Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Engenharia de Computação e Automação CLPs: Interfaces de E/S Heitor Medeiros Florencio Interfaces de Entrada e Saída Interfaces de E/S A seção de E/S de um CLP é o local em que os dispositivos de campo são conectados e onde é fornecida a interface entre eles e a CPU. Inputs As entradas e saídas podem ser embutidas em um CLP compacto. Outputs O tipo modular usa módulos de E/S que são plugados no CLP. Estrutura Modular Um rack (gabinete) é composto de módulos individuais de E/S. Os módulos de interface de entrada recebem sinais da máquina ou dos dispositivos do processo e os convertem em sinais que podem ser utilizados pelo controlador. Os módulos de interface de saída convertem os sinais do controlador em sinais externos utilizados no controle da máquina ou do processo. Interfaces E/S A montagem do equipamento (hardware) que reside nos módulos de E/S, nos módulos do processador e na fonte de alimentação é conhecida como chassi. Um rack lógico é uma unidade endereçável composta por uma determinada quantidade de pontos de entrada e de saída. Cada slot no rack é capaz de acomodar qualquer tipo de módulo de E/S. Módulos E/S Uma das vantagens de um sistema CLP é a capacidade de instalar módulos de E/S próximos dos dispositivos de campo. Um rack é chamado de remoto quando é posicionado distante do módulo do processador. Endereçamento E/S O sistema de memória do CLP armazena as informações relativas ao estado de todas as entradas e saídas, e as acompanha utilizando um sistema de endereçamento. • Os métodos de endereçamento de entradas e saídas nos CLPs são bastante semelhantes. Palavras ou bits pode ser endereçados. Exemplos: I:12/04 e O:02/06 TIPO: A primeira letra indica se a variável é de entrada ou de saída. SLOT: Após o ponto duplo (:), os dois primeiros dígitos indicam a localização que o respectivo módulo de entrada ou de saída ocupa no controlador. PALAVRA E BIT: Os últimos dois dígitos, após a barra inclinada, correspondem ao endereço do bit da imagem da palavra de entrada ou saída. Endereçamento E/S Cada dispositivo de entrada e saída conectado a um módulo de E/S de sinais discretos é endereçado a um bit específico na memória do CLP. Endereçamento E/S Módulos de E/S analógicos utilizam palavra como formato de endereçamento. A parte do bit de endereço geralmente não é utilizada. Módulos E/S A combinação dos módulos E/S pode ter as conexões de entrada e saída no mesmo módulo físico. Módulos E/S A maioria dos módulos de CLP tem um bloco de bornes terminais (conhecido como borneira) para a fiação. Se este apresentar algum problema, é retirado por completo e substituído por outro. Módulos de E/S de Sinais Discretos Alimentação Módulos E/S Cada módulo de E/S de sinal discreto é alimentado por alguma fonte de tensão fornecida no campo. Os módulos de E/S estão disponíveis com vários valores de tensão nominal CA e CC. Alimentação Módulos E/S O backplane (placa-mãe) recebe energia do módulo da fonte de alimentação e fornece alimentação para os circuitos eletrônicos das placas que existem nos módulos de E/S. Diagrama de blocos do Módulo de entrada CA discreta O circuito é composto por uma seção de alimentação e de lógica. Um isolador óptico é utilizado para estabelecer um isolamento elétrico entre a alimentação e o circuito da lógica. Diagrama Simplificado do Módulo de entrada CA discreta O filtro de ruído da entrada retira os sinais falsos decorrentes de contato súbito ou de interferência elétrica. A tensão de entrada, após a retificação, torna-se uma tensão CC de nível baixo que é aplicada ao LED do isolador óptico. Diagrama Simplificado do Módulo de entrada CA discreta Quando a luz do LED atinge o fototransistor, ele entra em condução e o estado do botão de comando é comunicado na lógica para o processador. Diagrama de blocos do Módulo de saída AC discreta O módulo de saída discreto é composto pela seção de fonte de energia e pela seção lógica, acopladas por um circuito isolador. Diagrama simplificado do Módulo de saída AC discreta Quando o processador comunica que uma carga na saída é energizada, é aplicada uma tensão no LED do isolador óptico. Isso, por sua vez, dispara o triac, uma chave CA de semicondutor, conduzindo e permitindo que a corrente circule para a carga em ambos os lados. Limitação das saídas discretas As saídas CA individuais geralmente são limitadas pela capacidade do triac de 1 A e 2 A. Para controlar cargas de valores acima do nominal, como as de motores, conecta-se um relé padrão para o módulo de saída. Os contatos do relé podem então ser usados para controlar a carga. Módulos de saída discreta Módulos discretos estão disponíveis nas versões CA e CC, com valores de tensão e corrente nominais, e também podem ser adquiridos com transistor, triac ou relé na saída. Módulos de saída discreta Módulos de E/S de Sinais Analógicos Módulos E/S analógicos Entradas e saídas analógicas típicas variam de 0 a 20 mA, 4 a 20 mA, 0 a 10 V (unipolar) ou -10 a +10V (bipolar). Na conexão de sensores que detectam entradas por tensão, é importante especificar o cabo com o menor comprimento possível, para minimizar a degradação do sinal e os efeitos da interferência dos ruídos. Módulos E/S analógicos Os sinais por corrente, os quais não são tão sensíveis aos ruídos quanto os sinais por tensão, em geral não são limitados pela distância. A malha de alimentação pode ser fornecida pelo sensor ou pelo módulo de saída. Endereçamento de E/S & Organização da Memória de Programa Organização da memória As diferenças na organização da memória, no endereçamento de E/S e no conjunto de instruções demonstram que os programas do CLP nunca são perfeitamente intercambiáveis entre os diferentes fabricantes. O endereçamento da memória é um fator essencial na construção do programa para o CLP. A organização da memória leva em consideração a forma como um CLP divide a memória: arquivo de programa e arquivo de dados. Exemplo de organização Organização do arquivo de programa e de dados para o controlador SCL 500 da Allen-Bradley. Arquivo de programa Os arquivos de programa (programa do usuário) ocupam a maior parte da memória do usuário de um dado CLP, e esta contém a lógica ladder, por exemplo, que controla o funcionamento da máquina ou do processo. Arquivo de dados A porção do arquivo de dados da memória do processador armazena os estados da entrada e saída, bem como o estado do processador e de vários bits e dados numéricos. Esses arquivos são organizados pelo tipo de dado. Endereçamento de E/S Endereçamento de E/S da família de CLPs SLC da Allen-Bradley. Organização da Memória de Dados Organização da memória de dados do CLP PLC-5 da Allen-Bradley. Memórias-Imagem de Entrada/Saída Referências PETRUZELLA, Frank D. Controladores Lógicos Programáveis. Tradução: Romeu Abdo; Revisão técnica: Antonio Pertence Júnior. 4 ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. * Diagramação da aula baseada no material disponibilizado pela editora. 34