Centro Hospital Tâmega e Sousa renova

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20-12-2012
Revista de Imprensa
20-12-2012
1. (PT) - Diário de Notícias, 20/12/2012, Europa quer imagens nos maços e fim de cigarros com sabor
1
2. (PT) - Jornal de Notícias, 20/12/2012, Centenas de voluntários levam Natal aos hospitais
3
3. (PT) - Jornal de Notícias, 20/12/2012, Medicação de glicemia em ambulâncias
4
4. (PT) - Diário de Notícias, 20/12/2012, Resíduos perigosos serão retirados de antigas minas
5
5. (PT) - Repórter do Marão, 01/12/2012, Centro Hospital Tâmega e Sousa renova Urgência e instala
unidade de Amarante
6
6. (PT) - Jornal de Notícias, 20/12/2012, Autarca exige demissão hospitalar em 60 dias
7
7. (PT) - Correio da Manhã, 20/12/2012, Deplorável
8
8. (PT) - Jornal de Notícias, 20/12/2012, 1181 queixas contra médicos na última década
9
9. (PT) - Jornal de Negócios, 20/12/2012, Que não lhe doam as mãos, Paulo Macedo!
12
10. (PT) - Correio da Manhã, 20/12/2012, Alerta para vírus que causa cancro
13
11. (PT) - Metro Portugal, 20/12/2012, HPV: vacina não tem sexo nem idade
14
12. (PT) - Correio da Manhã, 20/12/2012, Bebés são demasiado gordos
15
13. (PT) - Jornal de Notícias, 20/12/2012, Asma nas crianças associada ao paracetamol na gravidez
16
14. (PT) - Diário de Notícias, 20/12/2012, Pais com menos escolaridade batem mais nos filhos
17
15. (PT) - Jornal de Negócios, 20/12/2012, Grossista da ANF encosta à parede um terço dos laboratórios de
genéricos
18
16. (PT) - OJE, 20/12/2012, A primeira preocupação que tivemos foi que ninguém tivesse fome em Portugal
- Entrevista a Manuel de Lemos
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A1
ID: 45308092
20-12-2012
Tiragem: 45723
Pág: 16
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 26,56 x 33,35 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 2
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ID: 45308092
20-12-2012
Tiragem: 45723
Pág: 1
País: Portugal
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Área: 5,41 x 4,39 cm²
Âmbito: Informação Geral
Corte: 2 de 2
Página 2
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ID: 45308095
20-12-2012
Tiragem: 94111
Pág: 7
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Cores: Preto e Branco
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Área: 21,90 x 26,85 cm²
Âmbito: Informação Geral
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Página 3
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20-12-2012
Tiragem: 94111
Pág: 16
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Área: 8,83 x 8,76 cm²
Âmbito: Informação Geral
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Página 4
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20-12-2012
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Pág: 22
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Repórter do Marão
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01-12-2012
Tiragem: 30000
Pág: 17
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Âmbito: Regional
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Centro Hospital Tâmega e Sousa renova
Urgência e instala unidade de Amarante
O Centro Hospital do Tâmega e Sousa (CHTS) renovou o serviço de urgência na unidade de Penafiel
(Hospital Padre Américo).
A obra permitiu aumentar a capacidade da sala
de emergência, conferindo "maior eficácia no socorro aos casos mais graves", revelou o hospital.
A renovação em curso inclui também um novo
serviço de urgência pediátrica.
O centro hospitalar está dotado de uma urgência
cirúrgica, em Penafiel, e de uma urgência básica, em
Amarante, servindo mais de meio milhão de pessoas da região do Tâmega e Sousa.
Entretanto, o CHTS anunciou que vai concluir a
transferência dos serviços do hospital de Amarante para as novas instalações, localizados na margem
da Via do Tâmega, nas proximidades de Gatão.
Depois de ter transferido as valências de hospital
de dia e de consulta externa a 30 de maio, coube agora a vez de a urgência ser também instalada no novo edifício bem como os doentes internados. Como urgência básica, o novo hospital de Amarante, que custou 34 milhões de euros, vai servir a população do Baixo Tâmega.
