Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Centro de Genômica e Fitomelhoramento Disciplina: Melhoramento Vegetal SISTEMA REPRODUTIVO DAS PLANTAS CULTIVADAS: conceitos, causas e conseqüências Professor Titular: Antonio Costa de Oliveira Colaboradores: Clauber M. P. Bervald; Igor P. Valério; Maraisa Crestani Pelotas - RS Março de 2015 TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO ü Introdução sobre o tema; ü Objetivos e importância do estudo; ü Classificação dos tipos florais, das plantas e das espécies cultivadas; ü Mecanismos que determinam o tipo de reprodução sexual das espécies; ü Reprodução assexual; ü Técnicas de determinação do modo de reprodução das plantas; ü Considerações finais. INTRODUÇÃO ü Fenótipo da planta: P=G+E ü Ambiente; ü Genótipo; ü Fenótipo INTRODUÇÃO ü Fenótipo da planta: P=G+E ü Ambiente; ü Genótipo; ü Fenótipo O conhecimento das particularidades da polinização, da fecundação, da propagação e do desenvolvimento das sementes da espécie estudada facilitará o entendimento do mecanismo genético e do tipo de variedade a ser obtido, bem como as técnicas de condução da lavoura a serem adotadas (Allard, 1960). INTRODUÇÃO ü Importância para o melhoramento: conhecimento da estrutura floral e modo de reprodução para condução do programa; • Formas de reprodução: Reprodução assexuada Reprodução sexuada INTRODUÇÃO Tulipa - androceu e gineceu Morfologia de uma flor perfeita INTRODUÇÃO Lema Anteras Componentes de um antécio (flor apétala + bráctea floral). OBJETIVOS E IMPORTÂNCIA ü Início de trabalhos com uma nova cultura; ü Manutenção de recursos genéticos em bancos de germoplasma; ü Importância para o melhoramento: conhecimento da estrutura floral e modo de reprodução para condução do programa; ü Importância para produção agrícola: conhecimento da disposição dos sistemas reprodutivos nas plantas para estratégias e otimização da produção; INTRODUÇÃO Formas de reprodução: Reprodução assexuada: novas plantas são formadas através de órgãos vegetativos especializados, não envolvendo a fusão de gametas, e explorando a propriedade de totipotência celular; è progênie geneticamente idêntica aos parentais Reprodução sexuada: formação de gametas (meiose), fusão dos gametas masculino e feminino (fertilização), oriundos da mesma planta ou de plantas diferentes, para formação de um embrião, e posteriormente formação da semente; è ampliação da variabilidade genética REPRODUÇÃO SEXUADA Envolve a fusão de gametas maternos e paternos oriundos da mesma planta ou de diferentes plantas, e implica a alternância regular de dois eventos: meiose e fecundação. Classificação quanto a taxa de fecundação cruzada: Autógamas: as plantas se reproduzem predominantemente por autofecundação, e apresentam até 5% de fecundação cruzada. Ex: feijão Alógamas: as plantas se reproduzem predominantemente por intercuzamentos, e apresentam até 5% de autofecundação.Ex: milho Autógamas com freqüente alogamia: apresentam de 5% à 50% de fecundação cruzada.Ex: sorgo REPRODUÇÃO SEXUADA REPRODUÇÃO SEXUADA Tipos florais: • Monóclinas ou Hermafroditas Flor hermafrodita da pereira Flor hermafrodita do maracurazeiro ♂ (♀) ♂ (♀) REPRODUÇÃO SEXUADA • Díclinas Tipos florais Flores do mamoeiro Pistilada ou ginóica Estaminada ou andróica (♂) Flores do quivizeiro (♀) REPRODUÇÃO SEXUADA Tipos de plantas • Hermafrodita Representação da planta hermafrodita REPRODUÇÃO SEXUADA Tipos de plantas • Monóicos Representação da planta monóica REPRODUÇÃO SEXUADA Tipos de plantas Monóicos The linked image cannot be displayed. The file may have been moved, renamed, or deleted. Verify that the link points to the correct file and location. (5) Flor feminina (4) Flor masculina em curcubitáceas REPRODUÇÃO SEXUADA Tipos de plantas Dióicos Representação da planta dióica Fotos F.J.H. Planta ginóica de quivizeiro Fotos F.J.H. Planta andróica de quivizeiro REPRODUÇÃO SEXUADA Tipos de plantas • Dióicos Representação da planta dióica Fonte www.todafruta.com.br/todafruta/imgsis Planta ginóica de mamoeiro Fonte Wikipédia Planta andróica de mamoeiro REPRODUÇÃO SEXUADA Principais tipos de espécies de acordo com a morfologia floral predominante: ü Hermafrodita: