo o espaço planetário
inimaginável quantidade de radiações. As erupções estelares são perturbações de
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natureza colossal cujo início súbito é seguido de desintegração gradual. A
freqüência das erupções estelares pode ser acompanhada pela observação de
fortes raias de emissão, sobrepostas ocasionalmente a um contínuo fraco.
Observações do Sol inteiro por satélites colocados em órbitas para pesquisas
espaciais, detectam raios X fortemente intensificados, originados das erupções. Já
foram detectados raios X, nas fases iniciais das grandes erupções com energias
superioras a 70 kev. Também os raios ultravioletas são fortemente ativados durante
uma erupção estelar. De qualquer modo, tomando-se o Sol como referência – e ele
é consideravelmente menor que o sistema Alfa Aurigae de onde se supõe serem
originários os espíritos exilados que vieram a constituir a “raça adâmica” – que ao
nosso modo de ver não passa de um mito que se criou na literatura espírita para se
ajustar às informações bíblicas -, e considerando uma área de erupção de apenas
10-4 da solar, mesmo uma intensificação mil vezes maior resultaria num acréscimo
de 10% da intensidade integrada. Nessas circunstâncias, é notável que o fluxo total
de raios X, durante uma erupção da classe 2+, seja duas vezes o do Sol quieto.
Acompanhando alterações nas ondas de rádio é possível se medir com alguma
aproximação as erupções estelares. E Alfa Aurigae não é das mais comportadas.
Na figura acima, temos uma visão obtida através de um telescópio, sem qualquer
tratamento, da estrela conhecida como Próxima 61 Cygni, distante 8 anos-luz da
Terra e de 6ª magnitude. Observe as duas imagens e terá uma idéia da diferença
entre um sistema e outro... Diferença? Nem tanto, pois a segunda imagem também
pertence a um sistema duplo. As estrelas duplas são formadas no interior da
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mesma “nebulosa-mãe”, iniciaram a sua formação sensivelmente na mesma
ocasião e relativamente próximas uma da outra, pelo que ficaram ligadas pela
interação gravitacional – a orbitar em torno de um ponto comum a que se dá o
nome de centro de massa. Na verdade, em muitos casos, o número de estrelas
geradas nessas circunstâncias é superior a 2, pelo que se lhes atribui o nome de
sistemas múltiplos. Alfa Aurigae é um desses sistemas múltiplos.
Dadas as grandes distâncias a que se encontram da Terra, a maior parte dos
binários ou dos sistemas múltiplos não podem ser separados pelos nossos olhos,
por um binóculo ou telescópio modesto e, em muitos casos, nem mesmo pelos
maiores telescópios do mundo. Só a análise espectral da luz que emite revela a
presença de mais de uma estrela.
Há dois exemplos que podemos citar para ilustrar ainda mais nossas
considerações: as estrelas ALCOR e MIZAR, ambas da constelação da Ursa Maior,
que embora dando a ilusão de um sistema binário, quando é observado através de
um telescópio. Sabe-se que o período orbital, isto é, o tempo necessário para
completarem uma volta em torno do centro de massa é muito longo, talvez da
ordem de 10000 anos-luz; mas o estudo da luz através de um espectroscópio
revela que cada uma delas tem uma companheira, o que significa ser, na realidade
Mizar, um sistema múltiplo constituído de dois pares de estrelas. A existência de
estrelas duplas, como eram denominados antigamente, foi uma das principais
descobertas decorrentes da invenção do telescópio e extraordinariamente ampliada
sua observação com o espectroscópio. Mizar foi um dos primeiros sistemas
múltiplos a ser descoberto e o mérito se deve ao astrônomo italiano Giovanni
Battista Riccioli – o nome dado pelo astrônomo não significa muito para os
estudiosos, mas ela é uma das estrelas mais observadas na esfera celeste, pois é
a central do trio de estrelas que forma o timão do Carro da Ursa Maior.
Como as estrelas são os corpos celestes mais abundantes no universo, não
demorou muito para se imaginar que Mizar não era um caso único e que deveria
haver outras estrelas duplas. Em 1804, as observações confirmaram a suspeita: o
astrônomo Willian Herschel, tendo por base 24 anos de observação celeste
publicou um catálogo com cerca de 700 estrelas relacionadas como sendo duplas.
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No começo ainda não havia certeza se as estrelas duplas observadas estavam
fisicamente ligadas entre si ou se a associação era um mero efeito de perspectiva.
Em muitos casos, o brilho de cada uma era bem nítido, o que poderia sustentar a
idéia de que elas se encontravam a distâncias diferentes. O único meio de
solucionar o mistério seria calcular a distância de algumas estrelas duplas por meio
do método da paralaxe e Herschel empenhou-se nessa tarefa.