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ID: 45308242
20-12-2012
Tiragem: 94111
Pág: 21
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Âmbito: Informação Geral
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20-12-2012
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Pág: 3
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Âmbito: Informação Geral
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Área: 28,16 x 34,17 cm²
Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Pág: 32
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Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
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Âmbito: Informação Geral
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20-12-2012
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Pág: 4
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
HPV: vacina não
tem sexo nem idade
GETTY
Liga Contra o Cancro lança nova
ação Infeção do HPV pode causar
cancro do colo do útero, mas não só
A Liga Portuguesa Contra
o Cancro (LPCC) lançou ontem uma campanha que
alerta mulheres de meia-idade e homens para o risco da infeção pelo vírus do
papiloma humano (HPV).
A campanha tem como
lema “O HPV não escolhe
sexo nem escolhe idade.
A prevenção também não”
e aconselha à vacinação.
Segundo Carlos Oliveira,
presidente da LPCC, a ação
inicial contra o HPV, lançada em 2007, dirigia-se a raparigas dos 13 aos 17 anos.
Os estudos indicavam que
era a faixa etária em que
a vacina surtia efeito e acabou por ser incluída no plano nacional de vacinação.
“Posteriormente, estudos mostraram que a utilização da vacina pode e deve
ser estendida a mulheres
90%
dos inquiridos já
tinham ouvido falar
do HPV e sabiam que
se transmite por contacto sexual, revela
o estudo que originou
a campanha da LPCC
com mais de 25 e até aos
45/50 anos. Demonstrou-se
também que é benéfica nos
homens”, diz. Além do cancro do colo do útero, o HPV
pode provocar cancro da
vagina, da vulva, do pénis
e do canal anal. Metade
dos inquiridos num estudo
recente da LPCC desconhece que 70 a 80% das pessoas
serão infetadas pelo HPV
ao longo da vida.
Vacina contra infeções por Vírus do Papiloma Humano (HPV) foi incluída no plano nacional de vacinação em 2008
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ID: 45308883
20-12-2012
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Pág: 20
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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Âmbito: Informação Geral
Corte: 1 de 1
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20-12-2012
Tiragem: 16493
Pág: 23
País: Portugal
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Área: 26,82 x 31,55 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 2
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Pág: 1
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Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 2
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A20
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Área: 27,55 x 34,30 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 3
OJE/VICTOR MACHADO
MANUEL DE LEMOS, PRESIDENTE DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS
“A primeira preocupação que tivemos foi
que ninguém tivesse fome em Portugal”
Não era crível que Portugal continuasse no mesmo regime de consumo e as Misericórdias preparam-se para o pior, afirma Manuel de Lemos,
presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP). O lançamento de 600 cantinas sociais é o grande passo. Seguir-se-á a criação de uma
verdadeira economia social com um enquadramento jurídico definitivo, que o Governo quer levar ao parlamento para obter um amplo consenso
ESPAÇO DE ENTREVISTA
VÍTOR NORINHA
[email protected]
Como é que as Misericórdias estão
a dar resposta à crise social que o
país atravessa e de que forma o
Governo é cooperante com as Misericórdias na procura de soluções
sustentáveis?
As Misericórdias, de alguma maneira, anteciparam a crise. Ela estava
no ar para aqueles que estavam
mais atentos. Não nos parecia possível que Portugal continuasse naquele regime de consumo e, nesse
sentido, muitas das Misericórdias tiveram alguma cautela em constituir algumas reservas, embora não
tantas como gostaríamos porque, à
nossa volta, o mundo foi mudando.
A ciência médica e qualidade de
vida fizeram aumentar a esperança
de vida e isso trouxe, como consequência, que, nas nossas casas, se
envelhecesse mais. Por outro lado, o
crescimento do trabalho da mulher
trouxe desagregação das famílias,
menos tempo para tomarem conta
dos idosos e crianças. E, numa cidade em mutação, começou-se a ver
grande número de criança vítimas
de famílias desestruturadas devido
ao álcool ou droga. Toda esta gente
vai parar às misericórdias.
Apesar disso, as Misericórdias
preparam-se para a crise, mas esta
bateu com muita força. Vê-se pelas
notícias, e basta dar o exemplo de
declarações do próprio senhor ministro das Finanças, que já afirmou
não contar com esta taxa de desemprego.