composta por plantas hermafroditas; ü Monóicos: composta por plantas monóicas; ü Dióicos: composta por plantas andróicas e ginóicas; Obs.: Plantas polígamas - plantas que possuem flores perfeitas e unissexuais; flores masculinas, femininas e perfeitas (Ex.: mamoeiro). REPRODUÇÃO ASSEXUADA Forma de multiplicação ou reprodução que não envolve a fusão de gametas. ü Totipotência: Fenômeno pelo qual uma célula é potencialmente capaz de originar um indivíduo semelhante àquele de onde ela foi retirada. ü Genótipo igual à planta mãe, e tem como conseqüência alta uniformidade fenotípica; ü Formas = propágulos vegetativos e propágulos florais (apomixia) REPRODUÇÃO ASSEXUADA ü Propágulos vegetativos: • Raízes modificadas: batata doce; • Bulbos: alho; • Tubérculos: batatinha, mandioca; • Rizoma: banana; • Estolões: morango; • Gemas vegetativas: cana-de-açúcar; • Enxertia: união de partes de plantas diferentes; • Cultura de tecidos: totipotência celular. REPRODUÇÃO ASSEXUADA Ex.: Cultura de Tecidos REPRODUÇÃO ASSEXUADA Propágulos florais (apomixia) • Flores: formação de sementes sem fusão gamética; • Embrião formado por divisões mitóticas; • Melhoramento apomítico – fixar o genótipo de interesse, com a desvantagem da apomixia facultativa (falta de estabilidade da cultivar). • Ex: Citrus, Panicum sp., Brachiaria sp., Andropogon sp., etc. Na apomixia há a formação das sementes contendo embriões que são produzidos independentemente da fertilização, sendo geneticamente idênticos ao genitor. Ocorre no óvulo ou semente imatura , formando o chamado embrião apomítico (DALL AGNOL & SCHIFINO-WITTMANN, 2005). REPRODUÇÃO ASSEXUADA Os tipos de apomixia incluem: Aposporia: Células somáticas do óvulo dividem mitoticamente para produzir um saco embrionário 2n. Diplosporia: O nucleo da célula mãe do megasporo divide-se mitoticamente ao invés de meioticamente para produzir um saco embrionário 2n . Embrionia adventícia: Células 2n do óvulo, integumentos, ou parede do ovário formam o saco embrionário. Partenogênese: Um embrião haplóide desenvolve-se da oosfera haplóide. Androgênese: Um embrião haplóide desenvolve-se do núcleo espermático haplóide. Semigamia: O núcleo espermático haploide penetra a oosfera mas não se funde com o núcleo haplóide da oosfera. Cada núcleo divide-se independentemente, criando um embrião haplóide que contem setores de origem masculina e feminina. Pseudogamia: A polinização serve como estímulo para o desenvolvimento do embrião mas a oosfera e o núcleo espermático não se fundem. Uma fusão dos núcleos polares com um dos núcleos espermáticos pode ocorrer. Esquema da reprodução sexual e apomixia do tipo apospórica em Brachiaria sp. Fonte Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia • Principais mecanismos conhecidos: Aposporia, Diplosporia, Embrionia adventícia, Partenogênese, Androgênese, Semigamia e Pseudogamia. Esquema da reprodução sexual e apomixia do tipo apospórica em Brachiaria sp. Fonte Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia • Principais mecanismos conhecidos: Aposporia, Diplosporia, Embrionia adventícia, Partenogênese, Androgênese, Semigamia e Pseudogamia. Esquema da reprodução sexual e apomixia do tipo apospórica em Brachiaria sp. Fonte Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia • Principais mecanismos conhecidos: Aposporia, Diplosporia, Embrionia adventícia, Partenogênese, Androgênese, Semigamia e Pseudogamia. Esquema da reprodução sexual e apomixia do tipo apospórica em Brachiaria sp. Fonte Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia • Principais mecanismos conhecidos: Aposporia, Diplosporia, Embrionia adventícia, Partenogênese, Androgênese, Semigamia e Pseudogamia. APOMIXIA APOMIXIA APOMIXIA APOMIXIA APOMIXIA ESQUEMA BÁSICO DE SELEÇÃO DE ESPÉCIES APOMÍTICAS Genitor Sexual Feminino (flor) x Genitor Apomítico Masculino (grão de polén) F1 Determinação do modo de reprodução da progênie (sexual ou apomítico) através de diferentes métodos: Observação da variabilidade da progênie de cada planta F1 Progênie variável â reprodução sexual. Progênie fixa â reprodução apomítica. Progênie Sexual " Seleção das melhores plantas e uso em cruzamentos com