P046 Terapêutica da Dor no Recém-Nascido R. Palacio, S. Pinho, P. Ribeiro Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar de Coimbra Resumo 52 entubação difícil. Foi classificado como ASA II. Foi submetido a anestesia geral balanceada com sevoflurano, propofol(2 mg/ Kg;0.1-0,2mg/Kg/min) e fentanil(3g/Kg) sem uso de relaxante muscular. Entubação orotraqueal sem dificuldades, escala de cormark I, TET 6,5 com cuff. Analgesia realizada com paracetamol 30 mg/ kg, cetorolac 0,5 mg/kg e tramadol 1mg/Kg associado a metoclopramida 0,1 mg/Kg EV mantendo-se os mesmos fármacos como esquema de analgesia pós-operatória. Sem registo de intercorrências anestésicas. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES: O Síndrome de Soto é uma doença genética rara com cerca de 200 casos descritos na literatura. Apesar das características crânio-faciais associadas a este síndrome não existe associação com via aérea difícil. Os fármacos usados devem ser nãoepileptogénicos (estão documentadas alterações EEG na ausência de convulsões). A necessidade de relaxamento muscular numa criança hipotónica deve ser ponderada embora não existam complicações descritas com o uso de succinilcolina, vecurónio e atracurio. Na analgesia, pelas mesmas razões, deve-se dar preferência a fármacos não opiodes, sendo uma boa opção as técnicas loco-regionais.2,4 CONCLUSÃO: Embora este caso não tenha criado nenhuma dificuldade anestésica, a raridade do síndrome e a possibilidade de surgirem de forma inesperada na urgência, fez-nos pensar que seria útil a sua publicação. BIBLIOGRAFIA 1. Journal of Medics Genetic 1990;27; 571-576. 2. Paediatric Anaesthesia 2003; 13;835-840. 3. Journal of Medics Genetics 1994; 31;20-32. 4. British Journal of Anaesthesia 1991; 66; 728-732. Revista SPA ‘ vol. 16 ‘ nº 1 ‘ Fevereiro 2007 Introdução e objetivos: São muitos os procedimentos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos que podem induzir dor nos recém-nascidos, sendo já uma realidade demonstrada que o ser humano é capaz de sentir a dor e reagir a estímulos desde a etapa fetal e que estas experiências ficam gravadas na memoria condicionando o comportamento futuro e a maneira de reagir ante novos estímulos. É por isso fundamental intervir para conseguir uma analgesia adequada. Metodologia: Para isso podem ser úteis técnicas não farmacológicas que são baseadas na modificação da conduta e do ambiente da criança sendo indicadas para alívio de alguns procedimentos incomodativos, com a vantagem de ser simples e de não ter efeitos adversos. Para procedimentos dolorosos a utilização da terapêutica farmacológica requer conhecimento da farmacocinética e farmacodinamia dos fármacos analgésicos (do EMLA aos opioides), dos efeitos secundários e das possíveis interacções medicamentosas, sendo, por vezes exigida a monitorização e vigilância do recém-nascido. Conclusões: A terapêutica adequada da dor no recémnascido e fundamental para evitar alterações fisiologicas, psicologicas e comportamentais actuais e futuras na criança e na familia. Palavras-chave: Dor, Recém-nascido, Terapêutica. Bibliografia • Anand K.J.S. International evidence based group for neonatal pain recommendations. • Carbajal. British medical journal 319,1393-1397. • “Prevention and management of pain and stress in the neonate” American Academy of Pediatrics and Canadian Paediatric Society. • A. Pereira e D. Antunes APED Vol 13.