E, dentro deste cenário, é natural
que aumente o número de pessoas
a procurar as nossas instituições.
Existindo as Misericórdias para ajudar os outros, é nesse momento que
a nossa missão ganha esplendor.
A primeira preocupação que tivemos foi que ninguém tivesse fome
em Portugal.
Sabemos que há fome, mas a nossa preocupação foi criar uma estrutura para que não houvesse fome.
Claro que há fome como existe no
país mais avançado do mundo. Refiro-me à fome com “F” grande e essa, felizmente, não se verifica. Dentro dessa estratégia, iniciámos a
montagem de uma rede de cantinas
sociais e fomos ter com o Estado, indicando-lhes que estávamos disponíveis para resolver o problema. O
Estado respondeu bem.
“
O ministério (da
Saúde) tem feito um
esforço no sentido de
corrigir as dívidas, mas
ainda continua a ser um
ministério sem tradição
de cooperação, contrastando com a tradicional
cooperação do Ministério
da Solidariedade
Há boas relações com o ministério
da tutela?
Há excelentes relações, o que facilitou. Atualmente, temos 600 cantinas sociais a funcionar.
São suficientes?
Constatamos duas situações. Mais
de metade dessas cantinas não tem
a sua capacidade esgotada, mas há
algumas com capacidade esgotada.
Pedimos às várias direções das Misericórdias para nos comunicarem os
casos de capacidade esgotada para
se deslocar a capacidade entre instituições – já que é difícil solicitar
fundos ao Estado – ou poderemos
confrontar o Estado para fazer escolhas sobre esta matéria.
Temos a capacidade esgotada, ou
quase esgotada, nos grandes centros urbanos e em alguns distritos
de maior complicação, casos de Braga, Porto, Lisboa e Setúbal, a par de
alguns pontos no Algarve.
Também há, nestes distritos, zonas onde a capacidade não está esgotada. E à medida que se sai do litoral em direção a zonas rurais há
menor pressão, sobretudo devido à
existência de economia de sobreviCONTINUA NA PÁG. 38
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ID: 45307906
20-12-2012
Tiragem: 17200
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País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 27,70 x 34,01 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 2 de 3
OJE/VICTOR MACHADO
Quanto vale atualmente a economia social?
Estamos a falar de 5% do PIB mas o objetivo é subir.
Falávamos da nova Lei da Economia Social e pergunto se na discussão deste normativo
vai ser incluído algum capítulo relativo à criação de um supervisor que possa ter poder
e influência sobre o conjunto das Misericórdias?
É uma questão fundamental e a resposta é que, obviamente, essa supervisão
existe, pois o Estado (ministério da Segurança Social) tem a tutela. No
entanto, entendemos que dentro das Misericórdias que há a necessidade de
procedermos um pouco a uma evolução, do tipo daquela que a Caixa Central
fez relativamente às Caixas Agrícolas que existiam.
Pretendemos poder fazer auditorias independentes às Misericórdias para
avaliarmos o seu funcionamento e sem a função inspetiva que é como faz a
tutela e bem, mas numa função de aconselhadora. Esta questão coloca-se
porque muitas das nossas casas são muito grandes, podemos ajudar as
mesas administrativas, que na sua maioria são voluntárias e/ou ex-funcionários, indicando-lhes que vai ou não no bom sentido, dar indicações
sobre tomada de medidas para evitar as dificuldades financeiras, ou dando
indicações para não repetirem respostas sociais em locais onde já há saturação, e muitas outras indicações.
Temos uma meia dúzia de experiências pontuais que fizemos a pedido dos
Provedores e o resultado foi extremamente positivo. Começamos a ter um
lastro de experiência e um lastro de resultados para podermos sugerir indicações às Misericórdias.
Esse projeto ainda está em estudo?
Não. Está bastante adiantado e, como disse, fizemos alguns trabalhos. Friso
que este papel não será imposto, mas está a ser preparado, por parte dos
nossos órgãos intermédios, para ser aceite de bom grado por todas as instituições.