genótipos apomíticos " Descarte das plantas não selecionadas Ex. Panicum spp. Pennisetum purpureum Paspalum spp. Brachiaria spp. Andropogon spp. Progênie apomítica " Seleção das melhores plantas " Teste em ensaios preliminares e em rede Lançamento comercial de nova cultivar apomítica OBTENÇÃO DE HÍBRIDOS APOMÍTICOS x Panicum maximum Linhagem sexual selecionada (fêmea) Panicum maximum Cultivares e/ou ecótipos apomíticos (machos) Hibrido F1 (apomítico) Seleção dos híbridos superiores Propagação por sementes apomíticas Capim Colonião cv. Natsukase Capim Colonião cv. Vencedor REPRODUÇÃO ASSEXUADA • Apomixia e melhoramento genético: Possibilita a fixação imediata de genótipo superior Cruzamento entre espécie apomítica e espécie sexual relacionada èDesvantagens: baixa taxa de cruzamentos entre biotipos; apomixia facultativa (falta de estabilidade da cultivar). Introdução da apomixia em espécies de interesse??? REPRODUÇÃO SEXUADA ü Melhoramento em autógamas: UMA PLANTA ü Melhoramento em alógamas: UMA POPULAÇÃO Por quê????? e o programa de melhoramento, como deve ser conduzido? REPRODUÇÃO SEXUADA melhoramento em autógamas: Plantas autógamas visa à obtenção de plantas individuais. A base de seleção é o indivíduo. melhoramento em alógamas: Plantas alógamas a ênfase é dada à população. Autógamas • Autofecundação; • Altamente homozigotas; • Não trocam genes com frequência; • Não perdem vigor por endogamia; • População uniforme; • Mistura de linhas puras; • Exemplo: trigo, cevada, aveia, arroz, soja , feijão Alógamas • Fecundação cruzada • Altamente heterozigotas • Trocam genes com frequência • Perdem vigor por endogamia • População desuniforme (exceção de híbridos) Exemplos: milho, centeio, azevém, alfafa, trevo-branco, maçã, abacate, pêra Reprodução assexuada • Reproduzem-se por meio de órgãos vegetativos: tubérculos, bulbos, rizomas, ramos, folhas e caules • Altamente heterozigotas geneticamente • Altamente uniformes fenotipicamente • População constituída por clones Mecanismos que favorecem a autogamia ü Cleistogamia: ex. soja, alface, arroz, trigo, cevada, aveia; ü Mecanismos estruturais: ex. tomate, leguminosas. • Taxa de cruzamento natural em autógamas muito baixa: local, insetos, clima, vento, diferentes cultivares, etc. • Levam os indivíduos a homozigose; • Isolamento para produção de sementes: geralmente não é necessário Fonteo www.geocities.com/Yosemite/6708/FEIJAO1.JPG Feijoeiro Fonte www.seea.es/.../Flor_tomate_marcada.jpg Tomateiro Mecanismos que favorecem e/ou determinam a alogamia ü Monoicia: milho; ü Dioicia: mamão, quivi, araucária; ü Protandria: cenoura, milho, abacate; ü Protoginia: mandioca, sorgo; ü Questões estruturais: alfafa, maracujá; Fonte www.ib.unicamp.br/Library ü Questões fisiológicas específicas: incompatibilidade e esterilidade; • Flores polinizadas por animais, insetos; • Contribuem para a variabilidade genética e heterozigose (gametas ♂ e ♀ provêm de genitores diferentes); Mecanismos que determinam a alogamia Autoincompatibilidade “Incapacidade de uma planta fértil, hermafrodita (flor perfeita), produzir zigotos após a autofecundação (Ramalho et al., 2000).” ü Resulta do fracasso dos grãos de pólen da mesma planta aderirem ou germinarem no estigma, ou no fracasso dos tubos polínicos de penetrarem ou crescerem através do estilete; ü Sistemas mais simples: 1 loco com múltiplos alelos; ü Autoincompatibilidade gametofítica e esporofítica. Mecanismos que determinam a alogamia Autoimcompatibilidade gametofíca Os cruzamentos compatíveis só ocorrerão quando o alelo S do pólen for diferente de qualquer alelo presente no estilete diplóide. Nesse processo, o grão de pólen germina e a reação de incompatibilidade ocorre entre o tubo polínico e o estilete. Supõe-se que a ação dos genes S seja ativada após a meiose. Mecanismos que determinam a alogamia Genética da incompatibilidade Incompatibilidade gametofítica: interação entre os produtos dos alelo S do genoma haplóide de cada grão de pólen e genoma diplóide do pistilo, interação alélica tipo codominância. Não há a possibilidade de ocorrer autofecundação natural; Nunca são formados genótipos homozigóticos para os alelos S em condições