ÓCULOS DE REALIDADE VIRTUAL Paulo de Tarso de Jesus Gomes, Davi Magalhães Santiago da Rocha, Daniel Magalhães Santiago da Rocha. Orientador: Roberto Noronha Campos. Coorientador: Jefferson Justino Soares. Escola Municipal Evaldo Salles. Rua do Moinho, s/nº, bairro Peró, CEP 28.922-235, Cabo Frio-RJ. [email protected] Resumo O conceito de Realidade Virtual remonta aos inícios da computação gráfica nos anos 60 com a criação do simulador “Sensorama Machine”. O uso da Realidade Virtual tem sido bastante diversificado, incluindo áreas como arquitetura, educação, marketing, medicina e entretenimento. A partir do lançamento do Google Cardboard em 2014, o desenvolvimento de novas aplicações que envolvam realidade virtual imersiva se tornou muito mais acessível aos desenvolvedores. O objetivo desse trabalho é desenvolver um óculos de realidade virtual caseiro, com baixo custo e reaproveitamento de materiais. A confecção do óculos de realidade virtual seguiu as orientações apresentadas no vídeo do canal “Manual do Mundo”, disponível no YouTube. Foram utilizados na confecção do óculos: um molde disponível na internet, uma embalagem de pizza de papelão, tesoura, cola branca, cola quente, estilete, um par de lentes biconvexas, um imã de ferrite, um imã de neodime e um smartphone. A experimentação da realidade virtual através do aplicativo “Google Cardboard” foi bastante divertida para o grupo. As imagens em 3D respondem aos seus movimentos e isso dá uma impressão que você está em outra realidade. Percebeu-se que é possível usar a tecnologia e materiais de fácil acesso para “estar em outros lugares” e interagir com vários cenários virtuais. Palavras chave: Óculos. Realidade virtual. Google cardboard. Introdução O primórdio da história da Realidade Virtual remonta a inícios dos anos 60, quando um cinematógrafo e inventor chamado Morton Heiling cria o “Sensorama Machine”, um simulador que permitia ao utilizador ver um filme enquanto estava sentado num veículo e que utilizava imagem estereoscópica, som estéreo, odores, vibração do veículo e projeção de vento no cabelo do utilizador de forma a tornar a experiência realista (Esteves, 2009). O uso da Realidade Virtual tem sido bastante diversificado, incluindo áreas como arquitetura, educação, marketing, medicina e entretenimento (Wauke et al., 2004). Na Saúde, por exemplo, a tecnologia de realidade virtual é utilizada em áreas como cirurgia, reabilitação física, psicologia e anatomia. Em 2014, a Google apresentou ao mercado uma tecnologia capaz de levar a realidade virtual a qualquer um que estivesse interessado a preço de apenas um pedaço de papelão. Com o Google Cardboard, o desenvolvimento de novas aplicações que envolvam realidade virtual imersiva se tornou muito mais acessível aos desenvolvedores (Rodrigues, 2016). A construção de um óculos de realidade virtual pode ser feita a partir de materiais de fácil acesso e baixo custo. Vídeos no YouTube, como o do canal “Manual do Mundo”, orientam como fazer o óculos, passo-a-passo. Construir brinquedos utilizando sucatas é uma maneira simples e atrativa de mostrar às crianças que materiais que costumam ter como destino o lixo, podem ser todos objetos úteis e interessantes (Araújo et al., 2015). Objetivo O objetivo desse trabalho é desenvolver um óculos de realidade virtual caseiro, com baixo custo e reaproveitamento de materiais. Materiais e Métodos A construção do óculos de realidade virtual seguiu as orientações apresentadas no vídeo do canal “Manual do Mundo”, disponível no YouTube no endereço https://www.youtube.com/watch?v=nXp150UnLw0. Foram utilizados na confecção do óculos: um molde (figura 1), uma embalagem de pizza de papelão (figura 2a), tesoura, cola branca, cola quente, estilete, um par de lentes biconvexas, um imã de ferrite, um imã de neodime (figura 2b) e um smartphone. O molde para construção do óculos de papelão foi obtido no endereço eletrônico https://mdmundo.s3-us-west-2.amazonaws.com/wp-content/uploads/Scissor-cut_template.pdf. O kit com duas lentes biconvexas, um imã de ferrite e um imã de neodime foram comprados no “Mercado Livre” pelo valor de R$16,90. Para a utilização do óculos de realidade virtual é preciso um aparelho celular smartphone. É necessário baixar, gratuitamente, o aplicativo Google Cardboard. Figura 1 – Molde para confecção do óculos. a b Figura 2 – Materiais utilizados para confecção do óculos: a) papelão, b) lentes e imãs. Resultados e Discussão A confecção do óculos seguindo as orientação do vídeo do “Manual do Mundo” foi realizada com facilidade. A experimentação da realidade virtual através do aplicativo “Google Cardboard” foi bastante divertida para o grupo. As imagens em 3D respondem aos seus movimentos e isso dá uma impressão que você está em outra realidade. Verificou-se a possibilidade de fazer um melhor acabamento no óculo para que ele fique mais bonito e, para que não precise usar as duas mãos para segurar o óculos, pensou-se em colocar um elástico para prender o óculos na cabeça (figura 3). Figura 3 – Uso do óculos de realidade virtual caseiro. Conclusões A construção do óculos de realidade virtual caseiro foi uma experiência bem divertida. Percebeu-se que é possível usar a tecnologia e materiais de fácil acesso para “estar em outros lugares” e interagir com vários cenários virtuais. A superação das expectativas motivou o grupo a buscar o melhoramento do óculos, sendo os próximos passos: a colocação de um elástico para prender o óculos na cabeça e deixar as mãos livres e um tratamento no papelão para deixar o óculos com um visual mais interessante. Referências ARAÚJO, M.S.T.; JORGE, D.M.; PEREIRA, T.D. Jogos e brinquedos com sucata: reciclagem. Intraciência Revista Científica. Edição 10. Faculdade do Guarujá, 2015. ESTEVES, J.M.A. A realidade virtual como factor de atracção para a engenharia. Dissertação de Mestrado. Instituto Superior de Engenharia do Porto, 2009. RODRIGUES, V.T. Projeto de realidade virtual com estereoscopia aplicado à construção civil para a visualização de modelos e estruturas. Projeto de Graduação. Curso de Engenharia Eletrônica e de Computação da Escola Politécnica, UFRJ, 2016. WAUKE, A.P.T.; COSTA, R.M.E.M.; CARVALHO, L.A.V. VESUP: O uso de Ambientes Virtuais no tratamento de Fobias Urbanas. In: IX Congresso Brasileiro de Informática em Saúde, Ribeirão Preto-SP, 2004.