Há um verdadeiro enxame de estrelas múltiplas observáveis nas constelações de
Sagitário e Escorpião, avistadas praticamente na direção do centro de nossa
Galáxia. Também na constelação de Hércules próxima à Lira encontramos também
um grande número dessas formações notáveis. Albireu, na constelação Cisne é um
notável sistema binário, situado a 390 anos-luz, em um dos componentes tem a cor
amarela e sua companheira apresenta uma cor esverdeada. Os sistemas como
Mizar são também conhecidos como dupla-dupla.
Definem-se as binárias visuais como estrelas que parecem duplas por causa do
movimento que uma delas parece fazer em torno da que seria sua companheira.
Atualmente estão identificadas cerca de 70.000 delas, mas só 1% desse número
conseguiu-se determinar com precisão os parâmetros orbitais – o período, o semieixo maior da órbita, a época da passagem pelo periastro, a inclinação do plano
orbital em relação à linha visual da excentricidade.
Essa escassez de dados não deve causar surpresa. Os períodos orbitais dessas
estrelas costumam ser da ordem de décadas e até séculos. Reproduzir suas
órbitas significa reunir pacientemente posições medidas durante décadas por
diferentes observatórios. Infelizmente, em alguns casos, só se conhece uma parte
da órbita, e a que falta deve ser deduzida com base nos dados disponíveis.
Também se considera que o plano orbital do sistema pode estar inclinado em
relação à linha visual daí a órbita se mostrar apenas aparente sendo, de fato, muito
diferente da verdadeira.
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A figura acima mostra a localização da estrela Alfa Aurigae ou como queiram,
Capela, identificada pela letra α (alfa) do alfabeto grego. O brilho que se apresenta
é como se todo o sistema estivesse reduzido, a uma única estrela – falsa
impressão!
RELEMBRANDO AS CRENÇAS ESPÍRITAS:
Emmanuel com a palavra (“A CAMINHO DA LUZ”)
“Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e
moralmente, examinada as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se
reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras préhistóricas de sua existência (...).”
“Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o
globo terrestre, atingiria a culminância de um de seus extraordinários ciclos
evolutivos.”
“As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora
acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste
crepúsculo de civilização.”
“Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral,
dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de
piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijara daquela
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Humanidade, que fizera jus à concordância perpétua, para a edificação dos seus
elevados trabalhos.”
“As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos deliberaram, então,
localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra
longínqua, onde aprenderiam a realizar na dos trabalhos penosos do seu ambiente,
as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso
dos seus irmãos inferiores.”
“Foi assim que Jesus recebeu à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba
de seres sofredores e infelizes. (...)”
“Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixaram atrás de si todo um mundo de
afetos, não obstante os seus corações empedernidos, na prática do mal, seriam
degenerados na face obscura do planeta terrestre, andariam desprezados na noite
dos milênios da saudade e da amargura, a lembrarem o paraíso perdido nos
firmamentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz de Capela, mas
trabalhariam na Terra, acariciados por Jesus e confortados na sua imensa
misericórdia.”
EXILADOS DE CAPELA
Edgard Armond
Acrescenta mais fantasia à suposição de Emmanuel.
A Editora Aliança publicou a obra “OS EXILADOS DE CAPELA” escrita por Edgard
Armond, onde o autor tenta fazer um esboço “completo” da evolução espiritual do
mundo. A edição que temos à mão é a 24ª de abril de 1989. Vamos nos valer
apenas de um pequeno trecho já que o restante da obra nada tem de útil para
nossas considerações.
“A constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias
grandezas, entre as quais se inclui Capela, de primeira grandeza e que, por isso
mesmo, é a alfa da constelação.”
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“Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se fosse colocado
em seu lugar, mal seria percebido por nós, a vista desarmada.”
“Dista da Terra 45 anos-luz, distância essa que, em quilômetros, se representa pelo
número 4275 seguidos de 12 zeros.”
“Na abóbada celeste, está situada no hemisfério boreal, limitada pelas
constelações da Girafa, Perseu e Lince; e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre
Gêminii e Tauru.”
“Conhecida desde a mais remota antiguidade, Capela é uma estrela gasosa,
segundo afirma o célebre astrônomo Eddington, e de matéria tão fluídica que sua
densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos.”
