Gramática – Morfologia CLASSES DE PALAVRAS Vídeo aula 1 de Gramática Professora Carolina CLASSES DE PALAVRAS Toda vez que nós “abrimos a boca” para expressar pensamentos, opiniões, ideias, estamos usando os recursos que a Língua Portuguesa disponibiliza. Cada um desses recursos, ou seja, cada palavra que utilizamos para falar ou escrever, representa uma classe. No entanto, elas não podem aparecer soltas, aleatoriamente; pelo contrário, cada uma tem um papel específico em determinada oração, de modo a tornar clara e precisa a mensagem que queremos transmitir. CLASSES DE PALAVRAS As classes de palavras, também chamadas de classes gramaticais têm o papel de constatar determinadas características expressas por um grupo de palavras, tais como: nomeando seres, atribuindo qualificações, indicando uma quantidade, ligando uma palavra a outra, entre outros aspectos. Assim, faz-se necessário considerar também que algumas dessas palavras são passíveis de flexão, isto é, variam quanto ao gênero, número, grau, tempo, modo, pessoa, como acontece com a classe dos verbos. Outras, porém, não admitem flexão, são classes invariáveis. CLASSES DE PALAVRAS São dez as Classes de Palavras: • Substantivo • Artigo • Adjetivo • Numeral • Preposição • Conjunção • Verbo • Advérbio • Interjeição SUBSTANTIVO Substantivo é a palavra que dá nome aos seres, coisas, lugares, ideias, sentimentos. Sofre flexão de gênero, número e grau. Quanto à forma, os substantivos podem ser classificados em: • Substantivos simples: Quando possui apenas uma palavra ou um termo. Ex.: Tempo, flor, sol, chuva. • Substantivo composto: Quando possui mais de uma palavra ou termo. Ex.: passatempo, couve-flor, guarda-chuva. SUBSTANTIVO • Substantivo primitivo: É a base da formação de outras palavras, ou seja, não deriva de nenhuma outra palavra. Ex.: pedra, carta, nobre • Substantivo derivado: É formado a partir de outra palavra, a qual é um substantivo primitivo. Ex.: pedreiro, carteira, nobreza. • Substantivo próprio: Nomeia um ser, especificando-o (nomes, sobrenomes, países, cidades, rios, oceanos, etc.). Ex.: Vitória, Nilo, Atlântico, Carolina. • Substantivo comum: Nomeia um ser, generalizando-o. Ex.: casa, rio, oceano, esperança, paz, caráter. SUBSTANTIVO • Substantivo concreto: Nomeia pessoas, objetos, lugares que existem ao natural ou na imaginação. Ex.: Saci, cadeira, fada, mesa. • Substantivo abstrato: Nomeia ações, qualidades, defeitos, estados, sentimentos que não existem ao natural. Ex.: Pensamento, beleza, felicidade, calor, frio, vida. • Substantivo coletivo: Designa um conjunto de seres ou coisas de uma mesma espécie. Ex.: bando, congresso, alcateia, povo, coro. ARTIGO Artigo é uma palavra que se antepõe ao substantivo, serve para determiná-lo. Essa determinação pode ser definida ou indefinida. É variável em gênero e número. O artigo é dividido em: • Artigo definido: o, a, os, as. Eles determinam o substantivo com precisão. Ex.: A revista publicou o escândalo. • Artigo indefinido: um, uma, uns, umas. Eles determinam o substantivo com imprecisão. Ex.: Uma revista publicou um escândalo. ADJETIVO Adjetivo é a palavra variável (gênero, número e grau) que designa uma especificação ao substantivo, caracterizando-o. Eles podem ser classificados em: • Primitivos: radicais que por si mesmos apontam qualidades. Ex.: claro, triste, grande, vermelho • Derivados: são formados a partir de outros radicais. Ex.: infeliz, azulado. • Simples: apresentam um único radical em sua estrutura. Ex.: apavorado, feliz • Compostos: apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura. Ex.: ítalo-brasileiro, socioeconômico ADJETIVO Flexão de gênero dos adjetivos Os adjetivos assumem o gênero no qual se referem. Ex.: Uma mulher formosa – Um homem formoso Os adjetivos biformes apresentam uma forma para o gênero feminino e outra para o masculino. Os adjetivos uniformes possuem uma única forma para o masculino e para o feminino. Ex.: pássaro frágil – ave frágil; escritor ruim – escritora ruim ADJETIVO Flexão de número dos adjetivos Os adjetivos concordam em número com os substantivos que modificam, assuma a forma singular e plural. Ex.: político corrupto – políticos corruptos; salário digno – salários dignos. Os adjetivos compostos merecem maior atenção: Os adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o segundo elemento vai para o plural. Ex.: cantor norte-americano, cantores norte-americanos. Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis também em número. Ex.: recipiente verde-mar, recipientes verde-mar; tinta amarelo-canário, tintas amarelo-canário. ADJETIVO Flexão de grau dos adjetivos Quando se quer comparar ou intensificar as características atribuídas ao substantivo, os adjetivos sofrem variação de grau. Tem-se o grau comparativo e o grau superlativo. Grau comparativo Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características de um único ser. O grau comparativo pode ser de igualdade, superioridade e de inferioridade, são formados por expressões analíticas que incluem advérbios e conjunções. ADJETIVO Flexão de grau dos adjetivos • Grau comparativo de igualdade. Ex.: Ela é tão exigente quanto (ou como) sua mãe. • Grau comparativo de superioridade. Ex.: Seu candidato é mais desonesto (do) que o meu. • Grau comparativo de inferioridade. Ex.: Somos menos passivos (do) que eles. ADJETIVO Grau superlativo dos adjetivos • Grau superlativo relativo: a intensificação da característica conferida pelo adjetivo é feita em relação a todos os demais seres de um conjunto que apresentam uma certa qualidade. Pode exprimir superioridade ou inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica. Ex.: Este é o mais interessante dos livros que li (superioridade) Ele é o menos egoísta de todos. (inferioridade) ADJETIVO Grau superlativo dos adjetivos • Grau superlativo absoluto: indica que determinado ser apresenta determinada qualidade em alto grau, transmitindo ideia de excesso. Pode assumir forma analítica ou forma sintética. Analítico: é formado com a presença de um advérbio. Ex.: Você é muito crítico. A prova de matemática estava extraordinariamente difícil. Sintético: é expresso com a participação de sufixos. Ex.: A prova de matemática estava dificilíssima. Este piloto é velocíssimo. NUMERAL Numeral é a palavra que qualifica seres ou indica uma posição que ocupam numa determinada série. Varia em gênero e número. Os numerais podem ser classificados em: • Cardinal: nomeia o número de seres. Ex.: zero, um, dois, três, quatro. Há dez vagas para setenta candidatos. • Ordinal: indica a ordem que o ser ocupa numa série. Ex.: primeiro, segundo, terceiro. Patrícia alugou um apartamento no segundo andar do prédio. NUMERAL • Multiplicativo: exprime aumentos proporcionais de quantidade, indicando números múltiplos de outros. Ex.: dobro, triplo, quadruplo. O jogador ganhou o triplo do valor da aposta. • Fracionário: indica a diminuição proporcional da quantidade, o seu fracionamento. Ex.: meio, metade, terço. Kelly tomou meio litro de refrigerante PREPOSIÇÃO Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da oração, subordinando ao outro. Sintaticamente as preposições não exercem propriamente uma função: são consideradas conectivos, ou seja, elementos de ligação entre termos. As preposições classificam-se em essenciais e acidentais: • Essencial: sempre funciona como preposição: a, ante, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás PREPOSIÇÃO • Acidental: palavra que, além de preposição, pode assumir outras funções morfológicas. Ex.: consoante, segundo, mediante, tirante, fora, malgrado... Locução Prepositiva Chamamos de locução prepositiva o conjunto de duas ou mais palavras que têm valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Ex.: por causa de, ao lado de, em virtude de, apesar de, acima de, junto de, a respeito de... PREPOSIÇÃO Ex.: A preposição pode combinar-se com outras classes gramaticais. Do (de + artigo o) No (em + artigo o) Daqui (de + advérbio aqui) Daquele (de + pronome demonstrativo aquele) Aqui temos contrações, pois ocorre a junção da preposição com outra palavra e há a perda fonética. Quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético, chamamos de combinações. Ex.: ao (a + artigo o).