naturais; Ex.:Solanaceae (Nicotiana, Solanum, Petunia, Lycopersicon) Leguminoseae (Trifolium) Rosaceae (Prunus, Malus) Mecanismos que determinam a alogamia Autoincompatibilidade Gametofítica S2S3 S1S2 S1S2 S1S2 S3S4 S1S2 Mecanismos que determinam a alogamia Tabela 1. Tipo de fertilização efetiva em fruteiras de clima temperado (CRESTI et al., 1978). Mecanismos que determinam a alogamia Tabela 1. Tipo de fertilização efetiva em fruteiras de clima temperado (CRESTI et al., 1978). Genética da incompatibilidade Autoincompatibilidade Gametofítica, exemplo Macieira OK!!!! TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO ü Introdução sobre o tema; ü Objetivos e importância do estudo; ü Classificação dos tipos florais, das plantas e das espécies cultivadas; ü Mecanismos que determinam o tipo de reprodução sexual das espécies; ü Reprodução assexual; ü Técnicas de determinação do modo de reprodução das plantas; ü Considerações finais. TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO ü Introdução sobre o tema; ü Objetivos e importância do estudo; ü Classificação dos tipos florais, das plantas e das espécies cultivadas; ü Mecanismos que determinam o tipo de reprodução sexual das espécies; ü Reprodução assexual; ü Técnicas de determinação do modo de reprodução das plantas; ü Considerações finais. Mecanismos que determinam a alogamia Autoimcompatibilidade Esporofítica A reação de Autoincompatibilidade esporofítica ocorre no estigma. Os alelos S têm como sítio de ação as células das papilas do estigma. A reação de incompatibilidade é rápida e precoce, e a capacidade de discriminação entre o pólen da mesma planta e um pólen diferente é afetada pelo estádio de desenvolvimento do estigma. Ocorre com muita freqüência na família Brassicaceae. A síntese dos produtos dos alelos S ocorre supostamente antes do fim da meiose. Mecanismos que determinam a alogamia Genética da incompatibilidade Autoincompatibilidade esporofítica: determinado pelos alelos presentes no tecido diplóide do esporófito (planta-mãe) e não pelo alelo que o pólen carrega. Interação alélica frequentemente é de dominância completa. Ex: Brassicaceae, Cruciferae, Compositae, Convolvulaceae; Existe a possibilidade de ocorrer autofecundação natural; Ocorre a formação de genótipos homozigóticos para os alelos S em condições naturais; Mecanismos que favorecem a alogamia Autoincompatibilidade Esporofítica Mecanismos que favorecem a alogamia Tabela 2. Resultados dos testes sobre o sistema de reprodução de Cambessedesia hilariana: porcentagens de frutificação, formação e germinação de sementes. Entre parênteses estão os números de frutos/flores (FRACASSO & SAZIMA, 2004). Autopolinização Polinização cruzada Condições naturais Figura 1. Porcentagem de frutos abortados em flores tratadas e em condições naturais, ao longo de 40 dias após a polinização de Cambessedesia hilariana (FRACASSO & SAZIMA, 2004). http://static.panoramio.com/photos Mecanismos que determinam a alogamia Autoincompatibilidade O grande polimorfismo existente para o número de alelos S tanto nos sistemas de Autoincompatibilidade Gametofítica e Autoincompatibilidade Esporofítica são explicados pela ação da seleção que favoreceria diferentes alelos, assegurando a fertilidade da população. Alelos raros teriam vantagem de fertilidade pois os grãos de pólen que os portassem não seriam rejeitados pelas plantas receptoras e tenderiam a aumentar em frequência. Autoincompatibilidade Importância para o melhoramento è A ocorrência de autoincompatibilidade em espécies de interesse econômico pode ter uma importância muito grande, sendo muito positiva em alguns casos e um empecilho em outros, dependendo da parte da planta que é colhida (vegetativa ou reprodutiva), e do tipo de reprodução, sexual ou vegetativa; è Em plantas propagadas vegetativamente ou naquelas em que as partes vegetativas são o produto economicamente importante, a Autoincompatibilidade tem pouco valor prático; è A incorporação de característica de incompatibilidade em culturas normalmente autocompatíveis facilitaria a realização de cruzamentos controlados. Mecanismos que determinam a alogamia Macho-esterilidade A macho esterilidade