Por outro lado, julgo que o Estado tem grande interesse nisto e vai apoiar
por uma razão muito simples: o Estado quer saber da credibilidade das entidades a quem entrega o seu dinheiro.
vência com pequenos pedaços de
terra que servem para cultivo e para pequenas explorações.
As dificuldades não passam apenas
pela fome, mas estão a atingir o setor da saúde. O que é possível às
Misericórdias fazer neste ponto?
Também nos preocupámos com a
questão da saúde, mas aí tivemos
um problema pois o Ministério da
Saúde continua com os pagamentos
atrasados. Temos falado sobre isto,
porque os atrasos no pagamento da
saúde, para além de causarem dificuldades nas nossas unidades que
estão a funcionar, desequilibram o
universo das Misericórdias. Não podemos, no final do mês, pagar a uns
e não pagar aos funcionários que estão ao lado, nas unidades de cuidados continuados!
É verdade que o ministério tem
feito um esforço no sentido de corrigir as dívidas, mas ainda continua
a ser um ministério sem tradição de
cooperação, contrastando com a
tradicional cooperação do Ministério da Solidariedade.
É um ministério que foi habituado a funcionar de cima para baixo e
isso traduz-se, apesar do enorme esforço que o ministro está a fazer, e
isso deve ser reconhecido, no sentido de racionalizar o sistema, de facto uma coisa é a sua vontade política de empurrar a máquina e outra
coisa é a máquina acontecer.
Isso tem-se traduzido numa diminuição da dificuldade de acesos das
pessoas aos serviços de saúde. E é
essa redução e acesso que enquadra
a sua questão.
Mas também há falhas na capacidade de aquisição de medicamentos. Como estão a resolver o tema?
Essas são as dificuldades financeiras que vêm de trás, e isto porque
ainda não se ajustou o sistema. Penso que esta situação se vai verificar
durante mais algum tempo, sobretudo se o Estado não for capaz de
perceber que, quer no setor social,
quer no setor privado – aqui não
“
As Misericórdias
recebem, em termos de
comparticipação pública,
no máximo 50% do seu
orçamento, mas a média
está nos 35%
faço qualquer distinção –, estamos
trabalhar com maior racionalização
e menores custos relativamente ao
público. Isto é uma atitude fundamental porque é preciso reduzir
despesa.
O problema do financiamento de
medicamentos já atinge hospitais
públicos. Dou um exemplo de que
tive conhecimento há dias num
grande hospital do norte do país.
Uns pais levaram o filho às urgências e o hospital não tinha insulina,
obrigando-os a ir comprar o medicamento no exterior. Isso é totalmente inaceitável.
Quero crer que isso corresponde,
por um lado, às limitações financeiras, mas também à necessidade de
reestruturarmos todo o sistema de
saúde. No imediato vamos ter problemas complexos.
Quando se corta cegamente cai-se
no exagero, atinge-se sempre gente
inocente neste processo.
Isso está a acontecer?
Tenho a certeza de que o ministério
(da Saúde) está a fazer um esforço
no sentido de corrigir isso. Mais
uma vez distingo aqui a vontade política do ministro, que penso ser evi-
dente, fundamentada e séria, e depois a máquina a responder.
Qual o papel das Misericórdias na
inclusão das mulheres, sobretudo
numa altura de aumento dos incidentes a nível de violência doméstica?
A nossa primeira prioridade são os
filhos, quando os há. Temos feito algumas casas-abrigo, e somos seguramente um grande empregador de
mulheres, o que significa que damos à mulher emprego e uma possibilidade alternativa de vida quando as famílias não correm bem. Devo reconhecer que, sendo a nossa
atividade direcionada para os seres
humanos, é verdade que as mulheres têm uma capacidade muito própria de responderem ao objetivo da
missão.
Este Estado e este Governo querem cooperação séria com as Misericórdias?
Tenho essa noção, embora deva dizer que este Governo tem, por vezes, uma dificuldade de comunicação, sendo que mesmo as políticas
boas não chegam bem (ao grande
público). Tenho a certeza que o senhor primeiro-ministro percebe como é que as coisas funcionam, mas
vivemos num momento de aperto
total.
O financiamento das Misericórdias está muito dependente daquilo que o Estado pode alocar. Como
será o futuro?