“Sua cor é amarela, o que demonstra ser um sol em plena juventude; e, como um
sol, deve ser habitado por uma humanidade bastante evoluída”
“Muitos acreditam que, chegado o fim deste ciclo de expiações e provas, os
espíritos cujos corações continuam bloqueados pela presença da maldade, não
poderão acompanhar os demais, que se encontram em estágio superior e, dessa
forma, não poderão compartilhar da nova fase de regeneração. Teoricamente, eles
irão constituir a nova leva de seres que serão deportados para outro orbe, inferior a
este, para se misturarem às raças autóctones locais, passarem por novas
dificuldades e edificarem uma nova civilização, até que alcancem o nível evolutivo
de sua nação terráquea.”
“Da mesma forma, acredita-se que há milhares de anos, quando os primatas
terrestres começavam a esboçar os primeiros sinais de hominização, tenha
ocorrido a vinda dos exilados de Capela.”
Não se sustenta a hipótese de Emmanuel quando recorremos às descobertas
científicas.
O “Universo Mítico” é o resultado da visão empírica do homem. Ao lado da visão
mítica, existe uma visão científica do Universo, visão essa baseada na observação
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e na experimentação – e ocasionalmente em percepções intuitivas que devem,
contudo, ser confirmadas pela observação e pela experiência.
A Hipótese levantada pelo Espírito Emmanuel é originária de um esforço intuitivo
realizado de forma conjugada com o médium Francisco C. Xavier, mas que a
Ciência desmente amplamente. Trata-se de uma visão mítica que tenta explicar as
diversidades étnicas, culturais e espirituais dos povos do planeta. Sabemos que por
trás de uma visão mítica se esconde uma realidade científica, mas essa não tem
como determinar quais os mundos são habitados; pode sim determinar quais os
que não têm nenhuma possibilidade de abrigar formas de vida orgânica, e isto com
relativa precisão. Mesmo que essas formas tenham um número incontável de
variações, existe um elemento primitivo que lhes dão origem e tudo indica que esse
elemento é único no Universo inteiro.
No caso do Universo Mítico, há um reino celeste imorredouro e eterno,
contrapondo-se ao mundo orgânico mutável e perecível pertencente ao Universo
Científico, onde há propriedades conservadas – eternas e imorredouras.
Nossa exposição pretende mostrar a inviabilidade de qualquer forma de vida no
Sistema Capela ou Alfa Aurigae.
A TEORIA DE OPARIN (1894-1980) PARA A ORIGEM DA VIDA.
A hipótese de Oparim, que foi apoiada pelo biólogo inglês J. B. S. Haldane (18921964) e, mais tarde testada em laboratórios americanos por Stanley Miller, Sidney
Fox e outros pesquisadores, obteve o apoio do mundo científico e se constitui
numa teoria, a mais moderna para explicar a origem da vida.
Segundo Oparin, a Terra se consolidou como um planeta há cerca de 4,5 bilhões
de anos. Isso é comprovado pelas pesquisas de medição do urânio radioativo das
rochas. Os cientistas sabem o tempo que leva para haver a transmutação do urânio
em tório, e deste em chumbo. Pelas quantidades relativas desses elementos eles
avaliam a idade de uma rocha.
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Como os fósseis mais antigos já encontrados datam de cerca de 1 bilhão de anos,
pode-se concluir que, durante aproximadamente 3,5 bilhões de anos, a Terra foi um
planeta desabitado no espaço. Nesse imenso período (Era Azóica) devem ter
transcorrido os fenômenos expostos por Oparin e que passaremos a enumerar a
seguir:
Certamente, a atmosfera terrestre primitiva apresentava uma composição
totalmente diversa da atual. Talvez fosse rica em gases como: metano (CH4),
amônia (NH3), Hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O).
Para fazer essas afirmativas, Oparim se baseava em conhecimentos de
Astronomia. Com o uso de um aparelho chamado espectroscópio acoplado ao
telescópio, os astrônomos já evidenciavam que nas atmosferas do Sol, de Júpiter,
Saturno e Netuno, são abundantes, entre outros gases, o metano, a amônia e o
hidrogênio. O vapor de água teria sido proveniente da intensa atividade vulcânica
que caracterizou o planeta em seus primeiros tempos de formação.
Essas afirmações têm de ser levadas em consideração, pois se a Terra teve a
mesma origem do Sol, não se pode contestar que, no passado, sua atmosfera
tenha se assemelhado a que eles apresentam hoje. Por outro lado, a intensa
atividade vulcânica dos primórdios da Terra está registrada na espessa crosta
terrestre, formada que é em sua maior parte por rochas magmáticas, isto é, rocha
proveniente de lava que esfriou.