é a incapacidade de uma planta em produzir pólen funcional (Ramalho et al., 2000) . Tem sido usada com sucesso em: trigo, beterraba, cenoura, cebola, girassol, milho, etc (PRODUÇÃO DE HÍBRIDOS); Tendo por base a herança ou origem, pode ser dividida em: • machoesterilidade nuclear; • machoesterilidade citoplasmática; • machoesterilidade núcleo citoplasmática. Macho-esterilidade • machoesterilidade nuclear, governada por um ou mais genes nucleares. Na maioria dos casos é apenas um gene recessivo. A herança deste tipo de machoesterilidade obedece às leis de Mendel. • machoesterilidade citoplasmática é controlada por um fator citoplasmático e herdada maternalmente. A herança deste tipo de machoesterilidade não obedece às leis de Mendel. • machoesterilidade núcleo citoplasmática é devido a interação de genes nucleares com genes mitocondriais. Neste caso, para uma planta ser macho estéril, é necessário que ela contenha o citoplasma estéril (S) e os genes nucleares rfrf. A fertilidade é restaurada com o uso de alelos dominantes Rf. Macho-esterilidade: Nucleo/citoplasmática è Sistemas de Macho-esterilidade Nucleo/citoplasmática requerem dois componentes para um fenótipo macho-estéril: devem possuir o citoplasma macho-estéril e não devem possuir genes restauradores de fertilidade no genoma nuclear (Rf). Figura 2. Representaçao dos processos envolvidos na ocorrëncia de macho esterilidade (BUENO et al., 2001) a Número de grãos produzidos Pólen viável Macho-esterilidade b Polinização natural Figura 3. Analise de regressão para o caráter pólen viável (a) e numero de grãos produzidos (b) em cinco genótipos de trigo, submetidos a três doses do produto Ethrel (PEGORARO et al., 1999). Figura 4. Analise de regressão para o caráter polinização natural em cinco genótipos de trigo, submetidos a três doses do produto Ethrel (PEGORARO et al., 1999). USO DA MACHO-ESTERILIDADE a) USO DA MACHO-ESTERILIDADE b) USO DA MACHO-ESTERILIDADE c) TÉCNICAS DE DETERMINAÇÃO DO MODO DE REPRODUÇÃO DAS PLANTAS Sistema reprodutivo pode ser determinado através: a) Estudo do mecanismo de florescimento, biologia floral e formação de frutos; b) Caracterização básica: adaptação, estruturas morfológicas e reprodutivas; c) Comparação da formação de sementes em flores protegidas e flores de polinização livre; d) Estudo do progresso da fecundação e formação do embrião – microscopia. e) Estudos de citogenética: ploidia e estudo do comportamento cromossômico. TÉCNICAS DE DETERMINAÇÃO DO MODO DE REPRODUÇÃO DAS PLANTAS Sistema reprodutivo pode ser determinado através: a) Estudo do mecanismo de florescimento, biologia floral e formação de frutos; b) Caracterização básica: adaptação, estruturas morfológicas e reprodutivas; c) Comparação da formação de sementes em flores protegidas e flores de polinização livre; d) Estudo do progresso da fecundação e formação do embrião – microscopia. e) Estudos de citogenética: ploidia e estudo do comportamento cromossômico. ü Importância para o Melhoramento: escolha do método e condução do programa, manutenção do banco de germoplasma, produção de sementes, etc. Determinação do modo de reprodução das plantas Proteção da espiga imatura com saco plástico para evitar contaminação com pólen indesejado. CONSIDERAÇÕES FINAIS ü Melhoramento e produção em autógamas: UMA PLANTA ü Melhoramento e produção em alógamas: UMA POPULAÇÃO ü Melhoramento e produção em plantas de propagação vegetativa. Trigo Banana Fotos M.C. www.cnps.embrapa.br/sibcti/fotos Milho Fotos F.J.H. INFLORESCÊNCIAS SIMPLES Representação da inflorescência simples tipo capítulo Capítulo Helianthus annuus, girasol INFLORESCÊNCIAS SIMPLES Representação da inflorescência simples tipo espiguetas Constituintes da inflorescência simples tipo espiguetas INFLORESCÊNCIAS COMPOSTA Ráquila x Pedicelo Espiga de espiguetas Panícula Aveia Trigo INFLORESCÊNCIA CARACTERÍSTICA DA AVEIA E DO TRIGO Componentes de um antécio de trigo e de aveia. CONSIDERAÇÕES FINAIS O conhecimento dos mecanismos envolvidos nos processos reprodutivos das espécies trabalhadas, vinculado a adequada condução técnica das culturas, determinam o sucesso da produção agrícola como um todo. Fonte URGS-RS