Não é bem assim. Fizemos um estudo sobre o que representava a contribuição pública nas Misericórdias,
sendo que os valores oscilam pela
dimensão das mesmas e pela localização. As Misericórdias recebem em
termos de comparticipação pública,
no máximo 50% do seu orçamento,
mas a média está nos 35%.
Onde vão as Misericórdias buscar
os cerca de 65% de fundos?
Vão aos recursos dos utentes, aos recursos das famílias e à economia so-
cial, e que são as atividades paralelas que as Misericórdias desenvolvem quer nas áreas core, quer em
outras áreas onde encontrem recursos para pagarem despesas.
A situação tende a tornar-se, no
entanto, grave porque, num momento em que a crise atinge as pessoas e as famílias, elas têm mais dificuldades em comparticipar.
Isso obrigou a União a propor ao
Governo acelerar o outro lado, e
que é o lado da economia social.
Aliás, cerca de 11% do PIB dos países da UE vem da economia social,
quando Portugal está nos 5%.
É necessário uma Lei da Economia Social, que nos coloque no plano em que estamos, pois não somos
nem setor público - que não queremos ser -, nem setor privado - que
também não queremos ser. Somos o
setor social, e isso está na Constituição, mas faltam regras próprias.
Queremos saber o que é o entendimento do mercado relativamente à
da nossa posição na sociedade.
Por outro lado, queremos que as
novas regras sejam acompanhadas
de uma adequada estrutura em termos jurídicos. Precisamos de um estudo sério à volta do que representa
o direito social.
O Governo está a trabalhar nessas
matérias?
O executivo tem praticamente pronta a Lei da Economia Social. Na última semana, reuniu o Conselho Nacional da Economia Social, onde tive
ocasião de afirmar ao senhor PM a
necessidade de acelerar a lei e a necessidade de estabelecermos os quadros e os parâmetros do direito social. Devo dizer que o senhor PM disse, de forma clara, relativamente à
Lei da Economia Social, que um normativo deste género não pode ser a
lei desta maioria, tem de ser uma lei
do parlamento. Tem de ser uma lei
que atravesse transversalmente todos os partidos políticos, o que se
justifica, pois há direções cujos
membros individuais têm posições
ideológicas diferentes, mas isso é al-
go de irrelevante porque estão aqui
para ajudar os outros.
Relativamente ao Direito Social,
deve haver uma participação relevante das universidades. A própria
União em função do avanço da Lei
da Economia Social colocará questões às universidades, pois terá de
haver trabalho nesse sentido.
Como está a correr o projeto das
farmácias sociais?
Uns têm avançado mais do que outros. A questão das farmácia sociais
tem sido um tema que nós, conjunturalmente com a União das Mutualidades Portuguesas, temos trabalhado, pois as mútuas também têm
farmácias sociais.
Houve uma questão jurídica colocada pela União das Misericórdias
Portuguesas que terminou numa
resolução do Tribunal Constitucional, que é a deliberação mais espantosa que já vi, tendo em conta a
quantidade de declarações de voto.
Significa que os maiores juristas nacionais estão “partidos” relativamente a esta matéria.
E ainda relativamente às farmácias sociais, precisamos delas para
obter recursos, mas, obviamente
também para atender as pessoas.
Estamos a contornar a situação pela
via do banco de medicamentos, que
colocámos a funcionar a 1 de dezembro último.
É gerido por quem?
Por nós e pelos Infarmed. Resultou
de um acordo que estabelecemos,
pois os medicamentos seis meses
antes de atingirem o prazo de validade são proibidos de entrar no
mercado, mas eles existem, estão
válidos e estão bons. Normalmente,
a indústria destrói-os e conseguimos convencer a indústria e o Governo a não os destruir, colocando-os numa plataforma virtual, a qual
permite que nós e as IPSS cumpram
as obrigações de segurança dos medicamentos, recolhê-los e redistribuí-los às famílias com maiores necessidades.
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ID: 45307906
20-12-2012
Tiragem: 17200
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País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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ENTREVISTA
“A primeira preocupação
foi que ninguém
tivesse fome”
PÁG. 36 a 38
Manuel de Lemos,
Presidente da UMP
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