Naquela atmosfera inóspita para a vida, em gases tóxicos e sem oxigênio livre,
exposta a altas temperaturas, cortadas por constantes centelhas elétricas e
varridas pelos raios ultravioletas da luz do Sol, pois que ainda não existia a camada
de ozônio (O3) que hoje nos protege, aqueles gases devem ter-se combinado,
originando moléculas orgânicas de aminoácidos.
No passar dos bilhões de anos mencionados, a atividade vulcânica determinou o
acúmulo de vapor de água na atmosfera, saturando-a. Sabem os geólogos
modernos que cerca de 30% do material expelido por um vulcão em atividade são
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constituídos de vapor de água. A saturação de umidade da atmosfera levou ao
aparecimento das chuvas. A chuva lavava a atmosfera e trazia os aminoácidos
para o solo quente do planeta recém-formado. Com o calor das rochas, a água
voltava à condição de vapor e retornava ao espaço. Os aminoácidos expostos ao
aquecimento sobre as rochas sofriam desidratação e combinavam-se uns com os
outros, por ligações peptídicas. Assim, começavam a aparecer as primeira
proteínas. A matéria orgânica ia surgindo.
Para não nos alongarmos muito não vamos descrever toda a hipótese de Oparin,
pois cremos que o que descrevemos é suficiente, pois deixa de forma
incontestavelmente clara, que para HAVER VIDA é necessário que se TENHA UM
PLANETA para que ela possa se desenvolver adequadamente.
Embora não possamos ver os planetas de outras estrelas – alguns deles
detectamos através de cálculos, observando perturbações ou interferências nas
faixas espectroscópicas – nossos telescópios têm revelado a existência de estrelas
duplas e de estrelas múltiplas. Imagine só um outro sol presente em nosso sistema
planetário iluminando-nos e aquecendo-nos todo o tempo. Muito provavelmente
não haveria vida na Terra. Se considerarmos a existência de uma outra estrela com
as mesmas dimensões, densidade, brilho e temperatura, colocado à mesma
distância do nosso planeta, basta utilizarmos um simulador de órbitas planetárias
para percebermos a loucura que seria: os movimentos de rotação e translação,
entre outros executados pela Terra ficariam em completa desordem se
compararmos com os atuais. Não haveria qualquer estabilidade necessária para as
reações químicas, condições atmosféricas e erupções vulcânicas cumprirem seus
papéis na “geração” da vida. A temperatura da Terra poderia variar de 290 ºC a
1000 ºC, pois receberia a irradiação de duas fontes de calor e de raio X. Com a
atual contextura da atmosfera seria impossível impedir a penetração de raio X e
seu impacto com a superfície, o que seria um desastre para qualquer forma de vida
orgânica.
Hoje sabemos que, estrelas solitárias como o sol, são um fato algo raro no
Universo. A imensa maioria dos sistemas estelares é constituída de estrelas
múltiplas (duas, três, sete ou oito) viajando juntas pelo espaço. Tais estrelas teriam
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muita dificuldade em abrigar vida orgânica, tal qual conhecemos, devido a
instabilidade das órbitas de seus possíveis planetas, aliado às grandes variações
de temperatura que ocorreriam, além do incrível fato de que dias e noites teriam
uma variação completamente irregular. Mesmo havendo alguma possibilidade de
existência de formas de vida orgânicas de origem desconhecida, elas exigiriam um
ambiente planetário.
Finalizando nossas considerações:
Há inúmeros fatos que impossibilitam a existência de qualquer forma de vida no
Sistema Capela. Formas orgânicas são completamente inviáveis. Vamos enumerar
alguns desses fatos:
1 - O Sistema Capelino não tem planetas – todas as esferas que compõem o
sistema (são conhecidas 9 por enquanto) são estrelas.
2 - Mesmo que algum planeta seja encontrado ele não terá nenhuma estabilidade
que possa possibilitar ou que tenha possibilitado nos últimos 2 bilhões de anos que
a vida tenha surgido na forma orgânica.
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Acima temos algumas das estrelas gigantes comparadas com o nosso Sol. A
Estrela Capela caminha para uma fase semelhante. Sua expansão dependerá de
sua densidade, ou seja, de sua concentração de massa.
A Estrela Capela há alguns bilhões de anos vêm caminhando para a fase que
culminará com o de uma gigante vermelha. No momento é uma gigante amarela.
