Século XVI – Reinado de D. Manuel I

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Século XVI – Reinado de D. Manuel I
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Em 1147 (séc XII), quando D. Henrique conquistou Lisboa aos Muçulmanos, a cidade
limitava-se a um espaço em redor do Castelo de S. Jorge, cercado por uma muralha –
Cerca Velha ou Moura
No séc XIV, a cidade foi crescendo à medida que as pessoas foram construindo casas
fora da muralha, e o rei D. Fernando mandou construir outra muralha – Cerca Nova ou
Muralha Fernandina
No séc XVI, a cidade continuou a crescer e ultrapassou as muralhas e chegou à zona da
Ribeira e do Terreiro do Paço. D. Manuel mandou construir o novo Paço Real na zona da
Ribeira. A Baixa passou a ser o centro da vida politica, economica e cultural.
Desde o séc XVI apareceram ruas novas (como a rua Nova dos Mercadores), mercados,
lojas e casas de 3 andares. Lisboa tornou-se num centro de imigração e numa
das cidades mais importantes da Europa porque era um ponto de passagem entre
o Norte e o Sul do país e servia de paragem às embarcações queligavam o Mediterrâneo
ao Norte da Europa.
As actividades comerciais:
• O comércio marítimo era monopólio do rei, e trouxe-lhe muitos lucros.
• Outra actividade importante era o artesanato – a construção de navios trazia
muitos artífices (carpinteiros, cordoeiros, calafates, tecelões).
• A troca de costumes e conhecimentos provocou alterações no modo de vida:
alimentação, vestuário, mentalidade e artes.
• Os lucros do comércio não eram utilizados na agricultura e nas manufacturas,
era gasto na importação de produtos que Portugal precisava de consumir.
A Corte:
• A corte de D. Manuel I era uma das mais ricas e luxuosas da Europa
• Nela viviam nobres e as pessoas que animavam a corte
• Organizavam-se grandes festas, sarais culturais e banquetes luxuosos, com
comida abundante e muitas iguarias temperadas com grande variedade de
especiarias.
• Tinham também outros divertimentos: passeios, festas religiosas e procissões,
serões musicais, torneios e touradas.
• Sempre que o rei saia em cortejo, a população parava para assistir.
• Ao contrário da corte, a população vivia pobremente e muitas vezes com fome.
Arte e Cultura:
• D. Manuel I usou lucros do comércio para patrocinar as artes e cultura
• Literatura: Desenvolveram-se muitos géneros literários, sendo os mais
importantes:
• Literatura de viagens, em que se destacam Fernão Mendes Pinto, com a
obra “Peregrinação” e Pero Vaz de Caminha, com a obra “Carta”, em que
descreve a descoberta do Brasil
• Peças de teatro, com destaque para Gil Vicente
• Poesia, com destaque para Luis de Camões, que escreveu os Lusiadas,
que descrevem toda a História de Portugal.
• Ciências
• Desenvolveram-se estudos e surgiram obras cientificas de Geografia,
Cartografia, Zoologia, Matemática, Botânica e Medicina.
• Destacaram-se os seguintes cientistas:
• Garcia de Orta (médico e botânico) escreveu “Colóquio dos
simples e drogas e cousas medicinais da India”
• Pedro Nunes (matemático) inventou o nónio e escreveu
“Tratado da Esfera”
• Duarte Pacheco Pereira (geografia e astronomia) eescreveu
“Esmeraldo de Situ Orbis”
• Arte Manuelina
• Arquitectura - surgiu um estilo arquitectónico, conhecido como
“Manuelino”, que podemos ver na Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos,
Igreja de Jesus e Convento da Ordem de Cristo. Reconhece-se pelas
decorações:
• decoração naturalista (folhas, frutos, troncos, peixes)
• decoração relacionada com viagens marítimas (barcos, bóias,
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cordas, redes)
• decoração relacionada com o Rei (esfera armilar, escudo, cruz da
ordem de Cristo)
Escultura – estava ligada à arquitectura. Reconhece-se pelos rendilhados.
Pintura – inspirada em temas religiosos
Artes decorativas – peças de mobiliário, ourivesaria (exemplo: Custódia de
Belém), porcelanas e tapeçarias com decorações típicas do manuelino.
Século XVI – Reinado de D. Sebastião
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D. Sebastião assumiu o Governo de Portugal em 1568.
Portugal atravessava muitas dificuldades económicas, porque o comércio com o Oriente
estava em crise (devido aos naufrágios e ataques piratas) e estávamos a perder
territórios.
D. Sebastião quis reconquistar as cidades do Norte de África
Partiu para Marrocos em 1578 com um exército numeroso mas mal preparado e por isso
foi derrotado pelos Muçulmanos a 4 de Agosto, na batalha de Alcácer Quibir. O rei
desapareceu durante esta batalha.
O problema da sucessão:
• D. Sebastião não tinha descendentes
• D. Henrique, tio-avô de D. Sebastião subiu ao trono, mas morreu em 1580, sem
deixar descendentes
• Surgiram 3 pretendentes ao trono, netos de D. Manuel I:
• D. Catarina (duquesa de Bragança)
• D. António (prior da Ordem do Crato), apoiado pelo povo
• Filipe II (rei de Espanha), apoiado pela Nobreza, Burguesia e Alto Clero
Filipe II aproveitou a confusão para invadir Portugal e tomar o poder. A partir de 1580
Portugal ficou a ser governado durante 60 anos por reis Espanhóis.
Neste período tínhamos uma União Dinástica – 1 rei governava 2 países.
Século XVI e XVII – Dinastia Filipina
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Em 1581, D. Filipe I de Portugal (II de Espanha) foi aclamado rei de Portugal nas Cortes
de Tomar, iniciando-se a dinastia Filipina.
Jurou respeitar a autonomia de Portugal e manter os seus direitos e cumpriu:
• Português como língua oficial
• Moeda Portuguesa
• Altos cargos na administração, justiça e politica seriam de portugueses
• Império ultramarino seria governado por portugueses
Em 1598 subiu ao trono Filipe II e em 1621 subiu ao trono Filipe III
Estes 2 reis desrespeitaram o acordado nas Cortes de Tomar, o que provocou o
descontentamento do povo. Lançaram novos impostos e usaram recursos
portugueses para servir Espanha. Portugal estava a perder autonomia:
• Nobreza perdeu os seus cargos e era obrigada a lutar nas guerras Espanholas
• Burguesia ficou com menos lucros devido à perda de territórios
• Povo vivia com dificuldades
Surgiram revoltas populares para recuperar a independência. Em 1637 houve um
motim em Évora (revolta do Manuelinho) que foi reprimido pelas tropas espanholas e
aumentou a insatisfação.
Os Nobres organizaram uma revolta em 1 de Dezembro de 1640, liderada por D.
João, duque de Bragança, que resultou na prisão da duquesa de Mântua e do seu
secretário Miguel de Vasconcelos. Iniciou-se o processo de Restauração da
Independência.
Alguns dias depois, D. João IV, duque de Bragança, foi aclamado Rei de Portugal
– iniciou-se a 4ª e ultima dinastia Portuguesa.
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Espanha não aceitou a independência de Portugal, que se preparou para a Guerra.
A Guerra da Restauração durou 28 anos, e em 1665 os portugueses conseguiram a
vitória na Batalha de Montes Claros, tendo Espanha acabado por aceitar a
independência de Portugal em 1668 – foi assinado o Tratado de Paz.
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