Esta fase de expansão aumenta consideravelmente sua emissão de raio X. Se
existir algum planeta orbitando o sistema, este será afetado gravitacionalmente por
cada uma das estrelas componentes e também pelo centro de massa do Sistema:
não teria como escapar da ação de um ou de outro. Sua temperatura sofreria
variações extremas, indo de 0 absoluto à do ferro fundido. Mas a existência de um
planeta é por demais duvidosa, pois fatalmente se fragmentaria sob o efeito do
fenômeno conhecido como “efeito maré”, somente uma concentração de massa
estelar com intensa atividade em seus núcleos pode sustentar uma órbita fora da
distância crítica. Não acreditamos em estabilidade orbital sem que o planeta seja
munido de uma órbita sob efeito de uma força central conservativa; num sistema
múltiplo onde estaria localizada a origem de tal força? E os efeitos das marés sob a
superfície do planeta, provenientes de cada um dos 9 planetas? Sabemos que
nossa pequena Lua – que faz com que nosso planeta seja um “planeta duplo” exerce uma grande influência na forma de vida que temos. Os organismos são
constituídos de tal forma que obedecem à influência gravitacional do Satélite irmão.
As forças responsáveis pelas marés aparecem porque a atração gravitacional da
Lua, e de modo menos importante, do Sol, não é uniforme sobre toda a superfície
da Terra. A atração é mais intensa do que a média na face voltada para a Lua, e
menos intensa do que a média na face exposta, de modo que há uma tendência da
Terra se alongar na direção da linha que une os centros. Imagine um planeta num
sistema múltiplo, com uma órbita instável ou pouco estável, num momento ou
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noutro poderá estar sob a força gravitacional de mais de uma estrela – uma em
cada face, por exemplo – que efeitos terríveis serão desencadeados? A distância
crítica entre a Terra e a Lua, se não estou enganado, é aproximadamente de
211.000 km – numa distância menor a Lua poderá se fragmentar e vir a explodir; se
tal acontecer algum dia, a Terra não deixará de sofrer efeitos devastadores. Devido
às distâncias, o efeito do Sol sobre a Terra é a metade da que exerce a Lua. Como
nosso sistema planetário é estável, todos os planetas encontram-se em órbita
segura e perfeitamente previsível, tão previsível que com um cálculo muito simples
podemos obter uma boa aproximação de suas distâncias médias em relação ao
Sol: trata-se de um pequeno exercício de Matemática, conhecido como Seqüência
de Ticio e Bode. Escrevemos inicialmente, uma seqüência começando de 0 (zero),
colocando 3 como segundo elemento e a partir daí vamos dobrar cada elemento
anterior para obter o seguinte; a seqüência completa é: 0 – 3- 6- 12- 48- 96- 192384-768- 1536. Propositalmente colocamos mais um planeta em nosso sistema
solar, pois anda-se especulando sobre a possibilidade de termos mais um. Em
seguida vamos somar 4 unidades a cada termo da seqüência acima para obtermos:
4- 7- 10-16- 28- 52- 100- 196- 388- 772- 1540. Dividindo cada termo da última
seqüência por 10, obtemos a seqüência final: 0,4 – 0,7- 1,0- 1,6- 2,8- 5,2- 10,019,6 – 38,8- 77,2- 154,0. Ocorreu apenas uma distorção nas medidas
correspondentes aos planetas Netuno e Plutão, porque estes planetas possuem
órbitas ligeiramente anômalas. Nada podemos dizer ainda da última medida. A
última seqüência refere-se à distância de cada planeta ao Sol, tomando-se como
referência a UNIDADE ASTRONÔMICA (UA), que equivale a 150.000.000 km. O
exemplo serve para demonstrar a imutabilidade da lei física que tem sua validade
tanto para o microcosmo como para o macrocosmo.
Do que depende a cor de uma estrela?
A cor de uma estrela é função da temperatura em sua superfície. As azuis são as
mais quentes e as vermelhas, as mais frias. Veja a tabela abaixo onde
apresentamos as cores em função da faixa de temperatura na superfície.
Lembramos que, em seu interior, as estrelas apresentam temperaturas muito
superiores a essas.
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TEMPERATURA
COR
(ºC)
Azul
11 000 a 45 000
Branca azulada
7 500 a 11 000
Branca
6 000 a 7 500
Amarela
5 000 a 6 000
Alaranjada
3 500 a 5 000
Vermelha
3 000 a 3 500
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SUPERFICIAL
Quanto mais quente maior é a quantidade de radiação que emite.
Que fique suficientemente claro: negando a possibilidade de vida no Sistema
Capelino, não estamos com isso, negando a possibilidade de vida em outros
sistemas. Mas, a bem da verdade, somente estrelas simples como o Sol têm reais
possibilidades de desenvolver formas orgânicas de vida. Um sistema duplo teria
muitíssimo menos; muito menos ainda um sistema triplo... Um sistema com 9
estrelas, então, nem pensar ainda com uma delas tendendo para uma gigante
amarela.
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